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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS - CCSAH


CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
PROFESSORA: JACQUELINE CUNHA DE VASCONCELOS MARTINS
TURMA:01
ALUNA: SARAH DE CARVALHO CAMINHA

Questões de Revisão

Com base nos autores Giddens, Tomazi e Guareschi, fale criticamente e exemplifique sobre:
1. Ideologia e classes sociais: significados e influência no processo de conscientização (Guareschi e
Tomazi).
Ideologia é um conjunto de crenças de um determinado grupo social, portanto diferentes grupos sociais
têm diferentes ideologias. As classes sociais dominantes, isto é, as mais ricas, têm uma ideologia que vai a favor
delas e essa classe dominante tenta tornar a sua ideologia dominante. A ideologia dessa classe tem a intenção de
fazer com que a compreensão que eles têm do político e do social seja reproduzida pelas classes dominadas e
“substitua” o que é o político e o social de verdade. Nesse sentido, o Estado ajuda a classe dominante a fazer
com que o seu ponto de vista seja universal, proporcionando uma noção de homogeneidade, de unidade. Além
disso, a classe dominante, tenta, por meio de ideias repassadas, justificar a exploração, a desigualdade e os
conflitos tentando mascarar como “justiça”; como exemplo disso, temos o discurso “se você trabalhar mais e se
esforçar mais, vai ser rico”, como se pobreza significasse falta de esforço.
A ideologia pode ser entendida também como um conjunto de ideias erradas, distorcidas. Muitas vezes
as explicações que nos são dadas pelos dominantes não são completas, porém constituem o ponto de vista, a
ideologia da classe. Por exemplo, quem diz “rico é quem sabe poupar” está atribuindo um mérito a quem é rico,
no sentido de que se você é uma pessoa organizada, consciente, que tenta poupar, você é recompensado, porém
como alguém que ganha salário mínimo pode poupar? E se poupa, o dinheiro guardado não o fará ficar rico. A
ideologia, através das meia-verdades, nos engana em toda a superestrutura que fazemos parte, isto é, nas
instituições políticas, jurídicas, morais e até mesmo individualmente. Porém a dominação ideológica pode ser
superada, à medida que o indivíduo detecta contradições na estrutura toda, observando os papéis e funções
sociais de diferentes indivíduos. Além disso, a dominação pode ser superada quando uma classe se conscientiza,
isto é, quando uma classe está sujeita às mesmas circunstâncias de dominação; assim, os indivíduos da classe
podem transformar a si e os outros.
2. A corrente teórica da Sociologia Crítica (Guareschi).
A sociologia crítica é uma sociologia que faz pensar. Nesta sociologia, não há verdades absolutas, pois
as coisas são relativas. Diferente da sociologia positivista, esta sociologia leva em conta que tudo é incompleto e
que as coisas fazem parte de um processo histórico, além disso leva-se em conta que o que é dito é insuficiente e
para compreender o todo, é preciso ter criticidade e ir além. A sociologia crítica tem esse nome também porque
percebe que todas as coisas têm dois lados diferentes, além de enxergar o futuro. Os sociólogos críticos
percebem que a realidade não se restringe ao presente, mas também se trata do que ainda vai existir, sempre
pensado na mudança, pois a mudança é importante porque as coisas nunca estão acabadas; as coisas vão sempre
se aperfeiçoando. Como exemplo do exercício da sociologia crítica, temos: quando passa várias notícias no
jornal positivas sobre um determinado governo, você não vai ter uma visão absoluta de que aquele governo é
perfeito, você deve pensar no que também não estar sendo dito, para entender o que há de errado e o que pode
passar por um processo de mudança para ser melhorado.
3. Diversidade, etnocentrismo e relativismo cultural (Giddens).
Várias crenças, práticas e comportamentos variam de cultura para cultura, isto é, o que é considerado
normal numa cultura não é considerado normal em outra. Por exemplo, os Hindus não comem carne de vaca,
porém os judeus já evitam a carne de porco. São as diferenças culturais que distinguem as sociedades umas das
outras. Sociedades pequenas podem ser praticamente uniformes na cultura (monoculturais), além disso, algumas
sociedades modernas, como o Japão, ainda conseguem manter a uniformidade. Na maioria dos países
industrializados, as sociedades são culturalmente mistas, isto é, a população tem diferentes origens culturais,
étnicas e linguísticas. A cultura de um local estabelece uma série de normas e valores de uma sociedade; as
contraculturas promovem pontos de vista alternativos à cultura dominante, constituindo importantes forças de
mudança na sociedade.
Quando as pessoas vão a um lugar que tem costumes, práticas e comportamentos diferentes dos seus, há
um choque cultural, pois as pessoas se sentem desorientadas e precisam orientar-se numa nova cultura. Para
compreender os costumes e práticas é preciso considerar a cultura na qual se inserem, pois uma cultura tem de
ser entendida segundo os seus próprios significados e valores. Esta ideia constitui o relativismo cultural. É
preciso analisar uma situação segundo os padrões de outra cultura, suspendendo os nossos valores culturais
enraizados. Por exemplo, não se pode julgar uma sociedade indígena que incentiva o casamento de adolescentes
da mesma forma que julgamos no nosso cotidiano, pois os nossos costumes são diferentes.
