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MÓDULO 2.

GENERALIDADES SOBRE O SOM

2. INTRODUÇÃO

Os assuntos abordados neste módulo limitam-se aos conhecimentos básicos


necessários para o entendimento dos problemas acústicos das edificações, dentro
dos objetivos da disciplina, não tendo, portanto, a extensão e complexidade dos
tratados especializados sobre a física do som aos quais se recomenda a consulta,
além da bibliografia indicada para a disciplina.

2.1 A NATUREZA DO SOM

O som é produzido por uma onda mecânica longitudinal capaz de


sensibilizar o ouvido humano que se propaga no meio elástico constituído pelo ar.
Como fenômeno físico, entretanto, o som independe da existência de um ouvinte.
Quando o meio de propagação das ondas mecânicas for sólido ou líquido, a
transmissão é denominada de vibração.

2.1.1 Pressão Acústica

A perturbação provocada no meio aéreo pela passagem do som consiste na


alteração da pressão atmosférica. Por serem longitudinais, as ondas sonoras são
ondas de pressão, propagando-se através de sucessivas compressões e rarefações
das moléculas de ar, provocando desta maneira acréscimos ou decréscimos da
pressão atmosférica do meio da propagação.
A amplitude da onda sonora está relacionada com a variação da pressão
acústica em relação à pressão normal, considerada positiva nas zonas de
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compressão e negativa nas zonas de rarefação. O comprimento de onda, a distância


entre duas cristas sucessivas, está relacionada com a freqüência do som.
Nas figuras 1 e 2 estão representadas, de forma gráfica e genérica, as
variações da pressão atmosférica gerada por uma onda formada por um som puro, o
som que é formado por uma única freqüência.

Fig. 1 - Representação gráfica da onda gerada por um som puro

Fig. 2 - Representação da onda associada às zonas de compressão


e rarefação do ar

A diferença entre a pressão do meio aéreo pela passagem do som e a


pressão atmosférica que ocorreria com o ambiente totalmente em silencio, a pressão
normal, denomina-se pressão acústica, medida em pascal (Pa) no Sistema
Internacional de Unidades.
Sendo ∆P a pressão acústica e Po a pressão atmosférica normal teremos:
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Na zona de compressão Po + ∆P [Pa]


Na zona de rarefação Po - ∆P [Pa]

2.1.2 Propriedades do Som

São propriedades características do som a potência sonora, a altura, a


velocidade e o timbre:

 Potência sonora, (W) medida em watt, é a quantidade de energia sonora


efetivamente fornecida pela fonte ao meio e transmitida pelo ar. Determina o
volume ou força do som. Está relacionada diretamente com a amplitude da
onda sonora 1;

 Altura relaciona-se com a freqüência do som. Os valores máximos e


mínimos da pressão acústica ocorrem em intervalos de tempos
denominados de período (t), que corresponde a um ciclo da onda: é o
tempo percorrido pelo som no espaço equivalente ao comprimento de onda
(λ). A freqüência (f) mede o número de vezes em que os ciclos ocorrem na
unidade de tempo (s). A unidade da freqüência é o hertz (Hz).

 Velocidade, do som (c) varia com a temperatura do ar e a pressão


atmosférica, mas para os efeitos deste trabalho adota-se o valor de 340 m/s.

 Timbre. As fontes usuais emitem sons complexos, compostos por um


grande número de freqüências combinadas, pelas quais é distribuída a
potência sonora. A freqüência que concentra a maior parcela de energia
disponível define o tom do som. No caso de sons produzidos por
instrumentos musicais define a nota, enquanto as demais freqüências
componentes denominam-se harmônicas. É uma qualidade que permite o

1
Não confundir com a potência nominal de aparelhos de amplificação;
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reconhecimento da fonte sonora e a distinção, por exemplo, da mesma nota


emitida por instrumentos diferentes.

2.1.3 Relação entre as Variáveis Descritas

Freqüência (f) e período (t).


f =1/t [Hz]
Comprimento de onda (λ), velocidade (c), período (t).
λ=c*t [m]
Comprimento de onda (λ), velocidade (c), freqüência (f).
λ=c/ f [m]

A tabela 1 discrimina as relações dadas com a escala de freqüências2


utilizadas como referências pela acústica:

TABELA 1 - ESCALA DE FREQUENCIAS E COMPRIMENTOS DE ONDA


_______________________________________________________
Freqüência Comprimento de onda Período
f [Hz] λ [m] t [s]
_______________________________________________________

125 2,72 0,008


250 1,36 0,004
500 0,68 0,002
1000 0,34 0,001
2000 0,17 0,0005
4000 0,085 0,00025
___________________________________________________

