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O som da umbanda

Jessica Ponce de Leon

“Sou a batida do coração da mãe Terra e o presente sagrado da criação. Sou a batida do
coração universal dos mundos da luz e da sombra. Ajudo pessoas trazendo-lhes a verdade sobre suas
existências. Ponho quem me toca em contato com o grande espírito.”

Thunderbird woman – First Nation – Canada – 2007.

O som é vibração em forma audível.

Desde os tempos mais remotos, o homem percebeu todo o seu potencial musical.
Usando os materiais que tinha a disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi
combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras, surgindo assim a música, que em sua origem,
era usada para venerar os deuses e para conectar o ser humano a forças maiores.
O som da música pode ser utilizado para nos religarmos com as forças da vida que agem no
núcleo mais íntimo de todas as coisas, para equilibrar nossas energias e para criar harmonia com a vida no
Universo.
Quando ouvimos uma música, suas ondas sonoras (vibrações) alcançam o tímpano do ouvido
gerando reações químicas e impulsos nervosos que registram em nossa mente os diferentes tipos de som
que estamos ouvindo. Como as raízes dos nervos do ouvido são extensamente distribuídas sendo um dos
que mais possui ligações com o cérebro, todas as funções no nosso organismo são influenciadas.
Elevando-se através do tálamo (área estacionária que reveza todas as emoções, sensações e sentimentos),
a área mestre do cérebro (razão) é automaticamente influenciada.
Aquele que sabe manipular a vibração pode transformar as coisas ao seu redor e criar! Toda
oração é invocação ou chamado. Toda palavra/som, primeiramente influi no corpo de quem emite, e só
depois alcança seu objetivo externo. É por isso que tudo que desejamos (e pela palavra cristalizamos) para
o próximo, a nós mesmos estamos desejando. De toda palavra inútil teremos que prestar contas. NOSSA
PALAVRA É NOSSA LEI.
O poder magnético da palavra humana é conhecido pelos estudiosos do oculto. E nós temos
mecanismos que reagem aos sons, que fazem parte de nosso corpo desde a criação da raça humana. Esses
receptores são os chacras. Eles captam as energias que nos circundam no etérico, astral e mental e, como
um transformador, “convertem” para um padrão que o corpo possa assimilar.
Cada som age especificamente sobre um centro energético e ressoa numa área vibratória
específica do corpo.
O som dos tambores, por exemplo, estimulam os chacras básicos e impulsionam à ação. Os sons
melodiosos de um instrumento como o violão e o piano, estimulam o centro cardíaco, a afetividade. O
centro dos chacras superiores é ativado por sons de pouca modulação, suaves.
A intenção e a vibração criam as formas. Com a intenção que temos ao emitir um som,
produzimos um padrão vibratório. Por isso que às vezes o tom, a maneira como falamos, é mais revelador
do que as palavras. Quando a intenção e as palavras entram num acordo, quando criam um acorde, e
tocam diferentes notas simultaneamente, temos uma harmonia.
As palavras são formas, que podem ser vazias e dependem da intenção e da consciência de quem
as pronuncia.A energia segue o pensamento. Por isso que uma oração, uma escritura sagrada, ou um
canto religioso, terá o poder que lhe é dado pela intenção e pela consciência daquele que o canta ou recita.
O poder é dado pela intenção e pelo sentimento.
Quando elevamos nossa vibração podemos sentir a presença de seres espirituais de outros planos
e nos comunicarmos com eles. Quanto mais alta a frequência alcançada, mais calma se torna a pessoa e
mais flui na frequência, pois ela está em contato com o plano das causas, assim todo o seu estímulo vai
ser proativo, ao invés de reativo.
Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de
um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques assim como conhecem cantos para as
muitas partes de todo o ritual umbandista.
Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da
gira e por isso devem ser bem fundamentados e esclarecidos.
Uma das funções importantes dos pontos cantados é a de ajudar na concentração dos médiuns.
Os toques, assim como os pontos, envolvem os médiuns, evitando a desconcentração do trabalho
espiritual. A batida do atabaque também induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão
comum, facilitando o transe mediúnico. As ondas energéticas-sonoras emitidas pela curimba, vão
tomando todo o centro e vão dissolvendo formas-pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas
auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com
condições ideais para a realização das práticas espirituais. A curimba transforma-se em um verdadeiro
pólo irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Curimbeiros ou atabaqueiros (ogan)

Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de ogan como


popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados
para exercerem tal função em um terreiro. Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogan é
“qualquer um que não incorpore” persiste. Mas o ogan é peça fundamental dentro do ritual e é também
um médium intuitivo que tem como função comandar a curimba. Por isso faz-se necessário que seja uma
pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.
Além da curimba que atua no terreiro, existe ainda um curimba no astral, que auxilia nos toques
e cantos. São mestres da música, espíritos alegres e comprometidos que fazem-se presentes atuando na
sustentação da energia do trabalho. Eles também atuam ao inspirar no curimbeiro um ponto escpecífico
para um momento específico durante o trabalho.
O atabaqueiro, ao tocar, aguça sua captação de energias, recebe de um guia uma certa carga de
vibrações que se infiltra nos seus planos material e espiritual iniciando, depois, um ciclo que terá término
em suas mãos. Com a produção de energia calorífica, através do toque no couro, o atabaqueiro fará a
mistura com as vibrações das entidades e as vibrações naturais dos médiuns. A sua energia e a do guia
irão circular na corrente mediúnica começando dos médiuns mais preparados e passando para os
iniciantes. Essa energia, quando enfraquecida, volta para as mãos do atabaqueiro, onde será fortificada e
voltará a fazer o ciclo na corrente.

Atabaques (rum, rumpi, lê)


Falando-se especificamente dos atabaques, normalmente são três. Ele é composto de três
elementos básicos: a madeira, ferro e couro.
A madeira é representada por Xangô, tem a função de equilibrar a vibração do som e sustentar o
cumprimento da justiça divina durante os trabalhos. O ferro é regido por Ogum, tem a função de
fortalecer o trabalho realizado no atabaque, dando garra e força ao ogan para enfrentar as dificuldades que
surgem e, energeticamente, garantir a ordem. O couro é regido por Exu, que tem a função de atrair parte
das energias condensadas trabalhadas dentro do Congá, auxiliando na limpeza energética.
Assim sendo, o atabaque é responsável, juntamente com as entidades, de manipular três energias
básicas: sustentação, ordem e movimento.
Todo esse processo magístico é também muito utilizado nas culturas xamânicas. Os intrumentos
como tambores e atabaques na cultura xamânica representa o veículo pelo qual os xamãs fazem viagens
astrais. Os nativos norte americanos associam o toque do tambor com as batidas do coração da mãe Terra
e também ao som do útero.
O tambor é um catalisador de energias. Essa vibração penetra a matéria de nossos corpos, relaxa
a musculatura, propiciando níveis mais profundos de concentração.
O som do tambor é como o som do coração, a batida está em nós, no nosso coração, e trazer essa
batida para fora é exteriorizar nossa emoção, cantar esse momento sagrado, tocar o sopro da alma,
vibrando para fora do corpo. É a expressão da alquimia da vida.
O ritmo da batida altera nossa percepção e estado de consciência permitindo-nos entrar em
contato com os mundos visíveis e invisíveis para proporcionar a cura, meditação, auto-conhecimento, nos
harmonizar com a terra para que possamos entrar em contato com nossos ancestrais, espíritos animais e
guardiões.
O uso dos tambores é também para a cura. Alguns curandeiros utilizam o tambor perto do corpo
de uma pessoa para auxiliar na cura, pois reduz a pressão arterial, induz relaxamento profundo e alivia o
estresse.

Oração final
“Oh Grande Espírito de Wakan-Tanka
Cuja voz ouço nos ventos,
E cujo sopro dá vida a todo o mundo,
Ouça-me, venho em humildade
Peço sua força e sabedoria.
Deixe-me caminhar sobre a beleza e faça meus olhos
Enxergarem para sempre o pôr do sol vermelho e roxo.
Minhas mãos respeitam as coisas que fezes
Meus ouvidos são atentos à sua voz.
Faça-me sábio para que eu possa entender todas as coisas
Que ensinou ao meu povo.
Deixe-me amar toda a humanidade como meus parentes
Deixe-me aprender as lições
Que escondeu em todas as folhas e pedras.
Busco a força, não para ser melhor do que meu irmão,
Mas para lutar contra meu pior inimigo – eu mesmo.
Faça-me sempre pronto para encoontrá-lo
Com as mãos limpas e os olhos puros.
Para quando a vida acabar, assim como o sol se põe,
Meu espírito possa encontrá-lo sem vergonha.”
Ahow
Referências bibliográficas

1. https://osegredo.com.br/o-poder-do-som-vibracoes-sonoras-sao-nossas-aliadas/

2. http://umbandayorima.blogspot.com.br/2016/08/atabaque-instrumento-sagrado-da-umbanda.html

3. http://umbandadepretovelho.blogspot.com.br/2011/04/importancia-da-curimba.html

4. A cura pelo som. Olivea Dewhurst

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