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*LICITAÇÃO*
CONCEITO:
FINALIDADES:
SUJEITOS:
- Entes da Administração Direta; Entes da Administração Indireta e Entes Controlados direta ou indiretamente pelo
Poder Público (OSCIP´s, Serviços Sociais Autônomos).
OBS: Empresas Públicas e Sociedades da Economia Mista obedecem à Lei 8.666/93. Se explorarem atividade
econômica, poderão ter licitação com regime especial. Enquanto não for criado esse regime especial, continuam
obedecendo a Lei 8.666/93, gozando, entretanto, do direito de dispensa para valores de até 20% do valor do con-
vite.
- Fundo Especial (serve para gestão de interesses ou recursos públicos, que sirvam a um interesse coletivo):
Pode ser órgão público (Administração direta) ou fundação pública (Administração indireta), nestes 02 casos há
necessidade de licitação. Entretanto, o Fundo Especial também pode ser usado como código orçamentário, sem
estrutura ou personalidade jurídica. Neste caso, não haverá necessidade de licitação.
- Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. Exige que todas as regras a serem a respei-
tadas estejam previstas no edital (não se pode exigir nem menos nem mais do que está previsto no edital). O Edi-
tal ou a Carta-Convite contém as regras da licitação.
- O Edital tem que definir o Tipo de Licitação, não é possível a utilização de qualquer critério subjetivo numa licita-
ção, sob pena de violação a este princípio: (diferencia-se de modalidade).
OBS: Se o edital estabelecer que o tipo de licitação será o de Menor Preço, independentemente de qualquer mo-
tivo, vencerá aquela empresa que, preenchendo os requisitos previstos no edital, ofereça o menor preço, ainda
que o concorrente ofereça um produto com qualidade superior. Havendo empate no preço, haverá desempate nos
critérios do art. 3º, §2º da lei 8.666/93.
OBS: Quando a licitação for de Melhor Técnica e Preço: O Edital deve prever qual o critério para resolver a situa-
ção na qual um concorrente oferece um melhor preço e o outro ofereça melhor técnica (pode ser a média, por
exemplo).
- O Processo de Licitação tem que respeitar todas as formalidades previstas na lei. É um procedimento vinculado.
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- As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura em sessão pública. Se houver fraude (preços combi-
nados entre concorrentes): crime previsto na Lei de Licitação e improbidade administrativa. Exceção a este princí-
pio: Leilão (propostas verbais).
- Competência Privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação (art.22, inc.27, C.F/88). Obs.
Norma Geral pode criar nova modalidade de licitação.
OBS: Lei complementar poderá delegar ou transferir aos Estados para legislar sobre normas gerais.
- Quando a União legislar sobre normais gerais a Lei será Nacional; Quando a União legislar sobre normas espe-
cíficas a Lei será Federal, válida somente p/ União. STF/ lei 8666/93 tem normais gerais, mas também pos-
sui normas específicas para a União (art.17).
- Lei 10.520/02 (define o pregão): Também utilizada como Norma geral, com mesmo poder da lei 8.666/93.
- Lei 9.472/97 (institui ANP e ANATEL): Criou o pregão e a consulta, enquanto modalidades específicas das
agencias reguladoras. Não é norma geral de licitação. STF Mesmo não se tratando de norma geral de licita-
ção, a Lei 9.472/97 poderia, como fez, criar a consulta e o pregão.
- OBS: A Lei de Licitação do Estado da Bahia traz os procedimentos das modalidades de licitação totalmente in-
vertidos em relação aos da Lei 8666/93.
OBS: a Singularidade do Objeto tem que ser relevante para que haja inexigibilidade, e tem que estar na lista do
art.13 da Lei 8.666/93; Tem que ter Notória Especialização (reconhecida pela mídia, pela crítica). Quando se falar
de singularidade do objeto com todos os seus requisitos, sempre haverá um juízo de valor do administrador.
II) Pressuposto Jurídico (interesse público): A licitação serve para proteger e atender ao interesse público. Se
a licitação acaba por prejudicar o interesse público, será inexigível.
