Trabalho de Licenciatura
Autor: Supervisores:
Salvador Eugénio Mate Prof. Eng.º Lucrécio Biquiza
dr. Alberto Julião Macamo
Prof. Doutor Satoshi Kato (KIT – Japão)
Trabalho de Licenciatura
Autor:
Salvador Eugénio Mate
Supervisores:
Prof. Eng.º Lucrécio Biquiza
dr. Alberto Julião Macamo
Prof. Doutor Satoshi Kato (KIT – Japão)
O Chefe de Secretaria
___________________________
Dedicatória
Dedico
i
Agradecimentos
Aos supervisores, o Prof. Eng.º Lucrécio Biquiza, o dr. Alberto Julião Macamo, o
Prof. Doutor Satoshi Kato e o Dr. Eng.º. Yoshimitsu Kobashi pelo apoio, confiança e,
sobretudo, pela dedicação e seriedade com que desempenharam sua função de
orientador durante o desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas Jesse Dombo, Sérgio Cossa, Kátia Boene, Josefina Ângelo pela
ajuda prestada durante os trabalhos laboratoriais.
ii
Resumo
iii
Índice
Dedicatória ............................................................................................................................ i
Agradecimentos .....................................................................................................................ii
Índice ....................................................................................................................................iv
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
iv
2.5. Jatropha curcas L. ................................................................................................. 12
5.1. Recomendações.................................................................................................... 58
Anexos ............................................................................................................................... 64
vi
Lista de símbolos e abreviaturas
B0 : Diesel fóssil
EN : Norma Europeia
HC : Hidrocarbonetos
MP : Material particulado
vii
Lista de Figuras
viii
Figura 4.12: Emissões de monóxido de carbono em função fracção de biodiesel ............. 50
Figura 4.13: Emissões de hidrocarbonetos em função da carga ........................................ 51
Figura 4.14: Variação da emissão de hidrocarbonetos com a fracção de biodiesel ........... 52
Figura 4.15: Variação das emissões de óxidos de nitrogénio com a carga aplica .............. 53
Figura 4.16: Variação das emissões de óxidos de nitrogénio com a proporção de
biodiesel ............................................................................................................................. 54
Figura 4.17: Emissão do oxigénio em função da carga aplicada ........................................ 55
Figura 4.18: Emissão do oxigénio em função da proporção de biodiesel ........................... 55
Figura 4.19: Emissão de fumos pelo motor-gerador ........................................................... 56
ix
Lista de Tabelas
x
1. INTRODUÇÃO
1
1.1. Objectivos do trabalho
Especificamente objectiva-se:
Produzir biodiesel a partir da transesterificação do óleo de Jatropha Curcas;
Determinar as propriedades físico-químicas do diesel, biodiesel e suas misturas;
Quantificar as emissões dos gases inorgânicos (CO, CO2, NOx) e orgânicos (HC)
para o diesel, biodiesel e misturas, sob diferentes condições de operação do motor-
gerador;
Quantificar as emissões de fumos para o diesel, biodiesel e suas misturas, sob
diferentes condições de operação do motor-gerador;
Determinar o consumo específico do motor-gerador, para os combustíveis diesel,
biodiesel e suas misturas.
1.2. Justificativa
Estudos demostram que o motor de ciclo diesel só está apto a trabalhar, sem
modificação, com misturas contendo até 20% de biodiesel (B20). Percentuais acima de
20% encontram entraves técnicos e requerem avaliações mais elaboradas quanto ao
desempenho, ao consumo específico e às emissões do motor.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
reacção de transesterificação de óleos vegetais ou animais com um álcool, na
presença de um catalisador e com qualidade de combustível para motores diesel.
O primeiro motor a diesel que funcionou de forma eficiente foi criado em Agosto
de 1893 por Rudolph Diesel, em Augsburg, na Alemanha, e por isso recebeu o seu
nome. No entanto os primeiros indícios do uso de óleos vegetais em motores diesel
registaram se na exposição de Paris de 1900, onde, a companhia francesa Otto
demonstrou o funcionamento de um pequeno motor diesel utilizando óleo de amendoim
como combustível, tendo sido esta experiência tão bem sucedida que apenas alguns
dos espectadores notaram o facto (Knothe et al., 2005).
4
orientação política e medidas de maior relevância para a área de biocombustíveis para
além de dar orientações para a produção, consumo e comercialização dos
biocombustíveis no país. Nesta política, a Jatropha curcas e o coco são definidos como
materiais primas principais para a produção de biodiesel.
