Edital nº 01 / 2017
CARREIRAS
TRF
Sumário
www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Aula XX
ACENTUAÇÃO
Regras de acentuação
c) EI, EIS
•• jóquei – pônei – fósseis – úteis
d) I, IS
•• táxi – biquíni – lápis – júri – íris
f) L, N, R, X, PS
•• sensível – hífen – caráter – tórax – bíceps
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
g) UM, UNS, US
•• ônus, álbum, médiuns
ditongo aberto: item, homem, itens, hifens, homens, assembleia, heroico, ideia, jiboia,
OBSERVAÇÕES:
Não se acentuam o I e o U quando seguidos de NH: rainha, bainha, ladainha.
Não se acentuam o I e o U quando formarem sílabas com outra letra que não seja “s”:
cairmos, juiz, ruim, defini-lo.
Não se acentuam o I e o U quando formarem ditongo: gratuito, fluido, fortuito, intuito.
ATENÇÃO:
As palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não são mais
acentuadas. Desta forma, agora escreve-se feiura, baiuca, boiuno, cauila.
Essa regra não vale quando se trata de palavras oxítonas; nesses casos, o acento
permanece. Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú.
8 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Acentuação Gráfica – Prof. Carlos Zambeli
5. Hiatos EE e OO
Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos OO / EE:
•• oo – enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo
6. Trema
O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa.
Porém, o trema é mantido em nomes próprios estrangeiros e suas derivações, como Bündchen,
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
Português
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva.
Classificamos em 6 maneiras:
1. Derivação Prefixal
4 Derivação Parassintética
Ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma
dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo
tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
anoitecer, acorrentado, desalmado, engordar.
www.acasadoconcurseiro.com.br 11
5. Derivação Regressiva / deverbal.
Perda de elemento de uma palavra já existente. Ocorre, geralmente, de um verbo para
substantivo abstrato.
Conversar – conversa Perder – perda Falar – fala
6. Derivação Imprópria.
A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente
a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.
Maria Tereza queria uma camiseta rosa.
Composição
Justaposição Aglutinação
•• Pode hífen •• Não pode hífen
•• Não há perda fonética •• Há perda fonética
Fidalgo (filho de algo),
malmequer, beija-flor, segunda-feira,
aguardente (água ardente),
passatempo, maria-chuteira.
pernalta (perna alta).
Redução ou abreviação Sigla
Refrigerante – refri FCC
Cerveja – ceva OMS
Patrícia - Pati PT
Estrangeirismo ou empréstimo linguístico Onomatopeia
•• Toc , Toc – bater da porta
•• Marketing
•• Hmm - pensamento
•• Shopping
•• Ha Ha Ha!– riso
•• Smartphone
•• Atchim! - espirro
12 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Formação de Palavras – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 13
Português
ORTOGRAFIA
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.
São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.
16 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção: corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
www.acasadoconcurseiro.com.br 17
Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
18 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli
ACORDO ORTOGRÁFICO
Mudanças no alfabeto
Usadas em
a) em símbolos de unidades de medida: km (quilômetro)/kg (quilograma)...
b) em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait,
kuwaitiano…
c) em nomes próprios de pessoas e seus derivados: Darwin, darwinismo...
d) podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente: sexy, show, download,
megabyte…
Trema
Não se usa mais o trema, que permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
antiguidade / sequência / consequência /
frequência / tranquilo / cinquenta!
Uso do hífen
www.acasadoconcurseiro.com.br 19
Prefixo Palavra REGRA
última letra diferente da primeira letra JUNTAR
20 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
www.acasadoconcurseiro.com.br 21
Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.
22 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Adjetivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 23
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
24 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
www.acasadoconcurseiro.com.br 25
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.
26 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
www.acasadoconcurseiro.com.br 27
Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
28 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 29
Português
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)
Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 31
Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
32 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)
www.acasadoconcurseiro.com.br 33
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.
APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).
34 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 35
Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Vi os vídeos no sábado.
Eu estava na rua.
36 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 37
Português
Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 39
3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
40 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)
6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
www.acasadoconcurseiro.com.br 41
13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
42 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
www.acasadoconcurseiro.com.br 43
7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
44 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 45
Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!
www.acasadoconcurseiro.com.br 47
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relativo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
48 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
www.acasadoconcurseiro.com.br 49
•• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
•• Pagou a conta.
50 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
•• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y
www.acasadoconcurseiro.com.br 51
•• Chegamos a casa.
•• Foste ao curso.
•• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
52 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!
www.acasadoconcurseiro.com.br 53
Regência Nominal
54 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Português
PONTUAÇÃO
Emprego da vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)
•• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso
•• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 55
2. para assinalar supressão de um verbo.
•• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.
•• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.
Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.
•• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)
•• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a
56 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.
Entre as orações
•• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)
3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)
www.acasadoconcurseiro.com.br 57
5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
•• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.
•• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)
•• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)
•• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
•• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.
•• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.
•• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,
58 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)
•• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)
•• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 59
Português
1. Presente – é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala;
para expressar algo frequente, habitual; para expressar um fato passado, geralmente
nos textos jornalísticos e literários (nesse caso, trata-se de um presente que substitui o
pretérito).
“Não vejo mais você faz tanto tempo. Que vontade que eu sinto de olhar em seus olhos, ganhar
seus abraços. É verdade, eu não minto.” (Caetano Veloso)
“Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor.” (Roberto Carlos)
3. Pretérito Imperfeito – pode expressar um fato no passado, mas não concluído ou uma ação
que era habitual, que se repetia no passado.
“Quando criança só pensava em ser bandido, ainda mais quando com um tiro de soldado o pai
morreu. Era o terror da sertania onde morava...” (Legião)
5. Futuro do presente – indica um fato que vai ou não ocorrer após o momento em que se
fala.
“Verás que um filho teu não foge à luta”. (Hino Nacional)
Os professores comentarão a prova depois do concurso.
www.acasadoconcurseiro.com.br 61
6. Futuro do pretérito – expressar um fato futuro em relação a um fato passado, habitualmente
apresentado como condição. Pode indicar também dúvida, incerteza.
“Estranho seria se eu não me apaixonasse por você.”
“Eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no
inverno.” (Frejat)
“Mas se eu ficasse ao seu lado de nada adiantaria. Se eu fosse um cara diferente sabe lá como
eu seria.” (Engenheiros)
3. Futuro – indica uma ação hipotética que poderá ocorrer no futuro. Expressa um fato futuro
relacionado a outro fato futuro.
62 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Tempos e Modos Verbais/ verbos – Prof. Carlos Zambeli
Imperativo
1. EU
2. Ele = você
Eles = vocês
www.acasadoconcurseiro.com.br 63
Exercícios
1. Complete
a) Ele ____________ no debate. Porém, eu não _____________ (intervir – pretérito perfeito)
b) Se eles não ___________ o contrato, não haveria negócio. (manter)
c) Se o convite me _____________, aceitarei. (convir)
d) Se o convite me _____________, aceitaria. (convir)
e) Quando eles __________ o convite, tomarei a decisão. (propor)
f) Se eu ____________ de tempo, aceitarei a proposta. (dispor)
g) Se eu ______________ de tempo, aceitaria a proposta. (dispor)
h) Se elas __________ minhas pretensões, faremos o acordo. (satisfazer)
i Ainda bem que tu _________ a tempo. (intervir – pretérito perfeito)
j) Quem se ____________ de votar deverá comparecer ao TRE. (abster – futuro do subjuntivo)
k) Quando eles __________ a conta, perceberão o erro. (refazer)
l) Se eles _______________ a conta, perceberiam o erro. (refazer)
m) Quando não te ____________, assinaremos o contrato. (opor)
n) Se eu ___________ rico, haveria de ajudá-lo. (ser )
o) Espero que você _______ mais atenção a nós. (dar )
p) Se ele ________________ no caso, poderia resolver o problema. (intervir)
q) Eu não __________ nesta cadeirinha! ( caber – presente indicativo)
r) Se nós ____________ sair, poderíamos. (querer)
s) Quando ela ___________ o namorado com outra, vai ficar uma fera! (ver – futuro do
subjuntivo)
t) e ela __________ aqui com o namorado, poderá se hospedar aqui. (vir – futuro do subj.)
3. Complete
a) Já lhe avisei! ____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
b) Já te avisei! _____________ esse objeto com cuidado. (pegar)
c) Vocês aí! ________________ com mais entusiasmo. (cantar)
64 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
VOZES VERBAIS
Voz é a forma assumida pelo verbo para indicar a relação entre ele e seu sujeito.
Escrevi uma redação!
Fui atropelado pela moto!
Para passar uma oração da voz ativa para a voz analítica, é necessário que haja objeto direto,
pois esse termo será o sujeito da voz passiva.
Voz Ativa
Voz Passiva
A voz passiva é marcada principalmente pela circunstância de que o sujeito passa a sofrer a
ação. Como é construída tanto com o auxílio verbo ser (passiva analítica ou com auxiliar), como
com o pronome se (passiva sintética ou pronominal), suas nuances de emprego textual devem
ser observadas com atenção.
A rua foi interditada pelos manifestantes.
A rua sofre a ação expressa pelo verbo. Trata-se de um sujeito paciente. Os manifestantes é o
elemento que pratica a ação de interditar. É o agente da passiva.
www.acasadoconcurseiro.com.br 65
Passiva Analítica
Passiva Sintética
Formada por um verbo transitivo na terceira pessoa (singular ou plural, concorda com o sujeito)
mais o pronome apassivador se:
Consertam-se aparelhos elétricos.
66 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Vozes Verbais – Prof. Carlos Zambeli
Voz Reflexiva
www.acasadoconcurseiro.com.br 67
6. Todos o consideravam honesto.
Exemplos de questão
Gabarito: 1. C 2. C
68 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 69
EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
70 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
www.acasadoconcurseiro.com.br 71
Português
ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 73
1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
74 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 75
3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
76 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 77
Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
78 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
www.acasadoconcurseiro.com.br 79
a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
80 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
www.acasadoconcurseiro.com.br 81
I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
82 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
INFERÊNCIA
www.acasadoconcurseiro.com.br 83
Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
84 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
www.acasadoconcurseiro.com.br 85
c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
86 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 87
(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
88 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
www.acasadoconcurseiro.com.br 89
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
90 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 91
EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
92 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 93
Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
www.acasadoconcurseiro.com.br 95
mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
96 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 97
Português
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
www.acasadoconcurseiro.com.br 99
Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
www.acasadoconcurseiro.com.br 101
4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
102 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
ELEMENTOS REFERENCIAIS
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
www.acasadoconcurseiro.com.br 103
1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 105
5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
106 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
www.acasadoconcurseiro.com.br 107
Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
108 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
www.acasadoconcurseiro.com.br 109
ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
110 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 111
Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
www.acasadoconcurseiro.com.br 113
1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
114 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 115
Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
116 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
www.acasadoconcurseiro.com.br 117
Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 119
Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
120 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
TIPOLOGIA TEXTUAL
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
www.acasadoconcurseiro.com.br 121
1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
122 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
www.acasadoconcurseiro.com.br 123
“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
124 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Aula XX
GÊNERO TEXTUAL
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
www.acasadoconcurseiro.com.br 125
1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
126 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
www.acasadoconcurseiro.com.br 127
4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
128 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
www.acasadoconcurseiro.com.br 129
Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 131
QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
132 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
www.acasadoconcurseiro.com.br 133
O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 135
É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
136 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
www.acasadoconcurseiro.com.br 137
Português
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 139
Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
www.acasadoconcurseiro.com.br 141
1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 143
Português
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
www.acasadoconcurseiro.com.br 145
1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
146 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
www.acasadoconcurseiro.com.br 147
nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
148 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação
www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação
1. A redação não é um texto construído por um monte de frases, é, sim, um enredo semântico
a que dados o nome de textualidade (coesão).
Por exemplo: Escreva a redação. Coloque-a sobre a mesa depois de pronta.
Essas frases possuem coesão?
Sim, pois tratam do mesmo assunto! Além disso temos o pronome “a” recuperando a palavra
“redação”.
Pronome Relativo: “As crianças que as mães são presentes se caracterizam pela disciplina.”
b) Redundância:
Entende-se por redundância a repetição desnecessária ou exagerada da palavra, ideia ou
expressão. Quanto mais redundante for o texto mais fica provado que o candidato não tem
repertório suficiente para escrever uma boa redação.
Exemplos:
“Nesta semana, eu ganhei um brinde grátis da Casa do Concurseiro.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 151
c) Ambiguidade:
Esse problema ocorre quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido,
comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode provocar dúvidas no leitor e levá-lo a
conclusões equivocadas na interpretação do texto.
Ex: “A mãe discutia com a filha sentada no sofá!”
Como resolver?
Opção 1 _________________________________________________
Opção 2 _________________________________________________
5. Erro de clareza:
“Para passar em um concurso, devemos saber como fazer isso.”
“Estudar é importante.”
Como consertar?
O sonho de ser concursado exige muito estudo por parte dos candidatos.
Programas considerados fúteis podem entreter as pessoas e fazê-las perder o foco de seus reais
objetivos.
152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação – Prof. Carlos Zambeli
Certo: “ Quis fazer o curso de redação do Zambeli e do Cássio, pois acho sempre importante
estudar mais.”
1. A dica da introdução
Uma boa introdução é aquela que informa o que será trabalhado. Sabe o que é necessário para
ficar legal? Informar o tema e as partes em que este tema foi dividido (exatamente na ordem
como vão aparecer no decorrer do texto.)
www.acasadoconcurseiro.com.br 153
2) Tipos de introduções problemáticas
a) Introduções vagas:
Esse tipo de introdução apresenta de forma vaga ou indiretamente o assunto do texto.
b) Introduções prolixas:
vá direto ao que interessa! Exagerar nas explicações pode gerar dúvidas no leitor!
c) Introduções abruptas:
calmaaaaaaaaaaa! Não precisa ir tão direto ao ponto! Seu leitor precisa conhecer o assunto
com uma boa explanação. Seu leitor precisa ter o roteiro adequado para começar a ler seu
texto.
3. Resumo da introdução!
Não exagere no tamanho e não comece a argumentar ainda!
4 Modelos de Introdução
a) Declaratória:
Você expõe o sugerido pela banca, usando as suas palavras! Não se esqueça de que você deve
delimitar a abordagem do assunto.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
b) Perguntas:
Só pergunte se você tiver a resposta para desenvolver depois! Não pense em fazer a introdução
toda com pergunta, mas é um bom recurso para iniciar.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação – Prof. Carlos Zambeli
c) Hipóteses:
Você supõe algumas formas de abordar e as fará no desenvolvimento do texto.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
d) Histórica:
Você compara algo do passado com a problemática do tema de redação. Apresenta uma
trajetória histórica para reforçar sua tese.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
e) Comparação
Você compara fatos, países, casos, problemas, enfim, apresenta sua ideia deixando claro que
nada é tão novidade assim.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
f) Citação
Você abre o texto com as palavras de uma autoridade no tema em questão.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________
6. E o desenvolvimento?
É a base do seu texto! Aqui ficam suas ideias principais. Vamos trabalhar com dois
desenvolvimentos (D1 e D2).
No D1, pode-se desdobrar o tema, detalhar, analisar, demonstrar!
No D2, apresentaremos nossos argumentos a favor ou contra. De que maneira? Demonstrando,
confrontando a validade dos nossos argumentos. Apresentando ordenada, clara e
convictamente.
Neles, devemos usar todo nosso poder de convencimento!
www.acasadoconcurseiro.com.br 155
7. Como desenvolver?
a) Hipóteses:
Você apresenta hipóteses para dar as soluções! Apresenta prováveis resultados. Assim,
demonstra dominar o assunto e ter interesse por ele.
b) Causa e Consequência:
Você analisa o que leva ao problema e apresenta suas consequências!
c) Exemplificação:
Você mostra, na prática, como seus argumentos são bons! Mas cuidado!!!! Exemplificar demais
pode transformar sua dissertação em narração! Os exemplos deve ser concretos, importantes
para a sociedade.
8. Como argumentar?
O que escrever? Para que escrever? Como escrever? Para que lado puxar? Essas perguntas
podem ajudá-lo a argumentar com mais precisão, sem se perder em detalhes desnecessários.
D2
•• Nota-se, por outro lado, que...
•• Além disso...
156 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação – Prof. Carlos Zambeli
1. Registro equivocado!
•• Só que – prefira mas, porém...
•• Ter – cuide se for o sentido de “haver”.
•• A gente – prefira “nós”
•• Fazer com que – Essas injustiças fazem com que as pessoas desacreditem no sistema./
Essas injustiças fazem as pessoas desacreditarem no sistema.
2. Problemas de Semântica!
•• Redundância e obviedade: Há dois meses atrás./ Eu penso.../ No mundo em que vivemos...
•• Sentido amplo demais: A crise da educação é uma coisa enorme!
•• Uso de gírias: Após resolver esse detalhe, a vida ficou um barato!
3. Lugar-comum
•• de mão beijada, depois de um longo e tenebroso inverno, desbaratada a quadrilha, de
vento em popa...
•• agradável surpresa, amarga decepção, calor escaldante, calorosa recepção, carreira
meteórica, cartada decisiva, chuvas torrenciais, corpo escultural, crítica construtiva
•• “se cada um fizer a sua parte...”, “é preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade...”, “as
pessoas saem de casa sem saber se voltarão...”
4. Expressões comuns!
•• Em princípio – antes de mais nada, em tese.
•• A princípio – no início, no começo.
•• Possuir – só no sentido de posse, propriedade. “Edgar possui um carro velho.”/ “Edgar
desfruta de uma boa condição de vida.”
www.acasadoconcurseiro.com.br 157
•• Na medida em que – = porque
•• À medida que – = proporção
•• A meu ver – não use “ao meu ver”.
•• Em frente de/ diante de – não use “frente a”
6. Pontuação
•• Dois-pontos: usa-se para explicações, consequências.
•• Aspas: servem para indicar estes casos: palavras estrangeiras, ironia, transcrições textuais,
neologismos, títulos.
7. Paralelismo
•• Engano no paralelismo nas comparações:
“Falar com pessoas é mais fácil do que a conversa do dia a dia.” (errado)
“Falar com pessoas é mais fácil do que conversar no dia a dia.” (certo)
158 www.acasadoconcurseiro.com.br
Redação – Prof. Carlos Zambeli
9. Dúvidas comuns!
Letra: utilize tamanho regular. Não importa a letras, apenas diferencie maiúscula de minúscula.
Retificações: (excessões) exceções
•• Linhas: veja o edital! Obedeça à indicação!
www.acasadoconcurseiro.com.br 159
Raciocínio Lógico
www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO SIMPLES
Exemplos:
1) Ed é feliz.
2) João estuda.
3) Zambeli é desdentado
1) Vai estudar?
Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.
www.acasadoconcurseiro.com.br 163
Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.
QUESTÃO COMENTADA
(Cespe – Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Proposição Composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.
164 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.
E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 165
PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:
Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2
QUESTÃO COMENTADA
(CESPE – Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.
166 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Slides – Proposição
Prova:
UESPI
-‐
2014
-‐
PC-‐PI
-‐
Escrivão
de
Polícia
Civil
Assinale,
dentre
as
alterna>vas
a
seguir,
aquela
que
NÃO
caracteriza
uma
proposição.
a)
107
-‐
1
é
divisível
por
5
b)
Sócrates
é
estudioso.
c)
3
-‐
1
>
1
d)
e)
Este
é
um
número
primo.
Prova:
CESPE
-‐
2014
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
a
proposição
P:
“Nos
processos
sele?vos,
se
o
candidato
for
pós-‐graduado
ou
souber
falar
inglês,
mas
apresentar
deficiências
em
língua
portuguesa,
essas
deficiências
não
serão
toleradas”,
julgue
os
itens
seguintes
acerca
da
lógica
sentencial.
A
tabela
verdade
associada
à
proposição
P
possui
mais
de
20
linhas
(
)
Certo
(
)Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 167
Prova:
CESPE
-‐
2013
-‐
SEGER-‐ES
-‐
Analista
Execu<vo
Um
provérbio
chinês
diz
que:
P1:
Se
o
seu
problema
não
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
nada
que
você
fizer
o
resolverá.
P2:
Se
o
seu
problema
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
ele
logo
se
resolverá.
O
número
de
linhas
da
tabela
verdade
correspondente
à
proposição
P2
do
texto
apresentado
é
igual
a
a)
24.
b)
4.
c)
8.
d)
12.
e)
16.
Prova:
CESPE
-‐
2011
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
as
proposições
simples
P,
Q
e
R,
julgue
os
próximos
itens,
acerca
de
tabelas-‐verdade
e
lógica
proposicional.
A
tabela-‐verdade
da
proposição
(¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)
tem
8
linhas.
(
)
Certo
(
)
Errado
168 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
NEGAÇÃO SIMPLES
1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?
Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira
PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.
Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.
www.acasadoconcurseiro.com.br 169
Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A
EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".
170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CONECTIVOS LÓGICOS
Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).
CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.
www.acasadoconcurseiro.com.br 171
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.
p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V
Conclusão
172 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
Gabarito: 1. Errado 2. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 173
Raciocínio Lógico
DISJUNÇÃO – “OU”
Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...
H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.
www.acasadoconcurseiro.com.br 175
Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
176 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de " v "
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.
www.acasadoconcurseiro.com.br 177
Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
178 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”
Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.
Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1, proposição 2.
H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.
H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.
H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.
H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 179
p q P→Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F
180 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 181
p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
PARA GABARITAR
182 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu
P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z
a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 183
3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.
( ) Certo ( ) Errado
184 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:
H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.
H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.
p ~p p v ~p
H1 V F V
H2 F V V
Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pvq
q = Guilherme é gordo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 185
Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:
p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V
Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.
186 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu
Slides – Tautologia
A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. C
www.acasadoconcurseiro.com.br 187
Raciocínio Lógico
CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.
p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F
PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência
www.acasadoconcurseiro.com.br 189
Raciocínio Lógico
Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.
Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:
p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.
www.acasadoconcurseiro.com.br 191
Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.
Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.
192 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) – Prof. Edgar Abreu
PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)
www.acasadoconcurseiro.com.br 193
Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.
A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.
Certo Errado
Gabarito: 1. E 2. A
194 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:
Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 195
3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.
196 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,
~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 197
Raciocínio Lógico
Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:
p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →
Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q
Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.
p Q ~p p→q ~pvq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
www.acasadoconcurseiro.com.br 199
Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”
p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.
Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.
~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.
c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.
Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.
~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,
200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu
e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.
~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.
e∨~a=~e→~a
Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!
www.acasadoconcurseiro.com.br 201
Raciocínio Lógico
CONTRAPOSITIVA
�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.
�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q� p↔ q→ p
� � �
Logo encontramos uma outra equivalência para a nossa sentença inicial.
