Macapá
2017
CAMILA TAVARES TENÓRIO
Macapá
2017
CAMILA TAVARES TENÓRIO
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
Acute Respiratory Infections (IRAs) raise a growing concern, due to the wide range of
events that compromise the respiratory tract, are the most common infections in
children, with several annual outbreaks per child being very frequent, with a natural
tendency to decrease with age, Which is in agreement with the maturation of the
immune system. The objective of this study was to describe preventative actions at
home so that the signs and symptoms of acute respiratory infections affecting the
upper respiratory tract can be identified early, avoiding the aggravation of the disease
and consequently the hospitalization of children. This is a study based on
bibliographical research and was used as a database of Scientifc Eletronic Library
Online (SciELO), of the Ministry of Health, using the keywords - IRA, IVAS, IMCI,
factors that cause IRA In children, preventive actions. Final considerations: It is
important to carry out these guidelines to the caregiver of the child, in the form of
dialogue so that he knows about these respiratory infections that reach the upper
respiratory tract and when to look for a health unit, always maintaining a completeness
with the caregiver so that The knowledge of promoting child health.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2 INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS ........................................................ 10
2.1 RINOFARINGITE AGUDA............................................................................... 11
2.2 FARINGITE AGUDA ....................................................................................... 11
2.3 AMIGDALITE................................................................................................... 12
2.4 INFLUENZA .................................................................................................... 13
2.5 OTITE MÉDIA ................................................................................................. 14
2.6 MONONUCLEOSE INFECCIOSA ................................................................... 15
2.7 RINITE............................................................................................................. 15
2.8 SINUSITE AGUDA .......................................................................................... 16
3 PRINCIPAIS FATORES CAUSADORES DA IRA EM CRIANÇAS NÃO
INTERNADAS ....................................................................................................... 18
4 AÇÕES PREVENTIVAS (CONDUTAS DE ENFERMAGEM) PARA A
CAPACITAÇÃO DOS PAIS NO CUIDADO DOMICILIAR DA CRIANÇA EM
RELAÇÃO ÀS IRAS ............................................................................................. 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 26
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 27
8
1 INTRODUÇÃO
As Infecções das Vias Aéreas Superiores, são definidas como todo e qualquer
processo infeccioso viral ou bacteriano que acomete região nasal, seios da face,
ouvido, faringe e laringe. Dentre as doenças prevalentes na infância, as Infecções
Respiratórias Agudas (IRA) despertam uma crescente preocupação, devido a ampla
abrangência de eventos que comprometem o trato respiratório, e encontra-se entre
uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil (LIMA, 2011).
Esses problemas respiratórios acometem as crianças, especialmente nos
primeiros cinco anos de vida, pela suscetibilidade e imaturidade do trato respiratório
nessa faixa etária. As doenças respiratórias agudas podem ser denominadas de
acordo com a ocorrência de um processo inflamatório infeccioso ou não-infeccioso,
sofrendo a influência de patógenos, fatores alérgenos e traumas. O enfermeiro, tem
sido um profissional muito ativo nesse processo de prevenção domiciliar, tanto na
orientação aos pais quanto à prevenção da IRA e também em relação à hidratação,
aleitamento materno, quanto o uso correto das medicações de acordo com a
prescrição médica.
Esta pesquisa é relevante, para enfermagem, pois servirá como um instrumento
de informações que ajudará a melhorar as habilidades dos profissionais de
enfermagem ao capacitar os cuidadores (pais ou responsáveis) para identificarem o
sinais e sintomas das IRAs em crianças, prevenindo assim uma complicação mais
grave como infecções respiratórias do trato respiratório inferior. Esta pesquisa é
importante, cientificamente, pois será mais uma contribuição à literatura; um meio de
difundir mais informações sobre as IRAs, o que pode servir de estímulos para mais
pesquisas, que possivelmente levarão a redução do número de crianças internadas e
o retorno frequente ao serviço de saúde, contribuindo para promoção da saúde em
crianças. Este trabalho será uma forma de conhecer mais profundamente os fatores
causadores da IRA, assim como servirá de estímulo para que futuramente, possa
desenvolver mais pesquisa sobre o tema, sempre com o intuito de reforçar a
importância da prevenção e importância da educação em saúde.
O problema de pesquisa definido no projeto é identificar na literatura formas de
como o enfermeiro pode contribuir para a capacitação dos pais no cuidado da criança
com IRA, reconhecendo os sinais da infecção e para o cuidado da criança no lar.
9
cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. Esta situação é causada
quase que exclusivamente por vírus. Entre esses vírus, os mais frequentes são
rinovírus, vírus sincicial respiratório, adenovírus, vírus influenza e vírus parainfluenza.
Pelo processo inflamatório da mucosa nasal, pode ocorrer obstrução dos óstios dos
seios paranasais e tubária (BRUNNER; SUDDARTH, 2008).
Os sintomas são mais graves em lactentes e crianças do que em adultos. A
febre é comum em crianças pequenas, e as crianças mais velhas têm febre baixa, que
aparece no início do curso da doença, outras manifestações da rinofaringite são
espirros, muco nasal abundante, vômitos ou diarreia, dores musculares, secura e
irritação do nariz e da garganta.