Os óleos são formados por ácidos gordos que podem ser encontrados livres ou
preferencialmente combinados. Na forma combinada, seus derivados são normalmente
encontrados como monoglicerídeos, diglicerídeos e triglicerídeos (Ramalho, 2013).
Os triglicerídeos são formados por meio da reacção entre a glicerina e três ácidos
gordos (ácidos carboxílicos de cadeias longas, com 12 ou mais átomos de carbono)
(Tapanes, 2008). São os principais constituintes dos óleos (mas de 95%), podem ser
simples quando um único tipo de ácido gordo está presente, ou composto quando
ácidos gordos que compõem o triglicerídeo são diferentes (Reda e Carneiro, 2007
citado por Marques, 2012).
2.3.1. Extracção
Dois métodos principais são empregues para extrair o óleo das sementes
oleaginosas: a prensagem mecânica e a extracção por solvente.
5
capacidade de extracção e no rendimento, além de eliminar a toxidade ou constituintes
não desejados do óleo ou da torta (Wiesenborn et al., 2002). O aumento no rendimento
deve-se à quebra ocorrida nas células de óleo, pela coagulação de proteínas e pela
diminuição da viscosidade do óleo que torna seu fluxo mais fácil (Ward, 1976).
2.3.2. Degomagem
2.3.3. Neutralização
7
(Equação 2)
(Equação 3)
(Equação 4)
8
2.3.5. Purificação dos produtos
2.4.1. Densidade
Os motores são projectados para operar com combustíveis com uma determinada
faixa de densidade, tendo em vista a bomba injectora dosear o volume injectado. A
9
norma Europeia estabelece um valor mínimo para a densidade de 860 kg/m3 e um
máximo de 900 kg/m3. Valor de densidade acima da norma leva à formação de uma
mistura ar/combustível rica em combustível aumentando a emissão de poluentes, Valor
abaixo da norma leva à formação de uma mistura pobre em combustível o que leva à
perda de potência e ao aumento do consumo do combustível (Soares, 2010). Valores
típicos de densidade de biodiesel produzido a partir de óleo de Jatropha situam-se
entre 860 a 880 kg/m3 (Patil e Deng, 2009).
10
biodiesel apresenta um poder calorífico cerca de 5% menor que o do diesel
convencional, o que leva, a um pequeno aumento do consumo deste combustível em
relação ao diesel convencional. Valores típicos de poder calorífico superior de biodiesel
de Jatropha são relatados por Patil e Deng (2009) estando no intervalo de 9500 a 1000
kcal/kg.
11
distribuição de combustível, reduzindo o tempo de vida das bombas e dos filtros, além
de provocar a corrosão dos componentes metálicos do motor. A norma Europeia assim
como a Americana estabelecem um limite máximo para o índice de acidez de 0.5
mgKOH/g da amostra.
12
então, continua incerta a definição clara da origem desta planta, contudo acredita-se
que o México e a América Central sejam as prováveis zonas da sua origem, tendo sido
introduzida em África e Ásia, e actualmente é cultivada mundialmente (Sitoe, 2008).
(a) (b) c)
Figura 2.2: Planta de Jatropha Curcas L. (a), frutos (b) e Sementes (c)
13
Por muito tempo pensou-se que a actividade tóxica da planta era causada pela
presença da lecitina curcina abundante nas sementes, vários estudos demostram que a
actividade tóxica das sementes, bem como do óleo de JC deve na verdade à presença
dos ésteres de forbol. Os ésteres de forbol são moléculas derivadas de tetra cíclicos
diterpenos. Eles apresentam actividade carcinogénica a acção inflamatória (Oliveira et
al., 2006).
14
2.6.1. Processo de combustão
A combustão é uma sequência complexa de reacções químicas exotérmicas entre
um combustível e um oxidante. A combustão ocorre quando existe oxigénio suficiente e
o combustível atinge a temperatura de ignição.
1 nH
Cnc HnH OnO + (nc + ) (O2 + 3.76N2 ) ⟶ n1 CO2 + n2 CO + n3 O2 + n4 O + n5 H +
ϕ 4
15
2.6.2.1. Dióxido de carbono
16
perigoso para saúde humana, provocando efeitos como tosses, desconforto e
diminuição da capacidade pulmonar.
𝑂 + 𝑁2 ↔ 𝑁𝑂 + 𝑁 (Equação 7)
𝑁 + 𝑂2 ↔ 𝑁𝑂 + 𝑂 (Equação 8)
𝑁 + 𝑂𝐻 ↔ 𝑁𝑂 + 𝐻 (Equação 9)
O nome térmico é usado por que a reacção (7) tem energia de activação muito
elevada devido à forte tripla ligação na molécula de N2, por isso ela é rápida somente
em altas temperaturas (maior que 1700K). A redução das emissões de NO térmico é
feita operando a temperaturas baixas ou com o excesso de ar mais baixo possível,
mantendo-se a combustão completa.
