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JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

Módulo I

MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA


IMUNIDADE INATA
 A imunidade inata atua como a 1ª linha de defesa do organismo;
 Age de modo inespecífico, reconhecendo classes, e não diferenciando os microorganismos;
 Não produz memória;
 As mesmas respostas são desempenhadas sempre, ou seja, não se torna mais eficaz ou melhora com o tempo de
atuação.
 BARREIRAS são componentes da resposta imune inata, atuando nos momentos iniciais no controle de uma
infecção, como o suor, sebo, queratina, pH, microbiota.
 As barreiras podem ser químicas, físicas ou biológicas. A retirada dessas barreiras facilita a entrada de micro-
organismos e, consequentemente, de infecções.

MECANISMOS DE RECONHECIMENTO
 PAMP’s
 DAMP’s
 OPSONINAS (imunoglobulinas e sistema complemento)
De todo modo, as células da imunidade inata serão ativada, ou melhor, estimuladas a desempenharem sua resposta
a partir do momento em que o patógeno cruza as barreiras da defesa (sejam elas químicas, físicas e biológicas) e lá
serão reconhecidas por algum desses processos.
OBS: Opsonizar é tornar o patógeno um alvo perfeito para a fagocitose, e é uma tarefa desempenhada por
imunoglobulinas e sistema complemento.

CÉLULAS DA IMUNIDADE INATA


NEUTRÓFILOS

 Polimorfonucleares;
 Bom no combate às bactérias extra celulares.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


Para que ele seja estimulado a desempenhar sua resposta, ele pode reconhecer:
 DIRETAMENTE: via PAMPs ou DAMPs;
 INDIRETAMENTE: via opsoninas ou sistema complemento;

Por meio de ANAFILOTOXINAS, como C3a, C4a ou C5a, a necessidade de fagócitos no local da lesão e/ou inflamação
será sinalizada, e o neutrófilo será ativado. As CITOCINAS PRÓ INFLAMATÓRIAS, como TNF-α e IL-1 também ativam os
neutrófilos.
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A ATIVAÇÃO ENDOTELIAL é um processo que está relacionado à ativação de neutrófilos. A vasodilatação, formação de
fenestrações e expressão de moléculas de recrutamento (que se ligam às moléculas de alojamento, presentes na
superfície celular) é o que controla isso. E Lembre-se: as PRIMEIRAS moléculas de recrutamento a serem expressas
nesse processo de ativação endotelial são responsáveis pelo recrutamento de NEUTRÓFILOS, fato que justifica a sua alta
presença no início dos processos inflamatórios.

RESPOSTA EFETORA
 Fagocitose
 Liberação de ROIS e defensinas

MACRÓFAGOS
 No sangue: monócitos / No tecido: macrófago
 Mononucleares
 Atua tanto no combate quanto no reparo tecidual, a depender do padrão de
citocinas utilizados pelos linfócitos que o licenciou (se IL-12 ou IL-4 com IFN-λ);
 Não são terminantemente diferenciadas. Ainda podem dar origem aos epitelióides
e aos gigantócitos, a depender do estímulo e do rumo da infecção.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 Direto, via PAMPs ou DAMPs
 INDIRETO via opsoninas
 Anafilotoxinas
 IFN- λ  clássico
 IL-4  alternativo

VIA ALTERNATIVA (IL-4) VIA CLÁSSICA (IFN- λ)


 Reparo tecidual  Explosão respiratória
 Fibroblasto  Fagocitose
 IL-4; IL-10; TGF-β  APC
 IL-1; TNF-α; IL-12

CÉLULAS DENDRÍTICAS
 APC’s profissionais

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 PAMP’s
 Fagocitose; apresentação de antígeno; produção de IL-12 (para o licenciamento do
perfil TH1).

CÉLULAS NK
 Célula de precursor linfoide;
 Apresentam o CD-56 em sua face externa;
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 Terminalmente diferenciadas;
 Liberam perforinas e granzimas como mecanismo efetor;
 Bom para PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 A presença de IL-12 o faz entrar em estado de ativação. No entanto, a resposta só é efetivada de fato caso a
célula deixe de expressar o seu MHC-I constituinte
 ADCC: realizam degranulação (liberação de perforinas e granzimas) ao reconhecerem células ou patógenos
opsonizados por IgG1 ou IgG3.
 Produzem IFN-λ que será utilizado na ativação de macrófagos.

EOSINÓFILOS
 Células eficientes nas infecções por HELMINTOS;
 Abundantes na fase tardia das reações de hipersensibilidade do tipo I.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 São células que não conseguem fagocitar, devido ao seu pequeno tamanho.
Assim, na presença de IL-5, entram em estado de ativação.
Aí reconhecerão o patógeno revestido por IgA, IgG2, IgG4 ou IgE,
liberando enzimas citoplasmáticas que vão destruir o patógeno.

BASÓFILOS
 Células presentes na circulação;
 CUIDADO: são as principais células relacionadas ao processo alérgico e ao
Choque;
 São degranuladores de histamina, que é uma importante mediadora do
processo inflamatório, responsável pela ativação endotelial.
 Lembrando que: a histamina, leucotrienos e a heparina são vasodilatadores e
broncoconstritores.

MASTÓCITOS
 Células semelhantes aos basófilos, porém encontrados nos tecidos;
 São reconhecidos pelos antígenos que se ligam aos IgEs de suas superfícies,
ou seja, mastócitos (e basófilos) possuem receptores FCεRi para o IgE
aderir;
 Infecções alérgicas;
 Via de deflagração rápida de histamina.

 BASÓFILO: CHOQUE ANAFILÁTICO (RESPOSTA SISTÊMICA)


 MASTÓCITO: ALERGIA LOCALIZADA (RESPOSTA TECIDUAL)
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RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 Anafilotoxinas do Sistema Complemento;
 Como apresentam IgE em sua superfície, o contato de vários IgE ao antígeno leva à ativação – ATIVAÇÃO
CRUZADA (o que justifica o fato de uma pessoa “nunca” ter tido uma alergia a determinado antígeno e de uma
hora para outra desenvolve esse problema);
 Degranulam histamina, heparina e leucotrienos.

IMUNIDADE ADAPTATIVA
 Diferentemente da imunidade inata, a inata é muito específica. Esse tipo de resposta vai reconhecer cada epítopo
e vai promover uma resposta a cada um desses antígenos;
 Um corpo possui cerca de 108 linfócitos T e a mesma quantidade de linfócitos B, fato que assegura que exista um
linfócito pronto para cada antígeno que eu venha encontrar no decorrer da minha vida.
 PRODUZ MEMÓRIA, o que facilita a resposta, já que pula a etapa de reconhecimento e ativação, deixando o
combate àquele antígeno muito mais rápido e, principalmente, eficaz.

ANTÍGENO  ATIVAÇÃO  EXPANSÃO CLONAL  LINFÓCITO EFETOR


CÉLULA DE MEMÓRIA

 O sistema imune adaptativo possui uma capacidade exímia de não responder ao próprio (é tolerante),
principalmente por aqueles mecanismos de seleção que ocorre nos órgãos linfoides.
 Retornam ao seu estado basal após a eliminação do antígeno.
 VACINAS com vírus atenuados são capazes de gerar uma resposta imune, ou melhor, uma infecção naqueles
indivíduos com o sistema imune falho.

CÉLULAS DA IMUNIDADE ADAPTATIVA


 Essas células vão ser responsáveis por promover a defesa do indivíduo de um modo mais tardio;
 Lembrando que: o número de um determinado linfócito só aumenta após o linfócito sofrer expansão clonal, após
ter sido apresentado.

LINFÓCITOS B
LINFÓCITOS B1
 Fígado fetal (9ª semana);
 BCR  IgM constitutiva
 Presente nas mucosas, pleura e peritônio;
 Ao sofrer ativação, eles vão se diferenciar em plasmócitos, responsável pela secreção de IgM e IgA, sendo esse
IgA exclusivo para os B1 de mucosas.

LINFÓCITOS Bzm
 Produzidos na medula. Amadurecem e residem na zona marginal do baço;
 IgM como constituinte do BCR;
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 Ao ativar, vão produzir IgM.

ATENÇÃO: Os linfócitos B1 e Bzm vão reconhecer os antígenos não proteicos, ou seja, eles não vão precisar apresentá-
los, via MHC, a um linfócito T. Desse modo, diz que seu processo de ativação é T-INDEPENDENTE.

LINFÓCITOS Bfol
 Células progenitoras na medula óssea; amadurecem no baço; caem e ficam na circulação, viajando entre os
tecidos linfoides;
 BCR de IgD;
 Lembrando que durante a maturação linfocitária você tem recombinações gênicas, responsáveis por fazer com
que os BCR dos linfoides, embora seja para um mesmo antígeno, sejam diferentes. Por isso há um processo de
maturação de afinidade!
 Mais presente que os demais;
 Mudança de isotipo.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA

B1 e Bzm
 T independente;
 Os epítopos não proteicos ligam-se de forma simultânea às imunoglobulinas e as fazem, por meio da ativação
cruzada, não sendo necessária a presença de Linfócitos T;
 A resposta efetora fica a produção de anticorpos (IgA e IgM), através da diferenciação em plasmócitos.

Bfol
 A ativação/reconhecimento de Bfol é T dependente, visto que os antígenos proteicos serão processados e
apresentados em sua membrana via MHC-II, ou seja primeiro fagocita e só depois receberá o licenciamento dos
linfócitos TCD4+.
Assim, um linfócito TCD4, previamente ativado e diferenciado, vem e licencia esse Bfol, permite com que
ele se expanda clonalmente e diferencie-se em plasmócito.
 A resposta efetora fica por conta da secreção de anticorpos, permitindo mudança de isotipo.