Esta outra equivalência chamamos de contrapositiva e é muito fácil de encontrar, basta
comutar as proposições (trocar a ordem) e negar ambas.
p→q=� q→� p
Exemplo 2: Encontrar a contrapositiva (equivalente) da proposição “Se estudo muito então
minha cabeça dói”
p = estudo muito.
� p → q
q = minha cabeça dói.
www.acasadoconcurseiro.com.br 203
Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.
PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q
�
EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �
204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu
'
www.acasadoconcurseiro.com.br 205
206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:
p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
www.acasadoconcurseiro.com.br 207
Raciocínio Lógico
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.
www.acasadoconcurseiro.com.br 209
Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.
ALGUM
Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.
210 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
NENHUM
Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?
Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.
TODO
Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.
www.acasadoconcurseiro.com.br 211
Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio
Gabarito: 1. C
212 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
PARA GABARITAR
www.acasadoconcurseiro.com.br 213
1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação
214 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
( ) Certo ( ) Errado
José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 215
Raciocínio Lógico
SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.
QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
~ P →~ R
www.acasadoconcurseiro.com.br 217
PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.
Vamos testar:
P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F
Conclusão: Alternativa A
218 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Slides
www.acasadoconcurseiro.com.br 219
220 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
www.acasadoconcurseiro.com.br 221
Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.
Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
www.acasadoconcurseiro.com.br 223
Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.
Solução:
Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.
224 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 225
Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.
Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.
Solução:
O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.
226 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
www.acasadoconcurseiro.com.br 227
Quais são válidos?
a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.
Gabarito: 1. D 2. D
228 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
CÓDIGOS E ANAGRAMAS
1. (Prova: FCC – 2014 - TJ-AP – Analista Judiciário) Bruno criou um código secreto para se
comunicar por escrito com seus amigos. A tabela mostra algumas palavras traduzidas para esse
código.
2. (Prova: FCC – 2012 – PREF. São Paulo-SP – Auditor Fiscal) Considere a multiplicação abaixo, em
que letras iguais representam o mesmo dígito e o resultado é um número de 5 algarismos.
A soma (S + O + M + A + R) é igual a:
a) 33.
b) 31.
c) 29.
d) 27.
e) 25.
Gabarito: 1. D 2. D
www.acasadoconcurseiro.com.br 229
Raciocínio Lógico
São comuns as questões de raciocínio lógico que envolva resto de uma divisão. Normalmente
essas questões abordam assuntos relacionados a calendário, múltiplo ou divisores ou qualquer
outra sequência que seja cíclica.
Estas questões são resolvidas todas de forma semelhante, vejamos os exemplos abaixo:
QUESTÃO COMENTADA 1
CESGRANRIO: CAPES – 2008
Em um certo ano, o mês de abril termina em um domingo. É possível determinar o próximo
mês a terminar em um domingo?
a) Sim, será o mês de setembro do mesmo ano.
b) Sim, será o mês de outubro do mesmo ano.
c) Sim, será o mês de dezembro do mesmo ano.
d) Sim, será o mês de janeiro do ano seguinte.
e) Não se pode determinar porque não se sabe se o ano seguinte é bissexto ou não.
Solução:
Sabendo que o mês de Abril possui 30 dias, logo sabemos que dia 30 de abril foi um domingo.
Vamos identificar quantos dias teremos até o último dia de cada mês, assim verificamos se esta
distância é múltipla de 7, já que a semana tem 7 dias e os domingos acontecerão sempre um
número múltiplo de 7 após o dia 30 de Abril:
QUANT. DIAS DO
MÊS DIAS ATÉ 30/04 MÚLTIPLO DE 7
MÊS
MAIO 31 31 NÃO
JUNHO 30 61 NÃO
JULHO 31 92 NÃO
AGOSTO 31 123 NÃO
SETEMBRO 30 153 NÃO
OUTUBRO 31 184 NÃO
NOVEMBRO 30 214 NÃO
DEZEMBRO 31 245 SIM (245/7 = 35)
Solução será dia 31 de Dezembro do mesmo ano, alternativa C.
www.acasadoconcurseiro.com.br 231
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC: TST – 2012
Pedro é um atleta que se exercita diariamente. Seu treinador orientou-o a fazer flexões de
braço com a frequência indicada na tabela abaixo:
No dia de seu aniversário, Pedro fez 20 flexões de braço. No dia do aniversário de sua namorada,
260 dias depois do seu, Pedro:
a) não fez flexão.
b) fez 10 flexões.
c) fez 20 flexões.
d) fez 30 flexões.
e) fez 40 flexões.
Solução:
Com Pedro fez 20 flexões em seu aniversário, logo concluímos que caiu em uma quarta-feira.
Devemos descobrir qual o dia da semana será após 260 dias. Primeiramente vamos descobrir
quantas semanas se passaram até este dia, dividindo 260 por 7, já que uma semana tem 7 dias.
260 = 37 (resto 1)
7
Assim sabemos que se passaram 37 semanas e mais um dia.
Como ele fez aniversário na quarta, se somarmos 1 dia temos quinta-feira e o total de flexões
para este dia será de 40, segundo a tabela. Alternativa E
232 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Problemas Cíclicos/Calendário e Datas – Prof. Edgar Abreu
a) segunda-feira.
b) quarta-feira.
c) quinta-feira.
d) domingo.
e) terça-feira.
Um ano bissexto possui 366 dias, o que significa que ele é composto por
52 semanas completas mais 2 dias. Se em um determinado ano bissexto
o dia 1º de janeiro caiu em um sábado, então o dia 31 de dezembro cairá
em:
a) um sábado.
b) um domingo.
c) uma 2ª feira.
d) uma 3ª feira.
e) uma 4ª feira.
www.acasadoconcurseiro.com.br 233
Prova(s): FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado
Em uma montadora, são pintados, a partir do início de um turno de
produção, 68 carros a cada hora, de acordo com a seguinte sequência de
cores: os 33 primeiros são pintados de prata, os 20 seguintes de preto, os
próximos 8 de branco, os 5 seguintes de azul e os 2 últimos de vermelho.
A cada hora de funcionamento, essa sequência se repete.
a) prata.
b) preta.
c) branca.
d) azul.
e) vermelha.
234 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
a) 11.
b) 10.
c) 17.
d) 16.
e) 14.
a) existem nessa cidade duas pessoas com o mesmo número de fios de cabelo.
b) existem nessa cidade pessoas sem nenhum fio de cabelo.
c) existem nessa cidade duas pessoas com quantidades diferentes de fios de
cabelo.
d) o número médio de fios de cabelo por habitante dessa cidade é maior do que
100 mil.
e) somando-se os números de fios de cabelo de todas as pessoas dessa cidade
obtém-se 2 × 1012.
www.acasadoconcurseiro.com.br 235
3. Prova: FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário
Em uma floresta com 1002 árvores, cada árvore tem de 900 a 1900 folhas.
De acordo apenas com essa informação, é correto afirmar que,
necessariamente,
236 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
1. (Prova: FCC – 2014 - TRT 2ª Região (SP) – Técnico Judiciário) Um jogo de vôlei entre duas equipes
é ganho por aquela que primeiro vencer três sets, podendo o placar terminar em 3 a 0, 3 a 1 ou
3 a 2. Cada set é ganho pela equipe que atingir 25 pontos, com uma diferença mínima de dois
pontos a seu favor. Em caso de igualdade 24 a 24, o jogo continua até haver uma diferença de
dois pontos (26 a 24, 27 a 25, e assim por diante). Em caso de igualdade de sets 2 a 2, o quinto
e decisivo set é jogado até os 15 pontos, também devendo haver uma diferença mínima de dois
pontos. Dessa forma, uma equipe pode perder um jogo de vôlei mesmo fazendo mais pontos
do que a equipe adversária, considerando-se a soma dos pontos de todos os sets da partida. O
número total de pontos da equipe derrotada pode superar o da equipe vencedora, em até:
a) 47 pontos.
b) 44 pontos.
c) 50 pontos.
d) 19 pontos.
e) 25 pontos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 237
Raciocínio Lógico
2. (Prova: FCC – 2014 – SABESP – Tecnólogo) Partindo de um ponto inicial A, Laura caminhou 4 km
para leste, 2 km para sul, 3 km para leste, 6 km para norte, 6 km para oeste e, finalmente, 1 km
para sul, chegando no ponto B. Artur partiu do mesmo ponto A de Laura percorrendo X km para
norte e 1 km para a direção Y, chegando no mesmo ponto B em que Laura chegou. Sendo Y uma
das quatro direções da rosa dos ventos (norte, sul, leste ou oeste), X e Y são, respectivamente,
a) 6 e sul.
b) 2 e norte.
c) 4 e oeste.
d) 3 e leste.
e) 4 e leste.
3. (Prova: FCC – 2014 – TRF 3ª Região – Técnico Judiciário) Partindo do ponto A, um automóvel
percorreu 4,5 km no sentido Leste; percorreu 2,7 km no sentido Sul; percorreu 7,1 km no
sentido Leste; percorreu 3,4 km no sentido Norte; percorreu 8,7 km no sentido Oeste; percorreu
4,8 km no sentido Norte; percorreu 5,4 km no sentido Oeste; per- correu 7,2 km no sentido
Sul, percorreu 0,7 km no sentido Leste; percorreu 5,9 km no sentido Sul; percorreu 1,8 km no
sentido Leste e parou. A distância entre o ponto em que o automóvel parou e o ponto A, inicial,
é igual a :
a) 7,6 km.
b) 14,1 km.
c) 13,4 km.
d) 5,4 km.
e) 0,4 km.
www.acasadoconcurseiro.com.br 239
Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.
16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66
Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:
www.acasadoconcurseiro.com.br 241
Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:
1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321
Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.
242 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.
QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000
Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).
www.acasadoconcurseiro.com.br 243
3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D
a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.
244 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.
www.acasadoconcurseiro.com.br 245
3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:
a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.
246 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
a)
b)
c)
d)
e)
www.acasadoconcurseiro.com.br 247
2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
248 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu
a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.
www.acasadoconcurseiro.com.br 249
Gabarito
1. B 2. B 3. C
250 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico
LETRAS
2. (Prova: FCC – 2014 – TJ-AP – Técnico Judiciário) Cada termo da sequência a seguir é formado
por seis vogais:
(AAAEEI; EEEIIO; IIIOOU; OOOUUA; UUUAAE; AAAEEI; EEEIIO; . . . )
Mantido o mesmo padrão de formação da sequência, se forem escritos os 12º, 24º, 36º e 45º
termos, o número de vezes que a vogal U será escrita nesses termos é igual a
a) 1
b) 6
c) 5
d) 2
e) 3
www.acasadoconcurseiro.com.br 251
a) 03_56C.
b) 04_57C
c) 04_56C.
d) 03_56B.
e) 04_56ª.
252 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX
Senadores STF SF
Dep. Estaduais TJ AL
Dep. Distritais TJ CL
Vereadores 1ª instância CV
Salvo
TÍTULO IV
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei Complementar nº 78, de 1993)
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro
anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
www.acasadoconcurseiro.com.br 255
Poder Legislativo
Composição CD e SF
Legislatura 4 anos
Comparação
entre as casas CD SF
Legislatura 1 2
Sessão 4 8
Legislativa
Período
Legislativo 8 16
Número mínimo 8 x
Número máximo 70 x
Número 4 x
(territórios)
256 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 257
REGRA DO ART. 27
O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao TRIPLO da representação
do Estado na Câmara dos Deputados [...]
1ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
mínimo de (8 A 12) X 3 DEPUTADOS
DEPUTADOS FEDERAIS ESTADUAIS
ACRE = 8 X3 24
ALAGOAS = 9 X3 27
ESPÍRITO SANTO = 10 X3 30
PARAÍBA = 12 X3 36
2ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
DEPUTADOS FEDERAIS + 24 DEPUTADOS
ACIMA de 12 ESTADUAIS
RGS = 31 + 24 55
SP = 70 +24 94
258 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira
Espécie
Artigo Competência Particularidade
normativa
48 Cabe ao CN C/S LO
Competência
49 S/S DL
exclusiva CN
Competência
52 S/S Resolução
privativa SF
LEI ORDINÁRIA
Observação Com sanção
www.acasadoconcurseiro.com.br 259
Direito Constitucional
Aula XX
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
www.acasadoconcurseiro.com.br 261
I − sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
PPA
Emissão de Diretrizes
curso forçado orçamentárias
Dívida Orçamento
pública anual
Operações
de crédito
262 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 263
V − LIMITES DO TERRITÓRIO NACIONAL, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
264 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Cuidado!
Sede do
Governo Federal
www.acasadoconcurseiro.com.br 265
IX − organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
266 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Cuidado!
Não confundir com o art. 49, XII
www.acasadoconcurseiro.com.br 267
XIII − matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
268 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Cuidado!
www.acasadoconcurseiro.com.br 269
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO
270 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 271
272 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
DECRETO LEGISLATIVO
VERBOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 273
III − autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País,
quando a ausência exceder a quinze dias;
274 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
V − sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
SUSTAR
EXORBITEM
VI − mudar TEMPORARIAMENTE SUA SEDE;
Cuidado!
“Temporariamente”
www.acasadoconcurseiro.com.br 275
SUBSÍDIOS
VII − fixar idêntico subsídio para os VIII − fixar os subsídios do Presidente e do
Deputados Federais e os Senadores, Vice-Presidente da República e dos Ministros
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, de Estado, observado o que dispõem os arts.
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
276 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 277
XI − zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;
278 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
2
XIV − aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
www.acasadoconcurseiro.com.br 279
XV − autorizar REFERENDO e convocar PLEBISCITO;
280 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
XVII − aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
dois mil e quinhentos hectares.
www.acasadoconcurseiro.com.br 281
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO
282 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 283
284 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presi-
dência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente de-
terminado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados,
ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não − atendimento, no
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
RESOLUÇÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 285
Direito Constitucional
Seção III
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I − autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
www.acasadoconcurseiro.com.br 287
II − proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
288 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção IV
DO SENADO FEDERAL
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
RESOLUÇÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 289
III − aprovar previamente, por VOTO SECRETO, após ARGUIÇÃO PÚBLICA, a escolha de:
VOTO SECRETO
ARGUIÇÃO PÚBLICA
VOTO SECRETO
SESSÃO SECRETA
VII − dispor sobre LIMITES GLOBAIS e condições para as OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNO
E INTERNO da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
290 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Senado Federal (Art. 052) – Prof. André Vieira
VOTO SECRETO
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Key code
VI
VII
VIII
IX
XV
www.acasadoconcurseiro.com.br 291
IMAGENS KEY CODE
DÍVIDA MOBILIÁRIA
292 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
Real
Imunidade Substantiva
material
Freedom of speech
Civil
Decorre Inviolabilidade e
Penal
Absoluta ou relativa?
www.acasadoconcurseiro.com.br 293
Prerrogativa de Foro
Imunidade processual
Imunidade
formal Imunidade adjetiva
Iniciativa
Partido político nela representado
Tipo de aprovação
M.A.
Sustação do processo
Até a decisão final
294 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Imunidades
Art.29, VIII
x( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Pres. da República
Deputado Federal
IM
Governador
Senadores
Estaduais
Vereador
Distritais
Prefeito
Deputados
IF
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
x
x
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
Pedido de sustação
Quem aprecia
Casa respectiva
Prazo
Improrrogável de 45 dias
Momento
www.acasadoconcurseiro.com.br 295
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Sustação do processo
Consequência
Suspende a prescrição
Prazo
296 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Tipo de aprovação
Subsiste
Suspensa
Condição
Considerações
www.acasadoconcurseiro.com.br 297
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
DOS PARLAMENTARES
As incompatibilidades e os impedimentos constituem vedações impostas aos congressistas.
Em outras palavras, dizem respeito às normas que impedem o congressista de exercer certas
ocupações ou de praticar certos atos cumulativamente com seu mandato. Elas poderão ser:
54, I, b Diploma
Funcional
Diploma
Profissional
298 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Negocial
Funcional
www.acasadoconcurseiro.com.br 299
Observe atentamente quem são pessoas jurídicas de direito público interno bem como as
pessoas jurídicas de direito público externo.
II − DESDE A POSSE:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
Profissional
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no
inciso I, a;
Funcional
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
Profissional
Política
300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
Perda do Mandato
Quem decide
CD ou SF
Tipo de aprovação
M.A.
Provocação
Respectiva mesa
ou
Assegurada
Ampla defesa
`
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados
ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 301
III − que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias
da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV − que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V − quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
Perda do Mandato
Quem declara
Forma
Ofício ou Provocação
Legitimados
Qq de seus membros
Assegurada
Ampla defesa
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno,
o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de
vantagens indevidas.
Fato / Caracterização
Quebra de decoro parlamentar: A Casos definidos no RI
B Abuso de prerrogativas
Renúncia / Implicação
1. CASSAÇÃO: Mediante processo próprio, nas hipóteses dos art. 55, I, II e VI, por voto secreto
da maioria absoluta;
2. EXTINÇÃO: Decurso da legislatura, morte, renúncia, desinteresse (ausência), perda ou
suspensão dos direitos políticos.
Senadores SF STF
www.acasadoconcurseiro.com.br 303
O art. 56, I se mostra uma exceção ao princípio da incompatibilidade.
Secretário Ministro
de Estado de Estado
CMDC Governador
Território de Território
Secretário Secretário
de DF de Território
304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira
II − licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa.
Licenciado
Bolso Bolso
Remunerado Sem remuneração
Prazo Prazo
Indeterminado Máximo 120 dias por SL
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
Convocação
Idem
www.acasadoconcurseiro.com.br 305
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem
mais de quinze meses para o término do mandato.
Suplente
Considerações
306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção VI
DAS REUNIÕES
SESSÃO LEGISLATIVA
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
o
02/02 a 17/07 1 período
o
01/08 a 22/12 2 período
www.acasadoconcurseiro.com.br 307
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados:
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
SESSÃO CONJUNTA
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I − inaugurar a sessão legislativa;
II − elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III − receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV − conhecer do veto e sobre ele deliberar.
308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira
SESSÃO PREPARATÓRIA
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente.
Finalidades
Data
1o de fevereiro
Mandato Recondução
2 anos Vedada # quando p/ o mesmo cargo
Presidente SF
1o vice-presidente CD
2o vice-presidente SF
1o secretário CD
2o secretário SF
3o secretário CD
4o secretário SF
www.acasadoconcurseiro.com.br 309
CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I − pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de
intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
Legitimado Presidente do SF
Casos
Decretação E.D.
Decretação I.F.
310 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira
Legitimados
Presidente da República
Presidente da CD
Presidente da SF
Casos
De quem
www.acasadoconcurseiro.com.br 311
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
Jeton
Vedado o pagamento de parcela indenizatória
Inclusão
Objetivo
Destrancar pauta
312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção VII
DAS COMISSÕES
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa.
Comissões
www.acasadoconcurseiro.com.br 313
COMISSÕES PARLAMENTAR DE INQUÉRITO / TEMPORÁRIA
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
O que pode
Todavia, os poderes das CPIs não são idênticos aos dos magistrados,
já que estes últimos tem alguns poderes assegurados na Constituição
que não são outorgados às Comissões Parlamentares tendo em vista o
entendimento do STF (MS 23.452) de que tais poderes são reservados
pela constituição apenas aos magistrados. Assim, a CPI não pode:
1. Determinar de indisponibilidade de bens do investigado;
2. Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante);
3. Determinar o afastamento de cargo ou função púbica durante a
investigação;
4. Decretar busca e apreensão domiciliar de documentos.
314 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Comissões (Art. 058) – Prof. André Vieira
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
A NO
www.acasadoconcurseiro.com.br 315
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO
316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
COM SANÇÃO
ESPÉCIES NORMATIVAS ARTIGOS _______________
SEM SANÇÃO
www.acasadoconcurseiro.com.br 317
Direito Constitucional
60 MEDIDA
EMENDA APROVISÓRIA
CONSTITUIÇÃO
Observação
Subseção II
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I − de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II − do Presidente da República;
III − de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Iniciativa
Incisos II
III
Limitação
www.acasadoconcurseiro.com.br 319
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.
Limitação
Limitação
Quanto à matéria
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
320 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Observação
61 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI COMPLEMENTAR
61
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI ORDINÁRIA
Observação
Subseção III
DAS LEIS
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Iniciativa
A CD
MEMBRO OU COMISSÃO B SF
PRESIDENTE DA REPÚBLICA C CN
STF
Caput 61
TRIBUNAIS SUPERIORES
PGR
CIDADÃOS
www.acasadoconcurseiro.com.br 321
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I − fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II − disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos
e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.
322 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
62 MEDIDA
MEDIDAPROVISÓRIA
PROVISÓRIA
Observação
Art. 62. Em caso de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Iniciativa
Presidente da República
www.acasadoconcurseiro.com.br 323
IV − já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção
ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
MP
Prazo Prorrogação
60 dias + 60 dias
Total Exceção
120 dias Recesso
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em REGIME DE URGÊNCIA, subsequentemente, em cada uma das Casas
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
REGIME DE URGÊNCIA
Prazo Consequência
Até 45 dias Sobrestamento
www.acasadoconcurseiro.com.br 325
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no
prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas
Casas do Congresso Nacional.
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
§ 10. É vedada a REEDIÇÃO, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. NÃO editado o DECRETO LEGISLATIVO a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
326 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem
sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão
todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no
prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.
§ 4º Os prazos do § 2º NÃO CORREM NOS PERÍODOS DE RECESSO do Congresso Nacional, nem
se aplicam aos projetos de código.
EU VOU PASSAR!!!
www.acasadoconcurseiro.com.br 327
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em UM SÓ TURNO DE
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. SENDO O PROJETO EMENDADO, voltará à CASA INICIADORA.
