ANO 1990
PREÂMBULO
Aqui, onde a semente Lusitana brotou plantada por negros e índios, seus descendentes,
filtrados do Povo pelo processo eleitoral, reunidos em Assembléia Municipal Constituinte, realizam
esta LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO NORTE, a península onde as brancas e
buliçosas dunas contrastam com as florestas e os verdes matagais.
Coube-nos a missão de dirigir os trabalhos e, ao final, constatar que, realmente, "é fácil à
missão de comandar homens livres quando se lhes indica o caminho do dever".
O povo indicou os homens para que se fizesse a Lei Orgânica da Terra Berço da Civilização
Portuguesa, fundada por João de Magalhães em 10 de novembro de mil setecentos e vinte e cinco
(1725).
Tais homens, posto que de cultura limitada, deram o que melhor puderam sentir na tentativa
de aperfeiçoar a participação popular.
TERMO DE PROMULGAÇÃO
PDS
Elias de Oliveira Amorim
Luiz Carlos da Silva Costa
Manoel Fabiano do Amaral
Reinaldo Guimarães de Lemos
PDT
Fernando Antônio Machado
Luiz Pólis da Silva
Irene Ignácio da Fonseca
PMDB
Neides Duarte Gomes
Inácio Mariano Terra
PRN
Jorge Farias
INDEPENDENTE
Guaraci Antônio da Costa e Silva
COMISSÃO GERAL:
Presidente: Neides Duarte Gomes - PMDB
Vice-Presidente: Jorge Farias - PRN
Relator Geral: Luiz Carlos da Silva Costa - PDS
COMISSÃO CAPITULAR:
Presidente: Luiz Pólis da Silva - PDT
Vice-Presidente: Reinaldo Guimarães de Lemos - PDS
Relator Geral: Guaraci Antônio da Costa e Silva - INDEPENDENTE
AGRADECIMENTOS
Feliz daquele que no anonimato tem a certeza de haver cumprido o seu dever. Pela
organização desde os primeiros atos, pelas madrugadas varadas na busca do melhor para SÃO
JOSÉ DO NORTE e na consciência da soberania da LEI para realização dos anseios de um povo,
seu nome fica escrito na Cártula dos que se dedicaram a permanecerão ligados com SÃO JOSÉ DO
NORTE.
A homenagem aos funcionários na pessoa deste que prejudicou sua atividade principal no
apostolado de servir ao POVO NORTENSE.
Preâmbulo 2
Termo de Promulgação 2
Composição 3
Agradecimentos 4
Índice 5
Título I 7
Das disposições Permanentes 7
Capítulo I 7
Da Organização do Município 7
Seção I 7
Dos Princípios Fundamentais 7
Seção II 7
Da Organização Político-Administrativa 7
Seção III 8
Dos Bens e da Competência 8
Capítulo II 11
Do Poder Legislativo 11
Seção I dd
Da Câmara Municipal 11
Seção II dd
Das Atribuições da Câmara Municipal 11
Seção III ss
Dos Vereadores 13
Seção IV dd
Das Reuniões 14
Seção V dd
Da Mesa e das Comissões 14
Seção VI aa
Do Processo Legislativo 15
Subseção I vv
Disposições Gerais 15
Subseção II cc
Da Emenda à Lei Orgânica do Município 15
Subseção III xx
Das Leis 16
Seção VII xx
Da Fiscalização Contábil Financeira e Orçamentária 17
Capítulo III 19
Capítulo IV 22
Da Tributação e do Orçamento 22
Seção I AA
Do Sistema Tributário Municipal 22
Subseção I AA
Dos Princípios Gerais 22
Subseção II AA
Das Limitações do Poder de Tributar 23
Subseção III AA
Dos Impostos do Município 24
Subseção IV AA
Das Receitas Tributárias Repartidas 24
Seção II AA
Das Finanças Públicas 25
Subseção I AA
Das Normas Gerais 25
Capítulo V 29
Da Ordem Econômica e Social 29
Seção I AA
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica e Social 29
Seção II AA
Da Política Urbana 30
Seção III AA
Da Ordem Social 30
Subseção I AA
Disposições Gerais 30
Subseção II AA
Da Saúde 30
Seção IV aa
Da Educação, da Cultura e do Desporto 31
Subseção I AA
Da Educação 31
Subseção II AA
Da Cultura 32
Subseção III AA
Do Desporto e do Lazer 32
Subseção IV AA
Do Meio Ambiente 32
Subseção V AA
Dos Deficientes, da Criança e do Idoso 33
Capítulo VI 33
Da Administração Pública 33
Seção I AA
Das Disposições Gerais 33
Seção II AA
Dos Servidores Públicos Municipais 35
Seção III AA
Das Informações do Direito de Petição e das Certidões 37
Título II 38
Ato das Disposições Organizacionais Transitórias 38
Título I
DAS DISPOSIÇÕES PERMANENTES
Capítulo I