LINFÓCITOS T
TCD4+
 São os T auxiliares;
 Secreção de citocinas, que vão comandar a resposta imune.
o Perfil TH1: IFN-λ; TNF-α; IL-2;
o Perfil TH2: IL-4; IL5; IL-13.
 A especialidade da resposta garante que o linfócito T decida qual o melhor perfil para determinado tipo de
infecção que se instalou no organismo de um indíviduo.
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RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 De um modo geral, os TCD4+ são apresentados por um MHC-II, por uma APC, e após a formação de uma sinapse
imunológica, ele é ativado e fica pronto para desempenhar sua resposta efetora, que vai depender de qual perfil
foi se diferenciado.

TCD8+
 Se diferenciam em T Citotóxicos (CTLs), responsáveis pelo combate à agentes infecciosos intra-celulares;
 Destrói toda a célula.

RECONHECIMENTO, ATIVAÇÃO E RESPOSTA EFETORA


 De um modo geral, via MHC-I, por qualquer célula nucleada, desempenhando a debelação de sua citotoxicidade,
liberando o seu conteúdo vesicular sobre as células (as perforinas e granzimas).

CÉLULAS NKT
 Apresentam o CD-56 e o CD-1.

Tγδ (tê gama delta)


 Componente da resposta inata, quem tem TCR, mas que só reconhece PAMP’s.

O SISTEMA DO COMPLEMENTO
O sistema do complemento consiste em proteínas séricas (inativas na circulação) e de superfície celular. Quando
ativadas, interagem entre si, formando complexos com atividade proteolítica que amplificam a fagocitose e a resposta
inflamatória, visando à eliminação de agentes infecciosos. As proteínas do sistema do complemento correspondem a
aproximadamente 5% das globulinas do soro, sendo sintetizadas prioritariamente por células do fígado e macrófagos
teciduais.
Existem 3 vias de ativação: (1) Clássica, dependente de anticorpo; (2) Lectinas e (3) Alternativa, ambas
independentes de anticorpo. De modo geral, os componentes clivados originam dois fragmentos, um maior (b) que
permanece no local de ativação e um menor (a) que segue para a fase fluida.
Para que o sistema complemento exerça suas funções efetoras no sistema imunológico, é necessário que haja a
interação das proteínas do complemento com seus respectivos receptores presentes em diversas células da imunidade
inata e adaptativa.

1. VIA CLÁSSICA
Os domínios CH2 (IgG1, 2 e 3) ou CH3 (IgM) dessas imunoglobulinas interagem com C1q, um hexâmero no qual
estão ligadas as proteases C1r e C1s. Após a ligação do anticorpo a um antígeno multivalente, o complexo antígeno-
anticorpo-C1q promove a ativação enzimática dos dímeros C1r e C1s. A protease C1s cliva as moléculas subsequentes da
cascata, C4 e C2, em C4a e C4b e C2a e C2b respectivamente. O fragmento C4b liga-se à parede de patógenos ou à
membrana celular e, em seguida, o C2b, formando uma nova enzima, a C3 convertase (C4b2b). Esse complexo proteolítico
cliva a molécula C3 (C3a e C3b). O C3b formado pode ligar-se ao complexo C4bC2b, formando a C5 convertase
(C4bC2bC3b), clivando C5 (C5a e C5b) que atua na fase tardia do sistema (C5b-C9).
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2. VIA DAS LECTINAS


A proteína ligadora de manose (MBL- Mannose binding lectin) inicia a ativação do complemento por meio da
ligação à manose presente na parede de algumas bactérias (ex. Escherichia coli, Candida albicans ). Essa proteína é
estruturalmente semelhante ao C1q da via clássica e tem as proteases MASP1 e MASP2 acopladas à MBL, análogas ao C1r e
C1s, respectivamente. Assim, a MASP2 cliva C4 (C4a e C4b) e C2 (C2a e C2b) e o restante da cascata é semelhante ao da
via clássica.

3. VIA ALTERNATIVA
Fisiologicamente, ocorre clivagem espontânea em baixas taxas de C3 em C3a e C3b. O C3b é instável em fase
fluida e pode ser hidrolisado se permanecer solúvel. Por outro lado, o C3b pode ligar-se à parede de patógenos e iniciar a
ativação da via, com subsequente incorporação e clivagem do fator B (Ba e Bb) pelo fator D. O complexo formado é a C3
convertase (C3bBb) da via alternativa, o qual é estabilizado pela properdina. Esse complexo cliva C3 (C3a e C3b)
promovendo elevada produção de C3b, que pode ligar-se à parede de patógenos ou ainda formar a C5 convertase
(C3bBbC3b) da via alternativa, que cliva C5 (C5a e C5b).
Mesmo sendo ativadas por diferentes maneiras, as 3 vias levam a ativação do C3 e geração da C5 convertase,
moléculas indispensáveis para a formação do complexo de ataque à membrana (MAC – “Membrane Attack Complex”).

COMPLEXO DE ATAQUE À MEMBRANA


A formação do MAC é iniciada com o fragmento C5b ligando-se às moléculas subsequentes C6, C7 e C8. Em
seguida, há o recrutamento das proteínas C9, que se polimerizam e formam o MAC, promovendo a formação de poros na
membrana celular, influxo de água e íons e, finalmente, lise celular.

FUNÇÕES DO SISTEMA DO COMPLEMENTO


Para que o sistema do complemento exerça suas funções efetoras no sistema imunológico, é necessário que haja
a interação das proteínas do complemento com seus respectivos receptores presentes em diversas células da resposta
imune inata e adaptativa.
 Opsonização e fagocitose: O C3b, C4b e o iC3b são opsoninas, ou seja, recobrem a superfície de
microrganismos para que os mesmos sejam mais facilmente fagocitados. A fagocitose ocorre quando há
interação do fragmento opsonizante com seu respectivo receptor nos fagócitos mononucleares e neutrófilos.
Desse modo, C3b e C4b ligam-se ao receptor CR1, enquanto iC3b liga-se a CR3 e CR4.
 Estimulação inflamatória: Os produtos de clivagem C3a e C5a atuam como anafilatoxinas, promovendo a
desgranulação de mastócitos, que liberam aminas vasoativas e leucotrienos no sítio infeccioso. A interação
desses produtos com seus respectivos receptores C3aR e C5aR, presentes em células endoteliais e granulócitos,
estimula a quimiotaxia de leucócitos. Em conjunto, esses eventos contribuem para o processo inflamatório com
aumento da permeabilidade capilar e influxo de células. (Inflamação – Resposta Imune Inata)
 Remoção de imunocomplexos: Nas respostas humorais, a interação antígeno-anticorpo pode levar à formação
de imunocomplexos, que precisam ser eliminados. A ligação de C3b a esses imunocomplexos facilita a remoção
dos mesmos pela ligação de C3b ao CR1 expresso em hemácias. Essas migram para o fígado ou baço carregando
os imunocomplexos que são eliminados pelo sistema fagocitário mononuclear.
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 Citólise: A lise de organismos estranhos ou de células-alvo é mediada pelo MAC.

Após a ativação do complemento e realização de suas funções efetoras, com consequente eliminação do patógeno ou
célula alvo, é necessário que haja a regulação da ativação desses componentes. Para isso, existe nas superfícies
celulares ou no plasma de mamíferos uma série de proteínas reguladoras que desempenham essa função:
REGULADOR LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO DOENÇA RELACIONADA
Inibidor de C1
Plasma Inibe a atividade proteolítica de C1r e C1s Angiodema hereditário
(C1 INH)
Inibem a formação da C3 convertase da via
DAF, MCP e Hemoglubinúria Paroxistica
Membrana clássica deslocando C2b de C4b; e da via
CR1 Noturna
alternativa deslocando Bb de C3b.
Induz a clivagem de C3b em iC3b tendo como
Fator I Plasma -
cofatores MCP/CR1
Inibe a formação da C3 convertase da via Evasão do sistema imune por
Fator H Plasma alternativa através de sua ligação a C3b, Schistosoma, Neisseria
impedindo o acoplamento do fator B. gonorrheae e Haemophilus
Liga-se ao C7 impedindo que ele se insira na
Proteína S Plasma porção hidrofóbica da membrana, Infecções por Neisserias
impossibilitando a formação do MAC
Liga-se ao complexo C5b-C8 impedindo a
CD59 Membrana Infecções por Neisserias
ligação de C9 e consequente formação do MAC

