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Rasies, Achfihlung, ou o conhecimento por incorporacao p te a outa de Kreuzlingen foi o ensejo para um teste conere- serie ra nate teéri ae que ele entendia, fazia muito tempo, por gem gp ae20” ou Yencaragio . Ele haviafalado constantemente da ima- ee a de Verkorperung. Na época de seu encontro com Binswanger, eeu fe de Verleibung, jé usada nos Grundlegende Bruchstiicke zu eee on tt hen Kunstpsychologie, mas compreendida, atualmente, numa ragga ditetamemte fenomenolégica: maneira de exprimir a “corporali- sada nos “simbolos” de toda cultura. ie era o problema inicial? Tratava-se de compreender a eficdcia das ima- ua Lebensgeschichte, seu poder de Nachleben — em termos antropolé- 8icos . fundamentais, © homem é um “animal que manipula as coisas”, diz de proposigao inicial: ele toca, usa, transforma a inorganic tendo em vista a sua propria subsisténcia vital. Aproxima o ‘arburg, a gui dade dos objetos, Pa de seu préprio organismo, até incorporé-lo a este. Portant, 0 a Brees a ser formulado em termos de ‘empatia (Binfitblung]. Mas aa do monstro” jé es presente: havendo incorporado 0 inorganico, onl humano jé no sabe exatamente onde se detém 0s limites apropria- Nessa operaciio em que nasce a cultura — lingua, religido, arte, conheci- Mentos 7 < tos — nascem também uma tragédia e uma esquizofrenia fundamentais. De a De onde vém todas essas perguntas e esses enigmas da empatia [diese Fra- Sen und Réitsel der Einfithlung] diante da natureza inanimada? E que, para © homem, existe de fato um estado que pode uni-lo a algo —justamente a0 Carregar ou manipular alguma coisa ~ que corresponde a ele, porém no Corte em suas veias. (..) Tragédia da incorporacdo. Fenomenologia. Limites Alutuantes da personalidade. Apropriagao por incorporagao. O ponto de Partida é o seguinte: considero 0 homem como um animal que manipula as Coisas, cuja atividade consiste em estabelecer ligagGes e separagdes [Ver- niipfen und Trennen). Isso o faz perder seu sentimento organico do eu \sein Ich-Organgefidhl), pois, com efeito, a mao Ihe permite apoderar-se de Objetos concretos, que nao tém sistema nervoso, pois so inorgadnicos, mas ue, mesmo assim, expandem seu eu inorganicamente [die sein Ich unorga- nisch erweitern], Ai esté a tragédia [die Tragik| do ser humano, que, ao Almagem sobrevivente 337 manipular as coisas, estende-se além de seu limite organico. (...) A humani- dade inteira é aoe 36 esquizofrénica [schizophren, eternamente e desde sempre. Temos ai, aos olhos de Warburg, uma condica fo geral do que convém cha- mar de “biomorfismo estrutural” [ struktureller Biomorphismus] dos simbolos les confrontarem a vida humana com a inor .” Nesse contexto, a em dar nome a um proceso no qual fo formas orginicas, ganicidade das coisa patia s6 é tao importante por rmas inorgdnicas sio incorporadas as has quais a “vida” é projetada sobre a “coisa”. ende-se a necessidade de montar que seja capaz de situar a efi formas nas producées figurativas, lingua de uma dada cultura. A uma antropologia da seme- imaginéria e simbélica — dessas assim como nos atos ritualisticos ou a ideia de incorporagio revela-se onipresente: € nerente & apropriagio técnica da natureza; 6 dominante ~ e até alienante - n08 fendmenos de “metamorfose mimética” que s4 de mascaras ou de imagens em geral; Ponto, a sintaxe e a légica da I (0 0 sacrificio, a danga e 0 uso +hega inclusive a sustentar, até certo inguagem: 1. A incorporacao como ato l6gico da cultura primitiva [die Verleibung als logischer Akt der primitiven Kultur] (...). Temos a frase simples in statu ieito © © objeto podem amalgamar-se, em caso de ou