Anda di halaman 1dari 113

DIREITO

ADMINISTRATIVO
SEMANA ESPECIAL OAB

PROF. IGOR MACIEL
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

profigormaciel@gmail.com      

@ Prof Igor Maciel

Prof. Igor Maciel
TEMAS DE HOJE

Responsabilidade Civil

Bens Públicos

10%

Prof. Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ESTADO

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL

 Evolução Doutrina

 Total irresponsabilidade – “the king can do no wrong”;

 Ônus excessivo para a vítima;

 Responsabilidade civil com culpa civil ou administrativa (teoria subjetiva);

 Falta do serviço e ônus excessivo para a vítima;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL

 Evolução Doutrina

 Responsabilidade sem culpa (teoria objetiva);

 Caso Blanco – França;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL

 Responsabilidade Civil Objetiva x Responsabilidade Civil Subjetiva (diferenças);

 Teoria do Risco Administrativo X Teoria do Risco Integral

 Estado poderá alegar causas de redução ou exclusão de sua responsabilidade;

 Responsabilidade Civil Objetiva;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL
Constituição Federal
Art. 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

Código Civil
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
CESPE – PGE/AM ‐ 2016

Acerca de direitos da personalidade, responsabilidade civil objetiva e prova de fato jurídico,


julgue o item seguinte.

A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica‐se a atos ilícitos praticados por agentes de
autarquias estaduais.

Item Verdadeiro.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
CESPE – PGE/BA ‐ 2014

Suponha que viatura da polícia civil colida com veículo particular que tenha ultrapassado
cruzamento no sinal vermelho e o fato ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo
particular. Considerando essa situação hipotética e a responsabilidade civil da administração
pública, julgue o item subsequente:

Sendo a culpa exclusiva da vítima, não se configura a responsabilidade civil do Estado, que é
objetiva e embasada na teoria do risco administrativo.

Item Verdadeiro.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
CESPE – AGU ‐ 2015

Com relação ao controle da administração pública e à responsabilidade patrimonial do Estado,


julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Um veículo oficial da AGU, conduzido por servidor desse órgão público,
passou por um semáforo com sinal vermelho e colidiu com um veículo particular que trafegava
pela contramão.

Assertiva: Nessa situação, como o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva, existirá a
responsabilização indenizatória integral do Estado, visto que, na esfera administrativa, a culpa
concorrente elide apenas parcialmente a responsabilização do servidor.

Item Falso.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
CESPE – PGM/FOR ‐ 2017

A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o item.

Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente um sinal vermelho,


colidiu com veículo oficial da Procuradoria‐Geral do Município de Fortaleza, que trafegava na
contramão.

Assertiva: Nessa situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa
concorrente atenua o quantum indenizatório.

Item Verdadeiro.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO 
LÍCITO
 Possível;

 Dano precisa ser anormal e específico;

 Exceder o limite do razoável;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB – XIII EXAME
O município de Balinhas, com o objetivo de melhorar a circulação
urbana para a Copa do Mundo a ser realizada no país, elabora
novo plano viário para a cidade, prevendo a construção de
elevados e vias expressas. Para alcançar este objetivo, em
especial a construção do viaduto “Taça do Mundo”, interdita uma
rua ao tráfego de veículos, já que ela seria usada como canteiro
para as obras.
Diante dessa situação, os moradores de um edifício localizado na
rua interditada, que também possuía saída para outro logradouro,
ajuízam ação contra a Prefeitura, argumentando que agora
gastam mais 10 minutos diariamente para entrar e sair do prédio,
e postulando uma indenização pelos transtornos causados.
Também ajuíza ação contra o município o proprietário de uma
oficina mecânica localizada na rua interditada, sob o fundamento
de que a clientela não consegue mais chegar ao seu
estabelecimento.
O município contesta, afirmando não ser devida indenização por
atos lícitos da Administração. Acerca da viabilidade jurídica dos
referidos pleitos, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB – XIII EXAME

A) Atos lícitos da Administração podem gerar o dever de indenizar? (Valor:


0,45)

B) É cabível indenização aos moradores do edifício? (Valor: 0,40)

C) É cabível indenização ao empresário? (Valor: 0,40)

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO 
LÍCITO

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
ATOS COMISSIVOS X OMISSIVOS

 Responsabilidade Civil Subjetiva;

 Exceções?

 Dever de guarda;

 Presídio, Hospitais Psiquiátricos, Creches;

 Suicídio, assassinato, lesões;


Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
ESTADO X PRESÍDIO

 Deve o Estado indenizar o presidiário sujeito a condições degradantes?

 Tradicionalmente, não;

 Contraditório;

 Opinião do STJ;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
ESTADO X PRESÍDIO

Responsabilidade civil do Estado: superpopulação carcerária e dever de


indenizar – 4
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em
seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento
jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a
obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos
detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento.
RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 16.2.2017. (RE-580252)

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
PRESTADORES DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
 Responsabilidade objetiva;
Constituição Federal
Art. 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

 E se o particular não for usuário do serviço?

