Determinantes
Consideremos uma matriz A de ordem n × n.
Definimos Dij para ser o determinante da submatriz de A, de onde a i-ésima linha e a j-ésima coluna foram
retiradas. Dij é chamado menor complementar do elemento aij .
2 1 −1
Exemplo 1. Considere A = 0 7 −2. Determine D23 .
−1 1 −2
Para determinar D23 , devemos excluir a segunda linha e terceira colunade A para calcular o determinante
da submatriz resultante. Logo,
2 1
D23 = = 2 − (−1) = 3.
−1 1
Definimos
Cij = (−1)i+j Dij
−1 1 −2
Do Exemplo 1, temos D23 = 3. Então,
Com os cofatores podemos formar uma nova matriz A que será chamada matriz dos cofatores de A
A′ = [Cij ].
Dada uma matriz quadrada A, chamaremos de matriz adjunta de A à transposta a matriz dos cofatores de A
A = (A′ )t .
Exemplo 3. Seja
1 2 3
B = 0 3 2 .
0 0 −2
Vamos calcular a adjunta de B.
Primeiramente, determinaremos os cofatores.
3 2 0 2 0 3
C11 = (−1)1+1 = −6, C12 = (−1)1+2 = 0, C13 = (−1)1+3 = −0,
0 −2 0 −2 0 0
2 3 1 3 1 2
C21 = (−1)2+1 = 4, C22 = (−1)2+2 = −2, C23 = (−1) 2+3
= 0,
0 −2 0 −2 0 0
2 3 1 3 1 2
C31 = (−1)3+1 = −5, C32 = (−1)3+2 = −2 e C33 = (−1)3+3 = 3,
3 2 0 2 0 3
1
Laplace e Cramer
então, a adjunta de B é
−6 4 −5
B = (B ′ )t = 0 −2 −2 .
0 0 3
Definição 1. Dada uma matriz quadrada A de ordem n, chamamos de inversa de A a uma matriz B tal que
A · B = B · A = In , onde In é a matriz identidade de ordem n. Escreveremos A−1 para a inversa de A.
para 1 ≤ i ≤ n fixo.
0 0 −2
Use o método de Lagrange e o Exemplo 3, fixando a linha
(a) 1
det(B) = a11 C11 + a12 C12 + a13 C13 =
(b) 2
det(B) = a21 C121 + a22 C22 + a23 C23 =
(c) 3
det(C) = a31 C31 + a32 C32 + a33 C33 =
Exemplo 5. Seja
1 2 3
B = 0 3 2 .
0 0 −2
Vamos calcular a inversa B.
No Exemplo 3, já calculamos sua adjunta, logo
2 5
1 −
3 6
−6 4 −5
1 1 1 1
B −1 = B= . 0 −2 −2 =
0 3
.
det(B) −6 3
0 0 3
1
0 0 −
2
2
Laplace e Cramer
Sistemas Lineares
Definição 2. Dados os números reaisa1 , a2 , . . ., an e b, (n ≥ 1), à equação
a1 x1 + a2 x2 + · · · + an xn = b, (1)
onde os xi são variáveis em R, damos o nome de equação linear sobre R nas incógnitas x1 , . . . , xn . Chamamos
• x1 , x2 , x3 , . . ., xn de incógnitas;
• a1 , a2 , . . ., an de coeficientes;
• b de termo independente.
Uma solução para a equação (1) é uma sequência de n números reais1 (não necessariamente distintos entre si),
indicada por (b1 , . . . , bn ), tal que verifica a seguinte equação
a1 b1 + . . . + an bn = b.
(a) a sequência (1, 4, 0) é solução da equação dada; isto é, para x = 1, y = 4 e z = 0 temos
4 · 1 + 9 · 4 + 8 · 0 = 40;
(b) a sequência (3, 2, 1) não é solução da equação dada; isto é, para x = 3, y = 2 e z = 1 temos
4 · 3 + 9 · 2 + 8 · 1 = 38 6= 40.
Definição 3. Um sistema de m equações lineares com n incógnitas (m, n ≥ 1) é conjunto de m equações lineares,
cada uma delas com n incógnitas, consideradas simultaneamente. Um sistema linear se apresenta do seguinte
modo
a11 x1 + . . . + a1n xn = b1
a21 x1 + . . . + a2n xn = b2
S: .. .. .. .
. . .
am1 x1 + . . . + amn xn = bm
Uma solução do sistema acima é uma n-upla (b1 , . . . , bn ) de números reais que é solução de cada uma das
equações do sistema.
Definição 4. Dizemos que um sistema linear S é incompatı́vel se S não admite nenhuma solução. Um sistema
linear que admite uma única solução é chamado compatı́vel determinado. Se um sistema linear S admitir mais
de uma solução, ele recebe o nome de compatı́vel indeterminado.
3
Laplace e Cramer
x − 3y + z = −2
Exemplo 7. Usando a regra de Cramer, resolva o seguinte sistema −2x − 3y − z = −4
−x + 2y − z = 1
(
−x − 4y = 0
(a)
3x + 2y = 5
(
2x − y = 2
(b)
−x + 3y = −3
x − 2y + z = 1
(c) 2x + y = 3
y − 5z = 4
3x − y + z =
1
(d) 2x + 3z = −1
4x + y − 2z = 7
−x + y − z =
5
(e) x + 2y + 4z = 4
3x + y − 2z = −3
x + y + z + t = 1
2x − y + z = 2
(f)
−x + y − z − t = 0
2x + 2z + t = −1
x + y + z + t = 1
−x + 2y + z = 2
(g)
2x − y − z − t = −1
x − 3y + z + 2t = 0
Respostas
1 36 3 19 (e) (−2, 3, 0) (g) (0, 0, 2, −1)
(a) −2, (c) ,− ,−
2 23 23 23
3 4 1 11
(b) ,− (d) (1, 1, −1) (f) 4, , − , 2
5 5 2 2