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Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro 207

PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL

APELAÇÃO CRIMINAL nº 0086295-52.2011.8.19.0001

APELANTE: ROSEANE FERREIRA DOS ANJOS

APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RELATOR: DESEMBARGADOR LUIZ ZVEITER

REVISOR: DESEMBARGADOR ANTONIO JAYME BOENTE

EMENTA

APELAÇÃO CRIMINAL. CONDENAÇÃO DA RÉ PELA


PRÁTICA DO CRIME DE ROUBO MAJORADO PELA
UTILIZAÇÃO DE ARMA BRANCA PARA IMPRIMIR
GRAVE AMEAÇA À VÍTIMA E PELO CONCURSO DE
AGENTES. PENA FIXADA EM 05 (CINCO) ANOS E 06
(SEIS) MESES DE RECLUSÃO, ALÉM DE 13 (TREZE)
DIAS-MULTA, SOB REGIME INICIAL SEMIABERTO.
PLEITO DEFENSIVO PELA ABSOLVIÇÃO COM
BASE NA FRAGILIDADE DO ACERVO PROBATÓRIO
QUE NÃO MERECE PROSPERAR. É POSSÍVEL
VERIFICAR QUE O CONTEÚDO DOS AUTOS
ATESTA A AUTORIA E MATERIALIDADE
REFERENTE AO CRIME DE ROUBO, EM RAZÃO DO
QUAL HOUVE A CONDENAÇÃO DA APELANTE. AS

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Assinado por LUIZ ZVEITER:000018311


Data: 24/01/2012 17:45:44. Local: GAB. DES LUIZ ZVEITER
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PROVAS ORAL E DOCUMENTAL COLIGIDAS AOS


AUTOS INDICAM, SEM CONTRADIÇÃO, A DINÂMICA
DOS FATOS, RESPALDANDO A CONDENAÇÃO
EFETUADA PELO MAGISTRADO DE PRIMEIRO
GRAU. EM RELAÇÃO À PRETENSÃO DE
AFASTAMENTO DA MAJORANTE DO EMPREGO DE
ARMA, TEM-SE QUE O ARTIGO 157, § 2º, INCISO I,
DO CÓDIGO PENAL, NÃO EXIGE QUE A VIOLÊNCIA
OU GRAVE AMEAÇA SEJA EXERCIDA COM
EMPREGO TÃO SOMENTE DE ARMA DE FOGO.
TERMO LEGAL QUE DEVE SER COMPREENDIDO
EM SUA ACEPÇÃO GENÉRICA, POUCO
IMPORTANDO O FIM PRECÍPUO DA ARMA
EMPREGADA, MAS SIM O MAIOR RISCO DE LESÃO
À INTEGRIDADE FÍSICA QUE ELA ACARRETA E A
DIFICULDADE DAS CAPACIDADES DE
RESISTÊNCIA E REAÇÃO DA VÍTIMA.
IRRELEVANTE, AINDA, A NÃO APREENSÃO E
PERÍCIA DA FACA, UMA VEZ QUE É DE SE
PRESUMIR SUA LESIVIDADE, ALÉM DE TER
INCUTIDO TEMOR NA VÍTIMA, FACILITANDO A
SUBTRAÇÃO. PRECEDENTES DO STF. POR FIM,
NÃO MERECE ÊXITO O PEDIDO DE APLICAÇÃO DA
FRAÇÃO MÍNIMA DE 1/3, ANTE O
RECONHECIMENTO DAS MAJORANTES DO
EMPREGO DE ARMA E DO CONCURSO DE
AGENTES. CONSIDERANDO QUE O DISPOSITIVO
LEGAL BALIZA O AUMENTO ENTRE AS FRAÇÕES
DE 1/3 E 1/2, NÃO É RAZOÁVEL QUE O AGENTE
QUE TENHA INCIDIDO EM DUAS DAS
CIRCUNSTÂNCIAS MAJORANTES TENHA SUA

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PENA AUMENTADA PELO MÍNIMO. O AUMENTO


OPERADO PELO JUÍZO MONOCRÁTICO SE DEU NA
FRAÇÃO RAZOÁVEL DE 3/8, GUARDANDO
COMPATIBILIDADE COM A NATUREZA DAS
QUALIFICADORAS DO CASO CONCRETO.
RECURSO DEFENSIVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de


Apelação nº 0086295-52.2011.8.19.0001, em que é Apelante ROSEANE
FERREIRA DOS ANJOS e Apelado MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO.

