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O PERIGO
VERDE
O Principio da Sustentabilidade como
Contraponto a Ecologia Radical
Everton Luis Gurgel Soares
Apresentacio de
Fernando Alves Correia
oS Ex-membro do Tribunal
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gO aS Constitucional Portugués
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VERDE
Ainda que sem descurar de seu indiscutivel dever — e também necessidade — de
preservar 0 meio ambiente, a humanidade cumpre o protagonismo sobre a existéncia e
sobre o valor da vida na Terra, ao revés do papel de vild que Ihe quer impingir a ecologia
radical (ou profunda).
Os perigos relacionados ao avanco de doutrinas ecoldgicas radicais e sua inerente
ameaga a valores humanistas estao a exigir mais aten¢ao por parte dos autores nacionais.
Aqui oleitor encontrar, portanto, tema ainda pouco desenvolvido no Pais, em que pese ja
contar com significativa produgdo bibliografica no exterior. A escassez de andlises sobre o
assunto pode ser creditada, em parte, ao fato de se tratar de tema um tanto drido; afinal,
no é facil se insurgir contra ideias que professem amor anatureza, mesmo que esse amor
venha acompanhado de uma nada disfarcada averséo 4 humanidade, como no episédio
em que Dave Foreman —fundador do grupo ecologista Earth First e coautor de “Ecologia
Profunda” —afirma que o Ocidente, em vez de ter prestado auxilio aos famintos da Etidpia,
deveria té-los abandonado & morte, deixando que “a natureza busque seu préprio
equilibrio” (vejano capitulo 4).
Na visdo do autor, a expansao de movimentos ecoldgicos radicais e anti-humanistas.
forja, em reagao, uma nova estrutura para o principio da sustentabilidade, a ser composto
pelas dimensées natural (ou ecolégica) e metanatural (ou humana), no lugar da classica
figura das vertentes ambiental, social e econdmica. Assim, ao assumir o papel de
harmonizar valores que, de um lado, sejam imanentes a natureza (dimens3o ecoldgica) e,
de outro, correspondam as caracteristicas que apartam 0 homem do mundo natural
(dimenséo humana), 0 principio da sustentabilidade adota, entre outras, a funcdo de
fiador da consideragdo dos elementos culturais na elaboracao de politicas publicas
ambientais. £ esse o fio condutor do livro, que passeia por temas como o da ecologia
antidemocratica, do direito dos animais, do ecocentrismo, do ecofascismo, da
misantropia atrelada a ecologia, da falacia naturalist, do respeito pela natureza como um
imperativo categérico kantiano, da incompatibilidade da ecologia radical com 0
mecanismo de compensagées entre as dimensées da sustentabilidade, da oposicdo da
ecologia profunda ao mero ambientalismo ou reformismo ecoldgico, do “retorno a
natureza” como perda da liberdade, dos fundamentos comuns entre ecologia radical e
doutrinas totalitarias, da ameaga aos direitos fundamentais por parte da ecologia
profunda, entre outros.
978-85-7789-216-1
PT tTEverton Luis Gurgel Soares
Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceara, mestre em Direito do Ambiente ¢
do Urbanismo pela Universidade de Coimbra, advogado, procurador efetivo do municipio de
Fortaleza, com a experiéncia da atuacao por mais de dez anos na Procuradoria de Urbanismo
e Meio Ambiente e da participagao em cursos de extensao no Brasil e no mundo, como em
Etica Ambiental, na Universidade de Oxford, e em Estudos Metropolitanos, na Universidade
Humboldt de Berlim.
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O Principio da Sustentabilidade como
Contraponto a Ecologia Radical
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