• Noções de Termodinâmica
Uma grande invenção raramente é a obra de um único homem; o motor térmico não
escapa a essa regra: todos os grandes nomes da ciência "física" trouxeram-lhe sua
contribuição, mas seu desenvolvimento não teria sido possível sem as inumeráveis
contribuições de "pequenos pesquisadores" artífices de uma das maiores invenções
da história.
Veremos mais adiante que o genérico "Motor térmico" engloba muitos tipos de
motores: a máquina a vapor, o motor a "explosão", o motor a "combustão", a turbina,
são exemplos não limitativos.
O motor Diesel é um dos motores térmicos que tem maior rendimento energético;
imaginado por Rodolphe Diesel, é também um derivado do famoso ciclo de quatro
tempos inventado por Beau de Rochas, realizado por Otto e aplicado a seguir por
numerosos construtores.
Não apenas, Beau de Rochas imaginou a compressão preliminar mas também, e foi
o primeiro nisso, estimou como possível a auto-igniçâo de uma mistura gasosa
inflamável.
Dez anos mais tarde, em 1872, o americano Brayton construiu o primeiro motor a
combustão funcionando com petróleo bruto. Seu motor permitiu a propulsão de
pequenos barcos e equipou um dos primeiros submarinos alguns anos mais tarde.
Em 1876, com a ajuda de Eugène Langen, Otto construiu seu motor na fábrica que
os dois fundaram em 1872, a "Gasmotoren fabrik Deutz AG" em Deutz no distrito de
Colónia.
Esta usina seria o ponto onde surgiria, em 1912, um motor a combustão concebido
segundo a patente de Diesel, de injeçâo direta, mas sem compressor.
Volta então para a Alemanha, seu pais, e começa a construção do primeiro motor
"Diesel" em Ausburgo na "fábrica de máquinas de Ausburgo" que se tornará a
MA.N. Krupp e que empresta seu concurso financeiro e sua ajuda técnica.
Assim que seu motor funcionou, Rodolphe Diesel cedeu licença de fabricação à
M.A.N. Deutz e Suizer. Com a ajuda do natural de Lorena, Dyckhoff, fundou em
Longeville, perto de Bar lê Duc, a Sociedade Francesa Diesel (1894), onde serão
construídos numerosos motores fixos de 8 a 250 cavalos. Esta sociedade será
absorvida em 1808 pelas oficinas "Augustin Normand" que construirão sob a direção
de Adrien Bochet, os primeiros motores Diesel para a marinha juntamente com a
Sociedade Sauter-Harié.
É interessante notar que em 1896, Armand Peugeot, que construía seus primeiros
automóveis, travou relações com Rodolphe Diesel, para os "estudos de caminhões".
Armand Peugeot queria um motor mais possante que o "Daimiler" que empregava.
Finalmente, foi o francês Pellegrin que comprou a licença em 1898. O projeto de
motor Diesel para o automóvel não foi realizado na época.
Foi em 1907 que o engenheiro L'0range projetou o primeiro motor Diesel de injeção
mecânica para Deutz que, em 1912, construiu um motor a injeção direta.
A partir de 1945, é conhecido por todos o êxito dos carros produzidos pela
Mercedes e Peugeot e equipados em grande série, com motor Diesel.
Esta rápida ascensão do motor Diesel foi" possibilitada pela invenção de uma
bomba mecânica de injeção com pistão ranhurado, bem adaptada às variações de
carga e de regime dos motores para locomoção terrestre.
Esta bomba, devida a Robert Bosch e a Frantz Lang — este último, inventor do
sistema de injeção "Acro" empregada durante muito tempo por Saurer e Berliet —
permaneceu sendo o modelo básico das bombas de injeção para pistões individuais
em linha.
Primeiro tipo: Motor Otto de ignição controlada onde a combustão é muito rápida e assemelha-se a
uma explosão, dando o nome de "motor a explosão".
Segundo tipo: Motor Diesel ("óleo cru") onde a combustão, expontânea é menos rápida dando o
nome de motor a "combustão lenta".
Os dados representativo de perfórmance dos motores são apresentados sob a forma de gráficos e
diagramas.
CARACTERISTICAS: Potência = realização do trabalho em uma unidade de tempo. Torque =
esforço de torção.
