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Constitucionalismo

Índice

Introdução

O constitucionalismo é um tema interdisciplinar, que envolvem matérias de âmbito não


propedêuticas como a Filosofia, a História, a Política, a Sociologia, a Economia. Não tem
como estudar o Constitucionalismo, suas origens, a evolução sem englobar todas essas
matérias.

Vamos focar nosso trabalho no estudo do sentido do termo constitucionalismo, primórdios, a


evolução, as primeiras e principais constituições, as importantes concepções, os grandes
pensadores e estudiosos, a constituição brasileira e seus principais problemas.

Os sentidos do termo Constitucionalismo

Na concepção de Canotilho (2002, p. 1378) direitos fundamentais são: "(...) direitos do


particular perante o Estado, essencialmente direito de autonomia e direitos de defesa". São
caracterizados como individuais, porque pertencem exclusivamente a pessoa, e o Estado como
titular de direitos, com o dever de proteger o cidadão, deve velar pelo seu cumprimento.

No sentido amplo: É o fato de todo Estado possuir uma Constituição, independente regime
jurídico-político adotado no país, em qualquer tempo, época. Sempre existe uma ordenação
jurídica, seja escrita ou não, um modo de ser do Estado e da sociedade, limitando o poder dos
reis, 1º ministro ou presidente da república.

Sentido Estrito: É um conjunto de regras, princípios e instituições que limitam o poder estatal
e dão poder ao cidadão dos direitos e deveres fundamentais, baseadas em constituições
escritas, com garantias.

Evolução do Constitucionalismo

Constitucionalismo Primitivo

Uma sociedade toda baseada nos costumes e tradições, os chefes familiares ou os líderes de
tribos e clãs defendiam suas leis e normas máximas e guiavam o povo, estabeleceram então,
uma estrutura jurídica, num primeiro momento. É importante lembrar, que havia uma grande
influência da religião, um poder divino dado aos governantes, representantes de Deus e de
deuses na Terra.

Para Karl Loewenstein, o marco do nascimento do constitucionalismo pode ser encontrado


entre os hebreus, que, em seu Estado teocrático, estabeleceram limites ao poder político pela
imposição de uma chamada “Lei do Senhor”, cabendo aos profetas fiscalizar e punir os atos
dos governantes que ultrapassassem os limites desse Direito divino-transcendental, conhecido
e difundido através das tradições.

Constitucionalismo Medieval

No constitucionalismo medieval era o reflexo de uma sociedade completamente desigual,


tanto nos âmbitos sociais, políticos, quanto nos econômicos e territoriais. Com o Feudalismo,
o poder emanava dos senhores feudais sobre os servos, marcada principalmente por essa
separação entre os estamentos sociais e por uma subordinação entre susseranos e vassalos. Na
Inglaterra, partir da Revolução Gloriosa em 1688 esses fatos nos mostram um ascensão e dos
pilares do constitucionalismo, em 1689 foi assinado Rule of Law, que basicamente dividia e
tentava harmonizar os poderes políticos e sociais como o Rei, a Nobreza, o Clero e o Povo, e
com esta Monarquia Constitucional, o povo começou a ter mesmo poder, foi criada a Câmara
dos Comuns, junto com a Câmara dos Lordes que já existia e o Parlamento vivia uma fase de
poder quase absoluto.

Os textos jurídicos ingleses aumentaram os poderes do povo, o poder do Parlamento e limitou


