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A DIMENSÃO TEMPORAL NA GEOGRAFIA

Prof. Maurício de Almeida Abreu


Departamento de Geografia – UFRJ

Três grandes fases da História do Pensamento


Geográfico

• Corologia

• Neopositivismo

• Materialismo histórico e dialético (Geografia


Crítica)

• O momento atual

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I – A COROLOGIA

• Década de 1870 - institucionalização da Geografia


como saber universitário

• O positivismo clássico e a unicidade da ciência e do


método

• Busca de origens : divisão kantiana das ciências

Ö ciências sistemáticas
Ö ciências empíricas ou sintéticas

• O papel dos primeiros catedráticos Ö afirmação da


disciplina

• O determinismo ambiental: O “grande experimento


geográfico” (David Livingstone)

"um experimento que visou manter natureza e cultura


sob o mesmo guarda-chuva conceitual"

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• A crise do final do Século XIX: Wilhelm Dilthey e o
surgimento das ciências humanas

Ö Ataque à unicidade positivista da ciência

Ö Ataque à unicidade positivista do método

Ö Explicação versus Compreensão

Ö A valorização da História ÖHistoricismo

• Crise do determinismo na Geografia e adoção do


historicismo

Ö Ciência descritiva pautada na observação

Ö Ciência das regiões

Ö Sociologia da ciência Ö instituições e poder

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• Aproximação com a História: A valorização da
singularidade

História Ö valorização do evento (événement)

Geografia Ö valorização da região

• Afastamento da História: indefinição da Geografia


na divisão das ciências

História Ö ciência humana

Geografia Ö ciência natural ou ciência ponte

• Tratamento do tempo pela Corologia

• Geografia define-se como Ciência do Presente

Ö Tempo é incorporado à análise geográfica


apenas pelas formas que o passado deixou no
presente.

Ö Exigência de que o passado seja chamado


para explicar o presente passou a ser a única
concessão que a Geografia ainda fazia à
História

Ö Geografia ≠ Geografia Histórica


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II - O NEOPOSITIVISMO NA GEOGRAFIA

• Uma nova geografia ; uma “geografia científica”

Ö Explicação ao invés de Compreensão

Ö Ciência ao invés de Arte (Geografia Regional)

• O método

crença Ö neutralidade científica

linguagem Ö língua franca

caminho Ö dedução ao invés da indução

objetivo Ö não apenas a explicação mas a


previsão

• Unicidade da ciência

Ö Esperança de uma geografia única, unida pelo


método

Ö Natureza e Sociedade obedecem às mesmas leis

Ö Natureza e Sociedade podem ser explicadas pelos 5


mesmos modelos, pelas mesmas técnicas
• Resultados: Distanciamento ao invés de unidade

Ö caminhos diferentes seguidos pela Geografia


Física/Geomorfologia e pela Geografia Humana

• Geografia Física/Geomorfologia

Ö Revolução quantitativa (uso de modelos),


generalização do uso de computadores e
aperfeiçoamento dos mecanismos de datação dão a
alavanca necessária

Ö Análises de “processos” substituem estudos de


caráter integrador

Ö Ênfase no geral ; abandono das singularidades

• Geografia Humana: Explosão e crise

Ö geometrização/topologização do espaço social

Ö busca de “leis da organização do espaço social”

Ö "fetichização do espaço" (crítica posterior)

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ÖGeografia humana normativa e não explicativa

ÖGeografia humana normativa e não


explicativa Para fazer funcionar os modelos,
muitos pressupostos precisaram ser
incorporados à análise

ÖGeografia humana normativa e não


explicativa Não funcionamento perfeito dos
modelos levou a realidade a ser explicada a
partir dos resíduos em relação à norma, e
não a partir da tendência principal

Conclusão:

Embora agora "científica", Geografia Humana não


conseguia explicar o espaço real-concreto que estava
agora em ebulição (movimento ecológico, feminista,
pacifista, direitos civis, etc.).