 Exemplos: Choque, Atropelado por motorista de ônibus;


Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
PRESTADORES DE SERVIÇOS
PÚBLICOS

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de


que as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço
público, respondem objetivamente pelos prejuízos que causarem a
terceiros usuários e não usuários do serviço.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
TABELIÃES

 Em regra, deveria ser do mesmo jeito (delegatários de serviços públicos), conforme a antiga
redação da Lei 8.935/94:
Art. 22. Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus
prepostos causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurado
aos primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.
(DISPOSITIVO ALTERADO)

 Alteração em 2016:
Art. 22. Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os
prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos
substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito
de regresso.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
TABELIÃES

Antes da Lei 13.286/2016 Depois da Lei 13.286/2016

A responsabilidade civil dos A responsabilidade civil dos


notários e registradores era notários e registradores passou a
OBJETIVA (vítima não precisava ser SUBJETIVA (vítima terá que
provar dolo ou culpa) provar dolo ou culpa)

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O 
AGENTE
 De acordo com o artigo 37, parágrafo 6º, da CF:
Constituição Federal
Artigo 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

 Responsabilidade Civil do Agente: subjetiva;

 STF e a dupla garantia;

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O AGENTE

STF e dupla garantia: a) Uma em favor do particular lesado, considerando que a


Constituição assegurou que ele poderá ajuizar ação de
indenização contra o Estado sem ter que provara
eventual conduta culposa ou dolosa do agente público;

b) Já a segunda garantia é em favor do agente que causou


o dano, visto que o artigo 37, parágrafo 6o,
implicitamente teria afirmado que a vítima não poderá
ajuizar a ação diretamente contra o servidor público que
praticou o ato. Este só seria responsabilizado em caso de
eventual ação regressiva após o Estado ter ressarcido o
dano ao ofendido;
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FCC – PGE/RN ‐ 2014
O Estado foi condenado judicialmente a indenizar cidadã por danos sofridos em razão da omissão de socorro
em hospital da rede pública, eis que o hospital negou‐se a realizar parto iminente alegando falta de leito
disponível. Diante de tal condenação, entende‐se que o Estado poderá exercer direito de regresso em face
do servidor que negou a internação
a) com base na responsabilidade objetiva do mesmo, bastando a comprovação do nexo de causalidade entre
a atuação do servidor e o dano.
b) com base na responsabilidade subjetiva do mesmo, que decorre automaticamente da condenação do
Estado, salvo se comprovadas, pelo servidor, causas excludentes de responsabilidade.
c) independentemente da comprovação de dolo ou culpa, desde que constatado descumprimento de dever
funcional.
d) com base na responsabilidade subjetiva do servidor, condicionada à comprovação de dolo ou culpa.
e) desde que comprove conduta omissiva ou comissiva dolosa, afastada a responsabilidade no caso de culpa
decorrente do exercício de sua atividade profissional.
Letra D.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FCC – PGE/MA ‐ 2016
Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave de matrícula brasileira, operada
por empresa brasileira de transporte aéreo público, causando mortes e ferimentos em diversos passageiros.
Esclareça‐se que a aeronave decolou de aeroporto brasileiro e a explosão ocorreu por ocasião da chegada ao
destino, em solo norte‐americano, sendo que diversas vítimas haviam embarcado em escala no México. Em
vista de tal situação e nos termos da legislação brasileira,
a) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no território nacional
são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos serviços públicos.
b) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que embarcaram em solo
brasileiro, caracterizada, no caso, a responsabilidade subjetiva por culpa do serviço, em razão da falha na
prestação do serviço de segurança aeroportuária.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FCC – PGE/MA ‐ 2016

c) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito, circunstância excludente de
responsabilidade, haja vista a inexistência de nexo causal entre o evento danoso e a conduta das autoridades
estatais.
d) aplica‐se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que tenham sofrido danos
corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência do atentado.
e) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora do serviço de transporte aéreo
público, somente havendo responsabilidade estatal em caráter subsidiário.

Letra D.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FCC – PGE/MA ‐ 2016

 Situação Específica – Lei 10.744/2003

Art.1o Fica a União autorizada, na forma e critérios estabelecidos pelo


Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante
terceiros na hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas,
passageiros ou não, provocados por atentados terroristas, atos de
guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra
aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de
transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
DENUNCIAÇÃO DA LIDE

 Espécie de Intervenção de Terceiros

 CPC:
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido
ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em
ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação
da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado,
contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por
indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação,
hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
DENUNCIAÇÃO DA LIDE

 Segundo Leonardo Cunha:

A denunciação da lide é uma forma de intervenção de terceiros que, uma vez


instaurada, gera a formação de um cúmulo de demandas no mesmo processo: de
um lado, a demanda havida entre autor e réu; de outro lado, a demanda existente
entre denunciante e denunciado.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
DENUNCIAÇÃO DA LIDE

 Hipótese mais comum à Fazenda Pública;

 Responsabilidade Civil do Estado;

CF. Artigo 37.


§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
DENUNCIAÇÃO DA LIDE

 É permitida a denunciação da lide ao agente público causador do dano?

 Responsabilidade Objetiva X Subjetiva;

 Ação de Regresso em face do Agente Público exige demonstração do dolo ou culpa;

 O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento que a denunciação da lide ao agente público
causador não é obrigatória.