𝑂 + 𝑁2 + 𝑀 ↔ 𝑁2 𝑂 + 𝑀 (Equação 11)
17
O N2O é subsequentemente convertido para NO ou reduzido para N2. Em
condições estequiometrias pobres, tem-se:
𝑁2 𝑂 + 𝑂 ↔ 𝑁𝑂 + 𝑁𝑂 (Equação 12)
𝑁2 𝑂 + 𝑂 ↔ 𝑁2 + 𝑂2 (Equação 13)
𝑁2 𝑂 + 𝐻 ↔ 𝑁2 + 𝐻 (Equação 14)
𝑁2 𝑂 + 𝐻 ↔ 𝑁𝐻 + 𝑁𝑂 (Equação 15)
AZ → XN + OX → NO (Equação 17)
AZ → XN + NO → N2 (Equação 18)
2.6.2.4. Hidrocarbonetos
18
2.6.2.5. Óxidos de enxofre
19
3. PARTE EXPERIMENTAL
20
Ligou–se a rotação do parafuso da alimentação da prensa e introduziu–se as
sementes pré-aquecidas no funil de alimentação e, simultaneamente esmagadas e
transportadas por um parafuso rotativo. Durante o processo o óleo escorre na direcção
dos filtros enquanto o bagaço sai no fundo da máquina.
Accionamento
da rotação Alimentação da lenha Filtros a vácuo
Recipiente para
recolha do óleo bruto
21
Sementes
Água
Pré-aquecimento Prensagem
Bagaço Água a
Óleo + Sedimentos 80°C
crude
Óleo
Filtração Degomagem Secagem
22
da bomba de vácuo e ligou-se a bomba começando assim o processo de secagem, o
processo é interrompido quando a pressão no secador é inferior a –0.09 MPa.
Separador Agitadores
Bomba
Secador
Reactor
Condensador
23
Óleo Água a
degomado 80°C
Óleo
Aquecimento Lavagem Efluentes
Solução
Água
aquosa de
NaOH Neutralização Decantação Secagem
Sabão Óleo
neutralizado
A∙X
Para X≤10, a quantidade de hidróxido é dada por gramas, faz-se uma única
2
neutralização ;
A∙X
Para 10 <X> 20, a quantidade de hidróxido é dado por gramas, faz-se duas
4
neutralizações;
A∙X
Para 20<X>30, a quantidade de hidróxido é dado por gramas, faz-se três
6
neutralizações;
A∙X
Para 30<X>40, a quantidade de hidróxido é dado por gramas, faz-se quatro
8
neutralizações.
Com ajuda da bomba transferiu-se o óleo para o separador e por fim retirou-se o
sabão que fica no fundo do reactor. Em seguida dissolveu-se 75% (m/v) de ácido cítrico
(mas de 95% de pureza) em 20% (v/v) de água a 80 °C, adicionou-se esta solução no
24
separador e começou-se a agitar. Após um minuto de agitação parou-se a agitação e
adicionou-se 15% de água a 80°C. A mistura permaneceu 60 minutos no separador,
depois drenou-se a água que contém sabão e em seguida adicionou-se 20% (v/v) de
água a 80 °C e agitou-se por 2 minutos, parou-se a agitação e permanece no
separador por mais 60 minutos;
Separador
Agitadores
Secador
Reactor
Fogão
(b)
(a)
Figura 3.5: Unidade de Neutralização (a) e determinação do indicador de acidez X (b)
25
Solução
Metanol aquosa de
ácido cítrico Água a 80°C
NaOH
Mistura Neutralização Lavagem Água + Sal
Glicerina
Óleo
Neutralizado Biodiesel
26
Abriu-se a válvula do separador 2 e drenou-se a água. Repetiu-se este procedimento
até que a água de lavagem fosse limpa, em seguida secou-se o biodiesel no secador a
vácuo.
Separador 1
Separador 2
Recipiente plástico
Secador Reactor
Condensador
Figura 3.8: Amostras preparadas (B0 diesel puro, B100 biodiesel puro, B20, B40, B60,
B80 são misturas de diesel e biodiesel com 20, 40, 60, 80 % em volume de
biodiesel respectivamente.
27
Tabela 1: Designação das amostras preparadas
B0 100 _
B20 80 20
B40 60 40
B60 40 60
B80 20 80
B100 _ 100
28
Com auxílio do termómetro mediu-se a temperatura da amostra.