A C O R D A M, os Desembargadores que integram a


Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
Janeiro, por unanimidade, em negar provimento ao recurso defensivo, com a
manutenção da sentença por seus próprios fundamentos.

V O T O

Cuida-se de apelação formulada por ROSEANE FERREIRA DOS


ANJOS contra sentença que a condenou à pena de 05 anos e 06 meses de
reclusão, em regime inicial semiaberto, e 13 dias-multa, em razão da prática do
crime de roubo majorado – conduta tipificada no artigo 157, parágrafo 2º, incisos I
e II, do Código Penal.

Dispõe a peça inicial que, no dia 24/05/2011, por volta das 01:30
horas, “na rua Engenheiro Manuel Gomes, Caju nesta cidade, a denunciada, de

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forma livre e consciente, em comunhão de ações e desígnios com a adolescente


infratora Natchele de Oliveira Cabral, mediante grave ameaça consistente em
empunhar uma faca, subtraiu uma bolsa e um aparelho celular pertencente a
Rulthneia da Silva Pinto. Logo após, policiais militares vieram em seu auxílio e
conseguiram deter a denunciada e sua comparsa na posse da res furtiva” (fls. 02 –
pasta 0002).

Folha de Antecedentes Criminais às fls. 06 da pasta 0050, na qual


consta apenas a anotação referente ao presente feito.

Recurso de Apelação interposto pela defesa em que se pleiteia a


absolvição em razão da fragilidade do acervo probatório, o afastamento da
majorante relativa ao emprego de arma de fogo e, ainda, a redução da pena.

Presentes os pressupostos e as condições recursais, se impõe o


conhecimento do recurso interposto.

Não assiste razão à defesa quanto ao pleito absolutório com base na


fragilidade do conjunto probatório.

É possível verificar que o conteúdo dos autos atesta a autoria e


materialidade referente ao crime de roubo, em razão do qual houve a condenação
da apelante. As provas oral e documental coligidas aos autos indicam, sem
contradição, a dinâmica dos fatos, respaldando a condenação efetuada pelo
magistrado de primeiro grau.

Inicialmente, pode ser citado o Auto de Prisão em Flagrante acostado


às fls. 05/11, pasta de nº 00002.

Somado a isso temos os esclarecimentos da testemunha arrolada


pela acusação. O policial Magno Luiz da Silva, responsável pela prisão em

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flagrante e recuperação da res furtiva, narrou as condições em que se deu o ilícito


e a prisão, bem como o momento em que os pertences da vítima foram
recobrados: “que a vitima procurou a cabine, relatando que tinha acabado de ser
roubada por duas mulheres, que empunhavam uma faca; que o depoente deixou
seu companheiro na cabine e foi até o outro lado da via, conseguindo localizar,
com a ajuda da vitima, a acusada aqui presente e a adolescente infratora; que a
acusada estava tranquila, mas a adolescente infratora muito agitada e alcoolizada;
que conseguiu levar as duas moças para o outro lado da via, até a cabine,
recuperando os pertences da vitima; que estava sozinho e não tentou localizar a
faca; que a menor disse ter se desfeito da faca antes da abordagem do depoente;
que a acusada acabou admitindo a prática do roubo; que a menor demonstrava
mais experiência e liderança sobre a acusada na prática do crime; que o outro
policial arrolado era da viatura que conduziu todos à delegacia; que o policial não
tem maiores detalhes a esclarecer, por ter figurado apenas como condutor.” (fls. 40
– pasta 0050)

Densificando o acervo probante, temos o depoimento prestado pela


adolescente infratora, coautora do delito, prestado perante o Juízo Menorista e
juntado aos autos às fls. 19/20 da pasta 0084, onde se verifica a descrição do
ocorrido, em harmonia com os demais elementos dos autos. A apelante, por sua
vez, exerceu em juízo seu direito ao silêncio, abstendo-se da apresentação de uma
versão diferenciada dos fatos.

Indene de dúvidas quanto à autoria, temos que o decreto


condenatório escora-se firmemente no acervo probatório constituído, de sorte que
torna-se impossível a absolvição da recorrente.