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
DENUNCIAÇÃO DA LIDE

 Para o STJ:

PROCESSUAL CIVIL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


INDENIZATÓRIA. ACIDENTE. (...) DENUNCIAÇÃO DA LIDE. PODER PÚBLICO.
DESNECESSIDADE. CELERIDADE PROCESSUAL. RECURSO DESPROVIDO. (...)
6. A obrigatoriedade da denunciação da lide deve ser mitigada em ações
indenizatórias propostas em face do poder público pela matriz da
responsabilidade objetiva (art. 37, § 6º - CF). O incidente quase sempre
milita na contramão da celeridade processual, em detrimento do agente
vitimado. Isso, todavia, não inibe eventuais ações posteriores fundadas em
direito de regresso, a tempo e modo. (...)
(REsp 1501216/SC, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe
22/02/2016)

Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
CESPE – PGE/AM ‐ 2016
Um motorista alcoolizado abalroou por trás viatura da polícia militar que estava regularmente estacionada.
Do acidente resultaram lesões em cidadão que estava retido dentro do compartimento traseiro do veículo.
Esse cidadão então ajuizou ação de indenização por danos materiais contra o Estado, alegando
responsabilidade objetiva. O procurador responsável pela contestação deixou de alegar culpa exclusiva de
terceiro e não solicitou denunciação da lide. O corregedor determinou a apuração da responsabilidade do
procurador, por entender que houve negligência na elaboração da defesa, por acreditar que seria útil à
defesa do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente.

Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.

Diante da ausência de denunciação da lide, ficou prejudicado o direito de regresso do Estado contra o
motorista causador do acidente.

Item Falso.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB VIII EXAME ‐ 2012
Sílvio, servidor público, durante uma diligência com carro oficial do Estado X para o qual trabalha, se envolve
em acidente de trânsito, por sua culpa, atingindo o carro de João. Considerando a situação acima e a
evolução do entendimento sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) João deverá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio, terá que
comprovar a sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela.
b) João poderá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio,
presumir‐se‐á sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela.
c) João poderá demandar apenas o Estado X, já que Sílvio estava em serviço quando da colisão e, por isso, a
responsabilidade objetiva é do Estado, que terá direito de regresso contra Sílvio, em caso de culpa.
d) João terá que demandar Sílvio e o Estado X, já que este último só responde caso comprovada a culpa de
Sílvio, que, no entanto, será presumida por ser ele servidor do Estado (responsabilidade objetiva).

Gabarito letra C.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB IV EXAME ‐ 2011
Antônio, vítima em acidente automobilístico, foi atendido em hospital da rede pública do Município de Mar
Azul e, por imperícia do médico que o assistiu, teve amputado um terço de sua perna direita.

Nessa situação hipotética, respondem pelo dano causado a Antônio

a) o Município de Mar Azul e o médico, solidária e objetivamente.


b) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, regressivamente, em caso de dolo ou culpa.
c) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, subsidiariamente.
d) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, solidária e subjetivamente.

Gabarito letra B.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB III EXAME ‐ 2010
Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e
sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera.

Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado

a) será responsabilizado, pois Norberto é agente público pertencente a seus quadros.


b) será responsabilizado, com base na teoria do risco integral.
c) somente será responsabilizado de forma subsidiária, ou seja, caso Norberto não tenha condições
financeiras.
d) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; sua
conduta não pode, pois, ser imputada ao Ente Público.

Gabarito letra D.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB III EXAME ‐ 2010
A fim de pegar um atalho em seu caminho para o trabalho, Maria atravessa uma área em obras, que está
interditada pela empresa contratada pelo Município para a reforma de um viaduto. Entretanto, por
desatenção de um dos funcionários que trabalhava no local naquele momento, um bloco de concreto se
desprendeu da estrutura principal e atingiu o pé de Maria. Nesse caso,

a) a empresa contratada e o Município respondem solidariamente, com base na teoria do risco integral.
b) a ação de Maria, ao burlar a interdição da área, exclui o nexo de causalidade entre a obra e o dano,
afastando a responsabilidade da empresa e do Município.
c) a empresa contratada e o Município respondem de forma atenuada pelos danos causados, tendo em vista
a culpa concorrente da vítima.
d) a empresa contratada responde de forma objetiva, mas a responsabilidade do Município demanda
comprovação de culpa na ausência de fiscalização da obra.

Gabarito letra C.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB XX EXAME ‐ 2016
Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua viatura, um veículo particular estacionado em local
permitido, durante uma perseguição. Júlio, proprietário do veículo atingido, ingressou com demanda
indenizatória em face do Estado. A sentença de procedência reconheceu a responsabilidade civil objetiva do
Estado, independentemente de se perquirir a culpa do agente. Nesse caso,
a) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, eis que atuava, no
momento do acidente, na condição de agente público.
b) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente público
demonstrar a existência de dolo do agente.
c) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente público
demonstrar a existência de culpa ou dolo do agente.
d) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do agente público, uma vez que o Estado não
foi condenado com base na culpa ou dolo do agente.

Gabarito letra C.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB XIX EXAME ‐ 2016
Um paciente de um hospital psiquiátrico estadual conseguiu fugir da instituição em que estava internado, ao
aproveitar um momento em que os servidores de plantão largaram seus postos para acompanhar um jogo
de futebol na televisão. Na fuga, ao pular de um viaduto próximo ao hospital, sofreu uma queda e, em razão
dos ferimentos, veio a falecer. Nesse caso,
a) o Estado não responde pela morte do paciente, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre
a ação ou omissão estatal e o dano.
b) o Estado responde de forma subjetiva, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a ação
ou omissão estatal e o dano.
c) o Estado não responde pela morte do paciente, mas, caso comprovada a negligência dos servidores, estes
respondem de forma subjetiva.
d) o Estado responde pela morte do paciente, garantido o direito de regresso contra os servidores no caso
de dolo ou culpa.

