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FACULDADE DO MARANHÃO – FACAM

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

SAÚDE DO ADOLESCENTE

SÃO LUIS-MA
2018
SAÚDE DO ADOLESCENTE

Disciplina: Saúde coletiva II


Professora: Antonilde Ribeiro
Curso: Enfermagem 8º período matutino
Alunos:
Aline Mayara
Antonio Fabio
Célio Amorim
Enndrio Eduardo
Isaldina Campelo
Rozilma sousa

SÃO LUIS-MA
2018
Sumário
Introdução....................................................................................................................03

1 Adolescência ............................................................................................................04

1.1 Atendimento ao Adolescente...................................................................04

2. Consulta de Enfermagem ao Adolescente...............................................................06

2.1 Objetivos...................................................................................................06

2.2 A consulta de Enfermagem deve orientar o Adolescente.........................07

2.3 Exame físico.............................................................................................07

2.4 Avaliação crescimento e desenvolvimento puberal..................................08

3. Maturação Sexual....................................................................................................09

3.1 Sexo feminino...........................................................................................09

3.2 Sexo masculino.........................................................................................09

4. Alimentação na Adolescência.................................................................................11

4.1 Para melhores hábitos alimentares é necessário orientar.........................11

5. Imunização do Adolescente...................................................................................13

6. Principais Agravos na Adolescência.......................................................................14

6.1 Obesidade.................................................................................................14

6.2 Conseqüência da obesidade......................................................................14

6.3 Transtornos alimentares (anorexia, bulimia.)...........................................14

6.4 Observar as Seguintes informações..........................................................14

7. Saúde bucal do adolescente.....................................................................................16

7.1 Orientar Quanto........................................................................................16

8. Gravidez na adolescência........................................................................................17

8.1 Fatores que levam a gravidez...................................................................17

8.2 Maternidade e paternidade para os adolescentes......................................18

8.3 Atendimentos de adolescente grávida......................................................18

9.Violência na adolescência........................................................................................19

9.1 Bullying....................................................................................................19

9.2 Conseqüências do bullying......................................................................19


1
9.3São observados nos adolescentes vitimas de bullying..............................20

9.4 Conduta do Enfermeiro............................................................................20

10. Infecções sexualmente transmissíveis..................................................................21

10.1 As principais ISTs..................................................................................22

10.2 Prevenção ISTs.......................................................................................22

Referencia..................................................................................................................23

Introdução

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A adolescência envolve o período de transição da infância para a vida adulta,
delimitado pelo Ministério da Saúde (2010) entre a faixa etária de 10 a 19 anos de
idade. O adolescente sofre uma série de mudanças biológicas, psicológicas e sociais
próprias dessa fase evolutiva. Torna-se pertinente a construção de estratégias efetivas na
atenção básica em saúde para redução dos agravos evitáveis e a promoção da saúde dos
adolescentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, a
adolescência é delimitada como o período entre os 10 e 20 anos incompletos; o período
de 10 a 24 anos é considerado como juventude.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) delimita adolescentes entre 12
e 18 anos, percebendo-se então que, por um período, adolescência e juventude
coincidem.
Enquanto o começo da adolescência é verificado principalmente pelo início da
puberdade, a delimitação do final da adolescência, tanto na teoria como na prática, não
permite critérios rígidos.

1. Adolescência.

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A adolescência é uma fase de amadurecimento: é um período de transição no
desenvolvimento físico e psicológico, em que o ser humano deixa de ser criança e entra
na idade adulta. O objetivo cultural da adolescência é preparar a pessoa para assumir o
papel de adulto.
Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde a adolescência é uma etapa
intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período
é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo
comportamentais. Não se pode definir com exatidão o início e fim da adolescência (ela
varia de pessoa para pessoa), porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e
20 anos de idade.

1.1 Atendimentos ao adolescente.

O atendimento ao adolescente deve sempre levar em conta, dentre outras


variáveis, o processo de crescimento e desenvolvimento e sua vulnerabilidade a
inúmeros agravos físicos, psíquicos e sociais, cuja análise permitirá a identificação dos
fatores protetores que devam ser promovidos e os riscos que deverão ser afastados e/ou
atenuados.

