II - Eletricidade de
Colheitadeiras Apostila - I
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PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO
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II - Eletricidade Colheitadeiras
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Conteúdo
1 Equipamentos e Ferramentas Elétricas ..................................................................... 6
1.1 Voltímetros e Amperímetros. ............................................................................... 6
1.2 Ohmímetros......................................................................................................... 7
1.3 Teste de Diodos. ................................................................................................. 8
1.4 Alicate Amperímetro .......................................................................................... 10
1.5 Multímetro Automotivo....................................................................................... 11
2 – Análise dos Circuitos e Diagramas das Colheitadeiras 6500 e 7500 ..................... 18
2.1 Sistema Elétrico – Código Por Cor do Diagrama Elétrico. ................................. 18
2.2 Fusíveis ............................................................................................................. 19
2.3 Seleção do diagrama elétrico – Bateria, Disjuntor, Motor de Partida e
Alternador................................................................................................................ 21
2.4 Seleção do diagrama elétrico – Placa Principal de Controle e Fusíveis ............. 22
2.4 Seleção do diagrama elétrico – Placa Principal de Controle, Fusíveis e Relés. . 23
2.5 Alimentação dos Painéis ................................................................................... 24
2.6 Sistema de Partida ............................................................................................ 25
2.7 EMBREAGENS, REVERSÃO DO CANAL....................................................... 26
ALIMENTADOR, ESPALHADOR DE PALHIÇO ...................................................... 26
2.8 ALTURA E INCLINAÇÃO DA PLATAFORMA .................................................. 27
3 REDE CAN .......................... 28
3.1 CAN - Controller Area Network .......................................................................... 28
3.2 Características Básicas ..................................................................................... 28
3.3 PROTOCOLO CAN - Controller Area Network .................................................. 28
3.4 SISTEMA NÃO MULTIPLEXADO- CONVENCIONAL ...................................... 29
3.5 Rede CAN atual ................................................................................................ 30
3.6 Níveis diferenciais no Bus ................................................................................. 31
3.7 Princípio básico da rede CAN ............................................................................ 31
3.8 Formato dos quadros enviados ......................................................................... 32
3.9 SINAL PWM (Pulse Width Modulation) .............................................................. 33
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1 Equipamentos e Ferramentas Elétricas
É importante saber medir os níveis de corrente e tensão de um sistema elétrico para verificar seu
funcionamento, identificar defeitos e investigar efeitos que possam ocorrer e que seriam
impossíveis de serem previstos em uma análise teórica. Como o próprio nome indica, os
amperímetros são utilizados para medir intensidade de corrente, e os voltímetros a diferença
de potencial entre dois pontos. Se os níveis de corrente forem em geral da ordem de
miliampères, o instrumento usado será denominado de miliamperímetro, e se os níveis de
corrente estiverem na faixa de microampères, o instrumento usado será um microamperímetro.
Denominações similares podem ser feitas para tensão. Em toda indústria, as medidas de
tensões são mais comuns do que as de corrente, pois não é necessário alterar as conexões do
sistema para medir uma tensão.
Voltímetro
A diferença de potencial entre dois pontos de um circuito é medida ligando as pontas de prova
do voltímetro aos dois pontos em paralelo, conforme indicado na figura 13.1.
12,50 V
Para obtermos uma leitura positiva, devemos ligar a ponta de prova positiva do voltímetro no
ponto de maior potencial do circuito e a ponta de prova negativa no ponto de menor potencial.
Se a ligação estiver invertida, o resultado será negativo.
Amperímetro.
Os amperímetros devem ser ligados conforme ilustrado na figura 13.2. Visto que os
amperímetros medem a taxa do fluxo de cargas, ou seja, a corrente, o medidor tem de ser
colocado no circuito em série de modo que a corrente passe pelo medidor.
0,50A
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A única maneira de isso acontecer é abrindo o caminho (a ligação) no qual a corrente tem de ser
medida, colocando o medidor entre os dois terminais resultantes da abertura do circuito. Para o
circuito mostrado na figura 13.2, o terminal positivo (+) da fonte de tensão tem de ser
desconectado do sistema, e o amperímetro inserido conforme mostrado. Para uma leitura
positiva, a polaridade dos terminais do amperímetro deve ser tal que a corrente (no sentido
convencional) entre pelo terminal positivo do amperímetro.
1.2 Ohmímetros.
10,00 Ω
Neste caso, não é necessário se preocupar com qual fio se conecta a qual extremidade; o
resultado será o mesmo em ambos os casos, pois os resistores oferecem a mesma resistência
ao fluxo de cagas (corrente) em qualquer sentido. Se for usado um multímetro analógico, a
chave seletora deverá ser colocada na faixa de resistência. O multímetro digital também
necessita que seja escolhida a escala adequada para a resistência a ser medida, mas o
resultado aparece como um número no visor do aparelho e o ponto decimal é determinado pela
escala escolhida. Quando se mede resistência de um único resistor, em geral é aconselhável
remover a resistência do circuito antes de fazer a medição. Se isso for difícil ou impossível, pelo
menos uma extremidade do resistor deve ser desconectada do circuito para que a leitura não
seja influenciada pelos outros componentes.
