O roteiro a seguir tem por finalidade orientá-lo(a) na elaboração de seu fichamento e está dividido em quatro partes
complementares. Seu trabalho deve ater-se exclusivamente ao conteúdo do texto lido, sem comentários pessoais ou
comparações com outros textos. Entretanto, é recomendável mesclar trechos transcritos do texto com trechos escritos por
você mesmo(a). Não se esqueça: sempre que transcrever um trecho do texto, utilize aspas e informe a(s) página(s) onde se
encontra.
Ao final, salve o arquivo com seu nome e o entregue a seu tutor presencial até a data limite, conforme constante no
calendário da disciplina. Salvo instrução em contrário, você poderá efetuar a entrega desta AD pela plataforma on-line da
disciplina.
WEISZ, Telma. Alfabetização no contexto das políticas públicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUALIDADE
NA EDUCAÇÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Brasília, 2002. Disponível em:
<portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1d.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2018.
2. Objetivo geral do artigo (um único objetivo que sintetize a finalidade do texto como um todo):
“No Brasil, recém se descobriu que a repetência reiterada gera um fantástico desperdício de dinheiro público”
(P.224)
“Considerando que nenhum país do mundo, mesmo aqueles mais pobres que o Brasil, tem índices de fracasso
escolar no 1ª ano de escolaridade como os nossos, as questões que se colocam são:
1. Como foi possível aceitar esses índices passivamente por quase cinqüenta anos? 2.
2. Que explicações se construíram para o fenômeno?
3. 3. O que se fez – do ponto de vista das políticas públicas – para mudar essa situação?” (p.224)
“A LDB anterior, de 1971, quando eliminou a separação entre primário e ginásio, acabando com o exame de
admissão e tornando obrigatório o ensino até a 8ª série, produziu uma política de garantia de acesso – o que
foi essencial – mas não de sucesso. Ela garantiu a todas as crianças a entrada na escola, mas não a progressão.”
(p. 224)
“O mecanismo pelo qual era possível dar acesso sem garantir o sucesso era a crença na reprovação como único
dispositivo capaz de garantir a qualidade da educação.” (p. 224)
“... torna-se necessário considerar que os formadores de opinião, que lêem jornais e têm poder de influir nas
políticas governamentais, sempre tiveram uma visão elitista da educação.” (p.225)
“A escola era obrigatória mas isso não significava que era para todos: apenas para os mais capazes. Que por
acaso são os mais ricos. Ou melhor, os menos pobres.” (p.225)
“O fracasso escolar é fonte de preocupação em muitos e diferentes países. (...) Nos anos 1960 essa preocupação
se acentuou e muito dinheiro foi investido em pesquisa para tentar compreender o que havia de errado com as
crianças que não aprendiam.” (p.225)
“Uma outra explicação, esta especificamente brasileira, relacionava o fracasso à pobreza: era a explicação
nutricional.” (p.225)
“Em resumo: a culpa seria da família que não estimula, não alimenta e não cuida adequadamente dos filhos,
nunca da escola.” (p.225)
“Políticas públicas voltadas para o fracasso escolar e mais especificamente para o fracasso de 50% dos alunos
na alfabetização inicial estão agora dando os primeiros passos.” (p.226)
“O que encontramos aponta para a enorme dificuldade que têm os professores de verificar o que os alunos já
sabem e o que eles não sabem. Se considerarmos os alunos que produzem escritas silábico-alfabéticas e
alfabéticas na 1ª série, no início do ano – 414 alunos, 33% dos alunos da 1ª série – e que poderiam
perfeitamente acompanhar uma 2ª série pois podem ler e escrever, ainda que com precariedade, verificamos
que esses alunos foram retidos porque os professores não tiveram condições de avaliar adequadamente e
acabaram utilizando indicadores como “letra bonita” ou “caderno bem feito” para decidir o destino escolar de
seus alunos.” (p.227)
“Os números da última coluna da tabela acima, que não são tão diferentes do que acontece no resto do país,
mostram o impacto da cultura da repetência: 49% dos alunos estão na 1ª série, 28% estão na 2ª série, 17% na
3ª série e apenas 6% conseguiram chegar à 4ª série.” (p.227)
“É de situações como essa que estamos partindo ao buscar saídas para a cultura da repetência, com a ambição
de criar uma educação menos exclusora.” (p.227)