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Anotações - Cálculo - 2012

Prof. Jáuber C. de Oliveira


e-mail:jauber@mtm.ufsc.br

23 de setembro de 2012
2

“Many results must be given of which details are suppressed...


These must not be taken on trust by the student, but must be
worked out by his own pen, which must never be out of his own
hand while engaged in any mathematical process.”(A. DeMorgan)
Sumário

1 Números 5
1.1 Princı́pios de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Os números reais e suas propriedades . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.1 Propriedades de Corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2.2 Relação de Ordem em R . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.3 Desigualdades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2.4 Valor absoluto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2.5 Intervalos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2.6 Completude de R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2.7 Potência enésima de um número real . . . . . . . . . . 11
1.2.8 Raiz enésima de um número real . . . . . . . . . . . . 12
1.2.9 Números Irracionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3 Exercı́cios do Capı́tulo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

2 Funções 17
2.1 Noção intuitiva de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2 Definição de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3 Função bijetora, função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.4 Representação geométrica de função . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.5 Operações com funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.6 Composição de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Representação gráfica da função inversa (no plano) . . . . . . 20
2.8 Tipos de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9 Funções elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.9.1 Funções quadráticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.9.2 funções polinomiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.9.3 Funções racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.10 Funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

3
4 SUMÁRIO

2.10.1 Funções seno e cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22


2.10.2 Funções secante e tangente . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.11 Funções trigonométricas inversas . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.11.1 Função arco-seno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.11.2 Função arco-cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.11.3 Função arco-tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.11.4 Função arco-secante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.12 Funções exponenciais e logaritmicas . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.12.1 Função exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.12.2 Função logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.13 Funções hiperbólicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.1 Seno hiperbólico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.2 Cosseno hiperbólico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.3 Tangente hiperbólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.4 Cotangente hiperbólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.5 Secante hiperbólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.6 Cosecante hiperbólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.13.7 Identidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.14 Funções definidas implicitamente . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.15 Exercı́cios do Capı́tulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

3 Funções reais contı́nuas 31


3.1 Exercı́cios do Capı́tulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

4 Limites de funções reais 33


4.1 Exercı́cios do Capı́tulo 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Capı́tulo 1

Números

1.1 Princı́pios de Indução


Assumimos como conhecidas as propriedades básicas que definem e caracte-
rizam os seguintes conjuntos.

N = {1, 2, 3, · · · },

Z = {· · · , −2, −2, −1, 0, 1, 2, 3, · · · },


 
p
Q= | p, q ∈ Z, q 6= 0 .
q
Consideremos um importante princı́pio associado aos números naturais. Con-
sideremos que P (n) denota uma propriedade que está associada ao número
natural n, sendo esta verdadeira ou falsa para cada valor de n. O princı́pio
em questão tem a seguinte forma:
Princı́pio de Indução Finita: Se uma propriedade P (n) com n ∈ N satis-
faz às condições:
(i) P (1) é válida;
(ii)∀k ∈ N, P (k) implica P (k + 1),
então P (n) é verdadeiro para qualquer n ∈ N.

Exemplo 1.1. Mostremos usando o Princı́pio de Indução Finita que para


qualquer n ∈ N,
n(n + 1)
1 + 2 + 3 + ··· + n = .
2

5
6 CAPÍTULO 1. NÚMEROS

De fato,
n = 1: trivial
n = k : 1 + 2 + 3 + · · · + k = k(k + 1)/2. (Hipótese indutiva)
n = k+1 :1+2+3+· · ·+k+(k+1) = k(k+1)/2+(k+1) = (k+1)((k/2)+1) =
(k + 1)(k + 2)/2.
Portanto, P (k + 1) é verdadeira se P (k) é verdadeira. Pelo Princı́pio de
Indução Finita, a propriedade P (n) é válida para qualquer n ∈ N. C.Q.D.
O Princı́pio de Indução Finita pode ser reformulado em sua essência na
forma:
Princı́pio de Indução Matemática: Se A é qualquer subconjunto de N e
(1) 1 ∈ A,
(ii) k + 1 ∈ A se k ∈ A,
então A = N.
Observação 1.2. Essa formulação substitui a anterior pois aqui A = {n ∈
N : P (n) é verdadeiro} produz aquela formulação.
Existe uma outra forma de indução que devemos considerar:
Princı́pio de Indução Completa:
Se A é um conjunto de números naturais e
(1) 1 ∈ A,
(2) k + 1 ∈ A se 1, 2, · · · , k ∈ A,
então A = N.

1.2 Os números reais e suas propriedades


1.2.1 Propriedades de Corpo
Aceitamos a existência de R cujos elementos são chamados números reais.
Neste conjunto com pelo menos dois elementos estão definidos juntamente
com duas operações

adição: (a, b) ∈ R × R 7→ a + b ∈ R, e
multiplicação: (a, b) ∈ R × R 7→ a · b ∈ R,

que satisfazem aos seguintes axiomas:


(P 1) ∀a, b, c ∈ R, (a + b) + c = a + (b + c)
(propriedade associativa da adição)
1.2. OS NÚMEROS REAIS E SUAS PROPRIEDADES 7

(P 2) ∀a, b, ∈ R, a + b = b + a
(propriedade comutativa da adição)
(P 3) Existe 0 ∈ R tal que ∀a ∈ R, a + 0 = a
(existência do elemento neutro da adição)
(P 4) ∀a ∈ R, existe −a ∈ R tal que a + (−a) = 0
(existência do elemento inverso da adição)
(P 5) ∀a, b, c ∈ R, (ab)c = a(bc)
(propriedade associativa da multiplicação)
(P 6) ∀a, b ∈ R, ab = ba
(propriedade comutativa da multiplicação)
(P 7) Existe 1 ∈ R, 1 6= 0, tal que, ∀a ∈ R, a · 1 = a
(existência do elemento neutro da multiplicação)
(P 8) ∀a ∈ R, a 6= 0, existe a−1 ∈ R tal que a · a−1 = 1.
(existência do elemento inverso da multiplicação)
(P 9) ∀a, b, c ∈ R, a · (b + c) = a · b + a · c
(propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição)

Observação 1.3. Os conjuntos Q e C também satisfazem (P 1)-(P 9). Um


conjunto que satisfaz estas propriedades é denominado corpo.
Definição 1.4. Dados a, b ∈ R, definimos a − b := a + (−b).
Definição 1.5. Dados a, b ∈ R com b 6= 0, definimos
a
a/b = := a · b−1 .
b
Proposição 1.6. O elemento neutro da adição 0 é único.
0
Demonstração. De fato, se existissem dois elementos neutros 0 e 0 , então
0 0 0
0 = 0 + 0 = 0 + 0 = 0,

onde usamos que 0 é elemento neutro na primeira igualdade, usamos (P 2) na


0
segunda igualdade e usamos que 0 é elemento neutro na terceira igualdade.

Observação 1.7. O elemento neutro da multiplicação, 1, também é único.


