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UNIDADE 1

Poesia trovadoresca
(ppt adaptado)
A poesia trovadoresca galego-portuguesa desenvolveu-se na área geográfica
correspondente aos reinos de Leão e Castela (inclusive a região da Galiza)
e ao reino de Portugal (c. 1196-1354).

1143 —
Independência
de Portugal

Mapa da Península
Ibérica em 1096.
• Cerca de 1680 composições em verso produzidas entre os séculos

Copiar (azul)
XII e XIV.
• Composições musicadas e cantadas em saraus nas cortes dos
grandes senhores feudais.
• Escritas por trovadores (origem nobre) e jograis (origem popular).
• Escritas em galego-português (designação que costuma ser dada à
língua novilatina falada na faixa ocidental da Península Ibérica até
meados do século XIV, sobretudo quando se pretende referir a língua
literária da poesia trovadoresca).
• Coligidas em três cancioneiros (coletâneas) de fins do século XIII e
do século XIV:

Cancioneiro Cancioneiro Cancioneiro


da Ajuda. da Biblioteca Nacional. da Vaticana.
1. Sociedade e cultura medieval

A hierarquizada sociedade medieval,


representada num manuscrito francês
(A Fortaleza da Fé, c. séc. XVIII).
A hierarquia medieval: clero, nobreza e povo
Copiar

Distrações medievais

Nobreza e Clero Povo

Torneios Procissões

Banquetes
Romarias
Saraus
Festa
com dança e
canto

Composições escritas em verso = cantigas


Cantigas

Autor/executor Protetor e mecenas:


Nobre
• Trovador
• Jogral
• Afonso X, de Leão e Castela
• Segrel • D. Dinis
• Menestrel • D. Pedro, conde de Barcelos

• Animam as festas da corte.


• Dinamizavam os saraus.
• São galegos, portugueses, castelhanos e aragoneses.
• Viajam de corte em corte.
• Oferecem os seus serviços aos senhores.
• Recebem uma remuneração.
Compõe a letra
Trovador Nobre
e a música das cantigas

Popular Canta e executa


Jogral*
as cantigas dos trovadores

Canta e executa as cantigas dos


Segrel Popular trovadores; compõe e executa
as suas próprias cantigas

Canta e executa
Menestrel Músico ou cantor
as cantigas dos trovadores

*Por vezes acompanhado pela soldadeira (mulher a soldo - prostituta, ou, por vezes, cantora e bailarina)
2. A cultura das cortes feudais:
senhores, trovadores e jograis

• Torneios.

• Saraus

• Banquetes.

Vencedores de um torneio
recebem o prémio das mãos das damas.
Menestréis tocam numa noite musical
(Codex Manesse).
Um banquete medieval.
3. Os limites temporais da poesia
trovadoresca galego-portuguesa

Início: Fim:

Final do século XII Meados do século XIV


(1196? — Joam Soares (1354 — morte de
de Pavia, trovador)
D. Pedro, conde
de Barcelos,
mecenas e trovador)
Copiar (azul)
4. Os géneros da poesia
trovadoresca galego-portuguesa

Lírica profana Lírica religiosa

• 3 cancioneiros • 4 manuscritos do século XIII


• c. 1680 cantigas • Corte de Afonso X
(1252-1284)
• 420 cantigas
• 3 géneros diferentes:
• Com notação musical
— Cantigas de amigo
• Louvor à Virgem Maria
— Cantigas de amor
— Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de amigo
Cantigas de amigo Copiar

Lirismo autóctone

Sujeito poético*:
Eu feminino — a donzela, a menina do povo

Tema: Amor

Incidentes da vida amorosa:

• Encontros com o amigo (fonte, ermida)

• Confidências à natureza/ mãe/ amigas

• Tristeza/ saudade pela ausência do amigo (guerra/fossado)

• Enganos/ mentiras à mãe

• Alegria pelo regresso do amigo

• (…)

* Sujeito/ Eu poético ou Sujeito/ Eu lírico


Copiar

Classificação temática Classificação formal

Cantigas de romaria Cantigas de refrão


Bailias Cantigas de mestria (sem refrão)
Albas Cantigas paralelísticas ou de leixa-pren
Barcarolas ou marinhas
Pastorelas

Modalidades do discurso

Monólogo
Diálogo
Narração
Estrutura versificatória
das cantigas paralelísticas verso A Vaiamos, irmana, vaiamos dormir,
estrofe 1 verso B nas ribas do lago, u eu andar vi
refrão a las aves, meu amigo.
1.º par
verso A’ (variante de A) Vaiamos, irmana, vaiamos folgar
estrofe 2 verso B ’ (variante de B) nas ribas do lago, u eu vi andar
refrão a las aves, meu amigo.

verso B Enas ribas do lago, u eu andar vi,


estrofe 3 verso C seu arco na mãao as aves ferir,
refrão a las aves, meu amigo.
2.º par
verso B’ Enas ribas do lago, u eu vi andar,
estrofe 4 verso C’ (variante de C) seu arco na mano a las aves tirar,
refrão a las aves, meu amigo.

verso C Seu arco na mano as aves ferir,


estrofe 5 verso D e las que cantavam leixa-las guarir,
refrão a las aves, meu amigo.
3.º par
verso C’ Seu arco na mano a las aves tirar,
estrofe 6 verso D’ (variante de D) e las que cantavam nom nas quer matar,
refrão a las aves, meu amigo.

