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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ADIN

A Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, conhecida como ADIN advém do controle


concentrado de constitucionalidade e é promovida mediante ação judicial, e está prevista nos
artigos 102 I, “a” e 103 da CF/88.
Objeto
O que se busca neste tipo de ação é a lei ou ato normativo que se mostrarem incompatíveis
com o sistema, ou seja, a invalidação da lei ou ato normativo pelo Poder Judiciário.
Entende-se por leis todas as espécies normativas definidas na Constituição Federal de 1988 no
artigo 59, sendo: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, bem como os tratados internacionais.
Os tratados internacionais incorporados no ordenamento jurídico são celebrados pelo
Presidente da República.
É relevante lembrar que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 3/5 dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes ás emendas constitucionais (art. 5º, §3º da CF).
Os Regimentos Internos dos Tribunais podem ser objeto de Ação Direta Inconstitucionalidade
(ADIN), pois são normas estaduais, genéricas e autônomas, inclusive as Resoluções
administrativas dos Tribunais, inclusive dos Tribunais Regionais do Trabalho, salvo as
convenções coletivas de Trabalho.
Competência
A competência originária para processar e julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN)
é do Supremo Tribunal Federal, o qual é o guardião da Constituição Federal, conforme definido
no artigo 102, I, ”a” CF/88.
Legitimados
Os legitimados para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica visando o
questionamento da constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
contestados em face da própria Constituição Federal são aqueles definidos no artigo 103,
incisos I a IX da Constituição Federal, a saber:
a) o Presidente da República;
b) a Mesa do Senado Federal;
c) a Mesa da Câmara dos Deputados;
d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
f) o Procurador-Geral da República;
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) partido político com
representação no Congresso Nacional;
i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Procedimento
A propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade ocorre mediante a elaboração da
petição inicial, o que de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no
julgamento da ADI n.º 2.187-7/BA, e com base no parágrafo único do artigo 3º da Lei nº
9.882/99, que menciona que a petição inicial indicará o dispositivo de lei ou do ato normativo
impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido, bem como o pedido e suas especificações.
A petição inicial, quando subscrita por advogado, deverá vir acompanhada de instrumento de
procuração e será apresentada em 2 vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo
impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação (art. 3º, parágrafo
único da Lei 9.868/99). Assim que proposta a ação, o requerente não poderá desistir ou fazer
acordo, pois vigora o princípio da indisponibilidade da instância e o processo não é subjetivo
(art. 5º da Lei 9.868/99). O Relator poderá indeferir liminarmente a inicial inepta, não
fundamentada e a manifestamente improcedente (art. 4º da Lei 9.868/99). Da decisão que
indefere a petição inicial, cabe agravo de instrumento (art. 4º, parágrafo único da Lei
9.868/99). O Relator pedirá informações aos órgãos ou autoridades das quais emanou a lei ou
ato normativo impugnado (art. 6º da Lei 9.868/99). Tais informações devem ser prestadas no
prazo de 30 dias, contados do recebimento do pedido (art. 6º, parágrafo único da Lei
9.868/99).Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-
Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão se manifestar, cada qual no
prazo de 15 dias (art. 8º da Lei 9.868/99).Vencidos os prazos, o Relator lançará o relatório, com
cópia a todos os Ministros e pedirá dia para julgamento (art. 9º da Lei 9.868/99).
Efeitos da decisão
A ação direta de inconstitucionalidade tem caráter dúplice, pois conforme estabelece o artigo
24 da Lei 9.868/99, proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta a
ação direta ou procedente eventual ação declaratória e, no mesmo passo, proclamada a
inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação
declaratória.
A decisão no controle concentrado produzirá efeitos contra todos (erga omnes), e também
efeito retroativo, ex tunc, retirando do ordenamento jurídico o ato normativo ou lei
incompatível com a Constituição. Trata-se, portanto de ato nulo.
“As decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações diretas
de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal” (art. 102,
§2º da CF).