Abrangem ações Interdisciplinares, Intersetoriais e Interinstitucionais, voltadas


para a prevenção e promoção da saúde, para o atendimento local e para o
encaminhamento de situações e problemas específicos desta faixa etária.

O objetivo de desenvolver um conjunto de ações com o propósito de atender


aos adolescentes, numa visão biopsicossocial, enfatizando a promoção à saúde,
prevenção de agravos, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação, melhorando a
qualidade de vida dos adolescentes e de suas famílias

A ausência de oportunidade para refletir, construir um projeto de vida e


concretizá-lo, pode colocar qualquer adolescente em situação de risco, independente da
situação social em que se encontre.

São situações de risco e/ou de baixa resiliencia individual e familiar,


potencialmente produtoras de vulnerabilidade, que merecem ser tratadas da forma mais
ampliada possível pela saúde, podendo merecer também ações intersetoriais:

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• Adolescentes que residem em áreas de risco ambiental, risco a saúde e com estatísticas
de maior violência.
• Que vivem em famílias sem referencias significativas, passando por processos de
desestruturação de vínculos e/ou por processos de fragilidade econômica.
• Que estejam sofrendo ou em risco de sofrer violência domestica.
• Que estejam com dificuldades escolares significativas, tendendo a evasão escolar.
• Que já tenham iniciado vida sexual sem o necessário apoio dos serviços de saúde.
• Que estejam vivenciando situação de gravidez não planejada.
• Que já apresentaram alguma doença sexualmente transmissível e/ou HIV.
• Que tenham riscos nutricionais, ou seja: obesidade, dislipidemias, desnutrição,
anemias carências, bulimia, anorexias etc.
• Que estejam em sofrimento mental com destaque as situações de depressão,
risco de suicídio, alta ansiedade, impulsividade, manias, oscilações de humor
significativas etc.
• Que estejam envolvidos com substancias psicoativos licita e/ou ilícitas, tendendo ao
abuso, a dependência química e/ou ao envolvimento com o trafico.
• Que fogem com freqüência de casa, tendendo a se estruturar nas ruas.
• Que exercem qualquer forma de trabalho não prevista pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
• Que estejam sendo vitimas de exploração sexual ou que tenham sofrido abuso sexual.

2. Consulta de enfermagem ao adolescente.

A consulta de enfermagem fundamenta-se no processo de interação,


investigação, diagnóstico, educação e intervenção, baseada em uma relação de

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confiança e empatia onde o enfermeiro deve manter uma postura de compreensão e
atenção a todas as informações, queixas e necessidades que levaram o adolescente a
procurar esse atendimento.

2.1 Objetivos.

 Monitorar o processo de crescimento, desenvolvimento púbere e psíquico.


 Identificar e promover os fatores de proteção.
 Identificar os fatores de risco que deverão ser afastados e/ou atenuados.
 Esclarecer sobre o direito de assistência à saúde.
 Incentivar a responsabilizar-se por seu próprio cuidado e discutir com ele plano
ou estratégia para o cuidado.
 Abordar temas de interesse do adolescente, estimulando-o desta forma a expor
seus problemas e angústias, estabelecendo uma troca de informações de maneira
franca e aberta, sem expressar julgamentos.
É aconselhável que a consulta de enfermagem seja realizado em duas etapas:
 A primeira etapa com o adolescente onde ele possa sentir-se acolhido e ter
confiança no profissional. A questão da confiança/vínculo é muito tênue no
adolescente que estabelece empatia e confiança muito fortemente (extremos),
que aprecia e acredita que seu modo de ver a vida é o certo e que não precisa de
interlocutores para falar de si.
 A segunda etapa é inserir a família gradualmente de forma que não fira sua
autonomia e não iniba o adolescente na presença dos mesmos. A participação
familiar tem como objetivo o fornecimento de informações sobre o
relacionamento familiar e a história pregressa do adolescente (parto, doenças,
vacinas, vida escolar, relacionamento), bem como a orientação deste quanto ao
tratamento, esclarecimento de possíveis dúvidas e estabelecimento de vínculo
com o adolescente e sua família.

