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Aula 01

Legislação Especial p/ AGEPEN-CE (Agente Penitenciário) Com videoaulas

Professores: Marcos Girão, Paulo Guimarães


LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 01
LEI N¼ 11.343/2006 (LEI ANTIDROGAS).

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 - Lei n¼. 11.343/06 (Drogas). ................................................................. 2!
2.1 Ð Disposi•›es preliminares ............................................................... 2!
2.2 Ð Do Sistema Nacional de Pol’ticas Pœblicas sobre Drogas ..................... 4!
2.3 Ð Das atividades de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e reinser•‹o social
de usu‡rios e dependentes de drogas ...................................................... 5!
2.4 Ð Dos crimes e das penas ................................................................. 6!
2.5 Ð Da repress‹o ˆ produ•‹o n‹o autorizada e ao tr‡fico il’cito de drogas .. 8!
3 - Quest›es ..........................................................................................31!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................31!
3.2 Ð Gabarito .....................................................................................42!
3.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................43!
4 - Resumo da Aula ................................................................................62!
5 - Considera•›es Finais ..........................................................................65!

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Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 01 - LEI N¼ 11.343/2006 (LEI


ANTIDROGAS).
1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, caro amigo!
Hoje daremos continuidade ao nosso curso estudando a Lei no 11.343/2006,
conhecida como Lei de Drogas. ƒ uma lei bastante importante para sua prova, e
por isso dei uma especial aten•‹o ˆ jurisprud•ncia e busquei as œltimas quest›es
aplicadas sobre o assunto. Pode ficar tranquilo, pois voc• estar‡ se preparando
com o que h‡ de melhor no mercado, ok!? J
For•a! Bons estudos!

2 - Lei n¼. 11.343/06 (Drogas).


2.1 Ð Disposi•›es preliminares

A Lei de Drogas, alŽm de instituir o Sistema Nacional de Pol’ticas Pœblicas sobre


Drogas (Sisnad), tipificou alguns crimes espec’ficos, mormente relacionados ao
tr‡fico de drogas. Veremos nesta aula os principais aspectos desta lei, dando
especial aten•‹o aos dispositivos que j‡ foram cobrados em concursos anteriores.

Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Pol’ticas Pœblicas sobre Drogas -
Sisnad; prescreve medidas para preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e reinser•‹o social de
usu‡rios e dependentes de drogas; estabelece normas para repress‹o ˆ produ•‹o n‹o
autorizada e ao tr‡fico il’cito de drogas e define crimes.
Par‡grafo œnico. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as subst‰ncias ou os
produtos capazes de causar depend•ncia, assim especificados em lei ou relacionados em
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da Uni‹o.
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Neste primeiro dispositivo, quero chamar sua aten•‹o para a defini•‹o do que
sejam as drogas, mencionadas diversas vezes ao longo de todo o texto legal.
Para fins desta lei, drogas s‹o quaisquer subst‰ncias ou produtos capazes de
causar depend•ncia, mas n‹o Ž s— isso.
ƒ necess‡rio ainda que as subst‰ncias estejam relacionadas em lei espec’fica ou
em ato do Poder Executivo. Hoje essa regulamenta•‹o Ž feita pela Ag•ncia
Nacional de Vigil‰ncia Sanit‡ria (Anvisa).
A lista das subst‰ncias Ž trazida pela Portaria MS/SVS n¼ 344, de 12 de maio de
1998. A portaria Ž bastante extensa e detalhada, e est‡ dispon’vel no seguinte
endere•o:
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep
.html.
Podemos dizer, portanto, que a Lei de Drogas contŽm tipos penais em branco.
Esses tipos s‹o aqueles cujo conteœdo precisa ser estabelecido por outra norma.
A norma penal em branco, portanto, estabelece a san•‹o, mas precisa de outra
norma que complemente a conduta prevista. Como essa outra norma Ž uma
portaria, podemos dizer que este dispositivo Ž uma norma penal em branco
heterog•nea.
Esta Ž uma boa quest‹o de prova, hein?

A Lei de Drogas traz tipos penais em branco, pois a defini•‹o


das subst‰ncias il’citas Ž dada por lei espec’fica ou por ato do
Poder Executivo. Atualmente a lista Ž trazida pela Portaria n¼
344/1998 da Anvisa.

Art. 2o Ficam proibidas, em todo o territ—rio nacional, as drogas, bem como o plantio, a
cultura, a colheita e a explora•‹o de vegetais e substratos dos quais possam ser extra’das
ou produzidas drogas, ressalvada a hip—tese de autoriza•‹o legal ou regulamentar, bem
como o que estabelece a Conven•‹o de Viena, das Na•›es Unidas, sobre Subst‰ncias
Psicotr—picas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritual’stico-religioso.

A regra geral Ž de que o uso de drogas Ž proibido, bem como o plantio, a cultura,
a colheita e a explora•‹o de plantas que sirvam para a produ•‹o de drogas.
H‡, entretanto, exce•›es a essa regra. ƒ o caso de quando h‡ autoriza•‹o em
lei ou em regulamento, ou quando plantas com propriedades psicotr—picas s‹o
utilizadas em rituais religiosos.
Quero chamar sua aten•‹o para a men•‹o feita ˆ Conven•‹o de Viena. O
legislador teve a inten•‹o de deixar claro que a norma internacional continua em
vigor, mas isto n‹o quer dizer que Ž permitida a utiliza•‹o de toda e qualquer
planta em rituais religiosos. Para compreendermos melhor esta exce•‹o, vejamos
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o art. 32, item 4, da Conven•‹o de Viena.

ÒO Estado em cujo territ—rio cres•am plantas silvestres que contenham substancias


psicotr—picas dentre as inclu’das na lista I e que s‹o tradicionalmente utilizadas por
pequenos grupos nitidamente caracterizados em rituais m‡gicos ou religiosos poder‹o (...)
formular reservas em rela•‹o a tais plantas, (...)exceto quanto as disposi•›es relativas ao
comŽrcio internacionalÓ.

Um exemplo foi o caso da organiza•‹o religiosa conhecida como Santo Daime.


Recentemente uma decis‹o do Conselho Nacional de Pol’ticas sobre Drogas
(Conad) permitiu que este grupo religioso utilizasse em seus rituais o ch‡
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preparado com a planta conhecida como ayahuasca, que tem propriedades


psicotr—picas.

2.2 Ð Do Sistema Nacional de Pol’ticas Pœblicas sobre


Drogas
O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as
atividades relacionadas com a preven•‹o do uso indevido, a aten•‹o e a
reinser•‹o social de usu‡rios e dependentes de drogas; e a repress‹o da
produ•‹o n‹o autorizada e do tr‡fico il’cito de drogas.
Esse certamente n‹o Ž o trecho mais importante da lei, mas, para fins de prova,
acredito que seja interessante conhecer os princ’pios e os objetivos do Sisnad,
que constam nos arts. 4o e 5o.

Art. 4o S‹o princ’pios do Sisnad:


I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto ˆ sua
autonomia e ˆ sua liberdade;
II - o respeito ˆ diversidade e ˆs especificidades populacionais existentes;
III - a promo•‹o dos valores Žticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro,
reconhecendo-os como fatores de prote•‹o para o uso indevido de drogas e outros
comportamentos correlacionados;
IV - a promo•‹o de consensos nacionais, de ampla participa•‹o social, para o
estabelecimento dos fundamentos e estratŽgias do Sisnad;
V - a promo•‹o da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo
a import‰ncia da participa•‹o social nas atividades do Sisnad;
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido
de drogas, com a sua produ•‹o n‹o autorizada e o seu tr‡fico il’cito;
VII - a integra•‹o das estratŽgias nacionais e internacionais de preven•‹o do uso indevido,
aten•‹o e reinser•‹o social de usu‡rios e dependentes de drogas e de repress‹o ˆ sua
produ•‹o n‹o autorizada e ao seu tr‡fico il’cito;
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VIII - a articula•‹o com os —rg‹os do MinistŽrio Pœblico e dos Poderes Legislativo e


Judici‡rio visando ˆ coopera•‹o mœtua nas atividades do Sisnad;
IX - a ado•‹o de abordagem multidisciplinar que reconhe•a a interdepend•ncia e a natureza
complementar das atividades de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e reinser•‹o social de
usu‡rios e dependentes de drogas, repress‹o da produ•‹o n‹o autorizada e do tr‡fico il’cito
de drogas;
X - a observ‰ncia do equil’brio entre as atividades de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o
e reinser•‹o social de usu‡rios e dependentes de drogas e de repress‹o ˆ sua produ•‹o n‹o
autorizada e ao seu tr‡fico il’cito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;
XI - a observ‰ncia ˆs orienta•›es e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas -
Conad.
Art. 5o O Sisnad tem os seguintes objetivos:
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I - contribuir para a inclus‹o social do cidad‹o, visando a torn‡-lo menos vulner‡vel a


assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tr‡fico il’cito e outros
comportamentos correlacionados;
II - promover a constru•‹o e a socializa•‹o do conhecimento sobre drogas no pa’s;
III - promover a integra•‹o entre as pol’ticas de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e
reinser•‹o social de usu‡rios e dependentes de drogas e de repress‹o ˆ sua produ•‹o n‹o
autorizada e ao tr‡fico il’cito e as pol’ticas pœblicas setoriais dos —rg‹os do Poder Executivo
da Uni‹o, Distrito Federal, Estados e Munic’pios;
IV - assegurar as condi•›es para a coordena•‹o, a integra•‹o e a articula•‹o das atividades
de que trata o art. 3o desta Lei.

O texto original do projeto de lei trazia uma sŽrie de dispositivos tratando da


composi•‹o e da organiza•‹o do Sisnad, mas quase todos foram vetados pelo
Presidente da Repœblica, restando apenas a diretriz que assegura, na organiza•‹o
do Sisnad, a central orienta•‹o central e a execu•‹o descentralizada das
atividades realizadas em seu ‰mbito, nas esferas federal, distrital, estadual
e municipal.

Art. 16. As institui•›es com atua•‹o nas ‡reas da aten•‹o ˆ saœde e da assist•ncia social
que atendam usu‡rios ou dependentes de drogas devem comunicar ao —rg‹o competente
do respectivo sistema municipal de saœde os casos atendidos e os —bitos ocorridos,
preservando a identidade das pessoas, conforme orienta•›es emanadas da Uni‹o.

Institui•›es de aten•‹o ˆ saœde e assist•ncia social devem prestar informa•›es


aos —rg‹os do sistema municipal de saœde acerca dos atendimentos e das mortes
que ocorrerem nos respectivos estabelecimentos. A identidade das pessoas,
porŽm, deve ser preservada.
AlŽm disso, a Lei de Drogas determina que os dados estat’sticos nacionais de
repress‹o ao tr‡fico il’cito de entorpecentes devem integrar sistema de
informa•›es do Poder Executivo.

2.3 Ð Das atividades de preven•‹o do uso indevido,


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aten•‹o e reinser•‹o social de usu‡rios e dependentes


de drogas

V‡rios dispositivos que tratam do Sinad (art. 1¼; art. 3¼, I e II; art. 4¼, X e art.
5¼, III) mencionam como objetivos da lei a preven•‹o ao uso indevido e a
repress‹o ˆ produ•‹o n‹o autorizada e ao tr‡fico il’cito. A Lei de Drogas tem,
portanto, duplo objetivo: um relacionado ˆ preven•‹o, aten•‹o e reinser•‹o
social dos usu‡rios e dependentes, e outro relacionado ˆ repress‹o ˆ produ•‹o e
tr‡fico de drogas.
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PRINCIPAIS OBJETIVOS DA LEI DE DROGAS

Preven•‹o ao uso indevido, Repress‹o ˆ produ•‹o n‹o


aten•‹o e reinser•‹o social dos autorizada e ao tr‡fico il’cito.
usu‡rios e dependentes de drogas.

Em seguida, a lei trata de aspectos relacionados ˆ preven•‹o e ˆs atividades de


aten•‹o e de reinser•‹o social dos usu‡rios e dependentes.
As atividades de preven•‹o dizem respeito ˆ redu•‹o dos fatores de
vulnerabilidade e risco e ˆ promo•‹o e fortalecimento dos fatores de prote•‹o.
As atividades de aten•‹o ao usu‡rio e ao dependente de drogas s‹o aquelas que
visam ˆ melhoria da qualidade de vida e ˆ redu•‹o dos riscos e danos associados
ao uso de drogas.
A reinser•‹o social deve alcan•ar tambŽm os familiares do usu‡rio ou
dependente, e direcionam-se ˆ sua integra•‹o ou reintegra•‹o em redes sociais.
ATEN‚ÌO!!! O Cespe j‡ elaborou quest‹o considerando que o SISNAD n‹o tem
compet•ncia para determinar a interna•‹o compuls—ria de usu‡rios e
dependentes.

2.4 Ð Dos crimes e das penas

Art. 27. As penas previstas neste Cap’tulo poder‹o ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substitu’das a qualquer tempo, ouvidos o MinistŽrio Pœblico e
o defensor.

Ao analisarmos este dispositivo, surge a quest‹o relacionada ao n‹o cabimento


de penas privativas de liberdade aos dependentes de drogas. Esta discuss‹o Ž
ampla no Direito Penal, e muitos doutrinadores advogam a ideia da n‹o
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criminaliza•‹o do consumo de drogas, mostrando-se mais prof’cua, nestes casos,


a ado•‹o de medidas de saœde pœblica e de orienta•‹o.
Vamos estudar a pol•mica de forma um pouco mais aprofundada ao analisarmos
o art. 28, que talvez seja o mais importante de toda a Lei de Drogas.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em dep—sito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou
regulamentar ser‡ submetido ˆs seguintes penas:
I - advert•ncia sobre os efeitos das drogas;
II - presta•‹o de servi•os ˆ comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
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Quanto ao caput do art. 28, chamo sua aten•‹o para a amplia•‹o que foi dada ˆ
conduta criminosa em rela•‹o ˆ lei anterior, que n‹o tipificava as condutas de
Òter em dep—sitoÓ e ÒtransportarÓ.
O ¤1¼ do art. 28 criminaliza tambŽm a conduta de quem semeia, cultiva ou
colhe plantas destinadas ˆ prepara•‹o de pequenas quantidades de droga para
uso pessoal.
Luiz Fl‡vio Gomes afirma que houve uma descriminaliza•‹o formal das condutas
previstas na lei, enquanto Aline Bianchini defende que houve descriminaliza•‹o
material, ou seja, abolitio criminis.
O STF, entretanto, no julgamento do Recurso Extraordin‡rio 430.105-9-RJ,
rejeitou as duas teses. O Ministro Sepœlveda Pertence identificou apenas a
despenaliza•‹o, n‹o admitindo que as condutas previstas no art. 28 n‹o mais
constituam crime. A œnica mudan•a ocorrida com a nova lei, portanto, foi a
ado•‹o de penas alternativas.
Doutrinadores importantes, a exemplo de Fernando Capez, acompanham a tese
do STF. Nucci, por outro lado, recha•a o termo Òdespenaliza•‹oÓ, defendo que
houve uma Òdesprizionaliza•‹oÓ. A partir da’, as explana•›es dos doutrinadores
perdem sua utilidade para os candidatos a cargos pœblicos...
Quanto ˆs penas aplicadas pelo art. 28, apenas chamo sua aten•‹o para o limite
temporal estabelecido pelo ¤3¼ em rela•‹o ˆs penas previstas nos incisos II e III,
que Ž de 5 meses, ou de 10 meses, quando houver reincid•ncia. Tanto a
imposi•‹o quanto a execu•‹o da pena prescrevem em 2 anos.
Se o agente se recursar injustificadamente a cumprir as medidas previstas no
art. 28, o juiz deve submet•-lo, sucessivamente, a admoesta•‹o verbal e
multa.

O STF entende que o art. 28 da Lei de Drogas despenalizou


a posse de drogas para uso pessoal. As condutas previstas no
dispositivo n‹o deixaram de ser criminosas.
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Em 2014 o STF decidiu tambŽm que n‹o Ž poss’vel a imposi•‹o de medida de


interna•‹o a adolescente em raz‹o de ato infracional an‡logo ao delito do art.
28, nem mesmo em caso de reitera•‹o ou de descumprimento de medidas
anteriormente aplicadas.
AlŽm disso, o STJ decidiu tambŽm em 2014 que continua havendo reincid•ncia
nas hip—teses de crime do art. 28.
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2.5 Ð Da repress‹o ˆ produ•‹o n‹o autorizada e ao


tr‡fico il’cito de drogas
2.5.1 Ð Aspectos penais

Art. 31. ƒ indispens‡vel a licen•a prŽvia da autoridade competente para produzir, extrair,
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em dep—sito, importar, exportar,
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou
adquirir, para qualquer fim, drogas ou matŽria-prima destinada ˆ sua prepara•‹o,
observadas as demais exig•ncias legais.

A regra quanto ao uso de drogas Ž a proibi•‹o, e isso n—s j‡ vimos e revimos nos
artigos anteriores. Este dispositivo, entretanto, traz exce•›es.
Em situa•›es especiais, Ž permitido requerer licen•a para manusear subst‰ncias
il’citas, caso a pessoa exer•a atividade leg’tima relacionada a drogas, a exemplo
de pesquisa cient’fica, produ•‹o de medicamentos, etc.

Nas disposi•›es gerais acerca dos crimes previstos na Lei de Drogas temos regras
acerca dos procedimentos a serem adotados pelas autoridades quando se
depararem com planta•›es.

Art. 32. As planta•›es il’citas ser‹o imediatamente destru’das pelo delegado de pol’cia
na forma do art. 50-A, que recolher‡ quantidade suficiente para exame pericial, de tudo
lavrando auto de levantamento das condi•›es encontradas, com a delimita•‹o do local,
asseguradas as medidas necess‡rias para a preserva•‹o da prova.
¤ 1o (Revogado).
¤ 2o (Revogado).
¤ 3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a planta•‹o, observar-se-‡, alŽm
das cautelas necess‡rias ˆ prote•‹o ao meio ambiente, o disposto no Decreto no 2.661, de
8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autoriza•‹o prŽvia do —rg‹o pr—prio do
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Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.


¤ 4o As glebas cultivadas com planta•›es il’citas ser‹o expropriadas, conforme o disposto
no art. 243 da Constitui•‹o Federal, de acordo com a legisla•‹o em vigor.