Fernando Esquio
Linguagem e recursos:

• Esquema de composição rígido e repetitivo


• Variação subtil de motivos
• Descrição do quotidiano rural e do ambiente campestre (ida à fonte, à ermida, ao baile
• Vocabulário simples, corrente e familiar
• Simbolismos: as flores, a «fontana», os cervos, a água, as aves, a noite, o vento, os cabelos
• Polissemia
• Utilização de arcaísmos
• Geografia vaga (casa, fonte, rio, mar ou praia)
• Toponímia precisa (Vigo, San Simón,…)
Cantigas de amor
Cantigas de amor Copiar

Lirismo de influência provençal*

Sujeito poético: Eu masculino

Tema - Amor cortês Classificação formal

• Ambiente de corte / palaciano; Cantigas de refrão

•Amor espiritual por uma «senhor» idealizada; Cantigas de mestria


(Cantigas paralelísticas)
• A vassalagem amorosa;
• A «coita de amor» (sofrimento);
• A morte de amor;
• Amor impossível de se realizar.

* Influência da poesia provençal (França) utilizando a língua provençal (langue d’oc)


Serviço do «amador»

Não revelar Dominar Pedir a


a identidade os seus autorização da
da «senhor» sentimentos «senhor» quando
em público se ausentava

Edmund Blair Leighton,


Os Elogios (1901).
Linguagem e recursos:

• Estética repetitiva e circular

• Repetição de vocábulos

• Utilização de sinónimos e antónimos

• Retórica discursiva (conjunções causais e consecutivas)

• Orações complexas

• Utilização de vocábulos de origem provençal («sém», «prez»)

• Simbolismos relacionados com a «coita de amor»

• Utilização de expressões cultas e fórmulas codificadas e relacionadas com

a expressão do amor cortês


Em síntese:

Cantigas de amigo Cantigas de amor

• Eu lírico feminino • Eu lírico masculino


• Objeto amado: o amigo • Objeto amado: a «senhor»
• Ânsia pela presença • «Senhor» distante,
do objeto amado que não se aproxima
• Humanização da figura do eu poético
feminina, que expõe • Idealização da figura
os seus sentimentos feminina
• Cenário campestre, • Cenário da corte,
ambiente rural ambiente palaciano
Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizer Copiar

Género satírico

“aquelas que os trobadores fazen querendo dizer d’ alguém em elas”, “por


palavras cubertas” (escárnio) ou “descubertamente” (maldizer). (Arte de Trovar)

Temas

• Temática ampla e variada


• Relato dos costumes da sociedade da época

Classificação formal

• Cantigas de refrão
• Cantigas de mestria

Um bobo da corte e um palhaço


num manuscrito do século XVIII(?).
Temas

• Sátira moral e religiosa


— o desconcerto do mundo
• Sátira política e militar
— a traição dos fidalgos na guerra de Granada
— a guerra civil portuguesa (D. Sancho II e D. Afonso III)
• Sátira social e de costumes
— a decadência da nobreza
— os conflitos entre jogral e trovador
— críticas à avareza
• Sátira literária
— paródia de cantigas de amor
— ridicularização do amor cortês
— crítica ao fingimento poético
Linguagem e recursos:

• Linguagem expressiva e variada

• Ironia

• Jogos de palavras

• Polissemia

• Equívocos
5. Os três cancioneiros da lírica profana
• Início do século XIV
Cancioneiro
• 310 cantigas, quase todas de amor
da Ajuda
• Iluminuras

Cancioneiro • 1647 cantigas


da Biblioteca Nacional • Tratado poético Arte de Trovar
(Colocci-Brancuti)

Cancioneiro
• 1200 cantigas
da Vaticana
Bibliografia

CASTRO, Ivo (1991) – Curso de História da Língua Portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta.

CORREIA, Natália (1987) – Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses, 2.ª ed.. Lisboa: Editorial Estampa.

GONÇALVES, Elsa; RAMOS, Maria Ana (1985) – A Lírica Galego-Portuguesa (Textos Escolhidos), 2.ª ed.
Lisboa: Editorial Comunicação.

FERREIRA, Maria Ema Tarracha (1988) – Poesia e Prosa Medievais, 2.ª ed. Lisboa: Editora Ulisseia.

LOPES, Graça Videira [ed.] (2002) – Cantigas de Escárnio e Maldizer dos Trovadores e Jograis Galego-
-Portugueses. Lisboa: Editorial Estampa.

______________________ (1988) – A Sátira nos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2.ª ed.


Lisboa: Editorial Estampa.

MATTOSO, José (1985) – «A Cultura Medieval Portuguesa (séculos XI a XIV)», in O essencial sobre
a cultura medieval portuguesa (séculos XI a XIV). Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.

NUNES, Patrícia et alii (2008) – Enciclopédia do Estudante, vol. 10. Carnaxide: Santillana-Constância,
pp. 48-55.

DOBARRO PAZ, Xosé María; et alii – Materiais Literatura Galego-Portuguesa Medieval. Corunha: Via Láctea.

SARAIVA, António José; LOPES, Óscar (1992) – História da Literatura Portuguesa, 16.ª ed. Porto: Porto
Editora.

TAVANI, Giuseppe (1988) – «Problemas da poesia lírica galego-portuguesa», in Ensaios Portugueses:


Filologia e Linguística. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

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