Força do motor (força motriz) È a força que o virabrequim transmite ao cambio. Os motores de
combustão interna geram um torque que varia de acordo com o regime de rotação, com um
desenvolvimento que vem expresso graficamente como curva de torque.
UNIDADES DE POTÊNCIA 1 KW = 1.36 CV.
I CV = 75 mkgf (DIN) S
DISTÂNCIA (m)
14 COMPONENTES DO MOTOR
O bloco de cilindros é a maior peça de um motor e tem a função de integrar todas as demais. Dentro
do bloco há galerias e orifícios para a circulação do óleo lubrificante nos componentes móveis
internos do motor. Há também câmaras internas para circulação da água de refrigeração. Os
cilindros podem ser fixos no bloco ou removíveis, chamados de camisas. As camisas podem ser do
tipo "molhada" ou "seca". O tipo "molhada" é aquele no qual a água do sistema de arrefecimento tem
contato direto com a camisa. O do tipo "seca" é aquele que faz contato indireto através do bloco. As
camisas, quando desgastadas, podem ser substituídas por outras novas. Dando assim sobrevida ao
bloco do motor.
O processo de brunimento dos cilindros deve ser controlado para que o assentamento dos anéis seja
realizado de maneira suave assim, e evitar o desgaste prematuro e o consequente o excesso de
consumo de óleo.
Os cilindros do motor é onde vai trabalhar os pistões e também faz parte da câmara onde trabalha os
pistões.
Os cilindros são bastante sacrificados, pois como o pistão, recebe o calor produzido pela combustão,
que pode chegar a um pico de 2000 ºC.
A camisa seca possui esse nome porque não tem contato com a água de resfriamento do motor,
normalmente vem semi acabada, e é necessário que o encamisamento seja feito em retíficas
credenciadas e posteriormente brunidas.
As camisas úmidas recebem esse nome, porque trabalha diretamente em contato com a água de
resfriamento do motor, já vem prontas para úso, que facilita a manutenção e custo de manutenção
bastante baixo.
Ao substituir uma camisa de cilindro deve ser observado a medida da saliência da camisa sobre o
bloco.
Brunimento dos cilindros
Brunimento é o nome dado ao acabamento do diâmetro interno dos cilindros. 3 Brunimento dos
cilindros, conforme a rugosidade especificada, tem a função de:
20 COMPONENTES DO MOTOR
A biela é a peça que interliga o êmbolo (pistão) à árvore de manivelas sendo responsável pela
transmissão da força do movimento alternativo para o rotativo (princípio da manivela). O material
empregado para fabricação das bielas é uma liga de aço muito resistente ao impacto e aos esforços
torcionais, obtida em processo de forjado.
São selecionadas para que sejam montadas no mesmo motor com a mesma classificação de peso o
que permite o funcionamento balanceado e silencioso.
Devido ao fato da biela ser usinada junto com sua capa, não se deve trocar de pares as capas e
bielas.
Nos serviços de reparação de motor é importante verificar o alinhamento das bielas, a sua
perpendicularidade com a árvore de manivelas. Os pistões devem operar nos cilindros com perfeito
paralelismo proporcionando maiorduração do motor.
As Bronzinas tem esse nome originário da liga metálica bronze, utilizada antigamente na sua
fabricação. As bronzinas têm a função de proteger a árvore da manivelas e as bielas do desgaste
provocado pela fricção entre os componentes móveis.
Elas são construídas por camadas de ligas metálicas mais moles para que, em conjunto com o óleo
lubrificante, suavizem esta fricção (componentes de sacrifício). Assim, pode-se substituí-las
facilmente mantendo a vida prolongada da árvore de manivelas, das bielas e do bloco
As bronzinas são fixadas no seu alojamento, sobre uma pré-tensão (pressão radial).
O diâmetro externo da bronzina é maior do que o alojamento para permitir a pressão radial e evitar
que não gire em seu alojamento.
23 COMPONENTES DO MOTOR
24 COMPONENTES DO MOTOR
25 COMPONENTES DO MOTOR
26 COMPONENTES EXTERNO DO MOTOR
27 COMPONENTES EXTERNO DO MOTOR
28 COMPONENTES EXTERNO DO MOTOR
29 CURIOSIDADE
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAPTgAF/apostila-treinamento?part=2