OBS: Nos casos das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia Mista, a Licitação será inexigível quando
prejudicar a atividade fim da empresa.
*CONTRATOS ADMINISTRATIVOS*
CONCEITO:
- É uma espécie de contrato, um vínculo jurídico em que os sujeitos ativo e passivo comprometem-se a uma pres-
tação visando Criar, Extinguir ou Modificar Direitos na consecução do interesse público, seguindo o Regime Pú-
blico.
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CARACTERÍSTICAS:
A) A presença do Poder Público, seja no pólo passivo, no pólo ativo ou nos 02 pólos. O que se exige é a pre-
sença do poder público em pelo menos um dos pólos.
C) Contrato Consensual, que estará perfeito e acabado no momento em que se manifesta a vontade. Ex. O Con-
trato de compra e venda é consensual, estará perfeito e acabado com a manifestação da vontade. Não importa se
o pagamento não foi descontado.
OBS: Diferencia-se do Contrato Real, que depende da entrega do bem para se tornar perfeito.
F) Contrato Personalíssimo: Leva em consideração a qualidade pessoal dos contratantes. Via de regra, não
poderá haver transferência.
G) É Contrato de Adesão: Uma das partes monopoliza a relação, a outra adere se quiser. O Contrato está previ-
amente pronto, não há possibilidade de se discutir cláusulas contratuais. Aqui é a Administração quem detém o
monopólio.
OBS: Uma vez publicado o edital do contrato, este deverá ser cumprido nos seus exatos termos, não havendo
possibilidade de altera-lo.
FORMALIDADES:
A) Contrato Escrito. Exceção Poderá ser verbal quando a lei autorizar. Art.60, Lei 8666/93 (Contratos Verbais):
- O Instrumento do contrato será Obrigatório quando o valor for o da Tomada ou da Concorrência, mesmo que
seja caso de dispensa ou inexigibilidade.
- Poderá o Instrumento de Contrato ser Facultativo quando o valor for correspondente a Convite e quando for pos-
sível realiza-lo de outra maneira.
- Segundo a doutrina moderna, a forma do ato administrativo é vinculada; Podendo ser discricionária, se a Lei
Autorizar.
- É Feita com o resumo, com o extrato do contrato. A Publicação não pode ultrapassar o prazo de 20 dias ou até o
5º dia do mês subsequente à assinatura do contrato (o que acontecer primeiro).
- É Condição de Eficácia do Contrato, ou seja, antes da publicação o contrato já é válido, mas é ineficaz, não pro-
duz efeitos.
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CLÁUSULAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:
- É o contratado que deve decidir qual será a forma da garantia, dentro das alternativas elencadas pela lei: Títulos
da dívida pública; Caução em dinheiro; Seguro-Garantia (contrato de garantia de outro contrato); Fiança Bancária
(garantia fidejussória).
- Valor da Garantia: Até 05% do valor do contrato. Até 10% quando o contrato for de grande vulto, alta comple-
xidade e causar riscos financeiros à Administração.
- Prazo sempre determinado (art.57, §3º). A duração máxima será compatível com a disponibilidade do crédito
orçamentário: 12 meses (lei orçamentária anual).
I) Quando o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual (PPP, art.166, CF): Prazo máximo do con-
trato administrativo será de 04 anos.
II) Prestação Contínua: Se em razão do prazo o preço for melhor, nos casos de prestação contínua, o prazo
máximo do contrato será de 60 meses.
- OBS: Art.57 Admite-se uma prorrogação (60 meses + 60 meses) em caráter excepcional, mediante fundamen-
tação e autorização da autoridade superior.
IV) Contratos de Concessão ou Permissão de Serviço Público: Podem ter prazos diferenciados, de acordo
com a lei que cuidar do serviço delegado, a lei que cuida do serviço dará o prazo máximo do contrato de conces-
são ou permissão.
- Se a alteração é feita bilateralmente, não há cláusula exorbitante. Só a administração pode alterar unilateralmen-
te o contrato.