Gabarito letra D.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB XXI EXAME ‐ 2016
José, acusado por estupro de menores, foi condenado e preso em decorrência da execução de sentença
penal transitada em julgado. Logo após seu recolhimento ao estabelecimento prisional, porém, foi
assassinado por um colega de cela. Acerca da responsabilidade civil do Estado pelo fato ocorrido no
estabelecimento prisional, assinale a afirmativa correta.
a) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque está
presente o fato exclusivo de terceiro, que rompe o nexo de causalidade, independentemente da
possibilidade de o Estado atuar para evitar o dano.
b) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque não existe
a causalidade necessária entre a conduta de agentes do Estado e o dano ocorrido no estabelecimento
estatal.
c) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o ordenamento
jurídico brasileiro adota, na matéria, a teoria do risco integral.
d) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o poder público
tem o dever jurídico de proteger as pessoas submetidas à custódia de seus agentes e estabelecimentos.

Gabarito letra D.
@Prof Igor Maciel
FGV/OAB I EXAME ‐ 2010
Manoel estava no interior de um ônibus da concessionária de serviço público municipal, empresa não
integrante da administração pública, quando o veículo derrapou em uma curva e capotou. Em razão desse
acidente, Manoel sofreu dano material e moral. Nessa situação hipotética, a responsabilidade será

a) objetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto em lei especial.
b) subjetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto no Código Civil.
c) objetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto em lei especial.
d) subjetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto no Código Civil.

Gabarito letra B.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
FGV/OAB VI EXAME ‐ 2011
Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu‐se em acidente de trânsito com automóvel dirigido por
particular, que trafegava na mão contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu grave
lesão, comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores. Nesse caso, é correto afirmar que

a) existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de ato ilícito, pois há nexo causal
entre o dano sofrido pelo particular e a conduta do agente público.
b) não haverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa exclusiva da vítima, que dirigia na contramão,
excluindo a responsabilidade do Estado.
c) não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve a chamada culpa ou falha do
serviço. E, de todo modo, a indenização do particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois o
Estado não responde por danos morais.
d) está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que se fundamenta na teoria do risco
integral.
Gabarito letra B.
Responsabilidade Civil

@Prof Igor Maciel
INTERVALO

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

profigormaciel@gmail.com      

@ Prof Igor Maciel

Responsabilidade Civil
Prof. Igor Maciel
BENS PÚBLICOS

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS

 Artigo 98, Código Civil

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa
a que pertencerem.

 Bens da União, Estados, Municípios e respectivas autarquias e


fundações.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
Pessoa Jurídica de Direito
Público

Incluem-se no Não se incluem no


Conceito Conceito

Sociedades
União de Economia
Mista

Estados
Empresas
Públicas
Municípios

Distrito Federal
e Territórios

Autarquia

Fundação
Bens Públicos Pública
@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/SC ‐ 2015
Pela perspectiva tão somente das definições constantes do direito positivo brasileiro,
consideram‐se “bens públicos” os pertencentes a:

a) um estado, mas não os pertencentes a um território.


b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal.
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia.
e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/SC ‐ 2015
Pela perspectiva tão somente das definições constantes do direito positivo brasileiro,
consideram‐se “bens públicos” os pertencentes a:

a) um estado, mas não os pertencentes a um território.


b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal.
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia.
e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS

 Características:

 Imprescritibilidade – não se pode adquirir um bem público por


usucapião.

 Impenhorabilidade – os créditos da Fazenda Pública devem ser


satisfeitos através de precatórios.

 Não onerabilidade – não podem ser dados em garantia.

 Inalienabilidade – bens afetados não podem ser alienados.


Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS

 Classificação:

 Bens de uso comum do povo – utilização geral pelos indivíduos


Ex: ruas, praças, mares e rios.

 Bens de uso especial – destinados à execução de serviços


administrativos e dos serviços públicos em geral. Ex: prédios de
repartições pública, escolas públicas, hospitais públicos.

 Bens dominicais – sem destinação definida.


Ex: terras devolutas, prédios públicos desativados.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/CE ‐ 2014
Acerca dos bens públicos, é correto afirmar que a imprescritibilidade é característica
dos bens públicos de uso comum e de uso especial, sendo usucapíveis os bens
pertencentes ao patrimônio disponível das entidades de direito público.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/CE ‐ 2014
Acerca dos bens públicos, é correto afirmar que a imprescritibilidade é característica
dos bens públicos de uso comum e de uso especial, sendo usucapíveis os bens
pertencentes ao patrimônio disponível das entidades de direito público.

Item Falso

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS

Lembrem‐se!

 Os imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião. Não há exceções!

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
 Alienação

 Apenas os bens públicos dominicais podem ser alienados, observando as devidas


exigências legais;

 Código Civil

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as


exigências da lei.

 As exigências são: demonstração de interesse público, prévia avaliação, licitação e no


caso de imóveis, prévia autorização legislativa (Lei 8.666/93, Artigo 17).
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/PI ‐ 2015
Nos termos do Código Civil, é consequência do caráter de “uso comum do povo” de
um bem público, por contraste com os bens dominicais, a impossibilidade de
alienação.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – TJ/PI ‐ 2015
Nos termos do Código Civil, é consequência do caráter de “uso comum do povo” de
um bem público, por contraste com os bens dominicais, a impossibilidade de
alienação.