Sistema do Complemento e Implicações Clínicas


Existem microrganismos capazes de desenvolver mecanismos de escape da ativação do sistema do
complemento. Estes podem ser por:
 Recrutamento de proteínas reguladoras: helmintos do gênero Schistosoma produzem ácido siálico, o que
facilita o recrutamento da proteína reguladora H; enquanto bactérias como a Neisseria gonorrheae e o
Haemophilus sequestram ácido siálico do hospedeiro, facilitando também o recrutamento da proteína H.
 Mimetismo molecular: a Escherichia coli produz uma proteína semelhante à C1 INH, que inibe a ativação do
complexo C1. Já o Staphylococcus aureus e o Trypanosoma cruzi produzem proteínas que inibem a formação da
C3 convertase.
 Produtos de genes bacterianos: o Staphylococcus aureus produz uma proteína antagonista de C5a.
 Existem ainda indivíduos que possuem deficiência das proteínas do sistema do complemento. Tal fato leva ao
desenvolvimento de doenças como:
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 Angioedema hereditário: causada pela deficiência do inibidor de C1 chamado C1 INH. A deficiência do inibidor irá
provocar uma desregulação da ativação de C1, que vai levar a clivagem exacerbada de C4 e C2. Um fragmento
proteolítico de C2 denominado C2-cinina, com a ajuda da bradicinina, promovem aumento da permeabilidade
vascular, levando à formação de edema em diversos locais do corpo caracterizando a doença;
 Doenças de imunocomplexos: ocorre quando há deficiência das moléculas de C1, C4 ou C2, por diversos
mecanismos que ainda não foram muito bem elucidados.
 Infecções bacterianas piogênicas: causadas por uma deficiência de C3, com consequente deficiência na
opsonização e fagocitose de patógenos.
 Deficiência da Adesão Leucocitária (LAD – “Leukocyte adhesion deficiency”): causada por mutação na cadeia
β dos receptores CR3 e CR4, levando a deficiência de sua ação, com consequente diminuição da fagocitose por
leucócitos e adesão celular ao endotélio.
 Infecção de repetição: a deficiência na MBL leva a infecções de repetição em 5% dos indivíduos que a possui,
enquanto 95% dos indivíduos são assintomáticos.
 Hemoglobinúria paroxística noturna: a deficiência do regulador DAF nas hemácias leva a um aumento das C3 e
C5 convertases na superfície das mesmas e isso desencadeia a ativação das fases finais do sistema do
complemento e formação do MAC, causando hemólise intravascular.
 Septicemias por Neisserias: deficiências de C5, C6, C7, C8 e C9 levam a infecções por Neisserias, pois a
formação do MAC é um dos principais mecanismos efetores contra essas bactérias.
 A baixa atuação do sistema complemento implica em um déficit, tanto na resposta imune inata quanto
adaptativa. A baixa expressão de C5 implica em uma NÃO ativação do MAC, o que diminui, consideravelmente, a
resposta contra o agente infeccioso.

DESAFIOS E PERSPECTIVAS
 “Crosstalk” entre TLRs e Sistema do Complemento
Recentemente foi descoberto um “crosstalk” entre TLR e o sistema do complemento que leva à alteração na
resposta de linfócitos T. Neste contexto, as anafilatoxinas C3a e C5a podem promover ou inibir o desenvolvimento de
células do padrão TH1 ou TH17 in vivo, permitindo um papel do complemento na homeostase e defesa do hospedeiro. O
sistema do complemento e os TLRs, rapidamente desencadeiam resposta à infecção ou agentes microbianos comuns
como o LPS ou CpG. Há uma cooperação entre estes dois sistemas justamente através dessa interação. Pelo menos 3
tipos de TLRs estão envolvidos nesse “crosstalk” (TLR2, 4 e 9). Esse mecanismo por um lado pode ser importante no
combate à infecção, ou em alguns casos pode facilitar a evasão de patógenos da ativação pelo complemento. Muitos
estudos estão em andamento para elucidar formas de tratamento de algumas doenças utilizando-se desse mecanismo.

 Papel do CR2
CR2 tem papel importante na resposta imune adaptativa, participando da co-estimulação do linfócito B, mas ainda
não se sabe ao certo sua função na ativação do sistema do complemento . São necessários mais estudos com o objetivo
de descobrir outras funções desse receptor.
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AS VIAS

O MAC CITOLÍTICO

OS ANTICORPOS
 Circulantes e ou aderidos às membranas, atuando como BCR;
 Mediadores da Imunidade Humoral, neutralizando toxinas e impedindo a entrada ou a disseminação de patógenos;
 Agentes opsonizantes (lembrar do mecanismo de ADCC).
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ESTRUTURA

 Lembrar que a porção Fc do anticorpo é a responsável pela resposta efetora e o domínio Ig da porção amino
terminal são os responsáveis pela ligação com o antígeno, ou seja, numa mudança de isotipo, o que muda é a
porção Fc;
 Anticorpos não reconhecem haptenos;
 As interações AgIg são ligações intermoleculares;
 A AFINIDADE está relacionada com a força com que o antígeno liga-se ao anticorpo. A AVIDEZ está relacionada
com a capacidade de um mesmo anticorpo ligar-se à diferentes antígenos simultaneamente;
 REAÇÃO CRUZADA é quando o anticorpo reage erroneamente com um antígeno estranho, devido ao mimetismo
molecular;
 RESPOSTA EFETORA DOS ANTICORPOS:
o Opsoninas
o ADCC
o Neutralizantes
o Ativação do Sistema complemento.

O PROCESSO INFLAMATÓRIO
1. Lesão tecidual
2. Mediadores inflamatórios
3. Ativação endotelial
a. Vasodilatação: marginalização dos G. vermelhos, aumentando a hiperenemia e diminuição da velocidade
do fluxo;
b. Formação de fenestrações: exudação plasmática e celular;
c. Excreção de moléculas de recrutamento: neutrófilos são recrutados primeiro porque as primeiras
moléculas secretadas são anafilotoxinas neutrofilícas.

 Lembrando que a mudança para um fluxo turbilhonar permite uma interação das células sanguíneas (antes
restritas ao centro do vaso) com as paredes do endotélio
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 NÃO CONFUDIR TRANSCITOSE COM TRANSMIGRAÇÃO

MEDIADORES INFLAMATÓRIOS
MEDIADORES PRÉ-FORMADOS
 Iniciam o processo inflamatório
o Histamina
o Conteúdos lisossomais

MEDIADORES RECÉM-SINTETIZADOS
 Amplificam o processo inflamatório
 São derivados do Ácido Aracdônico: prostaglandinas, citocinas, leucotrienos

 OBSERVAÇÃO:
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 O COX-2 é produzido a partir de uma lesão tecidual.


 O uso de inibidores da COX leva ao acúmulo de Leucotrienos, em decorrência do desvio da via do ácido
aracdônico. Esses compostos são vasodilatadores e broncoconstritores. Cuidado com o uso de anti-inflamatórios
NÃO ESTEROIDAIS em indivíduos asmáticos.

MEDIADORES PLASMÁTICOS
 Surge a partir das fenestrações
o Complemento  Anafilotoxinas e opsoninas
o Cininas  Bradicinina (que são moléculas álgicas. Ao caírem no interstício, se adere às terminações
nervosas, causando dor).

 A dor pode ser explicada pela presença de moléculas álgicas de origem plasmática e a vasodilação, comprimindo
os nervos, causando a dor.

CÉLULAS EFETORAS CIRCULANTES


NEUTRÓFILOS
 Maioria delas
 3 a 5 lóbulos
 Função efetora na inflamação aguda
 Terminantemente diferenciada, ou seja, nascem e morre como neutrófilos
 ½ vida de 6 horas
 1ª a ser recrutada

MACRÓFAGOS
 Não são terminantemente diferenciadas
o Gigantócitos
o Células reticulares epitelioides
o Monócitos

 OPSONINA: reveste e permite o reconhecimento do antígeno

 EXPLOSÃO RESPIRATÓRIA: formação dos intermediários reativos, tanto do oxigênio, quanto do nitrogênio.

RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS PARA O LOCAL DA INFECÇÃO


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 Os linfócitos demoram porque a imunidade adaptativa tem que ser “ativada”;


 Os monócitos viram macrófagos nos tecidos;
 Os neutrófilos são os primeiros porque as primeiras moléculas de recrutamento são para eles.

CITOCINAS NA INFECÇÃO AGUDA

 Lembrar do TNF-α e IL-1 na ativação endotelial.


 Na medida em que aumenta a concentração de TNF-α e IL-1 na corrente sanguínea, elas vão gerar consequências
anatomopatológicas, causando problemas. Assim:
o TNF-α E IL-1 EM BAIXA QUANTIDADE: Ativação endotelial
o
o TNF-α E IL-1 EM MODERADA QUANTIDADE: Efeitos sistêmicos
CÉREBRO
Febre
Produção local de prostaglandinas

FÍGADO
Produção de proteínas de fase aguda
PAF
Sistema Complemento
Ativação da gliconeogênese e glicogenólise

MEDULA
Recrutamento de novos leucócitos – Desvio à esquerda

 TNF-α E IL-1 EM ALTA CONCETRAÇÃO  CHOQUE SISTÊMICO


Hipoglicemia, devido ao forte trabalho do fígado, podendo chegar a níveis incompatíveis com a
vida (<55);
Vasoplegia (pós febre)  Taquicardia  Insuficiência cardíaca
SIRS, marcada pela falência do coração, coagulação e trombos (PAF) e choque (má perfusão).
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A PARTICIPAÇÃO DO COMPLEMENTO
 Atuam como opsoninas, estimulando a ação fagocítica ou ativando o MAC citolítico;
 Anafilotoxinas
 C3b
o Atua na produção de C5 e C3 convertase
o Ativa o MAC
o Opsonina

CONTROLE HOMEOSTÁTICO DA INFLAMAÇÃO


 Macrófago em via alternativa, sob estímulo do TGF-β e IL-10, estimula a síntese de matriz extracelular e inibe a
secreção de TNF-α e IL-12.

RESUMO
1. Lesão 6. Edema
2. Liberação de mediadores inflamatórios 7. Injúria do Tecido adjacente
3. Ativação endotelial 8. Modificações funcionais e anatômicas
4. Recrutamento endotelial 9. Destruição tecidual e do agente
5. Permeabilidade vascular aumentada no local da 10. Reparação tecidual
inflamação

INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA


 A diferença não se dá apenas no quesito Tempo. É necessário avaliar os processos morfológicos e funcionais
através dos exames, bem como os fatores que influenciam na caracterização, que são:
o Gravidade
o Causa
o Localização

AGUDA
 PCR elevada
 Infiltração predominante de neutrófilos (Muito pus, devido à baixa meia vida)
 Exudação  edema
 A infecção evolui gerando abscesso ou celulite. Após isso, cicatriza e o problema é resolvido.