Figura 3.9: Material para a determinação da densidade, (a) picnómetro vazio, (b)
picnómetro com amostra, (c) balança analítica.
30
1000×𝑚0
𝑪𝒓𝒆𝒂𝒍 = (Equação 21)
122.1×𝑉0
56.1×𝐶𝑟𝑒𝑎𝑙 ×Vg
𝑰𝑨 = (Equação 22)
m
32
Figura 3.13: Motor-gerador usado nos ensaios
Reservatório de
biodiesel/misturas
Reservatório de
diesel
Bureta
Válvula 3
Válvula 2
Válvula 1 Tubo de
alimentação
Figura 3.14: Sistema de alimentação de combustível
34
Lâmpadas
Fogão
Fogão 1 2
Figura 3.15: Sistema de cargas ligado ao motor-gerador
35
gerador). O tempo de consumo de 10 ml de combustível foi determinado com auxílio de
um cronómetro.
No motor a diesel parte do combustível que passa pela bomba de injecção não é
injectado no cilindro e retorna para o tanque, este combustível é chamado de
combustível de retorno. O combustível de retorno foi determinado a partir de uma
proveta graduada de 10 ml (Figura 3.16).
Proveta
𝐂𝐦 = CV × ρ (Equação 24)
Através das variações nas condições de carga foi possível obter dados do
consumo específico de combustível [g.(kWh)-1], conforme a equação 25.
3.6×106 ×Cm
𝐂𝐞𝐬𝐩 = (Equação 25)
V×I
36
Onde: 𝑪𝒆𝒔𝒑 é o consumo específico do combustível [g.(kWh)-1]; V é a tensão nos
terminais do gerador (V); I é a corrente eléctrica (A).
Não foi possível medir a tensão nos terminais do gerador, considerou-se o valor
de 220 V. Para medição da corrente de saída do gerador, foi usado um alicate
multímetro da marca Hioki, modelo 3285 (Figura 3.17a). A medição da corrente para
cada condição de carga era feita nos cabos 1 e 2 (Figura 3.18b). Para a carga de 750
W e 2000 W (fogão 1) a medição foi feita no cabo 1 e para as cargas de 3000 W e
3750 W foi feita a soma das correntes medidas separadamente nos cabos 1 e 2.
Tomada 1
Tomada 2
Cabo 2 Cabo 1
(a)
(b)
Figura 3.17: Alicate multímetro usado para a medição da corrente eléctrica (a) e cabos
eléctricos para a medição da corrente (b)
Figura 3.19: Analisador de Fumos de marca Bacharach True Spot e tubo de conexão
do analisador conectado ao escape (à direita)
38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
920
900
min. EN 14214
Densidade (kg/m3 )
860
840
820
800
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
39
abaixo de 860 kg/m3 podem levar ao aumento do consumo de combustível em relação
ao diesel, no entanto este fenómeno não ocorre quando se trata das suas misturas
porque o diesel fóssil apresenta maior poder calorífico que o biodiesel.
40
7,0
Viscosidade
6,0
Viscosidade cinemática cinemática a 40 °C
min. EN 14214
5,0
(mm2/s)
max. EN 14214
4,0
min. ASTM D6751
3,0
max. ASTM D6751
2,0
1,0
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
Figura 4.2: Variação da viscosidade com a fracção de biodiesel
41
1,20
1,00
0,20
0,00
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%.vol)
Outro factor deve-se ao facto dos óleos terem sido armazenados em um espaço
em que eram expostos a radiação solar, temperaturas elevadas e ao contacto com o ar
possibilitando a ocorrência de reacções de oxidação. A presença de água também
pode promover a oxidação do biodiesel (oxidação hidrolítica), entretanto em menor
extensão.
42
30,00
25,00
Tempo de indução (h)
20,00
Estabilidade à
15,00 oxidação a 110 °C
min. EN 14214
10,00
5,00
0,00
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
Vlassov et al. (2009) citado por Gauer, (2012) descrevem que a potência devida
às perdas mecânicas do motor é constante uma vez que a mesma depende da
velocidade do pistão, que também é um parâmetro que permanece constante. Assim, a
redução da potência efectiva do motor leva a uma diminuição do rendimento mecânico
e, portanto, a um aumento do consumo específico em situações de cargas mais baixas.
43
800
700
Consumo específico
B0
600
B20
(g/kWh)
500 B40
B60
400 B80
B100
300
200
750 1250 1750 2250 2750 3250 3750
Carga (W)
44
biodiesel, tendo ocorrido um aumento médio de 18% no consumo específico quando o
combustível foi 100% biodiesel, superior ao obtido neste estudo.