2.4 INFLUENZA
Otite média aguda (OMA) é uma inflamação da orelha média resultante de IVAS
com sinais e sintomas característicos (FONSECA, 2012). Aproximadamente de 5% a
30% dos resfriados são agravados com otite média aguda (OMA), que é definida pela
presença de dor ou irritabilidade e secreção na orelha média. A confirmação é feita
pela otoscopia. A otite média aguda (OMA) em crianças é bastante frequente nas
consultas da Atenção Básica e possui dois picos de maior incidência: entre 6 e 15
meses e idade escolar (BRASIL, 2012)
A otite média é primeiramente um resultado do mau funcionamento das tubas
auditivas. A tuba auditiva é parte de um sistema contíguo, composto pelas narinas,
nasofaringe, tuba auditiva, orelha média e antro mastóideo e células aéreas. A
obstrução mecânica ou funcional da tuba auditiva causa um acúmulo de secreções na
orelha média. O colapso persistente da tuba durante a deglutição pode causar
obstrução funcional associada a rigidez diminuída ou a um mecanismo de abertura
ineficiente. A drenagem é inibida por pressão negativa sustentada e pelo transporte
ciliar comprometido no interior da tuba. Quando a passagem não está totalmente
obstruída, a contaminação da orelha média pode ocorrer por refluxo, aspiração ou por
insuflação durante o choro, espirros, assoar o nariz e deglutição, quando o nariz está
obstruído (WONG, 2011).
O Ministério da Saúde relata que a OMA é a principal causa de otalgia, que
pode variar de leve a muito intensa. Congestão nasal e tosse frequentemente
precedem a dor de ouvido. Febre ocorre em alguns casos. Irritabilidade, dificuldade
para se alimentar e para dormir são algumas das manifestações atípicas encontradas
em lactentes (BRASIL, 2012).
2.7 RINITE
Pode ser definida como infecção bacteriana dos seios paranasais, com duração
menor de 30 dias, no qual os sintomas desaparecem completamente. Os seios
paranasais são constituídos por cavidades pertencentes a quatro estruturas ósseas:
maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal. Estas cavidades comunicam-se com as fossas
nasais através de pequenos orifícios (óstios) e são revestidas de muco cheias de ar,
normalmente drenem para dentro do nariz e afetam em muitas infecções do trato
respiratório superior. Quando suas aberturas nas passagens nasais estão limpas, as
infecções resolvem prontamente. No entanto, se sua drenagem está obstruída por um
septo desviado ou por turbinados hipertrofiados, esporões ou tumores ou pólipos
nasais, a infecção sinusal pode persistir como uma infecção secundária latente ou
progredir para um processo supurativo agudo (PITREZ. 2003).
Algumas pessoas estão mais propensas à sinusite por causa de sua ocupação.
Por exemplo, a exposição contínua aos perigos ambientais, como tinta, serragem e
substâncias químicas, pode resultar em inflamação crônica das passagens nasais.
A sinusite aguda refere-se à infecção de início rápido em um ou mais dos seios
paranasais que resolve com o tratamento. Com frequência, a sinusite sucede uma
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pulmões. A criança, com infecção respiratória aguda, pode ter tosse, nariz entupido
ou escorrendo (coriza), dor de ouvido, dor de garganta, chiado no peito ou dificuldade
para respirar. Além disso, a criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e chorosa.
Algumas ficam com os olhos vermelhos e lacrimejando. Segundo este protocolo, a
presença de um ou mais destes sintomas já caracteriza uma IRA.
O convívio diário com a criança proporciona, ao cuidador, maior facilidade de
percepção e entendimento de processos, muitas vezes, de difícil percepção ao
profissional. Ouvir as informações que a mãe ou cuidador fornece sobre o quadro
geral e os sinais e sintomas identificados é qualificar o atendimento de saúde para
criança.
Identificados nas estratégias do AIDPI, recomenda-se, aos pais, que, na
hidratação da criança, sejam oferecidos líquidos, dentre estes, os chás e
amamentação mais frequente. Também são orientados quanto ao uso de xaropes
caseiros naturais à base de limão e mel para hidratação, melhora da tosse e
eliminação do catarro. Ainda, o conforto, repouso e higiene da criança são
incentivados, assim como o banho, que pode e deve ser dado na criança, mesmo
doente (BRASIL, 2001). Nesta perspectiva, as condutas preconizadas devem ser
trabalhadas, reforçando a importância da educação aos principais provedores do
cuidado.
A ESF deve atuar como mediador nas ações de cuidado da criança,
melhorando o seu estado de saúde, através de uma vida saudável, demonstrando que
experiências positivas, que evitam ou diminuem o sofrimento causado pelas doenças
têm maiores possibilidades de aceitação e credibilidade na comunidade. O enfermeiro
deve estar envolvido diretamente no acompanhamento destas crianças e na
realização de ações educativas para ampliar a capacidade do cuidador ou
responsável em fornecer um cuidado saudável.
Ainda, percebe-se que a estratégia, adotada pelo Ministério de Saúde, através
do AIDPI, condiz com as necessidades levantadas, pois traz, em linguagem clara e
de fácil compreensão, conhecimentos básicos que todo cuidador domiciliar deveria
ter, como a identificação dos sinais e sintomas, bem como medidas adequadas para
cada situação nas doenças mais frequentes na infância, incluindo as IRA, alertando
para os sinais de perigo. A capacitação dos profissionais do PSF no programa AIDPI
e a orientação adequada dos responsáveis ou cuidadores domiciliares das crianças
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Atenção básica à saúde da criança: texto de apoio para o agente comunitário
de saúde. Ministério da Saúde. Brasília, 2001.
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28
FERREIRA, OS; BRITTO, MCA. Pneumonia aguda: tema que todos devemos estudar.
Jornal Pediatria, Rio de Janeiro, 2003.
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superiores - diagnóstico e tratamento ambulatorial. J. Pediatr. Rio de
Janeiro. vol.79, 2003.
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