Em relação à pretensão de afastamento da majorante do emprego de


arma, tem-se que o artigo 157, § 2º, inciso I, do Código Penal, não exige que a
violência ou grave ameaça seja exercida com emprego tão somente de arma de
fogo. Em verdade, o referido termo deve ser compreendido em sua acepção

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genérica, pouco importando o fim precípuo da arma empregada, mas sim o maior
risco de lesão à integridade física que ela acarreta e a dificuldade das capacidades
de resistência e reação da vítima.

Ressalte-se, nesse ponto, que o magistrado singular


equivocadamente utiliza-se do termo “arma de fogo”, contudo a análise atenta dos
autos e da própria sentença permite concluir com tranquilidade que se pretendia
fazer alusão à faca empunhada pela adolescente infratora. Certo é que a confusão
terminológica em nada prejudicou a defesa da recorrente, haja vista que na
denúncia, na instrução criminal e no próprio decisum restou claro o instrumento
utilizado pelas agentes criminosas.

É o que se infere da leitura do seguinte excerto, extraído da sentença


guerreada: “A menor infratora Natchele de Oliveira Cabral, em oitiva perante a Vara
da Infância e da Juventude, fls. 96/100, afirmou que, realmente, em companhia da
ré Roseane, abordaram a vítima e, empunhando uma faca, subtraíram os
pertences da mesma.” (grifo nosso) (fls. 7 – pasta 00135)

Desinfluente, ainda, é o fato de a faca não ter sido apreendida e


periciada, uma vez que é de se presumir sua lesividade, além de ter incutido temor
na vítima, facilitando a subtração. Sobre o tema, trago à colação recentes julgados
do Egrégio Supremo Tribunal Federal:

“Ementa: ROUBO QUALIFICADO – ARMA – PERÍCIA.


Prescinde de apreensão e perícia da arma de fogo a
qualificadora decorrente de violência ou ameaça com ela
implementadas – artigo 157, § 2º, inciso I, do Código Penal.”
(HC nº. 104.230/ES, julgado em 18.10.2011, pela 1ª Turma,
Relatoria do Ministro Marco Aurélio)

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“Ementa: Habeas Corpus. Roubo tentado. Emprego de arma.


Apreensão e perícia. Desnecessidade. Dosimetria da pena.
Crime tentado. Inobservância do disposto no parágrafo único
do inc. II do art. 14 do Código Penal. Alegação de violação ao
princípio da non reformatio in pejus. Procedência. Ordem
parcialmente concedida. O acórdão impugnado está em
harmonia com o entendimento firmado pelo Plenário desta
Corte no julgamento do HC 96.099 (rel. min. Ricardo
Lewandowski, DJe nº 104, de 04.06.2009), segundo o qual o
reconhecimento da causa de aumento de pena prevista no
art. 157, § 2º, inc. I, do Código Penal, prescinde da
apreensão da arma e da confirmação de seu potencial lesivo,
bastando, para sua incidência, que constem dos autos
elementos de convicção suficientes à comprovação de tal
circunstância, em especial pelo depoimento das vítimas e de
um dos corréus. Contudo, ao redimensionar a pena imposta
ao ora paciente, a Corte Superior violou o princípio da non
reformatio in pejus, pois a nova dosimetria resultou em uma
pena superior àquela imposta ao paciente em sede de
apelação. A dosimetria realizada pelo STJ deixou de
considerar a necessária diminuição da pena decorrente da
modalidade tentada do delito imputado ao paciente, conforme
dispõe o art. 14, II, parágrafo único, do Código Penal. Ordem
parcialmente concedida apenas para fixar a pena imposta ao
ora paciente em 3 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão,
mantendo-se nos demais aspectos o acórdão ora
impugnado.” (HC nº. 100.724/SC, julgado em 14.06.2011,
pela 2ª Turma, Relatoria do Ministro Joaquim Barbosa)

No mesmo sentido é o entendimento desta Colenda Câmara Criminal:

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“0099155-22.2010.8.19.0001-APELACAO. 1ª Ementa. DES.


MARCUS BASILIO - Julgamento: 09/08/2011 - PRIMEIRA
CAMARA CRIMINAL.

