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Dice Ifá Assim disse Ifá Página 1 d e 633

Dice Ifá DE SVENDANDO OS S EGREDOS DE IFÁ APRESENT AÇÃO Re sultado

de muit os anos de pesqui sas, de sacri fícios e de lut as de pess o as que


dedicara m suas vidas à missão de desvendar os mais recôndit os segred os
do Oráculo Ifá, este tr abalho tem po r objet ivo, faze r com que es ses
segred os poss am ser r eve lad os a todos o s o lhadores do culto, para que,
corret ament e o rientad os , po ssam d irecionar de fo rma mais segura, os
atendimentos à seus clientes e seguidores. Muit o preconceito, muitas
dificuldades e até mesmo algumas ameaças veladas servir am, ao c ontrário
do que se po deria esperar , de incentivo e de estímulo na elaboração do
mesmo . Não é nos sa int enção, co mo po de par ecer a alg uns, afrontar o
sagrado, divulgando os segr edos aqui conti dos. Pret endemos, isto s im,
desar mar os manipul adores que, de pos se de alguns co nheciment os , não
hesitam em util izá-los em prove ito própri o, buscando d e alguma fo rma,
explorar t antos quant os recorr am aos seus préstimos e, sem o menor
vestí gio de esc rúpulos , ao invés de s olucionarem os problemas que o s
angust iam, cri am o utros ainda maiores, sempre rel acionados aos preço s
exorbi tantes que co bram por s eus servi ço s que, quase s empre, visam
determi nar uma certa dependência, na medida e m que, pro pos itadamente,

não res olvem to talmente o problema do cliente. O cult o ao s Orixás perd eu,
no decorrer dos séculos, grande parte de seus fundamentos principai s em
decorrência da insegurança de seus maiores sacerdotes, insegurança
revelada na pr efe rência de l evar par a a sepultur a os seus co nhecimento s à
transmití- los ao s se us se g uidores. Não podemo s permiti r que tal fato
continue a esvaziar os no sso s fundament os religios os , eles são precioso s
demais para serem perdidos, enterrados junto com este ou aquele sacerdote
que, po r vaidade o u usura, negue-se a transmití -los , o q ue ass egurar ia a
co ntinui dade do Axé em total int egridade. A velha respos ta que t o do s o s
iniciad os no culto c ertamente fartar am-se de o uvir: "Ainda é muito ce do prá v
os micê saber essas coisas!"- Não é mais cabí vel, não é mais aceita, na
medida em que pesso as mais e mais es clarecidas, optam por noss as
práticas religi osas e co mpreendem perf eitamente que, para o saber , não
existe hora certa nem li mites. Par a faz er sim, é ne ces sário que se e steja

espiritualmente habilitado. Página 2 de 633

Dice Ifá Rec ebemos de Orunm ilá, atr avés de deter mina ção de nos so s O dus
pesso ais, a missão de transm it ir os ensinament os que dev erão ser
preservad os pelas ger açõe s futura s, não mais oralm e nte co mo se f azia até
bem pouco tempo, mas es critos e publicad os para que não s e per cam e
para que estejam ao alcanc e de todo s que deles po ss am tirar proveito. De u
ma maneira muito mágica, Orunmilá no s deu provas de suas intençõe s de
ver seu culto ampl amente pr opagado. Sempre que alg uma info rmação no s é
sonegada por pessoas mal intencio nadas acaba, inusitadamente,
chegand o às no ssas mãos por via s inesperad as e que inv a riavelmente,
transfo rmam-se em mananciai s inesgo táveis de co nheciment o. As rezas o u
saudaçõe s não podem se r traduzidas em deco rrência da degener ação de
grande parte das pal av ras nelas co ntidas, influenc iadas que fo ram pelo
idioma espanhol f alado e m Cuba, noss a principa l fo nte de informações e
único país das Américas onde o culto a Orunmilá fo i mantido quase de
fo rma integral em r elação ao praticado na África. Esperamos estar co l

aborando de sta fo rma par a a divul gação de toda uma prática r eligiosa que,
diferent e do que pensam seus inimigos, é pautada em co nheciment os
filosó fico s e eso téricos, c omo p oderão comprovar nos so s leit ores. Seri a
fundament al, q ue cada um pu desse co nhecer o se u Odu pesso al o que,
afirmamos co m absoluta cert eza, só é po ssível at ravés de uma co nsult a ao
Orácul o de Ifá e nunca atr avés de contas o nde se so mam os númer os
relativos à da ta do nasc imento de c ada um. Pági na 3 de 633

Dice Ifá

PART E I I I I I I I I I EJIOG BE REZ A DO ODU EJIOG BE: Baba Ejio gbe alale kun
mo ni lekun, o kó ayá lalá, omo dú aboxun, o mó eni ko xé ileké r ixí kamu, il eké
om ó lo rí adifafun ala aporo timbabeledi agogo . Ejiogbe é o primeiro Odu-I fá e
assinala o início de tudo. É um Odu masculino que deu o rigem às águas, às

palmeiras, às planta s revestid as de e spinhos, ao s vaso s s angüí neos , à


co luna vert ebral e ao externo. É a sustentação da caixa t orácica. Rep es enta
os raios so lares e o ponto cardeal E ste. É r egido pelo So l; seu dia pr opício é
o do mingo e sua co r é o branco. Suas fo lhas são: Amend oe ira, ewe k arodo
(Com elina El egans); e o xibatá. Foi por este O du que Olofin se af asto u da
Terra por causa da fu maça das fogueiras feitas pelo homem. Em
deco rrência disto, é proibid o f umar no Igbodu n de I fá 1 Nes te Odu Obatalá
fo i em busca de Oxós si dentr o da flo resta porque este acredit ava q ue não
tinha pai nem mãe. P or es te motivo, quand o em o so gbo , prenunciand o
perdas e pran to, deve- se f azer ebó e borí em todas as pess oas da casa e
sacrificar galo e po m bo para Oxó ss i e Obatalá. A casa deve s er lavada co m
água d e anil e depois co m água li mp a. Todas as pess oas da casa devem,
também, tomar banho c om água de anil. Pr enuncia i nfelicidade no amo r, o
que pode ser evit ado co m: eiy elé metá funfun ; dezes seis f olh as de
amendo eira ( Amygdal us co mmunis, Li n.); o sun e ef un que se despac ha no
alt o do mo rro c om o ebó. É n ecess ário que, feito o ebó , a pesso a fique
durante sete dias se m sair d e cas a, no período compreendi do entre as doz e

e as dez oito ho ras. 3 2 1 - Dependência on de se enc ontra o igbá de Orunmi lá,


(quar to de Ifá) 2 - Negativi dade, p renúncio de aco ntecimento nefas to. 3 -
T rês pombos brancos . Página 4 de 633

Dice Ifá Ass inala p erseguição de um Egun de Omolú. A pesso a deve tomar
sete banho s co m fo lhas d e br inco-de-p rinces a (Fuchsia int egriofo lia, Camb.)
e à no ite, numa pr aia qual quer , of erecer frutas às águas do mar para que
seus caminh os de triunfo se jam ab ertos . A s pesso as deste Odu devem
sacrificar e enterr ar sete pombo s em lo cais diferentes da cidade onde vivem
e o ferecer um par go f resco à cabeça. Os fi lhos de Eji ogbe, de do is em dois
meses, devem oferecer adi é e pano estampad o à sua cabeça. Refrescar a
cab eça c om á gua na qual se quino u as pétalas de uma ros a branca gr ande
co m uma pitadinha de efun. Devem ac ender uma lampari na a Obatalá num
prato bra nco, com ovo de pombo, azeite de amêndoa, o ri-da-co sta e

relacionar por es crito, to das as dificuldades d as quais dese ja se livrar. Se


fo r Babal awo deve levar se mpre, no bo lso , um o kpel e . Não pode parti r obí
para louvar Orí. Deve pint ar um coc o c om efun mis turado co m o tí 6 5 4 e,
durante deze ss eis dias, apresentá-lo ao céu ao despertar e antes de do rmir.
No fim d os dezes seis dias despac ha- se no alto do mo rro, na hora em que o
So l se põe . Apresenta-se a Olofin e à sua c abeça, implorando par a que não
surjam pr oblemas , destruição, perdas e lágr imas. Quando se aprese nta em
Oso gbo Ikú , faz-se ebó co m pombo bra nco co berto co m pó de r omã
(Punica gra natum) t orrada e pó de carvão. Este O du determi na que deve-se
reco rrer à proteção de Oxun e de Orunmi lá, par a o que faz -se três e bós no
mesm o dia. Primeiro e bó: Uma galinha ( sacr ifi cada diretamente so bre Exú) ; 1
cabaça; pó de preá; pó de peixe; aze ite de dendê; milho; t rês e já tutu . Arriar
num caminho , retornar à casa do Awo , tom ar banho e des cans ar. 9 8 7 4 -
Galinha. 5 - Instrumento divinatório (co rrente) de uso exclusivo do s
Babalawos . 6 - Aguardente. 7 - Morte. 8 - Peixe fresco. 9 - O mesmo que
Babalaw o - Sacerd o te de Orunmilá. Pág ina 5 de 633