principalmente o poder dos monarcas, s textos jurídicos ingleses foram muito importantes
para a história, tanto o Rule of Law, com já foi citado, como a Magna Charta Libertatum, a
Carta Magna surgiu na Inglaterra em 15 de junho de 1215, com o Rei João, também
conhecido como João Sem-Terra, assinou esta Carta com a condição da cessação de
hostilidade dos barões que ocupavam Londres, com o propósito de protestar contra os abusos
na cobrança de impostos, conforme salienta Comparato (1999, p. 59):, o Petition of Right, em
07 de junho de 1628, que é uma das tantas declarações de direito, firmada por Carlos I, o
Habeas Corpus Act subscrito por Carlos II em 1679, como mandado judicial em caso de
prisão arbitrária, este já existia na Inglaterra há vários séculos, embora, sua eficácia fosse
muito reduzida, este documento serviu de inspiração para muitos outros como no século
XVII, onde a Inglaterra foi agitada por rebeliões e guerras civis que foram basicamente
alimentadas pelas denúncias e queixas religiosas, diante disto foi criado o Bill of Right no dia
13 de fevereiro em 1689, criando a divisão de poderes, “O mais importante neste documento,
realmente foi a separação de poderes, pois, a partir desse momento passou a haver uma
limitação de poderes por parte do Rei. O parlamento teria a obrigação de defender as pessoas
submetidas à autoridade do soberano e, principalmente de não deixar que estas fossem
condenadas sem o devido processo lega”. Conforme ensina Dallari (1998, p. 205 e 206) e o
Act of Settlement de 12 de junho de 1701, que foi criado para garantir a sucessão protestante,
(no sentido religioso) do trono inglês e o poder do parlamento, basicamente, reafirmavou o
princípio da legalidade ao exigir que os governantes também se submetessem às leis, garantiu
a independência e a autonomia dos órgãos jurisdicionais, colocando-os acima da vontade livre
da Coroa, e levantou a possibilidade de responsabilização política dos agentes públicos,
prevendo inclusive a possibilidade do impeachment. A Constituição inglesa é baseada
principalmente em costumes, na jurisprudência, e em textos constitucionais esparsos, como
estes citados, dentre outros.

Constitucionalismo Moderno

O Constitucionalismo moderno nasce principalmente da Revolução Francesa, no século


XVIII, quando o Estado no seu modo de ser Absolutista, mantinha uma sociedade desigual,
com uma economia instável, onde que os altos cargos eram ocupados pelos monarcas,
conforme a hereditariedade e como a maior parte dos tributos vinha dos burgueses, a
burguesia passa a almejar o exercício do poder, e depois criam uma das primeiras
constituições em 1791, seguindo a primeira Constituição escrita nos Estados Unidos da
América em 1787.

Sendo assim, podemos o que ocorre num Estado Constitucional Moderno é: a afirmação de
um Estado de Direito, impondo aos governantes a legalidade constitucional, as constituições
escritas que garantiam mais segurança do sistema, a supremacia constitucional, o
reconhecimento de direito e garantias individuais em Declarações internacionais, a afirmação
da soberania popular e uma divisão mais clara de separação dos poderes.

Constituição Americana

A primeira constituição do mundo moderno foi a dos Estados Unidos, após a


emancipação das treze colônias; com apenas sete artigos, a constituição foi criada em 1787,
pioneira também em fazer a divisão dos poderes do estado em três: executivo, legislativo, e
judiciário e que abriu as portas para que cada estado fosse autônomo para elaborar suas leis, e
até hoje a justiça tem o poder de interpretar a constituição de acordo com as mudanças
socioeconômicas e culturais do país. Com mais de 220 anos de existência, a constituição
sofreu apenas vinte e sete emendas constitucionais, entre elas, o famoso “Bill of rights”, que
aconteceu quatro anos após a publicação da constituição. Ideologicamente influenciado pelos
iluministas (revoluções liberais se baseavam nesse documento), sua criação visava à liberdade
de expressão e religiosa.

Posteriormente, entre as mais conhecidas reformas ocorridas, estão o fim da


escravidão em 1865, o voto feminino em 1920, a proibição de confissões sobre tortura em
1937.

Constituição Francesa

A constituição de 1791 foi a primeira carta constitucional escrita na França e em toda


