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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

EDUARDO MATHEUS FERREIRA

PEDRO LEONARDO S.GAYA

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

1
Itajaí
2018

2
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

EDUARDO MATHEUS FERREIRA

PEDRO LEONARDO S.GAYA

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

Relatório apresentado como requisito


parcial para a obtenção da M3 da
disciplina de Operações Unitárias I do
curso de Engenharia Química da Escola
do Mar, Ciência e Tecnologia da UNIVALI.
Professora: Dra. Simone Cavenati.

Itajaí
2018

3
RESUMO
O escoamento de um fluido pode ser determinada de acordo com sua viscosidade,
velocidade do escoamento e diâmetro do compartimento onde há o fluxo e sua
massa específica. Podemos através do número de Reynolds determinar tal
comportamento. O procedimento experimental visou analisar o regime de
escoamento em um tubo de vidro liso, reto, com a mesma área de seção transversal
em todo o seu comprimento, observando os valores consegue se obter o tipo de
escoamento, ( RESULTADO ).

Palavras-chaves: Escoamento; Fluido; Número de Reynolds.

1
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Banca horizontal do experimento de Reynolds
FIGURA 2: Regimes de escoamento típicos

2
LISTA DE GRÁFICOS

3
LISTA DE TABELAS

4
SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO........................................................................................................6

2) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................7

3) OBJETIVOS..........................................................................................................10

3.1) Objetivo geral....................................................................................................10

3.2) Objetivos específicos........................................................................................10

4) MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................11

4.1) Materiais utilizados...........................................................................................11

4.2) Procedimento experimental..............................................................................11

5) RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................15

6) CONCLUSÃO.......................................................................................................16

REFERÊNCIAS...........................................................................................................17

5
1) INTRODUÇÃO

O estudo do escoamento de fluidos possui uma grande importância para a


área das engenharias, atuantes nos mais diversos setores da indústria. O
escoamento resulta no processo de movimentação das moléculas de um fluido
descrito de acordo com seu comportamento ao longo do espaço e do tempo. Além
disso, os escoamentos podem ser caracterizados como: escoamento laminar,
transiente, turbulento, compressível ou incompressível. O número de Reynolds é
uma grandeza adimensional relacionada às forças inerciais e forças viscosas.

Os fenômenos de escoamentos para serem classificados dependem da


velocidade, o movimento das partículas nos fluidos é um conceito físico que será
utilizado em várias operações unitárias. Essa esta ligada ao comportamento das
moléculas, que adotam um padrão de movimento denominado estrutura interna do
escoamento.

O estudo da estrutura dos escoamentos foi iniciado por Osborne Reynolds,


em 1883, com um experimento, conhecido como experimento de Reynolds, que
consiste na injeção de um corante líquido na posição central de um escoamento de
água interno a um tubo circular de vidro transparente.

Os estudos posteriores de Reynolds e colaboradores o fizeram sugerir o


número adimensional de Reynolds, relacionando às forças de inércia (atrito inicial
para a movimentação macroscópica do fluido, peso específico, velocidade, e
geometria do corpo sólido) e as forças viscosas (relacionadas às interações
moleculares e a resistência ao fluxo). O objetivo desta sugestão era caracterizar o
número de Reynolds, como parâmetro principal para a determinação do regime de
escoamento em dutos e tubos, o que perdura até hoje e colabora com uma série de
áreas do conhecimento que se embasam em fenômenos de transporte .

6
2) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente trabalho descreve e visualiza experimentalmente o comportamento de


um fluido em movimento com vazões e pressões diferentes na prática com o objetivo
de utilizar um experimento didático da disciplina de Operações unitárias. Nele
atribui-se a possibilidade de visualizar o escoamento laminar, de transição e
turbulento completamente desenvolvido em tubos e, assim, determinar as condições
nas quais esses tipos de escoamentos ocorrem, através de injeção de um filete de
corante azulado no centro de um tubo transparente. Deste modo facilitando a
compreensão destes conceitos quando relacionadas à teoria e à prática
experimental.
Portanto com o procedimento experimental de Reynolds, consegue-se observar que
o filete de tinta forma uma linha retilínea e suave a baixas velocidades de
escoamento, caracterizando o escoamento como laminar. Já o escoamento de
transição é, caracterizado por rajadas de flutuações medianas e, por fim, a presença
de turbidez rápida e aleatória quando o escoamento torna-se turbulento.
Para este fim, fora utilizada a bancada horizontal de simulação do experimento de
Reynolds.