ABSCESSO: é um processo purulento, alojado no tecido, revestido por uma membrana piogênica (frente de combate, com
a presença de bactérias vivas). O problema só se revolve com a retirada do abscesso.
Ex: furúnculo
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CELULITE: É um processo inflamatório purulento, mas que, diferente do abscesso, é voltado para o meio externo,
liberando o pus e não retendo-o.

CRÔNICA

LESÃO  INFLAMAÇÃO AGUDA  INFLAMAÇÃO CRÔNICA

 A crônica é marcada pelo predomínio de linfócitos T e macrófagos diferenciados, bem como uma diversidade
celular (Fibroblastos, eosinófilos, LB e anticorpos), rompendo o paradigma do predomínio neutrofílico.
 Isso leva a uma ação ambígua dos macrófagos, numa grande explosão respiratória, visto que há uma destruição
tecidual concomitante à reparação e tentativa de reparo (ambos perfis ativos, sob licenciamento de TH1 ou TH2).
 Após isso, cicatriza e o problema se resolve.

CUIDADO: pode haver agudização da crônica, em consequência de uma infecção nova.

 A persitência da Inflamação induz a formação de um GRANULOMA, que pode vir a se calcificar. Veja a “estrutura”
de um:

O COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC)


 Também chamado de antígeno leucocitário humano (HLA);
 O sistema imune adquirido dirige-se principalmente contra antígenos peptídicos que formam complexos com
proteínas do MHC. Isso porque o TCR (receptor de linfócitos T) não reconhece antígenos livres, mas porções
protéicas não covalentemente ligadas a produtos dos referidos genes;
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

 O MHC é uma molécula polimórfica responsável pela apresentação antigênica aos linfócitos. Esse MHC vai estar
presente na superfície de células APC’s ( o II) ou de qualquer célula nucleada ( o I).
Outro ponto que deve ser ressaltado é que, constantemente, tanto o baço quanto os linfonodos estão
produzindo CCL19 e CCL21, que são quimiocinas responsáveis por atrair as células que apresentam o receptor
CCR-7 (Linfócitos T naives e células APC quando ativadas).
 Não devemos esquecer que o MHC possui os genes mais polimórficos descritos na espécie. Seus alelos são
codominantes, ou seja, expressam feições herdadas tanto do pai quanto da mãe, fato que faz com que haja uma
imensidão de possibilidades para determinar a sua “estrutura genética”, tornando-o quase único em cada
pessoa. Isso é muito importante para os transplantes, por exemplo, já que a compatibilidade do MHC deve ser ao
menos parecida, para evitar, ou ao menos mitigar, a rejeição e a chance de ser considerado “impróprio”.
o MHC-I: HLA-A; HLA-B; HLA-C;
o MHC-II: HLA-DP; HLA-DQ; HLA-DR.
 O MHC é peça fundamental na ativação de linfócitos T, dirigindo a Especialidade da Resposta, fazendo com que
este se ative e possa desempenhar seu mecanismo efetor.
 Quando se trata de transplantes ou qualquer coisa do gênero, a compatibilidade gênica é fundamental, visto que o
MHC, por estar presente em toda célula nucleada, é que comanda a resposta imune. Assim, se for diferente,
haverá rejeição.

MHC-1
 HLA-A; HLA-B; HLA-C;
 ANTÍGENOS INTRACELULARES;
 8 a 11 aminoácidos que são aceitos na ligação;
 α3: sítio de ligação com o TCD8+;
 Entre α1 e α2: sítio de ligação com o antígeno;
 A parte β2 microglobulina é a parte comum;
 Caso o patógeno esteja presente no domínio α1/α2 e o linfócito se
ligue em α3, ele será ativado. Mas cuidado: caso o antígeno na
fenda de ligação seja próprio, não haverá o estímulo necessário
para a ativação do linfócito;
 Lembre-se que qualquer célula nucleada exibe o MHC de classe I
em sua membrana, e é justamente esse MHC que é deixado de ser expresso em caso de um ataque
viral, impedindo a ativação das células NK.
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MHC-2
 HLA-DP; HLA-DQ; HLA-DR;
 ANTÍGENOS EXTRACELULARES;
 O sítio de ligação com o antígeno é o α1/β1, que suporta de 10 a 30
aminoácidos;
 O domínio de ligação com o TCD4+ é o β2;
 O MHC-II é típico de APC’s

NÃO CONFUND
O MHC-I POSSUI A FENDA FECHADA (POUCOS AMINOÁCIDOS). O MHC-II JÁ
POSSUI A FENDA ABERTA (MUITOS AMINOÁCIDOS).

MHC X TRANSPLANTES
O MHC, desde sua descoberta, está estritamente relacionado a rejeição a transplantes. A começar pelo nome:
HLA significa antígeno leucocitário humano e remete `as primeiras investigações sobre esses genes em experimentos
com animais enxertados. Quando um indivíduo doa um órgão ou tecido, as células T do receptor encontram moléculas de
MHC do doador, que por si só já funcionam como potentes imunógenos despertando ,na maioria das vezes, respostas
muito agressivas. Devido à grande variedade de alelos na população, é praticamente impossível encontrar um doador
perfeito (100% de correspondência) .

MHC X DOENÇAS
Formas alélicas de MHC determinam o repertório de peptídeos que podem ser apresentados. Diferentes
indivíduos, assim, exibem diferentes capacidades de resistir a doenças infecciosas. ex: Gâmbia – malária – alguns alelos
são menos presentes em crianças que morrem de malária. Os mesmos são mais freqüentes naquelas que têm infecção
de baixo nível. Autoimunidade: foi constatado que vários destes distúrbios ocorrem com freq:uência maior em pessoas
com alelos particulares. Ex. espondilite anquilosante- 80x mais chance de desenvolver quem tem HLA-B27.

MHC X CÂNCER
Envolvimento ainda pouco claro. Algumas proteínas da célula maligna (diferentes das autólogas) se ligam a
proteínas MHC mas não são, por alguma razão, efetivas o suficiente para eliminar essas células. Além disso, células
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

tumorais tendem a fazer down-regulation de algumas proteínas do HLA. Isso por um lado diminui a resposta de células T,
mas por outro estimula as células NK.

PROCESSAMENTO ANTIGÊNICO
 Devemos lembrar que, antes de apresentar ao linfócito, a APC processa o antígeno. Isso ocorre do trajeto do
local de infecção até o órgão linfoide secundário, que é onde ocorre a apresentação.
 Então, para que o antígeno seja apresentado, ele deve ser processado. Isso se dá pela via citosólica (MHC-I) ou
pela via endócita (MHC-II).

VIA CITOSÓLICA (MHC-I)


 Trata-se de um antígeno intracelular. Logo, ele não será processado via lisossomo ou fagossomo.
 O antígeno será ubitiquinizado e passará pela proteassomo, onde suas proteínas serão clivadas a fim de
adquirir uma morfologia menor e linear.
 Esse antígeno precisa ir para o Retículo endoplasmático rugoso. Para isso, ele vai aderir à TAP e entra via
tapasina.
 Lá, o MHC-I também é formado, uma vez que já há a expressão das cadeias α e β2 . Os peptídeos sofrem nova
redução, via PARE, e se juntam ao MHC, ou seja, o antígeno já sai do RER ligado ao MHC.
 Do retículo vai até golgi e de lá ele é externalizado na membrana, onde é apresentado aos linfócitos.

VIA ENDOCÍTICA (MHC-II)


 Formação do fagossomo e, posteriormente, do fagolisossomo;
 Concomitantemente, você tem a formação do MHC-II no retículo, já que lá tem a formação das cadeias α e β. No
entanto, ele precisa ligar-se ao CLIP, para evitar com que ele se ligue aos antígenos ali presentes (os do MHC-I);
 Por meio de uma vesícula, o MHC-II vai até golgi, ande se encontra com o antígeno. Lá, o CLIP sai e ele se liga ao
antígeno.
 São externalizados na membrana, e a apresentação ao TCD8+ ocorre.
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APRESENTAÇÃO CRUZADA
 Quando a célula dendrítica, apc profissional, apresenta o antígeno, de modo a estimular o licenciamento de
linfócitos T via MHC-I.

ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS T E B
 A ativação de linfócitos T é um processo que ocorre com os linfócitos T naive (linfócito “adulto” inespecífico, que
nunca entrou em contato com o seu antígeno) ou com os linfócitos B, ou seja, com aqueles que já sofreram um
processo de maturação, no baço ou timo.
Assim, após ter recebido todos os receptores e coestimuladores, ele vai poder entrar em contato com o
antígeno nos órgãos linfoide secundários e ter seu processo de ativação (diferenciação e expansão clonal)
iniciado.
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

 A ativação de linfócitos T é fundamental para que a célula exerça o seu mecanismo efetor e desempenhe a
resposta imune.

INTERAÇÕES (sinapse imunológica)
 MHC com o TCR
 CD4 ou CD8 no MHC
 CD28 (do linfócito) com o B7 (da APC)
 CD40L (linfócito) com o CD40 (da APC)

 A falta de um desses coestimuladores faz com que o linfócito entre no estado de anergia clonal.