Aten•‹o aqui, pois este dispositivo foi alterado recentemente pela Lei no
12.961/2014. Basicamente a nova reda•‹o confere a atribui•‹o de destruir as
planta•›es il’citas ao Delegado de Pol’cia, quando antes utilizava apenas a
express‹o genŽrica Òautoridade de pol’cia judici‡riaÓ. Essa destrui•‹o deve ser
imediata, n‹o necessitando de autoriza•‹o judicial.
Caso a destrui•‹o da planta•‹o seja realizada por meio de queimada, a
autoridade policial deve atentar para as normas ambientais, mas n‹o Ž
necess‡ria a autoriza•‹o do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
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O dispositivo determina tambŽm que a autoridade policial deve preocupar-se com


a produ•‹o da prova a ser juntada no inquŽrito e nos autos da a•‹o penal. Por
essa raz‹o, as drogas n‹o devem ser destru’das sem que se recolha quantidade
suficiente para possibilitar o exame pericial.
Havia ainda regras acerca da destrui•‹o de drogas apreendidas, mas estas foram
revogadas.

Estudaremos agora os crimes previstos na Lei de Drogas. Este Ž um dos assuntos


mais importantes da nossa aula de hoje.

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor
ˆ venda, oferecer, ter em dep—sito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar:
Pena - reclus‹o de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.

Perceba que o nœcleo do tipo penal de tr‡fico il’cito de drogas contŽm 18


verbos diferentes. Podemos dizer, portanto, que estamos diante de um tipo
penal misto alternativo, hip—tese em que a pr‡tica de mais de uma das
condutas previstas n‹o implica concurso de crimes.
A criminaliza•‹o de qualquer das dezoito condutas independe de lucro. Pratica
o crime de tr‡fico il’cito entorpecentes, portanto, aquele que fornece ou oferece
drogas, mesmo que gratuitamente.
O STJ j‡ entendeu tambŽm que a simples conduta de negociar a aquisi•‹o de
droga, mesmo que por telefone, j‡ Ž suficiente para a configura•‹o do crime.

DIREITO PENAL. CONSUMA‚ÌO DO CRIME DE TRçFICO DE DROGAS NA


MODALIDADE ADQUIRIR.
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A conduta consistente em negociar por telefone a aquisi•‹o de droga e tambŽm


disponibilizar o ve’culo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o
crime de tr‡fico de drogas em sua forma consumada - e n‹o tentada -, ainda que a pol’cia,
com base em ind’cios obtidos por intercepta•›es telef™nicas, tenha efetivado a apreens‹o
do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. (HC 212.528-
SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 1¼/9/2015, DJe 23/9/2015).

¤ 1o Nas mesmas penas incorre quem:


I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, exp›e ˆ venda, oferece,
fornece, tem em dep—sito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar, matŽria-prima,
insumo ou produto qu’mico destinado ˆ prepara•‹o de drogas;
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II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o


legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matŽria-prima para a prepara•‹o
de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administra•‹o, guarda ou vigil‰ncia, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar,
para o tr‡fico il’cito de drogas.

Aqui estamos diante de mais uma grande lista de condutas tipificadas. S‹o os
chamados crimes equiparados ao tr‡fico. Nestes crimes n‹o se exige que a
subst‰ncia j‡ contenha o efeito farmacol—gico que a droga propriamente dita ter‡,
bastando que a autoridade policial e, posteriormente, o MinistŽrio Pœblico,
provem de que a subst‰ncia se destina ao preparo da droga.
O inciso II criminaliza a conduta de quem planta ou colhe os vegetais que servem
de matŽria prima para o preparo da droga. Lembro a voc• que h‡ determina•‹o
expl’cita na Lei de Drogas e no art. 243 da Constitui•‹o acerca da expropria•‹o
da terra utilizada para essa finalidade.
O inciso III trata da utiliza•‹o de bem ou local de qualquer natureza para
o tr‡fico. Este tipo penal pune o agente que n‹o pratica o tr‡fico diretamente,
mas o admite em local da qual tem a posse, propriedade, administra•‹o, guarda
ou vigil‰ncia. ƒ o caso daquele que abre as portas de casa noturna, hotel, motel,
ou mesmo de bens, como ve’culos, aeronaves ou embarca•›es.
Perceba que a conduta prevista pelo inciso III apenas ser‡ t’pica quando tiver por
finalidade permitir o tr‡fico. Caso uma pessoa ceda im—vel de sua propriedade
ou seu barco para seus amigos consumirem drogas, n‹o incorrer‡ em crime.

¤ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguŽm ao uso indevido de droga:


Pena - deten•‹o, de 1 (um) a 3 (tr•s) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-
multa.

A lei anterior previa como crime a apologia ao uso ou ao tr‡fico de drogas. Esta
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conduta foi descriminalizada em raz‹o de diversas controvŽrsias surgidas ˆ Žpoca


acerca da liberdade de manifesta•‹o do pensamento assegurada pela
Constitui•‹o.
Um caso emblem‡tico ocorreu em 1997, quando membros de uma famosa banda
que defende a legaliza•‹o do uso da maconha foram presos pelo crime de
apologia.
Para evitar este tipo de situa•‹o, foi ajuizada a A•‹o Direta de
Inconstitucionalidade n¼ 4.274. Na decis‹o, o STF n‹o declarou o dispositivo
inconstitucional, mas deu a ele interpreta•‹o conforme a Constitui•‹o. A
seguir temos o extrato da decis‹o, bastante esclarecedor.
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O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a a•‹o
direta para dar ao ¤ 2¼ do artigo 33 da Lei n¼ 11.343/2006 interpreta•‹o conforme ˆ
Constitui•‹o, para dele excluir qualquer significado que enseje a proibi•‹o de
manifesta•›es e debates pœblicos acerca da descriminaliza•‹o ou legaliza•‹o do uso de
drogas ou de qualquer subst‰ncia que leve o ser humano ao entorpecimento epis—dico, ou
ent‹o viciado, das suas faculdades psicof’sicas. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso.
Impedido o Senhor Ministro Dias Toffoli. Falou, pelo MinistŽrio Pœblico Federal, a Vice-
Procuradora-Geral da Repœblica Dra. Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira.
- Plen‡rio, 23.11.2011.
- Ac—rd‹o, DJ 02.05.2012.

¤ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - deten•‹o, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem preju’zo das penas previstas no art. 28.

Para que esteja configurado o crime de uso compartilhado, ou tr‡fico de


menor potencial ofensivo, Ž necess‡ria a concomit‰ncia de alguns elementos:
o oferecimento da droga de forma eventual para pessoa do seu
relacionamento, a aus•ncia do objetivo de lucro, e o consumo conjunto.
Caso algum dos elementos destacados n‹o esteja presente, o agente responder‡
pelo crime comum de tr‡fico il’cito de drogas.
Aten•‹o ao nome dado a esta modalidade de crime, pois o Cespe formulou
quest‹o recente em que o chamou de tr‡fico privilegiado, apesar de
normalmente a Doutrina utilizar essa denomina•‹o para referir-se ˆ hip—tese do
¤4¡.
Parte da Doutrina enxerga desproporcionalidade na multa cominada para o uso
compartilhado, pois a multa para o tr‡fico, prevista no caput, Ž de 500 a 1.500
dias-multa. O agente deste crime Ž o usu‡rio que, por Òeduca•‹oÓ, oferece a
droga, e por isso deveria ter pena mais branda que a do traficante.
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¤ 4o Nos delitos definidos no caput e no ¤ 1o deste artigo, as penas poder‹o ser reduzidas
de um sexto a dois ter•os, vedada a convers‹o em penas restritivas de direitos, desde que
o agente seja prim‡rio, de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas nem
integre organiza•‹o criminosa.

Este Ž o tr‡fico privilegiado. Esta causa de diminui•‹o de pena exige que o


agente seja prim‡rio, tenha bons antecedentes, e n‹o integre organiza•›es nem
se dedique a atividades criminosas. Aten•‹o! As atividades criminosas
mencionadas n‹o precisam necessariamente ter rela•‹o com o tr‡fico de drogas
Quero chamar sua aten•‹o aqui para dois julgados recentes do STJ a respeito da
dedica•‹o do agente a atividades criminosas. O STJ confirmou a decis‹o de outro
Tribunal no sentido de que a quantidade de drogas que o agente portava era
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muito grande, e que da’ se poderia concluir que ele se dedicava a atividades
criminosas, e por isso estaria afastado o benef’cio do tr‡fico privilegiado (HC
271.897/SP e HC 220.848/SP).
O questionamento surgiu porque a quantidade de drogas j‡ tinha sido
considerada na fixa•‹o da pena base, e agora era considerada mais uma vez para
afastar o benef’cio. O STJ decidiu que nesse caso n‹o h‡ bis in idem, e a decis‹o
est‡ adequada. Pe•o sua aten•‹o a esse assunto, ok? Hoje podemos dizer que se
um indiv’duo estiver carregando uma quantidade grande de drogas, n‹o pode ser
aplicado o benef’cio do tr‡fico privilegiado porque Ž poss’vel concluir que ele se
dedica a atividades criminosas.
Quanto ˆ veda•‹o da substitui•‹o da pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos, o STF declarou essa proibi•‹o inconstitucional em sede
de controle difuso de constitucionalidade (Habeas Corpus n¼ 97.256/RS), em
raz‹o da ofensa ao princ’pio da individualiza•‹o da pena.
Este julgado motivou a edi•‹o da Resolu•‹o n¼ 5/2012 do Senado Federal,
suspendendo a efic‡cia desta parte do dispositivo. Preste bastante aten•‹o
aqui, pois Ž uma forte possibilidade de quest‹o na sua prova.

A veda•‹o da convers‹o da pena do tr‡fico privilegiado em


penas restritivas de direitos foi declarada inconstitucional
pelo STF em sede de controle difuso, e teve sua efic‡cia
suspensa pela Resolu•‹o n¼ 5/2012 do Senado Federal.

H‡ ainda um outro julgado do STF, mais recente, por meio do qual se considera
ainda a natureza e o montante da droga apreendida como elementos por meio
dos quais o Juiz pode auferir o menor ou maior envolvimento do agente com o
crime.

RHC N. 116.036-MG
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RELATOR: MIN. LUIZ FUX


EMENTA: RECURSO ORDINçRIO CONSTITUCIONAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL.
ART. 33, ¤4¼, DA LEI N¼ 11.343/06. NATUREZA E QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA.
UTILIZA‚ÌO EXCLUSIVA NA TERCEIRA FASE DE APLICA‚ÌO DA PENA. VIABILIDADE.
ELEMENTO INDICATIVO DO GRAU DE ENVOLVIMENTO DO AGENTE COM A CRIMINALIDADE.
ALTO POTENCIAL LESIVO DA DROGA APREENDIDA. FATOR RELEVANTE PARA A GRADA‚ÌO
DA MINORANTE. INEXISTæNCIA DE BIS IN IDEM. RECURSO ORDINçRIO DESPROVIDO.
1. A natureza e o montante da droga apreendida podem constituir o amparos probat—rios
aplic‡veis exclusivamente ˆ terceira fase da dosimetria no que tange ˆ minorante
denominada Òtr‡fico privilegiadoÓ, permitindo ao magistrado movimentar a redu•‹o dentro
da escala penal de um sexto a dois ter•os, mediante o reconhecimento do menor ou maior
envolvimento do agente com a criminalidade, m‡xime por ser conhecida no processo penal
a figura da presun•‹o hominis ou facti. (Doutrina: LEONE, Giovanni. Trattato di Diritto
Processuale Penale. v. II. Napoli: Casa Editrice Dott. Eugenio Jovene, 1961. p. 161-162).
2. A Primeira Turma deste Supremo Tribunal vem reconhecendo a possibilidade de
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considerar-se a natureza e a quantidade da droga apreendida como elementos indicativos


do grau de envolvimento do agente com a vida criminosa, a autorizar maior ou menor
redu•‹o da pena pelo art. 33, ¤ 4¼, da Lei n. 11.343/06. Precedentes: HC 107581, Rel. Min.
ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012; HC 102487, Rel. Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 01/06/2010.
3. In casu, o Superior Tribunal de Justi•a reputou v‡lida a dosimetria da pena imposta ao
paciente pelas inst‰ncias ordin‡rias, que fixaram a minorante do art. 33, ¤4¼, da Lei n¼
11.343/06 na fra•‹o de 1/3 (um ter•o) Òdiante da quantidade e natureza da subst‰ncia
apreendida em poder do rŽuÓ (04 grandes por•›es de crack, pesando cerca de 200g -
duzentos gramas), sem que tal circunst‰ncia tenha sido utilizada para majorar a pena-base.
Inexist•ncia de arbitrariedade ou teratologia que autorize a interven•‹o corretiva do STF na
dosimetria da pena imposta ao paciente.

Em julgado de 2013, o STF tambŽm aplicou a minorante do ¤4o ˆ ÒmulaÓ, que,


no caso, era uma pessoa que engoliu c‡psulas de coca’na para transport‡-las.
Posteriormente o STF tambŽm entendeu que a atua•‹o da pessoa como ÒmulaÓ
n‹o significa necessariamente que ela fa•a parte de organiza•‹o criminosa.
Em decis‹o de fevereiro de 2014, o STJ reiterou sua orienta•‹o no sentido de que
a minorante do art. 33, ¤ 4¼, da Lei 11.343/2006 n‹o havia retirado o car‡ter
hediondo do crime de tr‡fico privilegiado de entorpecentes. Inclusive foi editada
a 512.

STJ - Sœmula 512


A aplica•‹o da causa de diminui•‹o de pena prevista no art. 33, ¤ 4¼, da Lei n.
11.343/2006 n‹o afasta a hediondez do crime de tr‡fico de drogas.

Entretanto, em 2016 o STF afastou esse entendimento, e por isso o tr‡fico


privilegiado n‹o deve ser mais considerado como crime hediondo, ok? Na pr‡tica
a Sœmula 512 do STJ n‹o est‡ mais valendo!

O STF n‹o reconhece mais o car‡ter hediondo do


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tr‡fico de drogas privilegiado.

Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a
qualquer t’tulo, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquin‡rio,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado ˆ fabrica•‹o, prepara•‹o, produ•‹o ou
transforma•‹o de drogas, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal ou
regulamentar:
Pena - reclus‹o, de 3 (tr•s) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a
2.000 (dois mil) dias-multa.

Este crime diz respeito aos meios materiais para preparo da droga. A conduta
tipificada traz 11 verbos relacionados ao maquin‡rio, aparelhos,
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instrumentos ou quaisquer objetos que tenham rela•‹o com o preparo,


produ•‹o ou transforma•‹o de drogas.
Muitos traficantes vendem a droga misturada com outras subst‰ncias. No caso
da coca’na, por exemplo, Ž comum que se misture a droga com sal, cal, cola, p—
de vidro, etc. Para preparar essas misturas s‹o necess‡rios equipamentos
especiais, e por essa raz‹o as condutas relacionadas a esses equipamentos
tambŽm s‹o criminalizadas.
A Doutrina diverge quanto ˆ possibilidade de concurso material entre o crime
do art. 33 e o do art. 34. Na pr‡tica, os ju’zes n‹o t•m aplicado o concurso
material, determinando que o crime de tr‡fico absorve o do art. 34, por ser mais
grave.
Abaixo trago dois julgados do STJ, que aplicam entendimentos diferentes, a
depender da quantidade e da envergadura dos equipamentos que o agente tenha
em seu poder:

DIREITO PENAL. ABSOR‚ÌO DO CRIME DE POSSE DE MAQUINçRIO PELO CRIME


DE TRçFICO DE DROGAS.
Responder‡ apenas pelo crime de tr‡fico de drogas Ð e n‹o pelo mencionado crime
em concurso com o de posse de objetos e maquin‡rio para a fabrica•‹o de drogas,
previsto no art. 34 da Lei 11.343/2006 Ð o agente que, alŽm de preparar para
venda certa quantidade de drogas il’citas em sua resid•ncia, mantiver, no mesmo
local, uma balan•a de precis‹o e um alicate de unha utilizados na prepara•‹o das
subst‰ncias. REsp 1.196.334-PR, Rel. Min. Marco AurŽlio Bellizze, julgado em
19/9/2013.

DIREITO PENAL. AUTONOMIA DE CONDUTA SUBSUMIDA AO CRIME DE POSSUIR


MAQUINçRIO DESTINADO Ë PRODU‚ÌO DE DROGAS.
Responder‡ pelo crime de tr‡fico de drogas Ð art. 33 da Lei 11.343/2006 Ð em
concurso com o crime de posse de objetos e maquin‡rio para a fabrica•‹o de
drogas Ð art. 34 da Lei 11.343/2006 Ð o agente que, alŽm de ter em dep—sito certa
quantidade de drogas il’citas em sua resid•ncia para fins de mercancia, possuir,
no mesmo local e em grande escala, objetos, maquin‡rio e utens’lios que
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constituam laborat—rio utilizado para a produ•‹o, preparo, fabrica•‹o e


transforma•‹o de drogas il’citas em grandes quantidades. AgRg no AREsp
303.213-SP, Rel. Min. Marco AurŽlio Bellizze, julgado em 8/10/2013.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente
ou n‹o, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e ¤ 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclus‹o, de 3 (tr•s) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200
(mil e duzentos) dias-multa.
Par‡grafo œnico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para
a pr‡tica reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
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Este crime Ž conhecido como Associa•‹o para o Tr‡fico. Trata-se de uma


especializa•‹o do crime que atŽ pouco tempo atr‡s era chamado de quadrilha ou
bando, e hoje se chama associa•‹o criminosa, sendo que neste caso basta a
associa•‹o de tr•s agentes, mesmo que seja para cometer um s— crime. Da
mesma forma, exige-se estabilidade e perman•ncia na associa•‹o.
Provada a associa•‹o, os agentes respondem tambŽm pelo crime de tr‡fico, em
concurso material. N‹o Ž necess‡rio, porŽm, que tenham efetivamente
consumado o crime de tr‡fico para que respondam pela associa•‹o.
A associa•‹o para o crime de financiamento ou custeio de tr‡fico de drogas
tambŽm Ž crime, e os agentes incorrem nas mesmas penas.

ASSOCIA‚ÌO CRIMINOSA ASSOCIA‚ÌO PARA O TRçFICO


Art. 288 do C—digo Penal Art. 35 da Lei de Drogas

Os agentes se reœnem para praticar Basta que se reœnam para praticar


um nœmero indefinido de crimes um œnico delito

Pelo menos 3 agentes Pelo menos 2 agentes

Art. 36. Financiar ou custear a pr‡tica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
caput e ¤ 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclus‹o, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a
4.000 (quatro mil) dias-multa.