Dice Ifá 10 Segundo ebó : Um pinto; uma moringa de omi ; uma cabaça; uma
abóbo ra. Terceiro e bó: Um bo de, uma adié , pano, um a frigi deira de barro,
uma caba ça, dezes seis pombo s e dezes se is palmos de pano br anco.
(Leva-se ao lo cal determi nado pelo jogo e depo is vai-s e para casa). 11

CÂNTICO DE EJIOGBE: Axinimá, axinimá, Ikú furubuyema. Axinimá, axinimá,


Arun f urubuyema. A xi nimá, axinimá, Of o furubuyema. Axi nimá, axinimá, Ejó
furubuyema. Axi nimá, axinimá, O gú f urubu a. Oxeminiê, Oxeminiê, Oxeminiê.. .
Proíbe o uso de roupas li stradas; meter -se e m assuntos que não se jam d o
interess e da pess oa; receber o u transmitir recados durante a noite; entrar na
casa de quem q uer que se ja sem pedir l icença para tal, ( mes mo se f or
pess oa da maior inti midade) e permit ir que crianças s e arrastem pelo c hão
de casa. O víci o do jogo deve ser evita do po is oc asio nará a ruína total. Não
permit e que s e tenha três mulheres. Po de-se ter um a, duas, quatro e até

mais, jamais três mulheres. (Na Áfr ica a po ligami a é permitida aos hom ens).
Este Odu ensi na que a coroa de Olofi n é co mposta de dezess eis penas de e
kodidé, porque era desta fo rma que homenage ava sua própria cabeça. I ndica
que existe a lguém que só fala co m a pess oa para i nteirar-se de s ua vida.
Fala da mar ipos a que qu eima as as as po r querer voar antes da ho ra. Na
guerra de Okuté contra os Orixás, O xós s i captura- o por se r de justiça; Oxun o
sentencia e Ogun o mata. 10 - Água. 11 - Galinha. Página 6 de 633

Dice Ifá O awo des te Odu r ece be Olo fin no primeir o ano de sua iniciação e
durante este tempo é aco mpanhado po r ele. É acompanhado por Orunmilá
durante os primeiros s ete ano s e dep o is é visitad o a cada quarenta e um
dias. Nes te Odu se determina que a co mida de O lofin, nas co nsagraçõ es de
Ifá, é of erecida no se xto dia e, lo go que termina a cerimônia, deve se r
retirada do quarto de Ifá. O Awo des te Odu não pode praticar sexo o ral nem
sexo anal com suas mulheres. Não pode manter r elações sexuais às sextas
feiras. Os Awo q ue têm Oduduwa não po dem permiti r que, dur ante o ato
sexual, a mulher fi que po r cima dele, so b pena de fi car impotente. Neste Odu

se lava as vistas do Awo co m om i p ara que não fique cego e, para isto,
existe uma cerimônia espec ífica. Neste Odu os fil hos de Obatalá não po dem
prat icar br uxaria, so b pena de s ofrerem grav es puniçõe s. IT ANS DE EJI OGB E
1 - Da disputa entre t rês caminho s, T erra, Pr aça e Água, pelo desejo de ser o
mais impo rtante, Ajá, que serviu de intermediad or lhes diss e: "Lutam po r
simples prazer , pois ne nhum dos três é mais impo rtante que os demais .
Desta forma, é n ece ssário que se unam e viv am em paz. Se a Água não cair
so bre a Terr a, esta não produzi rá seus f rutos e a praça perd erá a sua
utilidade que é a de servir co mo lo cal de com erci ali zaç ão do s frutos da
Terra. Vivam em paz, o s três têm a mes ma importância! " Assim, o s três
caminh os fizeram as pazes e, agrad ecida, Terr a disse ao cão: "Por mais
distant e q ue vás de tua casa, jamais te perder ás, po is se mpre te servir ei de
orientação !" A Praça fa lou: "Quando sentires fo me e nada tiver es para
co mer, vem a mim! Se mpre reservar ei para t i algum ali mento , nem que se ja

um simples o ss o!" Água sentencio u: "Estare i sempre di spo nível p ara mat ar a
tua sede e mes mo que caias em meu leit o, jama is p erecerá s afo gado, pois
eu me sma te ajudar ei a nadar e a livrar -te do perigo!" E as sim, Terra, Água e
Praça, se tornaram os maio res amigos do cão . Este itan d etermina, p ara
quem vai viajar, que se f aça um ebó co mpos to de: Dois galos , duas galinhas,
terr a de cemitério, terra de uma enc ruzilhada de tr ês caminho s; terra da
floresta, da mo ntanha, d o fundo do rio, pó de preá, pó de peixe, epô, banha
de orí, efun, milho e muitas mo edas. Página 7 de 633

Dice Ifá 2 - Um filho de Oxó ss i, que saía em expedi ção de caça, co nsultou
Ifá e lhe s urgiu Ejiogbe qu e lhe recome ndou que fi ze sse um ebó c om todos
os ovo s de gali nha que t ivesse em s u a casa, para evi tar que fo sse
capturad o po r Ikú. O ho mem não fez o e bó e, dias depois de inter nar-se na
flo resta, sem haver co nseguido abater qual quer caça, deparou co m Ikú que,
disfarçado, se propôs a acompanhá-lo na caçada. Depois de caminharem
lado a lad o enco ntraram dois o vos da ave alak asó , que o caçador se propôs
a divi dir co m Ikú, um pa ra cada um. I kú, no e ntanto, disse ao ho mem: "Podes

ficar com o s dois o vos, este não é o meu aliment o!" Retornan do à sua casa,
o caçador coz inhou os dois o vos de alak asó e deu-os de comer a seus
filhos . Horas depois Ikú aparece u e, batendo na porta, diss e: "Venho buscar
a minha par te pois tenho fo me e nada enc ontrei para comer ." O h o mem
então res pondeu: " Ai de mim! Dei os o vos de alakasó para meus fil ho s e
agora na da tenho para of erecer-t e..." Se m s equer es perar pelo final d a
explicação , Ikú, imedia tamente, devorou o ho mem e s eus do is filhos . 13 13 -
Pássaro que se alimenta d as parasit as do gado bovino, co rrespo nde,
provavelme nte, a uma ave negra co nhecida co mo "anu" no Brasil. Página 8
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Dice Ifá 3 - Orunmilá não tinha onde viver e, em todo s o s loc ais em que
chegava, acabava send o escorraçado. Um dia, em companhia de Oxun, saiu
em bus ca de um lugar onde pudes s e fixar-se defi nitivamente. Chegando à

beira da praia avistaram uma grande baleia que tentava devorar alguns
macaos . Agradecid os , o s macao s o fereceram seus caracói s à Orunmilá
para que pudess em s ervir-lhe de mo radia. Os filhos de Ejiogbe devem po s
suir d ois c aracóis de macao, c arregados co m: ter ra do so lo de sua c asa, pó
de chifr e , o bí, o rogbo, o uro, pr ata, p ó de ekú , pó de ejá, epô , agbad o , fo lhas
de Ejiogbe, areia do mar . Estes c aracóis, depo is de pr ontos , permanecem
dentro do igbáOrunmilá. 15 14 4 - Olofin queria abandonar a Terra e, para tal,
so licitou a ajuda de Orunmil á. Sa bendo da pretensão de Olo fin, Ikú,
so licitamente, aprese ntou-se para ajud ar Orunmi lá e m sua tarefa. Sem po der
discrimi nar qual quer de seus filhos , Olo fin reso lveu sub mete-los à uma
prova, para saber qual dos dois, Orunmilá ou Ikú, ir ia ajudá- lo na viagem de
volta ao Orun 16 e deter minou que, aquele que co nseguiss e pass ar três dias
inteiros se m tomar qual que r alimento, se ria seu aco mpanhante. No s egundo
dia de teste, Orunmilá, at ormentado pela fo me, enc ontrava-se s entado à
porta de sua c asa quando Exú, que servia de fi sc al da di sputa, aproximou-se
e disse: "Tens fo me?" Ao que Orunmi lá respo ndeu: " Sim, esto u quase
desf alecendo de tanta fome !" 14 - Espécie de les ma marinha q ue utili za-se de

co ncha s o u cascas aban donad as por car amujos, co mo s e fo ssem suas


própri as carapaças, também co nhecida co mo "ermitão" . e Ox un, penalizada,
lançou seus cinco alfanjes c ontra a baleia, matando-a. 15 - Milho 16 - C éu
metafísico onde habitam espír itos de dife rentes hierar quias. Pág ina 9 de 633