SANÇÃO
______________
CASA INICIADORA CASA REVISORA EMENDA
PROMULGAÇÃO
1º CASO
2º CASO
3º CASO
4º CASO
E
5º CASO
E
6º CASO
7º CASO
SANÇÃO
NÃO OK
OK NÃO OK EMENDA ----------
EMENDA
PROMULGAÇÃO
328 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
OK
5º CASO
6º CASO
7º CASO
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores..
www.acasadoconcurseiro.com.br 329
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República,
nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Princípio
Irrepetibilidade
Novo Projeto
Na mesma sessão legislativa
Condição
Considerações
330 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
68
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI DELEGADA
Observação
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
Iniciativa
Quem solicita
Presidente da República
A quem
CN
Espécie normativa
Resolução
Requisitos
Conteúdos e termos
Delegação própria
Quando concede sem restrições
Imprópria ou Condicional
Quando concede impondo restrições
www.acasadoconcurseiro.com.br 331
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada
à lei complementar, nem a legislação sobre:
I − organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II − nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III − planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
332 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira
Considerações
LC MA
LO MS
www.acasadoconcurseiro.com.br 333
Direito Constitucional
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 335
Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Fiscalização
F Financeira
O Orçamentária
C Contábil
O Operacional
P Patrimonial
Princípios
Subvenções = Recurso
336 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Física ou Jurídica
Pública ou Privada
5
Condições
1 Utilize
2 Arrecade
3 Guarde
4 Gerencie
5 Administre
Dinheiros
Bens
www.acasadoconcurseiro.com.br 337
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
H O S
S C UN
ER A
Õ E S
TAÇ
ANO
338 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Prévio
60 dias
Recebimento
CN
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
A N O
www.acasadoconcurseiro.com.br 339
II
-‐
JULGAR
as
contas
dos
ADMINISTRADORES
e
DEMAIS
RESPONSÁVEIS
por
dinheiros,
bens
e
valores
públicos
da
administração
direta
e
indireta,
incluídas
as
fundações
e
sociedades
ins:tuídas
e
man:das
pelo
Poder
Público
federal,
e
as
contas
daqueles
que
derem
causa
a
perda,
extravio
ou
outra
irregularidade
de
que
resulte
prejuízo
ao
erário
público;
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
340 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
III
-‐
APRECIAR,
para
fins
de
registro,
a
legalidade
dos
atos
de
ADMISSÃO
de
PESSOAL,
a
qualquer
2tulo,
na
administração
DIRETA
e
INDIRETA,
incluídas
as
FUNDAÇÕES
ins;tuídas
e
man;das
pelo
Poder
Público,
excetuadas
as
nomeações
para
Cargo
de
provimento
em
Comissão.
ETA
A
e
IND
IR
ET
DIR
ADMINISTRAÇÃO
Bem
como
a
das
concessões
de
Aposentadorias,
REFORMAS
e
PENSÕES,
ressalvadas
as
melhorias
posteriores
que
não
alterem
o
fundamento
legal
do
ato
concessório;
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
www.acasadoconcurseiro.com.br 341
IV
-‐
realizar,
por
inicia,va
própria,
da
CÂMARA
DOS
DEPUTADOS,
do
SENADO
FEDERAL,
de
COMISSÃO
TÉCNICA
ou
de
INQUÉRITO,
inspeções
e
auditorias
de
natureza
contábil,
financeira,
orçamentária,
operacional
e
patrimonial,
nas
unidades
administra,vas
dos
Poderes
Legisla,vo,
Execu,vo
e
Judiciário,
e
demais
en,dades
referidas
no
inciso
II;
H O S
S C UN
ER A
Õ E S
TAÇ
AN O
342 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
www.acasadoconcurseiro.com.br 343
DEU MIGUÉ?
Não, deu o maior
ACORDO
AJUSTE
CONVÊNIO
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
344 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
VI
-‐
fiscalizar
a
aplicação
de
quaisquer
recursos
repassados
pela
União
mediante
Convênio,
Acordo,
Ajuste
ou
Ôutros
instrumentos
congêneres,
a
Estado,
ao
Distrito
Federal
ou
a
Município;
MEDIANTE
H O S
S C UN
ER A
Õ E S
TAÇ
ANO
www.acasadoconcurseiro.com.br 345
VII
-‐
PRESTAR
as
INFORMAÇÕES
SOLICITADAS
PELO
CN,
por
qualquer
de
suas
CASAS,
ou
por
qualquer
das
respec@vas
COMISSÕES,
sobre
a
FISCALIZAÇÃO:
CONTÁBIL,
FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA,
OPERACIONAL
e
e
e
as;
4
H O S
S C UN
ER A
Õ E S
TAÇ
ANO
346 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
VIII
-‐
APLICAR
aos
responsáveis,
em
caso
de
ILEGALIDADE
DE
DESPESA
ou
IRREGULARIDADE
DE
CONTAS,
as
SANÇÕES
previstas
em
lei,
que
estabelecerá,
entre
outras
cominações,
MULTA
proporcional
ao
dano
causado
ao
erário;
ILEGALIDADE de
despesa ou
IRREGULARIDADE
de contas
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
www.acasadoconcurseiro.com.br 347
IX
-‐
assinar
prazo
para
que
o
órgão
ou
en3dade
adote
as
providências
necessárias
ao
exato
cumprimento
da
lei,
se
verificada
ilegalidade;
ASSINAR PRAZO
ÓRGÃO OU
ENTIDADE
ADOTE AS PROVIDÊNCIAS
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
348 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
SE
NÃO
ATENDIDO
A
4
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
AN O
www.acasadoconcurseiro.com.br 349
XI
-‐
REPRESENTAR
ao
PODER
competente
sobre
IRREGULARIDADES
ou
ABUSOS
APURADOS.
4
O S
C U NH
RA S
E S E
TAÇÕ
A N O
350 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 351
Controle externo
No caso de contrato
Congresso Nacional
90 dias
352 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Relatório
Trimestral e Anual
A quem os encaminha
CN
www.acasadoconcurseiro.com.br 353
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
N O
A
354 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
III
-‐
APRECIAR,
para
fins
de
registro,
a
legalidade
dos
atos
de
ADMISSÃO
de
PESSOAL,
a
qualquer
2tulo,
na
administração
DIRETA
e
INDIRETA,
incluídas
as
FUNDAÇÕES
ins;tuídas
e
IV
-‐
realizar,
por
inicia,va
própria,
da
CÂMARA
DOS
DEPUTADOS,
do
SENADO
FEDERAL,
de
V
-‐
fiscalizar
as
CONTAS
NACIONAIS
das
EMPRESAS
SUPRANACIONAIS
de
cujo
capital
social
man;das
pelo
Poder
Público,
excetuadas
as
nomeações
para
Cargo
de
provimento
em
Comissão.
COMISSÃO
TÉCNICA
ou
de
INQUÉRITO,
inspeções
e
auditorias
de
natureza
contábil,
a
União
par6cipe,
de
forma
direta
ou
indireta,
nos
termos
do
tratado
cons6tu6vo;
financeira,
orçamentária,
operacional
e
patrimonial,
nas
unidades
administra,vas
dos
TA Poderes
Legisla,vo,
Execu,vo
e
Judiciário,
e
demais
en,dades
referidas
no
inciso
II;
IRE
e
I
ND O
Governo
brasileiro
par6cipa,
em
nome
da
União,
do
Banco
Brasileiro
Iraquiano
S.A.
(BBI),
ETA
DIR
ADMINISTRAÇÃO
VII -‐ PRESTAR as INFORMAÇÕES SOLICITADAS PELO CN, por qualquer de suas CASAS, ou
DEU MIGUÉ?
VI
-‐
fiscalizar
a
aplicação
de
quaisquer
recursos
repassados
pela
União
mediante
Convênio,
por
qualquer
das
respec@vas
COMISSÕES,
sobre
a
FISCALIZAÇÃO:
Acordo,
Ajuste
ou
Ôutros
instrumentos
congêneres,
a
Estado,
ao
Distrito
Federal
ou
a
Município;
CONTÁBIL,
FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA,
OPERACIONAL
e
e
e
as;
AJUSTE
4
MEDIANTE
CONVÊNIO
VIII
-‐
APLICAR
aos
responsáveis,
em
caso
de
ILEGALIDADE
DE
DESPESA
ou
IRREGULARIDADE
IX
-‐
assinar
prazo
para
que
o
órgão
ou
en3dade
adote
as
providências
necessárias
ao
exato
X
-‐
SUSTAR,
se
não
atendido,
a
EXECUÇÃO
do
ato
impugnado,
comunicando
a
decisão
à
DE
CONTAS,
as
SANÇÕES
previstas
em
lei,
que
estabelecerá,
entre
outras
cominações,
cumprimento
da
lei,
se
verificada
ilegalidade;
Câmara
dos
Deputados
e
ao
Senado
Federal;
MULTA
proporcional
ao
dano
causado
ao
erário;
SE
NÃO
ATENDIDO
A
ASSINAR PRAZO
ILEGALIDADE de ÓRGÃO OU 4
despesa ou
IRREGULARIDADE ENTIDADE
de contas ADOTE AS PROVIDÊNCIAS
XI -‐ REPRESENTAR ao PODER competente sobre IRREGULARIDADES ou ABUSOS APURADOS. CONTROLE EXTERNO
4
DENUNCIAR
www.acasadoconcurseiro.com.br 355
O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
N O
A
356 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas
não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua
sustação.
Forma
Esclarecimento
Prazo 5 dias
Despesas irregulares
www.acasadoconcurseiro.com.br 357
Não prestados os esclarecimentos
Cuidado
Considerados insuficientes
Pronunciamento conclusivo
Quem solicita o
pronunciamento Comissão
Prazo 30 dias
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requisitos:
I − mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II − idoneidade moral e reputação ilibada;
III − notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV − mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I − um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II − dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.
358 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Composição 9 ministros
Origem
Tipo de aprovação X
3
2 Alternadamente
A cargo Do tribunal
www.acasadoconcurseiro.com.br 359
Requisitos
A + 35 - 65
B Idoneidade moral
C Reputação ilibada
Ministros do STJ
AUDITOR
Substituição
De quem Do titular
Demais atribuições
Juiz do TRF
360 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
CONTROLE EXTERNO
CONTROLE INTERNO
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I − avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II − comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III − exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV − apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Avalia Comprova
Apoia Exerce
www.acasadoconcurseiro.com.br 361
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
Ciência
Responsabilidade
solidária
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
DENUNCIAR
362 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira
Controle Interno
Quem exerce
Forma Integrada
Finalidade
www.acasadoconcurseiro.com.br 363
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.
Composição 7 conselheiros
364 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX
Presidente STF SF
Vice-presidente STF SF
Regra
Ministro de Estado STF STF
Exceção
Se conexo ao
Presidente da República
Órgão julgador
SF
AGU STF SF
Fundamento Status de ME
Constituições
Governador STJ Estaduais
Cuidado
Prefeito
www.acasadoconcurseiro.com.br 365
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República,
auxiliado pelos Ministros de Estado.
Sistema de
Presidencialista
Governo
Parcela Única
Espécie
Decreto Legislativo
normativa
366 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Requisitos
A Brasileiro nato
D Alistamento eleitoral
F Filiação partidária
Atribuições
do vice
www.acasadoconcurseiro.com.br 367
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o can-
didato que, registrado por partido político, ob-
tiver a maioria absoluta de votos, não computa-
dos os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria
absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até vinte dias após a proclamação
do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno,
ocorrer MORTE, DESISTÊNCIA ou IMPEDIMENTO legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de
um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais IDOSO.
Eleição
Sistema
Majoritário Por maioria absoluta
Prazo 20 dias
Desnecessidade
de 2o turno Se tiver alcançado a maioria absoluta de votos
não computados os brancos e os nulos
368 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
– 200 mil
Municípios
Turno único
eleitores
57, §, 3, III e 78
www.acasadoconcurseiro.com.br 369
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso
Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,
promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Compromisso Verbos
Declaração
de vacância
Ver 78
370 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Tipos de
afastamento
Temporário Impedimento
Definitivo Vacância
Perda do cargo
Prazo
Declaração Se não tiver assumido
de vacância 10 dias
Excessão
Salvo motivo de força maior
Extinção do mandato
Consequências
da renúncia
Convocação do sucessor
www.acasadoconcurseiro.com.br 371
???? Presidente da CD
???? Presidente do SF
2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4
P / VP P / VP
372
Vacância www.acasadoconcurseiro.com.br
Vacância
???? Presidente do SF
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Nome Renan Calheiros
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa
dias depois ????
de aberta a última vaga. Presidente do STF
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Nome
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o Ricardo Lewandowski
período de seus antecessores.
2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4
P / VP P / VP
Vacância Vacância
Direta Indireta
Povo CN
90 dias 30 dias
Mandato tampão
www.acasadoconcurseiro.com.br 373
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro
do ano seguinte ao da sua eleição.
Ausência
do país
Espécie
Decreto Legislativo
normativa
374 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção II
Das Atribuições do Presidente da República
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I − nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II − exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III − iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV − sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V − vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI − dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII − manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII − celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX − decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X − decretar e executar a intervenção federal;
XI − remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII − conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII − exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos;
XIV − nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV − nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
www.acasadoconcurseiro.com.br 375
XVI − nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII − nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII − convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX − declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX − celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI − conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII − permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII − enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV − prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV − prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI − editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII − exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Delegações
ME PGR AGU
VI XII XXV
1a parte
Prover
376 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I − a existência da União;
II − o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III − o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV − a segurança interna do País;
V − a probidade na administração;
VI − a lei orçamentária;
VII − o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
I II III
IV V VI
VII
www.acasadoconcurseiro.com.br 377
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Key Code SE
Denúncia
Recebida ou pelo
Queixa-crime
Órgão
Crime de responsabilidade
Instauração pelo
Key Code Após
do processo
378 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Responsabilidade do Presidente da República (Art. 085 a 086) – Prof. André Vieira
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.
Imunidade
Formal
www.acasadoconcurseiro.com.br 379
Direito Constitucional
Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I − exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente
da República;
II − expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III − apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV − praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Ministros
de Estado
Requisitos
Atribuições
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
www.acasadoconcurseiro.com.br 381
Direito Constitucional
Aula XX
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República,
e dele participam:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V − os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI − o Ministro da Justiça;
VII − seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e
dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.
Requisitos
A Brasileiro nato
B Maiores de 35 anos
Da escolha
2 CD Elege
2 SF Elege
Mandato 3 anos
Recondução Vedada
www.acasadoconcurseiro.com.br 383
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I − intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II − as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião
do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
384 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX
SUBSEÇÃO II
Do Conselho de Defesa Nacional
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como
membros natos:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − o Ministro da Justiça;
V − o Ministro de Estado da Defesa;
VI − o Ministro das Relações Exteriores;
VII − o Ministro do Planejamento.
VIII − os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I − opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II − opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III − propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV − estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 385
Comparação entre as composições CR / CDN
Vice-presidente Vice-presidente
Pres. CD Pres. CD
Pres. SF Pres. SF
CD
Líderes maioria SF
CD
Líderes minoria SF
M Da justiça M Da justiça
M Relações exteriores
M Estado da Defesa
M Planejamento
6 cidadãos
386 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Conselho da Defesa Nacional (Art. 91) – Prof. André Vieira
Atribuições do CR e do CDN
IF / ED / ES
CR
Pronuncia-se
Cuidado Facultativo
Decretação ED / ES / IF
CR Organização
Lei Regulará
CDN Funcionamento
www.acasadoconcurseiro.com.br 387
CONSELHO DA REPÚBLICA – ELABORADO POR ANDRÉ VIEIRA
LÍDERES MAIORIA/MINORIA
LIDERES
VICE PRESIDENTE (CD
(CD e/ SF)
SF) 6 BRASILEIROS NATOS
JUSTIÇA
MEA
JUSTIÇA
ESTADO DE DEFESA
RELAÇÕES EXETERIORES
PLANEJAMENTO
388 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br 391
somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei
392 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
www.acasadoconcurseiro.com.br 393
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)
394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Conceitos Introdutórios
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do
www.acasadoconcurseiro.com.br 395
povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.
Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.
Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.
Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.
Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.
396 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 397
Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:
398 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.
Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam
www.acasadoconcurseiro.com.br 399
por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.
Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).
400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.
Prioridade de nomeação
www.acasadoconcurseiro.com.br 401
Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
Direito de greve
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.
Teto remuneratório
Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o
402 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.
Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF
Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ
Paridade de Vencimentos
Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
Mandato eletivo
www.acasadoconcurseiro.com.br 403
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.
Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:
404 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Acumulação lícita:
É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 405
SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS
Direito Administrativo
facebook.com/professoratatianamarcello
facebook.com/tatianamarcello
@tatianamarcello
Administração Pública na
Constituição Federal
Disposições Gerais
(art. 37 a 38)
406 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Conceitos Introdutórios
www.acasadoconcurseiro.com.br 407
• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
408 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.
• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
www.acasadoconcurseiro.com.br 409
• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.
410 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Agente Público
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Agentes
Públicos
Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)
www.acasadoconcurseiro.com.br 411
Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários
412 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
www.acasadoconcurseiro.com.br 413
Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
414 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
• Direito de greve
• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).
ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
www.acasadoconcurseiro.com.br 415
• Fixação e revisão geral da remuneração
• Teto remuneratório
• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.
416 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 417
Mandato eletivo
• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
418 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 419
Acumulação lícita:
420 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 421
Direito Constitucional
www.acasadoconcurseiro.com.br 423
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
424 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de
www.acasadoconcurseiro.com.br 425
cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
426 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199
2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)
www.acasadoconcurseiro.com.br 427
exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.
3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.
4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
428 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 429
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
430 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
• Estabilidade
3 anos
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
www.acasadoconcurseiro.com.br 431
• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.
• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
Reintegração
432 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
Disponibilidade
• Aposentadoria
www.acasadoconcurseiro.com.br 433
• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
Aposentadoria
• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.
434 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 435
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
www.acasadoconcurseiro.com.br 439
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
440 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios constitucionais da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 441
necessários para sua defesa. Desse princípio decorre o chamado “Princípio do Duplo Grau
de Jurisdição”, pelo qual o interessado tem o direito de recorrer das decisões que lhe sejam
desfavoráveis.
442 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios constitucionais da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 443
• Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
• Decorre desse princípio a vedação de que o agente público renuncie aos poderes
que lhe foram legalmente conferidos.
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
444 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios constitucionais da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
• Princípio da Legalidade
ØPara o os particulares: significa que “podem fazer tudo o que a lei não
proíba”;
ØPara a administração pública: significa que o administrador “só pode fazer o
que a lei autorize ou determine”.
• Princípio da Impessoalidade
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.
www.acasadoconcurseiro.com.br 445
• Princípio da Moralidade
• Princípio da Publicidade
446 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios constitucionais da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
• Princípio da Eficiência
• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.
• Princípio do Contraditório
www.acasadoconcurseiro.com.br 447
• Princípio da Ampla Defesa
• Princípio da Autotutela
448 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Princípios constitucionais da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
• Princípio da Motivação
• Princípio da Finalidade
www.acasadoconcurseiro.com.br 449
• Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade
• Implícitos na CF, esses princípios trazem a ideia de adequação entre meios e fins,
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
• O agente deve realizar suas funções com equilíbrio, coerência e bom senso.
• Princípio da Hierarquia
450 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
Concentração x Desconcentração
Centralização x Descentralização
• O DL 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal,
promovendo uma descentralização e flexibilização administrativa. Porém, é
extensível aos demais entes como norma geral.
www.acasadoconcurseiro.com.br 451
- União;
Políticas Tem - Estados;
competência
(Adm. Direta) legislativa - Municípios;
- DF.
Entidades
- Autarquia;
- Fundação
Administrativas Não tem Pública;
competência
(Adm. Indireta) legislativa - Sociedade de
Economia Mista;
- Empresa Pública.
Concentração x Desconcentração
Centralização x Descentralização
• Concentração Administrativa – desempenho das atribuições administrativas por
meio de órgão público sem divisão interna, ou seja, a ausência de distribuição de
tarefas entre as repartições internas (algo raríssimo);
X
• Desconcentração Administrativa – as atribuições são distribuídas entre órgãos
públicos, mas dentro da mesma pessoa jurídica.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
452 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Centralização, Descentralização, Concentração e Desconcentração – Profª Tatiana Marcello
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
U, E, DF, M
Administração
Iniciativa Privada
Indireta
(por delegação)
(por outorga)
- Autarquias;
- Concessionárias;
- Fundações Públicas;
- Permissionárias;
- Empresas Públicas;
- Autorizatários.
- Sociedade de Economia Mista.
DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
- Distribuição de competências entre - Distribuição de competências para uma
órgãos de uma mesma pessoa jurídica. nova pessoa jurídica.
- Há hierarquia entre esses órgãos. - Não há hierarquia entre o que
descentralizou e o ente descentralizado
(há vinculação, não subordinação).
- Os órgãos não têm personalidade - As entidades descentralizadas
jurídica, não podendo responder respondem juridicamente pelos prejuízos
judicialmente, mas as respectivas pessoas causados a terceiros.
jurídicas (U, E, M e DF) respondem.
Ex.: Transferência de uma competência de Ex.: Transferência dos serviços
um Ministério para uma Secretaria; ou previdenciários para uma Autarquia
prefeitura transfere competências para (INSS); ou transferência da manutenção de
uma sub-prefeitura. uma rodovia para uma Concessionária
(Pessoa Privada);
www.acasadoconcurseiro.com.br 453
Afirmações trazidas em questões de concurso
454 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
• Algumas características:
ØComposta pelos entes políticos União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
ØSão pessoas jurídicas de direito público.
ØPossuem competência legislativa e administrativa;
ØExigência de concurso público para ingresso de seus agentes;
ØQuadro de pessoal composto por servidores estatutários;
ØObrigatoriedade de licitação para a aquisição de bens e serviços.
www.acasadoconcurseiro.com.br 455
Direito Administrativo
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
• Obs.: nem toda entidades da A.I é criada para exercer funções administrativas ou
serviço público, pois existem EP e SEM que são criadas para a exploração de
atividades econômicas, conforme previsto na CF (art. 173).
www.acasadoconcurseiro.com.br 457
• Algumas características:
• CF, art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação.
458 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Administração Indireta – Profª Tatiana Marcello
• Agências Executivas (Lei 9.649/98) – não é nova forma de entidade e sim uma
“qualificação” que se dá a uma Autarquia ou Fundação, para que tenha maior
autonomia;
• Agências Reguladoras (ex.: ANATEL, ANS, ANVISA) – não é nova forma e si uma
espécie de “Autarquia em regime especial”, para que tenha maior estabilidade e
independência;
• Obs.: As Entidades Paraestatais NÃO integram a A.I. São pessoas privadas que
colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse público, sem
fins lucrativos (ex.: SENAI, SESI, SESC, OSCIP).
www.acasadoconcurseiro.com.br 459
Direito Administrativo
AUTARQUIA
Autarquia
• Conceito: O DL 200/1967 define como Autarquia - o serviço autônomo, criado por
lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
• Autarquia é criada para cumprir uma função típica do Estado, como se fosse uma
“continuação” do Estado.
ØCriadas e extintas diretamente por lei (CF, art. 37, XIX), não precisando de registro;
ØPossuem personalidade jurídica de direito público (se sujeitam ao regime jurídico
de direito público – têm as mesmas prerrogativas de Estado);
ØExercem atividades típicas de Estado;
ØEm regra, sujeitam-se a licitação e concurso público.
