Jesus ilustra a separação do Advento também pela parábola dos maus e bons peixes. Na
parábola a tarefa dos anjos não é determinar quais são os “bons” e quais os “justos”, mas
simplesmente separar uns dos outros (Mat. 13:49). O que fica implícito é que a determinação
da condição de cada já teve lugar.
Alguns têm interpretado a reunião de todas as nações perante Cristo (Mat. 25:32) como
representando um juízo universal de investigação conduzido ao tempo do Retorno de Cristo.
Contudo, a descrição contém somente o convite e as palavras de condenação de Cristo
(Vinde, . . . Apartai-vos. . .) com a respectiva explicação (“Tive fome e deste-Me de comer” ou
“não me deste de comer”), mas não uma investigação de quem agiu ou não compassivamente. O
processo judicial que conduz a essa determinação é indicado como tendo já ocorrido.
Esta breve pesquisa indica que a ideia de um Juízo Pré-Advento é um pressuposto subjacente
em muito do ensino de Jesus sobre o juízo. Cada um dos temas examinados (recompensa,
responsabilidade, e separação) pressupõe uma obra de investigação pré-Advento que determina
quem é “considerado digno” de alcançar a ressurreição da vida e quem merece a ressurreição da
condenação (Luc. 20:35; João 5:28-29). Esta noção de um juízo avaliativo pré-Advento está
implicitamente expresso, como veremos agora, por outros escritores neotestamentários.