2.2 A consulta de enfermagem deve orientar o adolescente:

 Quanto a Higiene e alimentação.

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 Sobre os métodos anticoncepcionais.

 Prevenção e medidas preventivas para DST/AIDS, gravidez precoce não


planejada e aborto.

 Avaliação e fornecimento de anticoncepção de emergência.

 Imunização.

 Sobre sexualidade e informações sobre diferentes opções sexuais.

 Identificação da influência familiar, grupo cultural, social, mídia.

 Observação de risco para exploração sexual, violência doméstica e fugas.

 Vinculação escolar e bullying.

 Quanto ao consumo álcool e drogas, uso de piercings e tatuagens.

 Convidar para grupos existentes na Unidade e na Comunidade.

 Encaminhamentos para acompanhamento médico, psicológico e odontológico.

2.3 Exame físico.

O exame físico é um momento para se avaliar o estado de saúde, o


autocuidado e para fornecer informações e orientações sobre as transformações físicas e
psicossociais que vêm ocorrendo, além de complementar os dados coletados no
histórico.

 Durante o exame é necessária a presença de outro profissional de saúde no


consultório. Mantenha a discrição e não faça exclamações ou comentários
durante o exame.
 Observar que a inspeção seja feita de forma segmentar, sempre cobrindo a região
que não está sendo examinada.
 Analisar cuidadosamente da cabeça aos pés.
 O adolescente deve ser orientado sobre a realização do exame físico passo a
passo, de forma que ele possa participar de todos os momentos da consulta,

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revelando preocupações que havia omitido anteriormente, respeitando sempre
seus pudores e temores, adiando, se necessário, a realização do exame físico.
 A pressão arterial (PA), nos primeiros anos de vida tem elevação gradual. Na
adolescência há uma elevação mais rápida até chegar aos níveis pressóricos do
adulto.
 A avaliação da PA deve ser uma rotina na consulta do adolescente, para permitir
a identificação precoce de hipertensão arterial.
 No exame das genitálias sempre utilizar luvas, não devendo ser,
obrigatoriamente, realizado na primeira consulta.
 Ao final da consulta esclarecer o adolescente sobre os diagnósticos de
enfermagem encontrados e a prescrição/ plano de cuidados, deixando claro o seu
parecer quanto ao estado de saúde do adolescente.
 Remarcar as consultas, mostrando disponibilidade para continuar o seu
atendimento. A freqüência dos retornos dependerá do caso em questão.

2.4 Avaliação crescimento e desenvolvimento puberal.

É na puberdade que se inicia o aparecimento dos caracteres sexuais


secundários: broto mamário no sexo feminino e no masculino aumento dos testículos e
desenvolvimento dos pelos pubianos em ambos os sexos.
Termina com o completo desenvolvimento físico, parada do crescimento, que
se constata pela soldadura das cartilagens de conjugação dos ossos longos e aquisição
da capacidade reprodutiva, em vista do amadurecimento das gônadas. (VILELA;
FUGIMORE, 2009).
Os adolescentes durante a puberdade ganham cerca de 20% de sua estatura
final e 50% de seu peso adulto. Ao rápido crescimento em estatura, característico desta
fase, dá-se o nome de estirão puberal.
Recomenda-se a avaliação antropométrica (peso, altura e avaliação
nutricional) anualmente até o final da adolescência e com maior freqüência se for
detectado algum problema (baixa estatura, baixo peso, sobrepeso e obesidade).
Segundo o Manual de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde,
recomenda-se o uso do Índice de Massa Corporal (IMC)/Idade.

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3. Maturação sexual.

A maturação sexual ou puberdade começa em várias idades dependendo de


fatores genéticos e ambientais. A maturidade sexual começa mais cedo hoje do que um
século atrás, provavelmente devido a melhorias da nutrição, da saúde geral e das
condições de vida. A média de idade na qual as meninas começam a menstruar, por
exemplo, diminuiu cerca de três anos nos últimos 100 anos. Contudo, sempre que a
maturação sexual começa, ela normalmente acontece seguindo a mesma ordem.