Figura 1: Banca horizontal do experimento de Reynolds

Fonte: https://ecoeducacional.com.br/produto/experimento-de-reynolds/#iLightbox[]/0

7
Segundo Çengel e Cimbala (2006), através das experiências realizadas por
Reynolds (1883), este estabeleceu que:

• Escoamento Laminar: Re ≤ 2300;

• Escoamento de Transição: 2300 < Re < 4000;

• Escoamento Turbulento: Re ≥ 4000

Os quais podem ser visualizados na figura à seguir:

FIGURA 2: Regimes de escoamento típicos

Fonte: https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/transicao-laminar-turbulenta

Desta forma, portanto, um operador ou analista opera muito mais frequentemente


com escoamentos turbulentos do que laminares, visto que em sua totalidade, os
escoamentos turbulentos de fazem mais frequentes.

8
3) OBJETIVOS

3.1) Objetivo geral


Analisar regimes de escoamento em tubos retos com auxilio do número
adimensional de Reynolds.

3.2) Objetivos específicos

 Observar o regime de escoamento através das alturas manométricas de


clorofórmio, com escoamentos de azul de metileno na tubulação com vazão
de água;
 Obter dados de vazão através de medidas de volume para encher um tubo
cilíndrico de água por um certo tempo;
 Obter dados de pressão através das medidas de altura do manômetro
inclinado;
 Determinar através dos dados experimentais o número de Reynolds em
função da vazão e o número de Reynolds crítico em conduto circular;
 Obter o fator de atrito para cada pressão;
 Plotar o gráfico de fator de atrito por número de Reynolds;
 Obter a perda de carga por escoamento e a variação do coeficiente de atrito
hidráulico em função do número de Reynolds;
 Plotar o diagrama de Moody.

9
4) MATERIAIS E MÉTODOS

4.1) Materiais utilizados


Módulo didático de Reynolds do laboratório de Operações Unitárias da
UNIVALI, projetado para regimes de escoamento em tubos retos (laminar, transição
e turbulento), equipado com os seguintes itens:

 Manômetro inclinado de clorofórmio;


 Reservatório de azul de metileno;
 Recipiente graduado;
 Válvula de vazão;
 Cronômetro.

4.2) Procedimento experimental


Inicialmente, com a válvula (VRV) fechada, foi aberto o registro de
alimentação de água para o tanque de nível constante e o registro de saída do
reservatório (RA). Assim que o nível de água no reservatório (RA) tornou-se
constante, pôde-se iniciar o experimento com o ajuste do ângulo do manômetro
inclinado e aguardando que a coluna manométrica fosse estabilizada na posição
inicial. Após isso, foram abertos os dois registros de bloqueio instalados nas
mangueiras do manômetro.

Com o reservatório do traçador de azul de metileno (RT) abastecido, a válvula


de regulagem de vazão (VRV) situada no início do tubo de vidro foi aberta
lentamente (afim de evitar o rompimento da coluna do fluído manométrico), de modo
a se obter uma variação de aproximadamente 0,5 cm no manômetro inclinado. A
vazão de água foi medida através do recipiente grduado com o auxílio de um
cronômetro.

O registro de bloqueio do circuito (RBC) de dosagem de corantes foi aberto,


assim como as válvulas dosadoras de corante traçador (VAT1 – início do tubo; VAT2
– meio do tubo), visando visualizar as linhas de corrente laminar, transição e
turbulento. Após ser comprovado visualmente o regime turbulento, foi possível
cessar as dosagens dos corantes traçadores.