a Europa. Um dos preceitos básicos da revolução era adotar o constitucionalismo e
estabelecer a soberania popular, seguindo os passos dos Estados Unidos. Influenciada pelos
pensadores da época, como J.J Rousseau com as ideias de um contratualismo democrático
baseado na soberania e separação dos poderes. Com a vitória dos jacobinos na revolução
francesa, a assembleia nacional, desejando estabelecer a constituição sobre a base dos
princípios que ela acaba de reconhecer e declarar, que foi a igualdade, fraternidade e
liberdade, declarou que não há mais nobreza, distinções hereditárias, regimes feudais, nem
qualquer outro tipo de superioridade na sociedade. Nessa primeira constituição, garantia os
direitos e deveres do povo, como por exemplo: Voto Universal ou Sufrágio Universal - Todos
os cidadãos homens maiores de idade, votam. Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo –
estabeleceu um teto máximo para preços e salários. Venda de bens públicos e dos emigrados
para recompor as finanças públicas. Reforma Agrária – confisco de terras da nobreza
emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menores e vendida a preços
baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos. Extinção da
Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em
1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão. Organização dos seguintes
comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e
encarregado do poder executivo, e o Comitê de Segurança Pública, encarregado de descobrir
os suspeitos de traição. Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da
Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.
Um dos pontos mais característicos do constitucionalismo francês é a valorização do Poder
Legislativo.

Constitucionalismo Contemporâneo

O constitucionalismo contemporâneo surge com a ascensão do sistema capitalista, do


socialismo cientifico, segundo Marx e Engels, a grande crise mundial de 1929 e a Segunda
Grande Guerra atrocidades foram cometidas durante a II Guerra, notadamente pelos nazistas e
todas elas com base no ordenamento jurídico, na lei. O direito não é apenas forma, não é
apenas norma jurídica, ele tem que ter um conteúdo moral para ser válido. A essa nova idéia
de constitucionalismo no direito Paulo Bonavides dá o nome de pós-positivismo, e o Estado
capitalista ocidental interfere mais nas forças sociais, surgindo um Estado de Bem-Social que
modifica o constitucionalismo ocidental. A três principais princípios no Constitucionalismo
Contemporâneo, que são: Consagração da dignidade da pessoa humana como valor supremo,
rematerialização das constituições, com rol extenso de direitos fundamentais, e a força
normativa da Constituição.

Classificação das Constituições

Segundo o magistério de Pinto Ferreira, as constituições podem ser classificadas:


quanto á forma que podem ser escritas num documento, ou não escritas, também chamadas de
costumeiras, quando estruturada em costumes e usos fixados pela tradição. Quanto ao modo
de elaboração sempre estará relacionado a primeira classificação, se a constituição for
dogmática sempre será escrita, elaborada por órgão constituinte, consagra os dogmas políticos
e jurídicos dominantes na época da elaboração, se for histórica sempre não escrita, ou
costumeira, quando resulta de longo processo de sedimentação política, social e jurídica, não
se conseguindo determinar ao certo sua fonte. Quanto á sua origem, podem ser promulgadas,
também chamadas de populares e democráticas quando se originam do povo, quando são
resultantes de uma assembleia constituinte, como as constituições brasileiras 1891, 1934,
1946 e 1988, ou outorgada, que são constituições impostas por grupos unilateralmente, como
a constituição brasileira de 1937 pelo ditador Getúlio Vargas e as de 1824, 1937, 1967/69.
Quanto á consistência, pode ser rígida, onde há um processo de legislativo de alteração das
normas mas num processo especial de revisão e qualificada pela maioria de seus membros, ou
flexíveis, quando são mudadas facilmente, quando o processo de alteração for idêntico ao
processo das leis ordinárias ou as semi-rígidas que são constituições que contém parte rígidas
e flexíveis, como a constituição brasileira do Império do Império do Brasil. Quanto á
sistemática podem ser unitárias, quando reduzidas a um só código, ou esparsas, quando é
distribuída em vários documentos. Quanto ao tamanho, podem ser sintética com reduzido
números de artigos, como a constituição norte-americana ou analítica, com grande número de
artigos, como a constituição brasileira e indiana.

Evolução Constitucional Brasileira

Para J. J. Canotilho, embora se possa delimitar um núcleo conceitual uniforme para o


vocábulo constitucionalismo, existiriam diversos movimentos constitucionais, que refletiriam
as singulares características históricas e culturais de cada sociedade (inglês, norte-americano,
francês e brasileiro), em momentos distintos. Pode-se dizer inclusive que, no caso brasileiro,
embora já se pudesse falar de um constitucionalismo amplo, em seu sentido estrito o
constitucionalismo brasileiro só se iniciou em 1891. Oportuno é também o debate sobre a
existência, no plano material, de um constitucionalismo brasileiro entre 1964 e 1985.