3.1 Sexo feminino.

 A primeira manifestação é o surgimento do broto mamário, em média aos 9


anos, que pode ser doloroso e unilateral, demorando até 6 meses para o
crescimento do contralateral. No mesmo ano há o aparecimento dos pelos
pubianos.
 Aproximadamente aos 10 anos de idade começa a aparecer os pelos axilares
acompanhados pelo desenvolvimento das glândulas sudoríparas, o que pode
proporcionar o odor característico do adulto.
 A primeira menstruação, denominada menarca, pode vir prescindida de uma
secreção vaginal clara.
 A idade média para a menarca gira em torno de 12 anos aproximadamente. Os
primeiros ciclos menstruais geralmente são anovulatórios e irregulares, por até 3
anos pós menarca.
 Após a menarca a adolescente pode crescer em média 7 cm.

3.2 Sexo masculino.

 A primeira manifestação de maturação sexual é o aumento do volume testicular,


por volta dos 10 anos. O crescimento peniano ocorre geralmente um ano após o
crescimento dos testículos, sendo que primeiro o pênis cresce em comprimento e
depois em diâmetro.
 Os pelos pubianos aparecem em torno dos 11 anos, em seguida são os pelos
axilares, faciais e os do restante do corpo.

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 A primeira ejaculação denominada espermarca, ocorre em média aos 12 anos, e
a mudança da voz acontece mais tarde.
 No adolescente masculino é comum identificar entre os 13 e 14 anos, a
ginecomastia púbere (aumento do tecido mamário), freqüentemente bilateral,
com consistência firme e móvel e, ás vezes pode ser bem doloroso. Regride
espontaneamente em até 2 anos. Quando não involui em 24 meses, deverá ser
avaliada pelo médico da equipe/unidade para possível encaminhamento.
 A polução noturna é a ejaculação noturna involuntária, ou seja, saída de sêmen
durante o sono, decorrente de um estímulo cerebral para sonhos eróticos que
levam ao orgasmo. É um evento fisiológico normal, mas ás vezes pode causar
constrangimentos e dúvidas aos adolescentes, que devem ser orientados e
tranqüilizados pelo enfermeiro ou outro profissional da equipe.

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4. Alimentação na adolescência.

A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta,


potencialmente determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais que
irão interferir diretamente na formação dos hábitos alimentares.
A nutrição tem papel crítico no desenvolvimento do adolescente sendo o
consumo de dieta inadequada uma influencia desfavorável sobre o crescimento
somático e maturação. Outro fator que influencia sobre as necessidades nutricionais é a
realização de exercício físico.
Atualmente, a preferência dos adolescentes por lanches rápidos, substitutos das
grandes refeições e principalmente do jantar, geralmente favorece o desequilíbrio na
dieta. A combinação dos alimentos nem sempre é variada, resultando em cardápios
muito calóricos e pouco nutritivos.
A associação entre este estilo de vida pouco saudável e o surgimento do
elevado número de pessoas com sobrepeso e/ou obesidade, com o aumento de doenças
crônico-degenerativas (hipertensão arterial, diabetes, alteração nos níveis de colesterol e
triglicérides, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares), constitui-se um problema
prioritário de saúde pública, inclusive no grupo etário de crianças e de adolescentes.
Para realizar a avaliação nutricional de adolescentes, o método mais adequado
é o índice de massa corporal (IMC).

4.1 Para melhores hábitos alimentares é necessário orientar:

 Realizar refeições em ambiente tranqüilo, juntamente com a família (criar rotina)


sem associar às atividades de entretenimento (televisão, revistas, computador,
etc.)
 Incorporar ao cotidiano, técnicas como comer devagar e mastigar bem os
alimentos, permitindo um melhor controle da ingestão e uma adequada percepção
da saciedade e plenitude.
 Ingerir todos os grupos de alimentos (pães, massas e tubérculos, frutas e
hortaliças, carnes e peixes, feijão e outras leguminosas, leite e derivados e
quantidades moderadas de gorduras, sal e açúcares).