Item Verdadeiro.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – PGE/MT ‐ 2011
Os bens imóveis pertencentes à Administração Pública:

a) são inalienáveis, quando de uso comum do povo e de uso especial, enquanto


mantida a afetação ao serviço público.
b) podem ser alienados mediante autorização legal prévia, exceto os bens dominicais.
c) são impenhoráveis, exceto os de titularidade de autarquias e fundações.
d) não podem ser objeto de subsequente afetação a serviço público, quando
anteriormente de uso privativo da Administração.
e) podem ser objeto de utilização por particular, total ou parcial, desde que em
caráter precário e a título oneroso.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – PGE/MT ‐ 2011
Os bens imóveis pertencentes à Administração Pública:

a) são inalienáveis, quando de uso comum do povo e de uso especial, enquanto


mantida a afetação ao serviço público.
b) podem ser alienados mediante autorização legal prévia, exceto os bens dominicais.
c) são impenhoráveis, exceto os de titularidade de autarquias e fundações.
d) não podem ser objeto de subsequente afetação a serviço público, quando
anteriormente de uso privativo da Administração.
e) podem ser objeto de utilização por particular, total ou parcial, desde que em
caráter precário e a título oneroso.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
AFETAÇÃO X DESAFETAÇÃO
 Afetação – destinação de um bem público à finalidade pública, determinando bem de
uso comum do povo ou bem de uso especial;

 Desafetação – fato administrativo que retira o destino público, deixando o bem de


servir a uma finalidade pública.

 E os bens das estatais?

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
 Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas;

 Pessoas Jurídicas de Direito Privado;

 Bens Privados – Não se aplica o regime dos bens públicos;


Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
 Constituição Federal: atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive


quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
 O STF possuía um entendimento neste sentido;

A PARTICIPAÇÃO MAJORITÁRIA DO ESTADO NA COMPOSIÇÃO DO CAPITAL


NÃO TRANSMUDA SEUS BENS EM PÚBLICOS. OS BENS E VALORES
QUESTIONADOS NÃO SÃO OS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MAS OS GERIDOS
CONSIDERANDO-SE A ATIVIDADE BANCÁRIA POR DEPÓSITOS DE TERCEIROS E
ADMINISTRADOS PELO BANCO COMERCIALMENTE. ATIVIDADE TIPICAMENTE
PRIVADA, DESENVOLVIDA POR ENTIDADE CUJO CONTROLE ACIONÁRIO É DA
UNIÃO. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE AO IMPETRADO PARA EXIGIR INSTAURAÇÃO
DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL AO IMPETRANTE. MANDADO DE SEGURANÇA
DEFERIDO.

(MS 23875, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Relator(a) p/ Acórdão: Min.


NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, julgado em 07/03/2003, DJ 30-04-2004 PP-00034
EMENT VOL-02149-07 PP-01270 RTJ VOL-00191-03 PP-00887) (grifo nosso).

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – ASSESSOR JURÍDICO –
TCE/PI ‐ 2014
Determinada empresa estatal que desempenha serviços na área de informática e
processamento de dados é proprietária de alguns terrenos públicos desocupados,
localizados em diversos municípios do Estado, que lhe foram destinados por força da
extinção de outra empresa estatal que atuava no mesmo segmento. Essa empresa,
deficitária, está sendo acionada judicialmente por diversos credores, em especial por
dívidas trabalhistas. Em um desses processos, foi requerida a penhora de dois
terrenos vagos.

O pedido pode ser deferido, tendo em vista que os terrenos pertencem a pessoa
jurídica submetida a regime jurídico típico das empresas privadas, e sequer estão
afetados a prestação de serviço público.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – ASSESSOR JURÍDICO –
TCE/PI ‐ 2014
Determinada empresa estatal que desempenha serviços na área de informática e
processamento de dados é proprietária de alguns terrenos públicos desocupados,
localizados em diversos municípios do Estado, que lhe foram destinados por força da
extinção de outra empresa estatal que atuava no mesmo segmento. Essa empresa,
deficitária, está sendo acionada judicialmente por diversos credores, em especial por
dívidas trabalhistas. Em um desses processos, foi requerida a penhora de dois
terrenos vagos.

O pedido pode ser deferido, tendo em vista que os terrenos pertencem a pessoa
jurídica submetida a regime jurídico típico das empresas privadas, e sequer estão
afetados a prestação de serviço público. ITEM VERDADEIRO

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
 STF e STJ – Lento processo de “autarquização” das estatais;

