Anda di halaman 1dari 8
apresentagéo atemporal, decompositiva, como algo que foi simplificado a partir de um conjunto preexistente de entidades espaciais inespecificas. Nesse segundo caso, a forma é com- preendida como uma série de fragmentos ~ sinais sem significado dependentes de uma condi¢ao mais basica, ou referidos a ela. A primeira tendéncia, considerada nela mes- ma, é uma posicao reducionista que pressupée a existéncia de uma unidade primordial como base a um s6 tempo ética e estética para toda criagdo. A ultima em si mesma pressupde uma condicao basica de fragmentagao e multiplicidade, da qual a forma re- sultante é um estado simplificado. Juntas, no entanto, as duas tendéncias constituem a esséncia dessa nova e moderna dialética. Elas comecam a definir a natureza intrinseca do objeto em si e por si, e sua capacidade de ser representado; comecam a sugerir que 0s pressupostos tedricos do funcionalismo sao, de fato, culturais e néo universais. Portanto, o pés-funcionalismo é um termo de auséncia. Ao negar o funciona- lismo, sugere determinadas alternativas tedricas concretas - fragmentos do pensa- mento existente que, uma vez examinados, poderiam servir de arcabouco para 0 desenvolvimento de uma estrutura tedrica maior -, mas nao se propée suprir, em sie por si, um rétulo para essa nova consciéncia na arquitetura que, a meu ver, estd pontencialmente diante de nés. MICHAEL GRAVES » ARGUMENTOS EM FAVOR DA ARQUITETURA FIGURATIVA A conversao de Michael Graves, um dos famosos “Cinco Arquitetos”, ao historicismo pés-modero foi gradual e teve grande repercussao. Mesmo em seus projetos “Bran- cos” (modernos), Graves jé demonstrava um interesse especial pelo figurativo, isto 6, pelo potencial representativo da arquitetura, Influenciado por Le Corbusier e pelo cubismo analitico (principalmente do pintor Juan Gris), no surpreende o modo suges- tivo como Graves usou a cor em seus trabalhos anteriores a 1976-77, e mais tarde, os carregados fragmentos histéricos. Esses interesses transparecem tanto em suas pinturas & cenografias como em sua arquitetura. No ensaio “On Reading Architecture”, Mario Gandelsonas sugere que a atracao de Graves pela arte e arquitetura cléssicas em parte seria devida a maneira como ambas estruturam a relagao da humanidade com a natureza: “pela assimilacao das leis funda- mentais da natureza”.' Os temas duradouros da arquitetura e da paisagem aparecem na forma de jardins classicos idealizados que ele projetou para as éreas suburbanas de Nova Jersey, nitidamente inspirados por sua estada na Academia Americana em Roma, Para os projetos “pardos” (pés-modernos) de Graves, a hierarquia espacial estabelecida por meio de referéncias antropomérficas e cosmolégicas ao classicismo (especialmente a terra @ a0 céu) & muito superior ao espaco continuo e alienante do modemismo, Em uma declaragao para recente a respeito desse ensaio, Graves afirmou que "a arquitetura figurativa |... 101 102 mim, é um modo de descrever uma arquitetura humanista que expressa os mitos ¢ os rituais de nossa sociedade” Outro foco da dura critica de Graves ao modernismo 6 a incapacidade expressiva ds abstragao. O modernismo carece de caréter, o que ele define como aquilo que, a0 fim e ao cabo, nos proporciona o nosso sentimento de identidade com ur vs, Lum edficio, um aposento [..1. 0 caréter @ as caracteristicas dos eadificios s4o em parte nare 4868, em parte meméra, em parte nostalgia, em parte simbolo A idgia de que a linguagem e (por uma extensao reconhecidamente dificil) a arte compar tilham duas formas de comunicagao - a forma pratica e a forma poética - € muito impor- tante na teoria da representacao de Graves. Ele recorre a uma “analogia lingistica” para frisar que essa idéia também pode ser aplicada 8 arquitetura (cap. 2). A forma prética de linguagem 6 seu aspecto utilizavel e convencional, enquanto a forma poética opera nos limites da convencéo. (Ver 0 ensaio de Bernard Tschumi no capitulo 3.) Graves compara a oposigao entre as formas comum e poética da linguagem com a opo- siggo entre construpéo e arquitetura, uma distingao que muitos pés-modemistas fazem con base na intencao do arquiteto. Para Graves, a construgao abarca os aspectos instrumentais inerentes & sua prética, enquanto a arquitetura busca representar simbolicamente a cultuee seus mitos. E significativo que Graves identifique essa fungao simbélica com uma resposta a questées culturais, ao contrério de outros arquitetos (como Peter Eisenman) que aspirame uma arquitetura auténoma ou dos que se baseiam na filosofia ou na critica literéria, Graves Eisenman sio vistos como os representantes de posigdes polares no artigo de Gandelsonss, no qual a abordagem “sintatica", auténoma e abstrata de Eisenman é comparada a arquite- tura “semantica” e figurativa de Graves. Graves explica seu método de trabalho da seguinte maneira: Eu procuro projetar usando uma paleta ampla, refraseando a linguagem tradicional da arqu- tetura e suas formas reconheciveis e ao mesmo tempo recorrendo as ligdes da composigso moderna, sempre de modo a responder ao programa, ao local e aos desejos do cliente, Mins ~arquitetura v8 com novos olhos tanto 0 classicismo como o modernismo, pois ambos contém alusbes que fazem parte de nossa cultura contemporénea.! Essas alusbes apciam-se na funcdo do plano associativo da expresséo. Por sua forte qu lidade imagética, a obra de Graves 6 susceptivel & apropriagdo e manipulagdo por parte de construtores e outros agentes que empacotam o abrigo como uma mercadoria. (Vero ensaio de Kenneth Frampton no cap. 12.) A capacidade da arquitetura historicista pos mo- derna de crticar @ construgéo em geral, que no caso de Michael Graves é procurade por meio da forma poética da linguagem, ¢ rapidamente exaurida 1M andel lends, 19, Sion, Sy 1980p. 286. 5, “On Reading Architecture’ in Geof Broadbent, Ricard Bunt © Charles sand Architecture, Chichester, eb Getaba: Jt Wik & Sons i. 1, "Crtent Thoughts on Design deiatondopubleada, malo do 1885, MICHAEL GRAVES Argumentos em favor da arquitetura figurativa 1 uma forme prética¢ uma forma poctica em toda linguagem ou em toda arte. Em- bora analogias entre uma forma cultural eoutra muitas vezes se mastrem um tanto Aces, las permitem fazer associagdes que do contitoseriam impossves A itera tura€a forma cultural que mais claramentebenefcia-se dos usos pric epodtico da linguagem e, por isso mesmo, pode servr de modelo paraodilogo aquiteténico, Na literatura, os ambitos de uso comuns, acesives ordintis, cotidianos da inguager seexprimem nas formas da conversagio eda pros, enquanto as attudespodticas s80 usadas pra experiment, negare, as vees, para refogaralinguagem pts Parece aque alinguagem prética a linguagem podtica tim aresponsabilidade reciproca de seclocar como fos equivalents eseparados da grande forma tri, e des efor

Anda mungkin juga menyukai