A Doutrina aponta diferen•as entre financiar e custear. No financiamento, o


agente n‹o tem controle sobre a atividade de tr‡fico, mas apenas entrega o
dinheiro em busca de lucro f‡cil ao final de determinado per’odo. No custeio,
alŽm de bancar as atividades, o agente interfere nas decis›es.
A Doutrina critica duramente a pena cominada para quem comete esta
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modalidade de crime, pois a pena mais grave deveria ser a do tr‡fico, e n‹o a do
seu financiamento ou custeio.
Se o agente financiar ou custear o tr‡fico e ainda for coautor desses crimes,
estar‡ sujeito ao aumento de pena previsto no art. 40, que veremos mais
adiante. Isso j‡ foi inclusive objeto de uma decis‹o recente do STJ.
A conduta neste crime precisa ser dolosa. Se uma pessoa muito rica tem um
funcion‡rio que desvia seus recursos para financiar o tr‡fico, por exemplo,
apenas o funcion‡rio cometer‡ crime.
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Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organiza•‹o ou associa•‹o destinados
ˆ pr‡tica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e ¤ 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700
(setecentos) dias-multa.

Este crime Ž o praticado pelos agentes que est‹o mais abaixo na cadeia
hier‡rquica do tr‡fico de drogas. S‹o os famosos ÒsinalizadoresÓ, ÒfogueteirosÓ
ou Òavi›ezinhosÓ, respons‡veis por informar os chefes do tr‡fico acerca das a•›es
policiais e outras amea•as que venham a surgir.
TambŽm incorre neste crime o agente policial que tem conhecimento das a•›es
de repress‹o ao tr‡fico que ser‹o realizadas e entrega as informa•›es aos
criminosos.
No regramento anterior, esses agentes eram condenados como part’cipes no
crime de tr‡fico, mas na nova lei o legislador achou por bem tipificar
especificamente a sua conduta.
A Jurisprud•ncia dominante entende que, apesar de o tipo penal tratar apenas
da informa•‹o repassada a grupo, organiza•‹o ou associa•‹o, deve ser aplicado
tambŽm ao agente que repassa informa•›es para traficante que age sozinho.
Por outro lado, recente julgado do STJ d‡ conta de que, quando o agente cometer
o crime do art. 35 (associa•‹o para o tr‡fico), este absorver‡ o do art. 37.

Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou em desacordo com determina•‹o legal ou
regulamentar:
Pena - deten•‹o, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqŸenta) a 200
(duzentos) dias-multa.
Par‡grafo œnico. O juiz comunicar‡ a condena•‹o ao Conselho Federal da categoria
profissional a que perten•a o agente.

Este Ž o œnico crime culposo da Lei de Drogas. A conduta tipificada Ž a daquele


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que prescreve (autoriza o uso, concede a prescri•‹o), ou ministra (entrega


para o consumo) drogas il’citas.
Se as condutas forem praticadas de forma dolosa, o crime ser‡ o de tr‡fico
il’cito de drogas.
A Doutrina majorit‡ria defende que este Ž crime pr—prio, pois s— poderia ser
praticado por profissionais da ‡rea de saœde. Este posicionamento Ž corroborado
pela determina•‹o trazida pelo par‡grafo œnico, j‡ que apenas profiss›es
regulamentadas t•m conselhos profissionais.
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Art. 39. Conduzir embarca•‹o ou aeronave ap—s o consumo de drogas, expondo a


dano potencial a incolumidade de outrem:
Pena - deten•‹o, de 6 (seis) meses a 3 (tr•s) anos, alŽm da apreens‹o do ve’culo, cassa•‹o
da habilita•‹o respectiva ou proibi•‹o de obt•-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
Par‡grafo œnico. As penas de pris‹o e multa, aplicadas cumulativamente com as demais,
ser‹o de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa,
se o ve’culo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.

Perceba que o tipo penal n‹o prev• a condu•‹o de ve’culo automotor, pois esta
conduta est‡ tipificada no art. 306 da Lei n¼ 9.503/1997 (C—digo de Tr‰nsito
Brasileiro).
Se o agente estiver conduzindo embarca•‹o ou aeronave ap—s consumir
‡lcool, ele n‹o incorrer‡ no crime em estudo, pois o ‡lcool n‹o est‡ presente na
lista publicada pela Anvisa, e por isso n‹o Ž considerado droga.

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s‹o aumentadas de um sexto a
dois ter•os, se:
I - a natureza, a proced•ncia da subst‰ncia ou do produto apreendido e as circunst‰ncias
do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de fun•‹o pœblica ou no desempenho de
miss‹o de educa•‹o, poder familiar, guarda ou vigil‰ncia;
III - a infra•‹o tiver sido cometida nas depend•ncias ou imedia•›es de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos
onde se realizem espet‡culos ou divers›es de qualquer natureza, de servi•os de
tratamento de dependentes de drogas ou de reinser•‹o social, de unidades militares ou
policiais ou em transportes pœblicos;
IV - o crime tiver sido praticado com viol•ncia, grave amea•a, emprego de arma de fogo,
ou qualquer processo de intimida•‹o difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tr‡fico entre Estados da Federa•‹o ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua pr‡tica envolver ou visar a atingir crian•a ou adolescente ou a quem tenha, por
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qualquer motivo, diminu’da ou suprimida a capacidade de entendimento e determina•‹o;


VII - o agente financiar ou custear a pr‡tica do crime.

As causas de aumento de pena trazidas por este dispositivo est‹o relacionadas


ao crime de tr‡fico e aos conexos. Elas n‹o se aplicam aos crimes relacionados
ao consumo de drogas e ˆ posse para uso pessoal.
Na hip—tese de tr‡fico internacional (inciso I), basta que o agente tenha a
inten•‹o de praticar o delito com car‡ter transnacional, n‹o sendo necess‡rio
que ele efetivamente consiga entrar no pa’s ou dele sair com a droga.
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A respeito do tr‡fico internacional, Ž importante conhecer a Sœmula 528 do STJ,


segundo a qual, nos casos de apreens‹o de droga que seria remetida ao exterior,
a compet•ncia para julgar o rŽu ser‡ do Juiz Federal do local da apreens‹o.

STJ - Sœmula 528


Compete ao juiz federal do local da apreens‹o da droga remetida do exterior pela via postal
processar e julgar o crime de tr‡fico internacional. Terceira Se•‹o, aprovada em 13/5/2015,
DJe 18/5/2015.

A pena tambŽm Ž aumentada quando houver tr‡fico interestadual (inciso V),


e neste caso tambŽm n‹o Ž necess‡rio que as fronteiras estaduais sejam
efetivamente transpostas, conforme a jurisprud•ncia do STF.
Ainda quanto ao tr‡fico interestadual, h‡ um interessante julgado do STF, por
meio do qual foi confirmada a pris‹o cautelar de acusado de tr‡fico interestadual
de drogas. Na ocasi‹o, a decreta•‹o da pris‹o cautelar havia sido motivada pela
periculosidade do agente, devido ˆ grande quantidade de drogas encontradas em
sua posse.

RHC N. 117.093-MS

RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI


EMENTA: RECURSO ORDINçRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. TRçFICO INTERESTADUAL
DE DROGAS. LEGITIMIDADE DOS FUNDAMENTOS DA PRISÌO PREVENTIVA. GARANTIA DA
ORDEM PòBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. GARANTIA DE APLICA‚ÌO DA LEI PENAL.
POSSIBILIDADE DE FUGA. AUSæNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. RECURSO
IMPROVIDO.
I Ð A pris‹o cautelar se mostra suficientemente motivada para a preserva•‹o da ordem
pœblica, tendo em vista a periculosidade do paciente, revelada pelas graves circunst‰ncias
do crime. A corte estadual destacou, em seu decisum, a expressiva quantidade de droga
apreendida (439 quilos de maconha e 3 ÒesferasÓ de haxixe) alŽm de circunst‰ncia de o
recorrente portar 13 c‡psulas de muni•‹o calibre 380 intactas.
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II Ð A possibilidade concreta de fuga tambŽm mostra-se apta a embasar a segrega•‹o


cautelar para assegurar a aplica•‹o da lei penal. Precedentes.
III Ð Recurso improvido.

O agente que exerce fun•‹o pœblica ou social (inciso II) tem obriga•›es
especiais com rela•‹o ˆ sociedade, e por isso deve ser punido mais severamente
quando se envolver com tr‡fico de drogas. A fun•‹o pœblica se refere aos
servidores pœblicos (autoridade policial, membro do Poder Judici‡rio, MinistŽrio
Pœblico, etc.), enquanto a fun•‹o social deve ser entendida como aquela
relacionada ˆ educa•‹o, saœde, assist•ncia social, e guarda ou vigil‰ncia.
A lista EXAUSTIVA dos locais onde ocorre a causa de aumento de pena Ž a
seguinte:
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a)! Estabelecimentos prisionais;


b)! Estabelecimentos de ensino;
c)! Estabelecimentos hospitalares;
d)! Sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas ou
beneficentes;
e)! Locais de trabalho coletivo;
f)! Recintos onde se realizem espet‡culos ou divers›es de qualquer natureza;
g)! Estabelecimento de servi•os de tratamento de dependentes de drogas ou
de reinser•‹o social;
h)! Unidades militares ou policiais;
i)! Transportes pœblicos.

A respeito do transporte pœblico, vale mencionar que o STF assumiu


posicionamento no sentido de que ÒO mero transporte de droga em transporte
coletivo n‹o implica o aumento de pena. O aumento aplica-se apenas quando a
comercializa•‹o da droga Ž feita dentro do pr—prio transporte pœblicoÓ (HC
120624). Aten•‹o a eventuais quest›es de prova nesse sentido! Hoje a mera
utiliza•‹o do transporte pœblico n‹o Ž suficiente para que incida o aumento de
pena!
O emprego de viol•ncia ou grave amea•a, a utiliza•‹o de arma de fogo ou
qualquer processo de intimida•‹o difusa ou coletiva (inciso IV) n‹o se aplica a
coisa, mas apenas contra pessoa.
A pena tambŽm ser‡ aumentada quando a pr‡tica do crime envolver ou atingir
crian•a, adolescente, ou pessoa que tenha capacidade de entendimento
reduzida (inciso VI). Aten•‹o aqui, pois a lei anterior previa tambŽm o aumento
de pena quando o crime envolvesse idosos, mas n‹o h‡ mais essa previs‹o.
Obviamente o idoso em alguns casos pode ser considerado pessoa com
capacidade de entendimento reduzida, mas a previs‹o acerca do idoso n‹o Ž mais
expressa.
Ainda a respeito desta causa de aumento de pena, o STJ j‡ decidiu que, no caso
de o agente ter praticado crime previsto nos arts. 33 a 37 envolvendo menor de
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idade, a aplica•‹o da causa de aumento de pena prevalece sobre a tipifica•‹o do


crime de Corrup•‹o de Menores, previsto no art. 244-B do Estatuto da Crian•a e
do Adolescente.

TRçFICO DE DROGAS E CORRUP‚ÌO DE MENORES. CAUSA DE AUMENTO DE PENA


DO ART. 40, VI, DA LEI DE DROGAS E CRIME DE CORRUP‚ÌO DE MENORES.
PRINCêPIO DA ESPECIALIDADE.
Na hip—tese de o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 anos n‹o estar previsto
nos arts. 33 a 37 da Lei de Drogas, o rŽu poder‡ ser condenado pelo crime de corrup•‹o de
menores, porŽm, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos (33 a 37), n‹o ser‡
poss’vel a condena•‹o por aquele delito, mas apenas a majora•‹o da sua pena com base
no art. 40, VI, da Lei n. 11.343/2006.
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REsp 1.622.781-MT, Rel. Min. Sebasti‹o Reis Jœnior, por unanimidade, julgado em
22/11/2016, DJe 12/12/2016.

Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investiga•‹o


policial e o processo criminal na identifica•‹o dos demais coautores ou part’cipes do crime
e na recupera•‹o total ou parcial do produto do crime, no caso de condena•‹o, ter‡ pena
reduzida de um ter•o a dois ter•os.

Este Ž o instituto da dela•‹o premiada. Este tipo de dispositivo est‡ presente


em diversas leis penais, e estimula o acusado a denunciar seus comparsas. Por
outro lado, n‹o Ž qualquer dela•‹o que Ž suficiente para motivar a redu•‹o da
pena.
Primeiramente a colabora•‹o precisa ser volunt‡ria. AlŽm disso, tambŽm Ž
preciso que as informa•›es sejam œteis, levando ˆ identifica•‹o de outros
envolvidos no crime, bem como ˆ recupera•‹o total ou parcial do produto do
crime.

A redu•‹o de pena em fun•‹o da dela•‹o premiada prevista


na Lei de Drogas s— pode ser concedida se a colabora•‹o for
volunt‡ria e se levar ˆ identifica•‹o dos outros envolvidos no
crime ou ˆ recupera•‹o total ou parcial do produto do crime.

Art. 42. O juiz, na fixa•‹o das penas, considerar‡, com preponder‰ncia sobre o previsto
no art. 59 do C—digo Penal, a natureza e a quantidade da subst‰ncia ou do produto, a
personalidade e a conduta social do agente.

A norma aqui determina que o juiz deve considerar como preponderantes, na


individualiza•‹o da pena, a natureza e a quantidade da droga envolvida
no crime praticado pelo agente.
O art. 59 do C—digo Penal, mencionado expressamente, trata da individualiza•‹o
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da pena, que deve atentar aos antecedentes, ˆ conduta social, ˆ


personalidade do agente, aos motivos, ˆs circunst‰ncias e consequ•ncias do
crime, bem como ao comportamento da v’tima.

Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e ¤ 1o, e 34 a 37 desta Lei s‹o inafian•‡veis
e insuscet’veis de sursis, gra•a, indulto, anistia e liberdade provis—ria, vedada a
convers‹o de suas penas em restritivas de direitos.
Par‡grafo œnico. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-‡ o livramento
condicional ap—s o cumprimento de dois ter•os da pena, vedada sua concess‹o ao
reincidente espec’fico.
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Primeiramente, o dispositivo pro’be a concess‹o da suspens‹o condicional da


pena (sursis) ao agente dos crimes relacionados ao tr‡fico de drogas, bem como
a gra•a, indulto e anistia.
O STF inclusive negou, em 2013, o indulto humanit‡rio a uma pessoa condenada
pelos crimes de tr‡fico e associa•‹o para o tr‡fico de drogas. O caso Ž bastante
emblem‡tico, pois a condenada estava sofrendo de sŽrios problemas de saœde
(era portadora de diabetes, hipertens‹o arterial sist•mica e insufici•ncia renal
cr™nica, alŽm de haver perdido a integralidade da vis‹o) e ainda assim o STF
interpretou com rigor o art. 44 da Lei n¼ 11.343/2006.

Quanto ˆ liberdade provis—ria, existe uma grande discuss‹o na Doutrina. O


assunto, entretanto, j‡ foi pacificado pelo STF, que atestou a
inconstitucionalidade da proibi•‹o da concess‹o de liberdade provis—ria.

O STF j‡ firmou a inconstitucionalidade da proibi•‹o da


concess‹o de liberdade provis—ria ao acusado de crimes
relacionados tr‡fico de drogas (Informativo n¼ 665).

Quanto ˆ proibi•‹o da convers‹o da pena privativa de liberdade em pena


restritiva de direitos, j‡ vimos que a parte do art. 33 que tratava do tema foi
declarada inconstitucional pelo STF e teve sua execu•‹o suspensa pelo Senado
Federal.

A regra do par‡grafo œnico do art. 44 quanto ao livramento condicional deve


ser compreendida ˆ luz do art. 83 do C—digo Penal.

Art. 83. O juiz poder‡ conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
[...] 47991593487

V - cumprido mais de dois ter•os da pena, nos casos de condena•‹o por crime hediondo,
pr‡tica da tortura, tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado
n‹o for reincidente espec’fico em crimes dessa natureza.

Podemos perceber, portanto, que o art. 83 do C—digo Penal menciona o


cumprimento de mais de dois ter•os da pena, enquanto o par‡grafo œnico do
art. 44 da Lei de Drogas menciona o cumprimento de dois ter•os da pena.
AlŽm desta pequena distin•‹o, os dois dispositivos estabelecem exatamente a
mesma regra: o livramento condicional n‹o pode ser concedido quando houver
reincid•ncia espec’fica.
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Art. 45. ƒ isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o ou da
omiss‹o, qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada, inteiramente incapaz de
entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Par‡grafo œnico. Quando absolver o agente, reconhecendo, por for•a pericial, que este
apresentava, ˆ Žpoca do fato previsto neste artigo, as condi•›es referidas no caput deste
artigo, poder‡ determinar o juiz, na senten•a, o seu encaminhamento para tratamento
mŽdico adequado.

Este dispositivo determina a isen•‹o de pena quando o criminoso age sob o efeito
de drogas, mas apenas em duas situa•›es: quando ele for dependente, ou
quando estiver embriagado em raz‹o de caso fortuito ou for•a maior.
O dependente Ž aquele que tem um v’cio, e por isso termina preso ˆ droga de
forma que n‹o consegue, por si s—, livrar-se de sua influ•ncia.
TambŽm Ž isento de pena aquele que comete crime sob o efeito de drogas cujo
uso foi resultado de caso fortuito ou for•a maior. ƒ o caso, por exemplo, do
agente que foi obrigado por outra pessoa a consumir drogas quando estava em
c‡rcere privado. Esta pessoa n‹o responde pelos pr—prios atos, e por isso n‹o
est‡ sujeita ao cumprimento de pena.
Para que seja aplicada a isen•‹o de pena prevista neste dispositivo, Ž necess‡ria
tambŽm a produ•‹o de prova pericial.

2.5.2 Ð Aspectos processuais


Primeiramente Ž importante saber que a Lei de Drogas Ž aplicada por ser
considerada lei especial, e por isso o C—digo de Processo Penal e a Lei de
Execu•‹o Penal s‹o aplic‡veis apenas de forma subsidi‡ria.
A Lei de Drogas prev• dois ritos diferentes, a depender da gravidade do crime
praticado pelo agente.

47991593487

RITO SUMARêSSIMO RITO ESPECIAL

Crimes de menor potencial Crimes diretamente ligados ao


ofensivo: arts. 28, caput e ¤1¡; 33, tr‡fico de drogas: arts. 33, caput e
¤3¡ e 38. ¤¤1¡ e 2¡; 34; 35; 36; 37; 39,
par‡grafo œnico.