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Seção I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Parágrafo único. A ação desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de distritos
ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem estar de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 5º - O Município de São José do Norte, unidade territorial do Estado do Rio Grande do
Sul, pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia política, admistrativa e financeira, é
organizado e regido pela presente LEI ORGÂNICA, na forma das Constituições Estadual e Federal.
Parágrafo único. Qualquer alteração territorial só pode ser feita na forma da Lei
Complementar Estadual, preservando a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente
urbano, dependente de consulta prévia às populações diretamente interessadas, mediante plebiscito.
Art. 9º - Pela eleição direta dos Vereadores compõe-se o órgão Legislativo Municipal.
Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 18 - Salvo disposição em contrário desta Lei, as deliberações da Câmara Municipal são
tomadas por maioria de votos, presentes a maioria absoluta de seus membros.
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 19 - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o
especificado nos artigos 20 e 32, dispor sobre todas as matérias de competência do Município,
especialmente sobre:
Art. 21 - A Câmara Municipal, pelo seu Presidente, bem como qualquer de suas comissões,
pode convocar Secretário Municipal para, no prazo de 8 (oito) dias, pessoalmente prestar
Seção III
DOS VEREADORES
Art. 22 - Os Vereadores são invioláveis pelas suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público municipal,
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado inclusive os que sejam
demissíveis, "ad nutum", nas entidades constantes na alínea anterior;
II - desde a posse:
Seção IV
DAS REUNIÕES
Seção V
DA MESA E DAS COMISSÕES
Seção VI
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Subseção II
DA EMENDA À LEI ORGÂNICA NO MUNICÍPIO
Art. 32 - Esta Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta de 1/3 (um terço), no
mínimo, dos membros da Câmara e do Prefeito.
Subseção III
DAS LEIS
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara
Municipal disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
Art. 36 - O Prefeito poderá solicitar urgência e votação em um só turno para apreciação dos
projetos de sua iniciativa.
Art. 37 - O projeto de lei aprovado será enviado, como autógrafo, ao Prefeito que,
aquiescendo, o sancionará.
Art. 38 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da
Câmara.
Art. 39 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito que deverá solicitar a delegação à
Câmara Municipal.
Seção VII
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL FINACEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o
Município responda ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 42 - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, através de parecer prévio das contas que o Prefeito e a
Mesa da Câmara deverão prestar anualmente.
Capítulo III
Seção I
DO PODER EXECUTIVO
Art. 45 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado por Secretários
Municipais.
Parágrafo único. Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o
Vice-Prefeito, salvo motivos de força maior aceito pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago.
§ 1° - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe foram atribuídas por lei
complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais.
§ 2º - A investidura do Vice-Prefeito em Secretaria Municipal não impedirá as funções
previstas no parágrafo anterior.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos 2 (dois) anos de mandato, a eleição para ambos os
cargos será feita 30 (trinta) dias depois aberta a última vaga, pela Câmara Municipal, na forma da
Lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos antecessores.