Crise de relevância social Ö Harvey como precursor

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• O Tempo no Neopositivismo

• Mudança do horizonte temporal da análise geográfica

De um lado Ö Visão prospectiva é introduzida capacidade


de previsão

De outro Ö Substituição da noção de tempo histórico pela


noção de tempo como sucessão

•Problema na Geografia Humana Ö História transforma-se


em sucessão

•antes / depois Ö implica sucessão no tempo


(mecânicamente)

Ö eras geológicas

• passado / presente / futuro Ö conceitos históricos

Ö Esta tríade não se aplica à natureza física, a não ser


metaforicamente

Ö Passado/presente/futuro são conceitos sociais

Ö Antes e depois só se aplica ao homem enquanto ação


mecânica

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• Daí, se o tempo como sucessão podia ser bem utilizado pela
Geografia Física

Ö seja quando trata de processos naturais puros, não


sujeitos à ação do ser humano

Ö seja quando incorpora essa ação como “ação antrópica”

• O mesmo não podia acontecer com a Geografia Humana a


não ser transformando a ação do ser humano em ação
mecânica

Ö O que move a Geografia Humana é a História

Ö Eliminando-se a História, eliminou-se a relação entre


presente, passado e futuro

Ö Eliminou-se também o conflito grande motor da


História

Ö Com a transformação do homem em input Ö


negação da História chega ao seu ápice

Crise de relevância social Onde está o ser humano?

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III - AS REAÇÕES AO NEOPOSITIVISMO

Duas grandes linhas de reação, ambas revalorizando a


História

• Incorporação de uma dimensão histórico-hermenêutica

Örevalorização da “condição humana” na


GeografiaÖGeografia Humanística

Ö recolocar o ser humano no centro da análise,


tanto como produtor quanto produto do seu
mundo

Ö Entender o ser humano e seu mundo de vida

Ö reação à uma visão extremamente objetiva,


estreita, mecanística e determinista do ser humano

Ö Valorização do emocional, do estético, do


simbólico, da vivência (revalorização do
historicismo)

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• Incorporação de uma dimensão crítica

Örevalorização da História como motor da


humanidade

Ö introdução de um novo grande sistema de


explicação na geografia Ö materialismo histórico e
dialético

• Objetivos:

Ö Trabalhar com a totalidade e não com a


singularidade

Ö Busca das estruturas subjacentes ao


mundo empírico

Ö Entender o dinamismo do capitalismo segundo um


processo de desenvolvimento desigual e combinado

Ö Um objetivo político: Doreen Massey

• A proposta teórica:

Ö Estudo do espaço social segundo uma análise


processual e histórica

Ö Estruturas se manifestam através de processos que


dão origem a formas, que se transformam no tempo
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Ö Importância do estudo da relação entre processo
social e forma espacial
• Avanços teóricos consideráveis:

Ö geografia histórica Ö análises da dimensão espacial da


evolução do capitalismo

Ö geografia urbana Ö conflitos urbanos

Ö estudo das desigualdades e desequilíbrios


regionais

Ö geografias do imperialismo / dominação do


Terceiro Mundo

Ö geografia agrária Ö penetração do capitalismo


no campo e seus efeitos

Ö geografias do gênero

• O tratamento do tempo: tempo histórico

Ö Reaproximação com a História

Ö Multiplicidade de tempos históricos (Braudel)

Ö Tempo do acontecimento/do evento


Ö Tempo da conjuntura
Ö A longa duração 12
Ö Excessos do pensamento crítico em Geografia

Ö Estruturas sociais do capitalismo


determinam tudo em última instância

Ö Desvalorização da condição humana Ö


ser humano é determinado pelas estruturas sociais

Ö Desvalorização do singular, do lugar Ö


O que importa é estudar o processo e não a sua
manifestação empírica

• O saldo da reação ao Neopositivismo

• Incorporação de duas concepções de História que não se


casam bem:

Ö A História como caminhar inexorável


em direção a um destino

Ö A História como construção


quotidiana da vida

• O impacto do contexto Ö fim do “socialismo real” Ö


“crise” do Marxismo
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CONCLUSÃO : A GEOGRAFIA HOJE

• Fim da “era das revoluções” em Geografia Ö convivência


de diversas geografias

• Legado do materialismo histórico e dialético

Ö Espaço como Espaço/Tempo

Ö Constituído a partir das relações


sociais que se estabelecem num período histórico

Ö Como uma arena dentro da qual o


social se desenvolve e lhe dá significado

• Revalorização da “condição humana”

Ö revalorização da escala do singular

Ö revalorização do lugar enquanto realidade


objetiva e/ou subjetiva

Ö emergência de uma “nova geografia cultural”

• Geografias pós-modernas Ö revalorização do singular sem


abandono das determinações

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• A questão ambiental estabelece novos diálogos entre a
Geografia Física e a Geografia Humana

• Novos desafios epistemológicos

Ö É possível casar as determinações da Geografia Física


com as contingências da Geografia Humana?

Ö Física Quântica e suas possibilidades

Ö Sistemas dinâmicos
Ö Não linearidades
Ö Comportamento caótico

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