destruit-se mutuamente, se a énfase mudar de lugar. Esse estado de uma frase rudimentar instével, composta de trés elementos, reflete-se na pratica artistic a religiosa dos povos primitivos, na medida em que podemos observar, em sua tendéncia 2 incorporar o objeto, um proces- so paralelo ao da sintaxe, Gu). perda da cépula, 2. Estado de apropriagao Por incorporagao [Zustand der Anverleibung]. Partes do objeto permanecem no esta do de corpos estranhos aparentados, assim prolongando no campo inorgénico o sentimento de ideserdade do eh [Ich-Gefiibl]. Manipul icamente [kinetisch], mas o prolon- gamento inorganico de seu eu « inteiro. A perda do sujeito no objeto [Verlust des Subjekts an das Objekt] manifesta-se perfeitamente na ago do sacrificio, que incor Pora as partes do objeto. Metamorfose mimé- tica: exemplo: a danca cultual das miscaras,¥s A incorporagio, aos olhos de Warburg, “fato psiquico total”, um processo ta coisa, € capaz de construir a identidad realmente se afigura uma espécie de '© poderoso que, por “apropriacao : da © esse “sentimento do eu” [Ich-Gefitbl], 338 Georges Didi-Huberman xcder no objeto” [Verlust des © encontrar-se nao impede o perder- com tragédia; logos, com Iunca se sai do amontoado de cobras 4 pessoa pode as vezes orien- jintricagao teina soberana odelo nao kantiano mas tambéi , ambém de destrué-la, fazendo “o sujeito S€ Pe pages ors Oe portato, puiboe mane rima com loucura; conhecimento, rf de i, eta com esquizofrenia. Nunca ae dialerica do monstro”. Quando multo, meat i pas a) referencia. Mas a pe lelo antropolégico a metapsicol6gico, nesse mi ae ices entre sujeito ¢ objeto. Rani: fim da vida, Warburg nao P ee fers né de problemas. Em seu 0s m ae egriffe do atlas Mnemosyne yoltou a “empatia energética”, enten- re uma funcio essencial da propria Nacbleben, sua maneira de dar ou ian wate aos temas da Antiguidade eldssica- Em outros textos, ele itiao” pe distingao a um tempo estética € psicopatologica entre 0 “ex- pen depressivo” € 0 “simpressivo” [sympressiv]-" eS as ideias de empatia ¢ incorporagio acabaram por adquirir um do Warb ‘0 necessario na compreensdo warburguiana das imagens que, quan- lane rg morreu, alguns viram nelas = com razio— uma heranga essencial ae a obra dele, Numa descri¢a0 muito vivida da conferéncia feita por Ff ee na Biblioteca Hertziana de Roma, em 19 de janeiro de 1929, Kenne- , entao com 26 anos, recordou uma impressionante capacidade empa- ti ica no velho orador: pelo menos, re- rou de aprofundar 0, s, em particular s tiltimos manuscrito Jegadas de altura (pois ery S€ teria sido ators € posso real estranho ou inquie~ se mais cinco pol do que Berenson), fe tinha, num gral Ele mesmo dizia que, se tive € que isso é possivel, menor mente acreditar nisso, a tal ponto ¢! [the gift of mimesis) Sabla penetrar” ae [uncanny], 0 dom da imitacao s, Ppersonagem [ “get inside” 4 character] de tal modo que, quando citava Savonarola, era como s€ couvissemos a VO# possante © autoritaria do frade dominicanos mas, quando citava Poliziano, nha toda a delicadeza € 0 leve artificialismo dos eiculos dos Medici ve a Warburg, Ernst Cassitep é claro, teor empatico de uma obra inteira- «sobrevivencias”. Falou que os uniu desde o dia ainda estava as vol- 2 do pesquisados,inteiramente jeto de pensamentos cOmPA- ido por Goethe -, aca- menagem faneb fundas desse thos? ¢ a suas BE res mapuical eee nas profins Beer «formulas do a aa imediato - ¢ misterioso a paula ees quando Wa Bre! rmonstro"s depois «soe rando a a” pela “grandeza tragica de seu 0 arburg a ninguém menos que Shakespeare ~ Aimagemsobreviverte 339 oe

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