Demonstração. Seja e outro elemento neutro da multiplicação. Então, 1 =
e · 1 = 1 · e = e.
8 CAPÍTULO 1. NÚMEROS

Observação 1.8. Dado a ∈ R, existe um único b ∈ R tal que a + b = 0.


Demonstração. Seja b outro inverso aditivo de a além de −a. Então,
b = b + 0 = b + (a + (−a)) = (b + a) + (−a) = (a + b) + (−a) = 0 + (−a) =
(−a) + 0 = −a.
Proposição 1.9. ∀a ∈ R, a · 0 = 0.
Demonstração. De fato, usando (P 3) e depois (P 9) temos que a · 0 = a · (0 +
0) = a · 0 + a · 0.
Então, usando sucessivamente (P 3), (P 4), (P 1), a igualdade obtida e (P 4),
obtemos
a·0 = a·0+0 = a·0+(a·0+[−a·0]) = (a·0+a·0)+[−a·0)] = a·0+[−a·0] = 0.

Exercı́cio 1.10. Dados a, b ∈ R, mostre que: a · (−b) = −(a · b).


Proposição 1.11. Se a, b ∈ R e a · b = 0, então a = 0 ou b = 0.
Demonstração. Se a 6= 0, então por (P 8) existe a−1 . Então,
b = b · 1 = b · (a · a−1 ) = (b · a) · a−1 = (a · b) · a−1 = 0 · a−1 = a−1 · 0 = 0,
onde usamos sucessivamente (P 7), (P 8), (P 5), (P 6), a hipótese e (P 6).

1.2.2 Relação de Ordem em R


(P 10) ∀a, b ∈ R,
(i) a ≤ b ou b ≤ a,
(ii) se a ≤ b e b ≤ a, então a = b (anti-simétrica)
(iii) se a ≤ b e b ≤ c, então a ≤ c (transitividade)
(R é um conjunto totalmente ordenado)
(P 11) ∀a, b, c ∈ R, se a ≤ b, então a + c ≤ b + c.
(P 12) ∀a, b, c ∈ R, se a ≤ b e 0 ≤ c, então a · c ≤ b · c.
Definição 1.12. Um corpo numérico que satisfaz (P 1) − (P 12) é chamado
de corpo ordenado.
Observação 1.13. R e Q são corpos ordenados. C não é um corpo ordenado.
Definição 1.14. Dados a, b ∈ R, o significado de a < b é que a ≤ b e a 6= b.
Observação 1.15. a ≥ b ⇐⇒ b ≤ a, a > b ⇐⇒ b < a.
1.2. OS NÚMEROS REAIS E SUAS PROPRIEDADES 9

1.2.3 Desigualdades
Proposição 1.16. (Propriedades-I: desigualdades)
(a) ∀x ∈ R, x ≤ 0 ⇐⇒ 0 ≤ −x.
(b) Se a ≥ 0, b ≥ 0, então ab ≥ 0.
(c) Se a ≤ b e c ≤ d, então a + c ≤ b + d.
(d) Se a ≤ b e c ≤ 0, então a · c ≥ b · c.
(e) ∀x, y, z ∈ R, se x · y = x · z e x 6= 0, então y = z.

Demonstração. (a) Por (P 11), x + (−x) ≤ 0 + (−x) = (−x) + 0 = −x, logo


0 ≤ −x. A prova da outra implicação é feita de forma análoga.
(b) Segue de (P 12) e b · 0 = 0.
(c) Por (P 11), a + c ≤ b + c e b + c ≤ b + d. Por (P 10)(iii), a + c ≤ b + d.
(d) Exercı́cio.
(e) Exercı́cio.

1.2.4 Valor absoluto


A relação de ordem em R permite definir o valor absoluto de um número real
x da seguinte forma: |x| := x se x ≥ 0 e |x| = −x se x < 0.
Observação 1.17. Dado x ∈ R, |x| = max{x, −x}.
Teorema 1.18. Se x, y ∈ R, então
(i) |x + y| ≤ |x| + |y| e (ii) ||x| − |y|| ≤ |x − y|.
Demonstração. (i) x ≤ |x| e y ≤ |y| implicam que x + y ≤ |x| + |y|.
Analogamente, −x ≤ |x| e −y ≤ |y| implicam que −(x + y) ≤ |y| + |y|.
Concluı́mos que |x| + |y| ≥ |x + y| = max{x + y, −(x + y)}.
(ii) Exercı́cio.
Exemplo 1.19. Sejam a, x, δ ∈ R. Então,
|x − a| < δ ⇐⇒ a − δ < x < a + δ.
Solução 1.20. Como |x+a| = max{x−a, −(x−a)}, |x−a| < δ é equivalente
a x − a < δ e −(x − a) < δ, isto é, x − a < δ e (x − a) > −δ; ou seja,
|x − a| < δ ⇐⇒ [x < a + δ, x > a − δ] ⇐⇒ a − δ < x < a + δ. CQD
Observação 1.21. Analogamente pode-se provar que
|x − a| ≤ δ ⇐⇒ a − δ ≤ x ≤ a + δ.
10 CAPÍTULO 1. NÚMEROS

1.2.5 Intervalos
Os seguintes subconjuntos de R são denominados intervalos: para a, b ∈ R,
[a, b] = {x ∈ R : a ≤ x ≤ b}
(a, b) = {x ∈ R : a < x < b}
[a, b) = {x ∈ R : a ≤ x < b}
(a, b] = {x ∈ R : a < x ≤ b}
(−∞, b] = {x ∈ R : x ≤ b}
(−∞, b) = {x ∈ R : x < b}
[a, +∞) = {x ∈ R : x ≥ a}
(a, +∞) = {x ∈ R : x > a}
(−∞, +∞) = R

1.2.6 Completude de R
Conjunto majorado, conjunto minorado, cota superior e cota inferior.
Conjunto limitado.
Máximo e mı́nimo de um subconjunto de R.

Definição 1.22. (Supremo)


Seja A um subconjunto de R. Um número real s é supremo de A quando
(S1) a ≤ s, ∀a ∈ A.
(s é cota superior para A)
(S2) Se a ≤ y, ∀a ∈ A, então s ≤ y.
(s é menor ou igual a qualquer cota superior de A)

Definição 1.23. (Ínfimo)


Seja A um subconjunto de R. Um número real s é ı́nfimo de A quando
(S1) a ≥ s, ∀a ∈ A.
(s é cota inferior para A)
(S2) Se a ≥ y, ∀a ∈ A, então s ≥ y.
(s é maior ou igual a qualquer cota inferior de A)

Exemplos de subconjuntos de R com/sem máximo e seus supremos.


1.2. OS NÚMEROS REAIS E SUAS PROPRIEDADES 11

(P13) Axioma do supremo: Qualquer subconjunto não-vazio de R majorado


tem supremo.

Resumindo: R é um conjunto numérico com pelo menos dois elementos, com


duas operações internas, adição e multiplicação, e que satisfaz (P 1) − (P 13).
Dizemos que R é um corpo ordenado completo.