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 Reduzir o consumo de sanduíches, biscoitos recheados, frituras, balas e outras
guloseimas. Esses alimentos possuem elevados teores de gorduras saturadas,
açúcar simples, corantes e conservantes.
 Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente, água, nos intervalos das
refeições, evitando o excesso durante as mesmas.
 Diminuir o consumo de refrigerantes e sucos artificiais.
 Consumir regularmente alimentos fontes de fibra:
->hortaliças, leguminosas, cereais integrais como arroz, pães e aveia, frutas.
A fibra auxilia o bom funcionamento intestinal e redução dos níveis de
colesterol.
 Incorporar a prática de atividade física regular como caminhar, andar de bicicleta,
jogar bola e outras.
 Estimular busca de atividades prazerosas como hobbies, ter animal de estimação,
fazer trabalho voluntário, participação em atividades de grupos como dança,
teatro, musica, arte, etc.

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5. Imunização do adolescente.

A maioria dos adolescentes freqüentemente apresenta carteira de vacinação


incompleta, com esquema básico de vacinação interrompido. Nesse caso, não é
necessário reiniciar o esquema e sim completá-lo.
Outra situação comum é aquela em que não há informação disponível sobre
vacinação anterior.
Se a informação for muito duvidosa, recomenda-se considerar como não
vacinado.

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS


10 a 19 anos Hepatite B – a depender da 3 doses Hepatite B
situação vacinal
Dupla adulto (dT) – a 3 doses ou Difteria e tétano
depender da situação vacinal reforço a cada
10 anos
Tríplice viral (SCR) – a 2 doses Sarampo, caxumba e
depender da situação vacinal rubéola
Febre amarela (viajantes para Dose inicial se Febre amarela
área com recomendação de nunca tiver
vacinação) vacinado
11 e 14 anos HPV quadrivalente 2 doses Infecções pelo
(meninos) Papilomavírus Humano
6, 11, 16 e 18.
9 e 14 anos HPV quadrivalente 2 doses Infecções pelo
(meninos) Papilomavírus Humano
6, 11, 16 e 18.
11 e 14 anos Vacina meningocócica C Reforço ou Doenças invasivas
(meninos e (conjugada) Dose única causadas por Neisseria
meninas) meningitidis do
sorogrupo C.
Calendário vacinal 2018.

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6. Principais agravos na adolescência.

6.1 Obesidade.
É um distúrbio do estado nutricional traduzido por aumento de tecido adiposo
localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a
distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos.

6.2 Conseqüências da obesidade:

 Hipertensão arterial, hiperlipidemia, doença cardiovascular, cálculos biliares,


diabetes.
 Irregularidades menstruais, infertilidade, gravidez de risco, eclampsia e pré-
eclampsia, maior possibilidade de infecção no puerpério.
 Diminuição dos níveis de testosterona e maior chance de desenvolver a
ginecomastia púbere.
 Isolamento social, baixa autoestima, depressão, dificuldade de aceitação pelo
grupo.
6.3 Transtornos alimentares – anorexia nervosa e bulimia.

A anorexia e bulimia constituem transtornos alimentares freqüentemente de


prognóstico reservado, e que acometem, principalmente, adolescentes e adultos jovens,
mais do sexo feminino, apresentando gravidade semelhante em ambos os sexos.

6.4 Observar as seguintes informações:

 Peso atual e desejado; início e padrão da menstruação; restrições alimentares e


padrões de jejum; freqüência e extensão da hiperfagia e dos vômitos; uso de
laxantes, diuréticos, pílulas para emagrecer; perturbações na imagem corporal;
preferências e peculiaridades alimentares; padrões de exercícios.
 Avaliar os indicadores de crescimento, desenvolvimento sexual e
desenvolvimento físico.
 Explorar a compreensão do adolescente sobre o seu impacto nos
relacionamentos sociais, na escola e no trabalho, procurando identificar fatores
socioculturais que influenciam o tipo e a quantidade de alimento que o
adolescente consome e sua percepção sobre o tamanho corporal ideal.