800
700
Consumo específico
600 750W
(g/kWh)
2000W
500
3000W
400
3750W
300
200
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
100
90
Razão ar-combustível
80 B0
70 B20
B40
60
B60
50
B80
40 B100
30
20
0 750 1500 2250 3000 3750
Carga (W)
46
100
90
80
Razão ar-combustível
0W
70
750W
60
2000W
50 3000W
40 3750W
30
20
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
47
9
8
7 B0
6 B20
CO2 (%vol.) 5
B40
4
B60
3
B80
2
B100
1
0
0 750 1500 2250 3000 3750
Carga (W)
Figura 4.9: Variação das emissões de dióxido de carbono com a carga aplicada
As maiores emissões de CO2 obtidas no ensaio com biodiesel puro e misturas são
contraditórias com os demais trabalhos literários. Sharma et al. (2014), avaliaram a
performance e as emissões de um motor a diesel empregando diesel, biodiesel e óleo
pré-aquecido de Jatropha, verificaram que as emissões de CO2 de biodiesel, óleo de
Jatropha e misturas com diesel foi menor comparativamente as do óleo diesel. Isto
deve-se ao facto do óleo diesel conter maior quantidade de carbono na sua
composição que o biodiesel. Contudo, as maiores emissões do CO2 do biodiesel e
misturas podem estar relacionadas com o consumo do combustível, uma vez que o
biodiesel apresenta maior consumo do combustível, este aumento do consumo resultou
no aumento das emissões de dióxido de carbono.
9
8
7
CO2 (%vol.)
6 0W
5 750W
2000W
4
3000W
3
3750W
2
0 20 40 60 80 100
48
4.3.2. Emissão de monóxido de carbono
O aumento das emissões de CO com o uso de biodiesel este pode ter ocorrido
devido à queda na eficiência de combustão com o aumento da concentração de
biodiesel ocasionada pela dificuldade de pulverização de combustível na câmara de
combustão em virtude da alta viscosidade. Quanto maior a viscosidade, maior será o
tamanho das gotículas de combustível na atomização, levando à redução da área
superficial para contacto com ar no interior da câmara de combustão. Esse
comportamento, por sua vez, inibe a evaporação do combustível e favorece a queima
incompleta (emissão de monóxido de carbono) (Silva et al., 2012).
49
0,07
0,06
B0
0,04 B40
B60
0,03
B80
0,02
B100
0,01
0 750 1500 2250 3000 3750
Carga (W)
Figura 4.11: Variação das emissões do monóxido de carbono com a carga aplicada
0,07
0,06
0,05
CO (%Vol.)
0,04 0W
750W
0,03
2000W
0,02
3000W
0,01 3750W
0
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
Figura 4.12: Emissões de monóxido de carbono em função fracção de biodiesel
19
HC (ppmV) 17 B0
B20
15
B40
13 B60
11 B80
B100
9
0 750 1500 2250 3000 3750
Carga (W)
Figura 4.13: Emissões de hidrocarbonetos em função da carga
51
21
19
17
0W
HC (ppmV)
15 750W
2000W
13
300W
11
3750W
9
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
52
600
500
B0
NOX (ppm) 400 B20
300 B40
B60
200
B80
100 B100
0
0 1000 2000 3000
Carga (W)
Figura 4.15: Variação das emissões de óxidos de nitrogénio com a carga aplica
A Figura 4.16 apresenta a variação das emissões dos NOX com a proporção de
biodiesel, não verifica-se diferenças significativas nas emissões das misturas quando
usado biodiesel até 60%. Entretanto para proporções acima de 80% verifica-se uma
ligeira redução nas emissões. Determinou-se uma redução das emissões de NOX
operando-se o motor-gerador com biodiesel puro na ordem de 4.9%, 3.5%, 2.3%, 3.1%
e 4.8% nas cargas 0W, 750W, 2000W, 3000W e 3750W respectivamente.
53
600
500
0W
400 750W
NOX (ppm)
2000W
300
3000W
200 3750W
100
0
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
Figura 4.16: Variação das emissões de óxidos de nitrogénio com a proporção de
biodiesel
54
17
16
15
B0
14
B20
13
O2 (% vol.)
B40
12
B60
11
B80
10
B100
9
8
0 750 1500 2250 3000 3750
Carga (W)
Figura 4.17: Emissão do oxigénio em função da carga aplicada
17
16
15
14 0W
O2 (% vol.)
13 750W
12 2000W
11 3000W
10
3750W
9
8
0 20 40 60 80 100
Fracção de biodiesel (%vol.)