A vazão foi aumentada lentamente até que se observasse um aumento de


0,5 cm no manômetro inclinado e a mesma foi medida no recipiente graduado. Esse

10
aumento foi mantido de 0,5 em 0,5 cm enquanto se encontrava ainda em regime
laminar e de transição. Após a mudança do regime para turbulento, o intervalo de
mudança da medida do manômetro inclinado passou a ser de 2,0 cm.

Quando atingida a vazão máxima permitida no experimento, foi realizado o


processo de diminuir a vazão lentamente e realizar medidas de vazão a cada 5,0 cm
de mudança (diminuição) no manômetro inclinado, obtendo assim dados sobre o
processo de volta, buscando visualizar a existência de histereses no experimento
em comparação do aumento da vazão com a diminuição da mesma em valores
proporcionais.

11
Figura x – Manômetro inclinado

12
Figura x – Válvula de regulagem de vazão

Figura x – Traçadores colorimétricos demonstrando o regime laminar

13
Figura x – Módulo graduado para medição de vazão

Fonte das imagens: Autores.

14
5) RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados obtidos experimentalmente foram do tempo necessário para preencher


um volume de 300 mL e da pressão manométrica com o manômetro em um ângulo
de 10º em relação ao eixo horizontal. Os dados de tempo foram lidos em triplicata
para cada vazão, e a leitura foi feita com a ajuda de um cronometro.

Tabela 1. Tempo gasto para preencher 300 mL para cada pressão (ida).
Abertura da Válvula (fluxo de "ida")
Regime de escoamento Média do
Eixo Horizontal (cm) Tempo (s)
visualizado tempo (s)
13,89
0,5 24,73 24,87
36,00
12,08
1 21,35 21,25
30,31
18,30
1,5 31,40 31,30
44,21
14,13
Laminar 2 24,99 24,22
33,54
13,65
2,5 26,92 27,06
40,62
11,34
3 20,38 19,94
28,09
10,54
3,5 18,27 18,17
25,69
Transição 8,53
4 16,68 19,22
32,46
8,91
4,5 16,20 16,03
22,98
7,92
5 12,17 12,40
17,11
5,5 7,37 13,16
13,25
18,86
15
8,14
6 13,49 13,66
19,34
Turbulento 6,17
6,5 10,94 10,90
15,58
6,55
7 11,15 11,30
16,19
5,61
7,5 10,02 10,01
14,40
4,72
8 8,91 8,89
13,03
6,52
10 11,70 11,68
16,81
5,00
12 9,09 8,86
12,50
5,12
14 9,31 9,24
13,28
4,39
16 7,93 7,90
11,37
4,12
18 7,62 7,48
10,71
4,33
20 8,17 7,94
11,31
3,98
22 7,12 7,14
10,31
3,63
24 6,50 6,70
9,98
3,83
26 7,15 7,03
10,11
3,63
28 6,75 6,66
9,60
30 3,21 5,84
5,67
8,64
16
3,75
32 6,17 6,24
8,80
2,95
34 5,29 5,44
8,09
3,05
36 6,79 5,99
8,12
3,09
38 5,47 5,58
8,18
2,57
40 5,12 5,00
7,31

Sabendo o tempo gasto para preencher um volume, o volume em si (300 mL), e


as dimensões do tubo, pode-se calcular a vazão volumétrica, a velocidade e o
Reynolds para cada pressão. Conhecendo o Reynolds, pode-se determinar o regime
de escoamento teórico, e assim, utilizar a correlação adequada para determinar o
fator de atrito.
Tabela 2: Dados do módulo

Dados do módulo

Ângulo do manômetro (º) 10


Diâmetro do tubo (m) 0,015
Comprimento do tubo (m) 4,5
Rugosidade do tubo (m) 0
Gravidade (m/s²) 9,81
ρcloroformio (kg/m3) 1490
ρágua (25°C) (kg/m3) 997
μágua (25°C) (Pa.s) 0,000891

A pressão pode ser calculada conhecendo o valor de carga lida do manômetro, a


unidade de medida é centímetros de clorofórmio (cmCHCl 3), porém, o mesmo estava
inclinado 10º em relação ao eixo horizontal, como citado anteriormente. Então, a
carga verdadeira é a pressão lida multiplicada pelo seno do ângulo na horizontal, e
ainda convertendo para metros (m).