Se as duas pontas de prova do instrumento estiverem se tocando com a chave seletora do
medidor colocada nas posições para medir resistências, a leitura resultante será zero. Uma
conexão pode ser testada, como mostrado na figura 13.4.
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0,00 Ω
Neste caso, simplesmente ligando o ohmímetro aos dois lados da conexão, se a resistência for
zero, a conexão é segura. Se for diferente de zero, pode ser que a conexão não esteja boa; caso
a resistência medida seja finita, não há conexão (circuito aberto).
Os diodos podem ser testados no multímetro através da escala apropriada para diodo (figura
13.5), veja que quando polarizado diretamente o visor indicará a tensão de junção do diodo que
fica entre 0,45 V e 0,7 V para um diodo em bom estado.
0,58 V
Figura 13.5.: Diodo polarizado diretamente através do multímetro com escala para medições de
diodo.
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Quando colocamos na polaridade reversa, o diodo não pode conduzir corrente e deve indicar
tensão zero para um diodo em bom estado (figura 13.6).
.0L
Figura 13.6.: Diodo polarizado reversamente através do multímetro com escala para medições
de diodo.
2,380
Figura 13.7.: Diodo polarizado diretamente através do multímetro com uma escala em K-Ohms.
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Quando colocamos na polaridade reversa e em escala de K-Ohms, o diodo não pode conduzir
corrente e deve indicar uma resistência em aberto (figura 13.8) para diodos em bom estado.
O alicate amperímetro possui a grande vantagem de poder medir uma corrente sem que o
circuito seja aberto (figura 13.9), só é necessário colocar a sua garra sobre o fio. Seu
funcionamento baseia-se no princípio da indução magnética.
ICA Fio
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1.5 Multímetro Automotivo
Testando a Bateria
- Acenda a luz interna do veículo por 15 segundos para dissipar a carga superficial da bateria.
- Desconecte o terminal negativo (-) da bateria.
- Ajuste a chave rotativa para V (tensão DC).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
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- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro. Uma leitura menor do que 12.4V indica uma baixa
carga da bateria. Recarregue antes de testar, veja abaixo os níveis de tensão relacionado com o
nível de carga.
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Aterramento Negativo (-) do Motor
Este teste verifica a eficiência do aterramento do motor.
- Encoste a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria e a ponta de prova
negativa (-) no terminal negativo da bateria. Anote a leitura ...... esta será a tensão base para
comparar com sua tensão de teste.
- Conecte a ponta de prova positiva (+) em um ponto limpo do bloco do motor.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal negativo da bateria.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2- 3seg.
Uma queda de tensão maior do que 0.5V indica um circuito de aterramento pobre. Limpe e
inspecione as conexões do cabo da bateria e o aterramento, faça o teste novamente.
Importante: Repita este teste enquanto o motor estiver completamente aquecido. A expansão
de calor do metal pode causar aumento de resistência.
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completamente aquecido. A expansão de calor do metal
pode causar aumento de resistência.
Uma queda de tensão maior do que 0.3V indica um circuito com alta resistência.
Limpe e inspecione as conexões do cabo da bateria e as conexões do cabo, faça o teste
novamente. Importante: Repita este teste enquanto o motor estiver completamente aquecido. A
expansão de calor do metal pode causar aumento de resistência.
Este teste verifica a eficiência da alimentação da bateria para a partida através do solenóide de
partida.
- Estabeleça a tensão base para comparar com o teste de tensão (veja a tensão base, no teste
de queda de tensão).
- Conecte a ponta de prova positiva (+) no terminal positivo da bateria.
- Conecte a ponta de prova negativa (-) no terminal positivo do motor de partida.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg.
Uma queda de tensão maior do que 0.8V indica um circuito de aterramento pobre. Limpe e
inspecione as conexões do cabo da bateria e as conexões do cabo, faça o teste novamente.
Importante: Um defeito no solenóide de partida pode causar uma queda de tensão excessiva;
verifique os cabos e conexões antes de trocar o solenóide.
- Corrente de Partida.
Nos testes de bateria e de queda de tensão, verificou-se que há tensão adequada da bateria
para a partida. O próximo passo é verificar corrente excessiva na partida do motor.
- Conecte a garra transformadora de corrente AC/DC (opcional) ao redor do cabo negativo (-) ou
positivo (+) da bateria.
- Ajuste a chave rotativa para a posição 400mV. Nota : 1mV = 1Amp.
- Ajuste a função MAX/MIN no multímetro. A leitura MIN será a corrente negativa.
- Desabilite a ignição, dê a partida no motor por 2-3seg. Nota: A garra de corrente AC/DC mede
ampéres na direção do fluxo elétrico. Tenha certeza de que a seta na garra está apontada na
direção do fluxo da corrente no cabo.
