1º Ano / EM

Química – Professor Robson

TABELA PERIÓDICA

1. Histórico

1.1. As Tríades

Proposta por Johann Wolfgang Döbereiner (1780-1849), em 1829. Os elementos eram

organizados em grupos de três ou tríades. Elementos de uma mesma tríade apresentam
propriedades químicas semelhantes e a massa atômica do elemento central é
aproximadamente igual à média aritmética dos outros dois elementos.
Esse método de distribuição foi considerado ineficaz porque era muito restrito e só atendia
a alguns elementos.

Figura 1: Tríades de Döbereiner

1.2. O Parafuso Telúrico

Criado em 1862, por Alexandre Béguyer de Chancourtois (1819-1886). Os elementos eram

agrupados em ordem crescente de massa atômica em formato de um parafuso, ou seja, na
forma de um espiral de 45°, em que havia 16 elementos em cada volta dispostos em ordem
crescente de suas massas atômicas. Os elementos com características semelhantes ficavam um
embaixo do outro.
A aceitação desse método foi pequena, pois os valores das massas atômicas eram, muitas
vezes, errôneos e imprecisos.
 Figura 2: Parafuso Telúrico De Chancourtois

1.3. A Lei das Oitavas

Essa organização foi proposta por John A. R. Newlands (1837-1898), em 1864. Ele colocou
os elementos agrupados de sete em sete, em ordem crescente de massa atômica, e observou
que o primeiro elemento tinha propriedades semelhantes ao oitavo, e assim por diante. Ele
chamou de Lei das Oitavas porque as características se repetiam de sete em sete, como as
notas musicais.
Esse modelo também foi descartado por apresentar problemas, novamente, com os valores
das massas atômicas. Ou seja, alguns elementos estavam em lugares errados: o Cloro e
o Flúor, por exemplo, não possuem características semelhantes ao Cobalto ou ao Níquel.

Figura 3: Oitavas de Newlands

1.4. A Tabela Periódica dos Elementos

Dimitri Ivanovich Mendeleev (1834-1907), na Rússia e Julius Lothar Meyer (1830-1895), na

Alemanha, publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas em 1869 e 1870,
respectivamente. Mas foi a pesquisa de Mendeleev que obteve mais importância por
demonstrar com mais precisão a ordenação dos elementos.
Mendeleyev trabalhava com fichas, cada ficha continha o símbolo do elemento, a massa
atômica e suas propriedades químicas e físicas. Ele organizou essas fichas em ordem crescente
de suas massas atômicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes, formou-
se então a tabela periódica. A vantagem da Tabela Periódica de Mendeleev em relação às
outras, é que essa exibia semelhanças, não apenas em pequenos conjuntos como as tríades,
mostrava semelhanças dos elementos colocados na vertical, horizontal e diagonal.
Outro fator importante era que Mendeleev conseguiu com sua tabela prever o surgimento
de outros elementos químicos desconhecidos na época, tais como o Gálio e o Germânio.

Figura 4: Tabela Periódica de Mendeleev

 Figura 5: Comparação entre a previsão de Mendeleev e os valores reais do Germânio

1.5. Tabela Periódica Atual

Em 1913, Henry G. J. Moseley (1887-1915) provou que as propriedades dos elementos

variam periodicamente em função dos prótons existentes no núcleo dos átomos dos
elementos (carga nuclear), que passou a ser denominado Número Atômico (Z). Com essa
descoberta, alguns erros na Tabela Periódica de Mendeleev foram corrigidos.

2. Organização da Tabela Periódica

Períodos (ou níveis): São as linhas horizontais. Os períodos são sete, numerados de cima para
baixo.
Famílias (ou grupos): São as linhas verticais. Já foram designadas por algarismos romanos e
letras, mas hoje a IUPAC recomenda que sejam numeradas simplesmente de 1 a 18, da
esquerda para a direita.

2.1. Classificação dos Elementos

Elementos Representativos ou Típicos (o último elétron é colocado em subnível s ou p):

Famílias 1, 2, 13, 14, 15, 16, 17 e 18. Estão nos extremos da tabela.

Elementos de Transição (o último elétron é colocado em subnível d; apresentam subnível d

incompleto): Famílias 3 até 12. Estão localizados no centro da tabela periódica.

Elementos de Transição Interna (o último elétron é colocado em subnível f; apresentam

subnível f incompleto). Estão divididos em duas classes:
Lantanídeos (metais terras raras): Família 3 e 6º período. Elementos de Z = 57 a 71.
Actinídeos: Família 3 e 7º período. Elementos de Z = 89 a 103.

Gases Nobres: Família 18.

As principais Famílias são conhecidas por nomes específicos, são elas:

Família 1: Metais Alcalinos

Família 2: Metais Alcalinos-Terrosos
Família 16: Calcogênios
Família 17: Halogênios

Metais: Encontrados da Família 1 até a 16. Apresentam as seguintes características:

 Brilho metálico;
 Maleabilidade;
 Elevada temperatura de fusão;
 São densos;
 Boa condutividade elétrica;
 Sólidos a temperatura ambiente (com exceção do Mercúrio, que é líquido);
 São dúcteis, isto é, podem ser transformados em fios;
 Possuem som característico ao sofrerem colisão;

Ametais: São encontrados da Família 13 até a Família 17. Possuem as seguintes características:

 Baixa temperatura de fusão;

 Maus condutores de eletricidade;
 Opacos, ou seja, não possuem brilho;

Gases Nobres: Encontrados na Família 18. São todos gasosos em temperatura ambiente.