1.2.7 Potência enésima de um número real


Dado x ∈ R e n ∈ N, podemos definir a enésima potência xn de x como
igual ao produto x · x · · · x (com x aparecendo n vezes). Definimos também
x0 = 1 e x−n = (1/x)n se x 6= 0. Assim as potência inteiras de qualquer
número real não-nulo estão definidas. As seguintes propriedades são con-
sequências imediatas de (P1)-(P9):
(i) (xy)n = xn y n , ∀n ∈ Z, ∀x, y ∈ R (xy 6= 0 se n ≤ 0);
(ii) (xm )n = xnm e xm+n = xm xn , ∀n, m ∈ Z, ∀x ∈ R
(x 6= 0 se m ≤ 0 ou n ≤ 0);
(iii) se n ∈ N and x, y ∈ R com 0 ≤ x < y, então xn < y n .
Sejam a, b ∈ R. Então,
(1.1) a2 − b2 = (a − b)(a + b)
(1.2) a3 − b3 = (a − b)(a2 + ab + b2 )
(1.3) a4 − b4 = (a − b)(a3 + a2 b + ab2 + b3 )
(1.4) a5 − b5 = (a − b)(a4 + a3 b + a2 b2 + ab3 + b4 )
(1.5) an − bn = (a − b)(an−1 + an−2 b + an−3 b2 + · · · + abn−2 + bn−1 )
Exemplo 1.24. Sejam x, y ∈ R. Mostre que x < y ⇐⇒ x3 < y 3 .
Solução 1.25. (=⇒) Se x ≤ 0 ≤ y, então, via (P12),
x3 = x2 · x ≤ 0 = 0 · y 2 ≤ y 3 .
Se x < y < 0 ou 0 < x < y, então
(usando propriedades provadas em proposições anteriores)
temos que x · y > 0, e como x3 − y 3 = (x − y)(x2 + xy + y 2 ) < 0.
(pois x − y < 0 e 0 < x2 + xy + y 2 )
(⇐=) Se x3 < y 3 e tivéssemos x ≥ y (podemos descartar x = y, pois nesse
caso x3 = y 3 ), então pela implicação recém-provada x3 > y 3 ... contradição!
Logo, x3 < y 3 implica x < y. CQD
12 CAPÍTULO 1. NÚMEROS

1.2.8 Raiz enésima de um número real


Proposição 1.26. (Existência da raiz enésima)
Se n ∈ N e x ∈ R com x ≥ 0, então existe um único número real y ≥ 0 tal
que y n = x.

O número y é chamado raiz enésima de x e indicado y = n x ou
y = x1/n . Este número é a única solução não negativa da equação y n = x.
Propriedades análogas às propriedades (i)-(iii) das potências podem ser pro-
vadas para as raı́zes enésimas.
Dado r ∈ Q, r = m/n com m, n ∈ Z e n 6= 0, definimos
xr := (xm )1/n
para qualquer x ∈ R com x > 0. Podemos definir potências racionais de −x
quando x ∈ R é positivo no caso em que n ∈ N é ı́mpar:
(−x)1/n := −(x1/n ).
Porque isso não é possı́vel quando n é par? por exemplo, (−1)1/2 não pode
ser igual a y ∈ R, pois y 2 ≥ 0.
Conclusão: para qualquer x ∈ R, x 6= 0, a r-ésima potência xr está definida
para r ∈ Q quando r tem denominador ı́mpar. Se r ∈ Q, r > 0, definimos
0r = 0.
Para potências racionais, as propriedades (i)-(iii) anteriores das potências
continuam válidas.
Exemplo 1.27. Dados x, y ∈ R e n ∈ N, mostre que:
(i) |xn − y n | ≤ nM n−1 |x − y|, onde M = max{|x|, |y|},
(ii) |x1/n − y 1/n | ≤ |x − y|1/n desde que x ≥ 0, y ≥ 0.
Solução 1.28. (i) Usemos a identidade
xn − y n = (x − y)(xn−1 + xn−2 y + xn−3 y 2 + · · · + xy n−2 + y n−1 ).
Aplicamos o valor absoluto a ambos os lados desta identidade e usamos a
identidade |a · b| = |a| · |b| e a desigualdade triangular, obtendo
|xn − y n | = |x − y||xn−1 + xn−2 y + xn−3 y 2 + · · · + xy n−2 + y n−1 |
≤ |x − y| |xn−1 | + |xn−2 ||y| + |xn−3 ||y 2 | + · · · + |x||y n−2 | + |y n−1 |


≤ |x − y| |x|n−1 + |x|n−2 |y| + |x|n−3 |y|2 + · · · + |x||y|n−2 + |y|n−1




≤ |x − y| nM n−1

1.3. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1 13

(ii) Supomos, sem perder generalidade, que 0 ≤ y ≤ x. Seja z = x1/n e w =


y 1/n . Então, z − w ≥ 0(porquê?). Pelo Teorema Binomial (ver Exercı́cios
do Capı́tulo), z n = ((z − w) + w)n = (z − w)n + · · · + wn ≥ (z − w)n + wn .
Portanto, x − y = z n − wn ≥ (z − w)n = [x1/n − y 1/n ]n , a qual implica (ii).

1.2.9 Números Irracionais


Veremos a seguir que existem números reais que não são racionais. O sub-
conjunto de R com essa caracterı́stica é chamado de números irracionais e
denotado por I.

Observação 1.29. Seja m ∈ N um número tal que m2 é par, então m é par.

Demonstração. O quadrado de número ı́mpar q = 2k+1 éq 2 = 2(2k 2 +2k)+1,


que é ı́mpar.Se m ∈ N e m2 é par, então m é par, pois se fosse ı́mpar seu
quadrado seria ı́mpar.

Proposição 1.30. 2 é um número irracional, isto é, número real que não
é racional.

Demonstração.
√ Supor que 2 = p/q com p, q inteiros e primos entre si.
Então, 2 = ( 2)2 = p2 /(q 2 ). Logo, p2 = 2q 2 .(*)
Temos que p2 é par. Mas pela observação anterior, p é par.
Portanto, p = 2m para algum m ∈ N. Substituindo em (*), temos que:
4m2 = 2q 2 , i.e., q 2 = 2m2 . Como q 2 é par, concluimos que q é par. Isso
contradiz p e q serem primos entre si.

Teorema 1.31. Se x, y ∈ R e x < y, então existem r ∈ Q e s ∈ I tais que


r ∈ (x, y) e s ∈ (x, y).

1.3 Exercı́cios do Capı́tulo 1


1. Prove por indução finita que: ∀n ∈ N,

n2 (n + 1)2
13 + 23 + 33 + · · · + n3 = .
4

2. Ache o erro na demonstração desta falácia:


”Todos os números naturais são iguais entre si.”
14 CAPÍTULO 1. NÚMEROS

Demonstração: (a) 1 = 1.
(b) Supomos que todos os números naturais até k sejam iguais entre
si. Então, k = k − 1. Logo,
k + 1 = (k − 1) + 1 = k.
Como k é igual a todos os naturais menores do que ele, o mesmo acon-
tece com k + 1. Portanto, a propriedade é verdadeira para todos os
números naturais. CQD
3. Prove o Princı́pio de Indução Completa a partir do Princı́pio de Indução
Matemática.
4. (a) Se a ≤ b e c ≤ 0, então a · c ≥ b · c.
(b) ∀x, y, z ∈ R, se x · y = x · z e x 6= 0, então y = z.