ØTrata-se de um serviço público personificado;
ØSeus agentes são servidores públicos estatutários.
www.acasadoconcurseiro.com.br 461
• Juízo competente (foro processual):
• Espécies de autarquias:
462 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
FUNDAÇÃO PÚBLICA
Fundação Pública
ØLei específica autoriza a criação e extinção, mas precisa de registro (CF, art. 37, XIX);
ØPossuem personalidade jurídica de direito público ou de direito privado
(dependendo da sua criação);
ØExercem funções sem fins lucrativos;
ØTrata-se de um patrimônio público personificado;
ØSeus agentes são servidores públicos estatutários.
www.acasadoconcurseiro.com.br 463
• Personalidade Jurídica de direito público x privado:
Fundação
Pública Privada
464 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
ØLei específica autoriza a criação e extinção, mas precisa de registro (CF, art. 37, XIX);
ØPossuem personalidade jurídica de direito privado (mas o regime jurídico é híbrido,
segue regras de direito público e de direito privado);
ØExercem exploração de atividade econômica e/ou serviços públicos;
ØEm regra, sujeitam-se a licitação (porém, as regras são mais flexíveis quando for
exploradora de atividade econômica) e concurso público.
ØEm regra, seus agentes são empregados públicos regidos pela CLT.
www.acasadoconcurseiro.com.br 465
Diferenças Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Capital: Capital:
Exclusivamente público! Misto, sendo maioria pública e parte
privada.
Obs.: se não tiver capital privado,
converte-se em empresa pública; se não
for a maioria público, será uma empresa
privada com participação estatal, que não
integra a administração.
466 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
1. Conceitos
“É o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário,
Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico” (Maria Sylvia Di Pietro)
“O conjunto de instrumentos que o ordenamento jurídico estabelece a fim de que a própria
administração pública, os Poderes Judiciário e Legislativo, e ainda o povo, diretamente ou por
meio de órgãos especializados, possam exercer o poder de fiscalização, orientação e revisão da
atuação administrativa de todos os órgãos, entidades e agentes públicos, em todas as esferas
de Poder” (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo)
O DL 200/1967 (disciplina a administração pública Federal, mas é aplicável de forma geral) traz
o controle como um dos princípios fundamentais da administração pública.
www.acasadoconcurseiro.com.br 467
É o controle exercido por um dos Poderes sobre os atos administrativos
Controle Externo praticados por outro Poder (Ex.: quando o judiciário anula um ato ilegal do
Executivo).
É o controle realizado pelo povo, diretamente ou através de órgãos com essa
função. Pelo princípio da indisponibilidade do interesse público, a CF prevê
diversos mecanismos para que o administrado possa verificar a regularidade
Controle Popular
da atuação da administração (Ex.: CF, art. 74, § 2º – qualquer cidadão, partido
político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União).
468 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Controle da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
•• Revogação – é a invalidação de ato legal e eficaz, que pode ser realizado apenas
pela Administração, quando entender que o mesmo é inconveniente ou inoportuno
(mérito), com efeitos não retroativos (ex nunc).
•• Anulação é a invalidação de um ato ilegítimo, que poderá se dar pela Administração ou
pelo Poder Judiciário (efeitos retroativos – ex tunc).
•• Conclui-se que, em relação aos atos administrativo, a Administração pode ANULAR ou
REVOGAR, porém, o Poder Judiciário pode apenas ANULAR.
a) Direito de Petição – Faculdade dada a qualquer pessoa para formular aos órgãos públicos
qualquer tipo de postulação, defendendo direito próprio ou de terceiro (ex.: art. 167 da Lei
10.098/94);
d) Controle Social – Controle feito pelo povo, seja um cidadão ou segmentos da sociedade;
e) Instrumentos Legais de Controle – Legislações que trazem limites aos órgãos e agentes
públicos (ex.: LC 101/200 – Lei de Responsabilidade Fiscal);
f) Recursos Administrativos – São formas de controle pelas quais o interessado busca uma
modificação/revisão de certo ato administrativo (Ex.: recurso previsto na Lei 9.784/99);
www.acasadoconcurseiro.com.br 469
g) Representação Administrativa – Instrumento pelo qual a pessoa pode denunciar irregula-
ridades, ilegalidades, condutas abusivas dos agentes ou órgãos públicos, com a finalidade
de que seja apurada a regularização do ato (aqui não se defende direito próprio ou de ter-
ceiro, apenas se denuncia ilegalidades ou irregularidades para que a Administração tome
as providências);
h) Reclamação Administrativa – Segundo Maria Sylvia Di Pietro “é o ato pelo qual o adminis-
trado, seja particular ou servidor público, deduz uma pretensão perante a Administração
Pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe
cause lesão ou ameaça de lesão”. O recorrente é o interessado direto.
i) Pedido de Reconsideração – Pedido formulado à própria autoridade emitiu o ato, a fim de
que reconsidere sua decisão;
j) Revisão do Processo – Direito dado ao servidor público de revisar processo no qual tenha
siso punido pela Administração, caso surjam novos fatos suscetíveis de provar sua inocên-
cia;
k) Recurso Hierárquico – Pode ser próprio (encaminhado à autoridade imediatamente supe-
rior, dentro do mesmo órgão, decorrente da hierarquia) ou pode ser impróprio (encami-
nhado para autoridade de outro órgão, nos casos de expressa permissão legal).
a) Controle político – que é exercido pessoalmente pelos parlamentares, nas hipóteses ex-
pressamente previstas na CF;
b) Controle financeiro – fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida com o auxilio
dos Tribunais de Contas: Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas dos Estados
(TCEs), Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e Tribunais de Contas dos Municípios
(TCMs).
470 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Controle da Administração Pública – Profª Tatiana Marcello
O controle judicial analisa exclusivamente controle de legalidade, não sendo permitido que
faça juízo de mérito sobre atos administrativos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 471
Direito Administrativo
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui- Art. 55. São cláusulas necessárias em todo con-
ção Federal, institui normas para licitações e trato as que estabeleçam:
contratos da Administração Pública e dá outras
providências. I – o objeto e seus elementos característi-
cos;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a II – o regime de execução ou a forma de for-
seguinte Lei: necimento;
www.acasadoconcurseiro.com.br 473
XI – a vinculação ao edital de licitação ou nômicos, conforme definido pelo Ministé-
ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao rio da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº
convite e à proposta do licitante vencedor; 11.079, de 2004)
XII – a legislação aplicável à execução do II – seguro-garantia; (Redação dada pela Lei
contrato e especialmente aos casos omis- nº 8.883, de 1994)
sos;
III – fiança bancária. (Redação dada pela Lei
XIII – a obrigação do contratado de manter, nº 8.883, de 8.6.94)
durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele § 2º A garantia a que se refere o caput des-
assumidas, todas as condições de habilita- te artigo não excederá a cinco por cento do
ção e qualificação exigidas na licitação. valor do contrato e terá seu valor atualizado
nas mesmas condições daquele, ressalva-
§ 1º (VETADO) do o previsto no parágrafo 3º deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº
8.883, de 1994) § 3º (VETADO)
§ 2º Nos contratos celebrados pela Admi- § 3º Para obras, serviços e fornecimentos
nistração Pública com pessoas físicas ou de grande vulto envolvendo alta complexi-
jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no dade técnica e riscos financeiros conside-
estrangeiro, deverá constar necessariamen- ráveis, demonstrados através de parecer
te cláusula que declare competente o foro tecnicamente aprovado pela autoridade
da sede da Administração para dirimir qual- competente, o limite de garantia previsto
quer questão contratual, salvo o disposto no parágrafo anterior poderá ser elevado
no § 6º do art. 32 desta Lei. para até dez por cento do valor do contrato.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3º No ato da liquidação da despesa, os
serviços de contabilidade comunicarão, aos § 4º A garantia prestada pelo contratado
órgãos incumbidos da arrecadação e fiscali- será liberada ou restituída após a execução
zação de tributos da União, Estado ou Mu- do contrato e, quando em dinheiro, atuali-
nicípio, as características e os valores pa- zada monetariamente.
gos, segundo o disposto no art. 63 da Lei no
4.320, de 17 de março de 1964. § 5º Nos casos de contratos que importem
na entrega de bens pela Administração, dos
Art. 56. A critério da autoridade competente, quais o contratado ficará depositário, ao va-
em cada caso, e desde que prevista no instru- lor da garantia deverá ser acrescido o valor
mento convocatório, poderá ser exigida presta- desses bens.
ção de garantia nas contratações de obras, ser-
viços e compras. Art. 57. A duração dos contratos regidos por
esta Lei ficará adstrita à vigência dos respecti-
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma vos créditos orçamentários, exceto quanto aos
das seguintes modalidades de garantia: (Re- relativos:
dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I – aos projetos cujos produtos estejam con-
I – caução em dinheiro ou em títulos da dí- templados nas metas estabelecidas no Pla-
vida pública, devendo estes ter sido emiti- no Plurianual, os quais poderão ser prorro-
dos sob a forma escritural, mediante regis- gados se houver interesse da Administração
tro em sistema centralizado de liquidação e e desde que isso tenha sido previsto no ato
de custódia autorizado pelo Banco Central convocatório;
do Brasil e avaliados pelos seus valores eco-
474 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécies e Características Contratos – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 475
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratan-
monetárias dos contratos administrativos tes às normas desta Lei e às cláusulas contratu-
não poderão ser alteradas sem prévia con- ais.
cordância do contratado.
Parágrafo único. A publicação resumida do
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as instrumento de contrato ou de seus adita-
cláusulas econômico-financeiras do contra- mentos na imprensa oficial, que é condição
to deverão ser revistas para que se mante- indispensável para sua eficácia, será provi-
nha o equilíbrio contratual. denciada pela Administração até o quinto
dia útil do mês seguinte ao de sua assina-
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato tura, para ocorrer no prazo de vinte dias da-
administrativo opera retroativamente impedin- quela data, qualquer que seja o seu valor,
do os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto
deveria produzir, além de desconstituir os já no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei
produzidos. nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Art. 62. O instrumento de contrato é obrigató-
Administração do dever de indenizar o con- rio nos casos de concorrência e de tomada de
tratado pelo que este houver executado até preços, bem como nas dispensas e inexigibili-
a data em que ela for declarada e por ou- dades cujos preços estejam compreendidos nos
tros prejuízos regularmente comprovados, limites destas duas modalidades de licitação, e
contanto que não lhe seja imputável, pro- facultativo nos demais em que a Administração
movendo-se a responsabilidade de quem puder substituí-lo por outros instrumentos há-
lhe deu causa. beis, tais como carta-contrato, nota de empe-
SEÇÃO II nho de despesa, autorização de compra ou or-
dem de execução de serviço.
Da Formalização dos Contratos
§ 1º A minuta do futuro contrato integrará
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão sempre o edital ou ato convocatório da lici-
lavrados nas repartições interessadas, as quais tação.
manterão arquivo cronológico dos seus autó-
grafos e registro sistemático do seu extrato, § 2º Em "carta contrato", "nota de empe-
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, nho de despesa", "autorização de compra",
que se formalizam por instrumento lavrado em "ordem de execução de serviço" ou outros
cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no instrumentos hábeis aplica-se, no que cou-
processo que lhe deu origem. ber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Reda-
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito
o contrato verbal com a Administração, sal- § 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a
vo o de pequenas compras de pronto paga- 61 desta Lei e demais normas gerais, no que
mento, assim entendidas aquelas de valor couber:
não superior a 5% (cinco por cento) do limi- I – aos contratos de seguro, de financiamen-
te estabelecido no art. 23, inciso II, alínea to, de locação em que o Poder Público seja
"a" desta Lei, feitas em regime de adianta- locatário, e aos demais cujo conteúdo seja
mento. regido, predominantemente, por norma de
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os no- direito privado;
mes das partes e os de seus representantes, a II – aos contratos em que a Administração
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, for parte como usuária de serviço público.
o número do processo da licitação, da dispensa
476 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécies e Características Contratos – Profª Tatiana Marcello
www.acasadoconcurseiro.com.br 477
SLIDES – CONCEITO, ESPÉCIES E CARACTERÍSTICAS CONTRATOS
Direito Administrativo
facebook.com/professoratatianamarcello
facebook.com/tatianamarcello
@tatianamarcello
Direito Administrativo
Contratos Administrativos
(Conceito, características e espécies)
478 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécies e Características Contratos – Profª Tatiana Marcello
Conceito e Objeto
• Contrato administrativo é o ajuste entre a administração pública, atuando na
qualidade de poder público, e particulares, firmado nos termos estipulados pela
própria administração contratante, em conformidade com o interesse público, e
sob regência predominante do direito público (Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo).
• Formação do contrato:
www.acasadoconcurseiro.com.br 479
• Não confundir:
Contratos Administrativos Contratos de Direito Privado da
Administração Pública
• Regidos pelo direito público (predomin) • Regidos pelo direito privado (predomin)
Legislação pertinente
• De acordo com a CF, as normas gerais, de caráter nacional, a respeito dos
contratos, são de competência privativa da União.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de
licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
480 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécies e Características Contratos – Profª Tatiana Marcello
• Lei 8.666/93 – estabelece as normas gerais a respeito dos contratos, sendo aplicável,
inclusive, subsidiariamente, nas demais hipóteses de contratos reguladas em leis
específicas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 481
• Lei 8.666/93. Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta
Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste (multa,
advertência, suspensão temporária de participação em licitação...);
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como
na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
• Formalismo
482 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Conceito, Espécies e Características Contratos – Profª Tatiana Marcello
• Contrato de Adesão
www.acasadoconcurseiro.com.br 483
• Presonalidade (intuitu personae)
• Isso significa que os contratos devem ser executados pela pessoa (física ou jurídica)
que se obrigou perante a administração.
484 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo
BENS PÚBLICOS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o II – os de uso especial, tais como edifícios
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- ou terrenos destinados a serviço ou estabe-
guinte Lei: lecimento da administração federal, estadu-
al, territorial ou municipal, inclusive os de
PARTE GERAL suas autarquias;
(...) III – os dominicais, que constituem o patri-
mônio das pessoas jurídicas de direito pú-
blico, como objeto de direito pessoal, ou
LIVRO II real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em
DOS BENS contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público a que se tenha dado estrutu-
TÍTULO ÚNICO ra de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do
Das Diferentes Classes de Bens povo e os de uso especial são inalienáveis, en-
(...) quanto conservarem a sua qualificação, na for-
ma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem
ser alienados, observadas as exigências da lei.
CAPÍTULO III
DOS BENS PÚBLICOS Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a
usucapião.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacio-
nal pertencentes às pessoas jurídicas de direito Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode
público interno; todos os outros são particula- ser gratuito ou retribuído, conforme for estabe-
res, seja qual for a pessoa a que pertencerem. lecido legalmente pela entidade a cuja adminis-
tração pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
(...)
I – os de uso comum do povo, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças;
www.acasadoconcurseiro.com.br 485
SLIDES – BENS PÚBLICOS
Conceito
• Código Civil - Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem.
• Pessoa Jurídicas de Direito Público Interno - Art. 41. São pessoas jurídicas de
direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
• Corrente Inclusivista – consideram que são bens públicos todos aqueles que
pertencem á Administração Pública Direta e Indireta (incluindo Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista).
• Corrente Mista – ponto de vista intermediário que considera bens públicos os que
pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, bem como aqueles que
estejam afetados à prestação de um serviço público.
486 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Bens Públicos – Profª Tatiana Marcello
Classificação
• 1 – Quanto à forma de utilização:
www.acasadoconcurseiro.com.br 487
• 2 – Quanto à titularidade:
• Res nullius – são coisas que “não pertencem a ninguém” (não são públicos nem
particulares), como animais selvagens, conchas da praia, pérolas das ostras do
fundo do mar...
488 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Bens Públicos – Profª Tatiana Marcello
• A Lei não faz referência aos bens dos Municípios, Distrito Federal e Territórios, mas
deve-se compreender todos os bens onde estão instaladas suas repartições
públicas e equipamentos destinados aos serviços públicos dos respectivos entes.
• 3 – Quanto à disponibilidade:
• a) bens indisponíveis por natureza – são aqueles que, devido à sua condição não-
patrimonial, não podem ser alienados ou onerados; são bens de uso comum do
povo destinados à utilização universal e difusa (ex.: ar, meio ambiente, mares...);
• b) bens patrimoniais indisponíveis – são os que tem condição patrimonial, mas que
por pertencerem à categoria dos bens de uso comum do povo ou de uso especial, a
lei lhes confere o caráter de inalienabilidade enquanto mantiverem tal condição, ou
seja, naturalmente poderiam ser alienados, mas legalmente, não (ex.: ruas, praças,
imóvel onde está instalada a prefeitura...);
www.acasadoconcurseiro.com.br 489
Atributos/Características
Ø a) Inalienabilidade
• Código Civil - Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial
são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
• Código Civil - Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei.
• Em regra, os bens públicos não podem ser alienados (nem usucapidos, nem
desapropriados...). Em relação aos bens afetados (de uso comum do povo e de uso
especial) não há possibilidade de alienação enquanto mantiverem essa condição. Em
relação aos bens desafetados (dominicais), até podem ser alienados, porém há
exigências legais a serem cumpridas (chamada alienabilidade condicionada).
Ø b) Impenhorabilidade
490 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Bens Públicos – Profª Tatiana Marcello
Ø c) Imprescritibilidade
Ø d) Não onerabilidade
• Significa que nenhum ônus real (ex.: hipoteca, penhora, usufruto...) pode recair
sobre os bens públicos.
Afetação e Desafetação
• Afetação – é quando um bem está vinculado a uma finalidade pública (está
afetado). Em regra, os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial são
afetados. Ex.: prédio público onde funciona uma escola pública está afetado à
prestação desse serviço.
www.acasadoconcurseiro.com.br 491
Direito Administrativo
SERVIÇOS PÚBLICOS
Disposições Preliminares
CF – Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
-‐
Autarquias;
-‐
Concessionárias;
-‐
Fundações
Públicas;
-‐
Permissionárias;
-‐
Empresas
Públicas;
-‐
Autorizatários
(exceção).
-‐
Sociedade
de
Economia
Mista.
www.acasadoconcurseiro.com.br 493
•• Portanto, serviço público é de titularidade do Poder Público, que poderá prestá-lo de
forma direta (através do órgãos da administração direta e entidades da indireta) ou indireta
(por delegação, mediante concessão, permissão ou autorização).
•• Ao tratarmos de serviços públicos, devemos considerar o chamado sentido objetivo (serviço
público como atividade) e não o sentido subjetivo (serviço público como o conjunto de
órgãos e entidades da Administração que desempenham atividades administrativas).
•• Há serviços públicos de titularidade exclusiva do Estado, e que somente podem ser
executados por particulares mediante delegação (concessão ou permissão), como é o
caso do transporte coletivo, telecomunicações, energia elétrica... Mas há serviços públicos
que devem ser prestados pelo Estado, mas não de forma exclusiva, sendo abertos à livre
iniciativa, ou seja, podem ser prestadas complementarmente pelo setor privado, como
serviço privado (não estão submetidos ao regime de delegação); como é o exemplo dos
serviços de educação e saúde.
•• Nesse caso de serviços prestados pela iniciativa provada, estão os “direito fundamentais
sociais” do art. 6º da CF que estão descrito no Capítulo VIII: educação, saúde, cultura,
previdência social...
•• Quando se tratar desses serviço que também podem ser livremente exercidos pela iniciativa
privada, tratam-se de um serviços privados (precisam apenas de anuência do Estado).
Conceito
•• José dos Santos Carvalho Filho – toda atividade prestada pelo Estado ou por seus
delegados, basicamente sob regime jurídico de direito público, com vistas à satisfação de
necessidades essenciais e secundárias da coletividade.
•• Hely Lopes Meirelles – serviço público é todo aquele prestado pela administração ou por
seus delegados, sob normas e controle estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado.
•• Maria Sylvia Di Pietro – serviço público é toda atividade material que a lei atribui ao Estado
para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer
concretamente as necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente
público.
494 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Serviços Públicos – Profª Tatiana Marcello
•• Serviços gerais (uti universi) – são aqueles indivisíveis, prestados a toda coletividade,
indistintamente, sendo seus usuários indeterminados e indetermináveis; como não é
possível identificar seus beneficiários nem mensurar sua utilização, não há como instituir
cobrança de taxas ou tarifas; sendo mantidos por impostos (ex.: iluminação pública,
varrição de rua, segurança pública...).
X
•• Serviços individuais (uti singuli) – são serviços prestados individualmente, ou seja,
divisíveis, prestados a beneficiários determinados. Como é possível identificar cada usuário
e mensurar a utilização do serviço, pode haver a instituição de tarifas ou taxas (e.: coleta
de lixo domiciliar, transporte público, telefonia fixa, fornecimento de água, gás, energia...).
•• Serviços delegáveis – são aqueles que podem ser prestados diretamente pelo próprio
Estado (através da sua administração direta e indireta), ou alternativamente, pela iniciativa
privada, mediante contratos de concessão ou permissão; ou ainda por ato administrativo de
autorização (ex.: telefonia pública, transporte coletivo, fornecimento de energia elétrica...).
X
•• Serviços indelegáveis – são aqueles que podem ser prestados somente pelo Estado, seja
centralizadamente (por seus órgãos da administração direta) ou descentralizadamente
pelas pessoas jurídicas de direito público da administração indireta (ex.: garantia de
segurança nacional, segurança interna, fiscalização de atividades...).
•• Serviços públicos administrativos – são atividades internas da Administração, que não
são atividades diretamente fruiveis pela população, mas que beneficiam indretamente a
coletividade, já que irão assegurar a efetiva prestação dos serviços públicos diretamente
fruiveis pela população (ex.: imprensa oficial...).
X
•• Serviços públicos sociais – aqueles que devem ser obrigatoriamente prestados pelo Estado
(embora não sejam exclusivamente, já que a iniciativa privada também pode prestá-los a
título de serviço privado); ou seja, o Estado tem a obrigação de prestar, mas não de forma
exclusiva (ex.: educação; saúde; assistência social...).
X
•• Serviços públicos econômicos (comerciais ou industriais) – aqueles que se enquadram
como atividade econômica em sentido amplo, com possibilidade de serem explorados
com intuito de lucro; são atividades de titularidade exclusiva do Estado, que pode exercê-
las diretamente ou por meio de delegação (ex.: telefonia; fornecimento de energia elétrica,
transporte coletivo...).
www.acasadoconcurseiro.com.br 495
•• Obs.: atividades econômicas em sentido estrito (art. 173, CF) não se enquadram como
serviços públicos, pois são prestadas mediante regime jurídico de direito privado (ex.:
conta-corrente no BB).
•• Serviços públicos propriamente ditos – são dotados de essencialidade para a coletividade
(ex.: polícia; saúde pública; defesa nacional...).
X
•• Serviços de utilidade pública – são convenientes, importantes, úteis, mas não essenciais
(ex.: telefonia...).
•• Prevê a CF que: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão.