EMENTA - ROUBO - PROVA - EMPREGO DE FACA -


DESNECESSIDADE DE APREENSÃO E PERÍCIA DA ARMA
BRANCA - REGIME PROVA - PALAVRA DA VÍTIMA: Nos crimes
de roubo a palavra da vítima é decisiva para a condenação,
mormente quando envolve pessoas desconhecidas. Na hipótese
dos autos, apesar de o reconhecimento pelas vítimas ter se dado
apenas em sede policial, tal circunstância se justifica, tendo em
vista serem elas turistas. Tal fato, porém, não prejudica a prova do
processo já que os policiais que efetuaram a prisão confirmaram,
em juízo, sob o crivo do contraditório, que o acusado foi
reconhecido pelas vitimas como sendo o autor do crime, sendo
ele, inclusive, aquele que fez o aponte da faca. Não havendo prova
de que dois patrimônios foram desfalcados, deve ser afastado o
concurso formal. CAUSA DE AUMENTO - EMPREGO DE FACA:
Esta Câmara tem entendido pela desnecessidade da
apreensão e perícia da arma quando o emprego de tal
instrumento vulnerante restou confirmado pela vítima, o que
efetivamente ocorreu na hipótese vertente, sem desconsiderar
que a potencialidade ofensiva de uma faca independe de
laudo pericial. REGIME: O regime de pena deve ser fixado de
acordo com as circunstâncias judiciais (...)” (grifo nosso).

Por último, é de se rechaçar também o apelo de redução da pena


com a aplicação da fração mínima de 1/3, em razão da presença das duas
majorantes, a saber: o emprego de arma e o concurso de agentes.

O aumento operado pelo juízo monocrático se deu na fração razoável


de 3/8, guardando compatibilidade com a natureza das qualificadoras do caso
concreto. Considerando que o dispositivo legal baliza o aumento entre as frações

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de 1/3 e ½, não é razoável que o agente que tenha incidido em duas das
circunstâncias majorantes tenha sua pena aumentada pelo mínimo. Nesse sentido
o entendimento deste Colegiado:

CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. Roubo qualificado.


Sentença condenatória. Nulidade. Não-verificação.
Qualificadora de emprego de arma. Afastamento.
Inviabilidade. Qualificadoras. Fração de aumento. Redução.
Impossibilidade. Não se verifica a nulidade apregoada pelo
agente; é certo que o prolator da sentença não apreciou, de
forma isolada, como era devido, cada uma das teses
suscitadas pela Defesa; no entanto, fez ele análise global
das imputações descritas na peça acusatória e das teses
levantadas pelas partes nas alegações finais, concluindo,
como não poderia deixar de ser, pela condenação do agente.
O fato de a arma utilizada na prática do roubo não ter sido
apreendida e periciada, para fins de comprovação de sua
eficácia, é de somenos importância para o reconhecimento
da qualificadora do inciso I do § 2º do artigo 157 da Lei
Penal; assim é porque a prova oral deixa clara a utilização de
arma de fogo por um dos agentes; além do mais, a
comprovação da potencialidade ofensiva do artefato não é
indispensável para o reconhecimento de dita qualificadora,
até porque o roubo não é crime de perigo; assim, para a
caracterização de tal majorante basta o emprego de arma,
tanto faz seja ela arma própria ou imprópria. De outro lado,
a aplicação do aumento de 1/3 (um terço) por duas
qualificadoras, importa em se dar tratamento
desproporcional e desigual ao agente que, cometendo
também um crime de roubo, o faça apenas com uma das
cinco causas especiais de aumento de penas; a se

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admitir o aumento mínimo de 1/3 (um terço), estando


presentes duas ou mais qualificadoras, estar-se-á,
portanto, ferindo, frontalmente, os princípios da
proporcionalidade e da individualização das penas; além
disso, o aumento de 1/3 (um terço) é reservado à
hipótese em que esteja presente apenas uma das
qualificadoras elencadas no § 2º do artigo 157 da Lei
Penal; não há sentido de, em havendo mais de uma
qualificadora, se majorar as reprimendas em apenas 1/3
(um terço), desprezando-se as demais como se elas não
existissem e se transformando as palavras da lei em um
amontoado de letras mortas. (0058011-68.2010.8.19.0001
– APELACAO - DES. MOACIR PESSOA DE ARAUJO -
Julgamento: 13/12/2011 - PRIMEIRA CAMARA CRIMINAL)
(grifo nosso)

Pelo exposto, nega-se provimento ao recurso defensivo, com a


manutenção da sentença por seus próprios fundamentos.

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2012.

Desembargador Luiz Zveiter


Relator

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