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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CRIMINAIS

DIREITO PENAL I - 3.º ANO – DIÚRNO


CHAVE DE PROVA

O Sr. Kabila praticou o seguinte facto: colocou veneno na chávena de café de


Capeça. Trata-se de uma conduta voluntária, cometida de forma livre e
consciente, e uma vez que não foi objecto de qualquer coação física
irresistível ou moral e lesivo de um bem jurídico fundamental, a vida.
Deste modo, é uma conduta penalmente relevante, cometida de forma
positiva, isto é, um facere.

Quanto ao elemento objectivo do tipo, Kabila é sujeito activo, e Capeça é


agente passivo. Os objecto jurídico imediato é a vida. São circunstâncias
agravantes, o facto de o crime ter sido cometido com premeditação, Art.º
34.º, circ. 1.ª.

O veneno não é instrumento do crime, por ser elemento constitutivo do


tipo (n.º 1, do art.º 40.º). O comportamento de Kabila foi adequado para
lesar o bem jurídico, vida.

Relativamente ao elemento subjectivo do tipo, Kabila agiu com vontade


de alcançar o resultado desejado, sendo igualmente o seu fim subjectivo,
o que nos leva a considerar que relativamente à conduta a conduta em
causa, agiu com dolo intencional.

Assim, o comportamento praticado por Kabila é típico e é subsumível no


353.º do CP (envenenamento).

A conduta de Kabila ilícita pois foi praticada sem nenhuma causa de


justificação. Ela é contrária a ordem jurídica.

Quanto aos tipos de tipicidade: envenenamento é um tipo normativo (cujo


conhecimento requer valoração jurídica ou técnica); fechado (descrevem
o tipo de forma completa); causal (basta-se no comportamento capaz de
ofender o bem jurídico). Trata-se de um crime comum (não exigem uma
condição ou qualidade especial do sujeito activo,); comissivo (implica
acção positiva do agente, um facere); formal ( a ofensa do bem jurídico
não tem objecto material); de mera actividade, (consuma-se na própria
acção); simples (identifica-se com um só tipo legal de crime); instantâneo
( a consumação ocorre em momento certo, de imediato); doloso (a
conduta representada é a querida e o agente realizou-a.
II – Grupo

(6 valores)

Comente em, não mais de, 20 alíneas “O facto típico não é ainda, ou não é
necessariamente, um facto ilícito; a tipicidade é apenas um elemento necessário,
sine qua non, da ilicitude penal.” In Germano Marques da Silva, Direito Penal
Português, 2.ª Edição, Editorial Verbo, 2005 p. 78.

A tipicidade é a subsunção dos factos a norma jurídica. Assim, sem o facto seja
previsto por uma norma incriminadora não pode ser qualificado de ilícito
penal, mas sendo previsto na norma incriminadora pode, porém, não ser ilícito
se ocorrer uma circunstância em que a protecção do bem jurídico não se
imponha na situação concreta. A tipicidade é, pois, um indício, um indício
necessário da ilicitude do facto, mas não é suficiente para a sua qualificação
como ilícito, pois pode concorrer uma circunstância justificativa, uma causa de
justificação, que afasta, que exclui, a qualificação que a tipicidade indiciava. As
causas de justificação podem ser legais ou supra legais.

São causas legais: a legitima defesa, o direito de necessidade, o exercício de um


direito, o consentimento do ofendido, cumprimento de um dever.

Deste modo, fica claro que a tipicidade é um indício de ilicitude.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CRIMINAIS DA


FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
ANGOLA.

O COORDENADOR DE DEPARTAMENTO

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