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Fatos Jurídicos

DOS FATOS JURÍDICOS

FJ lato sensu: é todo acontecimento, natural ou humano, voluntário ou não,


relevante para o direito (o direito se origina do fato), em virtude dos quais
nascem, subsistem e se extinguem as relações jurídicas.

Os FJ em sentido restrito são o terremoto em zona urbana ou o raio que atinja


uma pessoa, exemplos em que haverá consequências jurídicas: morte,
sucessão, seguro, etc.

Os Atos Jurídicos são praticados pelo homem; o AJ restrito não tem intenção
de negócio, mas por acidente, surgem efeitos jurídicos (ex: descobrir um
tesouro 1264, plantar por engano em terreno alheio 1255 – no p.ú. temos a
desapropriação particular, tema bastante interessante).

Os Negócios Jurídicos são uma declaração de vontade para produzir efeito


jurídico, podendo ser mais livremente combinados pelas partes do que
previamente regulados pela lei (é informal, ex: contratos verbais do 107,112; os
contratos e a propriedade são os dois principais institutos do dir. civil, art. 170
CF), ou então o contrário (negócio solene, ex: casamento, testamento,
alienação de imóvel que exige forma escrita do 108). O art. 104 traz os
elementos do NJ, aos quais se deve acrescentar a legitimidade: limitador da
capacidade em relação a certos negócios jurídicos, ou seja, é o interesse e
autorização para agir em certos casos previstos em lei como o 497 e o 1647.

Finalmente, os atos ilícitos produzem efeitos jurídicos contrários à lei; seu autor
será punido financeiramente se provocou um dano, patrimonial ou moral, a
outrem (art 186). Consequência do ato ilícito é a responsabilidade civil (art 927)
que veremos em Civil III, nas Fontes das Obrigações.

ELEMENTOS MODIFICADORES DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

São três os elementos acessórios (não obrigatórios – 104) que subordinam a


eficácia do negócio jurídico a certos acontecimentos determinados pelas
partes:
a) condição (121): não afeta a existência mas a execução do negócio, a
depender de acontecimento futuro e incerto (ex: loja que pega roupa da fábrica
mas só paga se vender ao consumidor; se não vender, devolve a roupa ao
fabricante); não é condição a cláusula natural do negócio, como pagar o preço
na compra e venda; não se admite condição em certos casos previstos em lei
(ex: 1.613, 1.808) ou em outros negócios que, de modo geral, contrariem os
bons costumes (negócios ilícitos e imorais, 104, II); a condição tem duas
espécies: suspensiva(o seu acontecimento faz iniciar os efeitos do negócio,
exemplo supra, 125) e resolutiva (o seu acontecimento faz terminar os efeitos
do negócio, 127, ex: ajudar um jovem carente se estudar);

b) termo: é o dia no qual tem que começar ou extinguir-se a eficácia de um


negócio jurídico; no termo o evento é futuro e certo (ex: daqui a dez meses,
quando meu filho fizer 21 anos); na condição o “se”, no termo o “quando”; o
termo depende do passar do tempo que é imposto pela natureza; prazo é o
lapso de tempo entre a formação do negócio (termo inicial) e a sua eficácia
(termo final), art. 132;

c) encargo ou modo: é um ônus imposto a uma liberalidade; só é encontrado


nos negócios gratuitos como doação e legado; é uma simples diminuição da
vantagem criada pelo doador ou testador (ex: doação de uma fazenda com o
ônus de construir uma creche; doação de dinheiro à Prefeitura com o ônus de
colocar meu nome numa rua); há um clássico exemplo de encargo na literatura
no maravilhoso “Quincas Borba” de Machado de Assis. O encargo deve ser
pequeno para não configurar contraprestação, hipótese em que não haveria
liberalidade, mas troca; assemelha-se à condição, mas o encargo não
suspende a aquisição do direito (136); por outro lado, o encargo não cumprido
posteriormente pode revogar a liberalidade (553, 1.938); na dúvida, considera-
se encargo.

DOS DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

A vontade espontânea é o elemento principal dos negócios jurídicos, e tal


vontade deve corresponder ao desejo da pessoa (art. 112); porém tal vontade
pode ser perturbada por algum vício, por algum defeito, capaz de ensejar a
anulação ou até a nulidade do negócio jurídico; tais defeitos são:

a) o erro ou ignorância: é o desconhecimento de um fato que leva o agente a


emitir sua vontade de modo diverso do que a manifestaria se tivesse
conhecimento exato daquele fato, conforme art. 139 do CC (exs: 1.557, 441,
1.974); o erro facilmente perceptível não anula o negócio para não trazer
grande instabilidade às relações jurídicas – art. 138: pessoa de diligência
normal; o erro importa em verdadeiro prejuízo ao declarante; a anulação de um
NJ por erro deve ser pleiteada em ação ordinária no prazo de quatro anos (art.
178), valendo o negócio até a sentença. Lamentável que vários devedores
aleguem “erro” e desconhecimento do que assinaram para escapar das
obrigações…