PEDIDO DE CAUTELAR
Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente de acordo com o
art. 102, I, “p” da Constituição Federal de 1988, o pedido de cautelar nas ações direta de
inconstitucionalidade.
Concessão da medida cautelar
A medida cautelar será concedida, após audiência do requerido, através de maioria absoluta
do Plenário, 6 ministros observado o quórum de instalação na sessão de julgamento (presença
de 8 ministros), e gerará a suspensão da eficácia da lei ou ato normativo impugnado, de
acordo com o previsto no artigo 10 da Lei 9.868/99 observado o disposto no artigo 22 da Lei
9.868/99.A medida cautelar será concedida sem audiência do requerido (“inaudita altera
parte”) em caso de excepcional urgência e gerará suspensão da eficácia da lei.
A medida cautelar sempre será incidental, nunca preparatória. Na inicial, destina-se um
capítulo à medida cautelar com seus fundamentos “fumus boni iuris” (demonstração da
viabilidade jurídica da tese) e “periculum in mora” (demonstração de que a
inconstitucionalidade pode gerar consequências graves).
Efeitos da Medida Cautelar
A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos (erga omnes), será concedida, com efeito,
“ex nunc”, (não retroage) salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia
retroativa de acordo com art. 11, §1º da Lei 9.868/99.
Enquanto a decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” e “ex nunc”, a decisão
de mérito tem eficácia “ex tunc” (retroage), ou seja, vai retroceder àquele período que não
tinha sido atingido pela cautelar.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) foi introduzida no ordenamento jurídico pela
Emenda Constitucional n.º 3/93 com a alteração da redação do artigo 102, inciso I alínea a, e
acréscimo do § 2º ao referido artigo, bem como o § 4º ao artigo 103, todos da Constituição
Federal, tendo o sua disciplina processual sido regulamentada pela Lei 9.868/1999.
Busca-se por meio desta ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
Objeto
O objeto da referida ação é lei ou ato normativo federal.
Competência
O órgão competente para apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade é o STF de
acordo com o artigo 102, I, a, da Constituição Federal de 1988.
Legitimados
Serão os mesmos para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI):
a) o Presidente da República;
b) a Mesa do Senado Federal;
c) a Mesa da Câmara dos Deputados;
d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
f) o Procurador-Geral da República;
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
h) partido político com representação no Congresso Nacional;
i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Procedimento
O procedimento na Ação Declaratória de Constitucionalidade é o mesmo a ser seguido que na
Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, só que aqui o Advogado-Geral da União não
será citado, visto que não há ato ou texto impugnado.
É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura.
A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo ser
objeto de ação rescisória.
Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração de controvérsia relevante sobre a norma
objeto da demanda (art. 14, III da Lei 9.868/99).
A decisão da ADC, por maioria absoluta dos membros do STF, também produz efeitos “erga
omnes” (contra todos), “ex tunc” (retroage) e vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e Poder Executivo. Não produz efeito vinculante apenas em relação ao Poder
legislativo.
Tendo em vista que quando o Supremo Tribunal Federal decide a ADC decide também a
prejudicial em todos os processos concretos, haverá diversidades processuais nos processos
concretos:
a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, irá se reportar ao que o STF já decidiu,
julgando a ação improcedente.
b) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade e transitou: o efeito vinculante não tem
força capaz de rescindir automaticamente a sentença transitada em julgado, mas pode servir
de fundamento para ação rescisória e cabe liminar.
c) Se o juiz já tinha decidido pela constitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a
decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal confirma a decisão
do Juiz, aplicando a decisão do STF no recurso da parte.
d) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a
decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal irá desfazer a
decisão do juiz.
Medida Cautelar
Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação declaratória de
constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal Federal.
Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será incidental, nunca
preparatória. Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da
ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99).
Efeitos da Decisão
A decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” (contra todos) e vinculante, em
razão do poder geral de cautela do Supremo Tribunal Federal.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - ADFP
Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 no Título II, sendo que esses direitos são classificados como
gêneros nos seguintes grupos a saber:
a) direitos e deveres individuais e coletivos;
b) direitos sociais;
c) direitos de nacionalidade;
d) direitos políticos;
e) partidos políticos.
O artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, trata dos direitos e deveres
individuais e coletivos, espécie do gênero direitos e garantias fundamentais.
Os direitos são bens e vantagens prescritos na norma constitucional enquanto as garantias são
instrumentos através dos quais se assegura o exercício dos aludidos direitos que
preventivamente os repara, caso violados. Através da Lei n.º 9.882/99 que regulamentou o §
1º do artigo 102 da Constituição Federal, foi introduzido em nosso ordenamento jurídico um
instrumento de proteção dos direitos e garantias fundamentais, ora denominado de Arguição
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADFP) a ser utilizado perante o Supremo
Tribunal Federal.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
Objeto – hipóteses de cabimento
A arguição de descumprimento de preceito fundamental será cabível, seja na modalidade de
ação autônoma, seja por equivalência ou equiparação
O objeto da arguição é evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do
Poder Público, o que aqui é a previsão de arguição autônoma. Pode-se dizer que as espécies de
arguição de descumprimento de preceito fundamental são duas: arguição preventiva (evitar
lesão) e arguição repressiva (reparar lesão).
Na hipótese da arguição de descumprimento de preceito fundamental ser por equivalência ou
equiparação será quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei
ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
Nessa hipótese, deverá ser demonstrada a divergência jurisdicional, ou seja, a comprovação da
controvérsia judicial, relevante a aplicação do ato normativo, violador do preceito
fundamental.
Preceito Fundamental – Conceito
Os preceitos fundamentais englobam os direitos e garantias fundamentais da Constituição,
bem como os fundamentos e objetivos fundamentais da República, de forma a consagrar
maior efetividade às previsões constitucionais
Partes Legitimadas
As partes legitimadas para propor a argüição de descumprimento de preceito fundamental
serão os legitimados para a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) sendo: a) o Presidente
da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa de
Assembléia Legislativa; e) o Governador de Estado; f) a Mesa de Assembléia Legislativa ou da
Câmara Legislativa do Distrito Federal; g) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; h) o
Procurador-Geral da República; i) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; j)
partido político com representação no Congresso Nacional; l) confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional.
Faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de
descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que,
examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em
juízo.
Procedimento
Proposta a ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo
Tribunal Federal, por um dos legitimados, deverá o relator sorteado analisar a regularidade
formal da petição inicial que deverá conter: a) a indicação do preceito fundamental que se
considera violado; b) a indicação do ato questionado; c) a prova da violação do preceito
fundamental; d) o pedido, com suas especificações; e) se for o caso, a comprovação da
existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se
considera violado.
A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada
em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para
comprovar a impugnação.
Indeferimento
Liminarmente, o relator, não sendo o caso de arguição, faltante um dos requisitos apontados,
ou inepta a inicial, indeferirá a petição inicial, sendo cabível o recurso de Agravo, no prazo de
cinco dias, para atacar tal decisão.
Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, aqui aplica-se o princípio da subsidiariedade
em que o condiciona o ajuizamento da ação que para ser proposta não deverá existir qualquer
outro meio eficaz de sanar a lesividade, o que já está pacificado pelo Supremo Tribunal Federal
este tema.
Concessão de Liminar pelo STF
O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir
pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso,
poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem
como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de
cinco dias.
A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento
de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente
relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo
se decorrentes da coisa julgada.
Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis
pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.
Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a
argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que
emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de
pessoas com experiência e autoridade na matéria.
Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por
requerimento dos interessados no processo.
Julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
Decorrido o prazo das informações, ou seja, dez dias, o relator lançará o relatório, com cópia a
todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por
cinco dias, após o decurso do prazo para informações.
A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será
Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos
atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito
fundamental.
Objeto da ADPF.
O objeto da ADPF são os atos do Poder Público, que violem ou ameacem violar preceito
fundamental (art. 1º, caput, da Lei 9.882/99), com fulcro nisso, a doutrina classifica a ADPF
em repressiva ou preventiva, respectivamente. Ainda em se tratando do objeto, a lei em
comento prevê a possibilidade de argüição quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal e estadual (art. 1º, parágrafo
único, da Lei 9.882/90, com redação dada pela liminar da ADI 2.231-8/DF, que suspendeu a
parte final do parágrafo) e que na petição inicial deve ser comprovada (art. 3º, V, da Lei
9.882/99).
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA
O artigo 18 da Constituição Federal de 1988 estabelece que a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Munícipios, todos autônomos.
Regra geral, nenhum ente federativo deverá intervir em qualquer outro.
No entanto, a Constituição Federal traz exceções à regra, o que estabelece situações em que
haverá a intervenção.
A União intervirá nos Estados, Distrito Federal, nas hipóteses previstas no artigo 34 da
Constituição Federal, e nos Municípios localizados em Território Federal (hipótese do artigo 35
da Constituição Federal) e ainda os Estados poderão intervir nos Municípios (hipótese do
artigo 35 da CF/88.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva apresenta-se como um dos pressupostos
para a decretação da intervenção federal, ou estadual, pelos Chefes do Executivo, Presidente
da República (art. 34 da CF/88) e Governador de Estado (artigo 35 da CF/88).
O Poder Judiciário não dá nulidade ao ato, mas apenas verifica se estão presentes os
pressupostos para a futura decretação da intervenção pelo Chefe do Executivo.
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva Federal
Objeto
Cumpre Ressaltar que a decretação da intervenção dependerá de provimento do Supremo
Tribunal Federal, de acordo com que estabelece o artigo 36 inciso III primeira parte da CF/88, e
de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do artigo 34, inciso VI da
CF/88. O objeto é a lei ou ato normativo, ou omissão, ou ato governamental estaduais que
desrespeitem os princípios sensíveis da Constituição Federal.
Princípios Constitucionais
Aplicam-se a Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva os princípios elencados no
artigo 34 inciso VII da CF, quando a lei de natureza estadual (ou distrital de natureza estadual)
contrariar: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da
pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública,
direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde.
Competência
A competência para processar e julgar a Ação Direta Interventiva é do Supremo Tribunal
Federal.
Legitimidade
Cabe ao Procurador-Geral da República.
Procedimento
A ação direta interventiva é proposta pelo Procurador-Geral da República, no Supremo
Tribunal Federal, quando lei ou ato normativo de natureza estadual (ou distrital de natureza
estadual), ou omissão, ou ato governamental contrariem os princípios constitucionais
previstos no artigo 34 inciso VII da Constituição Federal, julgada procedente a ação por maioria
absoluta, o STF requisitará ao Presidente da República, nos termos do artigo 36 § 3º, por meio
de decreto, limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado.
Caso essa medida não seja suficiente para o restabelecimento da normalidade, aí, sim, o
Presidente da República decretará a intervenção federal, executando-a com a nomeação de
interventor e afastando as autoridades responsáveis de seus cargos.
2. Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva Estadual
No artigo 35 inciso IV da Constituição Federal estabelece a intervenção estadual, que será
decretada pelo Governador de Estado, e dependerá do Tribunal de Justiça local de
representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual,
ou para prover a execução de lei, de ordem ou decisão judicial.
Objeto
Tem como objeto lei ou ato normativo, ou omissão, ou ato governamental municipais que
desrespeitem os princípios previstos na Constituição Estadual.
Competência
Compete ao Tribunal de Justiça de cada Estado através de seu órgão especial.
Legitimidade Ativa
Cabe ao Procurador Geral de Justiça, conforme previsto no artigo 129, IV da Constituição
Federal de 1988.
Procedimento
O Procurador-Geral de Justiça propõe a ação perante o Tribunal de Justiça quando a lei ou ato
normativo, ou omissão, ou ato governamental de natureza municipal contrariem os princípios
na Constituição Estadual, julgada procedente a ação, o Presidente do Tribunal de Justiça
comunicará a decisão ao Governador do Estado para que concretize a intervenção estadual.
Bases: artigos 34 e 35 da Constituição Federal de 1988.

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