2
A escala de freqüências usada em acústica é uma adaptação da gama natural da escala musical: a
nota Do1 tem a freqüência central ou tom em 528 Hz, o Do2 - 1056 Hz e assim por diante. A nota La
utilizada como padrão para a afinação de instrumentos musicais tem a freqüência central em 440 Hz.
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2.2 PROPAGAÇÃO DO SOM

As ondas sonoras se propagam em todas as direções do espaço com a


mesma velocidade, o que significa que as frentes de onda são esféricas com centro
na fonte. Para efeito de representação gráfica da propagação, considera-se a frente
de onda passando pelos pontos de amplitude máxima positiva da pressão acústica,
a crista da onda. O espaçamento entre duas frentes será igual ao comprimento de
onda.
O estudo geométrico da propagação do som pode se tornar bastante
complexo com o uso da representação gráfica por intermédio das frentes de onda
esféricas, como na figura 3, aqui representada seccionada no plano do papel.

FIGURA 3 - Representação da secção vertical de frentes de ondas sucessivas em


um espaço vazio e o diagrama da variação da pressão acústica
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FIGURA 4 - As ondas mecânicas que se propagam na água pelo impacto de


um objeto possuem forma análoga às ondas sonoras

2.2.1 Raio sonoro.

Como forma de simplificar o processo gráfico para o estudo da propagação


do som considera-se a emissão ocorrendo através de raios sonoros divergentes que
têm a fonte como origem.
O raio é a representação da energia acústica contida em uma dada direção.
A representação gráfica do raio sonoro é uma reta que liga a fonte a uma posição
determinada do espaço ou a um ponto de uma frente de onda após o som ter
percorrido uma determinada distancia r (m).
Denomina-se raio direto, o raio que atinge um ponto do ambiente ou um
ouvinte sem ser desviado ou refletido por objetos existentes. Uma segunda definição
considera que o interesse do conforto acústico está centrado no som que atinge os
ouvintes. Neste caso o raio sonoro pode ser definido como o eixo imaginário de um
cone que tem como base o tímpano do ouvinte e como vértice a fonte sonora.
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S (m2)

W
raio sonoro raio sonoro

r(
m)

r (m)

OS RAIOS DIVERGENTES - O CONE COM BASE NO OUVIDO

FIGURA 5 - as definições de raio sonoro

ra
io
re
fle
tid
o

ra
F io
re
fle
tid
raio d o
ireto

o
tid
fle
re
io
ra

FIGURA 6 – Raio sonoro direto e alguns raios refletidos


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Raio refletido é o raio que tem sua direção desviada após refletir em uma ou
mais superfícies de um ambiente. Em uma sala são milhares os raios refletidos (a
fig. 6 mostra apenas três deles) que são percebidos por um ouvinte até que se
tornem tão fracos que deixem de ser ouvidos3. Os seguintes aspectos relacionados
com a propagação do som são relevantes para a acústica das salas:

♪ O raio direto percorre o caminho mais curto entre a fonte e o ouvinte,


portanto chega a ele mais cedo e com maior intensidade4.

♪ Os raios refletidos percorrem caminhos mais longos, portanto atingem o


ouvinte com atrazo crescente porque a velocidade do som é finita – 340 m/s -
e com menor intensidade;

♪ Parte da energia sonora portada pelo raio sonoro incidente é absorvida


pela superfície refletora, portanto contribui para o enfraquecimento do som à
medida que aumenta o número de reflexões, até que este se torna inaudível.

A conseqüência do comportamento descrito é o fenômeno sonoro conhecido


como reverberação, que consiste na permanência do som em um recinto mesmo
após ter cessado a emissão da fonte. O conceito e a importância da reverberação
para a acústica das salas serão detalhados com maior profundidade na continuidade
do curso.

2.3. INTENSIDADE SONORA

A definição de raio sonoro centrado no ouvido do observador permite


associar a propagação do som à energia que é transmitida pelo espaço em sua
direção. Seja So (m²) a área da base de um cone imaginário (no exemplo, o que tem

3
Se não fosse assim o som permaneceria indefinidamente no ambiente.
4
A intensidade do som diminui com a distância da fonte. Ver as expressões (4) e (7), na seqüência.
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como base o tímpano do ouvinte) e Wo (watt-w) a energia acústica contida no seu


interior.
A energia transmitida na direção do raio será dada pelo limite de Wo/So
quando a abertura do cone tende a zero. Esta relação mede a intensidade - I
(w/m2) do som em uma dada direção do espaço.
A potência acústica total - W (watt) - cedida pela fonte ao ambiente da
propagação é distribuída pelas frentes de ondas esféricas. A uma distancia r, (m) da
fonte, a área da superfície de onda esférica correspondente é dada por 4π*r2 (m²).
Considerando-se que a energia emitida se distribua de maneira uniforme no espaço,
a intensidade do som será dada por:

I = W / 4π*r2 [w/m2] (4)

A intensidade sonora varia com o inverso do quadrado da distancia da fonte


ao ouvinte, o que explica porque o som percebido por uma pessoa fica mais fraco na
medida em que ela se afasta da fonte.