Nesse sentido, a União editou a Lei 8.987/95 trazendo normas gerais sobre os regimes de
concessão e permissão de serviços públicos. É uma lei de caráter nacional, aplicável a todos os
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Há leis que disciplinam serviços ou contratos específicos, sendo que a Lei 8.987/95 será aplicada
apenas parcial ou subsidiariamente, como é o caso da Lei 11.079/04 que disciplina a licitação e
contratação de Parcerias Público-privadas (PPPs), as quais são dotadas de peculiaridades que
as distinguem das concessões comuns.
Os demais entes federados podem editar leis próprias sobre concessões e permissões, desde
que não contrariem a lei geral.
A Lei 8.987/95 não faz distinção entre concessão e permissão, limitando-se a tratar das
concessões; apenas referindo no parágrafo único do art. 40 que “Aplica-se às permissões o
disposto nesta Lei”.
Portanto, o regramento jurídico aplicável às concessões é o mesmo aplicável às permissões,
sedo que as diferenciações são mais no campo acadêmico do que prático.
Aliás, o próprio STF já afirmou que a CF “afastou qualquer distinção conceitual entre permissão
e concessão, ao conferir àquela o caráter contratual desta”.
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência
se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de
concessão ou permissão;
496 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Serviços Públicos – Profª Tatiana Marcello
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado;
IV – permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Poder
concedente
(U,
E,
DF
e
M)
-‐
Concessionárias
-‐
Permissionárias
CONCESSÃO PERMISSÃO
Delegação de serviços público. Delegação de serviços público.
Poder Público transfere a execução. Poder Público transfere a execução.
Prestação por conta e risco da concessionária, Prestação por conta e risco da concessionária,
sob fiscalização do poder concedente. sob fiscalização do poder concedente.
Sempre precedida de licitação, na modalidade Sempre precedida de licitação, mas a lei não
concorrência. define a modalidade.
Natureza contratual, mas a lei define que será
Natureza contratual.
contrato de adesão.
Prazo determinado, podendo haver prorrogação,
Prazo determinado, podendo haver prorrogação.
mas a lei não diz expressamente.
Celebração com PJ ou consórcios de empresas. Celebração com PF ou PJ.
Delegação a título precário. Revogável unilateral-
Não há precariedade. Não é cabível revogação.
mente pelo poder concedente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 497
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de
água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
•• A delegação através e autorização é feita por ato administrativo (não há licitação).
•• Obs.: não confundir autorização (instrumento de delegação) com a autorização (poder de
polícia) que é dada pelo Poder Público como condição para prática de alguma atividade
privada (ex.: autorização para abrir uma escola privada).
•• Autorização (instrumento de delegação) é ato pelo qual se delega a terceiro uma atividade
de titularidade exclusiva do Poder público.
•• A autorização é precária (sujeita a modificação ou revogação discricionária) e, em regra, é
outorgada sem prazo determinado.
•• Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo definem “autorização de serviço público como o
ato administrativo discricionário mediante o qual é delegada a um particular, em caráter
precário, a prestação de serviço público que não exija elevado grau de especialização
técnica, nem vultuoso aporte de capital. É modalidade de delegação que não exige
licitação, e sua utilização é adequada, regra geral, em casos de emergência, ou em situações
transitórias ou especiais, ou, ainda, quando o serviço seja prestado a usuários restritos, em
benefício exclusivo ou principal do próprio particular autorizado”.
498 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica
www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público
www.acasadoconcurseiro.com.br 501
III – preservar os interesses gerais e coleti- mente convocada para o mesmo local, sen-
vos; do apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente, que, no Município, é o Prefeito
IV – promover o bem de todos, sem distin- ou aquele a quem ele delegar a atribuição.
ção de origem, raça, sexo, cor, credo religio-
so, idade, ou quaisquer outras formas de § 3º Nos processos administrativos, qual-
discriminação; quer que seja o objeto e o procedimento,
observar-se-ão, entre outros requisitos de
V – proporcionar aos seus habitantes con- validade, a publicidade, o contraditório,
dições de vida compatíveis com a dignidade a defesa ampla e o despacho ou a decisão
humana, a justiça social e o bem comum; motivados.
VI – priorizar o atendimento das deman- § 4º Todos têm o direito de requerer e obter
das da sociedade civil de educação, saúde, informação sobre projeto do Poder Público,
transporte, moradia, abastecimento, lazer e ressalvada aquela cujo sigilo seja, tempora-
assistência social; riamente, imprescindível à segurança da so-
VII – preservar a sua identidade, adequan- ciedade e do Município, nos termos da lei,
do as exigências do desenvolvimento à pre- que fixará também o prazo em que deva ser
servação de sua memória, tradição e pecu- prestada a informação.
liaridades; § 5º Independe de pagamento de taxa ou
VIII – valorizar e desenvolver a sua vocação emolumentos, ou de garantia de instância,
de centro aglutinador e irradiador da cultu- o exercício do direito de petição ou repre-
ra brasileira. sentação, bem como a obtenção de certi-
dão, devendo o Poder Público fornecê-la
Parágrafo único. O Município concorrerá, no prazo máximo de trinta dias, para defesa
nos limites de sua competência, para a con- de direitos ou esclarecimentos de interesse
secução dos objetivos fundamentais da Re- pessoal ou coletivo.
pública e prioritários do Estado.
§ 6º É direito de qualquer cidadão e entida-
de legalmente constituída denunciar às au-
TÍTULO II toridades competentes a prática, por órgão
ou entidade pública ou por delegatário de
Dos Direitos e Garantias serviço público, de atos lesivos aos direitos
Fundamentais dos usuários, incumbindo ao Poder Público
apurar sua veracidade e aplicar as sanções
Art. 4º O Município assegura, no seu território cabíveis, sob pena de responsabilização.
e nos limites de sua competência, os direitos e
garantias fundamentais que a Constituição da § 7º Será punido, nos termos da lei, o agen-
República confere aos brasileiros e aos estran- te público que, no exercício de suas atribui-
geiros residentes no País. ções e independentemente da função que
exerça, violar direito previsto nas Constitui-
§ 1º Nenhuma pessoa será discriminada, ou ções da República e do Estado e nesta Lei
de qualquer forma prejudicada, pelo fato de Orgânica.
litigar com órgão ou entidade municipal, no
âmbito administrativo ou judicial. § 8º Incide na penalidade de destituição
de mandato administrativo ou de cargo ou
§ 2º Todos podem reunir-se pacificamente, função de direção, em órgão ou entidade da
sem armas, em locais abertos ao público, administração pública, o agente público que
independentemente de autorização, desde deixar injustificadamente de sanar, dentro
que não frustrem outra reunião anterior- de sessenta dias da data do requerimento
502 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 503
VII – organizar e prestar, diretamente ou XVII – participar, autorizado por lei, da cria-
mediante delegação, os serviços públicos ção de entidade intermunicipal para a reali-
de interesse local, incluído o de transporte zação de obra, o exercício de atividade ou a
coletivo, que tem caráter essencial; execução de serviço específico de interesse
comum;
VIII – fixar os preços dos bens e serviços pú-
blicos; XVIII – fiscalizar a produção, a conservação,
o comércio e o transporte de gênero ali-
IX – promover adequado ordenamento ter- mentício e produto farmacêutico destina-
ritorial, mediante planejamento e controle dos ao abastecimento público, bem como
do parcelamento, da ocupação e do uso do de substância potencialmente nociva ao
solo urbano; meio ambiente, à saúde e ao bem-estar da
X – administrar seus bens, adquiri-los e alie- população;
ná-los, aceitar doações, legados e heranças, XIX – licenciar a construção de qualquer
e dispor sobre sua aplicação; obra;
XI – desapropriar bens, por necessidade ou XX – licenciar estabelecimento industrial,
utilidade pública, ou por interesse social, comercial, prestador de serviços similares e
nos casos previstos em lei; cassar o alvará de licença dos que se torna-
XII – estabelecer servidões administrativas rem danosos ao meio ambiente, à saúde ou
necessárias à realização de seus serviços, ao bem-estar da população;
inclusive os prestados mediante delegação, XXI – fixar o horário de funcionamento de
e, em caso de iminente perigo ou calamida- estabelecimentos referidos no inciso ante-
de pública, ocupar e usar de propriedade rior;
particular, bens e serviços, assegurada inde-
nização ulterior, se houver dano; XXII – regulamentar e fiscalizar o comércio
ambulante, inclusive o de papéis e de ou-
XIII – estabelecer o regime jurídico único de tros resíduos recicláveis;
seus servidores e os respectivos planos de
carreira; XXIII – interditar edificações em ruínas ou
em condições de insalubridade e as que
XIV – constituir guarda municipal destinada apresentem as irregularidades previstas na
à proteção de seus bens, serviços e instala- legislação específica, bem como fazer de-
ções, nos termos da Constituição da Repú- molir construções que ameacem a seguran-
blica; ça individual ou coletiva;
XV – associar-se a outros municípios do XXIV – regulamentar e fiscalizar a instalação
mesmo complexo geoeconômico e social, e o funcionamento de aparelho de trans-
mediante convênio previamente aprovado porte;
pela Câmara, para a gestão, sob planeja-
mento, de funções públicas ou serviços de XXV – licenciar e fiscalizar, nos locais sujei-
interesse comum, de forma permanente ou tos ao seu poder de polícia, a fixação de car-
transitória; tazes, anúncios e quaisquer outros meios
de publicidade e propaganda;
XVI – cooperar com a União e o Estado, nos
termos de convênio ou consórcio previa- XXVI – regulamentar e fiscalizar, na área de
mente aprovados pela Câmara, na execução sua competência, os espetáculos e os diver-
de serviços e obras de interesse para o de- timentos públicos;
senvolvimento local;
504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 505
Art. 19. A atividade administrativa, subordinada cunscrição, atribuição, organização e funciona-
ou vinculada ao Prefeito Municipal, se organiza- mento definidos em lei.
rá em sistemas, integrados por:
Parágrafo único. As diretrizes, metas e prio-
I – órgão central de direção e coordenação; ridades da administração municipal serão
definidas, para cada Administração Regio-
II – entidade da administração indireta, se nal, nas leis de que trata o art. 125.
houver;
Art. 22. Funcionará junto a cada Administração
III – unidade administrativa. Regional uma instância, com atribuições de:
§ 1º Secretaria Municipal é o órgão central I – relacionar as carências e reivindicações
de cada sistema administrativo. regionais, nas áreas, entre outras, de saú-
§ 2º Unidade administrativa é a parte de de, educação, habitação, transporte, sane-
órgão central ou de entidade da administra- amento básico, meio ambiente, urbaniza-
ção indireta. ção, cultura, esporte e lazer e nas relativas
à criança, ao adolescente e ao portador de
Art. 20. Funcionará junto a cada sistema admi- deficiência, e hierarquizar as prioridades;
nistrativo uma instância, com atribuições de:
II – participar da elaboração de planos de
I – participar da elaboração de política de obras prioritárias para a região e do levanta-
ação do Poder Público para o setor; mento de seus custos;
II – participar da elaboração de planos e III – analisar e manifestar-se sobre o plano
programas para o setor e do levantamento diretor, o plano plurianual, as diretrizes or-
de seus custos; çamentárias e o orçamento anual;
III – analisar e manifestar-se sobre o plano IV – acompanhar e fiscalizar as ações regio-
diretor, o plano plurianual, as diretrizes or- nais do Poder Público;
çamentárias e o orçamento anual;
V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de
IV – acompanhar e fiscalizar a execução de recursos públicos destinados à região;
plano e programas setoriais;
VI – elaborar proposta de solução para pro-
V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de blema da região.
recursos públicos destinados ao setor;
Art. 23. As instâncias de que tratam os arts. 20
VI – manifestar-se sobre proposta de altera- e 22 atuarão de forma autônoma e independen-
ção na legislação pertinente à atividade do te do Poder Público, nos termos fixados em lei,
setor. sendo-lhes garantido o livre acesso a documen-
Parágrafo único. Admitir-se-á o funciona- tos e informações de que necessitar.
mento de instâncias junto a sistema admi- § 1º A composição, organização e funcio-
nistrativo ou a órgão ou entidade da admi- namento das instâncias serão definidos em
nistração pública, nos termos do art. 23 e estatutos próprios, registrados em cartório
seus parágrafos, voltados para as áreas de e protocolados no órgão junto ao qual cada
interesse específicos da criança, do adoles- instância atuará.
cente, do idoso, do portador de deficiência,
do negro e da mulher. § 2º A participação nas instâncias não acar-
retará qualquer ônus para o Município.
Art. 21. Administração Regional é a unidade
descentralizada do Poder Executivo, com cir- Art. 23 com redação dada pela Emenda à Lei Or-
gânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 1º)
506 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 507
Art. 34. A alienação de bem imóvel público não § 3º O disposto no inciso III do parágrafo an-
edificado depende de interesse público, avalia- terior depende de prévia autorização legis-
ção prévia, autorização legislativa e licitação, lativa.
observadas, quanto a esta, as exceções previs-
tas em lei. § 4º Nos casos em que for dispensada a Au-
torização legislativa, o Executivo encami-
§ 1º São inalienáveis os bens imóveis públi- nhará à Câmara relatório explicando a alie-
cos, edificados ou não, utilizados pela po- nação feita, particularmente sobre o preço,
pulação em atividades de lazer, esporte e se for o caso, e os critérios de escolha do
cultura, os quais somente poderão ser utili- adquirente.
zados para outros fins se o interesse público
o justificar e mediante autorização legislati- Art. 38. O uso especial de bem patrimonial do
va. Município por terceiro será objeto, na forma da
lei, de:
§ 2º A autorização legislativa mencionada
neste artigo e no art. 33 é sempre prévia e I – concessão, mediante contrato de direito
depende do voto da maioria dos membros público, remunerada ou gratuita, ou a título
da Câmara. de direito real resolúvel;
508 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
dos, garantido o acesso às informações ne- II – nas sociedades de economia mista, nas
les contidas. empresas públicas e nas demais entidades
de direito privado sob o controle direto ou
§ 2º Os imóveis não-edificados deverão ser indireto do Município, por empregado pú-
murados ou cercados e identificados com blico, ocupante de emprego público ou fun-
placas indicativas da propriedade munici- ção de confiança.
pal.
Art. 45. Os cargos, empregos e funções são
Art. 40. É vedado ao Poder Público edificar, des- acessíveis aos brasileiros que preencham os re-
caracterizar ou abrir vias públicas em praças, quisitos estabelecidos em lei.
parques, reservas ecológicas e espaços tomba-
dos do Município, ressalvadas as construções § 1º A investidura em cargo ou emprego
estritamente necessárias à preservação e ao público depende de aprovação prévia em
aperfeiçoamento das mencionadas áreas. concurso público de provas, ou de provas e
títulos, ressalvadas as nomeações para car-
Art. 41. O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às go em comissão declarado em lei de livre
autarquias e às fundações públicas. nomeação e exoneração.
Art. 42. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Verea- § 2º O prazo de validade do concurso públi-
dores, os ocupantes de cargo em comissão ou co é de até dois anos, prorrogável, uma vez,
função de confiança, as pessoas ligadas a qual- por igual período.
quer deles por matrimônio ou parentesco, afim
ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por § 3º Durante o prazo improrrogável previs-
adoção, e os servidores e empregados públicos to no edital de convocação, o aprovado em
municipais não poderão firmar contrato com o concurso público será convocado, observa-
Município, subsistindo a proibição até seis me- da a ordem de classificação, com prioridade
ses após findas as respectivas funções. sobre novos concursados, para assumir o
cargo ou emprego na carreira.
Art. 43. É vedada a contratação de empresas,
inclusive as locadoras de mão-de-obra, para a § 4º A inobservância do disposto nos pará-
execução de tarefas próprias e permanentes de grafos anteriores implica nulidade do ato e
órgãos e entidades da administração pública, punição da autoridade responsável, nos ter-
salvo as situações de emergência, bem como as mos da lei.
atividades sazonais ou para as quais a manuten-
ção de pessoal técnico e operacional e de equi- § 5º Ao servidor público municipal são ga-
pamentos e instalações seja inconveniente ao rantidos, nos concursos públicos, cinco por
interesse público, nos termos da lei. cento da pontuação total dos títulos, por
ano de serviço prestado, mediante subordi-
nação, à administração pública do Municí-
pio, até o máximo de trinta por cento.
CAPÍTULO V Art. 46. A lei estabelecerá os casos de contra-
DOS SERVIDORES PÚBLICOS tação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interes-
Art. 44. A atividade administrativa permanente se público.
é exercida:
§ 1º O disposto no artigo não se aplica a
I – em qualquer dos Poderes do Município, funções de magistério.
nas autarquias e nas fundações públicas,
por servidor público, ocupante de cargo pú- § 2º É vedado o desvio de função de pessoa
blico, em caráter efetivo ou em comissão, contratada na forma autorizada no artigo,
ou de função pública; bem como sua recontratação, sob pena de
www.acasadoconcurseiro.com.br 509
nulidade do contrato e responsabilização § 5º Os vencimentos do servidor público
administrativa e civil da autoridade contra- são irredutíveis, e a remuneração observa-
tante. rá o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo e
os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II,
Art. 47. Serão exercidos por servidores ou em- 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição da Re-
pregados públicos municipais os cargos em co- pública.
missão e as funções de confiança da adminis-
tração direta, inferiores, no Poder Executivo, ao § 6º Serão corrigidos mensalmente, de
terceiro nível hierárquico da estrutura organiza- acordo com os índices oficiais aplicáveis, os
cional e, no Poder Legislativo, ao primeiro nível. vencimentos, vantagens ou qualquer parce-
la remuneratória pagos com atraso ao servi-
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto dor público.
no artigo os cargos e funções de assessoria,
apoio e execução estabelecidos em lei. § 7º É assegurado aos servidores públicos e
às suas entidades representativas o direito
Art. 48. Na administração indireta, os cargos ou de reunião nos locais de trabalho, após pré-
empregos de provimento em comissão e as fun- via comunicação à chefia imediata, e desde
ções de confiança, inferiores ao primeiro nível que o atendimento externo ao público, se
hierárquico da estrutura organizacional, e meta- houver, não sofra interrupção.
de dos cargos e funções da administração supe-
rior serão exercidos por servidores ou emprega- Art. 49-A. Fica proibida a nomeação ou a desig-
dos de carreira da respectiva entidade. nação para cargos ou empregos de direção, che-
fia e assessoramento, na administração direta e
Art. 49. A revisão geral da remuneração do indireta do Município, de pessoa declarada ine-
servidor público, sob um índice único, far-se- legível em razão de condenação pela prática de
-á sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, ato ilícito, nos termos da legislação federal.
assegurada a preservação mensal de seu poder
aquisitivo, desde que respeitados os limites a § 1º Incorrem na mesma proibição de que
que se refere a Constituição da República. trata este artigo os detentores de mandato
eletivo declarados inelegíveis por renuncia-
§ 1º A lei fixará o limite máximo e a relação rem a seus mandatos desde o oferecimento
entre a maior e a menor remuneração dos de representação ou petição capaz de auto-
servidores públicos, a qual não poderá ex- rizar a abertura de processo por infringên-
ceder a percebida, em espécie, a qualquer cia a dispositivo da Constituição Federal, da
título, pelo Prefeito. Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do
§ 2º Os vencimentos dos cargos do Poder Município ou do Distrito Federal.
Legislativo não podem ser superiores aos § 2º Fica o servidor nomeado ou designado
percebidos no Poder Executivo. obrigado a apresentar, antes da posse, de-
§ 3º É vedada a vinculação ou equiparação claração de que não se encontra na situação
de vencimentos para efeito de remunera- de vedação de que trata este artigo. (NR)
ção de pessoal do serviço público, ressalva- Art. 49-B. Não poderão prestar serviço a órgãos
do o disposto nesta Lei Orgânica. e entidades do Município os trabalhadores das
§ 4º Os acréscimos pecuniários percebidos empresas contratadas declarados inelegíveis
por servidor público não serão computados em resultado de decisão transitada em julgado
nem acumulados, para o fim de concessão ou proferida por órgão colegiado relativa a, pelo
de acréscimo ulterior, sob o mesmo título menos, uma das seguintes situações:
ou idêntico fundamento. I – representação contra sua pessoa julgada
procedente pela Justiça Eleitoral em proces-
510 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 511
assegurados os direitos e vantagens a ele § 1º declarado inconstitucional pelo Tribu-
inerentes, até seu definitivo aproveitamen- nal de Justiça (ADIN nº 159, do Tribunal de
to em outro cargo, de atribuições afins, res- Justiça do Estado de Minas Gerais
peitada a habilitação exigida, ou até a apo-
sentadoria. § 2º Para os fins do inciso II, é assegurado o
cômputo integral do tempo de serviço pú-
§ 3º Para provimento de cargo de natureza blico.
técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação
profissional. § 3º Haverá, na administração pública, ser-
viços especializados em segurança e medi-
Art. 56. O Município assegurará ao servidor os cina do trabalho e comissões internas de
direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, prevenção de acidentes, com atribuições
VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX definidas em lei.
da Constituição da República e os que, nos ter-
mos da lei, visem à melhoria de sua condição § 4º O servidor público, incluído o das au-
social e à produtividade no serviço público, es- tarquias e fundações, detentor de título
pecialmente: declaratório que lhe assegure direito à con-
tinuidade de percepção da remuneração
I – duração do trabalho normal não-supe- de cargo de provimento em comissão, tem
rior a oito horas diárias e quarenta sema- direito aos vencimentos, às gratificações e
nais, facultada a compensação de horários a todas as demais vantagens inerentes ao
e a redução da jornada nos termos em que cargo em relação ao qual tenha ocorrido o
dispuser a lei; apostilamento, ainda que decorrentes de
transformação ou reclassificação posterio-
II – adicionais por tempo de serviço; res.
III – férias-prêmio, com duração de 6 (seis) Art. 57. A lei assegurará ao servidor público da
meses, adquiridas a cada período de 10 administração direta isonomia de vencimentos
(dez) anos de efetivo exercício na adminis- para cargos de atribuições iguais ou assemelha-
tração pública, admitida a sua conversão dos do mesmo Poder, ou entre servidores dos
em espécie, a título de indenização, por poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as
opção do servidor, ou, para efeito de apo- vantagens de caráter individual e as relativas à
sentadoria, a contagem em dobro das não- natureza ou ao local de trabalho.
-gozadas;
Art. 58. É livre a associação profissional ou sin-
IV – assistência e previdência sociais, exten- dical dos servidores públicos, nos termos da
sivas ao cônjuge ou companheiro e aos de- Constituição da República.
pendentes;
Parágrafo único. É garantida a liberação de
V – atendimento gratuito, em creche e pré- servidor ou empregado público para o exer-
-escola, aos filhos e dependentes, desde o cício de mandato eletivo em diretoria exe-
nascimento até seis anos de idade; cutiva de entidade sindical, sem prejuízo da
VI – licença a gestante, com duração de cen- remuneração e dos demais direitos e vanta-
to e vinte dias e, nos termos da lei, a ado- gens de seu cargo ou emprego, exceto pro-
tante, sem prejuízo da remuneração; moção por merecimento.
