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O documento discute como as atividades humanas como morar, caminhar, conversar, comer, ver, cheirar, tocar e trabalhar foram afetadas pelo capitalismo e racionalidade instrumental. Essas atividades perderam o significado social e emocional e passaram a ser vistas apenas como meios de produção e consumo.
Deskripsi Asli:
MUDANÇA DO COTIDIANO HUMANO A PARTIR DA HIPERMODERNIDADE E INFLUÊNCIA DO CAPITALISMO
O documento discute como as atividades humanas como morar, caminhar, conversar, comer, ver, cheirar, tocar e trabalhar foram afetadas pelo capitalismo e racionalidade instrumental. Essas atividades perderam o significado social e emocional e passaram a ser vistas apenas como meios de produção e consumo.
O documento discute como as atividades humanas como morar, caminhar, conversar, comer, ver, cheirar, tocar e trabalhar foram afetadas pelo capitalismo e racionalidade instrumental. Essas atividades perderam o significado social e emocional e passaram a ser vistas apenas como meios de produção e consumo.
O autor discorda da afirmativa de que estamos vivendo a era pós-moderna, ele
vai concordar com a perspectiva de Touraine afirmando que vivemos uma hipermodernidade (p.71 e 72), que é uma situação onde os pressupostos e fundamentos do mundo moderno foram hipertrofiados. Ele usa ainda o conceito de sociedade programada de Touraine, que é o conceito que diz que as indústrias controlam as vontades, desejos, impulsos eróticos e estéticos do ser humano, que encontram satisfação no mercado alimentado industrialmente (p.73). Ele vai falar sobre cada atividade humana e a interferência do capitalismo nestas. MORAR: além da maioria de nós não termos capacidade de construir nossas casas, a moradia sofre uma crise quantitativa e qualitativa. O número de pessoas desabrigadas parece aumentar, acrescentando que aumentam também as favelas e ocupações, onde se constroem barracos improvisados com plástico, papelão etc. há também um grande número de imóveis vazios em todas as cidades, por conta da especulação imobiliária. No ponto de vista qualitativo a adoção da racionalidade instrumental pela arquitetura incentivou a construção de imóveis simples, com o mínimo de coisas possíveis, o mínimo de cores, com móveis funcionais. Ou seja, a casa se torna um espaço apenas prático e de utilidade, onde vc pode comer e dormir, e deixa de ser um local de incentivo às emoções. CAMINHAR: o exercício do passeio no lugar onde se mora funciona como um processo de identificação entre o homem e seu ambiente, incentiva o sentimento de compromisso social com o próximo, com o nosso ambiente e com as coisas que o preenchem. Essa relação foi se perdendo porque não caminhamos mais, a rua se tornou um espaço de hostilidade, violência e sujeira. O caminho que fazemos é o da casa p/ o trabalho com a maior pressa possível. CONVERSAR: as conversas são meios pelos quais se mantém viva as tradições populares, bem como também manifesta sentimentos e afetos. O conversar vem sendo desvalorizado, vem sendo usado apenas burocraticamente em reuniões, mas mesmo em situações festivas o conversar fica de lado. Nas festas atuais o som sempre está muito alto, porque o objetivo não é o diálogo, mas o exibicionismo e a busca por parceiros sexuais. COMER: apesar da produção de comida ter sido ampliada em larga escala, ainda a fome continua presente em vastas parcelas da população, a produção de alimentos só faz sentido quando mensurada com lucros e o excedente de produção é eliminado. (p.90 dados sobre alimentação no país). No lado qualitativo, as refeições deixaram de ser momentos rituais, familiares, ou até individuais de apreciação do alimento, de prazer e degustação, para ser uma obrigação a ser executada o mais rápido possível. O retrato disso é a criação do fast-food, comidas de preparo rápido e em larga escala para serem consumidas rapidamente. Dessa mesma obrigação diária de comer temos o “almoço de negócios” que é uma ocasião onde empresários se reúnem para discutir, assinar contratos e fechar negócios enquanto almoçam em um restaurante fino, até nesse momento a comida é pouco apreciada e usada apenas p/ status. Do outro lado temos o trabalhador boia-fria, que trabalha no campo e come uma marmita fria no local de trabalho. A alimentação vem se tornando desprovida de prazer sensível, servindo quase como um combustível p/ máquinas. VER, CHEIRAR E TOCAR: o ver está sendo condicionado, a fotografia tem sido explorada de forma excessiva, desviando a atenção dos olhares do mundo real p/ as representações das coisas. Outra face do ver, é evitar olhar as ruas p/ não ver os problemas nela (pobreza, lixo etc.). As pessoas são dotadas de memórias olfativas, mas a vida moderna vem nos privando de odores e perfumes, tanto pelo distanciamento com a natura como pela poluição das cidades, que estão enfestadas de gases de escapamento de veículos, esgotos a céu aberto, lixos amontoados etc. Por outro lado, nos enchem de aromas artificiais, aromatizando quimicamente os alimentos, perfumes em spray que imitam cheiro de flores. Sobre o tato, vivemos na sociedade do plástico, onde tudo é fabricado usando- o como matéria prima, as pessoas desaprenderam a identificar com suas mãos as diversas texturas e materiais diferentes. A favor dos brasileiros ainda temos a cultura do toque e abraço, o que não é comum aos europeus por exemplo onde os habitantes foram afastados dos seus próprios corpos. TRABALHAR: O trabalhador se torna alguém desprovido de criatividade, autonomia e de identificação com o seu trabalho. Ele é treinado para uma função apenas, o trabalho na sociedade moderna torna-se uma função, desempenho de uma atividade controlada e racionalmente planejada dentro de uma lógica maior, e seu executante um mero funcionário, que precisa funcionar p/ n ser substituído por outro. O texto visa destacar o caráter desprazeroso, mecânico, não-criativo e pouco sensível do trabalho da maioria das pessoas.