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UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Curso de Direito (29 de Janeiro de 2016) Duarte Brito

Economia Pública

1. (5 val.) De…na, de maneira muito sucinta (máx. 3 linhas cada), os seguintes conceitos: a) Imposto de Lindhal b)
Free rider (boleia) c) Estabilizador automático d) Equivalência Ricardiana e) Suavização …scal.
2. (5.5 val.) Considere que três agentes, A, B e C, estão a decidir qual a quantidade (1 a 3) de um bem público a
adquirir. A tabela seguinte apresenta a valorização total de cada um, já líquida dos custos suportados (para uma dada
forma, já estabelecida, de dividir os respectivos custos).

1 2 3
A 24 18 10
B 13 7 18
C 6 10 8

a) Determine o votante mediano. Pode assegurar que a escolha do votante mediano corresponde à alternativa (quan-
tidade) vencedora de Condorcet? Justi…que.
A: O votante A tem como primeira preferência a alternativa 1, o B a 3 e o C a 2. Logo, o mediano é o C. Não se pode
aplicar o teorema do votante mediano (que indicaria que 2 é vencedora de Condorcet, pos as preferências de B não são
unimodais. De facto, se votar as alternativas aos pares, 1 vence 2, 2 vence 3, mas 3 vence 1 (maiorias ciclicas)
b) O que aconteceria se a quantidade fosse escolhida por uma "contagem de Borda"? Considera que (neste caso
concreto) se veri…ca a propriedade de "independência das alternativas irrelevantes"?
A: Haveria um empate entre todas as alternativas. Por exemplo, dando 2 pontos à 1a escolha, 1 à 2a e 0 à 3a escolha
teriamos:
1 2 3
A 2 1 0
B 1 0 2
C 0 2 1
com um total de 4 pontos. Se a alternativa 1 fosse retirada, já não haveria empate entre 2 e 3, pelo que não se veri…ca a
propriedade da independencias das alterantivas irrelevantes.
c) Admitindo que os agentes têm uma utilidade igual à valorização indicada na tabela acima, qual a quantidade
óptima i) na perspectiva utilitarista e ii) na perspectiva Rawlsiana?
A: De acordo com o criterio utilitarsista, a melhor opção seria a 1 (maior soma).
1 2 3
A 24 18 10
B 13 7 18
C 6 10 8
Total 43 35 36
De acordo com o critério Rawlsiano, seria a 3 em que o minimo é maximizado (8>7>6).
d) Qual o imposto de Clarke a aplicar neste caso com o objectivo de levar os agentes a revelar a sua valorização?
A: Normalizando os valores:
1 2 3
A 14 8 0
B 6 0 11
C 0 4 2
Total 20 12 13
A opção escolhida à a 1 e o votante A é o unico decisivo (caso não existisse a escolha seria 3). O imposto de Clarke sobre
A é 5+2 (perda de B e de C por terem 1 e não 3)
3. (5.5 val.) Admita que a produção de um bem gera uma externalidade negativa (poluição) sobre um número
reduzido de agentes. Os benefícios e custos totais para o produtor são dados na tabela abaixo:

Quantidade 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Receita total 0 60 110 150 180 200 210 215 215 210
Custo total 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

O valor do custo sobre terceiros, por unidade produzida, é de 10 unidades monetárias até à 3a unidade (inclusivé)
passando a ser 20 a partir desse ponto.
a) Determine as quantidades óptimas do ponto de vista privado e social.
Quantidade 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Receita marginal 60 50 40 30 20 10 5 0 -5
A:
Custo marginal 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Externalidade 10 10 10 20 20 20 20 20 20
Óptimo privado (maximo lucro): Q=6
Óptimo social (maximo bem-estar): Q=4

b) Admita que a produção do bem não é permitida sem a anuência dos restantes agentes. Determine um contrato
que leve a empresa a produzir a quantidade socialmente óptima.
A: A empresa tem de compensar pela externalidade que cria. No máximo está disposta a pagar 50+40+30+20. No
minimo terá de pagar 10+10+10+20
c) Responda à questão anterior, admitindo que é permitido que a empresa produza a quantidade que entender.

A: Para passar de 6 para 4 a empresa exige, pelo menos, 0+10 e os restantes agentes estão dispostos a pagar no
máximo 20+20.
d) Proponha uma medida que corrija esta falha de mercado na impossibilidade de negociação entre as partes.
A: Imposto de Pigou igual ao valor da externalidade no óptimo (ou seja, T=20 por unidade produzida)
e) Se existir uma tecnologia que permita eliminar a externalidade com um custo …xo F, para que valores de F é
e…ciente a implementação da mesma?
A: Se não é implementada, o bem estar máximo é, em Q=4, 40+30+20+0=90. Se for implemenada o bem estar máximo
será, em Q=6, 50+40+30+20+10+0-F=150-F. Logo, 150-F>90, F<60.
4. (4 val.) Considere a tabela seguinte, apresentada pelo Instituto de Estatística do país Z (valores em % do PIB):

a) Com base na tabela, determine os juros da divida pública em % do PIB no ano de 2003.
A: JDP=Despesa Total- Despesa primária: 43.7-41.1=2.6
b) Admitindo que em 2008 a taxa de crescimento do produto foi sensivelmente igual à taxa de juro, o que terá
acontecido ao grau de endividamento do país Z?
A: Havendo um excedente primário, terá melhorado ligeiramente (o rácio B/Y)
c) "As despesas do Estado que afectam as gerações futuras não se esgotam no investimento em capital físico. (...)
A regra de ouro apenas discrimina o investimento em capital físico porque a contabilidade pública classi…ca de forma
diferente essa rúbrica. Mas, ao privilegiar o betão em detrimento da educação, a regra de ouro resulta em distorção." A
que regra de ouro se refere o autor desta frase? Considera que esta regra é cumprida no país Z no ano de 2009? Em geral,
quais as previsíveis consequências do seu não cumprimento? A que tipo de distorção se refere o autor? (max. 8 linhas)
A: O autor refere-se ao equilíbrio do orçamento corrente, que não é veri…cado em 2009 um vez que o de…cir excede
as despesas de capital (logo, a divida está a …nanciar também despesas correntes). O seu não cumprimento leva a
transferências de bem estar entre gerações (por exemplo, com despesas que geram bene…cios hoje a serem pagas no
futuro). A distorção em causa refere-se às despesas de educação não serem consideradas despesas de capital, embora
gerem benefícios no futuro. Se estas não forem consideradas o equilibrio do orçamento corrente terá na verdade despesas
de capital a serem …nanciadas por receitas correntes.

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