512 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
Art. 60. É estável, após dois anos de efetivo IV – ajuda à manutenção dos dependentes
exercício, o servidor público nomeado em virtu- dos beneficiários.
de de concurso público.
§ 2º O plano será custeado com o produ-
§ 1º O servidor público estável só perderá o to da arrecadação de contribuições sociais
cargo em virtude de sentença judicial transi- obrigatórias do servidor público e do agente
tada em julgado ou processo administrativo político, do Poder, do órgão ou da entidade
em que lhe seja assegurada ampla defesa. a que se encontra vinculado, e de outras
fontes de receita definidas em lei.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a de-
missão do servidor público estável, será ele § 3º A contribuição mensal do servidor pú-
reintegrado no cargo anteriormente ocu- blico e do agente político será diferenciada
pado, com ressarcimento de todas as van- em razão da remuneração, na forma da lei,
tagens, sendo o eventual ocupante da vaga e não será superior a um terço do valor atu-
reconduzido ao cargo de origem, sem direi- arialmente exigível.
to a indenização, aproveitado em outro car-
go ou posto em disponibilidade. § 4º Os benefícios do plano serão concedi-
dos nos termos e nas condições estabeleci-
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- dos em lei e compreendem:
necessidade, o servidor público estável fica-
rá em disponibilidade remunerada, até seu I – quanto ao servidor público e agente po-
adequado aproveitamento em outro cargo lítico:
de atribuições e vencimentos compatíveis a) aposentadoria;
com o anteriormente ocupado, respeitada a
habilitação exigida. b) auxílio-natalidade;
www.acasadoconcurseiro.com.br 513
§ 7º O Poder, o órgão ou a entidade a que se § 4º Os proventos da aposentadoria e as
vincule o servidor público ou o agente polí- pensões por morte, nunca inferiores ao
tico terá, após os descontos, o prazo de dez salário mínimo, serão revistos, na mesma
dias para recolher as respectivas contribui- proporção e na mesma data, sempre que
ções sociais, sob pena de responsabilização se modificar a remuneração do servidor em
do seu preposto e pagamento dos acrésci- atividade.
mos definidos em lei.
§ 5º Serão estendidos ao inativo os bene-
Art. 63. O servidor público será aposentado: fícios ou vantagens posteriormente con-
cedidos ao servidor em atividade, mesmo
I – por invalidez permanente, com proven- quando decorrentes de transformação ou
tos integrais, quando decorrente de aci- reclassificação do cargo ou da função em
dente em serviço, moléstia profissional ou que se tiver dado a aposentadoria.
doença grave, contagiosa ou incurável, es-
pecificadas em lei, e proporcionais nos de- § 6º O benefício da pensão por morte cor-
mais casos; responderá à totalidade dos vencimentos
ou proventos do servidor falecido, até o li-
II – compulsoriamente, aos setenta anos mite estabelecido em lei, observado o dis-
de idade, com proventos proporcionais ao posto nos §§ 4º e 5º.
tempo de serviço;
§ 7º A pensão de que trata o parágrafo ante-
III – voluntariamente: rior será devida ao cônjuge ou companheiro
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se ho- e aos demais dependentes, na forma da lei.
mem, e aos trinta, se mulher, com proven- § 8º É assegurado ao servidor afastar-se da
tos integrais; atividade a partir da data do requerimento
b) aos trinta anos de efetivo exercício em de aposentadoria, e sua não-concessão im-
funções de magistério, se professor, e aos portará a reposição do período de afasta-
vinte e cinco, se professora, com proventos mento.
integrais; § 9º Para efeito de aposentadoria, é asse-
c) aos trinta anos de exercício, se homem, e gurada a contagem recíproca do tempo de
aos vinte e cinco, se mulher, com proventos contribuição na administração pública e na
proporcionais a esse tempo; atividade privada, rural e urbana, hipótese
em que os diversos sistemas de previdência
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se social se compensarão financeiramente, se-
homem, e aos sessenta, se mulher, com gundo critérios estabelecidos em lei federal.
proventos proporcionais ao tempo de ser-
viço. § 10. Nenhum benefício ou serviço da pre-
vidência social poderá ser criado, majorado
§ 1º As exceções ao disposto no inciso III, ou estendido sem a correspondente fonte
alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de ati- de custeio total.
vidades consideradas penosas, insalubres
ou perigosas, serão as estabelecidas em le- Art. 64. O servidor público que retornar à ati-
gislação federal. vidade após a cessação dos motivos que causa-
ram sua aposentadoria por invalidez terá direi-
§ 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em to, para todos os fins, salvo para o de promoção,
cargo, função ou emprego temporários. à contagem do tempo relativo ao período de
§ 3º O tempo de serviço público será com- afastamento.
putado integralmente para os efeitos de
aposentadoria e disponibilidade.
514 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 515
V – as reclamações relativas à prestação de TÍTULO IV
serviços públicos; Da Organização dos Poderes
VI – o tratamento especial em favor do usu-
ário de baixa renda.
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Na fixação das tarifas dos
serviços públicos, ter-se-á em vista a justa
DO PODER LEGISLATIVO
remuneração.
Seção I
Art. 69. A competência do Município para reali- DISPOSIÇÕES GERAIS
zação de obras públicas abrange:
Art. 70. O Poder Legislativo é exercido pela Câ-
I – a construção de edifícios públicos; mara Municipal, composta de representantes
II – a construção de obras e instalações para do povo eleitos em pleito direto, pelo sistema
implantação e prestação de serviços neces- proporcional, para mandato de quatro anos.
sários ou úteis às comunidades; Parágrafo único. O número de vereadores
III – a execução de quaisquer outras obras aumentará em proporção ao crescimento
destinadas a assegurar a funcionalidade e o da população municipal, acrescentando-se
bom aspecto da cidade. um vereador para cada quinhentos mil ha-
bitantes até o limite estabelecido na Consti-
§ 1º A obra pública poderá ser executada tuição da República.
diretamente por órgão ou entidade da ad-
ministração pública e, indiretamente, por Seção II
terceiros, mediante licitação. DA CÂMARA MUNICIPAL
§ 2º A construção de edifícios e obras públi- Art. 71. A Câmara reunir-se-á, em sessão ordi-
cas obedecerá aos princípios de economi- nária, independentemente de convocação, nos
cidade, simplicidade, adequação ao espaço meses de fevereiro a dezembro de cada ano, na
circunvizinho e ao meio ambiente, e se su- forma como dispuser o Regimento Interno.
jeitará às exigências e limitações constantes
do código de obras. Art. 72. No primeiro ano de cada legislatura,
cuja duração coincide com o mandato dos Ve-
§ 3º A Câmara manifestar-se-á sobre a exe- readores, a Câmara reunir-se-á no dia primeiro
cução de obra pública pela União ou pelo de janeiro para dar posse aos Vereadores, ao
Estado, no território do Município, observa- Prefeito e ao Vice-Prefeito e eleger a sua Mesa
da a legislação específica. Diretora para mandato de dois anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição sub-
seqüente.
Parágrafo único. A eleição da Mesa se dará
por chapa, completa ou não, inscrita até a
hora de eleição por qualquer Vereador.
Art. 73. A convocação de sessão extraordinária
da Câmara Municipal far-se-á:
I – pelo Presidente da Câmara, em caso de
intervenção no Município e para compro-
misso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito;
516 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 517
a) ser proprietário, controlador ou diretor ou de partido político devidamente regis-
de empresa que goze de favor decorrente trado.
de contrato com pessoa jurídica de direito
público, ou nela exercer função remunera- § 3º Nos casos dos incisos IV, V e VII, a per-
da; da será declarada pela Mesa da Câmara, de
ofício ou por provocação de qualquer de
b) ocupar cargo, função ou emprego de que seus membros ou de partido político devi-
seja demissível ad nutum nas entidades in- damente registrado.
dicadas no inciso I, alínea “a”;
§ 4º No caso do inciso VI, a perda será deci-
c) patrocinar causa em que seja interessada dida, se culposo o crime, na forma do § 2º,
qualquer das entidades a que se refere o in- e declarada, se doloso o crime, nos termos
ciso I, alínea “a”; do § 3º.
d) ser titular de mais de um cargo ou man- § 5º O Regimento Interno disporá sobre o
dato público eletivo. processo de julgamento, observado o dis-
posto no art. 4º, § 3º, e, no que couber, no
Art. 79. Perderá o mandato o Vereador: art. 110 e parágrafos.
I – que infringir proibição estabelecida no Art. 80. Não perderá o mandato o Vereador:
artigo anterior;
I – investido em cargo de Ministro da Repú-
II – que se utilizar do mandato para a práti- blica, Secretário de Estado, Secretário do
ca de atos de corrupção ou de improbidade Município, Administrador Regional, chefe
administrativa; de missão diplomática temporária ou diri-
III – que proceder de modo incompatível gente máximo de entidade de administra-
com a dignidade da Câmara ou faltar com o ção indireta na esfera federal, estadual ou
decoro na sua conduta pública; municipal;
IV – que perder ou tiver suspensos seus di- II – investido em outro cargo do setor públi-
reitos políticos; co, na esfera federal ou estadual, considera-
do de importância para o Município, desde
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral; que, neste caso, tenha sido autorizado por
VI – que sofrer condenação criminal em três quintos dos membros da Câmara;
sentença transitada em julgado; III – licenciado por motivo de doença ou
VII – que deixar de comparecer, em cada para necessários cuidados físicos, aí incluí-
sessão legislativa, à terça parte das reuniões dos os de maternidade, sendo indispensá-
ordinárias da Câmara, salvo licença ou mis- vel, em todos os casos, a respectiva compro-
são por esta autorizada; vação médica por profissional da Câmara,
sob pena de responsabilização;
VIII – que fixar residência fora do Município.
IV – licenciado para tratar, sem remunera-
§ 1º É incompatível com o decoro parlamen- ção, de interesse particular, desde que, nes-
tar, além dos casos definidos no Regimento te caso, o afastamento não ultrapasse 60
Interno, o abuso de prerrogativa assegura- (sessenta) dias por sessão legislativa.
da ao Vereador.
§ 1º O suplente será convocado nos casos
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, III e VIII, a de vaga, de investidura em cargo mencio-
perda de mandato será decidida pela Câ- nado no artigo ou de licença superior a ses-
mara por voto nominal e maioria de seus senta dias.
membros, mediante provocação da Mesa
518 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
§ 2º Se ocorrer vaga e não houver suplente, IV – convocar, além das autoridades a que
far-se-á eleição para preenchê-la, se falta- se refere o art. 76, § 4º, servidor municipal
rem mais de quinze meses para o término para prestar informação sobre assunto ine-
do mandato. rente às suas atribuições, constituindo in-
fração administrativa a recusa ou não-aten-
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Vereador po- dimento no prazo de trinta dias;
derá optar pela remuneração do mandato.
V – receber petição, reclamação, represen-
Art. 81. A remuneração do vereador será fixa- tação ou queixa de qualquer pessoa contra
da pela Câmara, em cada legislatura, para ter ato ou omissão de autoridade ou entidade
vigência na subseqüente, por voto da maioria públicas;
de seus membros, observados os limites cons-
titucionais, vedado o pagamento de jetons por VI – solicitar depoimento de qualquer auto-
comparecimento a sessão extraordinária. ridade ou cidadão;
Parágrafo único. Na hipótese de a Câmara VII – apreciar plano de desenvolvimento e
deixar de exercer a competência de que tra- programa de obras do Município;
ta o artigo, ficarão mantidos, na legislatura
subseqüente, os valores de remuneração vi- VIII – acompanhar a implantação dos pla-
gentes em dezembro do último exercício da nos e programas de que trata o inciso an-
legislatura anterior, admitida apenas a atua- terior e exercer a fiscalização dos recursos
lização dos mesmos. municipais neles investidos.
§ 3º As comissões parlamentares de inqué-
Seção IV rito, observada a legislação específica, no
DAS COMISSÕES que couber, terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de
Art. 82. A Câmara terá comissões permanentes outros previstos no Regimento Interno, e
e temporárias, constituídas na forma do Regi- serão criadas a requerimento de um terço
mento Interno e com as atribuições nele previs- dos membros da Câmara, para apuração de
tas, ou conforme os termos do ato de sua cria- fato determinado e por prazo certo, e suas
ção. conclusões, se for o caso, serão encaminha-
§ 1º Na constituição da Mesa e na de cada das ao Ministério Público, ao Defensor do
comissão é assegurada, tanto quanto pos- Povo ou a outra autoridade competente,
sível, a participação proporcional dos par- para que se promova a responsabilização
tidos políticos ou dos blocos parlamentares civil, criminal ou administrativa do infrator.
representados na Câmara.
Seção V
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA
sua competência cabe: MUNICIPAL
I – discutir e votar projeto de lei que dispen-
sar, na forma do Regimento Interno, a com- Art. 83. Cabe à Câmara Municipal, com a sanção
petência do Plenário, salvo se houver recur- do Prefeito, não exigida para o estabelecido no
so de um décimo dos membros da Câmara; art. 84, dispor sobre todas as matérias de com-
petência do Município, especificamente:
II – realizar audiência pública com entidade
da sociedade civil; I – plano diretor;
www.acasadoconcurseiro.com.br 519
IV – orçamento anual; IV – dispor sobre criação, transformação
ou extinção de cargo, emprego e função de
V – sistema tributário municipal, arrecada- seus serviços e fixação da respectiva remu-
ção e distribuição de rendas; neração, observados os parâmetros estabe-
VI – dívida pública, abertura e operação de lecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
crédito; V – aprovar crédito suplementar ao orça-
VII – delegação de serviços públicos; mento de sua Secretaria, nos termos desta
Lei Orgânica;
VIII – criação, transformação e extinção de
cargo, emprego e função públicos na admi- VI – fixar a remuneração do Vereador, do
nistração direta, autárquica e fundacional, e Prefeito, do Vice-Prefeito e do Secretário
fixação de remuneração, observados os pa- Municipal;
râmetros estabelecidos na lei de diretrizes VII – dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito;
orçamentárias;
VIII – conhecer da renúncia do Prefeito e do
IX – fixação do quadro de empregos das Vice-Prefeito;
empresas públicas, sociedades de econo-
mia mista e demais entidades sob controle IX – conceder licença ao Prefeito para inter-
direto ou indireto do Município; romper o exercício de suas funções;
X – servidor público da administração dire- X – autorizar o Prefeito a ausentar-se do
ta, autárquica e fundacional, seu regime ju- Município e o Vice-Prefeito, do Estado, por
rídico único, provimento de cargos, estabili- mais de dez dias, e ambos, do País, por
dade e aposentadoria; qualquer tempo;
XI – criação, organização e definição de atri- XI – processar e julgar o Prefeito, o Vice-Pre-
buições de órgãos e entidades da adminis- feito e o Secretário Municipal, bem como
tração pública; ocupante de cargo de mesma hierarquia
deste, nas infrações político-administrati-
XII – divisão regional da administração pú- vas;
blica;
XII – destituir do cargo o Prefeito, após
XIII – divisão territorial do Município; condenação por crime comum ou de res-
XIV – bens do domínio público; ponsabilidade ou por infração político-ad-
ministrativa, e o Vice-Prefeito, o Secretário
XV – isenção, remissão e anistia; Municipal e ocupante de cargo de mesma
XVI – transferência temporária da sede do hierarquia deste, após condenação por cri-
Governo Municipal; me comum ou por infração político-admi-
nistrativa;
XVII – matéria decorrente da competência
comum de que trata o art. 13. XIII – proceder à tomada de contas do Pre-
feito não apresentadas dentro de sessenta
Art. 84. Compete privativamente à Câmara Mu- dias da abertura da sessão legislativa;
nicipal:
XIV – julgar, anualmente, as contas presta-
I – eleger a Mesa e constituir as comissões; das pelo Prefeito, e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
II – elaborar o Regimento Interno;
XV – eleger, pelo voto de dois terços de seus
III – dispor sobre sua organização, seu fun- membros, após argüição pública, o Defen-
cionamento e sua polícia; sor do Povo;
520 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 521
III – de, no mínimo, cinco por cento do elei- b) o parcelamento, a ocupação e o uso do
torado do Município. solo;
§ 1º As regras de iniciativa privativa perti- c) o código tributário;
nentes à legislação ordinária não se aplicam
à competência para a apresentação da pro- II – da maioria dos membros da Câmara:
posta de que trata o artigo. a) o código de obras;
§ 2º A Lei Orgânica não poderá ser emenda- b) o código de posturas;
da na vigência de estado de sítio ou estado
de defesa, nem quando o Município estiver c) o código sanitário;
sob intervenção do Estado.
d) o estatuto dos servidores públicos;
§ 3º A proposta será discutida e votada em
e) a organização da Defensoria do Povo e da
dois turnos, com o interstício mínimo de
Guarda Municipal;
dez dias, e considerada aprovada se obtiver,
em ambos, dois terços dos votos dos mem- f) a organização administrativa;
bros da Câmara.
g) a criação de cargos, funções e empregos
§ 4º Na discussão de proposta popular de públicos.
emenda é assegurada a sua defesa, em co-
missão e no Plenário, por um dos signatá- § 2º Será dada ampla divulgação aos proje-
rios. tos de Lei Orgânica, estatuto e código pre-
vistos no parágrafo anterior ou em outros
§ 5º A Emenda à Lei Orgânica será promul- dispositivos desta Lei, facultado a qualquer
gada pela Mesa da Câmara, com o respecti- cidadão, no prazo de quinze dias da data de
vo número de ordem. sua publicação, apresentar sugestão sobre
qualquer um deles ao Presidente da Câma-
§ 6º O referendo à emenda será realizado,
ra, que a encaminhará à comissão respecti-
se requerido antes da data da promulgação,
va, para apreciação.
por dois terços dos membros da Câmara, ou
por, no mínimo, cinco por cento do eleitora- Art. 88. São matéria de iniciativa privativa, além
do do Município. de outras previstas nesta Lei Orgânica:
§ 7º A matéria constante de proposta de I – da Mesa da Câmara:
emenda rejeitada ou havida por prejudica-
da não pode ser representada na mesma a) o regulamento geral, que disporá sobre
sessão legislativa. a organização da Secretaria da Câmara, seu
funcionamento, sua polícia, criação, trans-
Art. 87 A iniciativa de lei cabe a qualquer mem- formação ou extinção de cargo, emprego e
bro ou comissão da Câmara, ao Prefeito e aos função, regime jurídico de seus servidores e
cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta fixação da respectiva remuneração, obser-
Lei Orgânica. vados os parâmetros estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias e o disposto nos
§ 1º São matéria de lei, dentre outras pre-
arts. 49, §§ 1º e 2º, e 57;
vistas nesta Lei Orgânica, que dependem de
voto favorável: b) a autorização para o Prefeito ausentar-se
do Município;
I – de dois terços dos membros da Câmara:
c) a mudança temporária da sede da Câma-
a) o plano diretor;
ra;
II – do Prefeito:
522 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
a) a criação de cargo e função públicos da Art. 90. Não será admitido aumento da despesa
administração direta, autárquica e funda- prevista:
cional e a fixação da respectiva remunera-
ção, observados os parâmetros da lei de di- I – nos projetos de iniciativa do Prefeito,
retrizes orçamentárias; ressalvados a comprovação da existência de
receita e o disposto no art. 132, § 4º;
b) o regime jurídico único dos servidores
públicos dos órgãos da administração dire- II – nos projetos sobre organização dos ser-
ta, autárquica e fundacional, incluído o pro- viços administrativos da Câmara.
vimento de cargo, estabilidade e aposenta- Art. 91. O Prefeito pode solicitar urgência para
doria; apreciação de projeto de sua iniciativa, salvo
c) o quadro de empregos das empresas pú- o de Lei Orgânica, estatutária ou equivalente a
blicas, sociedades de economia mista e de- código, ou que dependa de “quorum” especial
mais entidades sob controle direto ou indi- para aprovação.
reto do Município; § 1º Se a Câmara não se manifestar sobre o
d) a criação, organização e definição de atri- projeto em até quarenta e cinco dias, será
buições de órgãos e entidades da adminis- ele incluído na ordem do dia, sobrestando-
tração pública, exceto as da Defensoria do -se a deliberação quanto aos demais assun-
Povo; tos, para que se ultime a votação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 523
veto, sobre ele decidirá, em votação nomi- Seção VII
nal, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto: DA FISCALIZAÇÃO E DOS CONTROLES
I – de três quintos de seus membros, quan-
do a matéria objeto da proposição de lei Subseção I
depender de aprovação por dois terços; DISPOSIÇÕES GERAIS
II – da maioria de seus membros, quando Art. 95. A fiscalização contábil, financeira, orça-
a matéria depender de aprovação por quó- mentária, operacional e patrimonial do Municí-
rum idêntico ou inferior.” pio e das entidades da administração indireta é
§ 6º Se o veto não for mantido, será a pro- exercida pela Câmara, mediante controle exter-
posição de lei enviada ao Prefeito para pro- no, e pelo sistema de controle interno de cada
mulgação. Poder e entidade, observado o disposto nos §§
1º, 2º e 3º do art. 74 da Constituição do Estado.
§ 7º Esgotado o prazo estabelecido no § 5º,
sem deliberação, o veto será incluído na or- § 1º O controle externo, a cargo da Câmara,
dem do dia da reunião imediata, sobresta- será exercido com o auxílio do Tribunal de
das as demais proposições, até votação fi- Contas do Estado.
nal, ressalvada a matéria de que trata o § 1º § 2º Os Poderes Legislativo e Executivo e as
do art. 91. entidades da administração indireta mante-
§ 8º Se, nos casos dos §§ 1º e 6º, a lei não rão, de forma integrada, sistema de contro-
for promulgada pelo Prefeito dentro de qua- le interno, com a finalidade de:
renta e oito horas, o Presidente da Câmara I – avaliar o cumprimento das metas previs-
a promulgará, e, se este não o fizer em igual tas nos respectivos planos plurianuais e a
prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo. execução dos programas de governo e dos
§ 9º O referendo a proposição de lei será re- orçamentos;
alizado nos termos da legislação específica. II – comprovar a legalidade e avaliar os re-
Art. 93. A matéria constante de projeto de lei sultados, quanto à eficácia e eficiência, da
rejeitado somente poderá constituir objeto de gestão orçamentária, financeira e patrimo-
novo projeto na mesma sessão legislativa me- nial dos órgãos da administração direta e
diante proposta da maioria dos membros da das entidades da administração indireta, e
Câmara ou de pelo menos cinco por cento do da aplicação de recursos públicos por enti-
eleitorado. dade de direito privado;
Art. 94. A requerimento de vereador, aprovado III – exercer o controle de operações de cré-
pelo Plenário, os projetos de lei, decorridos ses- dito, avais e garantias, e o de seus direitos e
senta dias de seu recebimento, serão incluídos haveres;
na ordem do dia, mesmo sem parecer. IV – apoiar o controle externo no exercício
Parágrafo único. O projeto somente pode de sua missão institucional.
ser retirado da ordem do dia a requerimen- § 3º Os responsáveis pelo controle interno,
to do autor, aprovado pelo Plenário. ao tomarem conhecimento de qualquer ir-
regularidade ou ilegalidade, dela darão ci-
ência ao Tribunal de Contas e ao Defensor
do Povo, sob pena de responsabilidade so-
lidária.
