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Queimadores para combustíveis líquidos

Introdução:

Em geral os queimadores de combustíveis líquidos são semelhantes aos queimadores a


gás, pois a queima se produz na fase vapor.

Neste sentido podemos identificar duas situações bem distintas;

• Queima de combustíveis líquidos previamente vaporizados, como é o de algumas


aplicações industriais de líquidos de baixo ponto de ebulição (exemplo: querosene).
Este caso deve ser tratado como combustão de gases.

• Queima de combustíveis líquidos pulverizados (pequenas gotículas de líquidos) na


câmara de combustão.
¾ Em processos de combustão industrial a queima de líquidos na forma de
“sprays” tem considerável importância em função da grande diversidade de
aplicações (geração de vapor, aquecimento de fornos, geração de gases
quentes, etc.), representando quase que a totalidade das chamas industriais
destes combustíveis.

Processo de queima com pulverização (Sprays):

• Este processo pode ser descrito como a


divisão do líquido gerando uma névoa de
pequenas gotas, denominado nebulização
(atomização), que posteriormente mistura-se
ao comburente (ar na maioria das vezes),
proporcionando condições para a
combustão, que ocorre ao nível das gotas.

• Difere dos combustíveis gasosos


premisturados, pois não apresenta
composição uniforme.

• O ‘’spray’’ constituído de gotas de


combustível pode ter uma larga faixa de
tamanhos de gotas que podem se mover em
diferentes direções e velocidades em relação
ao fluxo gasoso.

• Esta ausência de uniformidade provoca


irregularidades na propagação de chama e a
zona de combustão não se apresenta
geometricamente bem definida.

• No interior de câmaras de combustão


ocorrem diversos fenômenos como
escoamento de misturas complexas
multifásicas, trocas de calor entre chama e
invólucro, entre outros, que tornam o
processo bastante complexo
Nebulização do combustível:

• O propósito principal do processo de nebulização do combustível é a divisão do


líquido em gotas de menor tamanho possível, gerando um fino ‘’spray’’ (5 µm < d <
500 µm).
• A divisão proporciona um aumento significativo da área de contato entre
combustível e comburente e como decorrência um aumento nas taxas de
evaporação e combustão que ocorrem na interface líquido-gás

Exemplo: tomemos como exemplo hipotético a divisão de apenas uma gota de diâmetro
inicial D igual a 1 cm em N gotas, todas com mesmo diâmetro final d igual 100 µm

D3
π
6 D3 Spray d2
N= 3
= 3 = 10 6 gotas = N 2 = 100
d d gota D
π
6
Número de gotas Relação área superficial

• Para o mesmo volume de líquido, com a divisão obtém-se uma área superficial de
cerca de cem vezes maior.

• Num caso real, onde se produz um spray de diferentes diâmetros de gotas, é


possível dividir um volume de 1 cm3 de líquido em 107 gotas, ou ainda, 1 kg óleo
combustível se expandido em gotas com área superficial total de até 120 m2.

Mecanismos de Formação de Sprays:

Seja qual for o princípio ou dispositivo utilizado, o processo de nebulização ocorre quando
se obtém à saída do bocal através do qual o líquido é injetado, uma película fina de
espessura da ordem de micra (µm).
Esta película logo em seguida, torna-se instável rompendo-se em gotas e placas, sendo
que estas últimas, sob a ação da tensão superficial, adquirem a forma de gotas
aproximadamente esféricas.
Estes fenômenos ocorrem durante frações de segundo, logo após o líquido deixar o bocal.

Formação de um spray ideal obtido a partir de um


jato de água plano escoando em regime laminar.
Observa-se que na expansão da película ocorrem
oscilações na superfície que, à medida que a película
se expande provoca a desintegração da mesma
formando ligamentos. Estes ligamentos tornam-se
instáveis rompendo-se em segmentos, que sob à ação
da tensão superficial, assumem a forma esférica.
Modelo físico:

A Figura mostra um dos modelos físicos considerado no estudo dos mecanismos de


desintegração da película. A desintegração da película à saída do bico injetor ocorre
devido aos seguintes mecanismos:

• Forças de contração exercidas pela tensão superficial que se opõe à expansão da


película
• Dobramento da película em finas camadas, que rompem-se formando plaquetas
que em seguida assumem a forma esférica
• Perfuração da película causada pela oscilação de pressão do meio ambiente onde
estão se desenvolvendo
• Desintegração do jato causado por cisalhamento na interface líquido gás, que age
a partir do momento em que este deixa o bico.

Caracterização de Sprays:
• O “spray” obtido no processo de nebulização é caracterizado pela;
¾ Configuração espacial (comprimento, largura e ângulo sólido)
¾ Distribuição do líquido na seção transversal do “spray”
¾ Diâmetro médio das gotas e pela uniformidade de tamanho das mesmas.

• Essas características contribuem para a definição


das características da chama obtida
(comprimento, largura, estabilidade, perfil de
temperaturas, etc.).
• As características do “spray” são fortemente
dependentes da geometria interna do bocal
nebulizador, das propriedades do líquido e do
meio onde é descarregado.
• O escoamento do líquido com alta velocidade
induz recirculações (internas e externas) que
alteram a própria configuração do “spray”.
• O ângulo correspondente do “spray” não coincide
com o ângulo do jato que deixa o bocal.
Princípios de Nebulização:

Os vários princípios e dispositivos de nebulização utilizados industrialmente, geralmente


são classificados segundo a fonte de energia utilizada para a injeção do líquido através do
bocal, e são divididos em três princípios fundamentais;

• Por pressão de líquido;


• Com fluido auxiliar ou pneumática (ar ou vapor);
• Híbridos ou combinados (de pressão de líquido e pneumática) e mecânica com
copo rotativo.

Há outros princípios e dispositivos existentes alternativos a estes como choque de jatos,


ultrasom, vibrações. Entretanto ainda não tem utilização industrial significativa.

A utilização de um ou outro processo para nebulização do combustível depende de;


• Características físicas do líquido,
• Disponibilidades de energia e de fluidos auxiliares, bem como do equipamento
onde está acoplado o queimador,
• Deve-se também levar em conta muitas vezes critérios econômicos (custo de
energia elétrica, de vapor e ar comprimido) no momento da escolha do tipo mais
adequado a uma aplicação.

Nebulização por pressão de líquido

Bocais de simples orifícios

• A película à saída do bocal neste caso é obtida mediante a injeção do líquido sob
pressões relativamente elevadas, 20 a 60 kgf/cm2 e em alguns casos mais
elevadas, através de bocais de pequenas dimensões, portanto, a altas velocidades.

• A formação e desintegração da película à saída do bocal, depende essencialmente


dos seguintes fatores:
¾ Características geométricas do bocal injetor;
¾ Pressão de injeção do líquido;
¾ Propriedades físicas do líquido (viscosidade, tensão superficial);
¾ Pressão do meio em que está sendo injetado.

Podem ser obtidos sprays de diversos formatos,

Cone cheio: O líquido é Cone oco Película que se expande


descarregado na forma de um radialmente
jato cilíndrico
Várias formas de orifícios e correspondentes valores coeficientes de descarga:

Bocais do tipo câmara de rotação (“Pressure Swirl”)

• Neste tipo de bocal nebulizador o líquido é introduzido


tangencialmente numa câmara situada imediatamente à
montante do orifício de descarga, deixando este na forma de
ume película que se expande na forma de um cone oco.

• Esta película à medida que se expande tem sua espessura


reduzida, desintegra-se à frente em gotas segundo os
mecanismos citados anteriormente, gerando uma névoa de
gotas que constitui o “spray”.

Estágios do desenvolvimento do spray com o aumento da


pressão de injeção do líquido

a) pressão é muito próxima de zero;


b) o líquido deixa o orifício na forma de um cilindro distorcido;
c) forma-se um cone junto do orifício que se contrai sob ação da tensão superficial
(“cebola”);
d) a película (“tulipa”) rompe-se em gotas formando um “spray grosseiro” e finalmente
e) obtém-se o spray plenamente desenvolvido.
Efeito da pressão de injeção e da viscosidade do óleo no aspecto visual do spray de um
determinado bocal de nebulização por pressão de líquido.

As relações entre as vazões máximas e mínimas (“turn-down”) que permitem obter


resultados satisfatórios é da ordem de 1:1,5, limitando portanto a utilização em
instalações que operam em regime contínuo de carga, sem grandes variações de carga.

Bico com dispositivos que permitem


atuar sobre as áreas de passagem em
função de variações no consumo, com
objetivo de ampliar a faixa de
capacidades destes bocais.

Com a finalidade de ampliar a faixa de


capacidades dos bocais de pressão
direta de óleo, foram desenvolvidos os
chamados de nebulização por pressão
com retorno. Consiste basicamente de
alimentar-se o bocal com vazão de
líquido maior do que a consumida,
fazendo com que o excesso que não foi
nebulizado retorne para uma linha de
óleo de retorno, dotada de válvula
reguladora de pressão.
Nebulização com fluido auxiliar ou pneumática

• Na nebulização com fluido auxiliar ou pneumática a injeção do líquido é feita com


pressões relativamente mais baixas do que na nebulização por pressão, com
auxílio de um fluido gasoso (ar ou vapor) que transfere quantidade de movimento
ao líquido que está sendo nebulizado.

• Neste tipo de nebulização os mecanismos descritos anteriormente para a


desintegração da película são desencadeados pelo fluido auxiliar, iniciando-se em
muitos casos, ainda no interior do próprio bocal.

Existem bocais em que a mistura líquido-fluido auxiliar é feita externamente ao bocal


nebulizador, como é o caso dos bocais da figura abaixo.
Em (a) o líquido deixa o orifício na forma de um jato cilíndrico que se expande, entrando em contato com o
jato de ar que é introduzido no queimador com pressões máximas relativamente baixas, cerca de 0,16 bar.
Em (b) o líquido entra em contato com o fluido de nebulização já na forma de uma película

Bocais de nebulização com fluido auxiliar de baixa


pressão e média pressão. 1 – líquido; 2 – ar;
3 – filme de líquido; 4 – borda de descolamento do
filme

Há outros bocais em que a mistura do fluido de nebulização com o líquido ocorre no


interior do bocal em diferentes configurações.

1 – líquido; 2 – ar/vapor; 3 – orifício de


líquido; 4 – orifício de ar/vapor; 5 – câmara
de mistura; 6 – orifícios de descarga
Bocais nebulizadores híbridos

Existem bocais onde os dois princípios de nebulização, por pressão de líquido e com
fluido auxiliar, são combinados ou denominados híbridos.

No bocal da figura o líquido é


injetado por uma câmara de rotação
e a desintegração do jato produzido
por um bocal nebulizador do tipo
câmara de rotação é assistida
externamente por um jato de fluido
auxiliar (ar ou vapor)

Este tipo de bocal geralmente é utilizado quando a vazão de líquido é bastante alta
(p.ex. 5 t/h de óleo), onde o diâmetro do orifício de descarga do líquido é da ordem de
centímetro, o que produziria gotas de diâmetros da ordem de milímetro. Neste caso a
desintegração da película assistida por jato de fluido auxiliar melhora significativamente a
qualidade do processo de nebulização.

Nebulização com copo rotativo

Na nebulização com copo rotativo o líquido é depositado nas paredes internas de um


copo na forma de um tronco de cone. A película se forma na parede interna mediante a
rotação do copo, expandindo na medida em que, sob a ação da força centrífuga, se
desloca em direção à borda interna do copo.
(a) quando a vazão de líquido é baixa,
chamado regime de gotas, as gotas
formam-se a partir das cristas das
ondas provocadas por distúrbios
decorrentes de instabilidades e
vibrações do próprio copo;
(b) quando a vazão de líquido
aumenta, no regime de ligamentos,
formam-se ligamentos que ao se
alongar rompem-se em gotas nas
suas extremidades
(c) no regime de película para vazões
de líquido ainda mais elevadas, o
líquido deixa a borda do copo como
uma película, que, na seqüência
rompem-se em ligamentos e
subseqüentemente em gotas.
Mecanismo de combustão de uma gota

A descrição sumária, aqui apresentada, considera uma gota de líquido sozinha,


deslocando-se no interior de uma câmara de combustão, desprezando o efeito da
presença das gotas vizinhas que constituem a névoa lançada pelo queimador no interior
da câmara de combustão.
A gota ao ser lançada pelo bico nebulizador no interior da câmara de combustão, vide
esquema da figura, é aquecida por convecção com o meio e por radiação da frente de
chama, o que propicia a evaporação formando-se, à sua volta uma camada de mistura ar-
vapor do líquido-gases de combustão.

A medida que a gota se desloca no interior da câmara, a temperatura do meio vai


aumentando até um ponto no qual a camada de mistura que envolve a partícula tem
concentração de vapor acima do primeiro limite de inflamabilidade e temperatura igual à
de ignição. Neste ponto, estabelece-se uma chama em torno da partícula a qual, a partir
daí passa a fornecer o calor necessário para que a gota continue evaporando.

Na medida em que a gota evapora, parte das moléculas no estado


de vapor sofrem craqueamento e polimerização simultânea, dando
origem a partículas de dimensões muito pequenas, cerca de 500 A
(1 A = 10-10 m), nas quais a relação carbono/hidrogênio é muito
alta, denominadas fuligem, Esta fuligem, aquecida a temperaturas
altas pelo meio gasoso circundante e pela sua reação com oxigênio
disponível emite radiação com grande intensidade para a superfície
envolvente

No final da evaporação, o material remanescente da gota apresenta


altas relações carbono/hidrogênio, diâmetro muito pequeno e
temperatura muito alta, denominadas cenosferas ou coque (“coke”).
Neste ponto, essa partícula está saindo da região visível da chama,
juntamente com as partículas de fuligem formadas via polimerização.
A partir deste ponto as reações de oxidação se darão na própria
superfície, até que a partícula seja totalmente consumida ou saia da
câmara de combustão.

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