P=ρgh·sen ( θ )
(4 )

17
A vazão volumétrica é uma razão entre o volume de um corpo e o tempo
necessário para preenchê-lo. A velocidade é razão da vazão volumétrica e a área
transversal do corpo. O número adimensional de Reynolds é a razão entre forças
inerciais e forças viscosas. Todas estas variáveis podem ser calculadas com as
equações:


Q∀ =
t
(5)

Q∀ 4 Q∀
V= =
A π D2
(6 )

ρvD
ℜ=
μ
(7)
Como mostra a tabela 3, o regime em cada pressão é conhecido, logo, pode-se
calcular o fator de atrito utilizando as equações adequadas para cada tipo de
escoamento. Por convenção, o regime é considerado laminar para Re < 2000. Para
2000 < Re < 2400 o regime é considerado transicional. E finalmente para Re > 2400
o regime é turbulento.
Observando a tabela é possível notar a discrepância entre o regime de
escoamento observado e o teórico.

Tabela 3. Vazão (Qv), velocidade (V), Reynolds (Re), fator de atrito (f) e regime de escoamento
em função da pressão (P) (ida)

Número de Regime de escoamento


Vazão (m³/s) Velocidade(m/s) Pressão (Pa)
Reynolds (Re) teórico
1,21E-05 0,068 12,69 1143 Laminar
1,41E-05 0,080 25,38 1338
9,58E-06 0,054 38,07 908
1,24E-05 0,070 50,76 1174
1,11E-05 0,063 63,45 1051
1,50E-05 0,085 76,15 1426
1,65E-05 0,093 88,84 1565
1,56E-05 0,088 101,53 1479
18
1,87E-05 0,106 114,22 1774
2,42E-05 0,137 126,91 2293
2,28E-05 0,129 139,60 2160 Transição
2,20E-05 0,124 152,29 2082
2,75E-05 0,156 164,98 2609
2,66E-05 0,150 177,67 2517
3,00E-05 0,170 190,36 2840
3,38E-05 0,191 203,06 3199
2,57E-05 0,145 253,82 2435
3,38E-05 0,192 304,58 3208
3,25E-05 0,184 355,35 3078
3,80E-05 0,215 406,11 3600
4,01E-05 0,227 456,88 3799
3,78E-05 0,214 507,64 3582
Turbulento
4,20E-05 0,238 558,40 3984
4,48E-05 0,253 609,17 4241
4,27E-05 0,241 659,93 4044
4,50E-05 0,255 710,70 4269
5,14E-05 0,291 761,46 4868
4,81E-05 0,272 812,22 4556
5,51E-05 0,312 862,99 5223
5,01E-05 0,284 913,75 4749
5,38E-05 0,304 964,52 5095
6,00E-05 0,340 1015,28 5686

Para regime laminar, a equação utilizada foi a de Hangen-Poiseuille, que


descreve o fator de atrito sendo somente função do Reynolds, ou seja, independe da
rugosidade do tubo. Esta equação é válida para Re < 2500.

64
f=

(8 )

Para escoamento em regime transicional foi utilizada a solução de Serghides (eq.


6) para a equação de Colebrook-White (eq. 7) que é uma equação implícita. Esta
equação é válida para 2500 < Re < 108.