- OBS: Permissão: é Ato Unilateral: Só há permissão de serviço. Não se faz por contrato, não é contrato, é feita
por ato unilateral.
- OBS: Se a Administração quiser menos mercadorias e a contratada já tiver adquirido ou produzido as mercado-
rias, a administração terá que pagar pelo que havia estipulado.
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- OBS: Para cima ou para baixo, o acréscimo ou decréscimo máximo será de 25%. Exceção: Reforma de Edifí-
cio ou Equipamento: Acréscimo máximo de 50% em relação ao original.
- Substituir a Garantia
OBS: Em contrato administrativo a Administração só paga ao contratado depois de receber o serviço, obra ou
mercadoria. O Pagamento nunca poderá ser antecipado.
- O Contratado pode pedir a revisão do contrato para manter o equilibro econômico-financeiro. Só haverá revisão
para manter equilíbrio econômico-financeiro se houver fato novo.
- Fato superveniente, imprevisto, imprevisível e que onera excessivamente o contrato para uma das partes.
I) Fato do Príncipe: É a atuação geral e abstrata do Poder Público, que atinge o contrato de forma indireta e
reflexa. Ex. alteração de alíquota de imposto.
II) Fato da Administração: Atuação específica, que atinge diretamente o contrato administrativo, atinge o seu
objeto principal.
III) Interferências Imprevistas: Circunstancias que já existiam ao tempo da celebração do contrato, mas só foi
descoberta ao tempo da execução do contrato.
II) Reajustamento de Preços: Há uma alteração no custo do objeto do contrato. É um índice já previsto no con-
trato p/ absorver o aumento de custos.
III) Recomposição de Preços: Também é em razão do aumento de custos, mas não é prevista no contrato, é
utilizada na hipótese de Teoria da Imprevisão. É a revisão p/ busca do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
OBS: A Falta de Revisão a pedido da contratada p/ manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato: A Pos-
sibilidade de extinção do contrato só pela via judicial.
- Se quem quer extinguir o contrato é o contratado, só poderá fazê-lo na via judicial, se a Administração não acei-
tar extinguir administrativamente.
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I) Consenso entre as Partes: Rescisão Amigável.
I) Advertência;
II) Multa;
III) Suspensão do Direito de Contratar com Poder Público, por, no máximo, 02 anos;
OBS: No caso de suspensão o contratado estará impedido de contratar apenas com o Ente que aplicou a penali-
dade.
OBS: Para aplicação de uma dessas 03 penalidades será feita de forma discricionária pelo administrador, não há
um rol de hipóteses para aplicação de cada uma dessas penalidades.
IV) Declaração de Inidoneidade da Empresa pelo prazo máximo de 02 anos: A Empresa deixa de ser idônea e
fica impedida de contratar com todos os entes da administração. Diferencia-se da Suspensão, que é restrita ao
ente com o qual a contratada fez o contrato.
OBS: Para empresa voltar a ser idônea tem que ser reabilitada, para que isso ocorra devem ser preenchidos al-
guns requisitos: Passar o prazo da declaração de inidoneidade; A contratada deve indenizar os prejuízos causa-
dos à administração (requisitos cumulativos).
OBS: Para aplicação da penalidade de declaração de inidoneidade da empresa, o contratado deve ter praticado
conduta que seja tipificada também como crime.
- Para Celso Antonio: Só a declaração de inidoneidade depende de conduta criminosa, a suspensão do direito de
contratar com o poder público não exige conduta criminosa.
- Se a Administração rescinde o contrato por inadimplência da empresa, o fará por processo administrativo e, a
partir da instauração do Processo Administrativo até o seu fim a Administração deverá assumir a continuidade da
prestação do serviço, e se for necessário a Administração poderá ocupar provisoriamente os bens da contratada.
- Se ao final do processo há a Rescisão: A Administração poderá adquirir os bens da contratada através da rever-
são (ocupação – reversão).
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I) Se os bens já foram amortizados: Não há necessidade de indenização.
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