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 Verificar a história psiquiátrica, história de uso de substâncias e avaliação
familiar.
 Diagnosticar a estrutura familiar, bem como eventuais mudanças nas alianças de
poder, padrões e rituais, relacionados aos membros da família e a alteração do
estado de saúde de um de seus membros.
 Explorar o grau de dependência e envolvimento entre os membros da família.
 Fazer as seguintes perguntas, as quais podem ser mais eficientes do que qualquer
questionário extenso para identificar se o adolescente tem predisposição para
desenvolver transtorno alimentar: Você está satisfeita (o) com seus padrões de
alimentação? Você já comeu em segredo?
 Ressaltar os aspectos positivos, mantendo uma observação e uma escuta
sensível. Auxiliar para que o adolescente perceba os seus limites, sendo
colocados de maneira firme, carinhosa e coerente por parte de enfermeiro.
Estimular o adolescente a imaginar mudanças e um futuro positivo e auxiliar a
identificação da própria responsabilidade e do controle da situação.
 Registrar no prontuário todas as informações e orientações.
 Encaminhar para Consulta Médica.

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7. Saúde bucal do adolescente.

As estratégias de prevenção dos principais agravos à saúde bucal devem incluir


aquelas que impeçam o aparecimento de doenças.
As principais afecções que devem ser observadas pelos Enfermeiros são: cáries,
gengivites, má-oclusão, traumatismos, halitose, aftas e outras.

7.1 Orientar quanto:

 A correta higiene bucal:


 Escovação dos dentes e da língua, uso freqüente do fio dental, gargarejos salinos
para remover resíduos das amígdalas
 A visitar periodicamente o dentista para realização de limpeza profissional e
remoção de tártaro.
 A alimentação rica em vitaminas e frutas cítricas, que aumentam a produção de
saliva.
 A evitar café, chá preto e refrigerante escuro.
 A evitar dietas emagrecedoras que causam hipoglicemia e redução de saliva.
 A comer bem devagar, mastigar bem os alimentos e respeitar os horários das
refeições.
 Evitar jejum prolongado, beber no mínimo 1 litro e meio de água por dia.
 Não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas.

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8. Gravidez na adolescência

A gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos,


de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do


ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando
drasticamente suas rotinas.

A gravidez na adolescência pode trazer conseqüências emocionais, sociais e


econômicas para a saúde da mãe e do filho. A maioria das adolescentes que
engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de
desemprego e dependência econômica dos familiares.

Esses fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de


escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança. Além disso, a
ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes.

A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da gestação


(pré-natal) contribui para que as adolescentes não recebam informações adequadas em
relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a
vacinação da criança.

Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos


inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso
tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma
das principais causas de morte materna.

Essas ações acarretam prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde


pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da
gestante.

8.1 Fatores que levam à gravidez na adolescência:

 Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;


 Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente;
 Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo
parceiro;
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 Ingenuidade e submissão;
 Violência e Abandono;
 Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
 Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de
autonomia através da maternidade;
 Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce.

8.2 Maternidade e paternidade para os adolescentes.

A experiência da gravidez na adolescência pode, no olhar da adolescente, não


ser vivenciada como um problema, dependendo das circunstâncias em que ocorre.
A falta de perspectiva em relação à vida pode tornar a gravidez e,
conseqüentemente, a maternidade um projeto de vida e a possibilidade de mudança de
status no meio familiar de origem e ingresso na vida adulta.
A paternidade para esses jovens pode promover a sua ascensão à vida adulta,
redefinindo sua identidade de “homem sério e maduro” especialmente, entre familiares
uma vez que assumem o papel de Chefe de Família.