5. Utilizando o Princı́pio de Indução Finita, prove o


Teorema Binomial: Dados x, y ∈ R e n ∈ N, então
n  
n
X n k n−k
(x + y) = x y
k=0
k
       
n n n n−1 n 2 n−2 n n
= y + xy + xy + ··· + x .
0 1 2 n
1 1
 
Solução 1.32. n = 1: (x + y) = 0
y + 1
x = y + x (ok)
n = p: (x + y)p = pk=0 kp xk y p−k (HipótesePde indução)
P 
p p
 k p−k 
n= + y)p+1 =P(x + y)p (x + y) =
Ppp + 1:p(xk+1 k=0 k x y (x + y)
p−k p p k p+1−k
= Pk=0 k x y + P k=0 k x y
= pq=1 q−1 p
xq y p+1−q + pk=0 kp xk y p+1−k
= p0 y p+1 + pk=1 [ k−1 p
+ kp ]xk y p+1−k
 P  

= p0 y p+1 + pk=1 [ p+1


 P  k p+1−k Pp+1 p+1 k p+1−k
k
]x y = k=0 k x y CQD
6. (Desigualdades envolvendo potências de números reais)
(a) ∀x ∈ R, x2 ≥ 0.
(b) 1 > 0.
(c) Se 0 < x < 1, então x2 < x.
(d) Se x ≥ 0, y ≥ 0, então x2 < y 2 ⇐⇒ x < y.
7. Prove por indução a Desigualdade de Bernoulli:
Se x ∈ R, x ≥ −1, então
∀n ∈ N, (1 + x)n ≥ 1 + nx.
1.3. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1 15

Solução 1.33. n = 1: óbvio.


n = k: hipótese de indução.
n = k + 1: (1 + x)k+1 = (1 + x)k (1 + x) ≥ (1 + nx)(1 + x) [visto que
1 + x ≥ 0]
Logo,
(1 + x)k+1 ≥ 1 + nx + x + nx2 = 1 + (n + 1)x + nx2 ≥ 1 + (n + 1)x.
CQD

8. Utilizando a desigualdade triangular, mostre a Desigualdade trian-


gular reversa:

Se x, y ∈ R, então | |x| − |y| | ≤ |x − y|.

Demonstração. Dados X, Y ∈ R, aplicando a desigualdade (i) recém-


provada com x = X − Y , y = Y , inferimos que: |X| ≤ |X − Y | + |Y |,
i.e.,
|X| − |Y | ≤ |X − Y |.
Para x = Y − X e y = X, temos que |Y | ≤ |Y − X| + |X|, i.e.,
−(|X| − |Y |) ≤ |Y − X| = |X − Y |.
Então, ||X| − |Y || = max{|X| − |Y |, −(|X| − |Y |)} ≤ |X − Y |.

9. ([3]) Sejam x, y números reais positivos. Mostre que


√ x+y
xy ≤ .
2
√ √
Dica: ( x − y)2 ≥ 0.

10. ([3]) Sejam x, y números reais com 0 < x < y. Prove que:
√ √ √
y − x > y − x.
√ √ √
Dica: mostre que y < x + y − x usando o item (d) de 6.

11. ([3]) Seja ε um número real positvo dado. Mostre que:


dados x, y números reais positivos, tem-se que
√ √
|x − y| < ε2 ⇒ | x − y| < ε.

Dica: use o exercı́cio anterior.


16 CAPÍTULO 1. NÚMEROS
Capı́tulo 2

Funções

2.1 Noção intuitiva de função


Sejam A e B dois subconjuntos não vazios de R.

Uma função f definida em A com valores em B, indicada por f : A → B, é


formada pelo par de conjuntos A e B juntamente com uma regra que a cada
elemento x de A associa um único elemento y de B (y geralmente depende
de x, denotado y = f (x)). A é o domı́nio da função f , denotado Dom(f ).
B é o contra-domı́nio da função f . O conjunto imagem da função f ,
denotado Im(f ) ou f (A), é definido por
Im(f ) = {f (x) : x ∈ A}.
Definição 2.1. (Gráfico de função)
O conjunto gráfico de f , denotado Gr(f ), é definido por
Gr(f ) = {(x, y) : x ∈ A, y = f (x) ∈ B}.
* Claro que se f : A → B é uma função, então Gr(f) ⊂ A × B.

2.2 Definição de função


Definição 2.2. (Produto cartesiano) Se A e B são subconjuntos de R, o
produto cartesiano de A e B, denotado A × B, é o conjunto
A × B = {(x, y) : x ∈ A, y ∈ B}.

17
18 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

Definição 2.3. (Definição de função)


Sejam A e B subconjuntos de R. Uma função de A em B é um subconjunto
f de A × B com a propriedade que para cada x ∈ A existe um único y ∈ B
tal que (x, y) ∈ f .

Observação 2.4. Nesta definição (x, y) := {{x}, {x, y}}.

Como antes, A é o domı́nio da função f , denotado Dom(f ), e B é o


contra-domı́nio da função f . O conjunto imagem da função f , denotado
Im(f ) ou f (A), é definido por

Im(f ) = {y : (x, y) ∈ f }.

* Portanto, a definição rigorosa de função é que uma função é um subcon-


junto de A × B com as propriedades de Gr(f ), isto é, f ≡ Gr(f )!

2.3 Função bijetora, função inversa


Definição 2.5. Sejam A, B ⊂ R. Dizemos que f : A → B é sobrejetiva ou
sobrejetora se f (A) = B. Se para quaisquer x, y ∈ A com x 6= y tivermos
f (x) 6= f (y), dizemos que f é injetiva ou injetora. Em outras palavras,
dizemos que f é injetiva ou injetora se ∀x, y ∈ A, f (x) = f (y) =⇒ x = y.
Dizemos que f é bijetiva ou bijetora se f é injetora e sobrejetora.

Exemplo 2.6. f : [0, +∞) → R dada por f (x) = x2 é injetora e não é


sobrejetora.

Demonstração. De fato,dados x, y ∈ A = [0, +∞)se f (x) = f (y), i.e.,


x2 = y 2 , i.e, x2 − y 2 = 0, i.e., (x − y)(x + y) = 0 temos que x = y ou
x = −y. A segunda possibilidade somente ocorre se x = y = 0, e logo deve-
mos ter em qualquer caso x = y CQD.

f não é sobrejetora, pois −5 ∈ R = B e claramente −5 ∈


/ f (A).
2
(não existe x ∈ A tal que x = −5)

Esta demonstração conclui o exemplo. 


2.4. REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DE FUNÇÃO 19

Exercı́cio 2.7. (i) Utilize um exercı́cio anterior para mostrar que f : R → R


dada por f (x) = x3 é uma função injetora.
(ii) Baseado em discussões anteriores (raiz enésima), justifique que f é so-
brejetora.