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
Seção IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 55 - Lei complementar disporá sobre a criação, estruturação e atribuição das Secretarias
Municipais.
Seção VI
DA GUARDA MUNICIPAL
Capítulo IV
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
Seção I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
Subseção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrentes de obras públicas.
§ 1° - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos de
Lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
§ 3º - A legislação municipal sobre matéria tributária respeitará as disposições da lei
complementar federal:
a) definição de tributos e suas espécies, bem como fatos geradores, bases de cálculos e
contribuintes de impostos;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária;
c) adequado tratamento tributário aos atos cometidos pelas sociedades cooperativas.
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que se houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que os instituiu ou
aumentou;
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de
sua procedência ou destino.
§ 3º - O imposto previsto no inciso III não exclui a incidência do imposto estadual sobre a
mesma operação.
§ 4º - As alíquotas dos impostos previstos nos incisos III e IV não poderão ultrapassar o
limite fixado em lei complementar federal.
Subseção IV
DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS
Parágrafo único. A lei estadual que dispuser sobre a repartição tributária do ICMS
assegurará, no mínimo, que três quartas partes serão na proporção do valor adicionado nas
Art. 63 - O Estado repassará ao Município a sua parcela dos 25% (vinte e cinco) por cento
relativa aos 10 % (dez por cento) que a União lhe entregar do produto da arrecadação do imposto
sobre produtos industrializados, na forma do parágrafo único, do art. 61.
Seção II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Subseção I
DAS NORMAS GERAIS
I - O plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que estabelecer o plano plurianual estabelecerá, por distrito, bairros e regiões, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública municipal para as despesas de Capital e
outras delas decorrentes e às relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, que orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de fomento.
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
I - O orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal;
II - O orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito ao voto;
III - a proposta de lei orçamentária será acompanhada de demonstrativo regionalizado do
efeito sobre receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões e benefícios de natureza
financeira e tributária.
I - exercício financeiro;
II - vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual;
III - normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como
instituição de fundos.
§ 11 – Os Projetos de Lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados, para
sanção, nos seguintes prazos: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica do Município nº003, de 1º de
novembro de 2005)
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e propostas referidas neste artigo e sobre as
contas apresentadas anualmente pelo Prefeito;
II - examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais, distritais, de bairros,
regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentária, sem prejuízo de atuação das demais comissões da Câmara Municipal criadas de
acordo com o art. 28, § 2º.
§ 2º - As emendas só serão apresentadas perante a Comissão, que sobre elas emitirá parecer
escrito.
§ 3º - As emendas à proposta do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
Art. 71 - As despesas com pessoal ativo e inativo do Município não poderão exceder os
limites estabelecidos em lei complementar federal.
Capítulo V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Seção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA E SOCIAL
I - autonomia municipal;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do ambiente;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - tratamento favorecido para as cooperativas e empresas brasileiras de pequeno porte e
microempresas;
IX - busca de pleno emprego.
Seção II
DA POLÍTICA URBANA
Seção III
DA ORDEM SOCIAL
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 77 - A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e
a justiça social.
Art. 79 - O Município integra, com a União e o Estado, com recursos da seguridade social, o
Sistema Único descentralizado de Saúde, cujas ações e serviços públicos na sua circunscrição
territorial são por ele dirigidos, com as seguintes diretrizes:
I - atendimento integral, com prioridades para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
II - participação da comunidade.
Subseção III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Subseção I
DA EDUCAÇÃO
Subseção II
DA CULTURA
Parágrafo único. Os bens tombados pela União ou pelo Estado merecerão idêntico
tratamento, mediante convênio.
Subseção VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 91 - Todos têm Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder Público e à comunidade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Art. 92 - A lei disporá sobre a exigência e adaptação dos logradouros de uso público e dos
veículos de transporte coletivo a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de
deficiência física ou sensorial.