8.3 Atendimento de adolescentes grávidas.

 Realizar o pré-natal de baixo risco (gestante com 16 anos ou mais), definindo


preferencialmente, um dia da semana para o atendimento de adolescentes;

 Assumir uma postura acolhedora e compreensiva frente a adolescente e sua


família;

 Estimular a participação do pai da criança durante todo o pré-natal, desde


consultas até grupos, exames, etc.;

 Desenvolver grupos específicos para adolescentes grávidas e seus companheiros,


sempre que possível, dando ênfase a questões próprias desta faixa etária;

 Enfatizar a necessidade do cuidado com a saúde reprodutiva a fim de prevenir


uma segunda gravidez não desejada e DSTs/Aids;

 Não rotular os adolescentes como incapazes de cuidar de uma criança;

 Encaminhar os adolescentes para atividades culturais, esporte, lazer, etc;

 Orientar os familiares para uma postura menos recriminatória e punitiva;

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 Orientar a necessidade do apoio familiar ao invés de assumir a função do
adolescente como pais;

 Ficar atento à expressão corporal que pode dizer muito sobre a adolescente.

9. Violência na adolescência.

”Define-se o abuso ou maus-tratos pela existência de um sujeito em condições


superiores (idade, força, posição social ou econômica, inteligência, autoridade) que
comete um dano físico, psicológico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima ou
por consentimento obtido a partir de indução ou sedução enganosa.” (Deslandes, 1994).
Os maus-tratos contra a criança e o adolescente podem ser praticados pela
omissão, pela supressão ou pela transgressão dos seus direitos, definidos por
convenções legais ou normas culturais.

9.1 Bullying.

O bullying corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica,


intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada
vítima.

Em outros termos, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta
um grande número de vítimas no Brasil e no mundo. O termo em inglês "bullying" é
derivado da palavra "bully" (tirano, brutal). O Bullying pode ocorrer em qualquer
ambiente onde existe o contato interpessoal, seja no clube, na igreja, na própria família
ou na escola.

9.2 Conseqüências do Bullying.

As vítimas do bullying têm vergonha e medo de falar à família sobre as


agressões que estão sofrendo e, por isso, permanecem caladas.

As vítimas de agressão física ou verbal ficam marcadas e essa ferida pode se


perpetuar por toda a vida. Em alguns casos, a ajuda psicológica é fundamental para
amenizar a difícil convivência com memórias tão dolorosas.

Cabem aos pais, familiares, educadores e profissional de saúde notar os


sintomas das crianças e/ou adolescentes. Com isso, se perceber alguma diferença no
comportamento, é importante contactar os responsáveis e ainda ter uma conversa franca
com a pessoa que foi agredida.

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9.3 São observados nos adolescestes vítimas de bullying, entre eles;

 Recusa de ir para a escola;


 Tendência ao isolamento;
 Falta de apetite;
 Insônia e dor de cabeça;
 Queda no desempenho escolar;
 Febre e tremor.

9.4 Tipos de Bullying.

 Cyberbullying: quando o bullying ocorre por meio das tecnologias da


informação, seja internet (redes sociais, e-mails, etc.) e/ou celulares (torpedos).
 Verbal: quando o bullying acontece por meio de palavras de baixo calão,
apelidos e insultos.
 Moral: associado ao bullying verbal, ele ocorre através de boatos, difamações e
calúnias.
 Físico: quando o bullying envolve a agressões físicas, seja empurrão, bater,
chutes, etc.
 Psicológico: quando o bullying envolve aspectos que afetam o psicológico, por
exemplo, chantagem, manipulação, exclusão, perseguição, etc.
 Material: quando o bullying é definido por ações que envolvem roubo, furtos e
destruição de objetos pertencentes a alguém.
 Sexual: nesse caso, o bullying é cometido por meio de abusos e assédios sexuais.

9.5 Condutas do enfermeiro.

Quando for detectada uma situação de bullyng, a equipe deve procurar o


Diretor da Escola e propor um trabalho em conjunto, através de formação de grupos,
onde os pais têm uma fundamental importância na participação.
Estes grupos têm o objetivo de estimular a curiosidade em relação ao bullyng,
suas implicações no universo escolar e conseqüentemente, na sociedade. Nestes
encontros é importante apresentar alguns depoimentos que são encontrados em
comunidades de redes sociais.
Quanto às crianças ou adolescentes, estes devem receber um atendimento com
especial atenção e ser encaminhado para o Serviço de Psicologia.

10. Infecções sexualmente transmissíveis.

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As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), atualmente denominadas
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), são consideradas um problema de saúde
pública mundial, sem preferência de raça, sexo ou idade.

