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Universidade Federal de São Carlos

Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia

Departamento de Engenharia Mecânica

Relatório da disciplina de Introdução à Manufatura Aditiva

Alunos:

Gabriel Augusto da Silva 628867


João Vital
Marcos Vinícius
Jean

Professores:

Prof. Dr.-Ing. Carlos Eiji Hirata Ventura


Prof. Dr.-Ing. Rafael Vidal Aroca

São Carlos – SP
2018
RESUMO

Esse documento contém as informações a respeito do ensaio de compressão de


seis corpos de prova de ABS fabricados por meio de impressão 3D e com estrutura
interna Hilbert Curve. Três deles com preenchimento de 20% e três com preenchimento
de 50%. As curvas de tensão por deformação foram comparadas e analisadas para cada
um dos corpos. Os ensaios foram realizados no dia 07 de Junho de 2018 no Laboratório
de Ensaios Mecânicos, situado no Departamento de Engenharia de Materiais da
Universidade Federal de São Carlos, campus sede.
1. INTRODUÇÃO

A manufatura aditiva é um processo de fabricação relativamente recente que tem


ganhado espaço na indústria. Nesse tipo de procedimento é possível imprimir peças
feitas de metais, cerâmicas ou polímeros das mais diversas formas (extrusão,
sinterização a laser, fotopolimerização, etc). Em geral, esses equipamentos são caros e
portanto são usados por indústrias e universidades. Entretanto, existem impressoras de
extrusão de plástico domésticas, que possuem muitas vantagens, como o baixo custo, a
possibilidade de imprimir peças com praticamente qualquer geometria e que podem
muitas vezes desempenhar funções específicas. Isso permite por exemplo que uma
pessoa possa fabricar uma peça que quebrou e desempenhava alguma função em um
equipamento maior, e que já não é mais fabricado.
O processo de impressão 3D portanto possui também algumas desvantagens. Em
geral, usa-se como material o ABS, o PLA ou PETG e com menos frequência o Nylon,
por juntar muita umidade comparado aos outros tipos de filamentos. Por tratar-se de
polímeros termoplásticos eles não resistem a altas temperaturas, principalmente o PLA.
Além disso, esses materiais apresentam propriedades mecânicas extremamente pobres
2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 EQUIPAMENTOS

Os corpos de prova foram desenhados utilizando um software AutoDesk™


Fusion 360, posicionados com o software Repetier-Host e fatiados com o software
Slic3r. Posteriormente foram impressos em uma impressora Sethi3D AiP A3 (Figura 1),
cujo bico de extrusão é de 0,4 mm. Foram fabricados utilizando-se um filamento de
ABS de 1,75 mm de diâmetro, com temperatura do bico extrusor e da mesa em 235 °C e
110 °C, respectivamente. Posteriormente eles foram ensaiados em uma máquina de
tração e compressão Instron 5500R (Figura 2), com velocidade de 5 mm/min, célula de
carga de 25 toneladas, intervalo de aquisição de dados de 20 gf, pré carga de 0,5 kgf e
parada de ensaios com deformação do corpo de 20%.

Figura 1: Impressora Sethi 3d AiP A3

Figura 2: Máquina de ensaios de tração e compressão Instron 5500R


2.2 CORPOS DE PROVA

Para realizar os ensaios foram produzidos seis corpos de provas, todos eles com
geometria cilíndrica, com 15 mm de diâmetro e 45 mm de comprimento (Figura 3). Os
corpos foram impressos individualmente, ou seja, um de cada vez na mesa de
impressão, e em pé, ou seja, com o eixo de maior dimensão perpendicular à mesa.
Todos os corpos possuíam preenchimento do tipo Hilbert Curve. Os corpos foram
divididos em dois grupos amostrais: três unidades com preenchimento interno de 20%
(grupo 1), enumerados de 1 a 3, e três unidades com preenchimento interno de 50%
(grupo 2), enumerados de 4 a 6

Figura 3: Corpo de provas cotado


3. RESULTADOS

Após realizados os ensaios de compressão, as curvas de tensão por deformação


foram plotadas com a ajuda de um computador e são exibidas no Gráfico 1:

Gráfico 1: Curvas de tensão compressiva por deformação

Analisando os gráficos é possível notar que, quanto ao módulo de elasticidade


não houve variação de comportamento para peças do mesmo grupo. Quanto à carga
máxima, podemos perceber que foi praticamente a mesma para todos os corpos do
grupo 1. Já no caso do grupo 2, houve uma divergência no comportamento do corpo 4.
Podemos notar ainda que de um modo geral, a partir de um certo ponto de
deformação (aproximadamente 12%) a tensão tende a se estabilizar em uma reta
horizontal. Estendendo essa observação, podemos afirmar que a deformação passa a
influenciar cada vez menos na tensão após a curva atingir o ponto de carga máxima.
Ainda é possível notar facilmente que o corpo 5 sofreu uma queda bruta de
tensão para zero próximo aos 16% de deformação. Isso ocorreu porque esse corpo de
prova flambou durante o ensaio (Figura 4) até esse ponto, quando ela finalmente saltou
para fora da máquina devido à liberação da energia potencial armazenada. O ensaio
então foi automaticamente encerrado pela máquina, não chegando aos 20% de
deformação como nos outros corpos.
Figura 4: Corpos de prova 5; sofreu flambagem e acabou “ejetado” para fora da
máquina durante o ensaio

Os valores necessários para avaliar a resistência mecânica do material podem ser


vistos nas Tabelas 1 e 2.

Carga máxima Tensão Módulo de Tensão em


[kgf] máxima elasticidade elasticidade
[Mpa] [Mpa] 0,2% [Mpa]
Corpo 1 185,66 11,03 380,54 9,98
Corpo 2 177,63 10,55 351,65 9,59
Corpo 3 178,34 10,74 389,08 9,5
MÉDIA 180,54 10,77 373,76 9,69
Corpo 4 299,44 17,3 660,16 16,24
Corpo 5 352,25 20,63 681,4 18,51
Corpo 6 351,67 20,88 697,39 18,85
MÉDIA 334,45 19,60 679,65 17,87
Tabela 1: Valores de carga máxima, tensão máxima, módulo de elasticidade e tensão
limite de escoamento

É possível ver que apesar de o preenchimento ter aumentado de 20% para 50%,
o que significa um aumento de 150% em relação ao valor inicial, a carga máxima média
aumentou de 180,54 kgf para 334,45 kgf, ou seja, apenas 85%. Já o módulo elástico
aumentou de 373,76 Mpa para 679,65 Mpa, ou seja, 81%. Por fim, a tensão limite de
escoamento aumentou de 9,69 Mpa para 17,87 Mpa, o que implica em um aumento de
84%.
É possível observar que esses percentuais são muito próximos entre si, mas
muito distantes da proporção do aumento no preenchimento. Ou seja, a constante de
proporcionalidade descrita pela razão entre o preenchimento dos corpos do grupo 2 e o
preenchimento dos corpos do grupo 1 é maior que a constante de proporcionalidade
dada pela razão entre as propriedades mecânicas dos grupos 2 e 1.

Extensão em Deformação
Carga em carga
máxima (mm) máxima (%)
Corpo 1 2,05 4,52
Corpo 2 2,23 4,93
Corpo 3 2,07 4,59
MÉDIA 2,12 4,68
Corpo 4 1,59 3,52
Corpo 5 1,88 4,14
Corpo 6 1,85 4,07
MÉDIA 1,77 3,91
Tabela 2: Extensão e deformação em carga máxima para cada corpo

Analisando os valores de extensão, pode-se afirmar que um aumento de 150%


no preenchimento interno do corpo levou a um redução de apenas 17% da deformação
em carga máxima do grupo 1 para o grupo 2. Isso significa que aumentar o
preenchimento com essa finalidade, mantendo-se as outras variáveis, seria uma péssima
estratégia, uma vez que o gasto de material e o tempo de produção aumentam muito
com o preenchimento.
4. CONCLUSÃO

Após analisar os dados obtidos na Tabela 1, pode-se afirmar que mais que
dobrar o preenchimento dos corpos de prova não foi suficiente para dobrar seus
indicadores de resistência mecânica para compressão (carga máxima, tensão máxima,
módulo de elasticidade e tensão em elasticidade 0,2%), apesar de ter aumentado os
valores de modo satisfatório.
Por outro lado, tendo em vista os valores obtidos na Tabela 2, pode-se afirmar
que aumentar o preenchimento visando diminuir a deformação dentro do regime
elástico não é uma boa estratégia.

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