Procedimento preponderantemente Procedimento especial previsto pela


informal, oral e consensual. pr—pria Lei n¡ 11.343/2006, com
Processado nos Juizados Especiais aplica•‹o subsidi‡ria do C—digo de
Criminais e regulado pela Lei n¼ Processo Penal.
9.099/1995.
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ATEN‚ÌO! A compet•ncia para processar e julgar os crimes de tr‡fico de drogas, inclusive


quando ultrapassarem os limites dos estados, Ž da Justi•a Comum Estadual.

Essa regra, porŽm, encontra algumas exce•›es. Uma delas foi recentemente
explicitada em julgado do STJ que considerou a Justi•a Federal competente para
julgar caso em que as drogas foram enviadas por via postal.

DIREITO PROCESSUAL PENAL. COMPETæNCIA PENAL NO CASO DE IMPORTA‚ÌO


DE DROGAS VIA POSTAL.
Na hip—tese em que drogas enviadas via postal do exterior tenham sido apreendidas na
alf‰ndega, competir‡ ao ju’zo federal do local da apreens‹o da subst‰ncia processar e julgar
o crime de tr‡fico de drogas, ainda que a correspond•ncia seja endere•ada a pessoa n‹o
identificada residente em outra localidade. Isso porque a conduta prevista no art. 33, caput,
da Lei 11.343/2006 constitui delito formal, multinuclear, que, para a consuma•‹o, basta a
execu•‹o de qualquer das condutas previstas no dispositivo legal, dentre elas o verbo
ÒimportarÓ, que carrega a seguinte defini•‹o: fazer vir de outro pa’s, estado ou munic’pio;
trazer para dentro. Logo, ainda que desconhecido o autor, despiciendo Ž o seu
reconhecimento, podendo-se afirmar que o delito se consumou no instante em que tocou o
territ—rio nacional, entrada essa consubstanciada na apreens‹o da droga. Ressalte-se, por
oportuno, que Ž firme o entendimento da Terceira Se•‹o do STJ no sentido de ser
desnecess‡rio, para que ocorra a consuma•‹o da pr‡tica delituosa, a correspond•ncia
chegar ao destinat‡rio final, por configurar mero exaurimento da conduta. Dessa forma, em
n‹o havendo dœvidas acerca do lugar da consuma•‹o do delito, da leitura do caput do art.
70 do CPP, torna-se —bvia a defini•‹o da compet•ncia para o processamento e julgamento
do feito, uma vez que Ž irrelevante o fato da droga estar endere•ada a destinat‡rio em
outra localidade. CC 132.897-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em
28/5/2014.

Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e ¤ 1o, e 34 a 37 desta
Lei, o juiz, sempre que as circunst‰ncias o recomendem, empregar‡ os instrumentos
protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei no 9.807, de 13 de julho
de 1999.

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Tamanha Ž a import‰ncia da colabora•‹o de testemunhas na resolu•‹o dos


crimes de tr‡fico de drogas, que o legislador determinou expressamente que
sejam utilizados os instrumentos de prote•‹o previstos em lei espec’fica.
A Lei n¡ 9.807/1999 estabelece normas para organiza•‹o e a manuten•‹o de
programas especiais de prote•‹o a v’timas e a testemunhas amea•adas.

Uma regra muito importante, que j‡ foi cobrada em provas anteriores, Ž a que
diz respeito ˆ possibilidade de pris‹o em flagrante do usu‡rio de drogas.
A regra legal Ž de que n‹o haver‡ pris‹o em flagrante do usu‡rio de drogas,
mas isso n‹o significa que o usu‡rio de drogas n‹o deve ser apreendido, pois,
apesar de toda a prote•‹o da Lei de Drogas, ele ainda comete crime.
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N‹o deve haver auto de pris‹o em flagrante, mas deve ser elaborado termo
circunstanciado, encaminhando-se o usu‡rio ao ju’zo competente. Caso n‹o
haja juiz dispon’vel, o procedimento deve ser adotado pela autoridade policial,
que dever‡ providenciar as requisi•›es dos exames e per’cias necess‡rios.
Conclu’dos esses procedimentos, o usu‡rio deve, caso deseje, passar por exame
de corpo de delito. O exame Ž obrigat—rio se o usu‡rio alegar que sofreu viol•ncia
ou se as autoridades suspeitarem de viol•ncia n‹o alegada. Conclu’do o exame,
ele poder‡ ser liberado.

N‹o haver‡ pris‹o em flagrante do usu‡rio de drogas.


Ser‡ lavrado termo circunstanciado, ap—s o que o usu‡rio
ser‡ encaminhado ao ju’zo competente.

Art. 50. Ocorrendo pris‹o em flagrante, a autoridade de pol’cia judici‡ria far‡,


imediatamente, comunica•‹o ao juiz competente, remetendo-lhe c—pia do auto lavrado,
do qual ser‡ dada vista ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, em 24 (vinte e quatro) horas.

Este Ž o procedimento a ser seguido quando houver pris‹o em flagrante. Mais


uma vez lembro a voc• que ele n‹o se aplica ao usu‡rio de drogas.
A comunica•‹o imediata ao juiz quando houver pris‹o em flagrante Ž
determinada pela pr—pria Constitui•‹o. Os autos do flagrante devem ser
encaminhados ao juiz no prazo de 24h.
O dispositivo menciona ainda a Òautoridade de pol’cia judici‡riaÓ. Voc• j‡ sabe
que esta Ž a fun•‹o policial investigativa, exercida pelas pol’cias civis e pela
Pol’cia Federal. N‹o Ž poss’vel, portanto, que a Pol’cia Militar lavre o auto de
pris‹o em flagrante.

¤ 1o Para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, Ž suficiente o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade
da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa id™nea.
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¤ 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o ¤ 1o deste artigo n‹o ficar‡ impedido
de participar da elabora•‹o do laudo definitivo.

Para que se produzam os autos de pris‹o em flagrante, Ž necess‡rio verificar a


natureza e quantidade da droga. Essa verifica•‹o precisa ser feita por perito
oficial ou pessoa id™nea. A Lei de Drogas sofre cr’ticas da Doutrina por n‹o
determinar mais claramente o que seria uma pessoa Òid™neaÓ para essa
finalidade.

A Lei no 12.961 adicionou mais tr•s par‡grafos ao art. 50, bem como o art. 50-
A, que tratam da distribui•‹o de drogas apreendidas.
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¤ 3o Recebida c—pia do auto de pris‹o em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,


certificar‡ a regularidade formal do laudo de constata•‹o e determinar‡ a destrui•‹o das
drogas apreendidas, guardando-se amostra necess‡ria ˆ realiza•‹o do laudo
definitivo. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.961, de 2014)
¤ 4o A destrui•‹o das drogas ser‡ executada pelo delegado de pol’cia competente no
prazo de 15 (quinze) dias na presen•a do MinistŽrio Pœblico e da autoridade
sanit‡ria. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.961, de 2014)
¤ 5o O local ser‡ vistoriado antes e depois de efetivada a destrui•‹o das drogas referida no
¤ 3o, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de pol’cia, certificando-se neste
a destrui•‹o total delas. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.961, de 2014)
Art. 50-A. A destrui•‹o de drogas apreendidas sem a ocorr•ncia de pris‹o em flagrante
ser‡ feita por incinera•‹o, no prazo m‡ximo de 30 (trinta) dias contado da data da
apreens‹o, guardando-se amostra necess‡ria ˆ realiza•‹o do laudo definitivo, aplicando-se,
no que couber, o procedimento dos ¤¤ 3o a 5o do art. 50. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.961, de
2014)

Preparei a tabela abaixo com as principais regras acerca da incinera•‹o das


drogas apreendidas.

INCINERA‚ÌO DE DROGAS APREENDIDAS

A destrui•‹o ser‡ efetuada pelo delegado de


COM PRISÌO EM pol’cia, no prazo de 15 dias contados da
FLAGRANTE determina•‹o do juiz, na presen•a do MinistŽrio
Pœblico e da autoridade sanit‡ria.

A destrui•‹o ser‡ feita por incinera•‹o, no prazo


m‡ximo de 30 dias contados da apreens‹o,
guardando-se amostra necess‡ria ˆ realiza•‹o do
SEM PRISÌO EM auto definitivo.
FLAGRANTE
A destrui•‹o ser‡ feita por delegado de pol’cia,
na presen•a do MinistŽrio Pœblico e da
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autoridade sanit‡ria.

Art. 51. O inquŽrito policial ser‡ conclu’do no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Par‡grafo œnico. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz,
ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante pedido justificado da autoridade de pol’cia judici‡ria.

A Lei de Drogas segue a mesma f—rmula de v‡rios outros diplomas legais que
tratam do Processo Penal, ao estabelecer prazos diferentes para conclus‹o do
inquŽrito policial, a depender de o indiciado estar solto ou preso.
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Esses prazos comportam prorroga•‹o, caso haja requerimento da autoridade


policial ao juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico.

PRAZOS PARA CONCLUSÌO DO INQUƒRITO POLICIAL

INDICIADO PRESO 30 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 30

INDICIADO SOLTO 90 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 90

Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de pol’cia
judici‡ria, remetendo os autos do inquŽrito ao ju’zo:
I - relatar‡ sumariamente as circunst‰ncias do fato, justificando as raz›es que a levaram ˆ
classifica•‹o do delito, indicando a quantidade e natureza da subst‰ncia ou do produto
apreendido, o local e as condi•›es em que se desenvolveu a a•‹o criminosa, as
circunst‰ncias da pris‹o, a conduta, a qualifica•‹o e os antecedentes do agente; ou
II - requerer‡ sua devolu•‹o para a realiza•‹o de dilig•ncias necess‡rias.

Ao enviar os autos do inquŽrito ao Poder Judici‡rio, a autoridade policial deve


observar os requisitos trazidos por este dispositivo. Estas informa•›es s‹o
necess‡rias ao entendimento do juiz acerca dos fatos e dos ind’cios de autoria
encontrados.
Caso sejam necess‡rias, poder‡ haver o requerimento de devolu•‹o dos autos
para dilig•ncias complementares. Essas dilig•ncias complementares n‹o
impedem a remessa dos autos.

Art. 53. Em qualquer fase da persecu•‹o criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei,
s‹o permitidos, alŽm dos previstos em lei, mediante autoriza•‹o judicial e ouvido o
MinistŽrio Pœblico, os seguintes procedimentos investigat—rios:
I - a infiltra•‹o por agentes de pol’cia, em tarefas de investiga•‹o, constitu’da pelos —rg‹os
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especializados pertinentes;
II - a n‹o-atua•‹o policial sobre os portadores de drogas, seus precursores qu’micos ou
outros produtos utilizados em sua produ•‹o, que se encontrem no territ—rio brasileiro, com
a finalidade de identificar e responsabilizar maior nœmero de integrantes de opera•›es de
tr‡fico e distribui•‹o, sem preju’zo da a•‹o penal cab’vel.
Par‡grafo œnico. Na hip—tese do inciso II deste artigo, a autoriza•‹o ser‡ concedida desde
que sejam conhecidos o itiner‡rio prov‡vel e a identifica•‹o dos agentes do delito ou de
colaboradores.

Estes s‹o os procedimentos investigativos especiais, previstos


especialmente para os crimes tratados pela Lei de Drogas. Pe•o sua aten•‹o
especial para n‹o confundir esses procedimentos com aqueles trazidos por outras
leis espec’ficas, a exemplo da Lei do Crime Organizado.
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Primeiramente, a utiliza•‹o desses procedimentos depende de autoriza•‹o


judicial, que deve ser concedida ap—s a oitiva do MinistŽrio Pœblico. Aten•‹o
aqui, pois em outras leis h‡ procedimentos que independem de autoriza•‹o
judicial, ok?
A infiltra•‹o consiste na inser•‹o de policiais dentro das organiza•›es
criminosas.
A n‹o atua•‹o policial Ž a entrega vigiada ou repasse controlado. Esta Ž
uma autoriza•‹o para que os policiais n‹o efetuem pris‹o em flagrante, de forma
a identificar e responsabilizar as demais pessoas envolvidas no crime. Neste caso
a autoriza•‹o judicial somente ser‡ concedida se for conhecido o itiner‡rio
prov‡vel e a identifica•‹o dos agentes do delito ou de colaboradores. Caso
essas informa•›es n‹o sejam conhecidas, torna-se muito arriscado retardar o
flagrante.
O STJ j‡ decidiu que Òa investiga•‹o policial que tem como œnica finalidade obter
informa•›es mais concretas acerca de conduta e de paradeiro de determinado
traficante, sem pretens‹o de identificar outros suspeitos, n‹o configura a a•‹o
controlada do art. 53, II, da Lei 11.343/2006, sendo dispens‡vel a autoriza•‹o
judicial para a sua realiza•‹oÓ.

PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS ESPECIAIS


Necessitam de autoriza•‹o judicial

Agentes policiais s‹o introduzidos na


INFILTRA‚ÌO
organiza•‹o criminosa

A autoridade policial deixa de agir no momento


NÌO ATUA‚ÌO POLICIAL, ENTREGA
do flagrante, de forma a identificar a
VIGIADA, REPASSE CONTROLADO
responsabilizar as demais pessoas envolvidas
OU FLAGRANTE RETARDADO
na atua•‹o criminosa

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Art. 54. Recebidos em ju’zo os autos do inquŽrito policial, de Comiss‹o Parlamentar de


InquŽrito ou pe•as de informa•‹o, dar-se-‡ vista ao MinistŽrio Pœblico para, no prazo de 10
(dez) dias, adotar uma das seguintes provid•ncias:
I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as dilig•ncias que entender necess‡rias;
III - oferecer denœncia, arrolar atŽ 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas
que entender pertinentes.

A forma mais tradicional de recebimento de informa•›es por parte do MinistŽrio


Pœblico Ž por meio do inquŽrito policial, mas tambŽm Ž poss’vel que seja recebido
inquŽrito de Comiss‹o Parlamentar de InquŽrito ou pe•as de informa•‹o de
origens diversas.
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Recebidos os autos, o MinistŽrio Pœblico pode agir de tr•s


formas diferentes

Quando entender que n‹o houve crime, ou


SOLICITAR ARQUIVAMENTO que sua autoria n‹o est‡ adequadamente
demonstrada

Quando entender que n‹o h‡ elementos


DETERMINAR NOVAS suficientes, mas a tentativa de
DILIGæNCIAS complementa•‹o do inquŽrito por meio da
obten•‹o de novas provas pode ser frut’fera

Quando entender que a ocorr•ncia do fato


OFERECER DENòNCIA criminoso, bem como sua autoria, foram
demonstrados de forma suficiente

Art. 55. Oferecida a denœncia, o juiz ordenar‡ a notifica•‹o do acusado para oferecer
defesa prŽvia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Essa defesa preliminar tem a finalidade de munir o juiz de elementos para fazer
uma primeira aprecia•‹o da denœncia. Caso, em raz‹o da defesa prŽvia, o juiz
entenda que a denœncia Ž improcedente, poder‡ rejeit‡-la de plano, impedindo o
in’cio do processo.
Neste momento podem ser arroladas atŽ 5 testemunhas e deve ser requerida a
produ•‹o de outras modalidades de provas. Se a defesa prŽvia n‹o for
apresentada, caber‡ ao juiz nomear defensor para faz•-lo em 10 dias.
Recebida a defesa, o juiz decidir‡ no prazo de 5 dias se aceita a denœncia ou a
rejeita, ou, ainda, se determina novas dilig•ncias.

Quando o juiz receber a denœncia, designar‡ dia e hora para a audi•ncia de


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instru•‹o e julgamento e determinar‡ a cita•‹o do acusado, a intima•‹o do


MinistŽrio Pœblico, do assistente e, se for o caso, requisitar‡ os laudos periciais.

Art. 56, ¤ 1o Tratando-se de condutas tipificadas como infra•‹o do disposto nos arts. 33,
caput e ¤ 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denœncia, poder‡ decretar o
afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcion‡rio pœblico,
comunicando ao —rg‹o respectivo.

Quero chamar sua aten•‹o para este dispositivo, que autoriza o juiz a decretar o
afastamento do servidor pœblico denunciado pelos crimes mais graves
tipificados pela Lei de Drogas.
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N‹o h‡ recurso, e nem se aceita habeas corpus ou mandado de seguran•a


contra a decis‹o que afasta o servidor pœblico de suas atividades, pois este
afastamento Ž apenas cautelar, n‹o trazendo nenhum ju’zo de valor.

Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e ¤ 1o, e 34 a 37 desta Lei, o rŽu n‹o
poder‡ apelar sem recolher-se ˆ pris‹o, salvo se for prim‡rio e de bons antecedentes,
assim reconhecido na senten•a condenat—ria.

O STF tem considerado este dispositivo inconstitucional, pois ele restringe o


direito do rŽu de ter revista a decis‹o que o condenou. O art. 595 do C—digo de
Processo Penal foi revogado em 2011.

Art. 60. O juiz, de of’cio, a requerimento do MinistŽrio Pœblico ou mediante representa•‹o


da autoridade de pol’cia judici‡ria, ouvido o MinistŽrio Pœblico, havendo ind’cios suficientes,
poder‡ decretar, no curso do inquŽrito ou da a•‹o penal, a apreens‹o e outras medidas
assecurat—rias relacionadas aos bens m—veis e im—veis ou valores consistentes em
produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua
pr‡tica, procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de
outubro de 1941 - C—digo de Processo Penal.

Este dispositivo trata de medidas cautelares patrimoniais, ampliando aquelas


j‡ previstas pelo C—digo de Processo Penal. O magistrado pode decretar, tanto
na fase inquisitorial quanto na fase processual, a apreens‹o ou outras medidas
relacionadas a bens m—veis, im—veis ou valores.
Estes bens podem ser produto do crime ou podem referir-se ao proveito auferido
pelo criminoso. A apreens‹o poderia dar-se, por exemplo, sobre o dinheiro que o
criminoso adquiriu com o tr‡fico il’cito.
Ainda acerca das medidas patrimoniais, Ž importante saber que o juiz pode
autorizar que os bens apreendidos sejam utilizados por —rg‹os ou
entidades que atuam na preven•‹o ao uso indevido de drogas, bem como ˆ
aten•‹o e reinser•‹o dos usu‡rios e dependentes e na repress‹o ˆ produ•‹o
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n‹o autorizada e ao tr‡fico.