2
1 ( B− A )
=A−
√f A−2 B+C
( 9)

19
{
ε r 12
A=−2 log
( +
3,7 ℜ )
ε r 2,51 A
B=−2 log ( 3,7
+
ℜ )
ε r 2,51 B
C=−2 log
( 3,7
+
ℜ )
( 10 )

ε
1
√f
=−2 log r +
(2,51
3,7 ℜ √ f )
( 11 )

Para o regime turbulento, foi utilizada a equação de Blasius. Esta equação é


adequada para escoamento com tubos hidraulicamente lisos e 4000 < Re < 105.

0,316
f=
√4 ℜ
( 12 )

Para analisar o fenômeno de histerese, o experimento foi realizado novamente,


porém, partindo da última pressão obtida no primeiro experimento e diminuindo até
alcançar a pressão inicial do primeiro experimento.

Tabela 4. Tempo gasto para preencher 300 mL para cada pressão (volta)
Fechamento da Válvula (fluxo de "volta")
Regime de escoamento Média do
Eixo Horizontal (cm) Tempo (s)
visualizado tempo (s)
3,26
20 6,18 6,16
9,03
Turbulento
4,63 8,38
10 8,31
12,19
9,67
Transição 5 17,62 17,69
25,78

20
Tabela 5. Vazão (Qv), velocidade (V), Reynolds (Re), fator de atrito (f) e regime de escoamento
em função da pressão (P) (volta)
Número de Regime de escoamento
Tempo (s) Vazão (m³/s) Velocidade(m/s) Pressão (Pa)
Reynolds (Re) teórico
17,69 1,70E-05 0,096 126,91 1607 Laminar
8,38 3,58E-05 0,203 253,82 3394
Turbulento
6,16 4,87E-05 0,276 507,64 4618

Gráfico 1. Fator de atrito (f) vs Reynolds (Re), ida e volta.

0.0800 Abertura da Vá l vula (fluxo de


Fechamento da Vál vul a (fluxo de
0.0700

0.0600
Fator de atrito (f)

0.0500

0.0400

0.0300

0.0200

0.0100

0.0000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Número de Reynolds (Re)

Gráfico 2. Fator de atrito (log f) vs Reynolds (log Re), log-log, ida e volta.
Ida
Vol t
Log f vs Log Re Ida a
-1.000
2.900 3.000 3.100 3.200 3.300 3.400 3.500 3.600 3.700 3.800
-1.100

-1.200
Log f

-1.300

-1.400

-1.500

-1.600
Log Re

21
O fenômeno de histerese não fica muito evidente analisando os gráficos em
conjunto com as tabelas devido os pontos observados no experimento não serem
confiáveis.
Também é visível a região entre o escoamento laminar e turbulento no gráfico,
onde encontra-se a região crítica. Pelos dados experimentais, o número de
Reynolds crítico observado foi 2609 para a ida e 3394 para a volta.
No gráfico 2, linearizando a reta que diz respeito ao regime laminar e
interpretando como log f = φ(log Re) (log do fator de atrito em função do log de
Reynolds), obtém se a seguinte função:

f =−0,9972 ln ( ℜ ) +1,798(13)

O coeficiente angular, deu -0,9972. Isto nos diz que é decrescente o que era
esperado já que foi suposto que o fator de atrito para regime laminar é 64/Re.

Gráfico 3. Diagrama de Moody.

22
Comparando o gráfico 2 com o diagrama de Moody, percebe-se que a tendência
é similar, já que foi considerado com a tubulação não possui rugosidade por ser
nova. Como no diagrama, a região laminar está presente, assim como a região
crítica. No diagrama, a curva de Reynolds crítico comparável com o gráfico
experimental é a curva inferior, para tubulações lisas.

É possível também estimar a perda de carga ao longo da tubulação utilizando os


valores obtidos e a equação de Darcy, abaixo:

2
v ·L
h=f
D· 2 g
( 14 )

Onde f é o coeficiente de atrito previamente calculado para cada pressão, v (m/s)


é a velocidade do fluido, h (m) é a perda de carga em uma tubulação de
comprimento L (m) e diâmetro D (m) e g é a aceleração da gravidade (9,81 m/s2).