Algumas características próprias da adolescência fazem com que a incidência


seja elevada nessa faixa etária, pois os jovens estão ávidos a experimentar um mundo
novo, muitas vezes desafiando os limites e ignorando as orientações recebidas, tendo
aumento significativo de doenças como AIDS, sífilis, gonorréia e clamídia entre
adolescentes.
A abordagem sindrômica das ISTs indicada pelo Ministério da Saúde (MS)
para o acompanhamento até a cura e a busca de contactantes, são as medidas mais
adequadas para o controle efetivo das ISTs na adolescência. envolvendo escola,
profissionais da saúde, políticas públicas e família.
As escolas são um espaço de convívio freqüente, onde há a possibilidade de se
transmitir a informação sem o peso emocional da conversa em família. Pode-se discutir
as doenças, seus sintomas, quando procurar ajuda médica e os métodos de prevenção.

Dinâmica em grupo palestra com profissionais convidados e estímulo à


pesquisa, podem ser métodos interessantes de abordagem de assuntos sobre a
sexualidade e as ISTs.

Dos profissionais de saúde espera-se que tenham a habilidade de não só


diagnosticar e tratar as ISTs, mas antes de tudo, de trabalhar com a prevenção.
Respaldados em seu conhecimento científico devem abordar a temática da sexualidade
e, dentro dela, trabalhar com a prevenção de doenças e de gravidez entre adolescentes.

Políticas públicas que tenham como foco principal a prevenção de ISTs são
capazes de colaborar com a mudança de estatísticas das doenças em uma determinada
localidade. A redução das filas para atendimento ambulatorial, a criação de espaços para
conversas com os jovens, tanto nas escolas como nos centros de saúde, a formação de
agentes de saúde que possam entrar nas comunidades para difundir boas atitudes e
identificar indivíduos em situação de risco, além da disponibilização de métodos de
barreira a baixo custo e de fácil acesso, são algumas das possíveis ações para melhorar
os marcadores de saúde da população.

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Aconselhar sobre a importância do tratamento, oferecer testes anti-HIV,
Hepatite VDRL.
Realizar vacinação e coleta de citologia oncótica.

10.1 As principais IST’s.

As IST’s são provocadas por uma quantidade de vírus, bactérias, parasitas unicelulares e
fungos.
Há mais de 20 doenças diferentes, incluindo:
 Infecção por VIH/SIDA
 Vírus do papiloma humano (HPV)
 Clamídia
 Gonorréia
 Hepatite B
 Sífilis
 Herpes genital
 Tricomoníase

10.2 Prevenção das IST´s.

O aconselhamento sobre comportamentos sexuais pode reduzir a tendência de


o adolescente adquirir uma IST. Este aconselhamento pode ser efetuado por
profissionais de saúde ou outro profissional habilitado.

 O preservativo é o único método contraceptivo que protege das IST. Para ser
eficaz deve ser bem utilizado, colocado sempre antes de existir contacto entre os
genitais e retirado com cuidado para evitar o contacto com os fluidos corporais.
 Outra forma de prevenção das infecções é a abstenção. Isto significa que ao não
existirem relações sexuais, não há risco de contrair uma IST. Contudo, é
importante não esquecer que há infecções que se transmitem pelo contacto entre
os órgãos genitais mesmo quando não há penetração.

 Vacinação;
A prevenção e a detecção precoce são a melhor forma de evitar
complicações de saúde mais graves.

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Referencia.

BRASIL. Ministério da Saúde. Proteger e Cuidar da Saúde de Adolescentes na Atenção Básica Brasília –
DF 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de enfermagem Saúde da criança e do adolescente: Programa


atenção básica - sms/sp -2ª ed. SP 2012.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP) et al. Guia de atuação frente a maus tratos na
infância e na adolescência: orientações para pediatras e demais profissionais de saúde. 2.ed. Rio de
Janeiro: SBP; FIOCRUZ; Ministério da Justiça, 2001.
Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes.pdf>. Acesso em: 06/11/ 2018.

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