Essa utiliza•‹o, contudo, s— pode ser autorizada mediante as seguintes
condi•›es:
a)! N‹o havendo preju’zo para a produ•‹o da prova;
b)! Comprovado o interesse pœblico ou social;
c)! Ouvido o MinistŽrio Pœblico e cientificada a Secretaria Nacional de Pol’ticas
sobre Drogas do MinistŽrio da Justi•a (Senad/MJ);
d)! Os bens precisam ser utilizados exclusivamente no interesse das atividades
de preven•‹o, aten•‹o, reinser•‹o e repress‹o ˆ produ•‹o e tr‡fico.
A Lei de Drogas inovou nessa autoriza•‹o, criando uma forma de os bens serem
efetivamente utilizados em atividades de interesse social, em vez de
deteriorarem-se na espera pela conclus‹o da a•‹o penal.
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ƒ poss’vel ainda que a autoridade policial apreenda os bens utilizados para a


pr‡tica dos crimes tipificados pela Lei de Drogas. O art. 62 menciona ve’culos,
aeronaves, embarca•›es e quaisquer outros meios de transporte, maquin‡rios,
utens’lios, instrumentos e objetos de qualquer espŽcie que tenham rela•‹o com
a pr‡tica do crime.
Estes bens, contudo, n‹o podem ter a destina•‹o social que vimos anteriormente,
mas devem ficar sob a guarda da pol’cia judici‡ria, que, por sua vez, poder‡
utiliz‡-los mediante autoriza•‹o judicial. O STJ inclusive decidiu que o Juiz poder‡
autorizar o uso de aeronave mesmo que o rŽu n‹o esteja respondendo por crime
de tr‡fico de drogas. A exce•‹o fica por conta das armas apreendidas, que ser‹o
recolhidas na forma determinada pelo Estatuto do Desarmamento.
Quando houver apreens‹o de dinheiro, o MinistŽrio Pœblico deve ser
imediatamente intimado, para que requeira ao juiz a convers‹o de moeda
estrangeira em nacional e a compensa•‹o dos cheques, para que se possa fazer
o dep—sito judicial correspondente.
Os bens apreendidos podem ser alienados por meio de leil‹o, caso seja necess‡rio
para evitar os riscos de deteriora•‹o. O produto da aliena•‹o ser‡ ent‹o
depositado em conta judicial.

Art. 63. Ao proferir a senten•a de mŽrito, o juiz decidir‡ sobre o perdimento do


produto, bem ou valor apreendido, sequestrado ou declarado indispon’vel.
¤ 1o Os valores apreendidos em decorr•ncia dos crimes tipificados nesta Lei e que n‹o
forem objeto de tutela cautelar, ap—s decretado o seu perdimento em favor da Uni‹o, ser‹o
revertidos diretamente ao Funad.

ƒ atribui•‹o do magistrado decidir a respeito do perdimento do produto, bem


ou valor apreendido, sequestrado ou declarado indispon’vel, devendo faz•-lo
quando proferir a senten•a.

Art. 65. De conformidade com os princ’pios da n‹o-interven•‹o em assuntos internos, da


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igualdade jur’dica e do respeito ˆ integridade territorial dos Estados e ˆs leis e aos


regulamentos nacionais em vigor, e observado o esp’rito das Conven•›es das Na•›es Unidas
e outros instrumentos jur’dicos internacionais relacionados ˆ quest‹o das drogas, de que
o Brasil Ž parte, o governo brasileiro prestar‡, quando solicitado, coopera•‹o a outros pa’ses
e organismos internacionais e, quando necess‡rio, deles solicitar‡ a colabora•‹o, nas ‡reas
de:
I - interc‰mbio de informa•›es sobre legisla•›es, experi•ncias, projetos e programas
voltados para atividades de preven•‹o do uso indevido, de aten•‹o e de reinser•‹o social
de usu‡rios e dependentes de drogas;
II - interc‰mbio de intelig•ncia policial sobre produ•‹o e tr‡fico de drogas e delitos
conexos, em especial o tr‡fico de armas, a lavagem de dinheiro e o desvio de precursores
qu’micos;
III - interc‰mbio de informa•›es policiais e judiciais sobre produtores e traficantes de
drogas e seus precursores qu’micos.
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Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

O legislador decidiu dedicar um dispositivo espec’fico ˆ coopera•‹o internacional


em matŽrias relacionadas ao tr‡fico de drogas.
Os princ’pios dessa coopera•‹o est‹o relacionados principalmente ˆ troca de
informa•›es acerca das legisla•›es, experi•ncias, projetos e programas
relacionados ˆ preven•‹o, aten•‹o e reinser•‹o, bem como ˆs informa•›es a
respeito dos crimes em si e dos produtores e traficantes que venham a ser
identificados por meio da atividade investigativa.

Art. 72. Encerrado o processo penal ou arquivado o inquŽrito policial, o juiz, de of’cio,
mediante representa•‹o do delegado de pol’cia ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico,
determinar‡ a destrui•‹o das amostras guardadas para contraprova, certificando isso nos
autos.

Note que a destrui•‹o das amostras guardadas para fins de prova no processo
somente podem ser destru’das por ordem do juiz, com o fim do processo penal
ou arquivamento do inquŽrito policial. Este dispositivo tambŽm recentemente
alterado. Antes a destrui•‹o poderia ser determinada pelo juiz quando fosse
conveniente ou necess‡rio.

3 - Quest›es

3.1 - Quest›es sem Coment‡rios


QUESTÌO 01. DPU Ð Defensor Pœblico Federal Ð 2015 Ð Cespe.
Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira
eventual, subst‰ncia entorpecente que traga consigo para uso pessoal,
julgue o item que se segue.
Carlo responder‡ pela pr‡tica do crime de oferecimento de subst‰ncia
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entorpecente, sem preju’zo da responsabiliza•‹o pela posse ilegal de droga


para consumo pessoal.

QUESTÌO 02. DPE-MA Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð FCC.


No delito de tr‡fico de entorpecente a pena poder‡ ser reduzida de um sexto
a dois ter•os desde que o agente seja prim‡rio,

a) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas e nem


integre organiza•‹o criminosa.
b) n‹o se dedique ˆs atividades criminosas e nem integre organiza•‹o
criminosa.
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Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

c) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o


integre organiza•‹o criminosa e colabore voluntariamente com a
investiga•‹o policial ou processo criminal.
d) n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o integre organiza•‹o
criminosa e colabore voluntariamente com a investiga•‹o policial ou
processo criminal.
e) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o
integre organiza•‹o criminosa e desde que n‹o tenha tido anteriormente
convers‹o em penas restritivas de direitos.

QUESTÌO 03. SEAP-DF Ð Agente de Atividades Penitenci‡rias


Ð 2015 Ð Universa.
N‹o h‡ —bice legal ˆ substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos aos condenados por crime de tr‡fico de entorpecentes.

QUESTÌO 04. PC-CE Ð Escriv‹o Ð 2015 Ð Vunesp.


Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, ˆ pessoa
de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica
a) contraven•‹o penal.
b) crime equiparado ao uso de drogas.
c) crime, mas que n‹o est‡ sujeito ˆ pena privativa de liberdade.
d) crime de menor potencial ofensivo.
e) conduta at’pica.

QUESTÌO 05. TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Ainda que presentes os requisitos subjetivos e objetivos previstos no C—digo
Penal, Ž vedado ao juiz substituir a pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos na hip—tese de condena•‹o por tr‡fico il’cito de drogas.
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QUESTÌO 06. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
O comŽrcio de subst‰ncias entorpecentes sem autoriza•‹o ou em desacordo
com determina•‹o regulamentar, praticado por bombeiro militar
uniformizado, mediante o uso de sua viatura para o transporte das
subst‰ncias e com uso ostensivo de arma de fogo, permite a majora•‹o da
pena-base do delito de tr‡fico de um sexto a dois ter•os.
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Teoria e Quest›es
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QUESTÌO 07. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
No processamento do crime de tr‡fico de subst‰ncias entorpecentes, Ž
vedada, em qualquer hip—tese, a substitui•‹o da pena privativa de liberdade
por penas restritivas de direitos.

QUESTÌO 08. PRF Ð Agente de Pol’cia Rodovi‡ria Federal Ð


2013 Ð Cespe.
Caso uma pessoa injete em seu pr—prio organismo subst‰ncia entorpecente
e, em seguida, seja encontrada por policiais, ainda que os agentes n‹o
encontrem subst‰ncias entorpecentes em poder dessa pessoa, ela estar‡
sujeita ˆs penas de advert•ncia, presta•‹o de servi•o ˆ comunidade ou
medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

QUESTÌO 09. DPF Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Na Lei de Drogas, Ž prevista como crime a conduta do agente que oferte
drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu
relacionamento, para juntos a consumirem, n‹o sendo estabelecida distin•‹o
entre a oferta dirigida a pessoa imput‡vel ou inimput‡vel.

QUESTÌO 10. DPE-DF Ð Defensor Pœblico Ð 2013 Ð Cespe.


O reincidente espec’fico em tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins
poder‡ pleitear o livramento condicional ap—s cumprir dois ter•os da sua
pena privativa de liberdade.

QUESTÌO 11. DPE-AM Ð Defensor Pœblico Ð 2013 Ð FCC.


Constitui crime previsto na lei de drogas
a) fornecer, desde que onerosamente, maquin‡rio, aparelho, instrumento ou
qualquer outro objeto destinado ˆ fabrica•‹o, prepara•‹o, produ•‹o ou
transforma•‹o de drogas, sem autoriza•‹o ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar.
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b) oferecer droga, desde que em car‡ter habitual e ainda que sem objetivo
de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem.
c) prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite
o paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar.
d) conduzir embarca•‹o ou aeronave ap—s o consumo de drogas, ainda que
sem exposi•‹o a dano potencial a incolumidade de outrem.
e) consentir que outrem se utilize de local de que tem a propriedade para o
tr‡fico il’cito de drogas, desde que o fa•a onerosamente.
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QUESTÌO 12. PC-AL Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O agente prim‡rio, de bons antecedentes, que n‹o se dedique a atividades
criminosas nem integre organiza•‹o criminosa, pratica o denominado tr‡fico
privilegiado, o que resulta em redu•‹o da pena. Esses requisitos s‹o
subjetivos e cumulativos.

QUESTÌO 13. TJ-AC Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Manoel, penalmente capaz, em car‡ter eventual e sem fins
lucrativos, forne•a droga ao amigo Carlos, tambŽm imput‡vel, e, juntos,
sejam flagrados pela pol’cia no momento do uso e que Manoel, de pronto,
alegue a posse da subst‰ncia, afirmando t•-la fornecido ao amigo
gratuitamente. Nessa situa•‹o, a conduta de Manoel configura o tipo penal
privilegiado do tr‡fico il’cito de entorpecentes, que tem por finalidade
abrandar a puni•‹o daquele que compartilha subst‰ncia entorpecente com
amigos.

QUESTÌO 14. PC-AL Ð Delegado de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


Para a fixa•‹o da pena de multa nos casos de crime de tr‡fico de
entorpecentes, o juiz dever‡ obedecer aos critŽrios fixados na parte especial
do C—digo Penal, que determina que o nœmero de dias-multa ser‡, no
m’nimo, de 10 e, no m‡ximo, de 360.

QUESTÌO 15. PC-AL Ð Delegado de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O comŽrcio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o
tr‡fico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a compet•ncia para
apura•‹o e atua•‹o da Pol’cia Federal, todavia, a compet•ncia para
processar e julgar o criminoso continua a ser da justi•a estadual.

QUESTÌO 16. STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


O mŽdico que, por imprud•ncia, prescrever a determinado paciente dose
excessiva de medicamento que causa depend•ncia qu’mica estar‡ sujeito ˆ
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pena de advert•ncia, e o juiz que apreciar o caso dever‡ comunicar o fato


ao Conselho Federal de Medicina.

QUESTÌO 17. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As penas cominadas ao delito de tr‡fico de drogas ser‹o aumentadas de um
sexto a dois ter•os se o agente tiver utilizado transporte pœblico com grande
aglomera•‹o de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante se
ofereceu ou tentou disponibilizar a subst‰ncia entorpecente para os outros
passageiros.
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
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QUESTÌO 18. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As atividades de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e reinser•‹o social de
usu‡rios e dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo SISNAD
incluem a ado•‹o de estratŽgias preventivas diferenciadas e adequadas ˆs
especificidades socioculturais das diversas popula•›es, como a interna•‹o
compuls—ria.

QUESTÌO 19. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As planta•›es il’citas dever‹o ser imediatamente destru’das pelas
autoridades de pol’cia judici‡ria, que recolher‹o quantidade suficiente para
exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condi•›es
encontradas, com a delimita•‹o do local, asseguradas as medidas
necess‡rias para a preserva•‹o da prova.

QUESTÌO 20. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O inquŽrito policial instaurado para a apura•‹o da pr‡tica de tr‡fico de
drogas dever‡ ser conclu’do no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver
preso, e de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poder‹o
ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da
autoridade de pol’cia judici‡ria.

QUESTÌO 21. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As a•›es do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do
territ—rio nacional, raz‹o pela qual esse sistema n‹o comporta a integra•‹o
de estratŽgias internacionais de preven•‹o do uso indevido de drogas.

QUESTÌO 22. TJ-GO Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð FCC.


De acordo com a lei antidrogas,
a) na determina•‹o da quantidade de dias-multa, o juiz n‹o poder‡ levar em
conta a natureza e a quantidade da subst‰ncia ou do produto, mas apenas
a personalidade e a conduta social do agente.
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b) no caso de posse de subst‰ncia entorpecente para consumo pessoal,


incab’vel a imposi•‹o de multa, ainda que se recuse injustificadamente o
agente a cumprir a medida educativa fixada.
c) a multa ser‡ fixada em valor n‹o inferior a um sal‡rio m’nimo nem
superior a trezentos e sessenta sal‡rios m’nimos.
d) se o juiz, em virtude da situa•‹o econ™mica do acusado, considerar a
multa ineficaz, poder‡ aument‡-la atŽ o triplo.
e) em caso de concurso de crimes, as multas ser‹o impostas
cumulativamente.
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
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QUESTÌO 23. PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Caso, em ju’zo, o usu‡rio de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir
as medidas educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poder‡
submet•-lo, alternativamente, a admoesta•‹o verbal ou a pagamento de
multa.

QUESTÌO 24. PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de
infra•‹o sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime
tanto do ponto de vista formal quanto material.

QUESTÌO 25. PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
Cl‡udio, penalmente respons‡vel, foi flagrado fazendo uso de um cigarro
artesanal de maconha, sendo que em seu poder ainda foi encontrada
quantidade significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas
trouxinhas, com pre•os distintos afixados em cada uma delas, bem como
constatou-se que Cl‡udio, mesmo desempregado, trazia consigo anota•›es
e valores que o ligavam, indubitavelmente, ao tr‡fico de drogas.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Cl‡udio responder‡ pelo crime de tr‡fico de
entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de
drogas, estar‹o exclu’dos os benef’cios da lei atinente aos juizados especiais.

QUESTÌO 26. DPE-RS Ð Defensor Pœblico Ð 2011 Ð FCC.


A respeito da Lei no 11.343/06, Ž correto afirmar:
a) H‡ previs‹o de delito culposo no rol de crimes.
b) Na hip—tese do delito previsto no caput do art. 33, o indiv’duo prim‡rio,
com bons antecedentes, que n‹o se dedique ˆs atividades criminosas nem
integre organiza•‹o criminosa, poder‡ ter sua pena reduzida, desde que
confesse a autoria delitiva, de um sexto a dois ter•os.
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c) O condenado pelo delito previsto no art. 28 n‹o poder‡ receber pena


privativa de liberdade, salvo se reincidente e demonstrar resist•ncia ao
tratamento contra depend•ncia qu’mica.
d) O delito de associa•‹o para o tr‡fico consignado no art. 35 exige a mesma
quantidade de agentes prevista para o crime de quadrilha ou bando disposto
no art. 288 do C—digo Penal.
e) O agente que em œnica ocasi‹o oferece gratuitamente para um amigo
vinte pedras de subst‰ncia conhecida como crack, ainda que com œnica
inten•‹o de juntos consumirem, responde pelo crime previsto no caput do
art. 33, delito equiparado a hediondo.
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
Teoria e Quest›es
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QUESTÌO 27. MPU Ð Analista Processual Ð 2010 Ð Cespe.


Em rela•‹o ao crime de tr‡fico de drogas, considera-se, tr‡fico privilegiado
o praticado por agente prim‡rio, com bons antecedentes criminais, que n‹o
se dedica a atividades criminosas nem integra organiza•‹o criminosa, sendo-
lhe aplicada a redu•‹o de pena de um sexto a dois ter•os,
independentemente de o tr‡fico ser nacional ou internacional e da
quantidade ou espŽcie de droga apreendida, ainda que a pena m’nima fique
aquŽm do m’nimo legal.

QUESTÌO 28. SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð


Cespe.
De acordo com a legisla•‹o que tipifica o tr‡fico il’cito e o uso indevido de
drogas, s‹o consideradas entorpecentes aquelas capazes de produzir
depend•ncia f’sica ou ps’quica, constantes nas rela•›es publicadas em
conjunto com a lei espec’fica, por esta constituir norma penal em branco.

QUESTÌO 29. STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Quem tiver em dep—sito, para consumo pessoal, drogas sem autoriza•‹o ou
em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar poder‡ ser
submetido a presta•‹o de servi•os ˆ comunidade, a qual, em prol da
dignidade da pessoa humana, a fim de n‹o causar situa•‹o vexat—ria ao
autor do fato, n‹o poder‡ ser cumprida em entidades que se destinem ˆ
recupera•‹o de usu‡rios e dependentes de drogas.

QUESTÌO 30. TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


A atual lei sobre drogas, Lei n.¼ 11.343/2006, assegura o tratamento para
usu‡rios de subst‰ncias psicoativas, porŽm n‹o prev• em suas diretrizes a
reinser•‹o social, por consider‡-la uma estratŽgia indicada para pacientes
psiqui‡tricos.

QUESTÌO 31. CODESA - Guarda Portu‡rio - 2016 Ð FUNCAB.


