TRAVIS HIGGINS
Formado em Engenharia de Sistemas Industriais
pelo Georgia Institute of Technology, Travis Higgins
tem experiência no desenvolvimento de melhorias
operacionais significativas em uma ampla gama de
setores. Alguns exemplos são desenvolvimento de
alta tecnologia de produto, engenharia, manufatura
pesada, manutenção e reparação, mineração e
organizações de serviços.
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Introdução pág. 5
Fonte: McKinsey&Company
PENSAMENTO SISTÊMICO
Fonte: Diagrama “Production as a Process”, em Out of the Crisis, William Edwards Deming, 1982
mais comum entre times que dependem dos mesmos ativos da empresa,
sejam materiais, equipamentos ou recursos humanos.
Por mais imperceptíveis que essas regras possam ser, elas afetam o
comportamento individual de todos os gestores numa empresa. Um
exemplo clássico é a mania de muitos gerentes de, acima de tudo, focar
em manter todos ocupados 100% (ou 110%) do tempo. A ideia de que
alguém que não está trabalhando não consegue produzir faz sentido,
mas o oposto não é verdade. Ter alguém trabalhando ativamente não
significa que essa pessoa esteja produzindo.
Pior ainda: em muitos casos, alguém atuando em alguma frente pode até
atrapalhar algum trabalho prioritário (pense em restrições de espaço).
Sem mencionar a perda a longo prazo em ter pessoas trabalhando em
condições de esgotamento.
Exercício:
METAS AMBICIOSAS
“Tudo que estamos fazendo é olhar para a linha do tempo do momento em que
o cliente nos trás uma demanda até o momento em que recebemos o dinheiro. E
nós estamos reduzindo essa linha do tempo...”
Taiichi Ohno, sobre o Sistema de Produção Toyota
5 x 0,5 = 2,5
(projetos/ano) (anos para entregar cada projeto) (projetos em andamento)
Meses (tempo)
Como vimos no cálculo de Lei de Little, a VIP tem em média 2,5 projetos
em andamento, que significam na prática uma escala de 1 até 4 projetos
em andamento em qualquer momento do ano (de acordo com as datas
de início estipuladas pelos clientes). Como qualquer gerente sabe, a
carga de trabalho afeta significativamente as condições de trabalho.
Como falamos anteriormente, a VIP é capaz de fazer os projetos em
menos tempo do que o prazo estipulado pelo cliente, lidando com a
carga excessiva de projetos nos 4 meses de pico sem causar atrasos. No
entanto, a VIP tem somente 3 gerentes de projeto bem experientes e,
durante o período de pico, pelo menos um gerente precisa liderar mais
do que um projeto. Um planejamento ideal teria 3 projetos como teto
de projetos em andamento (para focar os gerentes de projeto e atender
bem o cliente). Se aplicarmos a Lei de Little para calcular o número de
projetos possíveis sob essa condição, temos o seguinte resultado:
3
(projetos em andamento na média)
= 6
(projetos/ano)
0,5
(anos para entregar cada projeto)
Isso significa que mesmo com uma programação perfeita que consegue
manter 3 projetos em andamento o ano todo, a empresa completaria
somente mais um projeto. Não surpreende que a empresa não se
desgaste para correr atrás de mais oportunidades comerciais. No
entanto, se a VIP reduzir o prazo de entrega em 25% – de 6 até 4,5 meses
– o potencial da empresa sobe para até 8 projetos por ano (60% acima
dos anos anteriores) sem contratar ninguém a mais. Considerando um
plano-mestre razoável, sem uma mudança drástica nas datas de início
dos projetos no primeiro ano, o resultado seria o seguinte:
Projetos
Meses (tempo)
1º ano: 6 projetos concluídos
Projetos
Meses (tempo)
A segunda questão, que podemos pensar como “como criar uma oferta
irresistível baseada em excelência operacional?” ficará para um próximo
eBook, mas trataremos a primeira no próximo capítulo. De qualquer
forma, vale a pena ressaltar que ninguém conseguiu uma grande
melhoria sem primeiro acreditar na sua possibilidade.
Ganho
“A vida de uma pessoa é a acumulação do tempo – apenas uma hora pode ser
equivalente à vida inteira. Os funcionários fornecem suas preciosas horas de
vida à empresa. Por isso, é preciso utilizá-las de maneira efetiva – caso contrário,
estaremos desperdiçando a vida deles.” Eiji Toyoda
Exercício:
Por isso, um projeto, na maior parte das vezes, está aguardando uma
coisa ou outra:
Trabalho Desperdício
Sequenciamento
1. Programar o início e fim dos projetos da empresa (ou por portfólio)
seguindo a lógica da Lei de Little para criar um plano-mestre.