Figura 4.18: Emissão do oxigénio em função da proporção de biodiesel
55
com a carga aplicada. Isto deve-se ao facto do aumento da carga resultar no aumento
do consumo de combustível.
Não se registaram diferenças significativas nas emissões dos fumos usando B0,
B20 e B40 para a carga de 3750W, também não se registaram diferenças significativas
para as amostras B60, B80 e B100 na mesma carga.
0W
3
750W
2000W
2
3000W
1 3750W
0
B0 B20 B40 B60 B80 B100
Amostra
56
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
No presente trabalho foram avaliadas as emissões e o desempenho de um motor-
gerador alimentado com biodiesel de Jatropha Curcas L. e diesel de origem fóssil. Com
os resultados obtidos conclui-se que:
57
ao diesel de 38.5%, 46.3%, 41.8%, 42% e 41.4% nas cargas de 0W, 750W, 2000W,
3000W e 3750W respectivamente.
As emissões dos óxidos de nitrogénio aumentam linearmente com o aumento da
carga aplicada ao motor-gerador. Não verifica-se diferenças significativas nas
emissões das misturas quando usado biodiesel até 60%. Entretanto para
proporções acima de 80% verifica-se uma ligeira redução nas emissões.
A emissão dos fumos aumenta continuamente com a carga aplicada. O aumento da
proporção do biodiesel na mistura binária reduziu significativamente as emissões
dos fumos.
5.1. Recomendações
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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gerador ciclo diesel sob cinco proporções de biodiesel com óleo diesel. Revista
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edição, editora Addison Wesley Longman
63
Anexos
64
Anexo 1. Resultados da produção de biodiesel
Amostra Massa das sementes Massa do bagaço (kg) Volume do óleo (l)
(kg)
1 50 29 12.5
2 50 32 8.1
3 50 34 11.3
Média 50 31.7 11.9
Amostra Massa das sementes Massa do bagaço (kg) Volume do óleo (l)
(kg)
1 50 37 8.4
2 50 34 12.4
3 50 33 11.62
Média 50 33.5 12.01
A1-2
A1.4. Transesterificação do óleo de Jatropha
Amostra Volume de X (ml) Metanol NaOH Ácido Volume de
óleo (L) (g) cítrico biodiesel
neutralizado (g) (L)
1 4.85 1 1.067 19.4 0.48 4.5
2 4.35 2 0.957 19.575 0.38 3.1
3 6.4 1.5 1.408 27.2 0.62 5.8
A1-3
Anexo 2: CRITÉRIO PARA A VERIFICAÇÃO DA HOMOGENEIDADE DOS DADOS
Critério R – Verificação da homogeneidade dos ensaios paralelos
|𝐱 𝐝 − 𝐱̅|
𝐑 ∝,𝐟 =
𝐧−𝟏
𝐬√ 𝐧
Onde:
𝐱 𝐝 – Resultado duvidoso
∝ - Nível de confiança
𝐬 – Desvio padrão da amostra
f= n-2: Número de graus de liberdade
𝐱̅ - Média amostral
Se o valor do critério calculado, R , for menor do que o do critério tabelado, R , então o
c t
valor duvidoso pertence ao conjunto geral e por isso não pode ser rejeitado.
𝑅0.05,5 = 2.18
𝑅0.05,3 = 1.92
Nota: os dados sublinhados não cumprem o critério por isso não foram considerado no
cálculo das médias.