Sejam A e B subconjuntos não vazios de R e f : A → B uma função


bijetora. Sendo sobrejetora, f (A) = B, i.e., para cada y ∈ B existe pelo
menos um x ∈ A tal que f (x) = y, e esse x ∈ A é único porque f é injetora.
Podemos então definir uma função g : B → A tal que cada y ∈ B é associado
a um único x ∈ A tal que f (x) = y, ou seja, g(y) = x ⇐⇒ f (x) = y. Essa
função g é a função inversa de f , denotada f −1 ou If .

Exemplo 2.8. Seja A = [0, +∞). Vimos anteriormente que a função f :


A → R dada por f (x) = x2 é injetora, mas não é sobrejetora. Consideremos
a função h : A → A dada por h(x) = x2 . Esta função é injetora ( pelo
mesmo argumento usado para f ) e sobrejetora pois vimos que a cada y ≥ 0
está associado um único x ≥ 0 tal que x2 = y. Como h é bijetiva, ela tem
uma função inversa h−1 que associa a cada y ≥ 0 o número y 1/2 ) ≥ 0. Essa

função é representada por h−1 (y) = y 1/2 ≡ y. 

Exercı́cio 2.9. Considere a função f : R → R dada por f (x) = x3 . Per-


gunta: f admite função inversa? Em caso afirmativo, determine essa função
inversa.

2.4 Representação geométrica de função


Sejam A e B subconjuntos não vazios de R e f : A → B uma função.
Consideremos um plano em que temos duas retas perpendiculares onde
associados a interseção ao ponto (0, 0) ∈ R × R. Orientamos ambas as
retas escolhendo pontos igualmente espaçados em que fazemos corresponder
números inteiros de maneira que cada reta está demarcada com todos os
números inteiros.
Representamos geometricamente f neste plano associando a cada ponto
(x, y) ∈ f um ponto P = (x, f (x)) do plano. Essa representação gráfica é
também chamada de “gráfico”de f .

Exercı́cio 2.10. Esboce o gráfico da função f : R → R dada por f (x) = x3 .


20 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

2.5 Operações com funções


* Funções soma, diferença, produto e quociente de funções
* Função λf , λ ∈ R

2.6 Composição de funções


Sejam A, B ⊂ R e f : A → R, g : B → R funções tais que f (A) ⊂ B.
Definimos a função (g composta com F ) g ◦ f : A → R por

g ◦ f (x) = g(f (x)), ∀x ∈ A.

2.7 Representação gráfica da função inversa


(no plano)
Sejam A, B ⊂ R e f : A → B uma função bijetora. Sabemos que o gráfico
de f é dado por
Gr(f ) = {(x, y) : y = f (x), x ∈ A}
e que o gráfico da inversa de f é dado por

Gr(If ) = {(y, x) : y = f (x), x ∈ A}.

Concluimos que para esboçar a representação gráfica da função inversa de f ,


basta associar a dada ponto (x, y) ∈ f o ponto (y, x) ∈ If .
Exercı́cio 2.11. Esboce o gráfico da função inversa de f : R → R dada por
f (x) = x3 .

2.8 Tipos de funções


*Funções monotônicas, periódicas, pares/ı́mpares, limitadas/ilimitadas.

2.9 Funções elementares


* Funções identidade, constante, linear e afim
2.9. FUNÇÕES ELEMENTARES 21

2.9.1 Funções quadráticas


Uma função quadrática ou do segundo grau é definida, para a, b, c ∈ R e
a 6= 0, por
f : R → R : x 7→ ax2 + bx + c.
O gráfico desta função é uma parábola com concavidade voltada para cima
se a > 0 e voltada para baixo se a < 0. A forma canônica desta função é
" 2 #
b ∆
f (x) = a x + − 2 , ∆ = b2 − 4ac,
2a 4a
obtida “completando-se o quadrado”:
b2
     2 
2 b c 2 b b c
f (x) = a x + x + =a x + x+ 2 − −
a a a 4a 4a2 a
" 2  2 #
b b − 4ac
=a x+ −
2a 4a2
Se ∆ ≥ 0, as soluções da equação do segundo grau f (x) = 0 são:

−b ± ∆
x= .
2a
De fato, essa expressão é obtida diretamente da forma canônica para f .
Segue também da forma canônica que as coordenadas do vértice da parábola
são:  
−b −∆
, .
2a 4a
Então, a imagem da função f é Im (f ) = {y ∈ R : y ≥ −∆/(4a)} se a > 0,
e Im (f ) = {y ∈ R : y ≤ −∆/(4a)} se a < 0.
Sabemos também que se ∆ < 0, então f (x) > 0, ∀x ∈ R, se a > 0, e
f (x) < 0, ∀x ∈ R, se a < 0. Se ∆ = 0 temos uma única raiz real dada pela
expressão anterior. Caso ∆ > 0, temos duas raı́zes reais e distintas também
dadas pela expressão anterior.

2.9.2 funções polinomiais


Exercı́cio 2.12. Esboce o gráfico das funções f (x) = xn para n = 2, 4 e
n = 6. Que semelhanças existem entre os gráficos?
Exercı́cio 2.13. Esboce o gráfico das funções f (x) = xn para n = 3, 5 e
n = 7. Que semelhanças existem entre os gráficos?
22 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

2.9.3 Funções racionais


Funções racionais são funções da forma f (x) = P (x)/Q(x) sendo P e Q
polinõmios. Claramente, o domı́nio de f é Dom (f ) = {x ∈ R : Q(x) 6= 0}.
Exercı́cio 2.14. Esboce o gráfico das funções: (a)f (x) = 1/x, (b) g(x) =
(2 + x)/(1 + x). Explique detalhadamente a construção dos gráficos.

2.10 Funções trigonométricas


2.10.1 Funções seno e cosseno
Teorema 2.15. Existe um único par de funções definidas em R, indicadas
por sen e cos, satisfazendo às propriedades:
1. sen (0) = 0;
2. cos(0) = 1;
3. ∀a, b ∈ R,

sen (a − b) = sen (a) cos(b) − sen (b) cos(a),

e
cos(a − b) = cos(a) cos(b) + sen (a)sen (b);

4. existe r > 0, tal que


sen (x)
0 < sen (x) < x < tg (x) := ,
cos(x)
para 0 < x < r.
A partir deste Teorema podemos provar as outras propriedades conheci-
das envolvendo as funções seno e cosseno.
• [cos(t)]2 + [sen (t)]2 = 1, ∀t ∈ R....faça a = b = t em 3.2 .
Proposição 2.16. Existe um menor número positivo a tal que cos(a) = 0.
Para este a, sen (a) = 1.
Definição 2.17. Definimos o número π por π = 2a, onde a é o número a
que se refere a proposição anterior.
2.10. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 23

Assim, π/2 é o menor número positivo tal que cos(π/2) = 0 e temos também
sen (π/2) = 1.

• sen é uma função ı́mpar e cos é uma função par.