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Constitui crime previsto na lei de drogas (Lei n¡ 11.343, de 2006):


a) induzir, instigar ou auxiliar alguŽm ao uso indevido de droga.
b) associarem-se duas ou mais pessoas para uso reiterado de drogas.
c) conduzir autom—vel ap—s o consumo de drogas, expondo a dano potencial
a incolumidade de outrem.
d) vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente,
de qualquer forma, ˆ crian•a ou ao adolescente, bebida alco—lica ou, sem
justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar
depend•ncia f’sica ou ps’quica.
e) deixar, a autoridade policial, dolosamente, de investigar crime previsto
na Lei n¡ 11.343/2006.
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QUESTÌO 32. PC-PA - Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Sobre a lei de drogas, Lei n¡ 11.343, de 2006, Ž correto afirmar que:
a) apenas durante a fase do inquŽrito policial instaurado para apurar o crime
de tr‡fico de subst‰ncia entorpecente, Ž permitida, alŽm dos previstos em
lei, mediante autoriza•‹o judicial e ouvido o MinistŽrio Pœblico, o
procedimento investigat—rio da infiltra•‹o por agentes de pol’cia, em tarefas
de investiga•‹o, constitu’da pelos —rg‹os especializados pertinentes.
b) ocorrendo pris‹o em flagrante, a destrui•‹o das drogas ser‡ executada
pela autoridade sanit‡ria no prazo de 15 (quinze) dias na presen•a do
delegado de pol’cia competente.
c) Ž isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o
ou da omiss‹o, qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
d) o perito que subscrever o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade
da droga, para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, ficar‡ impedido de participar da
elabora•‹o do laudo definitivo.
e) recebida c—pia do auto de pris‹o em flagrante, o juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, certificar‡ a regularidade formal do laudo de constata•‹o e determinar‡
a destrui•‹o das droga s apreendidas, guardando-se amostra necess‡ria ˆ
realiza•‹o do laudo definitivo.

QUESTÌO 33. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (Adaptada).
Recebida c—pia do auto de pris‹o em flagrante, o juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, certificar‡ a regularidade formal do laudo de constata•‹o e determinar‡
a destrui•‹o das drogas apreendidas, guardando-se amostra necess‡ria ˆ
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realiza•‹o do laudo definitivo.

QUESTÌO 34. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (Adaptada).
Apenas durante a fase do inquŽrito policial instaurado para apurar o crime
de tr‡fico de subst‰ncia entorpecente, Ž permitida, alŽm dos previstos em
lei, mediante autoriza•‹o judicial e ouvido o MinistŽrio Pœblico, o
procedimento investigat—rio da infiltra•‹o por agentes de pol’cia, em tarefas
de investiga•‹o, constitu’da pelos —rg‹os especializados pertinentes.
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QUESTÌO 35. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (Adaptada).
ƒ isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o
ou da omiss‹o, qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.

QUESTÌO 36. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (Adaptada).
Ocorrendo pris‹o em flagrante, a destrui•‹o das drogas ser‡ executada pela
autoridade sanit‡ria no prazo de 15 (quinze) dias na presen•a do delegado
de pol’cia competente.

QUESTÌO 37. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (Adaptada).
O perito que subscrever o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade
da droga, para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, ficar‡ impedido de participar da
elabora•‹o do laudo definitivo.

QUESTÌO 38. PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Sobre a Lei de Drogas (Lei n¡ 11.343/2006) e as normas que a
complementam, assinale a resposta correta.
a) O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado
em dois anos.
b) A destrui•‹o de planta•›es il’citas n‹o pode se dar de forma imediata pelo
Delegado de Pol’cia, exigindo-se autoriza•‹o judicial para tal.
c) N‹o pode o poder pœblico autorizar o uso de plantas psicotr—picas para
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exclusiva finalidade ritual’stica-religiosa.


d) N‹o h‡ a previs‹o de condutas culposas na Lei n¡ 11.343, de 2006.
e) O analgŽsico morfina foi retirado das listas anexas ˆ Portaria n¡
344/ANVISA, de 1998, de modo que n‹o mais pode ser considerado uma
droga para fins de aplica•‹o da Lei n¡ 11.343.

QUESTÌO 39. MPE-PR - Promotor Substituto Ð 2016 - MPE-PR.


Consoante o artigo 40 da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006):
ÒAs penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s‹o aumentadas de um sexto
a dois ter•os, se:
(...)
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
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III - a infra•‹o tiver sido cometida nas depend•ncias ou imedia•›es de


estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
espet‡culos ou divers›es de qualquer natureza, de servi•os de tratamento
de dependentes de drogas ou de reinser•‹o social, de unidades militares ou
policiais ou em transportes pœblicos;
(...)
V - caracterizado o tr‡fico entre Estados da Federa•‹o ou entre estes e o
Distrito Federal;
(...)
Sobre as causas de aumento de pena, previstas nos incisos III e V do artigo
40 da Lei n. 11.343/2006, assinale a alternativa correta, de acordo com a
interpreta•‹o atual e assente no Superior Tribunal de Justi•a:
I Ð Para incid•ncia da causa de aumento de pena, prevista no artigo 40, III,
da Lei n.11.343/2006, basta o agente transportar no bagageiro ou trazer a
droga consigo, em ve’culo de transporte pœblico, independentemente de
comercializa•‹o.
II Ð ƒ desnecess‡ria a efetiva transposi•‹o de fronteiras entre estados da
federa•‹o para incid•ncia da majorante descrita no artigo 40, V, da Lei
11.343/2006.
III Ð ƒ necess‡ria a efetiva comercializa•‹o da droga, no interior do
transporte pœblico, para incid•ncia do aumento de pena previsto no artigo
40, III, da Lei 11.343/2006.
IV Ð ƒ necess‡ria a efetiva transposi•‹o de fronteiras entre estados da
federa•‹o para incid•ncia da majorante descrita no artigo 40, V, da Lei
11.343/2006.
a) Somente as assertivas I e II s‹o corretas;
b) Somente as assertivas I e III s‹o corretas;
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c) Somente as assertivas II e III s‹o corretas;


d) Somente as assertivas II e IV s‹o corretas;
e) As assertivas III e IV s‹o corretas.

QUESTÌO 40. MPE-RJ - Analista do MinistŽrio Pœblico Ð


Processual Ð 2016 Ð FGV.
Em a•‹o penal, Patrick foi condenado pela pr‡tica do crime de tr‡fico de
drogas, aplicada a causa de diminui•‹o do artigo 33, ¤4¼ da Lei n¼
11.343/06, sendo fixada a pena de 01 ano e 08 meses de reclus‹o, n‹o
admitida a substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, enquanto Lucas foi absolvido em raz‹o de trazer consigo
entorpecente para fins de consumo pessoal. No mesmo processo, Marcel foi
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condenado unicamente pelo delito de associa•‹o para o tr‡fico, sendo


aplicada a pena m’nima de 03 anos a ser cumprida em regime inicialmente
fechado, apenas pelo fato de o delito praticado ser hediondo. As partes
apresentaram recurso de apela•‹o e o Procurador de Justi•a tem que
apresentar seu parecer. De acordo com a posi•‹o pacificada e atual dos
Tribunais Superiores, Ž correto afirmar que:
a) diante do reconhecimento da causa de diminui•‹o do artigo 33, ¤4¼ da
Lei n¼ 11.343/06, o tr‡fico perde a natureza de crime equiparado ao
hediondo;
b) os fundamentos apresentados para fixa•‹o do regime de cumprimento de
pena do crime de associa•‹o para o tr‡fico foram v‡lidos e corretos;
c) n‹o cabe substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, ainda que preenchidos os requisitos do artigo 44 do C—digo Penal,
em raz‹o de expressa e v‡lida previs‹o legal;
d) a Lei n¼ 11343/06 descriminalizou a conduta de porte de subst‰ncia
entorpecente para consumo pessoal, tratando-se de infra•‹o meramente
administrativa, n‹o sendo poss’vel a imposi•‹o de pris‹o ou eventual
condena•‹o ser considerada para efeito de reincid•ncia;
e) exige-se estabilidade e perman•ncia para configura•‹o do crime de
associa•‹o para o tr‡fico.

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3.2 Ð Gabarito
1. C 15. C 28. C

2. A 16 E 29. E

3. C 17. E 30. E

4. D 18. E 31. A

5. E 19. C 32. C

6. C 20. C 33. E

7. E 21. E 34. E

8. E 22. E 35. C

9. E 23. E 36. E

10. E 24. E 37. E

11. C 25. C 38. A

12. C 26. A 39. C

13. C 27. C 40. A ou E

14. E

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3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 01. DPU Ð Defensor Pœblico Federal Ð 2015 Ð Cespe.
Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira
eventual, subst‰ncia entorpecente que traga consigo para uso pessoal,
julgue o item que se segue.
Carlo responder‡ pela pr‡tica do crime de oferecimento de subst‰ncia
entorpecente, sem preju’zo da responsabiliza•‹o pela posse ilegal de droga
para consumo pessoal.

Coment‡rios
A conduta praticada por Carlo, no caso trazido pela quest‹o, se amolda ao tipo
penal previsto no art. 33, ¤ 3o.
¤ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - deten•‹o, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem preju’zo das penas previstas no art. 28.

AlŽm disso, Carlo ainda poder‡ ser responsabilizado pela posse de droga para
uso pessoal, nos termos do art. 28.
GABARITO: C

QUESTÌO 02. DPE-MA Ð Defensor Pœblico Ð 2015 Ð FCC.


No delito de tr‡fico de entorpecente a pena poder‡ ser reduzida de um sexto
a dois ter•os desde que o agente seja prim‡rio,
a) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas e nem
integre organiza•‹o criminosa.
b) n‹o se dedique ˆs atividades criminosas e nem integre organiza•‹o
criminosa.
c) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o
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integre organiza•‹o criminosa e colabore voluntariamente com a


investiga•‹o policial ou processo criminal.
d) n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o integre organiza•‹o
criminosa e colabore voluntariamente com a investiga•‹o policial ou
processo criminal.
e) de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas, n‹o
integre organiza•‹o criminosa e desde que n‹o tenha tido anteriormente
convers‹o em penas restritivas de direitos.
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Coment‡rios
A banca nos cobra diretamente o conteœdo do art. 33, ¤ 4o:
¤ 4o Nos delitos definidos no caput e no ¤ 1o deste artigo, as penas poder‹o ser reduzidas
de um sexto a dois ter•os, , desde que o agente seja prim‡rio, de bons antecedentes, n‹o
se dedique ˆs atividades criminosas nem integre organiza•‹o criminosa.

GABARITO: A

QUESTÌO 03. SEAP-DF Ð Agente de Atividades Penitenci‡rias


Ð 2015 Ð Universa.
N‹o h‡ —bice legal ˆ substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos aos condenados por crime de tr‡fico de entorpecentes.

Coment‡rios
Na aula de hoje voc• aprendeu que atŽ existia uma proibi•‹o nesse sentido no
texto da lei, mas que foi declarada inconstitucional pelo STF.
GABARITO: C

QUESTÌO 04. PC-CE Ð Escriv‹o Ð 2015 Ð Vunesp.


Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, ˆ pessoa
de seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica
a) contraven•‹o penal.
b) crime equiparado ao uso de drogas.
c) crime, mas que n‹o est‡ sujeito ˆ pena privativa de liberdade.
d) crime de menor potencial ofensivo.
e) conduta at’pica.

Coment‡rios
Essa quest‹o foi muito bem elaborada pela Vunesp! Veja bem, a lei tipifica essa
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conduta como crime, e isso voc• j‡ sabe, certo? Isso j‡ Ž suficiente para excluir
as alternativas A e E.
¤ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - deten•‹o, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem preju’zo das penas previstas no art. 28.

Vemos, portanto, que h‡ previs‹o de pena privativa de liberdade, e por isso as


alternativas B e C tambŽm n‹o podem ser corretas. A partir desse racioc’nio voc•
j‡ acertaria a quest‹o por exclus‹o, mas certamente voc• tambŽm j‡ estou a Lei
no 9.099/1995, que define os crimes de menor potencial ofensivo como aqueles
para os quais a lei comina pena m‡xima n‹o superior a 2 anos, cumulada ou
n‹o com multa.
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GABARITO: D

QUESTÌO 05. TJ-SE Ð Analista Judici‡rio Ð 2014 Ð Cespe.


Ainda que presentes os requisitos subjetivos e objetivos previstos no C—digo
Penal, Ž vedado ao juiz substituir a pena privativa de liberdade por pena
restritiva de direitos na hip—tese de condena•‹o por tr‡fico il’cito de drogas.

Coment‡rios
Esta quest‹o diz respeito ˆ Resolu•‹o n¼ 05 do Senado Federal, que suspendeu
a efic‡cia do ¤4¼ do art. 33 da Lei de Drogas, que vedava essa convers‹o.
GABARITO: E

QUESTÌO 06. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


2014 Ð Cespe.
O comŽrcio de subst‰ncias entorpecentes sem autoriza•‹o ou em desacordo
com determina•‹o regulamentar, praticado por bombeiro militar
uniformizado, mediante o uso de sua viatura para o transporte das
subst‰ncias e com uso ostensivo de arma de fogo, permite a majora•‹o da
pena-base do delito de tr‡fico de um sexto a dois ter•os.

Coment‡rios
Aqui estamos diante da previs‹o do art. 40, II. Vamos relembrar!?
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s‹o aumentadas de um sexto a dois
ter•os, se:
[...]
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de fun•‹o pœblica ou no desempenho de
miss‹o de educa•‹o, poder familiar, guarda ou vigil‰ncia;

GABARITO: C

QUESTÌO 07. C‰mara dos Deputados Ð Analista Legislativo Ð


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2014 Ð Cespe.
No processamento do crime de tr‡fico de subst‰ncias entorpecentes, Ž
vedada, em qualquer hip—tese, a substitui•‹o da pena privativa de liberdade
por penas restritivas de direitos.

Coment‡rios
Opa! Essa veda•‹o constava no art. 44, mas a veda•‹o foi declarada
inconstitucional pelo STF.
GABARITO: E
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QUESTÌO 08. PRF Ð Agente de Pol’cia Rodovi‡ria Federal Ð


2013 Ð Cespe.
Caso uma pessoa injete em seu pr—prio organismo subst‰ncia entorpecente
e, em seguida, seja encontrada por policiais, ainda que os agentes n‹o
encontrem subst‰ncias entorpecentes em poder dessa pessoa, ela estar‡
sujeita ˆs penas de advert•ncia, presta•‹o de servi•o ˆ comunidade ou
medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

Coment‡rios
Na aula de hoje voc• aprendeu que o consumo de drogas foi despenalizado. N‹o
Ž poss’vel, portanto, aplicar penas a quem usa drogas.
GABARITO: E

QUESTÌO 09. DPF Ð Delegado de Pol’cia Ð 2013 Ð Cespe.


Na Lei de Drogas, Ž prevista como crime a conduta do agente que oferte
drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu
relacionamento, para juntos a consumirem, n‹o sendo estabelecida distin•‹o
entre a oferta dirigida a pessoa imput‡vel ou inimput‡vel.

Coment‡rios
Se as drogas forem oferecidas a menores, o agente incorrer‡ no aumento de
pena previsto no art. 40, VI. N‹o se pode dizer, portanto, que Ž indiferente
oferecer drogas para imput‡vel ou inimput‡vel. O Cespe deu a assertiva como
errada no gabarito preliminar, e depois alterou o gabarito. Diversos professores
entendem que foi um erro da banca, e que a quest‹o n‹o pode estar correta, e
por isso estou mantendo o gabarito como errado, ok?
GABARITO: E

QUESTÌO 10. DPE-DF Ð Defensor Pœblico Ð 2013 Ð Cespe.


O reincidente espec’fico em tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins
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poder‡ pleitear o livramento condicional ap—s cumprir dois ter•os da sua


pena privativa de liberdade.

Coment‡rios
O reincidente espec’fico no crime de tr‡fico de drogas n‹o poder‡ ser beneficiado
com livramento condicional, conforme art. 44, par‡grafo œnico.
GABARITO: E

QUESTÌO 11. DPE-AM Ð Defensor Pœblico Ð 2013 Ð FCC.


Constitui crime previsto na lei de drogas
a) fornecer, desde que onerosamente, maquin‡rio, aparelho, instrumento ou
qualquer outro objeto destinado ˆ fabrica•‹o, prepara•‹o, produ•‹o ou
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transforma•‹o de drogas, sem autoriza•‹o ou em desacordo com


determina•‹o legal ou regulamentar.
b) oferecer droga, desde que em car‡ter habitual e ainda que sem objetivo
de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem.
c) prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite
o paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou em desacordo com
determina•‹o legal ou regulamentar.
d) conduzir embarca•‹o ou aeronave ap—s o consumo de drogas, ainda que
sem exposi•‹o a dano potencial a incolumidade de outrem.
e) consentir que outrem se utilize de local de que tem a propriedade para o
tr‡fico il’cito de drogas, desde que o fa•a onerosamente.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque o crime se consuma mesmo que o
fornecimento seja gratuito. A alternativa B est‡ incorreta porque o oferecimento
de droga eventualmente j‡ Ž suficiente para que haja crime. A alternativa D est‡
incorreta porque para que se consume este crime Ž necess‡ria exposi•‹o da
incolumidade das pessoas a dano potencial. A alternativa E est‡ incorreta porque
o consentimento, neste caso, pode ser gratuito, e ainda assim haver‡ crime.
GABARITO: C

QUESTÌO 12. PC-AL Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O agente prim‡rio, de bons antecedentes, que n‹o se dedique a atividades
criminosas nem integre organiza•‹o criminosa, pratica o denominado tr‡fico
privilegiado, o que resulta em redu•‹o da pena. Esses requisitos s‹o
subjetivos e cumulativos.

Coment‡rios
No crime de tr‡fico (art. 33, caput) e nos delitos equiparados (¤ 1¼), poder‡
haver redu•‹o de pena de um sexto a dois ter•os, desde que o agente seja
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prim‡rio, tenha bons antecedentes e n‹o se dedique a atividades criminosas nem


integre organiza•‹o criminosa. Os requisitos s‹o subjetivos e cumulativos, isto Ž,
se faltar qualquer um deles, a redu•‹o da pena Ž inaplic‡vel.
GABARITO: C

QUESTÌO 13. TJ-AC Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


Suponha que Manoel, penalmente capaz, em car‡ter eventual e sem fins
lucrativos, forne•a droga ao amigo Carlos, tambŽm imput‡vel, e, juntos,
sejam flagrados pela pol’cia no momento do uso e que Manoel, de pronto,
alegue a posse da subst‰ncia, afirmando t•-la fornecido ao amigo
gratuitamente. Nessa situa•‹o, a conduta de Manoel configura o tipo penal
privilegiado do tr‡fico il’cito de entorpecentes, que tem por finalidade
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abrandar a puni•‹o daquele que compartilha subst‰ncia entorpecente com


amigos.