A2-2
Anexo 3: Dados obtidos no ensaio de densidade
Massa do picnómetro vazio (m1) = 19.7992 g
A3-2
A3.4: Amostra B40
A3-3
Anexo 4: Dados obtidos no ensaio da viscosidade cinemática a 40 °C
A4.1: Amostra B100 (Biodiesel) A4.2: Amostra B80
Ensaio Tempo (s) Viscosidade (mm2/s) Ensaio Tempo (s) Viscosidade (mm2/s)
1 40.45 6.0918 1 39.37 5.6896
2 40.51 6.1139 2 39.16 5.6106
3 40.49 6.1066 3 39.15 5.6068
4 40.34 6.0511 4 39.11 5.5918
5 40.5 6.1102 5 38.59
A4-2
Anexo 5: Dados obtidos no ensaio do índice de acidez e estabilidade oxidativa
A5.1: Dados obtidos no ensaio do índice de acidez
Massa da
IA (mg KOH/g
Amostra Réplicas amostra Vg (ml)
amostra)
(g)
1 20.0392 1.4 0.42
B0 2 20.0448 1.3 0.39
3 20.0038 1.4 0.42
1 20.0281 1.65 0.49
B20 2 20.0027 1.7 0.51
3 20.0281 1.68 0.50
1 20.0632 1.8
B40 2 20.0621 2.2 0.66
3 20.0808 2.3 0.69
1 20.0152 2.8 0.84
B60 2 20.0537 2.7 0.81
3 20.0569 2.8 0.84
1 20.0157 3.2 0.96
B80 2 20.0187 3.1 0.93
3 20.0772 3 0.90
1 20.0129 3.6 1.08
B100 2 20.0071 3.5 1.05
3 20.0061 3.7 1.11
Nota: Vg- volume da solução de hidróxido de potássio gasto na titulação, IA – índice de acidez
A5.2: Dados obtidos no ensaio da estabilidade oxidativa
Réplicas 1 2 3 4
B100 1.49 1.57 1.52 1.58
Tempo de indução (h)
A5-2
Anexo 6: Dados obtidos no ensaio do motor-gerador
A6.1: Amostra B100 (Biodiesel)
Densidade: 0.866 g/ml a 25°C Data: 16-07-15 e 20-07-15
A6-1
A6.2: Amostra B80
Densidade: 0.857 g/ml a 25°C Data: 23-07-15
A6-2
A6.3: Amostra B60
Densidade: 0.845 g/ml a 25°C Data: 21-07-15
A6-3
A6.4: Amostra B40
Densidade: 0.835 g/ml a 25°C Data: 21-07-15
A6-4
A6.5: Amostra B20
Densidade: 0.825 g/ml a 25°C Data: 20-07-15
A6-5
A6.6: Amostra B0 (Óleo diesel)
Densidade: 0.816 g/ml a 25°C Data: 16-07-15
A6-6
A6.7: emissões de fumos
A6-1
Anexo 7: Valores médios e desvio padrão do ensaio de propriedades físico-químicas
A7.1: Valores médios e desvio padrão da densidade
A7-2
Anexo 8: Valores médios do ensaio de motor gerador
A8.1: Amostra B100 (Biodiesel)
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 17 0.06 2.77 136 16.31 85.73 83.87 0.27 0.12 0.10 0.0 0
750 18 0.05 3.90 200 14.76 62.80 61.89 0.17 0.16 0.14 3.2 697 711
2000 18 0.03 5.83 330 12.61 42.03 43.90 0.08 0.23 0.20 7.8 1716 410
3000 17 0.03 7.52 446 10.51 32.44 34.76 0.05 0.29 0.25 11.2 2471 361
3750 20 0.03 8.42 505 9.47 29.04 32.11 0.02 0.31 0.27 13.4 2948 329
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 11 0.04 2.69 139 16.32 88.75 83.56 0.2 0.12 0.10 0.0 0
750 10 0.03 3.63 210 14.72 64.45 62.98 0.2 0.16 0.13 3.2 704 675
2000 11 0.03 5.65 338 12.86 42.86 44.81 0.1 0.22 0.19 7.8 1716 392
3000 10 0.02 7.20 452 10.59 33.68 36.27 0.1 0.27 0.23 11.5 2523 331
3750 10 0.02 8.17 535 9.58 29.28 32.79 0.0 0.30 0.26 13.6 2992 310 A8-1
A8.4: Amostra B40
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 17 12 0.04 2.67 137 16.35 88.68 85.02 0.3 0.11 0.09 0.0
750 18 12 0.03 3.79 204 14.82 64.60 63.90 0.2 0.15 0.13 3.2 704
2000 18 12 0.02 5.61 335 12.67 43.72 45.77 0.1 0.22 0.18 7.8 1716
3000 17 12 0.02 7.23 447 10.64 33.79 36.66 0.1 0.27 0.23 11.3 2486
3750 20 13 0.02 8.19 521 9.65 29.78 33.29 0.1 0.30 0.25 13.5 2970
A8.5: Amostra B20
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 13 0.03 2.63 143 16.31 87.66 87.30 0.28 0.11 0.09 0 0
750 13 0.03 3.73 207 14.83 63.30 64.41 0.23 0.15 0.12 3.2 704 635
2000 13 0.02 5.61 336 12.65 42.69 46.08 0.17 0.21 0.17 7.8 1716 364
3000 14 0.02 7.24 449 10.58 32.90 36.85 0.13 0.26 0.22 11.2 2464 317
