Elementos da sociedade:
Finalidade Social: bem comum. Ex. Lei orçamentária- tudo que vai e pode ser gasto até
o fim do ano seguinte, proposto no fim de cada ano (gasto de saúde+ segurança+ todo o
necessário). Dalari tem 2 teorias, a determinista e a finalista.
1. Determinista: não há vontade, liberdade ou livre arbítrio, pois não é você que determina
o bem comum. E sim a economia, os interesses econômicos. Nós enquanto sociedade
organizada, não temos força para mudar tal fato.
2. Finalista: Podemos sim interferir no bem comum, por conta da dignidade humana, que
proporciona para os indivíduos políticos que sejam capazes de deixar todos crescerem,
desenvolvimento integral da personalidade humana (isonomia). Só conquistada por meio
de política pública.
Manifestações de conjunto ordenadas: (sociedade que tem um objetivo) A ordem social
e a ordem jurídica, somente com elas que se pode atingir o estado de Direito e
Finalidade Social.
Poder: sempre é relacional, bilateral, não se exerce só pela força (física), mesmo sendo
muito relevante. (subordinado a coerção, estado autoritário, manipulação).
Webber: Estudava o Estado/Poder. Não se obedece só por conta do medo, existe uma
autoridade. Traz a ideia de se sujeitar e obedecer voluntariamente ao Estado pelo carisma,
tradição, direito racional legal (ideal).
Elementos do Estado
População: O Estado ultrapassa os limites da tribo, do clã, da reunião de algumas
famílias: não há um limite máximo nem mínimo para a sua população. Grande ou
pequena população, não é a simples justaposição de indivíduos, formam um todo
orgânico e têm seus interesses suas atividades enquadradas dentro de uma sociedade
de naturezas diversas, não se encontram isolados, singularizados dentro do Estado.
Indivíduo e sociedade são termos de um binômio indestrutível, não é possível conceber
um sem o outro.
TERRITÓRIO: Elemento material. Nesse território terá a delimitação da atuação do
território jurídico (estabelecimento de fronteiras). Extraterritorialidade da lei (exceção,
admitida pela Ordem Jurídica, se n fosse admitida pela OJ, n ia ser aceita).O Brasil só
exerce os tratados internacionais depois de passar pelo Legislativo. Território para o
Brasil é tudo o que está dentro das fronteiras, seja também o espaço aéreo (céu),
subsolo, mar territorial e ilhas costeiras.
SOBERANIA/PODER POLÍTICO: Exercício do poder estatal. O poder político precisa de
um ordenamento jurídico -> aplicação interna. A soberania é a qualidade do poder do
Estado; respeito à autodeterminação dos povos. Qualidade de igualdade entre os
Estados nas Relações Internacionais.
FINALIDADE: A finalidade da democracia é o indivíduo na sua amplitude, como a
dignidade da pessoa humana.
Forma de estado
1) Unitário: centralização do poder; uma fonte. Podendo ser concentrado ou
desconcentrado. O concentrado não tem divisão administrativa de poder, contando com
apenas uma pessoa jurídica para o ordenamento e administração. Enquanto o
desconcentrado conta apenas um desdobramento administrativo, pois a parte do
ordenamento permanece sendo de responsabilidade de uma única pessoa jurídica.
2) Composto ou Complexos - descentralização do poder (repartição de competência na
CF). Vão se estabelecer historicamente tendo como exemplo a União Real (monarquia)
e a Federação.
3) Federado: Descentralização do poder; soberania; autonomia.
Sistema de Governo
➔ Preocupações: Relação entre Legislativo e Executivo; Funcionamento do Legislativo
➔ Presidencialismo: Foi criado nos EUA, enquanto o parlamentarismo é uma construção
histórica, o presidencialismo foi criado para ser diferente da inglaterra
◆ O presidente da república passa a ter ‘super poderes’, uma vez que é chefe de
estado e chefe de governo, por isso é comum a formação de líderes
carismáticos.
◆ O Presidente da república, cumpre mandato fixo, independentemente da
aprovação do povo e da maioria do parlamento.
◆ O único meio de afastamento do presidente da república, é um crime de
responsabilidade (ação ilícita)
➔ Parlamentarismo: (também conhecido como sistema inglês), a responsabilidade política
não é do soberano, e sim daquele que administra o Estado. Divide-se em dois cargos:
◆ Chefe de Estado: É apenas simbólico, não governa. Exerce mandato. Se for
monárquico, quem exerce é o rei, se for republicano quem exerce é o presidente.
◆ Chefe de Governo: Escolhido pelo chefe de Estado. É aquele que governa e
organiza o Estado. Tanto em uma monarquia, quanto em uma república, quem
exerce é o primeiro ministro.
● Para destituir um chefe de governo, é necessário a ingovernabilidade, a
população e os parlamentaristas não apoiam a política do presidente, isso
é chamado de voto de desconfiança.
Separação de Poderes: é inerente a ideia de Democracia, é uma separação de funções
do poder, distintos.
Locke vai dizer que existe o executivo e o legislativo, enquanto o judiciário seria um
braço do executivo. Ou seja, o executivo aplica a lei, sendo o judiciário a continuação
deste poder e o legislativo faz a lei. Dividindo e limitando o poder em dois.
Com a obra “Espírito das leis”, o Barão de Montesquieu, vai se preocupar com a
limitação do poder e da separação dele, tendo como base as ideias de Aristóteles,
Maquiavel e Locke. Com isso, Montesquieu faz a tripartição dos poderes.
Cada vez que há o abuso de poder, este se rompe. Para ele, o poder absoluto gera
grande instabilidade, logo a separação tornaria o governo mais estável e permanente.
São eles:
Executivo: gerencia/ gere/ executa.
Legislativo: Legislativa/ faz leis/ inova o ordenamento jurídico. (abstrata)
Judiciário: Função jurisdicional/ aplica o Direito ao caso concreto. (concretiza o
legislativo)
O poder do estado é um só, único e indivisível, o que se divide são as funções. Pois
não basta haver só a separação, deve haver um sistema de freios e contrapesos,
onde cada poder tem seu limite e este pode controlar os outros poderes, para não
haver nenhum tipo de abuso.
Em 1964 houve um golpe. João Goulart (jango), após a desistência de Jânio Quadros,
tornou-se presidente do nosso país, porém, por ter diversos planos sociais como a
reforma agrária, ele não foi bem visto pelos militares, criou-se assim um
parlamentarismo no Brasil, onde o Presidente é considerado apenas chefe de estado,
perdendo o poder de chefe do governo. Jango traz então um plebiscito para que fosse
votado pela população o que lhes era mais favorável, o parlamentarismo ou o
presidencialismo, como o presidencialismo ganhou, é dado então o golpe. Passando a
ter apenas dois partidos, o do governo e um menor que poderia ser facilmente
controlado pelo governo (bipartidarismo). Cria-se o decreto lei para que o Executivo
passe a criar leis, dando a ele maior poder e destaque em relação aos outros dois.