b) dolo: enquanto o erro decorre de equívoco da própria pessoa, que se


engana sozinha, o dolo é o erro provocado na pessoa pela outra parte do
negócio; o erro é espontâneo e o dolo é provocado; o dolo é a provocação
intencional de um erro através de ações maliciosas, ou da própria omissão
(147, 773), prejudicando a parte em benefício do autor do dolo ou de terceiro;
no dolo existe vontade de enganar, é o “dolus malus”, diferente do “dolus
bonus”, que é tolerado por ser facilmente perceptível (ex: propaganda
comercial que exalta o produto); o dolo não se presume e precisa ser provado
pela parte enganada, que pode exigir anulação do negócio mais perdas e
danos (art. 186); se ambas as partes agiram com dolo, nada podem pleitear,
afinal ninguém pode se beneficiar da própria torpeza (art. 150).

c) coação: quem pratica negócio jurídico sob ameaça moral ou patrimonial,


tem a vontade viciada e o negócio é anulável – 151; se sofre violência física o
ato é nulo pois a vontade inexiste (ex: apontar arma – coação absoluta); a
coação é a ameaça injusta e seria capaz de provocar temor – 152; enquanto o
dolo atinge a inteligência da parte, a coação atinge a liberdade da parte; na
violência física (ex: assine o contrato ou lhe mato), a parte não tem opção, por
isso o negócio é nulo; já na ameaça (coação relativa) a parte pode optar entre
realizar o negócio exigido ou sofrer as consequências da ameaça (ex: sofrer
calúnia, desonra por um segredo revelado); não há coação se a ameaça é justa
(ex: protestar título vencido, pedir a prisão do devedor de alimentos) ou decorre
de temor reverencial (receio de desgostar amigos e parentes), conforme art.
153;

d) estado de perigo: é semelhante ao estado de necessidade do Direito Penal;


o indivíduo, diante das circunstâncias, não possui outra alternativa e assume
obrigação excessivamente onerosa (156); ex: prestar elevada caução (cheque)
em hospital para internar parente; o Juiz deve manter o negócio reduzindo o
valor da prestação com razoabilidade, por analogia do § 2odo art. 157.

e) lesão: o negócio jurídico pode ser viciado quando há desproporcionalidade


nas prestações, afinal um contrato pressupõe trocas úteis e justas, e ninguém
contrata para ter prejuízo (arts. 157, 421, 478); é modo de proteger a parte
economicamente mais fraca dando-lhe superioridade jurídica – dirigismo
contratual; considera-se viciada a vontade de quem age sob necessidade
(semelhante à coação, ex: comprar água por uma fortuna durante uma seca)
ou por inexperiência (semelhante ao dolo, ex: médico comprando fazenda); a
lesão enseja a nulidade do negócio em quatro anos (178, II) e o retorno ao
estado anterior, salvo na hipótese do § 2odo art. 157;

f) fraude contra os credores: é a diminuição maliciosa do patrimônio para


prejudicar credores antigos(quem contrata com pessoa já insolvente não
encontra patrimônio garantidor), pois a garantia do credor quirografário é o
patrimônio do devedor (primitivamente era o próprio corpo do devedor, que
podia ser preso, escravizado ou esquartejado); credor quirografário é o credor
sem garantia real (uma hipoteca ou penhor) ou sem garantia pessoal (um aval
ou fiança); o ANIMUS NOCENDI não é relevante pois presume-se a fraude
(presunção absoluta) desde que o devedor esteja insolvente (dívidas
superiores aos bens ativos; não se aplica aos devedores solventes) e efetuou
alienação gratuita (doação) ou perdoou dívidas – art. 158; a alienação onerosa
(compra e venda, troca) também é anulável nos termos do art. 159, quando
feita a parente ou amigo; chama-se de “pauliana” a ação que vai anular o
negócio e devolver o bem ao patrimônio do devedor para ser alvo de execução
por seus credores; a fraude à execução é diferente, pois já existe ação judicial
em curso, e ocorre nos termos do art. 593 do CPC; o art. 1.813 do CC
(renúncia à herança) também visa coibir fraude contra os credores.

g) simulação: é mais grave do que os demais pois é defeito que enseja


a nulidade, e não apenas a anulabilidade do negócio; há simulação quando em
um negócio se verifica intencional divergência entre a vontade (interna) e a
declaração (externa) das partes, a fim de enganar terceiros; ou seja, a
simulação é a declaração enganosa da vontade entre as partes de um negócio
para prejudicar terceiros (ex: contrato a preço vil para não pagar imposto;
atestado médico falso; compra e venda aparentando doação para não ser
aquesto, 1.659,I); enquanto no dolo uma parte engana a outra, na simulação
ambas as partes enganam terceiro; na fraude o devedor insolvente realiza
negócio verdadeiro para prejudicar credores, na simulação o negócio é
aparente, as partes, insolventes ou não, não têm intenção de praticar tal
negócio; o negócio simulado é nulo e imprescritível (167 e 169) por opção do
legislador.

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