De fato, basta fazer a = 0, b = t em 3.1 e a = 0, b = t em 3.2 .

• ∀x ∈ R, sen(x + 2π) = sen (x) e cos(x + 2π) = cos(x).

• intervalos de crescimento e decrescimento das funções seno e cosseno.


Pelo cı́culo trigonométrico, vê que cos é estritamente crescente em
[−π, 0] e estritamente decrescente em [0, π]. A função seno é estrita-
mente crescente em [−π/2, π/2] e estritamente decrescente em [−π, −π/2]
e em π/2, π.

Exercı́cio 2.18. Esboce o gráfico de sen e cos. Justifique detalhadamente


sua construção dos gráficos.

Exemplo 2.19. Esboçar o gráfico da função f : R∗ → R dada por f (x) =


sen (1/x).

2.10.2 Funções secante e tangente


A função secante é definida por

sec(t) = 1/ cos(t), ∀t ∈ R − {π/2 + mπ : m ∈ Z} .

Pela definição temos que

• sec é função par e tem perı́odo T = 2π;


(imediato da definição da função)

• a função secante é estritamente crescente nos intervalos:


[0, π/2[ e ]π/2, π]

• a função secante é estritamente decrescente nos intervalos:


[−π, −π/2[ e ] − π/2, 0]

• Im(sec) =] − ∞, 1] ∪ [1, +∞[;


Como −1 ≤ cos(t) ≤ 1, temos para 0 < cos(t) ≤ 1 que sec(t) ∈ [1, +∞[.
Para −∞ < cos(t) ≤ −1 temos que sec(t) ∈] − ∞, −1].
24 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

Exercı́cio 2.20. Esboce o cı́rculo trigonométrico (cı́rculo de raio unitário


centrado na origem). Considere a reta de equação x = 1. Fixando um ponto
(x, y) sobre o cı́culo no primeiro quadrante, considere a reta que passa por
esse ponto e pela origem. Nessa situação apresente o significado geométrico
da função secante.

Exercı́cio 2.21. Esboce o gráfico da função secante. Justifique detalhada-


mente sua construção.

A função tangente é definida por

tg (t) = sen (t)/ cos(t), ∀t ∈ R − {π/2 + mπ : m ∈ Z} .

Pela definição temos que

• a função tangente é função ı́mpar e tem perı́odo T = π;


(sen (t + π) = −sen (t) e cos(t + π) = − cos(t), logo
tg (t + π) = tg (t), ∀t ∈ Dom(tg).)

• a tangente no intervalo ] − π/2, π/2[ é função estritamente crescente.


De fato, no intervalo [0, π/2[ temos que sen é estritamente crescente e
cos é estritamente decrescente, logo seu quociente é uma função estrita-
mente crescente. Para o intervalo J =] − π/2, 0] consideramos a, b ∈ J
com a < b. Então,

tg (a) = −tg (−a) < −tg (−b) = tg (b),

pois tg é função ı́mpar e, como 0 < −b < −a e tg é estritamente


crescente no invertalo [0, π/2[, tg(−b) < −tg (−a).

• Im(tg) = R... o significado geométrico da função tangente justifica isso.


(pode-se justificar através da identidade: 1 + [tg (t)]2 = [sec(t)]2 )

Exercı́cio 2.22. Esboce o cı́rculo trigonométrico (cı́rculo de raio unitário


centrado na origem). Considere a reta de equação x = 1. Fixando um ponto
(x, y) sobre o cı́culo no primeiro quadrante, considere a reta que passa por
esse ponto e pela origem. Nessa situação apresente o significado geométrico
da função tangente.

Exercı́cio 2.23. Esboce o gráfico da função tangente. Justifique detalhada-


mente sua construção.
2.11. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS 25

Exercı́cio 2.24. A partir da definição da função cossecante


1
cossec (t) = ,
sen (t)
determine: (a) domı́nio, (b) imagem, (c) perı́odo, (d) paridade;
Esboce também o gráfico da função. Faça a mesma análise para a função
cotangente.

2.11 Funções trigonométricas inversas


2.11.1 Função arco-seno
Já vimos que a função seno não é bijetora. Entretanto, a parte dela que
é denominada restrição principal Sen : [−π/2, π/2] → [−1, 1] é bijetora.
Portanto, esta parte admite função inversa, que é a função
arcsen : [−1, 1] → [−π/2, π/2] tal que x = arcsen (y) ⇐⇒ y = Sen(x).
Exercı́cio 2.25. Esboce os gráficos das funções Sen e arco-seno. Justifique
detalhadamente a construção deste gráfico.

2.11.2 Função arco-cosseno


Já vimos que a função cosseno não é bijetora. Entretanto, a parte dela que é
denominada restrição principal Cos : [0, π] → [−1, 1] é bijetora. Portanto,
esta parte admite função inversa, que é a função
arccos : [−1, 1] → [0, π] tal que x = arccos (y) ⇐⇒ y = Cos(x).
Exercı́cio 2.26. Esboce os gráficos das funções Cos e arco-cosseno. Justifi-
que detalhadamente a construção deste gráfico.

2.11.3 Função arco-tangente


Chama-se restrição principal da tangente à função Tg :] − π/2, π/2[→ R,
que é bijetora. Portanto, esta parte admite função inversa, que é a função
arctg : R →] − π/2, π/2[ tal que x = arctg (y) ⇐⇒ y = Tg(x).
Exercı́cio 2.27. Esboce o gráfico das funções tg e arco-tangente. Explique
detalhadamente sua construção.
26 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

2.11.4 Função arco-secante


restrição principal: Sec : [0, π/2[∪]π/2, π] → [1, +∞]∪] − ∞, −1]. Esta
restrição da secante é bijetora. Logo, esta função admite função inversa, que
é a função arcsec :] − ∞, −1] ∪ [1, +∞[→ [0, π/2[∪]π/2, π] tal que

x = arcsec (y) ⇐⇒ y = Sec(x).

Exercı́cio 2.28. Esboce o gráfico das funções Sec e arco-secante. Explique


detalhadamente sua construção.

Exercı́cio 2.29. Restringindo adequadamente o domı́nio de definição da


função cossecante, obter função bijetora e a partir dela definir a função in-
versa da função cossecante, denotando-a por arccossec. Faça um esboço do
gráfico das funções cossecante [restrição principal] e arco-cossecante.

2.12 Funções exponenciais e logaritmicas


2.12.1 Função exponencial
Seja a ∈ R+ = (0, +∞) com a 6= 1.A função exponencial de base a,
f : R → R+ , indicada por f (x) = ax , é definida pelas seguintes propriedades:
(i) f (x) · f (y) = f (x + y);
(ii) f (1) = a;
(iii) x < y =⇒ f (x) < f (y) quando a > 1, e
x < y =⇒ f (y) < f (x) quando 0 < a < 1.

Observação 2.30. Se f : R → R satisfaz (i), então f não pode assumir o


valor zero, a menos que f ≡ 0. De fato, se existe c ∈ R tal que f (c) = 0,
então para qualquer x ∈ R,

f (x) = f (c + (x − c)) = f (c) · f (x − c) = 0, i.e., f ≡ 0.