Teste rápido
Ligue a ignição e mantenha todos os acessórios desligados. Coloque a garra no cabo da bateria,
depois ligue a luz interna. Se a leitura for negativa, desconecte a garra, inverta e reconecte.
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Testando o Sistema de Carga Bateria (+)
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Saída de Corrente (A) do Alternador para a Bateria.
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Teste de Tensão do Sensor de Efeito Hall (V)
Este teste verifica a ação de chaveamento em qualquer sensor de efeito hall (ignição, RPM, etc.)
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2 – Análise dos Circuitos e Diagramas das Colheitadeiras 6500 e 7500
As tabelas a seguir contém a descrição das abreviações das cores dos fios utilizados nos
diagramas elétricos.
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2.2 Fusíveis
ATENÇÃO!
- Nunca faça qualquer reparo no sistema elétrico sem antes desligar o cabo negativo da bateria.
- Nunca improvise utilizando objetos metálicos ou fusíveis de outra capacidade.
- Se os fusíveis estiverem queimando com freqüência, examine a causa do problema e jamais utilize um fusível de capacidade superior para tentar impedir
a queima!
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Descrição dos fusíveis
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2.3 Seleção do diagrama elétrico – Bateria, Disjuntor, Motor de
Partida e Alternador.
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2.4 Seleção do diagrama elétrico – Placa Principal de Se
Controle e Fusíveis
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2.4 Seleção do diagrama elétrico –
Placa Principal de Controle, Fusíveis e
Relés.
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2.5 Alimentação dos Painéis
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2.6 Sistema de Partida
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2.7 EMBREAGENS, REVERSÃO DO CANAL
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2.8 ALTURA E INCLINAÇÃO DA PLATAFORMA
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3 REDE CAN
O CAN é uma rede de comunicação serial na qual trafegam dados com informações
trocadas entre controladores distribuídos de forma modular. Cada módulo é responsável por
funções específicas, mas colhem e/ou geram dados que muitas vezes devem e podem ser
utilizados por outros módulos.
Deste modo, cada módulo deve obtê-los, processá-los e transmiti-los através da rede de
comunicação de dados de forma a compartilhá-los com todo o sistema de forma integrada.
A flexibilidade dessa rede permite que seja aplicada a vários sistemas em que
equipamentos precisem se comunicar ou onde existam sistemas microprocessados/
microcontrolados. A complexidade dos sistemas de controle e a necessidade de trocar
informação entre os módulos significavam cada vez mais cabeamento e linhas de controle
dedicadas, implicando num maior volume de chicote do automóvel.
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Além do custo do cabeamento necessário para ligar todos os componentes, o tamanho
físico do sistema e a complexidade que daí advém tornaram esta solução inconfortável. Os
custos exagerados e o número crescente de ligações comprometiam seriamente a
confiança, segurança e tolerância a falhas do sistema. Para se ter uma idéia de como esse
cabeamento crescia proporcionalmente à quantidade de componentes eletrônicos que se
incorporaram nos veículos, em 1921, nos primórdios da evolução dos veículos, tinha-se
apenas 30 metros de fio e em 1940 - 60 metros, 1953 – 150 metros, 1980 – 800 metros e
em 2000 tinha-se 2000 metros de fio, o que proporciona cada vez mais uma quantidade de
fiação absurda.
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3.5 Rede CAN atual
O novo conceito de rede CAN leva um único barramento elétrico, que percorre toda a
extensão do veículo, onde dispositivos de sensoriamento e controle são a ele conectados,
capazes de interagir uns com os outros, evitando um número excessivo de cabos entre as
unidades de controle e os dispositivos sensores. Hoje em dia, a maioria dos fabricantes de
automóveis utiliza a rede CAN. Estas informações podem ser de temperatura, consumo,
velocidade, pressão, derrapagem de pneus, frenagem brusca, acionamento de air-bags,
sistema de alarme, iluminação, módulo danificado, etc., conforme Figura.
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3.6 Níveis diferenciais no Bus
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3.8 Formato dos quadros enviados
Mensagens com identificador de 12 bits. É possível ter até 4096 mensagens numa rede
constituída sob este formato.
DICIONÁRIO DE DADOS:
É a parte mais dedicada a aplicação quando se trabalha com um protocolo como o CAN. O
Dicionário de Dados (ou Data Dictionary) é o conjunto de mensagens que podem ser
transmitidas naquela determinada rede.
Estes dados são organizados em uma matriz com todos as mensagens da rede. Esta matriz
mostrará cada mensagem sob a responsabilidade de cada módulo e também quem a
transmite e quem precisará recebê-la. Os dados importantes desta matriz são: o tempo de
atualização dos valores da mensagem, o intervalo de transmissão da mesma e o valor
relativo ao seu identificador.
O Dicionário de Dados é implementado numa rede CAN via software e deverá ser o mesmo
em todos os módulos conectados a rede. Isto garantirá total compatibilidade entre os
participantes do barramento.
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3.9 SINAL PWM (Pulse Width Modulation)
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