Capítulo VI
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros, que preencham os
requisitos estabelecidos em lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos para os casos de exigência de nível superior, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos, PRORROGÁVEL uma
vez por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
V - os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por
servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstas
em lei;
VI - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
VII - A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público;
VIII - a lei fixará a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, observados como limite máximo os valores percebidos como remuneração, em espécie,
pelo Prefeito;
IX - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder executivo;
X - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração do
pessoal do serviço público municipal, ressalvado o disposto no inciso anterior e o no artigo 97, § 1º;
XI - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índice, far-se-
á sempre na mesma data;
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
municipais deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou de
serviços públicos.
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
§ 3º - As reclamações relativas à prestação de serviços públicos municipais serão
disciplinadas em lei;
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas na legislação federal, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º - O Município e os prestadores de serviços públicos municipais responderão pelos
danos que seus agentes, nesta qualidade causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 97 - O regime jurídico único dos servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas é o ESTATUTÁRIO, vedada, qualquer outra vinculação de
trabalho.
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem e aos 30 (trinta), se mulher com
proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25
(vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos (60) sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Art. 99 - São estáveis, após 2 (dois) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
Art. 101 - É assegurada a participação dos servidores municipais, por eleição, nos
colegiados da administração pública em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam
objeto de discussão e deliberação.
Art. 102 - O direito de greve assegurado aos servidores públicos municipais não se aplica
aos que exercem funções em serviços de atividades essenciais, assim definidas em lei.
Art. 103 - A lei disporá, em caso de greve, sobre o atendimento das necessidades inadiáveis
da comunidade.
Seção III
DAS INFORMAÇÕES, DO DIREITO DE PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES
Art. 104 - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos municipais, informações de seu
interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo, de 15 (quinze)
dias úteis, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade ou das instituições públicas.
Título II
DAS DISPOSIÇÕES ORGANIZACIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 2º - São considerados estáveis os servidores públicos municipais cujo ingresso não seja
conseqüente de concurso público e que, à data da promulgação da Constituição Federal,
completarem pelo menos, 5 (cinco) anos continuados de exercício de função pública municipal.
§ 1º - O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contato como título
quando se submeterem a concurso público, para fins de efetivação, na forma da lei.
§ 2º - Excetuados os servidores admitidos a outros títulos, não se aplica o disposto neste
artigo aos nomeados para cargos de comissão ou admitidos para funções de confiança, nem aos que
a Lei declare de livre exoneração.
Art. 5º - Até 31 (trinta e um) de dezembro de 1990, será promulgado o novo Código
Tributário do Município.
Art. 6º - Dentro de 180 (cento e oitenta) dias deverá ser promulgado o Novo Código de
Posturas do Município.
Art. 7º - Dentro de 180 (cento e oitenta) dias deverá ser elaborado pelo Executivo o Plano
Diretor do Município.
Art. 9º - A partir de 3 (três) anos da promulgação desta Lei Orgânica, sempre que houver
manifestação da população de qualquer área do município em favor de sua emancipação, o Poder
Executivo providenciará junto ao setor competente, a realização do plebiscito sobre a questão.
Art. 12 - Será criado o Conselho Municipal de Defesa Civil, o qual composto por entidades
da comunidade, sem fins lucrativos, a serem escolhidos pelo Chefe do poder Executivo. Conselho
este que será criado mediante lei complementar após a publicação e promulgação desta Lei
Orgânica.
Parágrafo único. As normas e critérios para inscrição no mesmo e sua renovação, bem como
as condições de pagamentos entre os agricultores e os respectivos compradores, deverão ser fixados
em lei ordinária, posteriormente à promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 18 - No prazo de 6 (seis) meses da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo
Municipal elaborará e a Câmara Municipal de Vereadores apreciará o projeto de implantação da
Secretaria Municipal de Pesca e o do Meio Ambiente.