Além de aplicar o relativismo cultural, os sociólogos evitam o etnocentrismo, isto é, o julgamento de
uma sociedade de cultura diferente a partir de uma comparação com os valores da nossa própria sociedade, isto
é, enxergar a sociedade do outro com os nossos olhos. O etnocentrismo faz com que as pessoas tenham uma
dificuldade de aceitar ideias diferentes das suas, gerando preconceito.
4. O direito como instrumento ideológico (Guareschi).
As leis foram criadas por pessoas ou grupos de pessoas colocando seus interesses particulares para
garantir mais poder para esses indivíduos. Em suma, os interesses pessoais podem ser colocados em forma lei. A
sociologia pode enxergar o surgimento das leis de duas formas diferentes: a partir da visão da sociologia
positivista e a partir da sociologia crítica.
De acordo com a visão da sociologia positivista, as leis não surgiram simplesmente, elas sempre
existiram, isto é, são atemporais no sentido de que sempre foram parte da sociedade. Esse tipo de visão parte da
ideia de que a lei é uma verdade absoluta e não considera que essa lei pode ter existido para atender
determinadas necessidades de alguns grupos.
De acordo com a sociologia crítica, as leis são do jeito que são não por terem sentido próprio e sim
porque quem a elaborou quis que ela fosse assim. Esta visão considera que as leis são relativas, parciais e são
criações culturais. Sendo assim, uma lei não pode prevalecer sobre uma cultura. Por exemplo: na comunidade do
Amarelão, da visita, a representante dos indígenas afirmou que as decisões da aldeia se sobrepõem às leis da
nossa sociedade. E por que isso? Porque as leis do nosso dia-a-dia são criações culturais nossas e não podem ser
aplicadas em uma cultura diferente.
5. Alienação nos meios de comunicação: notícias e propagandas (Guareschi).
Para analisar a comunicação em geral como forma de alienação, é preciso analisá-la sob dois aspectos.
O primeiro considera que a comunicação constrói a realidade, isto é a realidade está relacionado àquilo que é
comunicado, aquilo que é notícia. Se algo não é repassado em forma de notícia, não é comunicado, aquilo deixa
de existir. Ou seja, as pessoas só dão importância aos fatos quando aquilo é noticiado, pois aquilo torna-se uma
“verdade”, quando não, a problemática nem sequer é lembrada. Por exemplo, o “milagre brasileiro” da ditadura
foi noticiado e as pessoas acreditaram porque saia nos noticiários. Nesse sentido, deve-se destacar que a
comunicação constrói a realidade, mas não de maneira neutra, na maioria das vezes, pois está sempre
valorizando um lado em detrimento do outro. O segundo aspecto está relacionado ao poder, isto é, quem tem
comunicação tem o poder. Isso ocorre porque os que detém os meios de comunicação são capazes de construir a
realidade de acordo com os seus interesses. E o interesse dos detentores é manter a classe trabalhadora pobre e
dominada. A mídia é uma forte criadora de opiniões e é preciso entender que ela não está interessada na
sociedade e sim no próprio interesse.
Como já foi exposto, as notícias são parte importante na formação da opinião das pessoas, por isso é
importante ter uma postura crítica. Não se pode acreditar que o que é dito é necessariamente verdade, é
necessário sempre ver os dois lados. Além disso devemos atentar para a forma como a mídia distorce as notícias,
selecionando os fatos que quer ou muitas vezes combinando uma série de coisas que não tem nada a ver. Para se
ter uma postura crítica, também é importante saber a origem das notícias que lemos e quais os interesses dessas
fontes.
As propagandas desempenham um papel muito importante na mídia também. Existe dois tipos de
comunicação publicitária: a informativa racional, que passa a informação objetiva, isto é, traz aquele tópico que
é realmente essencial na propaganda; já a afetiva se prende a ligações e relações que são inconscientes, isto é, se
baseia nos desejos, aspirações etc. Esse tipo desencadeiam uma série de processos psicológicos em nós, como a
mutação, a sugestão, a persuasão e a pressão moral. Precisamos nos desprender desses processos e passar a
pensar e decidir com consciência e liberdade o que queremos consumir.
6. Comente sobre os assuntos evidenciados nas aulas que despertaram elementos de reflexão pra
você.
Dos vários assuntos abordados em sala, dois me chamaram mais atenção: o debate sobre publicidade
infantil e o outro sobre os animais. O debate da publicidade infantil chama atenção por ser um tema que não é
abordado com tanta frequência, mas tem uma forte importância, já que afeta o dia-a-dia de muitas famílias.
Através do debate pude compreender melhor o quanto muitas vezes é difícil para os pais viver preso à
necessidade de consumo dos filhos e o quanto muitas vezes julgamos os pais, mas não pensamos na pressão
social que enfrentam. Além disso foi importante entender como essa questão da publicidade não só influencia no
consumo, mas também determina o comportamento de muitas crianças e cria uma exclusão entre elas. O debate
sobre os animais foi interessante no sentido de entender sociologicamente o que leva algumas pessoas a destratar
os animais (não justificando, é claro). Foi possível entender que isso ocorre porque o ser humano se coloca em
uma posição diferente na natureza, isto é, ele muitas vezes não se enxerga como parte da natureza e sim como
dono da natureza, e isso faz com que ele não tenha empatia.

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