Dice Ifá "Por q ue então, não c omemo s alguma coisa? Também estou
famint o!" "Mas es tou sendo subm etid o a uma pr ova e não po sso co mer at é
que se pas sem três dias. " Respo ndeu Orunmilá. "Não te preo cupes , deixa q ue
eu m e e ncarrego de providenciar t udo e não advirá nenhum pr oblema. " Exú
abateu um galo e duas galin has, temper ou, co zinhou e co meu na co mpanh
ia de Orun milá. Depois, recolheu tud o o que so brou e, s em deix ar o meno r
vestí gio, e nterrou num local o nde se jo gava o lixo. Pouco depois chego u Ikú
que, também atormen tado pela fo me, f oi proc urar na lixeira al guma co isa
que pudesse aliviar seu to r mento e , enco ntrando o s resto s que Exú hav ia

enterrado, comeu-os com avidez. Exú, qu e o tinha seguido, surpreendeu-o


co mendo e , po r este motivo, O runmilá foi declarad o vencedo r. Este it an é
prenúncio de que a pesso a será surpr eendid a faz endo algo que não deve e
isto lhe trar á muitos problemas e muita vergonha. EXÚS DE EJIOGB E: I - EXÚ
AKPELEJO: Numa panela de bar ro, c olo ca-se vári os búzio s, água e u ma
enguia viva. Espera- se que a e nguia morra e então sacrifica-se e m cima, um
casa l de pombos brancos . (Separa- se as c abeças e as penas do s dois
pombos ). Prepara-se a massa com a água, os búzios, terra de toc a de
caranguejo, terra de um poço sec o, te rra da fo rmigueiro, terr a de flores ta,
terra do me io e do alto de uma mo ntanha, terr a da sepultura d e um
presidente ou general, 21 i kins , pó de chifre de boi, o bí ralado, o rogbo ralado,
21 ata rés , o sun, pó de crâni o humano, cabeça e penas de co ruja, 21
pimentas malagueta, 21 pimentas-da- guiné, 21 pimentas-da- china, pó de ekú ,
pó de pei xe, milho torrad o, 7 favas de aberé, 7 anzó is, 1 ekodidé e epô pupá.
21 20 19 18 1 7 Sac rifica-se, s obre a massa, um pinto e um o vo de galinha.
(Misturar o ejé , a ge ma e a clara do o vo, à ma ss a). 17 - Se mentes do fruto do
dendez eiro . 18 - Pimenta-da-Cos ta. 19 - Preá 20 - Azeite de dendê . 21 -

Sangue. Página 10 de 633

Dice Ifá II - EXÚ OBAS IN-LAYÊ: Este Elegba ra é cultuado so bre uma traves sa
ou assadeira de barr o, local onde recebe seus sacrifícios. Este Exú é
esc ravo de Oduduw a e vive dentro de uma cabaça que se co loca dentro de
um alguidar . Arranja-se um c aramujo ajê f olhas de O batalá, des te Odu e de
Exú. Constr ói-se uma b ase de ciment o, c omo se fo sse um pé, o nde o
caramujo deverá fi car apoiado e enf eita-se e sta base co m 21 búzios . (A base
é f eita di retamente no c aramuj o, de f orma que fi que presa a ele). D entro da
cabaça coloca -se a carga que é composta de: Pimenta-da-costa, cabeça de
co dorna, terr a de lix eira , t erra de ce mitério; pó de casc a de ovo de galinha;
pó de casca de o vo de pomba; tr ês i ki ns; miçanga s das co res de t odo s o s
Orixás; cabeça e pés de pombo; pó de ekú e de peixe; vi n te e um grãos de
milho; vint e e um atarés; vint e e uma fo rmigas saúva; um beso uro; pe

dacinhos das raí ze s de ewe o rije ( Vitex Doniana) ; aroeira (Schinus mo lle,
Lin.); ameixeira (Prunus domestica, Lin.); erva-de-passarinho (Planta da família
das lora ntáceas que parasitam as árvores); fo lha do fo go (Fleurya cuneata.
A. Rich. Wedd. ); ewe e gweniyé (Par tenium hysteropho rus), cardo-santo;
pata-de-galinha (Eleusine ind ica. L. Gaerth.); pega-pinto; iroko; choupo;
algodão ; bredo-b ranco e bambu. Pedaços de madeir a de amansaguapo
(Kunino); vence-demanda; um po uco da ramag em resultant e da poda de
qualquer árvore e c edro. 22 d o m aior tamanho po ss ível e lav a-se co m o mieró
23 de Rez a deste Exú: Oxebil i, Exú Obasin- Laye, O xe Omo lú laroke Ogbe-Sá,
laroyê ! 22 - Car amujo m arinho grande, s ímbolo do Orixá da riq uez a (Aje
Xaluga). 23 - Água lust ral preparada ritualísticamente com a maceração de
fo lhas litúr gicas. Página 11 de 633

Dice Ifá

III - EXÚ AGABANIKPE Este Exú fica dentro de dois alguidares emborcados.
Ingrediente s: T erra de quintal ; terra reco lhida das so las dos sapatos da

pesso a para quem s e vai a ssentar o Exú; pó de cabeça de rat ão do mato; de


cabeça de gal o; de cabeça de bode; 3 búzios para os olhos e a boca; 41
búzio s para enfeitá-l o; terra de cupinze iro; 21 ata r és ; pó de e kú; pó de ejá;
epô; otí; pó de crânio humano; de cabeça de periquito; de penas de feijão
fradinho; uáji; obí; osun; orogbo; aridan; uma pedra do alto do morro; raízes
de iroko e de figueira; 21 folhas de cansanção; folhas de sete árvores
frondo sas (pergunt ar no jogo ). Rec olhe-se terra de um cupinzeiro e
mistura- se c om 21 atar és, epô , amalá, fe ijão fradinho e milho. Sac rifica-se
um pin to pret o, cujo co rpo se despedaça e s e mistur a co m a massa que
depois dist o é envo lvida co m pano branco. Coloca-se a mass a dentro de
uma ces ta que é amarrad a a um galo e a um c abritinho que ainda mame. C
om a ce sta e os bichos nas mão s, dão-se tr ês vo ltas e s e entr a na casa de
Exú. Sac rifica -se o cabrit o e o galo ao Elegbar a do Awo, deixando o ejé
correr so bre o embrulho de tecid o branco, onde es tá a massa, dentr o do

cesto. Os anima is são co midos , co m ex ceção das cabeças, q ue são


torrad as, f eitas em pó e ac rescentadas à mass a. Modela-se a cabe ça do Exú
com a massa, e, dentr o dela, co loca-se o o tá. Coloca-se, em cima da
cabeça, uma sineta pequenina co m a boc a virada par a o alto . Atrás da sineta
espe ta-se um e kod idé. Colo ca-se uma lâmina de faca pequena na parte
pos terior mais o u meno s na altur a do princip al. Enfeita- se c om o s 41 búzio s
e co loca-se um eleké² de Or unmilá em volta d o pesco ço . Depois de mo ntado
sac rifica-se para ele um galo e uma galinha. O sacrifíci o deverá se r
of erecid o num o beró onde se co loca antes: sete at arés; amalá; epô; pó de
peixe; pó de ekú e milho. O ejé é de rramado e m cima de tudo isto, dentro do
oberó. As cabeças dos anim ais são co locadas em cima do igbá. Este Ex ú
tem que ser co berto co m um alguid ar e reco berto co m mariwo , 25 4 24 ±
Colar ; fio de co ntas. 25 - Franja confe ccionada co m fo lhas de dendezeir o
desf iadas. par a que ning uém o lhe diretamente sobre ele, o que pode
oc asio nar cegueira. Página 12 d e 633

Dice Ifá T RABALHOS DIVERS OS INDICADOS EM EJI OG BE. 1 - PARA

OBT ER-SE UMA PROMOÇÃO: Faz-se um mo nte de algodão dentro do qual se


colo ca um pap el com o s no mes de todas as pesso as que t enham i nfluência
e poder de decisão s ob re a questão. Der rama-se, so bre o algodão , mel, o ri e
pó de ef un. Untam-se duas velas c om ori-da-co sta e passa-se e m açúcar
branco. Acendem-se as velas e deixa- se ao lado do mo nte de alg odão. (As
velas devem se r substit uídas di ariamente e o trabalho deve se r feito numa
quinta-feir a). No dia em que fo r decidi da a questão , a pes so a inte ressada
deve, ant es de sair d e casa, pass ar sobre a cabeça e no rosto , um pouco de
pó de f olhas de dormid eira mistur ado co m cinzas de penas de pombos
brancos e ef un . Uma vez o btida a promoção , o ferece-se um adi mú à
Obatalá. 2 - P ARA PRO BLEMA DE IMPOT ÊNCIA. Pega-se do is prego s de
cumee ira 26 lava-se c om omieró de f olhas de agr ião 27 separando-se
algumas fo lhas par a serem co midas em salad a. Faz- se sarai eiê co m o s p
regos e c olo ca-se, um em Orunmilá e o o utro e m Ogun. 3 - PARA EVIT AR