Observação 2.31. Se f : R → R tem a propriedade (i) e f não é identica-


mente nula, então f (x) > 0, ∀x ∈ R. De fato,
x x h x i2
f (x) = f + =f > 0, ∀x ∈ R.
2 2 2
2.12. FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARITMICAS 27

Observação 2.32. Se f : R → R tem a propriedade (i) e (ii), então, ∀n ∈ N,

f (n) = f (1 + 1 + · · · + 1) = f (1) · f (1) · · · · · f (1) = an .

Logo, por (i) para qualquer r = m/n ∈ Q, temos f (r) = ar , e concluimos que
f (r) = ar é a única função f : Q → R+ tal que f (r+s) = f (r)·f (s), ∀r, s ∈ Q
e f (1) = a.

Utilizando o Lema a seguir

Lema 2.33. Seja a ∈ R+ com a 6= 1. Em qualquer intervalo de R+ , existe


alguma potência ar com r ∈ Q.

pode-se justificar a seguinte

Observação 2.34. Afirmação: dado x ∈ I, existe um único y ∈ R+ cujas


aproximações por falta são as potências ar com r racional menor do que x e
cujas aproximações por excesso são as potências as com s racional maior do
que x.

Propriedade adicionais importantes:


(iv) A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é ilimitada superiormente.
(todo intervalo de R+ contém valores de f (r) = ar com r ∈ Q)
(v) A função exponencial f : R → R+ , f (x) = ax , com a 6= 1, é sobrejetora.
(A prova deste resultado requer o lema anterior e a completude de R.)

Exercı́cio 2.35. Esboce o gráfico da função f (x) = ax nos dois casos: a > 1
e 0 < a < 1.

2.12.2 Função logaritmo


Vimos que a função g : R → R+ dada por g(x) = ax (a > 0 e a 6= 1) é uma
função bijetora, e portanto, admite uma função inversa. Definimos a função
loga : R+ → com a função inversa da função exponencial g(x) = ax (a > 0 e
a 6= 1).

Exercı́cio 2.36. Esboce o gráfico da função f : R+ → dada por f (x) =


loga (x) nos dois casos: a > 1 e 0 < a < 1.
28 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

2.13 Funções hiperbólicas


2.13.1 Seno hiperbólico
ex − e−x
senh : R → R, senh (x) = .
2

2.13.2 Cosseno hiperbólico


ex + e−x
cosh : R → [1, +∞[, cosh (x) = .
2

2.13.3 Tangente hiperbólica


senh (x)
tgh : R →] − 1, 1[, tgh (x) = .
cosh(x)

2.13.4 Cotangente hiperbólica


cosh (x)
tgh : R − {0} →] − ∞, −1[ ∪ ]1, +∞[, cotgh (x) = .
senh (x)

2.13.5 Secante hiperbólica


1
sech : R →]0, 1], sech (x) = .
cosh(x)

2.13.6 Cosecante hiperbólica


1
cosecs : R − {0} → R − {0}, cosech (x) = .
senh (x)

2.13.7 Identidades
cosh2 u − senh2 u = 1,

1 − tgh2 u = sech2 u,

1 − cotgh2 u = −cosech2 u,
2.14. FUNÇÕES DEFINIDAS IMPLICITAMENTE 29

Exercı́cio 2.37. Apresente a representação geométrica do seno hiperbólico


e do cosseno hiperbólico em relação às hipérboles de equação x2 − y 2 = 1.
Explique detalhadamente sua contrução.

Exercı́cio 2.38. Esboce os gráficos das funções hiperbólicas seno, cosseno e


tangente. Justifique detalhadamente suas construções.

Exercı́cio 2.39. Estudar as funções hiperbólicas inversas.

2.14 Funções definidas implicitamente


Exemplo
√ 2.40. A equação x2 + y 2 = 1 define implicitamente a função
y = 1 − x2 no intervalo [−1, 1], pois para qualquer x nesse intervalo x2 +
√ 2 √
1 − x2 = 1. A função y = − 1 − x2 também é dada implicitamente por
esta equação.

Exemplo 2.41. A equação y 2 + xy − 1 = 0 define implicitamente as funções



−x ± x2 + 4
y= .
2

2.15 Exercı́cios do Capı́tulo 2


1. (a)Considere a função f : R → R dada por f (x) = x3 . Pergunta:
f admite função inversa? Em caso afirmativo, determine essa função
inversa.
(b) Esboce o gráfico da função f : R → R dada por f (x) = x3 .

2. Considere a função definida por



f (x) = − x2 + 4x − 5

definida para x ≤ −5. Essa função admite inversa? Justifique detalha-


damente sua resposta e, em caso afirmativo, determine a função inversa
de f. √
Determine Dom (g ◦ h), onde g(x) = − x e h (x) = x2 + 4x − 5.

3. Determine o domı́nio, a imagem e esboce o gráfico das seguintes funções.


Justifique a construção do gráfico conforme ensinamos em aula.
30 CAPÍTULO 2. FUNÇÕES

(a) f (x) = ln(−x2 + 2x),


(b) f (x) = x sen x,
(c) g(t) = t sen (1/t)
(d) g(t) = t2 cos (1/t),
(e) g(x) = 2x/(x2 + 1),
(f) f (x) = exp(−x2 )

(g) g(t) = sen t
(h) f (x) = ln |tg (x)| .

4. Considere a função definida por

9 − x2
f (x) = .
4 − x2
(a) Esboce o gráfico de f , identificando assı́ntotas, raı́zes.
(b) Para x ≥ 0, essa função admite inversa? Em caso afirmativo,
obtenha a função inversa f −1 : B → C, isto é, determinando B, C
e f −1 (y).

5. ([3]) Dividir um segmento de 10 cm de comprimento em duas partes,


de modo que a soma dos quadrados dos comprimentos seja mı́nima.

Sugestão: y = 10 − x e devemos minimizar x2 + y 2 . Substitua a pri-


meira expressão na segunda para obter uma função quadrática de x.
Resp.: x = y = 5.

6. ([3]) Um arame de 10 cm de comprimento deve ser cortado em dois


pedaços, um dos quais será torcido de modo a formar um quadrado e
o outro, a formar uma circunferência. De que modo deverá ser cortado
para que a soma das áreas das regiões limitadas pelas figuras obtidas
seja mı́nima?

Sugestão: minimizar `2 + πR2 sob a restrição ` = (10 − 2πR)/4.


Substituindo a segunda expressão na primeira obtemos uma função
quadrática g(R).
Resp.: perı́metro do quadrado: 40/(4 + π).
Capı́tulo 3

Funções reais contı́nuas

O Teorema a seguir é bastante útil para estabelecer a continuidade de várias


funções de forma rápida.

Teorema 3.1. Sejam I, J ⊂ R intervalos em R. Se f : I → J é uma função


monotônica estrita e sobrejetora, então f é contı́nua.