ATIVAÇÃO TCD4+
 O linfócito TCD4+ possui dois perfis de ativação diferentes: o TH1 e o TH2.
 Para que o processo ocorra, é necessário:
o 1º sinal: MHC liga-se ao TCR;
o 2º sinal: Coestimulador CD28 com o B7
 Atuação das citocinas que induzem o perfil

 Expansão clonal (IL-2)


 Diferenciação
 Células de memória

o CD40L com o CD40

IFN-λ IL-4 e IL-5 (a depender do perfil)


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 Após ocorrer a ativação, esses linfócitos vão liberar citocinas que vão interagir com outras células do sistema
imune, no que chamamos de licenciamento:
 TH1: Bfol  IgG1 e IgG3
Via clássica de macrófagos

 TH2: Bfol  IgA; IgE; IgG2; IgG4


Via alternativa de macrofágos
Levam os eosinófilos ao seu estado de ativação (IL-5)
 O uso de bloqueadores de coestimuladores, como o que vem acontecendo com o uso de CTLA-4, impede a
ativação linfocitária e todo o mecanismo de licenciamento.

PROGRAMA TH1
 1. Reconhecimento do antígeno pela APC via PAMPs e receptores Toll, realizando, posteriormente, sua fagocitose.
 2. Expressão de MHC-II (processamento via endocítica)
 3. Liberação de IL-12, o que determina o perfil TH1. (essa citocina é fundamental para esse perfil)
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 O IFN-λ potencializará a ação dos macrófagos em sua via clássica, marcada pela liberação de ROIS, fagocitose e
bactericidas;
 O TNF-α ativa macrófagos e células NK, além de ser um dos responsáveis pelo processo de ativação endotelial,
mediando a resposta inflamatória;
 O IL-2 é fundamental para a expansão clonal e crescimento do TCD8+

 Atente-se: células de memória, um ramo que é obtido durante a diferenciação, não apresenta essas coisas
efetoras de um linfócito “comum”. Ela apresenta o marcador fenotípico CD-27, que inibe sua apoptose,
prolongando sua vida. Além disso, muitas delas não apresentam o CCR7 (receptor de CCL-19 e CCL-21,
quimiocinas liberadas pelos órgãos linfoides secundários), ou seja, ficam espalhadas pelo corpo. Isso contribui
para que elas possam agir rapidamente, de modo que toda essa etapa de apresentação e ativação seja pulada, de
modo que a resposta adaptativa mediada por linfócitos já possa agir no momento em que se deu a apresentação.

PROGRAMA TH2

 O IL-5 atuará nos eosinófilos;


 O IL-4 na liberação de IgE e intensificação do perfil TH2;
 O IL-13 na liberação de muco;
 IL-4+IL-4: liberação de IgA;
 Esse perfil é bom para a atuação em helmintos e hiper I.

PROGRAMA TH17
 Combate a bactérias e fungos;
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 Além dos sinais já descritos, você tem que ter uma diminuição dos níveis de IFN-λ e IL-4. Na presença de IL-6 e
IL-23, liberada pelas APC, você tem o perfil TH17;
 As citocinas liberadas (IL-22 e IL-17) modulam a atividade de células epiteliais, que recrutam neutrófilos logo no
início.

ATIVAÇÃO CÉLULAS T

LICENCIAMENTO
MACROFÁGOS (TH1 e TH2)
 Via clássica: TH1
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

 Via alternativa: TH2

CÉLULAS DENDRÍTICAS (TH1)


 O IFN-λ potencializa a sua ação, aumentando a eficácia de sua apresentação clássica, devido ao aumento na
expressão de B7; bem como na apresentação cruzada, recirculação de antígeno e via CD1.
 Lembrando que a apresentação cruzada é fundamental para o licenciamento de TCD8+

LINFÓCITOS TCD8+ (TH1)


 IL-2
 Célula Dendrítica na apresentação cruzada, de forma que os produtos do TH1, sobretudo o IFN-λ e IL-2 o faz
entrar em estado de ativação, secretando perforinas e granzimas.

EOSINÓFILOS (TH2)
 IL-5 e o estado de ativação: essa citocina aumenta a quantidade de receptores para as porções Fc de IgA, IgE,
IgG2 e IgG4.

BFoliculares (TH1 e TH2)


 Não esquecer que os Bfol passam por um processo de maturação de afinidade;
 Atua nos dois tipos de resposta, diferenciando apenas quanto à citocina liberada, e claro, isso implica
diretamente nos anticorpos que serão produzidos.

APRESENTAÇÃO T-DEPENDENTE
 O linfócito BFol é diferente dos demais (B1 e Bzm) porque ele possui um mecanismo de apresentação T-
dependente. Ou seja, ele pega o antígeno, processa e apresenta ao linfócito TCD4 + (já ativado e diferenciado para
algum de seus perfis). Aí o linfócito o licencia e ele passa a secretar anticorpos.
o TH1: IgG1 e IgG3
o TH2: Sob ação de IL-4, libera IgE; sob ação conjunta de IL-4 e IL-5, IgA; além de IgG2 e IgG4
 Lembrando que os anticorpos atuam como opsoninas também. ADCC!!!

MATURAÇÃO DE AFINIDADE DE LINFÓCITOS B


 É importante ressaltar que a expansão clonal de linfócitos B ocorre no linfonodo. Esse linfonodo possui folículos
linfoides 1ª e 2ª (que possuem um centro germinativo, que é a marca da presença de multiplicação linfocitária e
expansão clonal);
 Esses centros germinativos apresentam uma zona clara e uma zona escura. A zona escura é onde ocorre a
expansão clonal desses linfócitos. Todavia, caso ele não receba o sinal de sobrevida das células dendríticas
foliculares, rapidamente entram em apoptose. Dessa forma, só migram para a zona clara e diferenciam-se em
plasmócitos aqueles que receberam esse sinal.
 A maturação de afinidade reside no fato de que as CDFol não vão conseguir mandar esse sinal o tempo todo, de
modo que à medida que a concentração de antígeno for diminuindo, a expressão de sinais de sobrevida também
será diminuída, fazendo com que apenas os linfócitos com maior afinidade com o antígeno os receba.
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA (seleção + ou -)


 Tolerância é o processo pelo qual o organismo de um individuo é capaz de reconhecer um antígeno e não
desenvolver uma resposta contra ele.

 Antígenos que induzem a tolerância são ditos TOLERÓGENOS. Antígenos que induz a resposta imune são ditos
IMUNÓGENOS.
 A via de administração é papel fundamental para dizer se um antígeno vai induzir uma resposta imune ou
mecanismo de tolerância.
o A tolerância é importante no controle da infecção;
o Falhas implicam em doenças autoimunes;
o Induzir a tolerância é bom para evitar a rejeição à órgãos transplantados.
 No Timo há a proteína AIRE, que fica secretando uma imensa quantidade de antígenos ubíquos, fundamentas no
processo de tolerância central e periférica;
 A falta de coestimulador induz entrar no estrado de anergia clonal;
 O excesso de ativação de linfócitos induz à apoptose, visto que o linfócito passa a expressar, em sua superfície,
tanto o FaS (CD95) quanto o FaSL, que é um indutor de morte celular e o seu ligante, por meio da ativação de
proteínas intracelulares que induz a apoptose.
 Os Treg secretam citocinas imunosupressoras, como a IL-10 e o TGF-β, que limitarão o mecanismo efetor da
célula.

SELEÇÃO DE REPERTÓRIO LINFÓCITOS B


 Durante o processo, os B podem estar relacionados ao processo de apoptose; edição da porção Fab de seus BCR
ou anergia (seja central ou periférica).
 O processo de tolerância do Linfócito B ocorre tanto na medulavquanto nos tecidos.

 CENTRAL:
o Edição de receptor;
o Anergia;
o Apoptose.
 PERIFÉRICA:
o Apoptose;
o Anergia.

 As células linfoides, ainda na medula, devem:


o Proliferar a partir de um precursor linfoide;
o Rearranjo nos genes das Igs;
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

o Controle de pró-receptores e expressão da especificidade em BCR;


o Seleção.
Assim, dizemos que a seleção já começa na medula!
 Durante a seleção +, é testada a avidez com que o antígeno liga-se ou só a capacidade de reconhecer o antígeno.
Caso ele ligue-se com alta avidez ao anticorpo que compõe o BCR, ou então não seja capaz de reconhecê-lo, ele
entra em apoptose, já que não ouve presença de sinal de sobrevida.
o Mas lembre-se que: linfócito B que reagiu com alta avidez aos antígenos próprios presentes nos celomas
estomais da medula, vão sofrer edição de receptor, que é um processo marcado pela alteração, a fim
de evitar que isso aconteça. Porém, se persistir, ele entra em apoptose.

SELEÇÃO DE LINFÓCITOS T
 CENTRAL:
o Apoptose;
o Deleção.
 PERIFÉRICA:
o Apoptose;
o Anergia;
o Regulação;
o Ignorância.