3750 15 0.02 8.20 523 9.36 28.38 33.40 0.13 0.29 0.24 13.4 2955 292
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 17 0.05 2.68 143 16.32 85.60 85.88 0.40 0.11 0.09 0 0
750 18 0.03 3.78 207 14.85 62.72 65.23 0.27 0.15 0.12 3.2 697 629
2000 18 0.03 5.66 337 12.81 42.23 46.31 0.18 0.21 0.17 7.8 1716 363
3000 17 0.02 6.96 460 10.89 32.71 37.27 0.13 0.26 0.22 11.2 2471 315
3750 17 0.02 8.08 531 9.26 27.72 32.38 0.10 0.31 0.25 13.7 3007 299
A8-2
Anexo 9: Desvio padrão para os dados do ensaio do motor-gerador
A9.1: Amostra B100 (Biodiesel)
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 1.15 0.01 0.09 3.79 0.07 0.72 0.97 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00
750 1.15 0.01 0.05 6.36 0.18 0.64 0.27 0.06 0.00 0.00 0.06 12.70 14.61
2000 3.00 0.00 0.04 15.70 0.16 0.43 0.74 0.03 0.00 0.00 0.00 0.00 6.29
3000 3.00 0.01 0.06 12.34 0.06 0.31 0.38 0.00 0.00 0.00 0.06 12.70 5.73
3750 2.08 0.00 0.07 15.53 0.13 1.24 0.60 0.03 0.01 0.01 0.10 22.00 9.40
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 0.58 0.01 0.06 1.53 0.03 0.95 0.68 0.10 0.00 0.00 0.00 0.00
750 1.00 0.00 0.01 3.79 0.09 0.38 0.39 0.10 0.00 0.00 0.00 0.00 11.20
2000 1.15 0.01 0.01 2.00 0.08 0.05 0.54 0.12 0.00 0.00 0.00 0.00 7.63
3000 0.71 0.00 0.02 4.36 0.01 0.21 0.32 0.08 0.00 0.00 0.12 0.00 5.75
3750 0.00 0.00 0.02 2.08 0.05 0.26 0.50 0.03 0.00 0.00 0.17 0.00 7.40
A9.3: Amostra B60
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 0.58 0.01 0.06 1.53 0.05 0.07 0.86 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
750 0.58 0.00 0.25 1.00 0.04 0.46 0.64 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00 4.78
2000 2.08 0.01 0.01 0.58 0.02 0.11 0.58 0.03 0.00 0.00 0.00 0.00 5.05
3000 3.06 0.00 0.03 3.51 0.08 0.17 0.27 0.00 0.00 0.00 0.06 12.70 0.88
3750 3.06 0.00 0.08 3.06 0.08 0.27 0.45 0.03 0.00 0.00 0.10 22.00 3.08 A8-1
A9.4: Amostra B40
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 0.58 0.00 0.02 2.89 0.02 0.25 0.19 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00
750 0.00 0.00 0.02 3.21 0.01 0.33 0.26 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.63
2000 0.71 0.01 0.03 3.06 0.12 0.16 0.18 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.50
3000 1.15 0.00 0.08 2.08 0.08 0.07 0.32 0.00 0.00 0.00 0.10 22.00 1.41
3750 0.58 0.00 0.06 3.51 0.01 0.07 0.11 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.97
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 0.00 0.01 0.06 2.52 0.03 0.39 2.52 0.08 0.00 0.00 0.00 0.00
750 0.00 0.00 0.01 3.21 0.08 0.26 1.05 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00 10.41
2000 0.58 0.01 0.01 2.08 0.02 0.08 0.54 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00 4.25
3000 1.00 0.00 0.03 7.57 0.02 0.05 0.51 0.06 0.00 0.00 0.00 0.00 4.40
3750 1.00 0.01 0.04 2.65 0.01 0.12 0.16 0.06 0.00 0.00 0.12 25.40 1.17
Carga HC CO CO2 NOx O2 Rácio t (S) Combustível CV [ml/s] Cm [g/s] I [A] Potência Cesp
[W] [ppmC] [%vol.] [%vol.] [ppm] [%vol.] A/C de retorno [W] (g/kWh)
(ml)
0 0.58 0.00 0.09 5.69 0.04 0.30 1.63 0.05 0.00 0.00 0.00 0.00
750 0.00 0.00 0.06 4.62 0.04 0.19 0.66 0.12 0.00 0.00 0.06 12.70 5.94
2000 1.15 0.00 0.10 2.89 0.07 0.49 0.83 0.08 0.00 0.00 0.00 0.00 3.83
3000 0.58 0.01 0.64 4.00 0.03 0.14 0.55 0.06 0.00 0.00 0.06 12.70 3.39
3750 0.71 0.01 0.75 10.82 0.07 0.09 0.23 0.00 0.00 0.00 0.06 12.70 1.59
A9-2
Anexo 10: Normas de qualidade de biodiesel
A9-1