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30/10/2018 Estatuto Orgânico de Macau – Wikipédia, a enciclopédia livre

Estatuto Orgânico de Macau
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Estatuto Orgânico de Macau (EOM) foi aprovado em 17 de Fevereiro de 1976, pela Lei n.º 1/76 de Macau, como
resultado do espírito de reforma que nasceu no seio do Governo de Macau, com incentivo do Governo da República
Portuguesa e fortemente influenciado pelos turbulentos acontecimentos pós­Revolução de 25 de Abril de 1974. [nota 1]

A  promulgação  do  EOM  tinha  em  vista  a  criação  de  um  novo  e  mais  autónomo  modelo  político.  Ele  era  a  mais
importante  legislação  local  que  definia  as  funções  dos  principais  órgãos  políticos,  jurídicos  e  administrativos  de
Macau e o funcionamento geral do Território. Ele também redefiniu o estatuto de Macau como um "território  chinês
sob administração portuguesa".  Em  consequência  da  aprovação  do  EOM,  nasceu  em  1976  uma  novidade  política
para  Macau:  a  grande  remodelação  e  democratização  parcial  da  Assembleia  Legislativa  de  Macau  para  exercer  a
função legislativa da Cidade.

O Estatuto Orgânico de Macau substitui o Estatuto Político­Administrativo da Província de Macau, que, aprovado em
1963, consagrou em Macau o velho modelo colonial fundamentado na ideologia colonialista e autoritária do Estado
Novo, derrubado precisamente na Revolução de 25 de Abril de 1974.

O  Estatuto  Orgânico  de  Macau,  em  conformidade  com  a  Constituição  da  República  Portuguesa,  foi  alterado
sucessivamente pela Lei n.º 53/79 de Macau, de 14 de Setembro de 1979; pela Lei n.º 13/90 de Macau, de 10 de Maio
de 1990; e pela Lei n.º 23­A/96 de Macau, de 29 de Julho de 1996.

O EOM foi substituído no dia 20 de Dezembro de 1999 pela Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau da
República Popular da China, quando Macau passou a ser uma Região Administrativa Especial da República Popular
da China, deixando de ser um território sob administração portuguesa.

Notas
1. Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, também designada por Revolução dos Cravos, Portugal declarou a
independência imediata de todas as suas províncias ultramarinas. A República Popular da China (RPC) rejeitou
esta transferência imediata, tendo apelado para o estabelecimento de negociações que permitissem uma
transferência harmoniosa. Para preparar Macau para a transferência de soberania, agendado para o dia 20 de
Dezembro de 1999, Portugal, a par das negociações com a RPC, incentivou o Governo de Macau a fazer muitas
reformas, de entre as quais resultou no Estatuto Orgânico de Macau.

Ver também
História de Macau
Política de Macau

Ligações externas
Texto integral do Estatuto Orgânico de Macau (http://www.imprensa.macau.gov.mo/bo/i/76/09/eo/cap1.htm)
Texto integral do Estatuto Político­Administrativo da Província de Macau, reformado pelo Decreto n.º 546/72 (http://
www.legislacao.org/primeira­serie/decreto­n­o­546­72­governador­provincia­assembleia­legislativa­32899)
Texto integral do Estatuto Político­Administrativo da Província de Macau, aprovado pelo Decreto n.º 45377 (http://
www.legislacao.org/primeira­serie/decreto­n­o­45377­conselho­governador­provincia­legislativo­9703)

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30/10/2018 Estatuto Orgânico de Macau – Wikipédia, a enciclopédia livre

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