 Iniciado com a ECT;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
O recorrente foi denunciado perante a Justiça comum estadual pela prática de
receptação dolosa de uma balança de precisão furtada da Empresa de Correios e
Telégrafos (ECT). (...) Primeiro, note-se que as empresas estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista) são dotadas de personalidade jurídica de
direito privado, mas possuem regime híbrido, a depender da finalidade da estatal:
se presta serviço público ou explora a atividade econômica, predominará o regime
público ou o privado. É certo que a ECT é empresa pública, pessoa jurídica de
direito privado, prestadora de serviço postal, que, conforme o art. 21, X,
da CF/1988, é de natureza pública e essencial, encontrando-se aquela
empresa, por isso, sob o domínio do regime público. Ela é mantida pela União
e seus bens pertencem a essa mantenedora, consubstanciam propriedade pública
e estão integrados à prestação de serviço público. Daí que eles são
insusceptíveis de qualquer constrição que afete a continuidade,
regularidade e qualidade da prestação do serviço. Nesse contexto, vê-se que
é plenamente justificada a tutela a bens, serviços e interesses da União diante do
furto de bem pertencente à ECT, razão pela qual se atraiu a competência da Justiça
Federal (art. 109, IV, da CF/1988), vista a conexão entre o furto (principal) e a
receptação em questão (acessório). Também se acha albergada nessa tutela a
incidência da referida majorante, não se podendo falar que foi dada, no caso, uma
interpretação extensiva desfavorável ao conceito de bens da União. (...)
Precedentes citados do STF: AgRg no RE 393.032-MG, DJe 18/12/2009; RE
398.630-SP, DJ 17/9/2004, e QO na ACO 765-RJ, DJe 4/9/2009. REsp 894.730-
Bens Públicos RS, Rel. originária Min. Laurita Vaz, Rel. para acórdão Min. Arnaldo Esteves
Lima, julgado em 17/6/2010. (grifo nosso)
@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
 O STF também reconheceu alguns direitos a Sociedades de Economia Mista;

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Sociedade de


economia mista. Regime de precatório. Possibilidade. Prestação de serviço público
próprio do Estado. Natureza não concorrencial. Precedentes. 1. A jurisprudência
da Suprema Corte é no sentido da aplicabilidade do regime de precatório
às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio
do Estado e de natureza não concorrencial. 2. A CASAL, sociedade de economia
mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento no Estado
do Alagoas, presta serviço público primário e em regime de exclusividade, o qual
corresponde à própria atuação do estado, haja vista não visar à obtenção de lucro
e deter capital social majoritariamente estatal. Precedentes. 3. Agravo regimental
não provido.

(RE 852302 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em
15/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 26-02-2016 PUBLIC 29-02-
2016)

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
QUESTÃO PROPOSTA PELO 
PROFESSOR
Os bens públicos possuem diversas características que o distinguem dos bens
particulares. Considerando esta afirmação, pode‐se afirmar que os bens de uma
sociedade de economia mista estadual que atua no mercado em regime de concorrência
com outras companhias são

a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
QUESTÃO PROPOSTA PELO 
PROFESSOR
Os bens públicos possuem diversas características que o distinguem dos bens
particulares. Considerando esta afirmação, pode‐se afirmar que os bens de uma
sociedade de economia mista estadual que atua no mercado em regime de concorrência
com outras companhias são

a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
 Os bens das estatais estão afetados a um serviço público?

 Regime jurídico de bens públicos;

 Aplica‐se a impenhorabilidade;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – PROCURADOR – TCE/RJ 
‐ 2015
Uma concessionária de serviço de distribuição de energia elétrica estava, em razão de
atraso na recomposição de equilíbrio econômico‐financeiro já reconhecido pelo
poder concedente, com fluxo de caixa negativo, o que ocasionou inadimplência de
muitos compromissos, especialmente trabalhistas. Para garantia de alguns débitos,
foram penhorados bens imóveis afetados ao serviço concedido. Esses bens

a) têm natureza de bens públicos sujeitos ao regime jurídico de direito privado,


porque penhoráveis, cabendo ao poder concedente zelar e providenciar o necessário
para que a prestação do serviço público não seja interrompida.
b) podem receber proteção do regime jurídico de direito público em razão de sua
afetação à prestação de serviço público.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – PROCURADOR – TCE/RJ 
‐ 2015
c) dependem de autorização legislativa para serem penhorados, porque consistem
em bens públicos de uso especial, de modo que dependem de prévia desafetação.

d) têm natureza de bens privados dominicais, porque apesar de estarem afetados a


prestação de um serviço público, pertencem a pessoa jurídica de direito privado.

e) pertencem, obrigatoriamente, por expressa disposição legal, ao poder concedente


durante toda a vigência do contrato de concessão de serviço público, ficando
registrados em nome do titular do serviço público, que deverá impugnar as penhoras
como terceiro.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
PROVA FCC – PROCURADOR – TCE/RJ 
‐ 2015
Uma concessionária de serviço de distribuição de energia elétrica estava, em razão de
atraso na recomposição de equilíbrio econômico‐financeiro já reconhecido pelo
poder concedente, com fluxo de caixa negativo, o que ocasionou inadimplência de
muitos compromissos, especialmente trabalhistas. Para garantia de alguns débitos,
foram penhorados bens imóveis afetados ao serviço concedido. Esses bens

a) têm natureza de bens públicos sujeitos ao regime jurídico de direito privado,


porque penhoráveis, cabendo ao poder concedente zelar e providenciar o necessário
para que a prestação do serviço público não seja interrompida.
b) podem receber proteção do regime jurídico de direito público em razão de sua
afetação à prestação de serviço público.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE
 Constituição Federal
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou
que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham
a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE

VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins
de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 A Administração pode outorgar a determinados particulares o uso privativo dos bens
públicos, independente da categoria a que pertençam;

 Juízo de conveniência e oportunidade do Administrador;

 Artigo 103, Código Civil:

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

 Quais os instrumentos utilizados pela Administração?


Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Autorização de uso de bem público;

 Ato administrativo que consente ao particular a utilização de bem público de modo


privativo;

 Atendimento ao interesse privado;

 Ato discricionário e precário;

 Revogável sem direito de indenização;

 Desnecessidade de licitação;
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Autorização de uso de bem público;

Ato Discricionário

Precário

Sem prazo de duração

Sem prévia licitação

Revogável a qualquer tempo sem 
indenização
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Permissão de uso de bem público;

 Ato unilateral, discricionário e precário.

 Autoriza ao individuo a utilização privada do bem público;

 Atende ao interesse público e privado;

 Revogável a qualquer tempo sem indenização ao particular;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Permissão de uso de bem público;

Ato Discricionário

Precário

Sem prazo de duração

Necessária prévia licitação, apesar 
de se um ato administrativo

Revogável a qualquer tempo sem 
indenização

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de uso de bem público;

 Contrato administrativo;

 Confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público;

 Revogável a qualquer tempo;

 Possível indenização ao particular;

 Pode ser gratuita ou remunerada.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de uso de bem público;

Contrato Administrativo

Não Precário

Com prazo de duração

Necessária prévia licitação

Rescisão nas hipóteses legais com
indenização (se a causa não for 
imputada ao concessionário)

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de Direito real de uso;

 Direito de natureza real;

 Para Carvalho Filho:

Concessão de direito real de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder


Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou
sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinantemente,
o justificaram.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de Direito real de uso;

 Exclusivo para a União e está previsto no DL 271/67:

Art. 7o É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares


remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real
resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse
social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra,
aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das
comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras
modalidades de interesse social em áreas urbanas. (Redação dada pela Lei nº
11.481, de 2007)

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de Uso Especial para fins de moradia;

 Previsto no Estatuto das Cidades;

 Objetivo de Regularização Fundiária;

 Concessão de terrenos públicos a pessoas de baixa renda, já que não possuem direito
a adquirir a propriedade por usucapião;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Concessão de Uso Especial para fins de moradia;

 Previsto na MP 2.220/2001:
Art. 1º Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros
quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade
urbana, e que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão
de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde
que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel
urbano ou rural.
§ 1o A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma
gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
concessionário mais de uma vez.
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na
posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da
Bens Públicos
sucessão.

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Cessão de Uso

 Para Marinela:

a utilização especial em que o Poder Público permite, de forma gratuita, o uso de


bem público por órgão da mesma pessoa ou de pessoa diversa, com o propósito de
desenvolver atividades benéficas para a coletividade, com fundamento na
cooperação entre as entidades públicas e privadas.

 Exemplo: União cede um imóvel para utilização da Secretaria Estadual de Saúde;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
 Cessão de Uso

 Para Marinela:

a utilização especial em que o Poder Público permite, de forma gratuita, o uso de


bem público por órgão da mesma pessoa ou de pessoa diversa, com o propósito de
desenvolver atividades benéficas para a coletividade, com fundamento na
cooperação entre as entidades públicas e privadas.

 Exemplo: União cede um imóvel para utilização da Secretaria Estadual de Saúde;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 Particular ocupa irregularmente bem público;

 Se o poder público retira particular que ocupa imóvel público irregularmente, caberá
direito a indenização por benfeitorias realizadas?

 Código Civil, artigo 1.219:


Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 Para o STJ, contudo:
nos casos em que o bem público foi ocupado irregularmente, a pessoa não tem
direito de ser indenizada pelas acessões feitas, assim como não tem direito à
retenção pelas benfeitorias realizadas, mesmo que fique provado que estava
de boa-fé.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 A ocupação irregular de bem público não pode ser caracterizada como posse, mas
mera detenção;

 Natureza precária;

 Possuidor é aquele que exerce de fato algum dos poderes inerentes à propriedade
(artigo 1.196, Código Civil), sendo a posse adquirida desde o momento em que se
torna possível o exercício em nome próprio destes poderes (artigo 1.204, Código
Civil).
Art. 1.196. Considera‐se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Art. 1.204. Adquire‐se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em
Bens Públicos
nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 Apenas pode ser reconhecida a posse a quem se comporta como proprietário do bem;

 Contudo, os bens públicos jamais serão adquiridos por usucapião;

Artigo 183.

§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Artigo 191.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.’

Código Civil
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 É característica dos bens públicos a imprescritibilidade;

 O particular não se comporta como posseiro pois jamais obterá a propriedade;

 Assim, a ocupação de área pública, quando irregular, não pode ser reconhecida como
posse, mas como mera detenção, eis que seu titular não exerce quaisquer dos
poderes inerentes à propriedade;

Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de


dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento
de ordens ou instruções suas.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 Poderá o ente público proceder à desocupação do bem ocupado pelo particular
irregularmente instalado independentemente o pagamento de qualquer benfeitoria
feita no imóvel;

 Não enseja enriquecimento sem causa (administração terá um custo para demolir);

 Eventual omissão do governante não pode afastar a aplicação da norma legal,


devendo ensejar a responsabilização dos agentes públicos e não a aquisição de
direitos por parte dos particulares;

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
 Segundo o STJ:

PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. OMISSÃO. VÍCIO NÃO CONFIGURADO. BEM