PROBLEMAS COM AFILHADOS OU COM CLIENTES. Pega-se um galo branco,


passa-se no próprio corpo, sacrifica-se à Elegbara, tendo-se antes colocado
junto, um búzio, que deverá receber o ejé dentro do igbá. Depois disto,
abre-se o peito do galo e intr oduz-se ali o búzio e um pap el com o nome e o
signo de Ifá da pesso a co m a qu al tenha surgido problemas. Do outro lado
do papel marca-se Ejiogbe. Deix a-se o sacrifício diante de Elegbar a e, à no ite,
leva-se e e nterra-se na beira da pr aia. De po is de e nterrado diz-se: Quando
este galo conseguir sair sozinho da sepultura, somente então, terminará a
amizade entre fulano e e u. 26 - Pregos grandes usa dos na c onstrução civil.
27 - Sacudiment o f eito no corpo da p esso a com o s elementos que
compõ em o ebó. Pági na 13 de 63 3

Dice Ifá 4 - P ARA DERRO T AR OS ARAJÉS . Pint a-se um alguidar d e preto e


marca- se , em se u int erior, o s ímbolo de Ejiogbe. Coloc a-se, em cima, uma
cabaça co m sete qualidad es de b ebidas dentro. Ao redor da cabaça
colo ca-se 16 pedaços de co co e, s obre cada um del e s, um grão de ata ré.
Em se guida sacrifi cam-se duas galinhas à Orunmilá (uma preta e uma

branca) . Primeiro sacrifica-se a galinha br anca s obre o igbá de Orunmilá; a


preta é sa c rificada em se guida e seu ejé é derramado so bre a cabaça e o
alguidar. Acendem-se dua s velas s obre o alguidar que deverá permanecer 16
dias diant e de O runmilá. No fi nal do prazo determi nado, retira-se tudo e
despacha-se numa encruz ilhada próxima. O al guidar e a c abaça retornam à
casa e s ão lavados e reaproveitad os se mpre que se precisa r repeti r o
trabalho. As gali nhas s ão c omidas pelas pess oas de casa. 28 5 - PARA
VENCER OS AJÉS 29 Pega- se três cabaç as de tamanho médio para pequeno.
Abre-se as três c abaças pelo pesco ço , co loca-se os un na pr imeira, efun na
segunda e pó do c arvão na terceir a. Colo ca-se as t rês cabaças so bre o
opo n 30 e reza-se Eji ogbe. 31 Coloca-se um pouco de iyer os un dentr o de
cada uma delas. Fecha- se as c abaças co m suas respecti vas tampa s, que
devem ser amarradas com fios nas cores correspo ndentes. Retira-se as
cabaças do opon e s acrifica-se, s obre elas, três galinhas, uma vermelha par a

a cabaça co m os un, uma branca par a a cabaça co m efun e uma preta par a a
cabaça co m carvã o. Depois c olo ca-se as cabaças junto à Elegb ara, o nde
deverão permane ce r para sempre. 6 - P ARA PRO BLEMAS DE SAÚDE. Este
trabalho s ó po derá ser feito s e Ejiogbe vier i ndican do Ir e axegun o tá ou Ir e
ajê . Dar borí na pess oa co m uma galinha br anca e o utra carij ó. Se f or filho
de Xangô, substituem-se as galinhas por duas codornas, que serão puxad as
so bre o o rí, se ndo que o ejé deverá co rrer direto do o rí para o igbá- Xangô. 28
- Inimigos pe ss oais ou negativ idades do própri o co rpo. 29 - Espíritos
maléfico s liga dos à magia negra. 30 - Tabuleiro de madeira usado nas
cons ultas ao Orácul o Ifá. 31 P ó utilizado na mar cação dos signos s obre o
opo n. 32 - Vitóri a so bre os inimigos o u um b em r elacionado ao dinheiro. 32
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Dice Ifá 7 - PARA QUE EXÚ TRABALHE. Pega-se uma cabaça dentro da qual
se co loca água, 16 q uiabo s picad os em pedaços bem pequeninos e
iyeros un. Mexe-se com a ponta do irof á se o co nteúd o so bre Exú, par a que
desperte e trabalhe. 33 enquanto se reza Ejiogbe. Derr ama8 - P ARA

DESPACHAR AJÉ Sacrifi ca-se, para Ogun, um galo, e se oferece também,


eran m al ú 34 com o rogbo . Prepar a-se um pó co m efun e s e mistura a ele um
pouco do iyer os un do ebó , co m pó de fo lhas e de sementes de mar avilha
(Mirabilis jalapa. Lin. Planta herbácea da família d as c ompos tas, e spéc ie de
trepadeira) . So pra-se um po uco , três vez es por dia, à dir eita e à es querda da
porta da r ua para d espac har os ajés . Coloca-se o uro e prata d entro de
Orunmilá. 9 - PARA PROSPERIDADE. Sacrificam-se duas galinhas brancas
para Egun; dois po mbo s brancos para Oxun; uma frang a para E legbar a; dois
pombos brancos para o Ori da pesso a, co m o ri-da-co sta e efun. To mam-se
seis banhos de alfav aca, pétal as de acáci a e de prodigi os a. Com o mesmo
amas í lava-se a cas a. 10 - PARA REAT IVAR O DESEJO SEXUAL DE UM
HOMEM. Prepara- se uma mistura de vaseli na c om cânf ora, pó de madeira de
não -mees queças, de es pora-d e-cavaleir o (Jacquini a Acule ata. M ez .) e de
parami (Kaguángaco - Angola). Mistura-se bem, para preparar a poma da,

reza-se Oxetura, Ir oso fun, O turaxe, Okanayekú, Okanasá e Ejiogbe. Dá- se à


pess oa par a que, todo s o s dias, unte a gland e. 33- Bastão ritual ístico usado
pelos Babalaw os no s proc edimentos divinatórios. 34 - Car ne bo vina. Página
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Dice Ifá EBÓ DE EJIOGBE PARA SEREM FEITOS TRÊS NO MESMO DIA. I - Às
seis da manhã: Passar uma fra ng a no co rpo, tomar ban ho de amasí feito
com as s eguintes fo lhas: cer ejeir a, marp a cífico , cho upo, romã, aroeir a e
alfavaca. Despachar as roupas num rio. I I - Às 12 hs.: Franga pr eta, um pano
preto, o tí, duas velas. M arca-se Ejiogbe no op on, sacrifica-se a franga,
embrulha-se no pano pr eto co m o iyerosun do o pon e de ixa- se ao s pés de
Elegbar a. Banhar- se co m o mieró de esc ova-amarga, quebr a-pedras e p a raíso
(Melia az ederac h. Lin.). III - Às 19 hs .: Franga branca, eran malú e no ve
pedaços de panos de co res div ersas. C orta-se a carne em 9 pedacinhos e
faz-se uma tr ouxinha com o s pedaços d e pano de diferent es c ores. As
trouxinhas são amarradas na pata esquerda da franga que, em s eguida, é
of erecida a E legbara. Despacha-se tudo no loca l determinad o pe lo jogo .

Banho de o mieró de alfavaca, romã e alfavaca-preta. Axó-funfun e resguardo


po r 24 horas. 3 5 35 - Ro upa branca o u pano branco . Nes te caso ,
espe cificamente, trata-se de roupa s inteiramente brancas . Página 16 de 633

Dice Ifá II I II I II I II I OGBEYEKU REZ A DO O DU. Ogbeye ku Babá Omo lú


Ogbeato Awo edan adifafun Inaxe Ik ú Agba I woro akú kata , O ló owo lá tinxé ni
apé, Yang i omó bogbo eranko lorugbo elegbó . Quando e ste Odu surge dur an
te a co nsult a não deve ser inscri to no opo nifá , devendo se r substi tuído po r
Oyekunilo gbe (*) Fala de se paração c onjugal na qual t erá influência
determi nante par a bons ou m au s resultados . Determina per da de cargos o u
de emprego. É pr eciso cuidar para que a po sição atual não se ja ameaçada.
Não s e deve dar opini ão so bre uma questão alhei a pois isto o derá trazer
problemas e repercussões negativas. Uma pessoa distante obterá uma
nomeação p ara car go importan te. A pesso a é viciosa e precisa refr ear seus

instint os s exuais. I ndica surgi mento o u existência de uma situação delicada


que se c onfigura devid o a de sentendimentos em fam ília. A mãe não quer
que o filho se case desejando mantê-lo sempre sob sua tutela, olvidando-se
de que o fil ho ou a filha precisa manter r elacio nam ento s exual com a
pess oa es co lhida para t oda a vid a. 36 (*) Represe ntação indicial de
Oye kunilogbe : * * * * * * * * * * * * 36 - Tabuleiro divinató rio, o mes mo que
opo n. Pági na 17 de 633