Primeira Constituição Brasileira, em 1824

Com a Assembleia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado


formado por 10 membros que redigiu a Constituição sem qualquer tipo de participação
política, o país ganhou uma carta constitucional claramente subordinada aos interesses do rei.
Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais (ou seja, imposta), foi outorgada em 25 de
março de 1824, estabelecendo os seguintes pontos: um governo monárquico e hereditário,
voto censitário (baseado na renda) e aberto, eleições indiretas, onde os eleitores da paróquia
elegiam os eleitores da província e estes elegiam os deputados e senadores. Para ser eleitor da
paróquia, eleitor da província, deputado ou senador, o cidadão teria de ter, agora, uma renda
anual correspondente a 100, 200, 400, e 800 mil réis respectivamente, catolicismo como a
religião oficial, submissão da igreja ao estado, e a divisão de quatro poderes, Executivo,
Legislativo, Judiciário e Moderador. O Executivo competia ao imperador e o conjunto de
ministros por ele nomeados, o legislativo era representado pela assembleia geral, formada
pela câmara de deputados (eleita por quatro anos) e pelo senado (nomeado e vitalício). O
Poder Judiciário era formado pelo supremo tribunal de justiça, com magistrados escolhidos
pelo imperador. Por fim, o poder moderador que era pessoal e exclusivo do próprio
imperador, assessorado pelo conselho de estado, que também era vitalício e nomeado pelo
imperador.
Constituição Brasileira de 1891
A Constituição Brasileira de 1891 foi a primeira da história da República no país, em 1889 com a
chegada do fim do império brasileira, e após uma série de fatores que concorreram para o desgaste
do sistema monárquico brasileiro houve a definitiva queda de Dom Pedro II, e o Brasil iniciou assim,
uma nova reformulação de governo provisório com o Marechal Deodora da Fonseca, nos dois anos
seguintes foram tomados de movimentações para se estabelecer as novas diretrizes do Estado
Brasileiro. Entre os principais elaboradores da nova Constituição brasileira estava Prudente de Morais
e Rui Barbosa, os quais foram muito influenciados pela Constituição dos Estados Unidos, a principal
mudança da Constituição de 1891 foi a extinção do Poder Moderador. Sendo assim, a figura do
Imperador não era mais aceita, e foi substituída pelo Presidente da República, onde as eleições era
por voto popular, mas sem direito a reeleição, e o presidente e o vice-presidente eram eleitos

individuamente, assim unindo candidatos de plataformas diferentes no governo do país. A


Constituição de 1891 inaugurou a orientação da República no Brasil. Foi publicada no dia 24 de
fevereiro daquele ano e vigorou até 1932. Foi a diretriz do período chamado como República Velha,
comandada por oligarquias latifundiárias, com uma economia profundamente baseada no café e
dominada pelos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Constituição Brasileira de 1934

Com a tomada do poder de Getúlio Vargas em 1930, foi nomeada uma comissão para a
edição de uma nova constituição brasileira, ele defendia o liberalismo e um regime
democrático, um documento que assegure o bem estar social, econômico, a justiça e a
liberdade. Durou apenas três anos, e entre algumas de suas características estão: manteve-se a
República, a federalismo, a divisão de poderes independentes, fixou o voto secreto, voto
obrigatório para maiores de 18 anos, criação da justiça do trabalho, criou o mandato de
segurança e ação popular, ampliação dos poderes da união e diminuição das competências do
estado, estabeleceu dois instrumentos de reforma constitucional (revisão e emenda).