PÚBLICO. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OCUPAÇÃO IRREGULAR. INDENIZAÇÃO POR
MELHORIAS. DESCABIMENTO.
1. Não há violação do art. 535 do CPC/1973 quando o acórdão recorrido fundamenta
claramente seu posicionamento de modo a prestar a jurisdição que lhe foi
postulada.
2. A ocupação irregular de imóvel público, que caracteriza simples
detenção, e não posse, não gera direito à indenização de supostas
melhorias executadas no bem. Precedentes.
3. Recurso especial provido em parte.
(REsp 1403126/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em
26/09/2017, DJe 29/09/2017)
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
QUESTÃO PROPOSTA PELO 
PROFESSOR
Francisco, proprietário de uma casa vizinha a um terreno de propriedade da União
resolve ocupar o bem público construindo uma pequena quadra de futebol para seus
filhos. Com o passar dos anos, a área de lazer cresceu: Francisco construiu uma piscina,
uma churrasqueira e 3 chalés para receber seus familiares que ia lhe visitar.
Considerando que já se passaram 20 anos desde que Francisco começou a ocupar o
imóvel da União e que jamais houve qualquer oposição por parte da Administração
Pública:

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
QUESTÃO PROPOSTA PELO 
PROFESSOR
a) Francisco poderá adquirir a propriedade do bem em razão de estarem preenchidos os
requisitos da usucapião, independentemente de qualquer pagamento.

b) Francisco poderá adquirir a propriedade do bem em razão de estarem preenchidos os


requisitos da usucapião, mas precisará depositar em juízo o valor do IPTU atualizado do
imóvel.

c) Não será possível a aquisição do imóvel por usucapião, visto que os bens públicos
gozam da característica da imprescritibilidade.

d) Francisco terá direito a ser indenizado pelas benfeitorias que eventualmente fizera no
imóvel, acaso seja determinada a sua desocupação.
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
QUESTÃO PROPOSTA PELO 
PROFESSOR
a) Francisco poderá adquirir a propriedade do bem em razão de estarem preenchidos os
requisitos da usucapião, independentemente de qualquer pagamento.

b) Francisco poderá adquirir a propriedade do bem em razão de estarem preenchidos os


requisitos da usucapião, mas precisará depositar em juízo o valor do IPTU atualizado do
imóvel.

c) Não será possível a aquisição do imóvel por usucapião, visto que os bens públicos
gozam da característica da imprescritibilidade.

d) Francisco terá direito a ser indenizado pelas benfeitorias que eventualmente fizera no
imóvel, acaso seja determinada a sua desocupação.
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – V EXAME
De acordo com o critério da titularidade, consideram‐se públicos os bens do domínio
nacional pertencentes

a) às entidades da Administração Pública Direta e Indireta.


b) às entidades da Administração Pública Direta, às autarquias e às empresas públicas.
c) às pessoas jurídicas de direito público interno e às pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviços públicos.
d) às pessoas jurídicas de direito público interno.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – V EXAME
De acordo com o critério da titularidade, consideram‐se públicos os bens do domínio
nacional pertencentes

a) às entidades da Administração Pública Direta e Indireta.


b) às entidades da Administração Pública Direta, às autarquias e às empresas públicas.
c) às pessoas jurídicas de direito público interno e às pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviços públicos.
d) às pessoas jurídicas de direito público interno.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – VII EXAME
Sobre os bens públicos é correto afirmar que

a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião.


b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião.
c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não
estejam afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião.
d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública
indireta é passível de usucapião.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – VII EXAME
Sobre os bens públicos é correto afirmar que

a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião.


b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião.
c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não
estejam afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião.
d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública
indireta é passível de usucapião.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – XVI EXAME
O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município de Molhadinho foi parcialmente
destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e prejudicou
gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma
nova sede. O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de
entulho e escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos.
b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado
após ato formal de desafetação.
c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público
dominical.
d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata‐se de bem
público de uso comum, insuscetível de alienação.
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – XVI EXAME
O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município de Molhadinho foi parcialmente
destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e prejudicou
gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma
nova sede. O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de
entulho e escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos.
b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado
após ato formal de desafetação.
c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público
dominical.
d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata‐se de bem
público de uso comum, insuscetível de alienação.
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – VI EXAME
A autorização de uso de bem público por particular caracteriza‐se como ato
administrativo
a) discricionário e bilateral, ensejando indenização ao particular no caso de revogação
pela administração.
b) unilateral, discricionário e precário, para atender interesse predominantemente
particular.
c) bilateral e vinculado, efetivado mediante a celebração de um contrato com a
administração pública, de forma a atender interesse eminentemente público.
d) discricionário e unilateral, empregado para atender a interesse predominantemente
público, formalizado após a realização de licitação.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – VI EXAME
A autorização de uso de bem público por particular caracteriza‐se como ato
administrativo
a) discricionário e bilateral, ensejando indenização ao particular no caso de revogação
pela administração.
b) unilateral, discricionário e precário, para atender interesse predominantemente
particular.
c) bilateral e vinculado, efetivado mediante a celebração de um contrato com a
administração pública, de forma a atender interesse eminentemente público.
d) discricionário e unilateral, empregado para atender a interesse predominantemente
público, formalizado após a realização de licitação.

Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
FGV – OAB – VI EXAME
 Autorização de uso de bem público;

Ato Discricionário

Precário

Sem prazo de duração

Sem prévia licitação

Revogável a qualquer tempo sem 
indenização
Bens Públicos

@Prof Igor Maciel
OBRIGADO!

Igor Maciel

Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.

profigormaciel@gmail.com      

@ Prof Igor Maciel

Prof. Igor Maciel

Anda mungkin juga menyukai