2.3.1 A Escala Subjetiva de Intensidades

A percepção da força de um som não varia proporcionalmente à variação da


intensidade sonora, mas aproximadamente de acordo com a lei psicofísica
conhecida como lei de Weber e Fechner, que enuncia:

“(...) o aumento do estímulo necessário para produzir o mínimo


incremento perceptível [de um som] é proporcional ao estímulo pré-
5
existente”.

Fechner verificou que enquanto a potência de um estímulo sonoro é


multiplicada, a sensação correspondente percebida por um ouvinte varia por adição.

5
NEPOMUCENO, L.X. Acústica. São Paulo: Edgard Blucher, 1977, pg. 62.
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Nestas condições, quando a pressão sonora dobra de valor o volume sonoro


percebido por uma pessoa aumentaria de cerca de 30%. Para dobrar o volume
sonoro percebido, a pressão sonora do som inicial deveria ser multiplicada por dez.
Pela lei de Weber e Fechner a impressão sensorial provocada pela variação da
pressão sonora sobre o ouvido é logarítmica6, constituindo o fundamento da escala
logarítmica de pressão sonora (Lp), a escala de decibéis (dB) definida pela relação:

Lp = 20 log P / Po [dB]

Lp = nível de pressão acústica [dB]


P = pressão acústica do som [Pa]
Po = mínima pressão acústica perceptível [Pa]
7
(Po = 2x10-5 Pa)

Analogamente, o nível logarítmico da potencia sonora (W) é dado por:

Lw = 10 log W / W o [dB]

Lw = nível de intensidade sonora [dB]


W = potencia da fonte [w]
Wo = mínima intensidade perceptível [w]
-12
(Wo = 10 w)

Da mesma forma, o nível acústico em decibéis também é expresso em


função da intensidade sonora:

Li = 10 log I / Io [dB]

Li = nível de intensidade sonora [dB]


I = intensidade do som [w/m2 ]
Io = mínima intensidade perceptível [w/m2]
-12 2
(Io = 10 w/m )

6
A variação da percepção sonora não varia exatamente como prevista por Weber, mas obedece a
uma relação exponencial, o que não invalida a escala de decibéis.
7
Ver o módulo 3, sobre Acústica Subjetiva.
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Os valores dos níveis logarítmicos de pressão e intensidade não são


exatamente iguais, mas a diferença entre eles é pequena e será ignorada neste
trabalho. A relação entre a potencia da fonte e a intensidade pode ser colocada da
seguinte forma:

Li = 10 [log W /4πr2] + 120 [dB]

A medição dos níveis sonoros é feita em aparelhos denominados de


Decibelímetros. O uso do aparelho será demonstrado em sala8.

TABELA 2. EXEMPLOS DE NÍVEIS LOGARITMOS DE INTENSIDADES


PARA DIVERSAS FONTES.
_______________________________________________________________________
9
FONTE DISTANCIA [m] NÍVEL [dBA]
_______________________________________________________________________
Tic-tac relógio pulso de mola 0,01 20
Torneira pingando 3 30
Sussurro 1 30
Quarto silencioso - 35 a 40
Conversação normal 1 50 a 60
Automóvel 80 km/h em estrada 7 65 a 75
Conversa em voz alta 1 70 a 80
Ruído de tráfego urbano 5 75 a 80
Orquestra sinfônica 5 80 a 130
Banda de rock’roll 7 90 a 120
Automóvel acelerado em 1ª. 5 92
Moto com escapamento aberto 10 95
Televisão, radio (forte) 3 90 a 100
Sala de gerador - 95 a 105
Sirene bombeiros 50 98 a 102
Buzina de automóvel (forte) 10 95 a 108
Turbina de jato a pleno empuxo 7 140
_______________________________________________________________
Fonte: diversas

8
PARA SABER MAIS CONSULTE: SILVA, Pérides. Acústica arquitetônica e ar condicionado. Belo
Horizonte: EDTAL, capítulo III, Medição de nível de som. Pg. 39. Disponível na biblioteca da FAG.
9
Nível medido na curva A do decibelímetro, que corresponde à curva de percepção do ouvido.
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CONTINUA NO MÓDULO 3. ACÚSTICA SUBJETIVA

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