 No processo de maturação de linfócitos T, que ocorre no timo, devemos ressaltar que os timócitos precisam de
sinal de sobrevida. No córtex do timo, esses linfócitos recebem os TCR, ao passo que na medula ocorre a
diferenciação e finalização da maturação.
o Lá no córtex, no processo de seleção +, o timócito tem sua capacidade reativa testada. A interação com
MHC-I ou MHC-II já nos permite avaliar qual tipo de linfócito ele será, se TCD4 ou TCD8.
o Assim:
LT DEIXAM O CORTEX

TCD4 TCD8

Tnaive (na medula)

CIRCULAÇÃO

FASES DA MATURAÇÃO E SELEÇÃO


1. Ao sair da medula, o linfócito é duplo negativo, já que não apresenta nenhuma parte do TCR;
2. Ao chegar no timo, ele recebe, além do TCR, tanto o CD4 quando o CD8, fato que o permite ser classificado como
duplo positivo;
3. Seleção
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

a. SELEÇÃO POSITIVA: é marcada pelo recebimento do sinal de sobrevida pelos timócitos que
reconheceram o MHC com baixa afinidade, ou seja, a seleção + vai permitir a restrição do MHC e,
consequentemente, o nosso linfócito ficará monopositivo.
b. SELEÇÃO NEGATIVA: Está mais relacionada à tolerância central no ritmo, visto que aqui vai ser testada a
afinidade com que os peptídeos ubíquos, produzidos pela AIRE, se ligam ao linfócito. Caso ele ligue-se
fortemente, sua apoptose será induzida.

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA – TIPO I
 São alergias;
 Antígenos são ditos alérgenos;
 Mastócitos, basófilos e, por fim, eosinófilos possuem em sua superfície o receptor FCεRi, que vai reconhecer a
porção Fc dos IgEs. Assim, esse IgE atuará como ligante, de modo que os antígenos vão se ligar, de maneira
cruzada (ATIVAÇÃO CRUZADA), à porção Fab, estimulando a resposta.

MEDIADORES
 HISTAMINA:
o Aminovasoativa;
o Vasodilatação;
o Broncoconstrição.
 PROSTAGLANDINAS E TROMBOXANOS:
o Mediadores lipídicos (ácido aracdônico via COX);
o TNF-α e IL-1 induz a produção de PROSTAGLANDINA LOCAL no hipotálamo, o que induz a alterar o
termostato, causando a febre.
 LEUCOTRIENOS:
o Mediadores lipídicos (ácido aracdônico via LO);
o Vasodilatação e broncoconstrição.

FASE TARDIA DA HIPER I


 Eosinófilos e outras células
 Padrão TH2, com secreção de IL-4 e IL-5.

HIPERSENSIBILIDADE CITOTÓXICA – TIPO II


 Atuação de anticorpos, visando a ativação do complemento ou o mecanismo ADCC de eosinófilos e células NK.

1. O anticorpo pode recrutar proteínas do SC, que vai agir opsonizando a célula, facilitando a ação de fagócitos;
2. Anticorpos se ligam aos antígenos de superfície, e passam a recrutar células que promovem uma lesão tecidual;
3. Anticorpo se liga a receptores, inativando-os, impedindo sua atuação.
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

HIPERSENSIBILIDADE POR COMPLEXO IMUNE – TIPO III


 Deposição de imunocomplexos em locais com intensa turbulência sanguínea, como é o caso de locais de filtração,
como os rins e a sinóvia;
 LUPUS e ARTRITE REUMATOIDE;
 Esses imunocomplexos vão se aglomerar e, ao atingir um grande tamanho, vão ativar o complemento:
o Anafilotoxinas (C3a; C4a; C5a)
o Recrutamento e ativação endotelial
o Neutrófilos e macrófagos liberando ROIS, lesando os tecidos.

HIPERSENSIBILIDADE TARDIA – TIPO IV


 Mediada por células T;
 Padrão TH1 já no primeiro contato;
o Ativação suprafisiolófica de linfócitos T
FASE DE SENSIBILIZAÇÃO
 Fase do primeiro contato. Hapteno se associando à proteínas carreadoras, sendo capaz de gerar uma resposta
imune no padrão TH1.

RESPOSTA INFLAMATÓRIA DO 2º CONTATO


 Todo o processo inflamatório. Liberação de citocinas, como IL-2; PAF; IFN-λ; TNF-α.

HIPER DE CONTATO
 Haptenos não imunogênicos caem na epiderme, se ligam a substâncias carreadoras e formam uma substância
com caráter imunogênico, gerando uma resposta inflamatória local.

HIPERGRANULOMATOSA
 Resistência pela incapacidade de destruir
 Via alternativa de macrófagos (TH2)

MACRÓFAGOS  EPITELIOIDES  GIGANTÓCITOS

TRANSPLANTES
REJEIÇÃO HIPERAGUDA
 É caracterizada pela oclusão trombótica da vasculatura do enxerto
o MECANISMO: Hiper II
Anticorpos do hospedeiro se ligam aos antígenos do doador. Isso leva à ativação do Sistema
Complemento, que resultam na lesão endotelial. Além disso, aumentam-se os níveis de fatores de
agregação plaquetária, o que resulta em trombose, evoluindo para uma lesão isquêmica irreversível.
Pode ser mediada por anticorpos naturais IgM ou por IgG, após exposição prévia.
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

REJEIÇÃO AGUDA
 É marcada pela lesão no parênquima do enxerto.
o MECANISMO: Hiper IV, mediada por TCD8+
Mediada pelos TCD8, que é ativado e estimulado a degranular suas toxinas, levando a uma necrose
parenquimatosa do enxerto. Além disso, pode haver trombose intravascular.

REJEIÇÃO CRÔNICA
 É caracterizada por vasculopatia, principalmente uma ateroesclerose acelerada, que leva à oclusão arterial ,
causando um dano isquêmico.
o MECANISMO: Hiper IV, mediada por TCD4+
O LTCD4 secretará citocinas que irão estimular os macrófagos a secretarem citocinas, como o TGF-β,
que vão levar à proliferação de células vasculares e da musculatura lisa. Isso, em um longo intervalo de
tempo, leva à oclusão arterial. Além disso, a secreção de fatores de agregação plaquetária podem
agravar o quadro.

TIPOS
 Transfusão sanguínea: cuidado com a DHRN, em que o mecanismo será via Hiper II;
 Medula óssea: DOENÇA DO ENXERTO VS HOSPEDEIRO, em que os linfócitos e células imune do doador vão reagir
contra o receptor. Daí a importância do MHC parecido. E ah, em casos de transplantes, cuidado com a
imunodeficiência, já que o mecanismo de tolerância é induzido.

MECANISMOS DE APRESENTAÇÃO DO ENXERTO


 DIRETA: O MHC alogênico é apresentado intacto ao TCR, por células dendríticas do doador;
 INDIRETA: O MHC alogênico é processado e apresentado como um antígeno comum pelas APC’s do receptor.
o Ou seja, na indireta não tem ativação de TCD8, já que não tem como reconhecer o MHC próprio do
receptor!

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR
A principal célula envolvida na imunidade adaptativa celular é o linfócito T. Ele se origina de precursores linfóides
na medula óssea e migra para o timo, onde ocorrem maturação e seleção destas células. O processo de maturação dos
linfócitos T envolve a expressão de um receptor de célula T (TCR- T cell receptor) funcional e das moléculas CD4 e CD8.
Durante a fase de maturação dos linfócitos, ocorre um repertório de linfócitos T em torno de 10 16. Este repertório
possibilita o reconhecimento de diferentes moléculas denominadas antígenos, por serem capazes de induzir respostas
imunológicas específicas. Finalizado o processo de maturação no timo, originam-se duas populações de linfócitos T, T
CD4+, descritos como auxiliares, e T CD8+, denominados citotóxicos. Essas células atingem a corrente sanguínea e
recirculam nos órgãos linfóides secundários, como linfonodos e baço, até encontrarem seu antígeno específico e serem
ativadas.
Os linfócitos T somente reconhecem antígenos protéicos, processados e apresentados por moléculas de MHC
(Major Histocompatibility Complex) na superfície de uma célula apresentadora de antígeno (APC, do inglês Antigen
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

Presenting Cell). Existem dois tipos principais de MHC, as moléculas de classe I que estão expressas em todas as células
nucleadas, e as moléculas de classe II que são encontradas nas APC, principalmente macrófagos, células dendríticas e
linfócitos B. O linfócito T CD4+ auxiliar somente reconhece o complexo peptídeo-MHC de classe II, enquanto o linfócito T
CD8+ citotóxico reconhece o complexo peptídeo-MHC de classe I.
Para que ocorra a apresentação do complexo peptídeo-MHC na superfície celular é necessária a degradação dos
antígenos oriundos dos microrganismos, evento denominado processamento antigênico. A localização do antígeno irá
determinar por qual molécula de MHC ele será apresentado. Se os antígenos forem fagocitados, eles serão degradados
em peptídeos, no interior de vesículas, e apresentados na superfície celular associado ao MHC de classe II. Por outro
lado, se os antígenos estiverem no citosol das células, os mesmos serão clivados por complexos multienzimáticos e
associados ao MHC de classe I.
O processo de reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos T é altamente específico, com capacidade de
distinguir diferenças sutis entre os antígenos. Este evento ocorre nos órgãos linfóides secundários, onde os linfócitos
serão ativados e proliferarão após encontrarem as células dendríticas, APC que migram do sítio infeccioso. A resposta
mediada por células T ocorre alguns dias após o contato inicial com o antígeno, tempo requerido para que os clones
específicos proliferem-se e tornem-se células efetoras. Diferentemente da imunidade inata, composta por células que
reconhecem o patógeno, em seu local de entrada no organismo, através de receptores de reconhecimento padrão (PRR,
do inglês Pattern Recognition Receptors ). Esses receptores ligam-se a estruturas compartilhas por diversos patógenos
(PAMP, do inglês Pathogen Associated Molecular Patterns) ativando rapidamente as células naquele local.
Os linfócitos T que reconhecem o complexo peptídeo-MHC específico irão passar por diversas etapas de ativação
até adquirir a capacidade efetora. A ativação dos linfócitos T compreende três etapas: 1° sinal - o reconhecimento inicial
pelo TCR do complexo peptídeo-MHC, expresso na superfície da APC; 2° sinal - interação das moléculas co-estimuladoras,
como B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86), expressas nas APC com CD28, expresso nos linfócitos T; 3°sinal - secreção de citocinas
pelas APC que atuam nos linfócitos. Após o 1° e 2° sinais, ocorrerá a produção da citocina IL-2 e a expressão do seu
receptor de alta afinidade (CD25) que favorecerem a expansão dos linfócitos específicos (Figura 2). Com base nesse
conhecimento, podem ser feitas algumas intervenções terapêuticas: utilização de anticorpos que bloqueiam CD25 e/ou
moléculas co-estimuladoras, inibindo a proliferação e ativação dos linfócitos e, consequentemente, uma eventual
resposta imune direcionada a enxertos em casos de transplante.
Após a ativação e expansão clonal dos linfócitos T nos órgãos linfóides secundários ocorre a diferenciação destes
linfócitos em células T efetoras e aquisição de moléculas de adesão que permitem o seu endereçamento para o sítio
infeccioso. Além disso, essa migração é dependente de quimiocinas secretadas no sítio infeccioso. Neste local, os
linfócitos reconhecem novamente o complexo peptídeo-MHC para desempenharem sua função efetora de acordo com o
seu padrão de diferenciação, ampliando os mecanismos efetores da imunidade inata (Figura 3).
Até o presente, são bem caracterizadas quatro populações de linfócitos T CD4+: Th1 (Th, do inglês T helper), Th2, T
reguladoras e Th17. Os linfócitos T CD4+ do padrão Th1 secretam IFN, principal citocina envolvida na ativação de
macrófagos, importante no controle de infecções por patógenos intracelulares. As células T CD4+ de padrão Th2
secretam IL-4 e IL-5, e estão associadas com as doenças alérgicas e infecções por helmintos. Os linfócitos T CD4+ de
padrão Th17 secretam IL-17, que possui importante papel na inflamação, por induzirem o recrutamento de neutrófilos
(Figura 3). Evidências clínicas e experimentais sugerem que algumas doenças autoimunes, como esclerose múltipla e
artrite reumatóide, estejam relacionadas à produção exacerbada de IL-17. E por fim, as células T CD4+ reguladoras (Treg)
têm a função de evitar o desenvolvimento de doenças autoimunes, além de minimizar respostas imunes exacerbadas que
provoquem lesão tecidual. Essas células atuam por diferentes mecanismos, sendo um deles a secreção de citocinas com
função antiinflamatória, como a IL-10 e o TGF-β.
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Além dos linfócitos T CD4+ atuarem sobre as células da imunidade inata, eles também influenciam na proliferação
e diferenciação dos linfócitos B e T CD8+. Os linfócitos T CD8+ atuam de forma mais direta na célula-alvo através da
secreção do conteúdo de seus grânulos: perforinas e granzimas (Figura 3). Essas enzimas induzem a morte da célula alvo
basicamente por dois mecanismos: necrose e apoptose. As células T CD8+ estão envolvidas principalmente nas respostas
antivirais e também possuem atividade antitumoral. Após migrarem para o local da infecção, serem ativados e
desempenharem sua função efetora, os linfócitos T morrem por apoptose, permanecendo no organismo as células T de
memória. Células de memória serão importantes numa próxima exposição àquele mesmo antígeno porque são ativadas
mais rapidamente, e portanto, serão capazes de gerar resposta imune mais intensa e eficiente.

IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS


A integridade das células que compõem tanto a imunidade inata como a adaptativa é necessária para estabelecer
uma resposta imune eficiente contra os agentes patogênicos. A falha em algum componente desse sistema pode levar a
imunodeficiências e a quadros de imunossupressão. A imunodeficiência é uma desordem do sistema imunológico
caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva contra patógenos. Os indivíduos acometidos
por tal quadro apresentam uma crescente susceptibilidade a infecções e a certos tipos de câncer.
As imunodeficiências podem ser subdivididas em: primárias e secundárias. A primária geralmente é oriunda
de defeitos genéticos, podendo acometer a imunidade inata através do comprometimento da fagocitose ou do
complemento, ou a adaptativa, levando a falhas no desenvolvimento, ativação ou funcionamento dos linfócitos. A
síndrome de DiGeorge (SDG) é um exemplo de imunodeficiência primária causada pela deleção de uma região do
cromossomo 22, o que resulta em alterações na formação do embrião. A malformação do embrião tem como
consequência tais anomalias: malformação cardíaca, dimorfismos facias e hipoplasia do timo. A hipoplasia do timo induz a
uma maturação defeituosa de todos os linfócitos T, levando a números reduzidos ou ausentes na corrente sanguínea. Os
indivíduos não eliminam de forma eficaz os patógenos intracelulares, como por exemplo, micobactérias e vírus, mas são
capazes de enfrentar as infecções causadas por bactérias extracelulares.
A imunodeficiência secundária ou adquirida pode ser consequência da desnutrição, envelhecimento, uso de
quimioterápicos e aquisição de doenças específicas, como a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do
inglês Human Immunodeficiency Virus) ou mesmo alguns tipos de câncer, particularmente aqueles que afetam as células
geradas na medula óssea. O HIV infecta principalmente os linfócitos T CD4+ auxiliares causando sua redução no
indivíduo. Dessa forma, a resposta imune desses indivíduos fica comprometida devido à ausência da função auxiliar que
essas células exercem sobre várias células do sistema imunológico.
Diferente das imunodeficiências relacionadas à redução do número de linfócitos T seja por alteração no órgão
onde ocorre maturação dessas células ou por infecção, também existem as doenças associadas com excesso de
proliferação dos precursores dos linfócitos T, que originam as doenças neoplásicas. Dentre elas, a leucemia linfocítica
aguda (LLA), na qual a proliferação constante dos precursores leva ao acometimento de toda a medula óssea, reduzindo a
hematopoese. Consequentemente, indivíduos acometidos por essa doença apresentam números reduzidos de linfócitos,
hemácias e plaquetas, sendo susceptíveis a quadros variáveis de infecção, anemia e sangramento.
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SIRS
 Vasoplegia  extase sanguínea (sangue fica “parado”), o que favorece a coagulação e a formação de trombos,
ainda mais com a liberação de fator de agregação plaquetária.
 Lembrando que a ausência de núcleos nas hemácias impede a liberação de moléculas de estresse.

O BAÇO
 O baço é um órgão linfoide fundamental, visto que atua como um filtro para captar aqueles antígenos que
escaparam da apresentação do linfonodo (geralmente bactérias encapsuladas ou vírus envelopados).
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Além disso, o baço é responsável por produzir hemácias que, por meio de receptores do Sistema
Complemento, vão realizar a remoção de imunocomplexos, impedindo o seu acúmulo e deposição. Elas os pegam
e os levam para o sistema retículo endotelial do baço para serem destruídos por macrófagos ali presentes. Ou
seja, o baço é importante na hemocaterese e na destruição de patógenos.

DOENÇAS VIRAIS
Em doenças virais, você tem o que chamamos de resposta específica a esse antígeno. Para reconhecer esse
antígeno viral, teremos uma apresentação via MHC-I, expresso por qualquer célula nucleada ou via célula dendrítica por
apresentação cruzada. A principal células linfocitária no combate viral é o TCD8+, ativado em sua forma citotóxica e o
perfil TH1 dos TCD4+, que vão atuar liberando IFN-λ, atuando na formulação de um estado antiviral. A resposta efetora do
TCD8 se dá pela liberação de perforinas e granzimas.

APRESENTAÇÃO CRUZADA X LIGAÇÃO CRUZADA X REAÇÃO CRUZADA


 Durante a APRESENTAÇÃO CRUZADA, a CD vai fagocitar toda a célula, com o antígeno dentro. Durante esse
mecanismo, alguns epítopos antigênicos escapam do fagossomo e caem no citosol, seguindo a via citosólica do
processamento, via MHC-I;
 Já a LIGAÇÃO CRUZADA é o processo pelo qual o antígeno tem que se ligar a vários (2 ou mais) anticorpos, de
modo a debelar a resposta, como o que ocorre nos mastócitos (o alérgeno deve-se ligar a vários IgEs);
 A REAÇÃO CRUZADA, por sua vez, é a reação de um mesmo anticorpo para vários antígenos, devido ao
mimetismo molecular entre eles.

SÍNDROME DiGEORGE
Individuo com um TIMO defeituoso, ou seja, apresentará problemas com a população de linfócitos T, seja T4 ou T8.