Constituição Brasileira de 1937

Em 10 de novembro de 1937 foi outorgada a nova constituição brasileira, denominada


de “constituição polaca”, pois foi inspirada na carta ditatorial polonesa, foi a primeira
constituição brasileira a apresentar caráter autoritário; a principal característica dessa carta
política era a concentração de poderes sob o domínio do presidente Getúlio Vargas com
conteúdo eminentemente centralizador. Os direitos políticos foram extintos, os órgãos
legiferantes no âmbito federal, estadual e municipal foram fechados, criando-se
departamentos administrativos e com intervenções do estado. O objetivo de Vargas era a
criação de um estado forte, interventor, centralizador, propulsor de políticas públicas cujo
fundamento era criar condições necessárias para o crescimento econômico e desenvolvimento
do país. Entre algumas de suas características estão: concentração dos poderes ao chefe
executivo, eleições indiretas para presidente com o cargo de seis anos, foi estabelecida a pena
de morte, restringiu a autonomia dos estados, extinguiu-se o federalismo e o cargo de vice-
presidente, restringiu os direitos individuais, entre outros.

Constituição Brasileira de 1946

Após a queda de Vargas e de sua ditadura, o país entrou num período de


redemocratização, com necessidade de um novo ordenamento constitucional, eleita a
assembleia constituinte e com o novo presidente Eurico Gaspar Dutra foi promulgada a
constituição em setembro de 1946, sendo claramente inspirada pelos parâmetros estabelecidos
sob a constituição de 1934, os quais haviam sido eliminados em 1937. Entre algumas de suas
características estão: A propriedade foi regulada a função social, possibilitando a
desapropriação por interesse social, mandato presidencial de cinco anos, o cargo de vice-
presidente voltou, proteção da propriedade privada e do latifúndio, liberdade de expressão e
opinião, estabeleceu-se equilíbrio sobre os poderes do estado, a igualdade de todos perante a
lei, entre outros.

Constituição Brasileira de 1967

A Constituição Brasileira de 1967 foi aprovada pelo Congresso Nacional o qual fora
transformado em assembleia constituinte através do Ato Institucional número 4. A carta
constitucional foi feita sob pressão dos militares, a fim de legalizar e institucionalizar o
regime militar. Diversas alterações foram feitas com a inserção de emendas, atos
institucionais e atos complementares, sendo ratificada pelo Congresso no dia 24 de janeiro de
1967, vigorando a partir de 15 de março do mesmo ano. Esta constituição procurou
institucionalizar o regime ditatorial, ampliando os poderes do Executivo em detrimento do
legislativo e judiciário. Entre suas características estão: eleição indireta para presidente, pena
de morte para crimes de segurança nacional, imposição de censura e banimento do país, os
municípios não tinham mais autonomia própria, ação de suspensão de direitos políticos e
individuais. Os atos constitucionais eram: Ato Institucional – 1: Poder de alterar a
constituição; cassar mandatos e suspender políticos; estabelecia eleições indiretas para
presidência da república. Ato Institucional – 2: Determinou eleição indireta para presidência
da república; extinguiu todos os partidos políticos; ampliou o número de ministros do STF;
intervenção nos estados. Ato Institucional – 3: Determinava eleições indiretas para
governador e vice-governador e nomeação de prefeitos pelos governadores. Ato Institucional
– 4: Invitou o congresso nacional para a votação e promulgação do projeto de constituição.
Ato Institucional – 5: Fechamento do congresso nacional; cassação dos mandatos eletivos;
suspensão dos direitos políticos e liberdades individuais; proibição de manifestações públicas;
ao poder executivo foi dada a prerrogativa de legiferar sobre todos os temas.

Constituição Brasileira de 1988 (Atual)

Em 1974 o presidente Ernesto Geisel, comprometeu em restaurar a democracia no


país, com a famosa frase “distensão lenta, segura e gradual”, caracterizou o seu governo.
Posteriormente, eleito de forma indireta o presidente João Baptista Figueiredo assumiu o
cargo em 1979, ele deu anistia aos exilados e presos políticos, apoiou “as diretas já“ e os
valores democráticos foram devolvidos para a população. Em novembro de 1986, uma
assembleia nacional constituinte foi eleita a fim de elaborar uma nova Constituição. Em 5 de
outubro de 1988, com transmissão ao vivo pela imprensa brasileira, a nova constituição foi
promulgada. Contendo 245 artigos. Entre alguns estão: os princípios fundamentais a
dignidade e necessidade humana, direito ao voto aos analfabeto, maiores de dezesseis anos,
repúdio ao racismo, terra como função social, novos direitos trabalhistas, os índios tem a
posse de suas terras, a sociedade é justa, livre e igualitária, erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, entre outros.