Dice Ifá

Indica que o cons ulent e não fo i criado pelo próprio pai. Prenuncia, caso o
pai do cl ient e se ja vivo, sua mo rte no prazo de um ano. Prenunci a que o
co nsulente s ó mo rre rá em idad e avançada. É preciso c uidar de Orix á e de
Egun para que a vida tr ansc orra co m to tal tranqüil idade. É nece ss ário
dominar o próprio gênio. Para evitar co mplicaçõe s, não dis a com ninguém.
Cuidado co m problemas judiciai s gerados e m papéis de srcem duv idosa o u
escusa. Denuncia problemas do estômago e do sistema circulatório. A

pesso a proc ur a um cônjuge de boa índ ole, mas não o enco ntra. Vive-se
rodead o de ini migos e pess oas invejosas . As mulher es deste s igno gostam
de homens mais jovens que elas. Nest e Ifá fala o bo de: A p esso a não tem
casa. Tem suo r de cheir o ativo. Suas digestões são len tas e difícei s. Não
deve tomar muit os líquidos durante as r efe içõ es. Está sempre reclamando
de alguma coisa. Dorme pouco e é muito nervosa. É preciso tocar a testa,
todo s o s di as, co m o alfanje de Oxun. E nsina que a ur ina poss ui a virtude de
desmanchar fei tiços da mesma forma que elimina as impurezas do
organi smo . É preciso que se esc ovem o s dentes com muita co nstânci a e
que se lave a boca s empre que com er alguma co isa para manter a saúde do s
dentes. Aqui Oxun não co nseguia enc ontrar A ganjú que havia se enterrad o
numa cavidade da terra. Quando o encontrou, saudou-o com a seguinte c
antiga: Eda efo n xuro mi, O run eda, ewe eda efo n Aganjú k awo. Oso woro
mo bo s odoro m i yare Iyalode. Pág ina 18 d e 633

Dice Ifá I T ANS DE OGBEYEK U I - O rei de Ifé havia morrid o e o s me mbros da


co rte proc uravam alg uém de idade avançada para subs tituí-lo, na es perança
de que esta pesso a, por ser mui t o velha, viesse a mo rrer ta mbém em pouco
tempo. U m velho vendedor de tecid os do m ercad o, sabedor do problema, fo i
co nsultar Ifá, na es perança de poder assumir a coro a real. Na co nsulta
surgiu Ogbeyek u que prescrev eu um ebó co mposto de um bode pret o,
muitos panos e muitas mo edas. Fei to o ebó, o velho dirigiu-se às ce rcanias
do palác io o nde per maneceu aguar dando os acontecimentos. Ao vê- lo o s
membr os da corte pens ara m logo em co roá-lo rei, pois, po r sua id ade e
aparência, não tardaria muito a mo rre r, o que lhes permit iria então co roar
uma outr a pesso a, de acordo com s eus int eres ses. Assim foi feit o, mas,
graças ao ebó que havi a of erecid o, ao c ontrá rio do que todo s es pera vam, o
velho viveu por muit os e muitos ano s, governa ndo co m justi ça e sabe doria.
Este ebó deve ser feito para assegur ar uma posição que esteja sendo
ameaçada. OBS ERVAÇÃO: Ao f azer- se este ebó em alguém colo ca-se, na
cabeça da p esso a, o adê de Oxun . Neste caso não se po de usar fo lhas d e

oxibatá, que serão s ubstituí das por fo lhas de sapo ti. SEGURANÇA PEL OS
CAMINHOS DE OG BEYEKU. Oferece -se à O sain, um eiyelé pintado, no ve peix
es fresco s pequenos. Separ a-se a cabeça do pombo e os nove peix inhos,
torra-se e f az -se pó que dev e se r misturado às f olhas e sementes de s apoti,
iyerosun rezado de O gbeyeku e um pitirre e e stá pronto o Inxé. EXÚ EM ERE.
Terra de casa, terra d e ce mitério, terra de encruzilhada, sete se mentes de
aberé, pó de cabeç a de galo e de ajapá , obí, oro gbo e três ikins. 38 37 se co
de Os ain, mistura- se tudo 37 - Pássaro muito popular em Cuba. C abeça,
pesco ço, pés, bico e asas brancas; peit o e b arr iga brancos . (T yrannus
Magniros tris). Semelhante ao pardal, mas de tamanho me no r. 38 - Cág ado -
jabotí. Página 19 de 633
Dice Ifá M istura-se tudo e, prepar ada a mass a, mo dela-se o ori do Exú, que
deve ser adornad o com muitas co ntas e búzios. Este Exú chegou a Te rra

por es te signo , ac ompanhado de Oxumarê. FOL HA DE OGBEYEK U. Sapoti.


Esta fo lha, que per tence ao s Ibeji s, po ss ui poderes m edicinais extr ao rdinári
os. O seu chá combate a insônia. Maceradas e misturadas com cin zas
podem s er usadas em banho s, misturadas co m água, par a neutral izar
feitiços . Página 20 de 633

Dice Ifá I I I I I I I I I I OGB EIWOR I

REZA DE OGBEIWORI. Ogbeiworí maferefun Obatalá Al eiyó Umbó, inedi ir e


Umbó Om of á o be bodê kin ideele adifá joko axeguidá Orunmi lá Dadá axe, kue
ki eiy elé, ekodid é, e kú, ejá, epô , agbado, o po owo. Este é um Odu de pr ovas,
guerras, tr abalho, desobediência, necess idades, e nganos, in co nformid ade,
traições, inimigos ocultos, etc. Quan do s urge o Awo deve volta r sua ca beça
para a direita e depois para a esquerda. Para a direita porque dali vem a mor
te e para a esquerda p orque dali v em alguma co isa boa. Quando surge na
co nsulta de uma vir gem, indica que ela precisa rece ber Akofá mais rápido
poss ível, par a que não dê desgos tos a seus pais. É pr eciso que tenha mui to

cuidado co m um home m que vai enga ná-l a e que depois não irá assum ir
compromisso, deixando-a em total desespero. Avisa q ue é necessário ficar
atento para uma situação pela qual se es tá passando e que trar á muito
aborr ecimento e vergonha. O homem não pode co m a mulher , não atend e às
suas necessidad es em nenhum aspecto. A soberba deve ser dominada para
que não leve à pe rdição . Existe a lg uém tentando um envo lvimento
sentimental. E vite deixar- se levar, po is, po r trás di ss o, existe ape nas uma
intenção de vin gança. Não use, nunca, roupas negra s. Não z ombe de p
esso as velhas. Não lance pra gas o u mald ições. É preciso ter mais calma e
paciência e não se deses perar tanto diante das adver sidades. 39 o 39 -
Iniciação dada às mulheres no culto de O runmilá. Pági na 21 de 633
Dice Ifá

Não ace ite troc ar chap éus o u bonés co m ning uém, pois é por aí q ue podem
lhe fazer um feiti ço . necessári o que se tenha cuid ado co m os sistemas de
freios de qualq uer tipo de máquin a para não so frer um acidente. A pesso a
está presa a uma deter minada sit uação incôm oda de que gos taria de se
livrar, mas não está so zinha nes ta questão. Di ss e Ifá: "Mais que eu não há
quem veja!" Nes te Odu nasce u o po der da bruxaria so bre a existência
humana . Nasc eu o juramento e a ligação de Os ain com o ferro em terr as
Mandinga. Nasc eram as "fi r mas" dos c olares de O rixá e, por isso , deve-se
usar um colar d e Obatal á co nfeccionad o só co m firmas. Se a mãe do Awo
fo r viva, sempre que este fi ze r ebó, tem que faz er ta mbém para ela. Se f or
morta, d eve o ferecer dua s gali nhas ao Egun. A pesso a não tem s o ssego na
vida e deve sabe r o que Xangô deseja para ajudá- la. Aqui nasceu a planta "
abre-cami nho" F oi por es te Odu, que Oxu n roubou o opo nifá, o okpele, o
iyerosun e o eruker é 40 de Orunmilá. Deve-se co locar um tabuleir inho, um
okpele e um poti nho co m iyer os un, co bertos co m um pano amar elo, junto
ao igbá-Oxun. Quando surgir em ire 41 deve-se agradar Iyá Tobí. 42 Um
afilhado que tenha es te Odu poderá roubar- lhe um ass entamento o u o o kutá

um Orix á. de Quando fo r faze r borí co m ejá-oro para um client e, deve pedir


dois, of erecendo prime iro um à sua pró pria cabeça, para livrar-se de
qualquer peri go. Aqui fo ram captur ados os touro s bravios. O Awo que tenha
este Odu deve banhar- se c om líri o branco e perf ume às do ze ho ras do dia.
40 - Espécie de chicote feito co m pelos da crina ou da cauda d o caval o,
símbolo de p oder . 41 - Benção , aco ntecimento bené fico , po sitivo. 42 - Pedra.
A pedra consagrada a um Orixá. Página 22 de 633