INTOLERÂNCIA X ALERGIA
 A intolerância não é um processo imune. Veja por exemplo a intolerância à lactose, que trata-se de uma não
afinidade com um carboidrato, que é pouco imunogênico;
 A alergia já é uma reação imune. (HIPERSENSIBILIDADE)

QUESTÕES DE PROVAS
 Devido ao acúmulo de espermatozoides e maior tempo de contato em um local não imuno privilegiado, o
organismo passar a reconhecer esses espermatozoides como partículas estranhas. Essas partículas estranhas
serão processadas por APCs e apresentadas ao linfócito TCD4+ que vai ser responsável por produzir citocinas
que ativarão os LB e os estimularão a tornarem-se plasmócitos, secretores de anticorpos específicos ao
antígeno que estimulou, inicialmente, a resposta imunológica, nesse caso, o autoanticorpo. Caso os antígenos
sejam polissacarídeos ou lipídeos, a ativação dos LB será independente de linfócitos T e acontecerá por ligação
cruzada. Os anticorpos produzidos atacarão os espermas e induzirão apoptose, seja por ligação a leucócitos ou
ativação do complemento. Esses acontecimentos são típicos da HIPER II;

 O desenvolvimento de vacinas com vírus inativados não possibilita a infecção, diferentemente das vacinas com
vírus atenuados. Isso ocorre porque microrganismos atenuados podem, caso encontrem um meio propício, ser
JOÃO VÍCTOR CORDEIRO RODRIGUES 2º PERÍODO – 2017/2

capazes de infectar o organismo do hospedeiro. Devido a isso, o governo recomenda que as primeiras vacinas
sejam usadas vírus inativados, para que o organismo fique mais competente em termos imunológicos e,
posteriormente, podendo fazer uso da vacina com vírus atenuado;

 Após lesionar alguma parte do corpo, tal evento vai desencadear uma resposta inflamatória. Uma das células que
vão atuar nessa resposta são os macrófagos. Essas células liberam citocinas, como o TNF-α e o IL-1, que são
mediadores inflamatórios. Quando em grande quantidade, essas citocinas são carreadas até o hipotálamo, o
termostato do corpo, e induzem a produção de prostaglandinas locais, que atuarão de modo a elevar a
temperatura corporal, vasoconstrigindo os vasos e diminuindo a perda de calor do corpo;

 Ressalta-se que em respostas inflamatórias, citocinas como IL-1, IL-12 e TNF-α são produzidas e podem alcançar
proporções sistêmicas. Ao atingirem o fígado, este é estimulado a produzir proteínas plasmáticas de fase aguda
de infecção, como a PCR. Diante destes mediadores, em especial o TNF-α, o fígado também é estimulado a
realizar a gliconeogênese e glicogenólise, eliminando com rapidez os estoques de glicose no organismo, o que
pode acarretar em alterações metabólicas fatais;

 A presença de macrófagos, células T e células de langerhans demostram a presença de resposta imune celular; a
presença de fibroblastos, a reparação tecidual e a presença de parasitas, a persistência da infecção. Isso marca
a hipersensibilidade do tipo IV. Tal fato indica a formação de células epitelioides gigantes, característicos desse
tipo de hipersensibilidade;

 O padrão TH2 dos LTCD4 é ativado pela IL-4, afim de produzir ainda mais IL-4. Esse tipo de resposta é a mais
eficiente contra helmintos, que é o caso do paciente. As respostas de TH2 são altamente lesivas, o que é
necessário, já que se trata de um corpo estranho muito grande.
O padrão TH2 iniciará o recrutamento de eosinófilos através da IL-5. Esses leucócitos possuem maior
poder de degranulação, que são altamente eficazes em helmintos, podendo, porém, lesionar também as células
hospedeiras, já que as enzimas liberadas no momento da sua degranulação são muito tóxicas;

 Os valores séricos de imunoglobulinas M, A e G do paciente encontra-se dentro da normalidade, um indicativo de


que no momento não há presença de nenhum tipo de inflamação. As proteínas C3 e C4 também estão dentro da
normalidade, porém a C5 encontra-se bem abaixo do desejado. É a proteína C5 que é responsável por clivar a C5
convertase que é responsável, nas três vias do sistema complemento, por ativar a atuação do MAC citolítico. O
histórico de duas meningites do paciente pode interferir que, no momento das infecções, o sistema complemento
foi afetado a nível de ativação, que provavelmente irá prejudicar a resposta imunológica geral do paciente, já que
o SC atua tanto na inata quanto na adaptativa;

 A remoção do baço provoca uma baixa de LB, já que o órgão é um grande reservatório dessas células. Assim, a
população de células B (B1, Bfol – capaz de gerar memória- e Bzm) foi então reduzida, o que implica em uma
baixa produção de imunoglobulinas, visto que elas são secretadas pelos plasmócitos (forma diferenciada das
células B). A redução da quantidade de Ig implica numa deficiência de resposta do sistema imune adaptativo, já
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que todo ele é mediado pela ação dessas Igs. Isso acarreta em uma vulnerabilidade a bactérias encapsuladas, já
que estas deveriam ser combatidas por uma resposta imune adapativa;

 O sangue possui várias proteínas de rejeição que podem ser notadas em uma transfusão mal sucedida, a exemplo
o sistema ABO e Rh. No caso específico houve destruição das hemácias do doador. Trata-se de um caso de
rejeição, que pode ocorrer por apresentação direta ou indireta. Na direta de TCD4, as APCs do doador
apresentam o antígeno ao TCD4 via MHC-II ou via MHC-I pelo TCD8, sem necessidade de APC. Porém, quando isso
ocorre, temos a chamada apresentação cruzada, feita exclusivamente pelas CD;

 O resultado da criança não apresentará alterações significativas, mantendo, por exemplo, valores normais de
hemácias, já que estas são produzidas e maturadas na medula óssea. A população de linfócitos T estará bastante
reduzida, já que estas células têm seu processo de maturação completado no timo, órgão que, na Síndrome
DiGeorge, se apresentará defeituoso. Por fim, a dosagem de Ig se manterá relativamente normal, já que estas
são produzidas e secretas pelos plasmócitos, uma diferenciação de LB;

 As bactérias Gran – possuem uma parede de peptídeo glicano e uma membrana externa que a recobre,
diferentemente das +. O espaço entre essas duas paredes permite que as – desenvolvam um mecanismo de
toxicidade mesmo após sua morte. No caso clínico apresentado, o antibiótico bactericida matou as bactérias,
porém, estas liberaram as endotoxinas LPS que estavam em seu interior, o que aumentou os sintomas
apresentados pela criança. Assim que a toxicidade foi combatida e não havia mais bactéria no organismo da
criança, a patologia cessou;

 Um fármaco imunosupressor, formado por coinibidor CTLA-4, o qual liga-se com alta afinidade por B7
(apresentado por APCs), induzirá melhora da artrite reumatoide. Entretanto, tem-se imunosupressão de
pacientes tratados com esse tipo de medicamento, uma vez que o processo de apresentação de antígenos aos
linfócitos T requer os segundos sinais advindos de coestimuladores para sua ativação, envolvendo a expansão
clonal e diferenciação em células efetoras ou de memória. A ausência de T efetoras favorecerá o surgimento de
doenças oportunistas, por exemplo o vírus da herpes em estado latente torna-se ativo, além de não haver
controle de infecções bacterianas e fúngicas;

 O baço é importante porque serve como um filtro para captar aqueles antígenos que escapam por apresentação
nos linfonodos. Sendo assim, o baço é um importante local do sistema imune, onde ocorre a apresentação
antigênica e combate a esses patógenos. Além disso, o baço produz hemácias, que são capazes de, por meio de
receptores do complemento (CR-1), realizar a remoção de imunocomplexos, impedindo seu acúmulo e deposição.
Esses são levados para o sistema retículo endotelial do baço para serem destruídos por macrófagos ali
presentes;

 Os mecanismos envolvidos na DHRN pertencem à HIPER II, sendo o mecanismo de dano aos anticopos IgG da mãe,
que ultrapassam a membrana placentária através de receptores e, consequentemente, atingindo o feto. O IgG na
circulação fetal pode funcionar como opsonina, recobrindo a superfície das hemácias fetais. Essas opsoninas
serão reconhecidas por macrófagos, que como resposta efetora realizarão a fagocitose do antígeno
opsonisando, além de liberarem citocinas inflamatórias, como TNF-α, IL-1 e IL-12, responsáveis por ativar o
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endotélio, recrutando e ativando neutrófilos que também passam a realizar a fagocitose, assim como
degranulação de conteúdos citoplasmáticos sobre as hemácias fetais. Outra consequência da opsonização por
IgG é a citotoxicidade celular mediada por anticorpos (ADCC), mecanismo de ação das células NK, que como
resposta efetora promove a degranulação, com liberação de perforinas e granzimas, as quais levam ao
desequilíbrio iônico no interior das hemácias fetais, com posterior lise;

 Os antibióticos β-lactâmicos impedem a formação de ligação cruzada entre os peptídeos durante a formação do
peptídeoglicano, funcionando como transpeptidases, impedindo a associação dos peptídeos N-acetil-glicosamina.
Além disso, aumentam a ação de autolisinas, enzimas que clivam as ligações entre polissacarídeos para adição
de N-acetil-glicosamina e N-acetil-muracito. Como esse processo ocorre de modo desregulado, a parede celular
bacteriana não será formada de modo eficiente;

 Já caíram questões referentes ao modo como os antígenos são processados, se via MHC-I ou MHC-II, de modo
detalhado!

 Questão sobre os tipos de rejeição dos transplantes e mecanismos de apresentação (VOLTE NESSE TÓPICO NO
RESUMO. TÁ IDÊNTICO COMO FOI COBRADO);

 Os adjuvantes são substâncias químicas que são adicionados à composição das vacinas, com a finalidade de
potencializar a resposta imunológica através de uma ação, como se fosse um depósito liberando lentamente o
antígeno do local onde é efetuada a injeção, disponibilizando pequenas quantidades por um longo período de
tempo, e também pelo estímulo direto que induz ao sistema imunológico, com a estimulação da atividade celular e
produção de outros componentes que potencializam a resposta imune, como por exemplo, a ativação de
macrófagos que vão produzir citocinas;

 O Diabetes Mellitus I pode ser explicado pelo mecanismo de HIPER IV, em que após o primeiro contato
(Sensibilização), os LT de memória, através do perfil TH1, vão licenciar células dendríticas que, por apresentação
cruzada (via MHC-I), apresentarão aos TCD8, causando lise nas células pancreáticas.

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