Coment‡rios
Esta quest‹o Ž pol•mica, pois referiu-se ˆ possibilidade prevista no ¤3¡ do art.
33 da Lei de Drogas, chamando-o de tr‡fico privilegiado, quando a maior parte
da Doutrina usa esse termo para referir-se ˆ situa•‹o prevista no ¤4¡. Vamos
relembrar a reda•‹o dos dois dispositivos?
¤ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
¤ 4o Nos delitos definidos no caput e no ¤ 1o deste artigo, as penas poder‹o ser reduzidas
de um sexto a dois ter•os, vedada a convers‹o em penas restritivas de direitos, desde que
o agente seja prim‡rio, de bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas nem
integre organiza•‹o criminosa.

Para que esteja configurado o crime de uso compartilhado, ou tr‡fico de


menor potencial ofensivo, chamado pelo Cespe de tr‡fico privilegiado, Ž
necess‡ria a concomit‰ncia de alguns elementos: o oferecimento da droga de
forma eventual para pessoa do seu relacionamento, a aus•ncia do
objetivo de lucro, e o consumo conjunto.
Lembre-se tambŽm de que a gratuidade, por si s—, n‹o Ž capaz de descaracterizar
o crime de tr‡fico de drogas.
GABARITO: C

QUESTÌO 14. PC-AL Ð Delegado de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


Para a fixa•‹o da pena de multa nos casos de crime de tr‡fico de
entorpecentes, o juiz dever‡ obedecer aos critŽrios fixados na parte especial
do C—digo Penal, que determina que o nœmero de dias-multa ser‡, no
m’nimo, de 10 e, no m‡ximo, de 360.

Coment‡rios
O C—digo Penal Ž aplic‡vel de forma subsidi‡ria. H‡ crimes tipificados pela Lei de
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Drogas cuja pena cominada Ž maior que 360 dias-multa, a exemplo do pr—prio
art. 33, que prev• diversas modalidades do crime de tr‡fico.
GABARITO: E

QUESTÌO 15. PC-AL Ð Delegado de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O comŽrcio ilegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o
tr‡fico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a compet•ncia para
apura•‹o e atua•‹o da Pol’cia Federal, todavia, a compet•ncia para
processar e julgar o criminoso continua a ser da justi•a estadual.
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Coment‡rios
Mais uma quest‹o pol•mica. O tr‡fico interestadual pode e deve ser investigado
pela Pol’cia Federal, pois exige repress‹o uniforme, mas isso n‹o significa que
falte compet•ncias ˆs pol’cias civis dos estados envolvidos para investigar, o que
deve ser feito em coopera•‹o com a Pol’cia Federal. A compet•ncia para
julgamento continua sendo da Justi•a Comum estadual. D• uma olhada na
Sœmula 522 do STF. Apesar da pol•mica, o gabarito foi mantido pelo Cespe.
GABARITO: C

QUESTÌO 16. STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2012 Ð Cespe.


O mŽdico que, por imprud•ncia, prescrever a determinado paciente dose
excessiva de medicamento que causa depend•ncia qu’mica estar‡ sujeito ˆ
pena de advert•ncia, e o juiz que apreciar o caso dever‡ comunicar o fato
ao Conselho Federal de Medicina.

Coment‡rios
Este Ž o œnico crime culposo previsto na Lei de Drogas. Este crime apenas pode
ser praticado por profissionais de saœde, e Ž correto dizer que o juiz deve
comunicar o fato ao Conselho Profissional a que perten•a o agente. A pena
cominada no art. 38, entretanto, Ž de deten•‹o de 6 meses e a 2 anos, e
pagamento de 50 a 200 dias-multa.
GABARITO: E

QUESTÌO 17. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As penas cominadas ao delito de tr‡fico de drogas ser‹o aumentadas de um
sexto a dois ter•os se o agente tiver utilizado transporte pœblico com grande
aglomera•‹o de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante se
ofereceu ou tentou disponibilizar a subst‰ncia entorpecente para os outros
passageiros.

Coment‡rios 47991593487

O art. 40 prev• aumento de pena se o crime de tr‡fico for cometido nos seguintes
locais, independentemente de qualquer outra circunst‰ncia:
a)! Estabelecimentos prisionais;
b)! Estabelecimentos de ensino;
c)! Estabelecimentos hospitalares;
d)! Sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas ou beneficentes;
e)! Locais de trabalho coletivo;
f)! Recintos onde se realizem espet‡culos ou divers›es de qualquer
natureza;
g)! Estabelecimento de servi•os de tratamento de dependentes de
drogas ou de reinser•‹o social;
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h)! Unidades militares ou policiais;


i)! Transportes pœblicos.
O gabarito original da quest‹o era correto, mas o STF hoje mudou seu
entendimento acerca da utiliza•‹o de transportes pœblicos, considerando o
aumento de pena apenas quando houver a comercializa•‹o do droga dentro do
pr—prio transporte.
GABARITO: E

QUESTÌO 18. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As atividades de preven•‹o do uso indevido, aten•‹o e reinser•‹o social de
usu‡rios e dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo SISNAD
incluem a ado•‹o de estratŽgias preventivas diferenciadas e adequadas ˆs
especificidades socioculturais das diversas popula•›es, como a interna•‹o
compuls—ria.

Coment‡rios
Nos dispositivos que tratam dos princ’pios que norteiam as a•›es do SISNAD n‹o
se menciona a interna•‹o compuls—ria. Lembre-se deste posicionamento, ok?
GABARITO: E

QUESTÌO 19. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As planta•›es il’citas dever‹o ser imediatamente destru’das pelas
autoridades de pol’cia judici‡ria, que recolher‹o quantidade suficiente para
exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condi•›es
encontradas, com a delimita•‹o do local, asseguradas as medidas
necess‡rias para a preserva•‹o da prova.

Coment‡rios
A quest‹o foi formulada antes da altera•‹o do art. 32 pela Lei no 12.961/2014. A
principal mudan•a foi a men•‹o ao delegado de pol’cia em vez das Òautoridades
de pol’cia judici‡riaÓ. Acredito que isso n‹o invalida a quest‹o, mas fique atento
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a essa altera•‹o, ok?


GABARITO: C

QUESTÌO 20. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


O inquŽrito policial instaurado para a apura•‹o da pr‡tica de tr‡fico de
drogas dever‡ ser conclu’do no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver
preso, e de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poder‹o
ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da
autoridade de pol’cia judici‡ria.
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Coment‡rios
Vamos relembrar os prazos para conclus‹o do inquŽrito, previstos no art. 51.

PRAZOS PARA CONCLUSÌO DO INQUƒRITO POLICIAL

INDICIADO PRESO 30 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 30

INDICIADO SOLTO 90 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 90

GABARITO: C

QUESTÌO 21. PC-CE Ð Inspetor de Pol’cia Ð 2012 Ð Cespe.


As a•›es do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do
territ—rio nacional, raz‹o pela qual esse sistema n‹o comporta a integra•‹o
de estratŽgias internacionais de preven•‹o do uso indevido de drogas.

Coment‡rios
O art. 65 da Lei de Drogas Ž voltado especificamente para o estabelecimento dos
princ’pios da coopera•‹o internacional.
GABARITO: E

QUESTÌO 22. TJ-GO Ð Juiz de Direito Ð 2012 Ð FCC.


De acordo com a lei antidrogas,
a) na determina•‹o da quantidade de dias-multa, o juiz n‹o poder‡ levar em
conta a natureza e a quantidade da subst‰ncia ou do produto, mas apenas
a personalidade e a conduta social do agente.
b) no caso de posse de subst‰ncia entorpecente para consumo pessoal,
incab’vel a imposi•‹o de multa, ainda que se recuse injustificadamente o
agente a cumprir a medida educativa fixada.
c) a multa ser‡ fixada em valor n‹o inferior a um sal‡rio m’nimo nem
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superior a trezentos e sessenta sal‡rios m’nimos.


d) se o juiz, em virtude da situa•‹o econ™mica do acusado, considerar a
multa ineficaz, poder‡ aument‡-la atŽ o triplo.
e) em caso de concurso de crimes, as multas ser‹o impostas
cumulativamente.

Coment‡rios
A alternativa A est‡ incorreta porque o juiz deve levar em conta a natureza e a
quantidade da subst‰ncia ou produto, bem como a personalidade e a conduta
social do agente. A alternativa B est‡ incorreta porque, para garantia do
cumprimento das medidas educativas impostas, o Juiz poder‡ submeter o agente
ao pagamento de multa. A alternativa C est‡ incorreta porque a multa Ž fixada
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em dias-multa, cada um em valor n‹o inferior a 30 avos e nem superior a 5


sal‡rios m’nimos. A alternativa D est‡ incorreta porque as multas podem ser
aumentadas em atŽ dez vezes, se, em virtude da situa•‹o econ™mica do acusado,
consider‡-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no m‡ximo.
GABARITO: E

QUESTÌO 23. PC-ES Ð Escriv‹o de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


Caso, em ju’zo, o usu‡rio de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir
as medidas educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poder‡
submet•-lo, alternativamente, a admoesta•‹o verbal ou a pagamento de
multa.

Coment‡rios
ƒ estranho falar em medidas alternativas a outras medidas alternativas, mas a
regra do ¤6¡ do art. 28 Ž de que, se o agente se recusar a cumprir as penas
previstas, o juiz deve aplicar admoesta•‹o verbal e multa. Essas novas penas,
contudo, devem ser aplicadas sucessivamente, e n‹o alternativamente.
GABARITO: E

QUESTÌO 24. PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de
infra•‹o sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime
tanto do ponto de vista formal quanto material.

Coment‡rios
O posicionamento do STF Ž no sentido de que houve Òdespenaliza•‹oÓ, mas a
posse de drogas para consumo pessoal n‹o deixou de ser crime.
GABARITO: E

QUESTÌO 25. PC-ES Ð Delegado de Pol’cia Ð 2011 Ð Cespe.


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Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.


Cl‡udio, penalmente respons‡vel, foi flagrado fazendo uso de um cigarro
artesanal de maconha, sendo que em seu poder ainda foi encontrada
quantidade significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas
trouxinhas, com pre•os distintos afixados em cada uma delas, bem como
constatou-se que Cl‡udio, mesmo desempregado, trazia consigo anota•›es
e valores que o ligavam, indubitavelmente, ao tr‡fico de drogas.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Cl‡udio responder‡ pelo crime de tr‡fico de
entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de
drogas, estar‹o exclu’dos os benef’cios da lei atinente aos juizados especiais.
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Coment‡rios
A resposta da quest‹o decorre da interpreta•‹o conjunta do art. 28, ¤2¡, e do
art. 48, ¤1¡, da Lei de Drogas.
Art. 28 ¤ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atender‡
ˆ natureza e ˆ quantidade da subst‰ncia apreendida, ao local e ˆs condi•›es em que se
desenvolveu a a•‹o, ˆs circunst‰ncias sociais e pessoais, bem como ˆ conduta e aos
antecedentes do agente.
Art. 48 ¤ 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se
houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, ser‡
processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro
de 1995, que disp›e sobre os Juizados Especiais Criminais

GABARITO: C

QUESTÌO 26. DPE-RS Ð Defensor Pœblico Ð 2011 Ð FCC.


A respeito da Lei no 11.343/06, Ž correto afirmar:
a) H‡ previs‹o de delito culposo no rol de crimes.
b) Na hip—tese do delito previsto no caput do art. 33, o indiv’duo prim‡rio,
com bons antecedentes, que n‹o se dedique ˆs atividades criminosas nem
integre organiza•‹o criminosa, poder‡ ter sua pena reduzida, desde que
confesse a autoria delitiva, de um sexto a dois ter•os.
c) O condenado pelo delito previsto no art. 28 n‹o poder‡ receber pena
privativa de liberdade, salvo se reincidente e demonstrar resist•ncia ao
tratamento contra depend•ncia qu’mica.
d) O delito de associa•‹o para o tr‡fico consignado no art. 35 exige a mesma
quantidade de agentes prevista para o crime de quadrilha ou bando disposto
no art. 288 do C—digo Penal.
e) O agente que em œnica ocasi‹o oferece gratuitamente para um amigo
vinte pedras de subst‰ncia conhecida como crack, ainda que com œnica
inten•‹o de juntos consumirem, responde pelo crime previsto no caput do
art. 33, delito equiparado a hediondo.47991593487

Coment‡rios
A alternativa A est‡ correta, pois o crime previsto no art. 38 Ž culposo:
ÒPrescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou em desacordo com determina•‹o
legal ou regulamentarÓ. A alternativa B est‡ incorreta porque o art. 33 da Lei n¼
11.343/06 n‹o exige a confiss‹o do agente para que seja aplicada a causa de
diminui•‹o de pena. A alternativa C est‡ incorreta porque n‹o previs‹o de pena
privativa de liberdade no crime do art. 28.
A alternativa D est‡ incorreta porque para a configura•‹o do crime de associa•‹o
para o tr‡fico bastam duas pessoas, enquanto para o crime de quadrilha ou bando
(hoje chamado de associa•‹o criminosa) Ž exigido o nœmero m’nimo de 3
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pessoas. A alternativa E est‡ incorreta porque o crime de uso compartilhado n‹o


est‡ dentre aqueles que s‹o equiparados aos hediondos.
GABARITO: A

QUESTÌO 27. MPU Ð Analista Processual Ð 2010 Ð Cespe.


Em rela•‹o ao crime de tr‡fico de drogas, considera-se, tr‡fico privilegiado
o praticado por agente prim‡rio, com bons antecedentes criminais, que n‹o
se dedica a atividades criminosas nem integra organiza•‹o criminosa, sendo-
lhe aplicada a redu•‹o de pena de um sexto a dois ter•os,
independentemente de o tr‡fico ser nacional ou internacional e da
quantidade ou espŽcie de droga apreendida, ainda que a pena m’nima fique
aquŽm do m’nimo legal.

Coment‡rios
O art. 33, ¤4¡ da Lei de Drogas define o tr‡fico privilegiado: as penas poder‹o
ser reduzidas de um sexto a dois ter•os, desde que o agente seja prim‡rio, de
bons antecedentes, n‹o se dedique ˆs atividades criminosas nem integre
organiza•‹o criminosa. Perceba que a lei n‹o faz restri•›es e nem excepciona o
tr‡fico internacional. A Jurisprud•ncia do STJ tambŽm Ž no sentido de que a
natureza e quantidade da droga apreendida n‹o impedem a aplica•‹o da
diminui•‹o de pena neste caso.
GABARITO: C

QUESTÌO 28. SEJUS-ES Ð Agente Penitenci‡rio Ð 2009 Ð


Cespe.
De acordo com a legisla•‹o que tipifica o tr‡fico il’cito e o uso indevido de
drogas, s‹o consideradas entorpecentes aquelas capazes de produzir
depend•ncia f’sica ou ps’quica, constantes nas rela•›es publicadas em
conjunto com a lei espec’fica, por esta constituir norma penal em branco.

Coment‡rios 47991593487

Vimos que o crime de tr‡fico de drogas Ž considerado normal penal em branco,


pois o conceito de drogas deve ser estabelecido por meio de lei espec’fica ou de
ato do Poder Executivo. Atualmente este papel Ž desempenhado pela Portaria
MS/SVS n¡ 344/1998.
GABARITO: C

QUESTÌO 29. STJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Quem tiver em dep—sito, para consumo pessoal, drogas sem autoriza•‹o ou
em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar poder‡ ser
submetido a presta•‹o de servi•os ˆ comunidade, a qual, em prol da
dignidade da pessoa humana, a fim de n‹o causar situa•‹o vexat—ria ao
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autor do fato, n‹o poder‡ ser cumprida em entidades que se destinem ˆ


recupera•‹o de usu‡rios e dependentes de drogas.

Coment‡rios
Na Lei de Drogas h‡ dispositivo expresso no sentido de que a presta•‹o de
servi•os ˆ comunidade deve ser cumprida em programas comunit‡rios entidades
educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos cong•neres, pœblicos
ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da preven•‹o
do consumo ou da recupera•‹o de usu‡rios e dependentes de drogas.
GABARITO: E

QUESTÌO 30. TJDFT Ð Analista Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


A atual lei sobre drogas, Lei n.¼ 11.343/2006, assegura o tratamento para
usu‡rios de subst‰ncias psicoativas, porŽm n‹o prev• em suas diretrizes a
reinser•‹o social, por consider‡-la uma estratŽgia indicada para pacientes
psiqui‡tricos.

Coment‡rios
Vimos e revimos que a Lei de Drogas tem como principais objetivos a repress‹o
aos crimes relacionados ao tr‡fico, mas tambŽm a preven•‹o, aten•‹o e
reinser•‹o dos usu‡rios e dependentes de drogas.
GABARITO: E

QUESTÌO 31. CODESA - Guarda Portu‡rio - 2016 Ð FUNCAB.


Constitui crime previsto na lei de drogas (Lei n¡ 11.343, de 2006):
a) induzir, instigar ou auxiliar alguŽm ao uso indevido de droga.
b) associarem-se duas ou mais pessoas para uso reiterado de drogas.
c) conduzir autom—vel ap—s o consumo de drogas, expondo a dano potencial
a incolumidade de outrem.
47991593487

d) vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente,


de qualquer forma, ˆ crian•a ou ao adolescente, bebida alco—lica ou, sem
justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar
depend•ncia f’sica ou ps’quica.
e) deixar, a autoridade policial, dolosamente, de investigar crime previsto
na Lei n¡ 11.343/2006.