Dice Ifá IT AN DE OGB EIWORI. Quando Orunmil á se queixava por não po ss uir
uma mulher , surgiu- lh e Ogbeiworí que lhe disse: "Faz ebó co m duas galinhas
pretas e uma ces ta de mand ioca e terás uma mulher como co mpanheira
durante todo o deco rrer deste ano. " Feito o e bó , Orunmilá recebeu a
orientação de plantar uma roça de mandio ca, o que tratou lo go de f a ze r.
Quando a mandioca es tava no ponto de ser co lhida, Orun milá no tou que

alguém est ava r oubando sua produção e, para pegar o ladrão, pô s-se de
guarda. Um di a, durante a vi gia, viu quand o duas jo vens e ntraram em s ua
plantação e co meçaram a co lher algumas raíze s. Surpr eendidas em
flagr ante, as moças come çara m a cho rar e, pedind o perdão, diziam q ue não
eram lad ras, mas que fo ram levadas a co meter o delit o po r não terem o que
com er. Condoído, Orunmilá lhes disse: "Tudo bem, vou perdoá-las, mas com
a co ndição de que não vo ltem a roubar , pois e stas mandi oc as fo ram
plantadas por ordem de Ifá, par a que e u poss a co nseguir uma mulher co mo
co mpanheira. " "Se é verdade que você nos perdoa" disseram as jo vens -
"preferimos unir- nos a você em vez de sermos co nsider adas co mo larápias.
Então, Orunmilá tomou-as como esposas. Existem duas amigas que têm que
rece ber Ak ofá para que não tragam d esgraças nem vergonha a s eus pais.
TRABALHOS DIVERSOS INDICADOS EM OGBEIWORI. 1 - PARA TIRAR
NEGAT IVIDADE: Pega- se um cabaça grande, abre-se pelo meio no sentido
horizo ntal, mar ca-se Obgbeiwori no interior e colo ca-se dentro, um papel,
onde se escreveu todas as dificuldades po rque se está passando.
Colo ca-se, po r cima do papel, uma tig elinha d e barro c om um ekó 43 e se

arria ao s pés de Eleg bara. Depois de um tempo co loca-se um pouco de


iyerosun po r cima, fecha-se a cabaça e despacha-se no cemitério. Deve-se
usar roupa branca na h o ra de despachar o trabalho. 43- Espécie de c om ida
ritualística. Página 23 de 633

Dice Ifá 2 - PARA S AIR DE DIFICULDADES FINANCEI RAS . Sac rifica-se quatro
eiyelé dentr o de um a tigela e se c oloca s obre elas oti- funf un. Se para-se as
cabeças de dois po mbos nu ma ti gela e se co loca em Elegbar a. As o utras
duas, no utra tigela, co loca-se e m O runmil á, pedindo o que se des eja obter . 3
- PARA QUAL QUER T IPO DE IRE. Dá-se, ao Ori, um eiyelé f unfun e uma
adié-funf un . O e iyelé é para a so rte que fica na frente e a adié é para a morte
que fica para t rás. Faz-se sarayeye co m o s bicho s antes de s acrificá-los
so bre o Ori d o c liente e, depo is do sac rifício, dá-se bo rí na pess oa. 44 4 -
PARA PESSOA CURIOSA E ABELHUDA. (Não é para tirar estes defeitos da

pesso a, pois s ua ascensão na vida dep ende deles) . Um frang o, um saco , um


alfanje, uma cabacinh a cheia de lodo do fundo de um lago . Pass a-se na
pessoa, sacrifica-se a Elegbara , enfia-se no saco e despacha-se no local
determi nado pelo jogo . (Aqui Elegbara derr ota o s macumbeiros ). 5 - DEFE SA
CONT RA T RABALHOS DE FEIT IÇARIA. (Este t rabalho só pode s er feito para o
p rópri o. Quem o fize r para outra pess oa será punido co m a mo rte). (Deve se r
feito no alto de um morro) . Três f olhas, milho vermel ho; milho torra do; o lelé;
ekurú; ekó ; pó de p eix e; pó de preá; dendê; diver so s tipos de ce reais; sete
velas; doz e bo las de inhame c om um ataré dent ro de cada; uma gali nha
branca; um pombo branco ; um co quén br anco ; quatro bo las de tabat inga
retirada de um rio. 46 45 44- pombo branco e galinha branca. 45 - Olelé, ekurú
e ekó, são três diferentes ti pos de c o midas usadas e m ebó s. 46 - Galin ha
d'ango la. Pág ina 24 de 633

Dice Ifá Risca- se no chão um cír culo de ef un co m o ito quadrantes e o s


seguintes Odu-Ifá insc rit os em c ada quadr ante: (v er relação adiant e). So bre
os quatro pontos cardeais do c írcul o c olo cam-se as quatro bolas de

tabatinga (este, norte, o este e sul). Faz-se a s eguinte reza: Orun epa porun
Baba wá lo loni Baba li anwá k aribó m ode lo O iyá ko si Ikú lo O iyá mode itá; ko
si ni itá i ile; ko s i arun ni ile Okunin ariri imeo odiguwere; edi eri eri nake. Em
seguid a dão-se vo ltas c om as f olhas de banan eira, co mplet amente cobertas
de efun. Sac rifica-se um po mbo branco e um po mbo preto s em deixar cair
sangue nas bo las de tabatinga. Arriam-se tudo ao lado. Fica- se de frente para
as fo lhas de bananei ra, passam-se cada um dos ingredientes no co rpo e
vai-se arria ndo s obre elas. Pega- se os bichos , passa-se no co rpo e
sacrifica-se a galinha à fo lha da dir eita, o po mbo à do meio e a etú à da
esquerda. Pega- se a bola de tabatinga q ue está na part e no rte do círculo e
colo ca-se no fo lha do meio; a bola do sul é colo ca da no fo lha da esquer da
e, a do o este, no fo lha da direita. A bola que so brar (a do Es te), é co loc ada na
po rta da pes so a co ntra quem s e e stá lutando no fe itiço. N I I I I I I I I II II II II II II
II I I I I I I I I II II II I I I I I I I I O ------------------------------------------------------------------------------------------------

L II I II I I I I I I I I I I I II I I S II II II II II II II II II I I I I I II I I I I I Página 25 de 633

Dice Ifá S EGURANÇA D EST E ODU. O ventre e a cabeça de uma f ormiga bem
grande; a placenta de um a cr iança do se xo mas culino; terr a recolhido do s
lados les te e oe ste de um fo rmigu eiro; cuaba-br anca; três atar és; o bí; poeira
reco lhida de um r emo inho provo cado pe lo v ento; raiz de es pora-d e-cavaleir o
; raspa de chifre de boi. Coloc a-se tudo dentr o de um a panela de bar ro,
cobre- se com tabatinga, enfeita- se co m co ntas de div ers as co res.
Sacrifica-se, em cima, uma codorna e um etú e sopra-se vinho seco. (Come
etú e a paro ). 47 47 - Codo rna. Página 26 de 633

Dice Ifá I I I I I OGBEDI I I I I I REZA DE OG BEDI. Ogbe di Kaka, O gbedi Lele, ada
xaxá asik o ebana adifafun ati Ogun t inxo o ka mamá okpa marun elebó.
Neste O du Xangô garante, grat uitamente, a sua proteção . Para que os Awo
deste Odu não fi q uem impotentes têm que prati car sexo c om s uas mulheres
quando estiverem menstruad as. Neste Odu nasce u o hábito de piscar os
olhos para mante- los s empre úmidos. Nasce ram os maus desejos entre as

pessoas. Nasceram as negatividades que atormentam a vida dos homens.


Nasce ram as uti lidades do s anz óis. Nasceu a o brigação de pagar- se a quem
co lhe ervas lit úrgicas. Nasc eu o segredo de louvar- se O ri co m pimenta- da-co
st a. Fo i neste caminho que o ho mem aliou-se ao a japá para refrear o cavalo
de Obatalá. Se a mãe do c liente estiver mo rta, surgindo es te Odu, tem-se que
dar alguma co isa ao seu Egun. Para dar Pinado 48 ao afilhado que tenha e ste
signo , o Awo tem que faz er muit as c erimônias para não se prejud icar. Para
faz er borí para o Aw o des te Odu, é preciso também muito o rô , para q ue
nenhum mal venha o co rrer ao o ficiante. É por es te caminho que s e dá um
carneir o a Xangô . Proíbe o co nsumo do caf é. 49 48 - Cerimô nia de
graduação dos sac erdotes de Orunmil á. 49 - Ritual, cerimônia reli giosa.
Página 27 de 633

Dice Ifá É o Odu enc arregado de despe rtar Orunmil á. As filhas de hia de um

Babalaw o. Indica a existência de um rap az que muito jo vens e que, por es te


mo tivo, po derá ser pr eso , r aind a mais o seu c aráter. Para que isto não
aconteça, inhas, oito favas de aberé e dois co rdões do tamanho de id a do pé
do rapaz e dão -se s ete nós em cada co rdão. Um eve perm anecer embai xo
de seu travesse iro. Ogbedi devem viver na co mpan gos ta de abusar d e
menina s o que só servi rá para degener a faz -se ebó co m um galo, duas gal
seu pé esquerd o. T ira-se a med co rdão vai integrar o ebó, o outro d

