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Devem os animais ser utilizados como cobaias em experiências científicas?

Introdução- Neste ensaio pretendo demonstrar que os animais não devem ser
utilizados em experiências científicas, os chamados testes com animais. Estes
testes são experiências realizadas com animais, designados de cobaias, com o
intuito de promover conhecimento científico aos seres humanos, como por
exemplo, a elaboração de novas drogas, novos métodos cirúrgicos, vacinas,
terapias gênicas, etc. Para a indústria de cosméticos, por exemplo, tais testes
foram proibidos em toda a União Europeia no ano de 2013.
Opinião- Sou a favor da tese que defende que os animais não devem ser utilizados
em laboratórios científicos.

1º Argumento- Os animais, enquanto seres sencientes têm direitos que não


devem ser violados
Segundo Peter Singer, todos os seres sencientes têm interesses morais e
consequentemente direitos. Dado que, os animais não humanos têm a capacidade
de sentir dor e prazer e a perceção do que os rodeia, então estes têm direito tal
como os seres humanos. Assim, não é correto utilizá-los como cobaias em
experiências laboratoriais, pois os interesses dos seres humanos não são mais
importantes que o dos animais.

Objeção (1º argumento) – Desde sempre, o Homem teve na base da sua


alimentação animais que caçava ou pescava para assegurar a sua sobrevivência.
Atualmente, a carne e o peixe, são alimentos essenciais que estão na base da
alimentação da maioria da população mundial. Se tivermos em conta argumentos
como os de Peter Singer, os seres humanos teriam de alterar toda a sua base
alimentar, com inúmeras consequências económicas e de saúde.

Refutação (1º objeção) O Homem enquanto ser omnívoro que é, come carne,
peixe, vegetais, frutos, cereais e muitos outros produtos que a natureza
disponibiliza. Não se pode negar que isto causa sofrimento aos animais que são
mortos para satisfazer as nossas necessidades alimentares. Mas, por exemplo, um
animal selvagem como o tigre, mata um veado para se alimentar e este também
sofre. No entanto, ninguém põe em causa que o tigre deva deixar de ser carnívoro
e substituir o veado por apenas legumes e frutas. Mesmo assim, não se pode
deixar de referir que o tigre não tem capacidade de aplicar princípios morais,
como nós seres humanos temos. Desta forma, este exemplo, serve para explicar
que, se os animais forem mortos apenas para a satisfação das necessidades
alimentares do Homem, o planeta permanece em equilíbrio, uma vez que, não se
trata apenas de uma questão de respeito pelos direitos dos animais, mas sim uma
questão de sobrevivência.

2º Argumento – Os animais, tal como os seres humanos, também têm direitos.


Segundo Tom Regan, há coisas que não se devem fazer aos seres, mesmo que
maximize o bem-estar do Homem. Este filósofo defende que tal como os seres
humanos, os animais também têm direitos. Por isso, os seres humanos não podem
utilizar os seres não-humanos para fazerem o que querem, sejam quais forem os
benefícios em vista.

Objeção (2º argumento) - As experiências em laboratório ligadas a descobertas


medicinais podem ser moralmente corretas se obedecermos ao princípio de John
Stuart Mill que diz “o maior bem para o maior número de pessoas”. Neste caso,
estas descobertas medicinais obtidas em laboratório através de experiências que
usam animais como cobaias, podem ser úteis não só para os humanos como
também para outras espécies que são atacadas pelos mesmos vírus ou bactérias,
ou seja, sacrifica-se um animal para salvar muitos mais.

Refutação da 2º objeção - Porém, ativistas dos direitos dos animais não


consideram justo os animais não-humanos sofrerem com testes para a obtenção
de medicamentos e produtos que beneficiam essencialmente o Homem,
afirmando que já existem alternativas para substituir o uso de animais em testes
com a aplicação de modelos matemáticos e computacionais, técnicas in-vitro com
tecidos de seres humanos ou animais. Assim, relativamente às experiências que
usam animais ligadas à cosmética e afins, concordo com Peter Singer e Tom
Regan, uma vez que se trata de interesses humanos secundários e supérfluos, além
de que existem já soluções alternativas para realizar estes testes. Além disso, ao
usarmos os animais como cobaias em experiências, sacrificamos os interesses
mais importantes desses seres, neste caso a sua própria vida, de modo a satisfazer
interesses menores da nossa espécie.
Conclusão- Concluo assim que, os animais devem usufruir de direitos como os
humanos, embora respeitando a lei da natureza relativamente ás cadeias
alimentares e, de acordo com a ética utilitarista de Stuart Mill, as experiências
para fins medicinais podem ser moralmente corretas, e como tal aceites, desde
que se mantenha a dignidade dos animais e seja assegurado o mínimo de dor e
sofrimento aos mesmos.

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