Coment‡rios
A nossa resposta Ž a alternativa A, que reproduz o crime tipificado no art. 33,
¤2o. A alternativa B faz men•‹o ao art. 35, mas s— h‡ crime quando a associa•‹o
tem por objetivo a pr‡tica de outro crime previsto na Lei n. 11.343/2006, e, como
voc• j‡ sabe, o uso da droga em si n‹o Ž crime. A alternativa C est‡ incorreta
porque o tipo do art. 39 apenas menciona embarca•‹o e aeronave. A alternativa
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D est‡ incorreta porque este crime est‡ previsto no Estatuto da Crian•a e do


Adolescente. A alternativa E est‡ incorreta porque se refere a um tipo que
simplesmente n‹o existe na lei.
GABARITO: A

QUESTÌO 32. PC-PA - Escriv‹o de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Sobre a lei de drogas, Lei n¡ 11.343, de 2006, Ž correto afirmar que:
a) apenas durante a fase do inquŽrito policial instaurado para apurar o crime
de tr‡fico de subst‰ncia entorpecente, Ž permitida, alŽm dos previstos em
lei, mediante autoriza•‹o judicial e ouvido o MinistŽrio Pœblico, o
procedimento investigat—rio da infiltra•‹o por agentes de pol’cia, em tarefas
de investiga•‹o, constitu’da pelos —rg‹os especializados pertinentes.
b) ocorrendo pris‹o em flagrante, a destrui•‹o das drogas ser‡ executada
pela autoridade sanit‡ria no prazo de 15 (quinze) dias na presen•a do
delegado de pol’cia competente.
c) Ž isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o
ou da omiss‹o, qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
d) o perito que subscrever o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade
da droga, para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, ficar‡ impedido de participar da
elabora•‹o do laudo definitivo.
e) recebida c—pia do auto de pris‹o em flagrante, o juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, certificar‡ a regularidade formal do laudo de constata•‹o e determinar‡
a destrui•‹o das droga s apreendidas, guardando-se amostra necess‡ria ˆ
realiza•‹o do laudo definitivo.

Coment‡rios
47991593487

Nossa resposta aqui Ž a alternativa C, pois ela reproduz letra por letra o art. 45
da Lei de Drogas. A alternativa A est‡ incorreta porque a infiltra•‹o Ž poss’vel
em qualquer fase da persecu•‹o penal, nos termos do art. 53, I. A alternativa B
est‡ incorreta por causa da men•‹o ao prazo concedido pela lei ao juiz, que Ž de
10 dias, e n‹o de 5, nos termos do art. 50, ¤3o. A alternativa D est‡ incorreta
porque neste caso o perito n‹o fica impedido de participar da elabora•‹o do laudo
definitivo (art. 50, ¤2o). A alternativa E est‡ incorreta porque a destrui•‹o das
drogas ser‡ executada pelo delegado de pol’cia competente no prazo de 15 dias
na presen•a do MinistŽrio Pœblico e da autoridade sanit‡ria (art. 50, ¤4o).
GABARITO: C
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QUESTÌO 33. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (adaptada).
Recebida c—pia do auto de pris‹o em flagrante, o juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, certificar‡ a regularidade formal do laudo de constata•‹o e determinar‡
a destrui•‹o das drogas apreendidas, guardando-se amostra necess‡ria ˆ
realiza•‹o do laudo definitivo.

Coment‡rios
A alternativa B est‡ incorreta porque n‹o h‡ necessidade de autoriza•‹o judicial
para que o Delegado de Pol’cia promova a destrui•‹o das planta•›es il’citas, que
dever‡ ocorrer imediatamente, nos termos do art. 32 da Lei n. 11.343/2006. A
alternativa C est‡ incorreta porque o art. 2o da lei faz uma exce•‹o expressa no
que se refere ˆs plantas psicotr—picas utilizadas em rituais religiosos,
mencionando inclusive a Conven•‹o de Viena. A alternativa D est‡ incorreta
porque o art. 38 traz um crime culposo: ÒPrescrever ou ministrar, culposamente,
drogas, sem que delas necessite o paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou
em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentarÓ. A alternativa E est‡
incorreta porque a morfina continua fazendo parte da lista (atualmente Ž o item
63).
GABARITO: E

QUESTÌO 34. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (adaptada).
Apenas durante a fase do inquŽrito policial instaurado para apurar o crime
de tr‡fico de subst‰ncia entorpecente, Ž permitida, alŽm dos previstos em
lei, mediante autoriza•‹o judicial e ouvido o MinistŽrio Pœblico, o
procedimento investigat—rio da infiltra•‹o por agentes de pol’cia, em tarefas
de investiga•‹o, constitu’da pelos —rg‹os especializados pertinentes.

Coment‡rios
A assertiva est‡ incorreta porque a infiltra•‹o Ž poss’vel em qualquer fase da
47991593487

persecu•‹o penal, nos termos do art. 53, I.


GABARITO: E

QUESTÌO 35. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (adaptada).
ƒ isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o
ou da omiss‹o, qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
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Coment‡rios
Nossa assertiva est‡ correta, pois ela reproduz letra por letra o art. 45 da Lei de
Drogas.
Art. 45. ƒ isento de pena o agente que, em raz‹o da depend•ncia, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou for•a maior, de droga, era, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o,
qualquer que tenha sido a infra•‹o penal praticada, inteiramente incapaz de entender o
car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

GABARITO: C

QUESTÌO 36. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (adaptada).
Ocorrendo pris‹o em flagrante, a destrui•‹o das drogas ser‡ executada pela
autoridade sanit‡ria no prazo de 15 (quinze) dias na presen•a do delegado
de pol’cia competente.

Coment‡rios
A destrui•‹o das drogas ser‡ executada pelo delegado de pol’cia competente no
prazo de 15 dias na presen•a do MinistŽrio Pœblico e da autoridade sanit‡ria (art.
50, ¤4o).
GABARITO: E

QUESTÌO 37. PC-PA - Investigador de Policia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB (adaptada).
O perito que subscrever o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade
da droga, para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, ficar‡ impedido de participar da
elabora•‹o do laudo definitivo.

Coment‡rios
Neste caso o perito n‹o fica impedido de participar da elabora•‹o do laudo
definitivo (art. 50, ¤2o).
47991593487

Art. 50. Ocorrendo pris‹o em flagrante, a autoridade de pol’cia judici‡ria far‡,


imediatamente, comunica•‹o ao juiz competente, remetendo-lhe c—pia do auto lavrado, do
qual ser‡ dada vista ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, em 24 (vinte e quatro) horas.
¤ 1o Para efeito da lavratura do auto de pris‹o em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, Ž suficiente o laudo de constata•‹o da natureza e quantidade da
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa id™nea.
¤ 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o ¤ 1o deste artigo n‹o ficar‡ impedido
de participar da elabora•‹o do laudo definitivo.

GABARITO: E
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QUESTÌO 38. PC-PA - Delegado de Pol’cia Civil Ð 2016 Ð


FUNCAB.
Sobre a Lei de Drogas (Lei n¡ 11.343/2006) e as normas que a
complementam, assinale a resposta correta.
a) O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado
em dois anos.
b) A destrui•‹o de planta•›es il’citas n‹o pode se dar de forma imediata pelo
Delegado de Pol’cia, exigindo-se autoriza•‹o judicial para tal.
c) N‹o pode o poder pœblico autorizar o uso de plantas psicotr—picas para
exclusiva finalidade ritual’stica-religiosa.
d) N‹o h‡ a previs‹o de condutas culposas na Lei n¡ 11.343, de 2006.
e) O analgŽsico morfina foi retirado das listas anexas ˆ Portaria n¡
344/ANVISA, de 1998, de modo que n‹o mais pode ser considerado uma
droga para fins de aplica•‹o da Lei n¡ 11.343.

Coment‡rios
A alternativa B est‡ incorreta porque n‹o h‡ necessidade de autoriza•‹o judicial
para que o Delegado de Pol’cia promova a destrui•‹o das planta•›es il’citas, que
dever‡ ocorrer imediatamente, nos termos do art. 32 da Lei n. 11.343/2006. A
alternativa C est‡ incorreta porque o art. 2o da lei faz uma exce•‹o expressa no
que se refere ˆs plantas psicotr—picas utilizadas em rituais religiosos,
mencionando inclusive a Conven•‹o de Viena. A alternativa D est‡ incorreta
porque o art. 38 traz um crime culposo: ÒPrescrever ou ministrar, culposamente,
drogas, sem que delas necessite o paciente, ou faz•-lo em doses excessivas ou
em desacordo com determina•‹o legal ou regulamentarÓ. A alternativa E est‡
incorreta porque a morfina continua fazendo parte da lista (atualmente Ž o item
63).
GABARITO: A

QUESTÌO 39. MPE-PR - Promotor Substituto Ð 2016 - MPE-PR.


47991593487

Consoante o artigo 40 da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006):


ÒAs penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s‹o aumentadas de um sexto
a dois ter•os, se:
(...)
III - a infra•‹o tiver sido cometida nas depend•ncias ou imedia•›es de
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem
espet‡culos ou divers›es de qualquer natureza, de servi•os de tratamento
de dependentes de drogas ou de reinser•‹o social, de unidades militares ou
policiais ou em transportes pœblicos;
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
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(...)
V - caracterizado o tr‡fico entre Estados da Federa•‹o ou entre estes e o
Distrito Federal;
(...)
Sobre as causas de aumento de pena, previstas nos incisos III e V do artigo
40 da Lei n. 11.343/2006, assinale a alternativa correta, de acordo com a
interpreta•‹o atual e assente no Superior Tribunal de Justi•a:
I Ð Para incid•ncia da causa de aumento de pena, prevista no artigo 40, III,
da Lei n.11.343/2006, basta o agente transportar no bagageiro ou trazer a
droga consigo, em ve’culo de transporte pœblico, independentemente de
comercializa•‹o.
II Ð ƒ desnecess‡ria a efetiva transposi•‹o de fronteiras entre estados da
federa•‹o para incid•ncia da majorante descrita no artigo 40, V, da Lei
11.343/2006.
III Ð ƒ necess‡ria a efetiva comercializa•‹o da droga, no interior do
transporte pœblico, para incid•ncia do aumento de pena previsto no artigo
40, III, da Lei 11.343/2006.
IV Ð ƒ necess‡ria a efetiva transposi•‹o de fronteiras entre estados da
federa•‹o para incid•ncia da majorante descrita no artigo 40, V, da Lei
11.343/2006.
a) Somente as assertivas I e II s‹o corretas;
b) Somente as assertivas I e III s‹o corretas;
c) Somente as assertivas II e III s‹o corretas;
d) Somente as assertivas II e IV s‹o corretas;
e) As assertivas III e IV s‹o corretas.

Coment‡rios
A assertiva I est‡ incorreta porque o STF j‡ entendeu, como voc• j‡ sabe, que,
47991593487

para incid•ncia da causa de aumento de pena, Ž preciso que haja comercializa•‹o


da droga no ve’culo de transporte pœblico. A assertiva IV tambŽm est‡ incorreta,
pois a causa de aumento de pena tambŽm para o tr‡fico interestadual n‹o Ž
necess‡rio que as fronteiras estaduais sejam efetivamente transpostas, conforme
a jurisprud•ncia do STF.
GABARITO: C

QUESTÌO 40. MPE-RJ - Analista do MinistŽrio Pœblico Ð


Processual Ð 2016 Ð FGV.
Em a•‹o penal, Patrick foi condenado pela pr‡tica do crime de tr‡fico de
drogas, aplicada a causa de diminui•‹o do artigo 33, ¤4¼ da Lei n¼
11.343/06, sendo fixada a pena de 01 ano e 08 meses de reclus‹o, n‹o
LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
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admitida a substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva de


direitos, enquanto Lucas foi absolvido em raz‹o de trazer consigo
entorpecente para fins de consumo pessoal. No mesmo processo, Marcel foi
condenado unicamente pelo delito de associa•‹o para o tr‡fico, sendo
aplicada a pena m’nima de 03 anos a ser cumprida em regime inicialmente
fechado, apenas pelo fato de o delito praticado ser hediondo. As partes
apresentaram recurso de apela•‹o e o Procurador de Justi•a tem que
apresentar seu parecer. De acordo com a posi•‹o pacificada e atual dos
Tribunais Superiores, Ž correto afirmar que:
a) diante do reconhecimento da causa de diminui•‹o do artigo 33, ¤4¼ da
Lei n¼ 11.343/06, o tr‡fico perde a natureza de crime equiparado ao
hediondo;
b) os fundamentos apresentados para fixa•‹o do regime de cumprimento de
pena do crime de associa•‹o para o tr‡fico foram v‡lidos e corretos;
c) n‹o cabe substitui•‹o da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, ainda que preenchidos os requisitos do artigo 44 do C—digo Penal,
em raz‹o de expressa e v‡lida previs‹o legal;
d) a Lei n¼ 11343/06 descriminalizou a conduta de porte de subst‰ncia
entorpecente para consumo pessoal, tratando-se de infra•‹o meramente
administrativa, n‹o sendo poss’vel a imposi•‹o de pris‹o ou eventual
condena•‹o ser considerada para efeito de reincid•ncia;
e) exige-se estabilidade e perman•ncia para configura•‹o do crime de
associa•‹o para o tr‡fico.

Coment‡rios
Coloquei essa quest‹o aqui para chamar sua aten•‹o para a mudan•a de
posicionamento do STF em rela•‹o ˆ hediondez do tr‡fico privilegiado. Na Žpoca
a banca deu como resposta a alternativa E, mas hoje a alternativa A tambŽm
estaria correta. Chamo sua aten•‹o ainda para a alternativa C, que est‡ incorreta,
pois a veda•‹o de substitui•‹o da pena privativa de liberdade por pena privativa
de direitos foi considerada inconstitucional por ofender o princ’pio da
47991593487

individualiza•‹o da pena.
GABARITO: A ou E
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4 - Resumo da Aula

Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos


principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o
de estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos.

A Lei de Drogas traz tipos penais em branco, pois a defini•‹o das subst‰ncias
il’citas Ž dada por lei espec’fica ou por ato do Poder Executivo. Atualmente a lista
Ž trazida pela Portaria n¼ 344/1998 da Anvisa.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA LEI DE DROGAS

Preven•‹o ao uso indevido, Repress‹o ˆ produ•‹o n‹o


aten•‹o e reinser•‹o social dos autorizada e ao tr‡fico il’cito.
usu‡rios e dependentes de drogas.

O STF entende que o art. 28 da Lei de Drogas despenalizou a posse de drogas


para uso pessoal. As condutas previstas no dispositivo n‹o deixaram de ser
criminosas.

A veda•‹o da convers‹o da pena do tr‡fico privilegiado em penas restritivas


de direitos foi declarada inconstitucional pelo STF em sede de controle difuso, e
teve sua efic‡cia suspensa pela Resolu•‹o n¼ 5/2012 do Senado Federal.
47991593487

O STF n‹o reconhece mais o car‡ter hediondo do tr‡fico de drogas privilegiado.

ASSOCIA‚ÌO CRIMINOSA ASSOCIA‚ÌO PARA O TRçFICO


Art. 288 do C—digo Penal Art. 35 da Lei de Drogas

Os agentes se reœnem para praticar Basta que se reœnam para praticar


um nœmero indefinido de crimes um œnico delito

Pelo menos 3 agentes Pelo menos 2 agentes


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A redu•‹o de pena em fun•‹o da dela•‹o premiada prevista na Lei de Drogas


s— pode ser concedida se a colabora•‹o for volunt‡ria e se levar ˆ
identifica•‹o dos outros envolvidos no crime ou ˆ recupera•‹o total ou parcial
do produto do crime.

O STF j‡ firmou a inconstitucionalidade da proibi•‹o da concess‹o de liberdade


provis—ria ao acusado de crimes relacionados tr‡fico de drogas (Informativo n¼
665).

RITO SUMARêSSIMO RITO ESPECIAL

Crimes de menor potencial Crimes diretamente ligados ao


ofensivo: arts. 28, caput e ¤1¡; 33, tr‡fico de drogas: arts. 33, caput e
¤3¡ e 38. ¤¤1¡ e 2¡; 34; 35; 36; 37; 39,
par‡grafo œnico.

Procedimento preponderantemente Procedimento especial previsto pela


informal, oral e consensual. pr—pria Lei n¡ 11.343/2006, com
Processado nos Juizados Especiais aplica•‹o subsidi‡ria do C—digo de
Criminais e regulado pela Lei n¼ Processo Penal.
9.099/1995.

N‹o haver‡ pris‹o em flagrante do usu‡rio de drogas. Ser‡ lavrado termo


circunstanciado, ap—s o que o usu‡rio ser‡ encaminhado ao ju’zo competente.

INCINERA‚ÌO DE DROGAS APREENDIDAS

A destrui•‹o ser‡ efetuada pelo delegado de


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COM PRISÌO EM pol’cia, no prazo de 15 dias contados da


FLAGRANTE determina•‹o do juiz, na presen•a do MinistŽrio
Pœblico e da autoridade sanit‡ria.

A destrui•‹o ser‡ feita por incinera•‹o, no prazo


m‡ximo de 30 dias contados da apreens‹o,
guardando-se amostra necess‡ria ˆ realiza•‹o do
SEM PRISÌO EM auto definitivo.
FLAGRANTE
A destrui•‹o ser‡ feita por delegado de pol’cia,
na presen•a do MinistŽrio Pœblico e da
autoridade sanit‡ria.
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PRAZOS PARA CONCLUSÌO DO INQUƒRITO POLICIAL

INDICIADO PRESO 30 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 30

INDICIADO SOLTO 90 dias ƒ poss’vel prorrogar por mais 90

PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS ESPECIAIS


Necessitam de autoriza•‹o judicial

Agentes policiais s‹o introduzidos na


INFILTRA‚ÌO
organiza•‹o criminosa

A autoridade policial deixa de agir no momento


NÌO ATUA‚ÌO POLICIAL, ENTREGA
do flagrante, de forma a identificar a
VIGIADA, REPASSE CONTROLADO
responsabilizar as demais pessoas envolvidas
OU FLAGRANTE RETARDADO
na atua•‹o criminosa

Recebidos os autos, o MinistŽrio Pœblico pode agir de tr•s


formas diferentes

Quando entender que n‹o houve crime, ou


SOLICITAR ARQUIVAMENTO que sua autoria n‹o est‡ adequadamente
demonstrada

Quando entender que n‹o h‡ elementos


DETERMINAR NOVAS suficientes, mas a tentativa de
DILIGæNCIAS complementa•‹o do inquŽrito por meio da
obten•‹o de novas provas pode ser frut’fera

Quando entender que a ocorr•ncia do fato


OFERECER DENòNCIA criminoso, bem como sua autoria, foram
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demonstrados de forma suficiente


LEGISLA‚ÌO ESPECIAL Ð AGEPEN-CE
Teoria e Quest›es
Aula 01 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

5 - Considera•›es Finais
Conclu’mos aqui mais uma aula de Legisla•‹o Penal Especial. Se tiver dœvidas,
utilize nosso f—rum. Estou sempre ˆ disposi•‹o tambŽm no e-mail e nas redes
sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es
professorpauloguimaraes@gmail.com

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