A perda de carga é consideravelmente baixa na tubulação, como pode ser


observado na tabela 5, confirmando a hipótese de ela ser lisa e nova. Com o fluido
escoando a 463,35 Pa e em regime turbulento (valor máximo obtido) a perda de
carga alcançou 6,4 centímetros.

4.1 PROBLEMAS PROPOSTOS


4.1.1 GLICERINA

Se a experiência fosse realizada com um líquido mais viscoso


(glicerina), nas mesmas condições do experimento, a que vazão seria atingida
o regime turbulento?
Substituindo (3) em (4) e isolando Q∀ tem-se:

πDμRe
Q∀ =

( 15 )

23
Com dados da literatura obtiveram-se a vicosidade e massa específica da
glicerina, respectivamente: 0,88 Pa·s e 1260 m³/kg. A vazão necessária seria de
0,0197 m³/s, uma vez que o número de Reynolds turbulento para regime de
escoamento turbulento é de 2400.

4.1.2. AR

Ao invés da glicerina, se fosse utilizado o ar como fluido, qual seria a


razão para atingir o regime turbulento?
Sendo a viscosidade a massa específica do ar, respectivamente, 17,2.10 -6
Pa·s e 1,29 kg/m³, uma vez que o valor de Reynolds para regime de escoamento
turbulento é 2400, utilizando a equação 11, o valor da vazão necessária é de
3,77.10-4 kg/m³.

24
6) CONCLUSÃO

Para o experimento realizado no laboratório, foi possível realizar o estudo do


comportamento de um fluido newtoniano em um regime de escoamento fechado,
possibilitando assim a compreensão da relação entre a vazão de fluido e as
propriedades físicas do fluido em questão, com o seu regime de escoamento,
realizando a visualização das linhas de corrente através de marcadores
colorimétricos.

Com o experimento se tornou possível a observação de que as linhas de


corrente percorridas com o fluido começavam a se desorganizar, conforme era
aumentada a velocidade, assim como observado por Osborne Reynolds em 1883.
Com a prática foi possível fazer a comparação do resultado visual obtido com o
escoamento das faixas de Reynolds para a diferenciação de cada escoamento,
possibilitando a compreensão da relação entre velocidade, regime de escoamento e
verificando a consistência do experimento com a teoria de Reynolds.

É possível concluir que o método utilizado para a análise do número de


Reynolds no experimento, bem como a comparação realizada pelo fator de atrito em
tubulação para cada Reynolds, apresentou resultados diferentes do esperado a
partir da literatura, no entanto, esses valores obtidos se encontram próximos do que
era esperado. Com o fator de atrito tornou-se possível modelar o diagrama de
Moody, considerando como um tubo liso, realizando a comparação da proximidade
com o gráfico teórico. Algumas incompatibilidades de resultados podem ser
justificadas por erros de observação, tanto como pela crítica região de determinação
entre limites transitório e turbulento, sendo esta faixa determinada pelo regime de
escoamento.

Através da equação de Darcy foi possível determinar a perda de carga para o


experimento, em diferentes vazões. A perda de carga apresentada no sistema foi
consideravelmente baixa, principalmente devido as condições de escoamento do
tubo, visto que a tubulação utilizada para o procedimento é nova e sem perdas
localizadas, como por exemplo conexões, válvulas, entre outras.

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REFERÊNCIAS

ECOEDUCIONAL®. Experimento de Reynolds. Disponível em:


<https://ecoeducacional.com.br/produto/experimento-de-reynolds/>. Acesso em 04
de nov 2018.

FOX, R. W; MACDONALD, A. T; PRITCHARD, P. J. Introdução à Mecânica dos


Fluidos. Editora LTC, 6ª Ed. 2006.

BIRD, R. B.; STEWART, W. E.; LIGHTFOOT, E. N. Fenômenos de transporte. 2.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 839 p.

INCROPERA, F. P.; DeWITT, D. P.; BERGMAN, T. L.; LAVINE, A. S. Fundamentos


de transferência de calor e de massa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008

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