ITANS DE OGBEDI . 1 - Orunmil á chego u a um vilar ejo onde fo i tão mal


recebi do e despr ezado, que teve que of erecer uma festa com muita comida
e bebida, para restabele cer o s eu prestígi o. Deve-se o ferec er adimú a
Orunmil á, para não ser desprezado pelas pe ss oas . 2 - Numa manhã bem
cedo, um rap az ainda j ovem, c hegou à c asa de Orunmi lá onde fo i rece bido
por Yeyemater o. Logo que fo i atendido, o rapaz falou: "Vim a mand o de O xun,
co m a incumbê ncia de des pertar Orunmilá." Obse rvando-o atentamente,
Yeyematero resp ondeu s implesmente: "D espe rta-o então!" O rapaz,
prontamente, ajoe lhou-se diante d e Orunmil á para q uem endereço u a

seguinte prece : "Ogbedi K aka, Ogbedi Lele, adifajok o barabamiregun adifafun


Oxun, adi fafun Ogun, Obini n Ogbesá Yeyemat ero afef e lo sa lu os olo de aw o
loda lo ikin" Então, O runmil á despe rtou tranqüil amente e , ne ste e xato m
omento, Oxun e Ogun bat eram em sua porta , saudando ao dono da casa:
"Boru, bo iye , boxexe!" D epo is de responder a saudação , Orunmilá pergunt ou:
"Quem é este jovem que de mo nstra tant o saber?" "É Ogbedi. .".- respo ndeu
Yeyematero -"...Awo da Terra Ijexá qu e, a partir de hoje, substituirá Ogbesá,
na tarefa de despertar o S enho r do Sabe r". A partir deste dia, Ogbedi, po r sua
sabedo ria, fico u encarregad o de des pertar Or unmil á todas as manhãs , co m
sua prece po derosa. Página 28 d e 633
Dice Ifá AMASÍ DE OGBEDI. Folhas de bredo branco ( Amaranthus viridis.
Lin); ro mero (Ros mar inus o fficinal os); planati llo-de-Cuba (Ew e o lubo - Nagô);
botão-de-ouro; era; três pom bos brancos; duas galinhas; quatro velas; obí;

efun; mel; o tí; um bastão de madei ra; u m pedaço de sabão branco; um


pedaço de sabão amarelo; uma cabacinha; um lençol; bucha vege tal; uma
muda de r oupas velhas e uma mu da de roupas no vas totalmente branca. São
n ecess ários dois Awos par a fazer este amasí, e um d os pombos é
reservado para que se li mpem, quando terminar o trabalho. Quina- se as
fo lhas e pr oc ede-se co mo na co nfecção de qua lquer ama sí, acr esce ntando
todos o s co mponentes. D epois de pronto, rasga- se a roupa velha n o c orpo
da pesso a, dá-se-lhe o banho de amasí e co loca-se a roupa bra nca. AXÉ DE
SEGURANÇA POR OG BEDI Limalha de vár ios tipos de me tais; milho; duas
lacrai as; c abeç a e ventr e de fo rmiga grande; casc a de ovo de gali nha; pó de
casca de ovo de pom ba; de penas de gali nha e de po mbo; 21 fo rmigas; terr a
de fo rmigueiro; 21 atar és; raspa de chifre de boi; raiz de saco -saco ; raiz de
paineir a, raiz de palmeira im per ial; card o santo ; canutilho; f olha de
pata-de-galinha; pegapint o; terra de s e pultura; 7 talos de plantas diferentes
(perguntad os no jogo ) e pó de cabe ça de rat ão -d o-mato. C oloca-se tudo
dentro de um po rrão zinho de barro, co mpleta- se c om tabat ing a e se e nrola
co ntas de c ores diversas ao redor. EXÚ AFLEKET E (É um Ex ú de o rigem f on).

Confeccio na-se a mass a com pó de inhame mist urado co m pó de efun.


Espal ha-se o pó resulta nte sobre o opo n e marca- se O gbed i. Coloca-s e o otá
esc olhid o so bre o pó já marcad o e sacrifi ca-se um po mbo s obre tud o.
Depois, à ma ss a resultant e, mistura- se o sun; o bí ralado; arid ã; pó de leri ajá ;
terra de casa; de q uatro es quinas; de diferentes lugar es o nde haja
moviment o de gente; casca de 7 árv ores diferentes; 7 atar és; s ete fo lhas de
ervas frescas ; pó de os so de egun omo birin folhas de Exú. M odela- se o Exú e
enf eita-se co m 101 búzio s. 50 - Crânio de cacho rro. 51 - Criança. 51 50 e sete
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Dice Ifá I I I I II I II I OGBEROSO REZA DE OGBEROSO. Ogberoso untele axe


ebó tó ariku Babaw á Orunmilá akp alos inan, akpo e bó r ori Orunmil á Iseta
Ogberos o untele axe. Ate deku ati e. Atie deja, deja atie. A te a kukó, akukó atie.
Atie agbado, agbado atie. Ati e juju, juju atie. Omó lon Otuarumal e in kuin o kpa

adie. Este é o Odu da ver dade e da mentir a, o nde se c onfrontam duas


inteligências. A pesso a que vem co nsultar- se não co nfirma nada do que lhe
é dito na co nsulta, mas, quando che ga em casa, ve rifica que todas as
mentir as que disse se to rnarão realidade. Por es te motivo, quando surgir
este signo, não deve ser regi strado e sim substit uído po r outr o, sacado logo
depois. Provoca impressõ es demasiad amente fo rtes que podem ab alar a
saúde da pesso a. Os fi lhos deste s igno são invencívei s e , po r isto, Olofin
lhes deu o governo do mundo. Se o pai da pesso a já estiv er mort o deve- se
dar ao s eu eg un, um f rango e um par go f resco. Deve- se f azer ebó para que o
filho não morra do mes mo mal q ue o matou. O A wo deste signo usa um
co lar de Orunmil á co m 16 contas verde s e 16 amarelas em cada gomo .
Neste Odu Orunmilá come c om Inle Afoko jéri e o O pon fi ca so bre Inle
Afokojeri . Tem que jogar á gua em todos os ebós . Ogberoso fica de pé no t
abuleiro e por ist o é chamado de "Opon ". T rouxe o co stume das pessoas se
vesti rem com penas de aves. Quando surge numa ceri mônia de atefá , todos
os Awos presentes de vem passar no corpo um e kú, um pei xe e milh o, que
são enterr ados num buraco para lim par a negativi dade. Tem que o ferece r

um pargo ao Ori e, e m se guida, dar a Ex ú aqui lo que ele des ejar. 52 52 -


Cerimô nia que t em po r finalidade co nsultar Ifá marcando o Odu so bre o
iyerosun es palhado no o pon. Página 30 de 63 3

Dice Ifá Agrad eça ao espírit o de s eu pai e reze s empre para ele. Se f or vivo,
mo stre-se s empr e gr ato po r tudo o que fez na vida por você . É preciso ter
muito cuidado co m as vist as. A incr edulid ade po de cus tar-lhe a pró pria vida.
Agrade se mpre a Exú. Exú se divert e e ri de se us problemas . Existe alguém
que, com a intenção de prejud icá-lo, só lhe faz o bem. N ão f aça mal a
ninguém, pois isto s erá a sua desgraça. Ev ite banhos de mar , po is é ali que
sua vida corre gr ande ri sco . Muita co nfus ão e des entendimento em cas a.
Para qu e haja pr osperidad e em sua vida é preciso cuidar d e o utro Orixá que
não é o seu. A p esso a é filha de Santo ho mem, mas de homem tem muit o
pouco. Se for mulher pode ser lésbi ca ou ter tendências para o lesbianismo.

Se não fo r lésbica, pode s er infiel, e isto p oderá signifi car a sua mo rte. Aqui
Obatalá lançou uma maldição dizendo : "Aquele que me fi z er algum mal, a
mim, que não faç o mal à ninguém, fi cará cego para sempre. " A pess oa so fre
obse ssão e persegui ção de Egu ns. Tem que faze r ebó para afast ar estes
Eguns, e depo is, d ese nvolver um tr abalho es piritual para que não voltem a
perturbar. Este Odu prenun cia pranto irremediável. O Awo deste Odu tem o
dom de a divinhação pela revelação de Egun. Página 31 d e 633