WIP
= CT
TP
Programação flexível
2. Criar cronogramas simples e integrados
2.1. Juntar os vários envolvidos para criar um cronograma mestre
de tarefas, com durações, dependências, e recursos
• Cada projeto deve ter somente um cronograma mestre que define as prioridades
para todas as equipes de mão de obra direta de todas as empresas envolvidas
• O cronograma mestre pode utilizar o escopo técnico ou orçamentário como uma
base, mas deve ser construído do zero pelos especialistas no trabalho (gerentes
das tarefas)
• Projetos simples podem ser gerenciados com menos de 15 tarefas. Projetos
complexos podem ser gerenciados com menos de 300 tarefas
• Esse exercício pode ser feito em poucos dias independentemente da
complexidade do projeto
• Uma estratégia de execução específica deve ser criada para a corrente crítica e
uma ou duas outras cadeias de atividades com a menor folga
• O cronograma mestre pode ser dividido em fases e cada fase deveria ter uma
definição clara de condições necessárias para iniciar (conhecida na literatura
como um “Full Kit”)
• Também é importante que as principais mobilizações sejam programadas de
acordo com o cronograma mestre para evitar o início prematuro de atividades
Processos focalizadores
3. Processo de sincronização de mão de obra direta
3.1. Definir uma agenda gerencial por cada projeto que permita a
atualização diária das tarefas do cronograma master em andamento
• A atualização das tarefas deve ser feita pelos gerentes capazes de mobilizar os
recursos de mão de obra direta necessários
• Na Corrente Crítica, a atualização das tarefas é feita em duração remanescente
(em vez de percentual), para fornecer prioridades claras
• É crucial que essas reuniões contem com a participação das pessoas certas para
tomar decisões sobre prioridades
• Tanto quanto possível, todo mundo deve chegar com clareza sobre o status do
projeto para evitar discussões longas sobre o que já foi feito e focar no que ainda
tem que ser feito para avançar no projeto
4. Processo de resolver problemas e imprevistos de mão de obra indireta
4.1. Criar uma categorização dos problemas comuns e mapear as
pessoas responsáveis para cada categoria
4.2. Definir o procedimento padrão para a resolução de cada tipo
de problema
Exercício:
HÁBITOS DE SUCESSO
O que você fez primeiro logo depois de acordar hoje? Tomou banho? Leu
o seu e-mail? Ou pegou um pão de queijo da cozinha? Para sair de casa,
você calçou qual sapato primeiro: o esquerdo ou o direito? Qual caminho
você pegou para ir para o trabalho? Quando chegou na sua mesa de
trabalho, o que você fez primeiro?
Nossos hábitos são formados para que nosso cérebro poupe esforço, e
são formados, de acordo com Duhigg, por um “loop de três estágios”: a
deixa, a rotina e a recompensa.
Em tempo, este loop se torna cada vez mais automático e nosso cérebro
deixa de participar plenamente na tomada de decisões habituais. A deixa
e a recompensa se entrelaçam até um poderoso senso de antecipação, e
surge o anseio. E-mail é um exemplo perfeito. Quando seu celular toca
com uma nova mensagem (a deixa), seu cérebro começa a antecipar o
momento de distração de checar seu celular (anseio).
Rotina
Anseio por
Deixa distração Recompensa
Com hábitos fixos, pode parecer que nossas ações são inevitáveis, mas
é possível mudar ou substituir nossos hábitos. O princípio básico para
tomar controle dos nossos hábitos é o seguinte: Você não pode livrar-
se de um hábito, só consegue alterá-lo. Ou seja, você pode hackear um
hábito trocando uma rotina indesejável para uma positiva, mantendo
a mesma deixa e recompensa. Além disso, seguindo Duhigg, as pessoas
não precisam focar em todos os seus hábitos para impulsionar uma
mudança radical. Há os chamados “hábitos mestres” ou “hábitos
angulares” (keystone habits), capazes de desencadear uma série de reações
no modo de uma pessoa organiza sua própria vida.
Dicas:
“Você não precisa de mais tempo, só precisa aprender a usar melhor o tempo que
já tem” Christian Barbosa, autor de 6 livros best-sellers, considerado o maior
especialista em produtividade no Brasil
• A Revisão Diária
• Captura ubíqua por si só não é suficiente, você precisa de
alguma maneira revisar sua lista com frequência
• Escolha um ou até dois horários fixos no seu dia para planejar e
atualizar sua lista
• Por exemplo, você pode revisar todas as suas tarefas vencidas às
8h da manhã e fazer uma atualização de conclusões às 17h
“As pessoas que têm razão com frequência escutam com frequência. As pessoas
que têm razão com frequência também mudam de ideia com frequência. Elas
buscam constantemente maneiras de desafiar suas mais profundas convicções —
uma atitude que contraria a própria natureza humana.” Jeff Bezos, em palestra
do dia 28 de outubro de 2016
Quando foi a última vez que você errou ou tomou uma má decisão?
Provavelmente, você tem várias decisões de trabalho a tomar enquanto
lê isto. O que faz você ter confiança de que vai tomar as decisões certas?
Você sente pressão em parecer mais confiante do que realmente se sente
ao tomar uma decisão? Como gerente de projetos de engenharia, você
recebe grandes volumes de informação diariamente, e sua interpretação
depende de processos perceptivos e subliminares no seu cérebro. A
maioria de nós não tem um profundo conhecimento de processos
cerebrais, mas costumamos, no entanto, ter bastante confiança em
nosso raciocínio.
Para gestores, a aprendizagem e melhoria por toda vida não são mais
opcionais. Se quiser compreender o que está realmente acontecendo no
seu negócio e aprender o que será necessário para melhorar a situação,
você precisará testar suas crenças com dados. A figura abaixo mostra a
dinâmica básica da aprendizagem.
Exercício:
5. Listar o que você aprendeu nos últimos três meses e analisar seu
processo de aprendizagem pessoal
SUGESTÕES DE LEITURA
1. Pensamento Sistémico
O Manual do Líder
por Peter R. Scholtes, 1 jan. 1999
2. Metas ambiciosas
4. Hábitos de sucesso
O Poder do Hábito
por Charles Duhigg, 1 out. 2012
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