3.1 Exercı́cios do Capı́tulo 3


1. Seja f (x) = P (x) /Q (x) com Dom (f ) = {x ∈ R : Q (x) 6= 0}. Se P
e Q são polinômios (ou seja, f é uma função racional), mostre que f é
contı́nua.

2. Mostre que f (x) = tg(x2 − 1) é uma função contı́nua em todo o seu


domı́nio de definição.

3. Considere a função f : R → R definida por



x sen(1/x), se x 6= 0
f (x) =
0, se x = 0

Pergunta: em quais pontos f é contı́nua? Justifique.


Resp.: f é contı́nua em todo seu domı́nio.

4. Dada as seguintes funções, determinar o conjunto onde elas são contı́nuas.


Justificar a resposta.

31
32 CAPÍTULO 3. FUNÇÕES REAIS CONTÍNUAS

(a) 
x2 sen(1/x), se x 6= 0
f (x) =
0, se x = 0
(b) 
x2 , se x ≥ −1
f (x) =
1 − |x|, se x < −1
5. Usando um Teorema visto em aula, mostre a continuidade das seguintes
funções em seus respectivos domı́nios de definição:

(a) f (x) = arcsec(x),


(b) f (x) = arccotg(x),
(c) f (x) = arccosec(x).

6. Determine o domı́nio de definição das seguintes funções e mostre que


elas são contı́nuas nos respectivos domı́nios:

(a) f (x) = [sen (x)](1/3) ,


(b) g (x) = xx ,
(c) h (t) = exp (cotg (t)),
(d) f (u) = (arcsec (u))u ,
1/2
(e) g (x) = (x2 sen (x) + cossec (x)) ,
2
(f) h (t) = ln (t + 4t − 5),

x
(g) f (x) = x .
Capı́tulo 4

Limites de funções reais

4.1 Exercı́cios do Capı́tulo 4


1. Calcular os seguintes limites:

(a) limx→2 x23x−6


−3x−2
;
2
−x
(b) limx→1 xx3 −x ;
2
−6x+9
(c) limx→3 xx2 +2x−15 ;
3
−2x −4x+8 2
(d) limx→−2 x 3x 2 +3x−6 ;
m m
(e) limx→a xxn −a
−an
;
2
(f) limx→1 (1+ax)1−x
2
−(a+x)2
;
−a 2 2
(g) limx→a 2x2x−ax−a2;
√ √
x+a+b− a+b
(h) limx→0 x
;
√ √
2 2
(i) limx→a b −x−
x−a
b −a
;
√ √ √ √
(j) limx→0 b+ c− √x+b−
x
x+c
;

n √na
(k) limx→a x−
x−a
.
m−n
Resps.: (a)0 (b)1/2 (c)0
√ (d)−16/9 (e)(m/n)a
√ (f)1 − a2
(g)2/(a + 1) (h)1/(2 a + b) (i)1/(2 b2 − a) (j)0 (k)(1/n)a1/n−1

2. Calcular os seguintes limites:

33
34 CAPÍTULO 4. LIMITES DE FUNÇÕES REAIS

10 x2 − 3 x + 4
(a) lim ;
x→+∞ 3 x2 − 1
x3 − 2 x + 1
(b) lim ;
x→−∞ x2 − 1
5 x3 − x2 − 1
(c) lim ;
x→−∞ x4 + x3 − x + 1

16 x4 − 17 x2 + 5 x − 1
(d) lim ;
x→+∞ x2
√ √
x2 + 5 x − 1 − x2 + 3
(e) lim √
3
;
x→+∞ x2 + 3
Resps.: (a) 10/3, (b) −∞, (c) 0, (d) 4, (e) 0.

3. Calcular os seguintes limites:


ln (1 + x)
(a) lim ;
x→0 x
(1 + x)a − 1
(b) lim ;
x→0 ln (1 + x)

(1 + x)a − 1
(c) lim ;
x→0 x
x−a
(d) lim ;
x→a ln x − ln a

Resps.: (a) 1, (b) a, (c) a, (d) a.

4. Calcular os seguintes limites:


eax − 1
(a) lim ;
x→0 ebx − 1
x n − an
(b) lim ;
x→a ln (xn ) − ln (an )

tg3x + tg 3 x
(c) lim ;
x→0 tg x
πx
(d) lim (1 − x) tg ;
x→1 2
eax − 1
(e) lim ;
x→0 sen bx
4.1. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 4 35

√ √
q q
(f) lim x + x − x − x;
x→+∞

Resp.: (a) a/b (b)an (c)3 (d) π2 (e) 1


4a
(f)1

5. Calcular os seguintes limites:

(a) lim ln x2 + x − 12 ;

x→−∞

x2 +x
(b) lim a (a > 1);
x→+∞

x2 +x
(c) lim a (0 < a < 1);
x→−∞

(d) lim xx ;
x→+∞
1
(e) lim+ e 1−x ;
x→1

Resp.: (a)+∞ (b)+∞ (c)0 (d)+∞ (e)0

6. Considere a função h : R → R definida por



 1 − x2 , se x≤1
h(x) = 1, se 1 < x ≤ 2
|x − 3|, se x≥2

(a) calcule, caso exista, limx→1− h (x). Resp. 0.


(b) calcule, caso exista, limx→1+ h (x). Resp. 1.
(c) calcule, caso exista, limx→2− h (x). Resp. 1
(d) calcule, caso exista, limx→2+ h (x). Resp. 1.
(e) esboce o gráfico de h.
(f) obtenha o conjunto imagem de f. Resp. (−∞, 1].
(g) determine o conjunto dos pontos em que essa função é contı́nua.
Resp. R − {1}.

7. Considere a função g : R → R definida por

sen x1 , se x > 0
 
g(x) =
|x|, se x ≤ 0
36 CAPÍTULO 4. LIMITES DE FUNÇÕES REAIS

Calcule, se existir, limx→0− g (x) e limx→0+ g (x). Existe limx→0 g (x)?


Justifique sua resposta detalhadamente.
Resp.: limite p/ esquerda é 0 e p/ direita não existe.

8. Considere a função f : R → R definida por


 x
|x|
, se x 6= 0
f (x) =
0, se x = 0

Calcule, se existir, limx→0 f (x).


Resp. o limite não existe.

9. Calcule:
 x
1
(a) lim 1+ .
x→−∞ x
1
(b) lim (1 + x) x .
x→0
 α x
(c) lim 1 + , onde α ∈ R.
x→+∞ x
Resp.: (a) e, (b) e, (c)eα
Referências Bibliográficas

[1] T. Apostol, Cálculo 1, Editorial Reverté, 1994.

[2] S. R. Ghorpade, B. V. Limaye, A Course in Calculus and Real Analysis,


Springer, 2006.

[3] H. L. Guidorizzi, Um Curso de Cálculo, Vol. 1, 5a. Edição, Editora LTC,


2006.

[4] R. Romano, Cálculo Diferencial e Integral, Atlas, 1983.

[5] M. Spivak, Cálculo Infinitesimal, Vols. 1,2, Editorial Reverté, 1970.

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