Dice Ifá IT ANS DE OG BEROS O. 1 - Uma filha de Olo dumare, mulher de muita
beleza, fo i à pra ça e m busca de uma aventur a amoros a e, desta forma, tr aiu
quem lhe amava. 2 - Naquele tempo as baratas não enxergavam e Orunmil á
mandou que fi ze ss em ebó para ad quirirem visão . Feito o ebó , nasce ram-lhe
s o s o lhos e elas puderam ver . Depo is, Orun milá determi nou-lhes o utro e bó
para que os macho s e as fêmeas não se vestissem da mesma fo rma. E elas
não obedeceram. No dia em que Olodumare reuniu diante de si todos os
animais, as baratas passaram por uma grande ver gonha, pois O lodumare
não po dia di sti nguir os machos das fêmeas, uma vez que todos estavam

vestidos co m roupas idênti c as . EBÓS PELO CA MINHO DE OG BEROS O. 1 -


PARA PROBLE MAS DE T RABALHO. Numa enc ruzilhada d e rua, co loca-se no
chão, pó de peixe defumad o; de ekú; mi lho; epô pupá ; o tí; o mi e caramel o s.
Sac rifica-se um pinto em c ima de tudo e deixa-se junto a leri. O ará 54 do
pinto é am arrado pela pata esquerda co m um fio lo ngo, de fo rma que, ao
voltar p ara casa, po ss a ser arr astado pelo chão até diant e de Elegbar a, o nde
é deixad o. Dá-se c oco a Elegbar a e pergunt a-se (com o co co ) o des tino que
será dad o ao c orpo do pinto e s e deverá ser l evad o inteiro ou cortad o em
peda ço s. 2 - PARA QUE UM HOMEM VOLT E À COMPANHIA DE UMA MULHER.
Pass a-se um a mo eda de prat a nas vistas da mulher , lava- se s eu ros to co m
omieró e se passa um pouco de iyer os u n onde se r iscou e se rezo u
Ogberos o. Despacha-se jo gando a mo eda nas águas de um ri o. Este tr abalho
só trará o home m de volta se fo r para o bem da mulher , cas o c ontrár io, e la
enco ntrará um outro que a fará muito mais f eliz. 54 - Corpo. Página 32 de 633

Dice Ifá 3 - P ARA T IRAR FEIT IÇO DE DENT RO DE CASA. Na po rta da rua, na
parte de dentro, des e nha-se co m efun, por três veze s, da direi ta para a
esquerd a, o signo de Ogber os o e , so bre eles, f az-se tr ês cruzes . Colo ca-se
no me io de cada cruz uma quart inha co m água que devem ser esvaz iadas,
uma po r dia. (A água é jo gada na rua) . No terceiro di a, depo is de des pachada
a água da úl tima quartinha, co loc a-se, so bre cada mar ca do s igno, um
pouco de pó de ekú e de ejá, um p ouco de epô e um punhado de mil ho.
Passa- se um po mbo bran co nas pesso as da casa e no Awo, e puxa -se,
deixando o ejé co rrer so bre o s s ignos marcados atrás da porta. Com o ejé,
faz -se uma cruz na par te de dentr o da po rta, passa-se, em cima, um pou co
de mel e se co bre co m penas do po mbo s acrifi cado, deixan do ass im
durante mais três dias. No terceiro dia limpa- se tudo e s e la va co m o mi tutu
um rio. 55 e se despacha nas águas de 4 - PARA ALIVIAR QUALQUER TIPO DE
SIT UAÇÃO DESAGRADÁ VEL. Coloc a-se, atrás da po rta fe cha da, o
igba-Oxó ss i. Ao se u lado, arr ia-se um prato co m uma vela acesa no meio .
Marc a-se Ogber os o no chão, reza-se o Odu e se dá co co e água fresca a

Oxós si, em cima do s ig no. Sacrifi ca-se um eyele so bre o igbá. Abre-se, co m
uma faqui nha, o co rpo do po mb o do peito par a baix o, até o anus. Coloca-se
o ará abert o s obre Oxó ss i e se pergunta p ara onde s erá levad o e de que
fo rma será despachado . EXÚ WONKE. Este é o Exú da mentira, tem tr ês caras
e leva uma carga diferente para cada uma delas. Carga da primeira cara:
Marfim; chifre de boi; o bí; orogbo ; os un; espo r a de galo; iyerosun e
dente-de-leão (folha). 55 - Água fresca. Página 33 de 633

Dice Ifá Carga da segunda cara: Raspa de chifre de boi; co co sec o; obí;
oro gbo; o sun; 7 grãos de fe ijão; 7 gr ão s de atar é; 7 pimentas- da-china; fo lhas
de co pey (Cl usia ros ea. Jacq .) . Carga da terceira cara: Azo ugue; areia do
mar; terr a preta; terr a reco lhida de q uatro c aminhos diferentes. As cabeç as
são mo ntadas dentr o de um cas co de ajapá que lev a, dent ro, um o tá de rio.
Modela-se um s ó vulto c om três c aras, uma para cada l ado. En feita- se tudo

com co ntas p retas e ver melhas. Os o lhos e as bocas s ão co nfeccio nado s


co m búzio s. Para este Exú, acende-se se mpre três velas o u três lamparinas,
uma para ca da cara. Sempre que se der ejebale um para cada cara. 56 de
qualquer bicho, tem que sac rificar, antes, três pintos, S EGREDO DO ODU. Se
voc ê perdeu um par ente afo gado no mar, tem que dar um galo ao e gun e, em
se guida, of erecer um pargo à O runmil á. As aletas da barri ga do pargo e uma
do lado e squer do devem se r colo cadas dent ro de s eu Ifá, par a que vença na
vida. Cui dado c om pess oas que o vigiam, es perando a chance para traí-lo.
56 - Sac rifício co m sangue . Página 34 de 633

Dice Ifá II I II I I I I I OG BEWÓ NRIN.

REZA DE OGBEWÓNRIN. Ogbewónri n ago emi ibeború ke Okunin paw ó


ayawal á, ayawalá otó, ayawalá o mo kunlo mokunlo, wale koto wale to o un
beleno o tó otó.

Este Odu assinal a projet os sem c onsistência e que s e tra nsfo rmam em

ilusõe s vãs. O fi l ho deste s igno co nsidera- se po r demais importante, não


aceita conselhos nem orient ações de ninguém. É preciso deixá-lo de lado,
para que aprenda so frendo c om a própri a experi ê cia. Em d eco rrência de sua
própria formação, acaba sozinho na vida social e religiosa. I fá de vícios;
trouxe o cos tume dos cães lamber em a vulv a das cadelas ant es do ato de a
casalamento . Neste Odu nasceu a telha usada no culto de Egun. P or isto ,
tem que ser inscrito na Atena de Eg un e de Oparaldo . Foi por este c aminho
que Oxun co me u galinha pela p rimeira vez. Foi aqui q ue Obatalá co ncedeu
ao e sco rpião o poder exi s tente na ponta de seu rab o e que co nsiste num
ferrão e veneno . O es corpiã o, insat isf eito, queria que Obata lá lhe desse
asas, no que não f oi atendi do. Quand o se dá cabr a à O runmilá por este
signo, reti ra-se um pedaço do fígado, que é dado de co mer a um cão. Não s e
deve trabal har depois das dezo ito ho ras. Seria i nútil co mo carregar água
num cesto. Deve-se esconder as fraquezas para que não sejam divulgadas

publicamente. 57 57 - Ebó que se f az utilizando-se o s signo s de Ifá e suas


saudaçõ es. Página 35 d e 633

Dice Ifá Cuid ado co m o s f alsos testemunh os . Um gr ande so frimento


causado pelos filhos, qu e não são nada d o que se gostari a que fos sem. A s
mulheres têm tendências para a prática d a prostitui ção , se f orem cas adas,
os maridos têm amantes. Assinala guerr a dentro de cas a. Adverte co ntra
ardência e dores nas so las dos pés; doenças nas vi stas; câncer n os os s o s
e males c ardíacos Tem que dar comida a bogbo egun . O Aw o deste signo
tem que r ece ber Axek pelú; Os ain; Oduduwa e Olo fin. Tem que prestar
juramento em Orun. Co m e stes po deres, O gbewórin se afirma sobre a Terra.
Este é o caminho das Cinco Pedras d a Co roa. 58 EXÚ AREREBI OKE. Carga:
Cabeça de peixe; de ekú; de galo; galho de venc e-demanda; aman sa- guapo;
erva-santa; fo lha de hortelã; urt iga e levante. Pó de peixe e de preá, milho
torrado; o tí; obí; coc o, os un e duas vezes 21 búzios . Pega-se um o tá do alto
do mo rro e s e co loca dentro de uma frigi deira de bar ro, co loc a-se a carga e
se prende co m argila. Enfeita- se c om co ntas de El egbara, 42 búzio s e s e

co roa co m co ntas de Orun mi lá. 58 - To dos os Eguns. Pág ina 36 de 633

Dice Ifá I I II I II I II I OGBEBAR A REZ A DE OG BEBARA. Didun nixe uiye bigbe niti
o kuru lema ixe unjé lese lokun, ekú ade niá ré wale adi faf un o xere igb eti
iyegba oma o ja fi Ogbematuxe gegere axe ese de won ni ko eru, ekú, ejá lebe,
igbín meji lebe. Aj asa me ji lebe, os adie meji ebe, akukó, adie lebe e gbejie
legun. Ow o lebe, O rixaniyan oxere iugbe os uebe Ifá eiyalexe o we kan t abi
afexe, kanki aru ebeki Orun k ima pade aje nibe. Este é um Odu que traz traição
para seus filhos . Aqui os ministr os diss eram ao rei que deveri a sac rificar
seu primogênito para salvar seu próprio povo, mas tudo não passava de uma
trama par a destruí- lo. A pess oa tem que rec eber Olo kun, cuja talha tem que
ser tr ocada todo ano. