SISTEMAS DE CONTROLE
INDUSTRIAIS
CONTEXTUALIZANDO
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Os produtos químicos a granel podem ser processados na produção de
especialidades ou produtos químicos finos, como adesivos, selantes,
revestimentos, gases industriais, produtos químicos eletrônicos, catalisadores e
compostos de limpeza. Eles também são usados em bens de consumo como
sabonetes, detergentes, loções e cosméticos. O setor de saúde utiliza produtos e
compostos a granel na produção de medicamentos, vitaminas e produtos de
diagnósticos. Devido ao alto custo de pesquisa e desenvolvimento e às
especificações de regulações governamentais, esses produtos são feitos em
ambientes laboratoriais controlados, o que os torna mais caros (Lamb, 2015).
As variáveis de processo fundamentais na produção de produtos e
compostos químicos são tempo, volume, temperatura, pressão, concentração de
cada produto químico e transferência de calor. O processamento químico ocorre
em torno do controle e do monitoramento dessas variáveis (Lamb, 2015).
A produção e o processamento de produtos químicos podem ser muito
perigosos, devido à sua natureza reativa. Pressão, temperatura, a acidez e
quantidades devem ser monitoradas e controladas de maneira precisa. Isso
requer instrumentação capaz de visualização, por meio de uma gama de produtos.
As IHMs são usadas no campo em salas de controle para mostrar os diagramas
do processo e fornecer controle e alarmes detalhados (Lamb, 2015).
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As válvulas que controlam o fluxo de líquido e de gases em processo
costumam ser analógicas; elas não só podem ser completamente abertas ou
fechadas, mas também podem se mover em posições intermediárias. São
conhecidas como válvulas proporcionais e contêm um sensor de retorno que
verifica a posição, embora em algumas aplicações sejam utilizados sensores de
fluxo. As variáveis de processo são monitoradas por meio de limites padronizados
como alto e baixo, e limites que causam desligamentos, como muito baixo e muito
alto (Lamb, 2015).
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processamento de alimentos é de aço inoxidável e permite lavagem pressurizada.
Muito cuidado é tomado para garantir que os equipamentos não apresentem
fendas nas quais certos contaminantes possam se alojar (Lamb, 2015).
Os controles nas indústrias de processamento de alimentos e bebidas são
similares aos do processamento químico, embora a maioria seja controlado por
CLP. A instrumentação é usada na medição de temperatura e de taxas de fluxos;
algumas vezes são usados controladores cujos dados são lidos em um sistema
Scada ou de monitoramento. Alimentos e bebidas podem ser produzidos por
diferentes métodos (Lamb, 2015):
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Figura 3 – Processo de produção de pães
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Assim como a indústria de processamento químico, os processamentos de
alimentos e de bebidas envolvem a visualização do processo. As IHMs e os
sistemas de controle integrados permitem a visualização de cada um deles, desde
a matéria-prima até o embalo. Muitos fornecedores de componentes de controle
possuem modelos de pacotes específicos para a indústria de alimentos e de
bebidas, com gerenciamento de receitas, coletas de dados históricos e telas.
Também existem fabricantes de soluções customizadas especializados em
equipamentos e em processamento de alimentos e de bebidas (Lamb 2015).
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As máquinas de embalagem podem ser adquiridas como equipamentos de
série, disponibilizadas no mercado por vários OEMs: etiquetadores, sistemas de
checagem de peso, ensacadores, máquinas armadoras, enfaixadoras e retráteis
para alimentos. Eles são fabricados em tamanhos padronizados por muitos
fabricantes e podem ser encomendados e entregues em prazos curtos. Também
são ajustáveis para vários tamanhos de embalagens e materiais de rotulagem. As
máquinas podem ser customizadas pelos fabricantes a partir de projetos-padrão,
mas algumas devem ser fabricadas de forma customizada, devido a requisitos
especiais, como manuseio de materiais, tamanhos dos pacotes ou velocidade. Os
usuários finais em geral customizam ou fabricam suas próprias embaladoras
internamente (Lamb, 2015).
Figura 5 – Empacotadora
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de embalagem de líquidos, pelo fato de esse tipo de empacotamento em geral
envolver comida ou bebida. A refrigeração e a secagem também são comuns em
tarefas que envolvem manuseio de materiais e empacotamento de produtos
(Lamb, 2015).
A utilização de filme plástico requer o encolhimento do filme por meio de
fornos e ar aquecido e a vedação das embalagens com equipamentos de
vedação. A temperatura e o tempo são variáveis importantes nesse processo,
controladas por dispositivos discretos, como controladores de temperatura,
temporizadores e transportadores de velocidade variável. As máquinas de
embalagem se valem de inúmeras tecnologias, desde componentes mecânicos e
de controle simples até servos de alta velocidade e sistemas robóticos.
A rotulagem pode ser aplicada nos pacotes por meio de etiquetas adesivas
a partir de um dispenser ou da impressão direta em embalagens, sacos ou caixas.
Os rotuladores são controlados por um sensor de detecção de peças, que atua
como um gatilho. Também é possível usar um codificador ou outro dispositivo de
detecção de velocidade para controlar o espaçamento. Os códigos de barras,
elementos importantes da indústria de rotulagem, podem ser pré-aplicados nas
etiquetas ou impressos diretamente nos produtos (Lamb, 2015).
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com paredes finais e complexas. Esse método às vezes é combinado com o uso
de pressão aplicada a vácuo.
A extrusão é usada para formar perfis contínuos e formas ocas. Isso é feito
de maneira similar à extrusão plástica, mas sem a aplicação de calor. A forma
plástica do material cerâmico é resultado da mistura de argila e água em
temperatura ambiente. Essa mistura é forçada por uma matriz, com uso de um
grande parafuso, conhecido como trado.
A maioria dos materiais cerâmicos deve passar por tratamento térmico
depois da formação. Isso é necessário tanto para secar a forma cerâmica de seu
estado plástico quanto para aquecer ou endurecer o material, até que ele adquira
a consistência final. Processos intermediários, como sintetização, também são
feitos para transformar uma forma porosa em um produto mais denso, por meio
da difusão de material (Lamb, 2015).
A queima final das cerâmicas em geral é feita em um forno com temperatura
alta, na ordem de milhares de graus. Isso provoca o processo de vitrificação, em
que alguns dos componentes da cerâmica entram na fase vítrea, ligando
partículas fundidas e preenchendo poros no material. Esse processo dá origem a
um material duro, denso, porém quebradiço, que pode ser usado para vários
propósitos.
As cerâmicas são usadas como isolantes, em abrasivos para moagem,
como revestimentos de ferramentas cortantes, como dielétricos para capacitores,
em recipientes resistentes ao calor e em diversos outros produtos. As
propriedades de dureza e resistência a altos níveis de calor tornam a cerâmica
um elemento importante de peças como componentes de turbinas de motores de
aviões, válvulas de motores e telhas de isolamento térmico (Lamb, 2015).
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TEMA 5 – PROCESSAMENTO DE VIDRO
FINALIZANDO
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químicos, alimentícios, cerâmico, em embalagens, e de vidros impõem desafios
que devem ser avaliados para que custos, serviços de desenvolvimento e a
própria implementação da solução de automação atinjam as necessidades e
qualidade exigidas pelo cliente final. Na próxima aula, daremos continuidade à
análise de processos industriais que podem ser automatizados.
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REFERÊNCIAS
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