cerâmicas
Edição 129 - Abril/2012
Definição
Execução de revestimento de pisos internos com placas cerâmicas.
Especificação dos produtos
Placas cerâmicas, agregados, aglomerantes, aditivos, adições e
argamassa industrializada.
Dados de projeto
O projeto deve trazer:
-Vistas com detalhes específicos, incluindo juntas;
-Detalhes construtivos típicos;
-Memorial descritivo;
-Especificação dos materiais a serem utilizados;
-Definição dos serviços a serem realizados;
-Planilha quantitativa de serviços e materiais a serem aplicados;
-Forma de aplicação das placas cerâmicas;
-Informações sobre preparo e aplicação das argamassas;
-Definição das etapas de execução e seus intervalos;
-Particularidades de projeto, como junta de dessolidarização, aplicação
de material de
dessolidarização entre laje e contrapiso, juntas entre panos, etc.;
-Critérios de mapeamento e taliscamento;
-Procedimentos de execução, aplicação, controle e aceitação:
- limpeza e preparo da base
- colocação de reforços ou de camadas intermediárias
- argamassa de regularização do piso
- juntas
- colocação das placas cerâmicas
- rejuntamento
- nivelamento, planeza e regularidade da superfície.
ETAPAS DO SERVIÇO
A execução divide-se nas seguintes fases
- Recebimento em obra e armazenamento dos materiais
- Regularização e limpeza da superfície
- Aplicação de telas em interfaces de bases com materiais diferentes,
quando previstas em projeto, e adoção dos detalhes previstos em
projeto
- Execução de camada de dessolidarização, quando prevista
- Assentamento das placas cerâmicas
- Execução das juntas previstas no piso
- Execução do rejuntamento
- Limpeza final
Normas técnicas diretamente relacionadas
Procedimentos de segurança
O trabalho de execução de revestimento cerâmico pode ser
caracterizado como um serviço de cuidados simples no que diz respeito
ao uso de ferramentas. O uso de EPIs faz-se necessário quando da
execução dos serviços de revestimento.
O início dos serviços de revestimento cerâmico deve ser precedido das
proteções, evitando, desta forma, a queda de pessoas ou materiais.
Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a
instalação de proteções coletivas, como guarda-corpos, plataformas etc.
e os operários devem utilizar sempre cintos de segurança. O uso de EPIs
faz-se necessário quando da execução de serviços como trabalhos em
alturas superiores a 2 m. Neste caso, é necessário o uso do cinturão de
segurança tipo paraquedista.
O içamento dos materiais deve ser feito através de gruas ou guinchos.
Em qualquer situação, a carga máxima suportada pelo equipamento tem
de ser respeitada, além de serem tomadas todas as cautelas necessárias
para que não haja queda de materiais.
Epis utilizados
- Bota de segurança com bico de aço
- Capacete de segurança
- Luva de proteção (de raspa ou vinílica)
- Óculos de segurança
- Máscara com filtro
Controle e aceitação do serviço
Tolerâncias (NBR 9817:1987 e NBR 13753:1996)
Cota
Recomenda-se que a cota do piso acabado não seja inferior a 5 mm em
relação à cota do projeto; a cota do piso não deve ser superior à cota dos
pisos não laváveis, tais como tacos de madeira ou carpetes.
Nível
Os desníveis dos pisos projetados em nível, de acordo com a norma, não
devem apresentar valores superiores a L/1.000 e nem maiores que 5
mm.
Caimento
A NBR 9817:1987 recomenda que o caimento do piso acabado não seja
maior que 0,1% do valor especificado em projeto.
A NBR 13753:1996 determina que o caimento dos pisos em áreas
molháveis não seja inferior ao especificado em projeto, sendo admitida
uma tolerância de +10% em relação aos valores especificados pela
norma. A norma recomenda que o caimento dos pisos em ambientes não
molháveis não ultrapasse o valor especificado em projeto.
Planeza
Considerar irregularidades graduais e irregularidades abruptas durante a
verificação de planeza do piso acabado. De acordo com a norma, as
irregularidades graduais não podem ultrapassar 3 mm em relação a uma
régua de 2 m. As irregularidades abruptas não podem ultrapassar 1 mm
em relação a uma régua com 0,2 m de comprimento; isto é válido para
ressaltos entre pisos cerâmicos contíguos, bem como para desníveis
entre partes do piso contíguas a uma junta de movimentação.
A NBR 15575:2010 estabelece valores de referência para o fator de
planeza do piso, para revestimentos em geral, conforme a tabela 4.