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O PERDÃO ILIMITADO

23 de Outubro de 2018 by Pr. Hernandes in Pastorais0 689 1

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão
pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo
que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22).

O perdão é um dos temas mais sensíveis abordados nas Escrituras. Uma vez que não somos
uma pessoa perfeita nem lidamos com pessoas perfeitas, não deve causar-nos estranheza,
que ocasionalmente, tenhamos queixas uns dos outros. A questão não é se devemos perdoar,
pois isso o requer a própria convivência humana. A questão é: até onde podemos ir? Até
quando podemos perdoar? Essa foi a pergunta de Pedro. Destacaremos aqui três pontos
oportunos:

Em primeiro lugar, é possível que irmãos nossos pequem contra nós (Mt 18.21). Não
vivemos num paraíso. Ainda estamos sujeitos a fraquezas. É certo que as pessoas nos
decepcionarão e que nós decepcionaremos as pessoas. Os conflitos interpessoais podem ser
vistos em toda a história bíblica e desde os primórdios da humanidade. Mesmo homens de
Deus como Paulo e Barnabé tiveram suas tensões, e porque tinham pontos de vistas
diferentes sobre determinada questão tiveram não pequena desavença. O propósito de Deus
é que vivamos em paz com todos os homens, mas se conflitos surgirem, devemos lidar com
essas questões biblicamente.

Em segundo lugar, o perdão limitado não expressa o ensino das Escrituras (Mt
18.21). Quando Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará
contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”, estava, em sua perspectiva, sendo muito
generoso. O ensino dos rabinos é que o perdão devia limitar-se, no máximo, a três vezes. O
que passasse disso, era abuso e não devia ser mais considerado. Os rabinos colocaram um
limite no perdão e Pedro mesmo sendo mais compassivo, esticando essa cifra de três para
sete, ainda colocava um limite no perdão que devemos oferecer ao irmão que pecou contra
nós. O ensino claro das Escrituras, entretanto, é que Deus perdoa os nossos pecados e deles
não mais se lembra. Perdoa-os e lança-os nas profundezas do mar. Perdoa-os e os afasta de
nós como o Oriente afasta-se do Ocidente. Perdoa-os e os desfaz como a névoa. Esse
perdão é completo e para sempre. Deus nunca mais lança em nosso rosto os pecados que ele
nos perdoa. Assim, é que devemos, também, perdoar uns aos outros.

Em terceiro lugar, o perdão que devemos dar aos nossos irmãos que pecam contra nós deve
ser ilimitado (Mt 18.22). Quando Jesus fala de perdoar até setenta vezes sete, está falando
não de uma cifra, mas de um emblema. O perdão horizontal deve ter a mesma
proporcionalidade do perdão vertical. Assim como o perdão de Deus para nós é ilimitado,
assim deve ser também nosso perdão oferecido ao irmão que peca contra nós. Jamais
podemos fechar a porta da misericórdia àqueles que, arrependidos, nos procuram buscando
perdão. Jesus foi ainda mais enfático nessa questão, quando disse: “Se, por sete vezes no
dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe”
(Lc 17.4). Jesus levanta uma questão hipotética e até mesmo improvável, de uma pessoa
pecar contra nós, sete vezes num mesmo dia e vez por vez, recorrer ao pedido de perdão.
Mesmo numa situação tão inusitada quanto esta não podemos sonegar perdão. A medida do
perdão que recebemos de Deus é a medida do perdão que devemos conceder ao nosso irmão
arrependido. O apóstolo Paulo escreve: “… assim como o Senhor vos perdoou, assim
também perdoai vós” (Cl 3.13).
O perdão não é uma opção, é uma ordem divina. Todos os que foram salvos pela graça,
foram perdoados e aqueles que receberam perdão de Deus, devem conceder perdão aos seus
irmãos!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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