Principais problemas da Constituição de 1988

Como foi dito anteriormente, a Constituinte foi palco de diferentes correntes ideológicas,
grupos de pressão e partidos políticos, fato que enriqueceu muito os grandes debates. Vale a
pena lembrar que esse contexto era muito importante para uma sociedade que acabara de sair
de uma ditadura.

Por outro lado, os constituintes (deputados e senadores) receberam pressão de todos os lados:
empresários, trabalhadores, religiosos, centrais sindicais, funcionários públicos, poder
judiciário e empresas estrangeiras, entre outros grupos que queriam impor seus interesses e
objetivos, tanto nas discussões quanto nas votações. O resultado disso acabou sendo a
elaboração de uma Constituição extremamente corporativista, ou seja, que incorporou, muitas
vezes, interesses de grupos em vez dos tão falados interesses nacionais.

Concepção sociológica

Não há como responder essa pergunta sem citar o escritor Ferdinand Lassalle, nascido
em Breslau em 1825, contemporâneo de Karl Marx na revolução prussiana e totalmente ativo
aos ideais democráticos. Para ele, a constituição tinha uma concepção sociológica, ela é uma
lei fundamental, pois para que ela seja real tem que ter a aprovação legislativa; é a somatória
de leis e normas que foram criadas para organizar um país.

Ferdinand defende a ideia de ser real e efetiva (falada de acordo com a sociedade) e
integralizada com os fatores reais do poder, ou seja, os fatores são uma força ativa e eficaz
que informam as leis e instituições de um país. Não basta só estar escrito numa folha de papel,
as leis, e os direitos de cada um tem que estar em prática a todo o momento. Quando as duas
entrarem em um conflito, a constituição real e efetiva prevaleceria por ser de acordo com a
sociedade da época vigente, e posteriormente a constituição escrita seria alterada.

Em contrapartida, O escritor Konrad Hesse nascido em 1919 Kaliningrado, criticou


Ferdinand Lassalle em uma aula em 1952 titulada de “Força normativa da constituição”. Ele
concorda com os fatores reais do poder com a constituição real e efetiva escrita numa folha de
papel. Porém, quando estiverem em conflito, a escrita numa folha de papel prevaleceria, pois
ela possui uma força normativa, como se ela fosse autônoma, com preceitos de “dever ser”,
como uma sociedade deve se portar, visando sempre uma sociedade melhor e igualitária.

Concepção Política

Carl Schmitt, nascido em Plettenberg, em julho de 1888, defendia a ideia que a


constituição tem uma concepção política. Ele disse que ela é “decisão concreta de conjunto
sobre o modo e a forma da existência da unidade política”. Ele discorda que a constituição é
uma lei constitucional, ele diz que a constituição são normas (artigos) que tratam a decisão
política fundamental, as normas são o modo e a forma que o estado funciona. Essas normas se
encontram reunidos princípios, tradições e regras morais. A constituição é unidade política de
um povo.

Concepção Jurídica
O principal escritor concepção jurídica da constituição é Hans Kelsen, nascido em
Praga em 1881, escreveu “Teoria pura do direito”. Hans defende a idéia que a constituição é
pura, ele isola a norma, e tira toda a concepção político, social, moral, cultural, religioso,
econômico e costumeiro. A constituição é um fundamento de validade de todas as normas do
ordenamento jurídico – conjunto de leis de um país. Ele parte do pressuposto que o homem
tem o livre arbítrio, e em tese praticar as mais diversas condutas que estão na ordem do ser,
então a norma regula a conduta humana de um “dever ser” para que a sociedade viva sempre
em harmonia.

Conclusão

Podemos afirmar que em qualquer tempo, qualquer país, em qualquer época, sempre houve
uma constituição, sendo escrita ou não, o modo de ser do país, sempre espelhado na
sociedade, refletindo seus costumes, suas tradições, e não só mostrando e acatando o “ser” da
sociedade, mas também traçando limites e obrigações, direitos e deveres, sendo assim,
principalmente o que o Estado “deve ser”.

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