524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
Art. 99. A Câmara, após aprovação da maioria III – divulgar, para conhecimento do cida-
de seus membros, convocará plebiscito para dão, os direitos deste em face do Poder Pú-
que o eleitorado do Município se manifeste so- blico, incluído o de exercer o controle direto
bre ato político do Poder Executivo ou do Poder dos atos administrativos;
Legislativo, desde que requerida a convocação IV – divulgar informações e avaliações rela-
por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por tivas à sua ação, com o direito de publicá-la
cinco por cento do eleitorado do Município. em órgão oficial de imprensa;
V – acompanhar os processos de licitação;
www.acasadoconcurseiro.com.br 525
VI – encaminhar relatórios de suas ativida- § 2º O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito
des e prestar suas contas à Câmara. nos seus impedimentos e lhe sucederá na
vacância do cargo.
Parágrafo único. Obrigam-se as autoridades
de órgãos e entidades a fornecer, em regi- § 3º O Vice-Prefeito auxiliará o Prefeito,
me de urgência, sob pena de responsabili- sempre que por ele convocado para mis-
zação, documentos, dados, informações e sões especiais.
certidões solicitados pelo Defensor do Povo.
Art. 105. No caso de impedimento do Prefeito e
do Vice-Prefeito ou no de vacância dos respec-
tivos cargos, será chamado ao exercício do Go-
CAPÍTULO II verno o Presidente da Câmara.
DO PODER EXECUTIVO § 1º Vagando os cargos de Prefeito e de
Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias
Seção I depois de aberta a última vaga.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 2º Ocorrendo a vacância nos últimos quin-
Art. 102. O Poder Executivo é exercido pelo Pre- ze meses do mandato governamental, a
feito Municipal, auxiliado pelos Secretários Mu- eleição para ambos os cargos será feita trin-
nicipais. ta dias depois da última vaga, pela Câmara,
na forma de lei, aprovada pela maioria dos
Art. 103. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefei- membros desta.
to, para mandato de quatro anos, se realizará
até noventa dias antes do término do mandato § 3º Em qualquer dos casos, os eleitos de-
de seus antecessores, mediante pleito direto e verão completar o período de seus anteces-
simultâneo realizado em todo o País, e a posse sores.
ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano sub- Art. 106. Se, decorridos dez dias da data fixada
seqüente, observado, quanto ao mais, o dispos- para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
to no art. 77 da Constituição da República. motivo de força maior, reconhecido pela Câma-
Parágrafo único. Perderá o mandato o Pre- ra, não tiver assumido o cargo, este será decla-
feito que assumir outro cargo ou função na rado vago.
administração pública direta ou indireta, Art. 107. O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão
ressalvada a posse em virtude de concurso no Município.
público e observado o disposto no art. 51,
I, II e III. Parágrafo único. O pedido de autorização
para o Prefeito e o Vice-Prefeito ausenta-
Art. 104. A eleição do Prefeito importará, para rem-se do Município, nos termos do art.
mandato correspondente, a do Vice-Prefeito 84, X, desta Lei Orgânica, será decidido pela
com ele registrado. Mesa Diretora da Câmara Municipal.
§ 1º O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão
posse em reunião da Câmara, prestando o
Seção II
seguinte compromisso: “Prometo manter, DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MU-
defender e cumprir as Constituições da Re- NICIPAL
pública e do Estado, a Lei Orgânica do Mu-
nicípio, observar as leis, promover o bem Art. 108. Compete privativamente ao Prefeito
geral do povo belo-horizontino e exercer o Municipal:
meu cargo sob a inspiração do interesse pú- I – nomear e exonerar Secretário Municipal;
blico, da lealdade e da honra”.
526 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 527
II – inclusão social, com redução das desi- constar dos arquivos da administração pú-
gualdades regionais e sociais; blica, bem como a verificação de obras e
serviços municipais, por comissão de inves-
III – atendimento das funções sociais da ci- tigação da Câmara, pelo Defensor do Povo
dade, com melhoria da qualidade de vida ou por auditoria regularmente instituída;
urbana;
III – desatender, sem motivo justo, os pedi-
IV – promoção do cumprimento da função dos de informação da Câmara, quando fei-
social da propriedade; tos a tempo e em forma regular;
V – promoção e defesa dos direitos funda- IV – retardar a publicação ou deixar de pu-
mentais individuais e sociais de toda pessoa blicar as leis e os atos sujeitos a essa forma-
humana; lidade;
VI – promoção de meio ambiente ecologi- V – deixar de apresentar à Câmara, no de-
camente equilibrado e combate à poluição vido tempo e em forma regular, a proposta
sob todas as suas formas; orçamentária;
VII – universalização dos serviços públicos VI – descumprir o orçamento aprovado para
municipais, com observância das condições exercício financeiro;
de regularidade, continuidade, eficiência e
equidade. VII – praticar ato administrativo contra ex-
pressa disposição de lei ou omitir-se na prá-
§ 6º Ao final de cada ano, o Prefeito divulga- tica daquele por ela exigido;
rá o relatório da execução do programa de
metas, o qual será disponibilizado integral- VIII – omitir-se ou negligenciar na defesa de
mente nos meios de comunicação previstos bens, rendas, direitos ou interesses do Mu-
no § 1º deste artigo. nicípio, sujeitos à sua administração;
528 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 529
Art. 111. O Prefeito será suspenso de suas fun- Seção V
ções: DA PROCURADORIA DO MUNICÍPIO
I – nos crimes comuns e de responsabilida-
de, se recebida a denúncia ou a queixa pelo Art. 114. A Procuradoria do Município é o órgão
Tribunal de Justiça do Estado; e que o representa judicialmente, cabendo-lhe
também as atividades de consultoria e assesso-
II – nas infrações político-administrativas, se ramento jurídicos ao Poder Executivo, e, privati-
admitida a acusação e instaurado o proces- vamente, a execução de dívida ativa.
so, pela Câmara.
§ 1º O ingresso na classe inicial da carreira
Seção IV de Procurador Municipal far-se-á mediante
concurso público de provas e títulos.
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
§ 2º A Procuradoria do Município tem por
Art. 112. O Secretário Municipal será escolhido chefe o Procurador-Geral do Município, de
dentre brasileiros, maiores de vinte e um anos livre designação pelo Prefeito, dentre advo-
de idade e no exercício dos direitos políticos, e gados de reconhecido saber jurídico e repu-
está sujeito, desde a posse, aos mesmos impe- tação ilibada.
dimentos do Vereador.
Parágrafo único. Além de outras atribuições
conferidas em lei, compete ao Secretário TÍTULO V
Municipal: Das Finanças Públicas
I – orientar, coordenar e supervisionar as
atividades dos órgãos de sua Secretaria e
das entidades da administração indireta a
ela vinculadas;
CAPÍTULO I
DA TRIBUTAÇÃO
II – referendar ato e decreto do Prefeito;
III – expedir instruções para a execução de Seção I
lei, decreto e regulamento; DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
IV – apresentar ao Prefeito relatório anual Art. 115. Ao Município compete instituir:
de sua gestão;
I – impostos sobre:
V – comparecer à Câmara, nos casos e para
os fins previstos nesta Lei Orgânica; a) propriedade predial e territorial urbana;
530 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
§ 2º O imposto previsto na alínea “b” do Art. 118. A lei determinará medidas para que
inciso I não incide sobre a transmissão de os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
bens ou direitos incorporados ao patrimô- impostos municipais que incidam sobre vendas
nio de pessoa jurídica, em realização de e serviços, observadas as legislações federal e
capital, nem sobre a transmissão de bens estadual sobre consumo.
ou direitos decorrentes de fusão, incorpo- Seção II
ração, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nestes casos, a atividade prepon- DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE
derante do adquirente for a compra e venda TRIBUTAR
desses bens ou direitos, a locação de bens
imóveis ou o arrendamento mercantil. Art. 119. É vedado ao Município, sem prejuízo
das garantias asseguradas aos contribuintes e
§ 3º As alíquotas dos impostos previstos nas do disposto no art. 150 da Constituição da Re-
alíneas “c” e “d” do inciso I obedecerão aos pública e na legislação complementar específi-
limites fixados em lei complementar fede- ca, estabelecer diferença tributária entre bens e
ral. serviços de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.
§ 4º Sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo Art. 120. Qualquer anistia ou remissão que en-
a capacidade econômica do contribuinte, volva matéria tributária ou previdenciária de
facultado à administração municipal iden- competência do Município só poderá ser conce-
tificar, respeitados os direitos individuais e dida por lei aprovada por dois terços dos mem-
nos termos da lei, o patrimônio, os rendi- bros da Câmara.
mentos e as atividades econômicas do con-
tribuinte. Parágrafo único. O perdão da multa, o par-
celamento e a compensação de débitos
§ 5º As taxas não poderão ter base de cálcu- fiscais poderão ser concedidos por ato do
lo própria de impostos. Poder Executivo, nos casos e condições es-
pecificados em lei.
Art. 116. Constituem também recursos finan-
ceiros do Município:
I – as multas arrecadadas pelo exercício do
poder de polícia;
www.acasadoconcurseiro.com.br 531
Seção III no art. 150, inciso III e § 1º, da Constituição
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO do Estado;
EM RECEITAS TRIBUTÁRIAS FEDERAIS III – a respectiva quota do produto da arre-
E ESTADUAIS cadação do imposto de que trata o inciso V
do art. 153 da Constituição da República,
Art. 121. Em relação aos impostos de compe- nos termos do inciso II do § 5º do mesmo
tência da União, pertencem ao Município: artigo.
I – o produto da arrecadação do imposto Art. 124. Ocorrendo a retenção ou qualquer
sobre rendas e proventos de qualquer natu- restrição à entrega e ao emprego dos recursos
reza, incidente na fonte, sobre rendimentos decorrentes da repartição das receitas tributá-
pagos, a qualquer título, pela administração rias, por parte da União ou do Estado, o Poder
direta, pelas autarquias e pelas fundações Executivo adotará as medidas judiciais cabíveis,
instituídas e mantidas pelo Município; à vista do disposto nas Constituições da Repú-
blica e do Estado.
II – cinqüenta por cento do produto da ar-
recadação do imposto sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis
situados no Município. CAPÍTULO II
Art. 122. Em relação aos impostos de compe- DO ORÇAMENTO
tência do Estado, pertencem ao Município:
Art. 125. Leis de iniciativa do Poder Executivo
I – cinqüenta por cento do produto da ar- estabelecerão:
recadação do imposto sobre a propriedade
de veículos automotores, licenciados no I – o plano plurianual;
território municipal, a serem creditados nos II – as diretrizes orçamentárias;
termos do art. 150, § 1º, da Constituição do
Estado; III – os orçamentos anuais.
532 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
Parágrafo único. As diretrizes do programa Art. 129. A lei orçamentária anual não conterá
de metas de que trata o art. 108-A serão in- dispositivo estranho à previsão da receita e à
corporadas à lei de diretrizes orçamentárias fixação da despesa, não se incluindo na proibi-
do Município antes do vencimento do prazo ção autorização para abertura de créditos su-
legal definido para sua apresentação à Câ- plementares e contratação de operações de cré-
mara Municipal de Belo Horizonte. dito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
Art. 128. A lei orçamentária anual compreende-
rá: Art. 130. A lei orçamentária assegurará investi-
mentos prioritários em programas de educação,
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes saúde, habitação, saneamento básico e prote-
Públicos, seus fundos, órgãos e entidades ção ao meio ambiente.
da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Mu- Parágrafo único. Os recursos para os pro-
nicípio; gramas de saúde não serão inferiores aos
destinados aos investimentos em transpor-
II – o orçamento de investimento das em- te e sistema viário.
presas em que o Município, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital so- Art. 131. Os projetos de lei do plano plurianu-
cial com direito a voto; al, das diretrizes orçamentárias e do orçamen-
to anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara,
III – o orçamento da seguridade social, se nos termos e prazos fixados pela legislação es-
houver, abrangendo todas as entidades e pecífica.
órgãos da administração direta e indireta do
Município a ela vinculados, bem como os Parágrafo único. O não-cumprimento do
fundos e fundações instituídos e mantidos disposto no artigo implica a elaboração,
pelo Poder Público. pela comissão prevista no § 1º do art. 132,
de projeto de lei sobre a matéria, tomando
Parágrafo único. Integrarão a lei orçamen- por base a respectiva legislação vigente.
tária demonstrativos específicos com deta-
lhamento das ações governamentais, em Art. 132. Os projetos de lei relativos ao plano
nível mínimo de: plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao or-
çamento anual e aos créditos adicionais serão
I – órgão ou entidade responsável pela rea- apreciados pela Câmara, na forma regimental.
lização da despesa e da função;
§ 1º Caberá à comissão permanente da Câ-
II – objetivos e metas; mara:
III – natureza da despesa; I – examinar e emitir parecer sobre os pro-
IV – fontes de recursos; jetos referidos no artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito;
V – órgão ou entidade beneficiários;
II – examinar e emitir parecer sobre os pla-
VI – identificação dos investimentos, por re- nos e programas e exercer o acompanha-
gião do Município; mento e a fiscalização orçamentária, sem
VII – identificação, de forma regionalizada, prejuízo da atuação das demais comissões
dos efeitos, sobre as receitas e as despesas, da Câmara.
decorrentes de isenções, remissões, subsí- § 2º As emendas serão apresentadas na co-
dios e benefícios de natureza financeira, tri- missão permanente, que sobre elas emitirá
butária e creditícia. parecer, para apreciação na forma regimen-
tal pelo Plenário.
www.acasadoconcurseiro.com.br 533
§ 3º As emendas ao projeto de lei de dire- caso, mediante créditos especiais ou suplemen-
trizes orçamentárias não podem ser apro- tares, com prévia e específica autorização legis-
vadas quando incompatíveis com o plano lativa.
plurianual.
Art. 134. São vedados:
§ 4º As emendas ao projeto de lei do orça-
mento anual ou a projeto que a modifique I – o início de programas ou projetos não in-
somente podem ser aprovadas caso: cluídos na lei orçamentária anual;
534 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 535
Art. 139. O Poder Público, agente normativo e doenças e outros agravos e ao acesso universal
regulador da atividade econômica, exercerá, no e igualitário às ações e serviços para sua promo-
âmbito de sua competência, as funções de fisca- ção, proteção e recuperação, sem qualquer dis-
lização, incentivo e planejamento, atuando: criminação.
I – na eliminação do abuso do poder econô- Parágrafo único. O direito à saúde implica a
mico; garantia de:
II – na defesa, promoção e divulgação dos I – condições dignas de trabalho, renda, mo-
direitos do consumidor; radia, alimentação, educação, lazer e sane-
III – na fiscalização da qualidade dos bens e amento;
dos serviços produzidos e comercializados
em seu território; II – participação da sociedade civil na ela-
boração de políticas, na definição de estra-
IV – no apoio à organização da atividade tégias de implementação e no controle das
econômica em cooperativas e no estímulo atividades com impacto sobre a saúde, en-
ao associativismo; tre elas as mencionadas no inciso anterior;
V – na democratização da atividade econô- III – acesso às informações de interesse da
mica. saúde individual e coletiva, bem como so-
VI – na proteção dos trabalhadores em face bre as atividades desenvolvidas pelo siste-
da automação. ma;
Parágrafo único. O Município dispensará IV – proteção do meio ambiente e controle
tratamento jurídico diferenciado à pequena da poluição ambiental;
e à microempresa, assim definidas em lei,
visando a incentivá-las pela simplificação de V – acesso igualitário às ações e aos servi-
suas obrigações administrativas, tributárias ços de saúde;
e creditícias, ou pela eliminação ou redução VI – dignidade, gratuidade e boa qualidade
destas por meio de lei. no atendimento e no tratamento de saúde;
Art. 140. A empresa pública, a sociedade de VII – opção quanto ao número de filhos.
economia mista e outras entidades que explo-
rem atividade econômica sujeitam-se ao regime Art. 142. As ações e serviços de saúde são de
jurídico próprio das empresas privadas, inclusi- relevância pública, e cabem ao Poder Público
ve quanto às obrigações trabalhistas e tributá- sua regulamentação, fiscalização e controle, na
rias. forma da lei.
Parágrafo único. As empresas públicas e as Art. 143. As ações e serviços públicos de saúde
sociedades de economia mista não poderão integram o Sistema Único de Saúde, que se or-
gozar de privilégios fiscais não-extensivos às ganiza, no Município, de acordo com as seguin-
do setor privado. tes diretrizes:
I – comando político-administrativo único
das ações pelo órgão central do sistema, ar-
CAPÍTULO II ticulado com as esferas estadual e federal,
DA SAÚDE formando uma rede regionalizada e hierar-
quizada;
Art. 141. A saúde é direito de todos e dever do
Poder Público, assegurado mediante políticas II – participação da sociedade civil;
econômicas, sociais, ambientais e outras que
visem à prevenção e à eliminação do risco de
536 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 537
planos de carreira e condições para recicla- Poder Público e integra o Sistema Único de
gem periódica; Saúde ao nível municipal.
X – o controle dos serviços especializados § 2º Terão prioridade para contratação as
em segurança e medicina do trabalho; entidades filantrópicas e as sem fins lucra-
tivos.
XI – a instalação de estabelecimento de as-
sistência médica de emergência em cada § 3º É assegurado à administração do Siste-
área regional do Município; ma Único de Saúde o direito de intervir na
execução do contrato de prestação de ser-
XII – a adoção de política de fiscalização e viços, quando ocorrer infração de normas
controle de endemias; contratuais e regulamentares.
XIII – a prevenção do uso de drogas que de- § 4º Caso a intervenção não restabelecer a
terminem dependência física ou psíquica, normalidade da prestação de atendimen-
bem como seu tratamento especializado, to à saúde da população, poderá o Poder
provendo aos recursos humanos e mate- Executivo promover a desapropriação da
riais necessários; unidade ou rede prestadora de serviços, na
XIV – a informação à população sobre os forma da lei.
riscos e danos à saúde e medidas de pre- Art. 146. O Sistema Único de Saúde, no âmbito
venção e controle, inclusive mediante a pro- do Município, será financiado com recursos do
moção da educação sanitária nas escolas orçamento municipal e do orçamento da seguri-
municipais; dade social da União, além de outras fontes, os
XV – a prevenção de deficiências, bem quais constituirão o fundo municipal de saúde.
como o tratamento e a reabilitação de seus § 1º As dotações orçamentárias oriundas da
portadores; União e do Estado serão destinadas direta-
XVI – a transferência, quando necessária, mente ao fundo.
do paciente carente de recursos para esta- § 2º É vedada a destinação de recursos do
belecimento de assistência médica ou am- fundo para auxílios e subsídios, bem como
bulatorial, integrante do Sistema Único de a concessão de prazos ou juros privilegiados
Saúde, mais próximo de sua residência; às entidades privadas.
XVII – a implementação, em conjunto com Art. 147. As pessoas físicas ou jurídicas que ge-
órgãos federais e estaduais, do sistema de rem riscos ou causem danos à saúde de pessoas
informatização, na área de saúde; ou grupos assumirão o ônus do controle e da re-
XVIII – a participação na produção de medi- paração de seus atos.
camentos, equipamentos, imunobiológicos, Art. 148. O Município priorizará a assistência à
hemoderivados e outros insumos. saúde materno-infantil.
Art. 145. O Poder Público poderá contratar a Art. 149. A assistência à saúde é livre iniciativa
rede privada, quando houver insuficiência de privada.
serviços públicos, para assegurar a plena cober-
tura assistencial à população, segundo as nor-
mas de direito público e mediante autorização
do órgão competente.
§ 1º A rede privada, na condição de contra-
tada, submete-se ao controle da observân-
cia das normas técnicas estabelecidas pelo
538 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 539
mente, os níveis de poluição e de qualidade X – estimular a pesquisa, o desenvolvimen-
do meio ambiente no Município; to e a utilização de fontes de energia alter-
nativa não-poluentes, bem como de tecno-
III – prevenir e controlar a poluição, a ero- logia poupadora de energia;
são, o assoreamento e outras formas de de-
gradação ambiental; XI – implantar e manter hortos florestais
destinados à recomposição da flora nativa e
IV – preservar remanescentes de vegeta- à produção de espécies diversas para a ar-
ções, como florestas, cerrados e outros, a borização dos logradouros públicos;
fauna e a flora, controlando a extração, a
captura, a produção, o armazenamento, a XII – promover ampla arborização dos lo-
comercialização, o transporte e o consumo gradouros públicos, a substituição de espé-
de espécimes e subprodutos, vedadas as cimes inadequados e a reposição daqueles
práticas que coloquem em risco sua função em processo de deterioração ou morte.
ecológica, provoquem extinção de espécies
ou submetam os animais a crueldade; § 2º O licenciamento de que trata o inciso
VIII do parágrafo anterior dependerá, no
V – criar parques, reservas, estações eco- caso de atividade ou obra potencialmente
lógicas e outras unidades de conservação, causadora de significativa degradação do
mantê-los sob especial proteção e dotá-los meio ambiente, de prévio relatório de im-
da infra-estrutura indispensável às suas fi- pacto ambiental, seguido de audiência pú-
nalidades; blica para informação e discussão sobre o
projeto, resguardado o sigilo industrial.
VI – estimular e promover o reflorestamen-
to com espécies nativas, objetivando espe- § 3º Aquele que explora recursos minerais
cialmente a proteção de encostas e dos re- fica obrigado a recuperar o meio ambiente
cursos hídricos; degradado, de acordo com a solução técni-
ca exigida pelo órgão ou entidade municipal
VII – fiscalizar a produção, a comercialização de controle e política ambiental.
e o emprego de técnicas, métodos e subs-
tâncias que importem riscos para a vida, a § 4º A conduta e a atividade consideradas
qualidade de vida e o meio ambiente, bem lesivas ao meio ambiente sujeitarão o in-
como o transporte e o armazenamento des- frator, pessoa física ou jurídica, a sanções
sas substâncias no território municipal; administrativas, inclusive a interdição tem-
porária ou definitiva, sem prejuízo das co-
VIII – sujeitar à prévia anuência do órgão ou minações penais e da obrigação de reparar
entidade municipal de controle e política o dano causado.
ambiental o licenciamento para início, am-
pliação ou desenvolvimento de atividades Art. 153. São vedadas no território municipal:
e construção ou reforma de instalações que
possam causar degradação do meio am- I – a disposição inadequada e a eliminação
biente, sem prejuízo de outras exigências de resíduo tóxico;
legais; II – a caça profissional, amadora e esportiva;
IX – determinar para atividades e instala- III – a emissão de sons, ruídos e vibrações
ções de significativo potencial poluidor a que prejudiquem a saúde, o sossego e o
realização periódica de auditorias nos res- bem-estar públicos.
pectivos sistemas de controle de poluição,
incluindo a avaliação detalhada dos efeitos Art. 154. É vedado ao Poder Público contratar
de sua operação sobre a qualidade dos re- e conceder isenções, incentivos e benefícios fis-
cursos ambientais;
540 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
VII – controlar os níveis de poluição sonora, IV – acesso aos níveis mais elevados de en-
visando a manter o sossego e o bem-estar sino, da pesquisa e da criação artística, se-
públicos; gundo a capacidade de cada um;
www.acasadoconcurseiro.com.br 541
VII – preservação dos aspectos humanísti- I – igualdade de condições para o acesso e a
cos e profissionalizantes do ensino de se- permanência na escola;
gundo grau;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesqui-
VIII – atendimento educacional especializa- sar e divulgar o pensamento, a arte e o sa-
do ao portador de deficiência, sem limite de ber;
idade, na rede regular de ensino, bem como
vaga em escola próxima a sua residência; III – pluralismo de idéias e de concepções
filosóficas, políticas, estéticas, religiosas e
IX – oferta de ensino noturno regular, ade- pedagógicas, que conduza ao educando à
quado às condições do educando; formação de uma postura ética e social pró-
pria;
X – programas específicos de atendimento à
criança e ao adolescente superdotados; IV – gratuidade do ensino público em esta-
belecimentos oficiais, extensiva aos progra-
XI – criação e manutenção, no currículo das mas suplementares;
escolas públicas, de cursos técnico-profis-
sionalizantes adequados às peculiaridades e V – valorização dos profissionais do ensino,
potencialidades dos educandos; com a garantia de plano de carreira para o
magistério público, com piso de vencimen-
XII – supervisão e orientação educacional to profissional, pagamento por habilitação
em todos os níveis e modalidades de ensino e ingresso exclusivamente por concurso pú-
nas escolas públicas, exercidas por profis- blico de provas e títulos, realizado periodi-
sional habilitado; camente, sob o regime jurídico único adota-
XIII – passe escolar gratuito ao aluno do sis- do pelo Município para seus servidores;
tema público municipal que não conseguir VI – garantia do princípio do mérito, obje-
matrícula em escola próxima à sua residên- tivamente apurado, na carreira do magisté-
cia, observado os requisitos da lei. rio;
§ 2º O acesso ao ensino obrigatório e gra- VII – garantia do padrão de qualidade, me-
tuito, bem como o atendimento em creche diante:
e pré-escola, é direito público subjetivo.
a) reciclagem periódica dos profissionais de
§ 3º O não-oferecimento do ensino pelo Po- educação;
der Público, sua oferta irregular, ou o não-
-atendimento ao portador de deficiência b) avaliação cooperativa periódica por ór-
importam responsabilidade da autoridade gão próprio do sistema educacional, pelo
competente. corpo docente, pelos alunos e pelos respon-
sáveis por estes;
§ 4º Compete ao Município recensear as
crianças em idade de creche e pré-escola e VIII – incentivo à participação da comunida-
os educandos no ensino de primeiro grau e de no processo educacional;
zelar pela freqüência à escola.
IX – preservação dos valores educacionais e
§ 5º O Município manterá os programas de culturais locais;
educação pré-escolar e de ensino de pri-
meiro grau com a cooperação técnica e fi- X – gestão democrática do ensino público,
nanceira da União e do Estado. mediante, entre outras medidas, a institui-
ção de:
Art. 158. Na promoção da educação pré-escolar
e do ensino de primeiro e segundo graus, o Mu- a) Assembléia Escolar, como instância má-
nicípio observará os seguintes princípios: xima de deliberação de escola municipal,
542 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
composta por servidores nela lotados, por V – estabelecer política municipal de arti-
alunos e seus pais e por membros da comu- culação junto às creches comunitárias e às
nidade; filantrópicas.
b) direção colegiada de escola municipal; § 1º O Município fornecerá instalações e
equipamentos para creches e pré-escolas,
c) eleição direta e secreta, em dois turnos, observados os seguintes critérios:
se necessário, para o exercício de cargo co-
missionado de Diretor e de função de Vice- I – prioridade para as áreas de maior densi-
-Diretor de escola municipal, para mandato dade demográfica e de menor faixa de ren-
de três anos, permitida uma recondução da;
consecutiva, mediante eleição, e garantida
a participação de todos os segmentos da II – escolha do local para funcionamento de
comunidade; creche e pré-escola, mediante indicação da
comunidade;
Alínea “c” com redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 20, de 01/02/2007 (Art. 1º), III – integração de pré-escolas e creches.
Vide Emenda à Lei Orgânica nº 20, de § 2º A gestão democrática das creches pú-
01/02/2007, que estabelece os efeitos da blicas observará o disposto no art. 158, X,
nova redação para o mandato subseqüente no que couber.
ao vigente na data de aprovação da emenda § 3º Cabe ao Poder Público o atendimento,
(Art. 2º) em creche comum, de criança portadora de
XI – garantia e estímulo à organização au- deficiência, oferecendo recursos e serviços
tônoma dos alunos, no âmbito das escolas especializados de educação e reabilitação.
municipais. § 4º A execução da política de atendimento
Art. 159. Para o atendimento de crianças de em creche pública é de responsabilidade de
zero a seis anos de idade, o Município deverá: organismo único da administração munici-
pal.
I – criar, implantar, implementar, manter,
orientar, supervisionar e fiscalizar as cre- Art. 160. O Município aplicará, anualmente,
ches; pelo menos trinta por cento da receita resultan-
te de impostos, compreendida a proveniente de
II – atender, por meio de equipe multidisci- transferências constitucionais, em Educação.
plinar, composta por professor, pedagogo,
psicólogo, assistente social, enfermeiro e § 1º As despesas que se caracterizam como
nutricionista, às necessidades da rede mu- de manutenção e desenvolvimento de ensi-
nicipal de creches; no, relativas a ensino fundamental e educa-
ção infantil, respeitarão os limites mínimos
III – propiciar cursos e programas de recicla- previstos no art. 212 da Constituição da Re-
gem, treinamento, gerenciamento adminis- pública e na legislação federal pertinente.
trativo e especialização, visando à melhoria
e ao aperfeiçoamento dos trabalhadores de § 2º Considerar-se-ão como de manutenção
creches; e desenvolvimento do processo de ensino
as despesas realizadas com vistas à conse-
IV – estabelecer normas de construção e re- cução dos objetivos básicos das instituições
forma de logradouros e dos edifícios para o educacionais de todos os níveis, compreen-
funcionamento de creches, buscando solu- dendo as que se destinam a:
ções arquitetônicas adequadas à faixa etá-
ria das crianças atendidas;
www.acasadoconcurseiro.com.br 543
I – remuneração e aperfeiçoamento do cor- § 5º Considerar-se-ão como despesas rela-
po docente e dos demais profissionais de tivas à educação inclusiva, para fins do dis-
Educação; posto no § 4º deste artigo:
II – aquisição, manutenção, construção e I – programas voltados à educação de jo-
conservação de instalações e equipamentos vens e adultos que não tiveram acesso ou
necessários ao processo de ensino-aprendi- continuidade de estudos no ensino funda-
zagem; mental e médio na idade própria;
III – uso e manutenção de bens e serviços II – programas de reinserção educacional da
vinculados ao ensino; criança e do adolescente em situação de ris-
co pessoal ou social;
IV – levantamentos estatísticos, estudos e
pesquisas visando, precipuamente, ao apri- III – programas especiais para educação de
moramento da qualidade e à expansão do crianças e adolescentes com deficiência;
ensino;
IV – programas voltados para a manutenção
V – realização de atividades-meio necessá- do ensino médio e da educação profissiona-
rias ao funcionamento do sistema de ensino lizante visando ao desenvolvimento de apti-
municipal; dões para a vida produtiva;
VI – amortização e custeio de operações de V – programas que permitam o uso, pela co-
crédito destinadas a atender ao disposto munidade, do prédio escolar e de suas ins-
nos incisos deste artigo; talações durante os fins de semana, as fé-
rias escolares e os feriados, na forma da lei;
VII – aquisição de material didático escolar
e manutenção de programas de transporte VI – programas que fortaleçam a inclusão
escolar; de crianças e adolescentes na ação educa-
cional do Município;
VIII – outras despesas realizadas com vistas
à consecução dos objetivos básicos das ins- VII – custos de produção e transmissão de
tituições educacionais, nos termos da legis- programas de educação promovidos ou pa-
lação federal. trocinados pelo Poder Público Municipal,
veiculados em emissoras de rádio e televi-
§ 3º O Município investirá em ações de são;
educação inclusiva a parcela do percentual
previsto no caput deste artigo que exceder VIII – demais programas do Município que
os limites mínimos previstos no art. 212 da desenvolvam atividades integradas à ma-
Constituição da República e na legislação fe- nutenção e ao desenvolvimento do ensino,
deral pertinente. como educação ambiental, educação nutri-
cional, programas de alimentação escolar,
§ 4º Entende-se por educação inclusiva esporte escolar e cultura.
aquela destinada a garantir as pré-condi-
ções de aprendizagem e acesso aos servi- Art. 161. Fica assegurada a cada unidade do sis-
ços educacionais, a reinserção de crianças e tema municipal de ensino, inclusive às creches,
jovens em risco social no processo de ensi- a destinação de recursos necessários à sua con-
no, a erradicação do analfabetismo digital, servação, manutenção e vigilância e à aquisição
a educação profissionalizante e a provisão de equipamentos e materiais didático-pedagó-
de condições para que o processo educativo gicos, conforme dispuser a lei orçamentária.
utilize meios de difusão, educação e comu-
nicação. Art. 162. O Município elaborará plano bienal de
educação, visando à ampliação e à melhoria do
544 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 545
I – as formas de expressão; Município, para atender às necessidades de de-
senvolvimento cultural da população.
II – os modos de criar, fazer e viver;
Parágrafo único. Serão instalados, junto aos
III – as criações tecnológicas, científicas e centros culturais, bibliotecas e oficinas ou
artísticas; cursos de formação cultural.
IV – as obras, os objetos, os documentos, as
edificações e outros espaços destinados a
manifestações artísticas e culturais, nestas
incluídas todas as formas de expressão po- CAPÍTULO VII
pular; DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
V – os conjuntos urbanos e os sítios de valor Art. 170 .O Município promoverá e incentivará
histórico, artístico, paisagístico, arqueológi- o desenvolvimento científico, a pesquisa, a difu-
co, paleontológico, ecológico e científico. são e a capacitação tecnológicas, voltados pre-
ponderantemente para a solução de problemas
§ 1º As áreas públicas, especialmente os
locais.
parques, os jardins e as praças, são abertas
às manifestações culturais, desde que estas Parágrafo único. O Poder Executivo im-
não tenham fins lucrativos e sejam compatí- plantará política de formação de recursos
veis com a preservação do patrimônio am- humanos nas áreas de ciência, pesquisa e
biental, paisagístico, arquitetônico e históri- tecnologia e concederá meios e condições
co. especiais de trabalho aos que dela se ocu-
pem.
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas
comemorativas de fatos relevantes para a Art. 171. O Município criará e manterá entida-
cultura municipal. de voltada ao ensino e à pesquisa científica, ao
desenvolvimento experimental e a serviços téc-
Art. 168. O Município, com a colaboração da
nico-científicos relevantes para o seu progresso
sociedade civil, protegerá o seu patrimônio his-
social e econômico.
tórico e cultural, por meio de inventários, pes-
quisas, registros, vigilância, tombamento, desa- § 1º Os recursos necessários à efetiva ope-
propriação e outras formas de acautelamento e racionalização da entidade serão consigna-
preservação. dos no orçamento municipal, bem como
obtidos de órgãos e entidades de fomento
Parágrafo único. O Poder Público mante-
federais e estaduais ou de outras fontes.
rá sistema de arquivos públicos e privados
com a finalidade de promover o recolhi- § 2º O Município recorrerá preferencial-
mento, a preservação e a divulgação do pa- mente aos órgãos e entidades de pesquisa
trimônio documental de organismos públi- estaduais e federais nele sediados, promo-
cos municipais, bem como de documentos vendo a integração intersetorial por meio
privados de interesse público, a fim de que da implantação de programas integrados,
possam ser utilizados como instrumento de consideradas as diversas demandas cien-
apoio à administração, à cultura e ao desen- tíficas, tecnológicas e ambientais afetas às
volvimento científico e como elemento de questões municipais.
prova e informação.
Art. 172. O Município criará núcleos descentra-
Art. 169. O Poder Público promoverá a implan- lizados de treinamento e difusão de tecnologias
tação, com a participação e cooperação da so- de alcance comunitário, de forma a contribuir
ciedade civil, de centros culturais nas regiões do para a sua absorção efetiva pela população,
prioritariamente a de baixa renda.
546 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 547
II – coordenação, execução e acompanha- III – a preferência na formulação e na execu-
mento a cargo do Poder Executivo; ção das políticas sociais públicas;
III – participação da sociedade civil na for- IV – o aquinhoamento privilegiado de recur-
mulação das políticas e no controle das sos públicos nas áreas relacionadas com a
ações em todos os níveis. proteção à infância e à juventude, notada-
mente no tocante ao uso e abuso de tóxi-
§ 2º O Município poderá firmar convênios cos, drogas afins e bebidas alcoólicas.
com entidade beneficente e de assistência
social para a execução do plano. § 2º Será punido na forma da lei qualquer
atentado do Poder Público, por ação ou
Seção II omissão, aos direitos fundamentais da
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO criança, do adolescente, do idoso e do por-
ADOLESCENTE, DO IDOSO E DO tador de deficiência.
PORTADOR DE DEFICIÊNCIA Art. 178. O Município, em conjunto com a so-
ciedade, criará e manterá programas sócio-edu-
Art. 176. O Município, na formulação e na apli- cativos e de assistência jurídica destinados ao
cação de suas políticas sociais, visará a dar à fa- atendimento de criança e adolescente privados
mília condições para a realização de suas rele- das condições necessárias ao seu pleno desen-
vantes funções sociais. volvimento e incentivará os programas de inicia-
Parágrafo único. Fundado nos princípios da tiva das comunidades, mediante apoio técnico
dignidade da pessoa humana e da paterni- e financeiro, vinculado ao orçamento, de forma
dade e maternidade responsáveis, o plane- a garantir-se o completo atendimento dos direi-
jamento familiar é livre decisão do casal, in- tos constantes desta Lei Orgânica.
cumbindo ao Município, nos limites de sua § 1º As ações do Município de proteção à
competência, propiciar recursos educacio- infância e à adolescência serão organizadas
nais e científicos para o exercício desse di- na forma da lei, com base nas seguintes di-
reito, vedada qualquer forma coercitiva por retrizes:
parte das instituições oficiais ou privadas.
I – desconcentração do atendimento;
Art. 177. É dever da família, da sociedade e do
Poder Público assegurar à criança e ao adoles- II – priorização dos vínculos familiares e co-
cente, com absoluta prioridade, o direito à vida, munitários como medida preferencial para
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à a integração social de crianças e adolescen-
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao tes;
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
III – a participação da sociedade civil na
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
formulação de políticas e programas, bem
forma de negligência, discriminação, explora-
como no controle de sua execução.
ção, violência, crueldade e opressão.
§ 2º Programas de defesa e vigilância dos di-
§ 1º A garantia de absoluta prioridade com-
reitos da criança e do adolescente preverão:
preende:
I – estímulo e apoio à criação de centros de
I – a primazia de receber proteção e socorro
defesa dos direitos da criança e do adoles-
em quaisquer circunstâncias;
cente, geridos pela sociedade civil;
II – a precedência de atendimento em ser-
II – criação de plantões de recebimento e
viço de relevância pública ou em órgão pú-
encaminhamento de denúncias de violência
blico;
contra criança e adolescente;
548 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 549
Parágrafo único. O dever do Poder Público CAPÍTULO XI
compreende, entre outras medidas: DA POLÍTICA URBANA
I – a criação e a divulgação, nos meios de
comunicação públicos, ou nos privados de Seção I
cujos espaços se utilize a administração pú- DISPOSIÇÕES GERAIS
blica, de programas de valorização da par-
ticipação do negro na formação histórica e Art. 184 O pleno desenvolvimento das funções
cultural brasileira e de repressão a idéias e sociais da cidade, a garantia do bem-estar de
práticas racistas; sua população e o cumprimento da função so-
cial da propriedade, objetivos da política urbana
II – a inclusão, na propaganda institucional executada pelo Poder Público, serão assegura-
do Município, de modelos negros em pro- dos mediante:
porção compatível com sua presença no
conjunto da população municipal; I – formulação e execução do planejamento
urbano;
III – a reciclagem periódica dos servidores
públicos, especialmente os de creches e II – distribuição espacial adequada da popu-
escolas municipais, de modo a habilitá-los lação, das atividades sócio-econômicas, da
para o combate a idéias e práticas racistas; infra-estrutura básica e dos equipamentos
urbanos e comunitários;
IV – a punição ao agente público que violar
a liberdade de expressão e manifestação III – integração e complementaridade das
das religiões afro-brasileiras; atividades urbanas e rurais, no âmbito da
região polarizada pelo Município;
V – a proibição de práticas, pelas unidades
da administração pública municipal, de con- IV – participação da sociedade civil no pla-
trole demográfico e de esterilização de mu- nejamento e no controle da execução de
lheres negras, salvo as necessárias à saúde programas que lhe forem pertinentes.
das pacientes; Art. 185 São instrumentos do planejamento ur-
VI – a inclusão de conteúdo programático bano, entre outros:
sobre a história da África e da cultura afro- I – plano diretor;
-brasileira no currículo das escolas públicas
municipais; II – legislação de parcelamento, ocupação e
uso do solo, de edificações e de posturas;
VII – o cancelamento, mediante processo
administrativo sumário, sem prejuízo de III – legislação financeira e tributária, es-
outras sanções legais, de alvará de funcio- pecialmente o imposto predial e territorial
namento de estabelecimento privado, fran- progressivo e a contribuição de melhoria;
queado ao público, que cometer ato de dis-
criminação racial. IV – transferência do direito de construir;
550 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 551
V – áreas destinadas a implantação de pro- § 4º Áreas de regularização são as ocupadas
gramas habitacionais; por população de baixa renda, sujeitas a cri-
térios especiais de urbanização, bem como
VI – áreas de transferência do direito de
a implantação prioritária de equipamentos
construir;
urbanos e comunitários.
VII – áreas de preservação ambiental.
§ 5º Áreas de transferência do direito de
§ 1º Áreas de urbanização preferencial são construir são as passíveis de adensamento,
as destinadas a: observados os critérios estabelecidos na lei
I – aproveitamento adequado de terrenos de parcelamento, ocupação e uso do solo.
não-edificados, subutilizados ou não-utiliza- § 6º Áreas de preservação ambiental são as
dos, observado o disposto no art. 182, § 4º, destinadas à preservação permanente, em
I, II e III, da Constituição da República; que a ocupação deve ser vedada, em razão
II – implantação prioritária de equipamen- de:
tos urbanos e comunitários; I – riscos geológicos, geotécnicos e geodinâ-
III – adensamento de áreas edificadas; micos;
552 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Público – Lei Orgânica Municipal de Belo Horizonte – Poderes Executivo e Legislativo – Prof. André Vieira
www.acasadoconcurseiro.com.br 553
§ 4º O sistema de transporte coletivo forne- madores da planilha de custos, a elementos
cerá, para aquisição antecipada pelo usuá- da metodologia de cálculo, a parâmetros de
rio, bilhete-transporte. coeficientes técnicos, bem como às infor-
mações relativas às fases de operação do
Art. 196 O planejamento dos serviços de trans- sistema de transporte.
porte coletivo deve ser feito com observância
dos seguintes princípios: Art. 198 O equilíbrio econômico-financeiro dos
serviços de transporte coletivo será assegurado
I – compatibilização entre transporte e uso por uma ou mais das seguintes condições, con-
do solo; forme dispuser a lei:
II – integração física, operacional e tarifária I – tarifa justa e sua revisão periódica;
entre as diversas modalidades de transpor-
te; II – subsídio aos serviços;
III – racionalização dos serviços; III – compensação entre a receita auferida e
o custo total do sistema.
IV – análise de alternativas mais eficientes
ao sistema; § 1º O cálculo das tarifas abrange o custo da
produção do serviço definido pela planilha
V – progressiva unificação das tarifas; de custos e o custo de gerenciamento das
VI – participação da sociedade civil. delegações do serviço e do controle de trá-
fego, levando-se em consideração a expan-
Parágrafo único. O Município, ao traçar as são do serviço, a manutenção de padrões
diretrizes de ordenamento dos transportes, mínimos de conforto, segurança e rapidez e
estabelecerá metas prioritárias de circula- a justa remuneração dos investimentos.
ção de coletivos urbanos, que terão prefe-
rência em relação às demais modalidades § 2º A fixação de qualquer tipo de gratuida-
de transporte. de no transporte coletivo urbano só poderá
ser feita mediante lei que indique a fonte de
Art. 197 As tarifas de serviços de transporte co- recursos para custeá-la.
letivo, de táxi e de estacionamento público se-
rão fixadas pelo Poder Executivo, conforme dis-
puser a lei.
§ 1º O Poder Executivo deverá proceder ao
cálculo da remuneração do serviço de trans-
porte de passageiros às empresas operado-
ras, com base em planilha de custos, con-
tendo metodologia de cálculo, parâmetros
e coeficientes técnicos em função das pecu-
liaridades do sistema de transporte urbano
municipal.
§ 2º As planilhas de custos serão atualizadas
quando houver alteração no preço de com-
ponentes da estrutura de custos de trans-
porte necessários à operação do serviço.
§ 3º É assegurado a entidades representa-
tivas da sociedade civil, à Câmara e à De-
fensoria do Povo o acesso aos dados infor-
554 www.acasadoconcurseiro.com.br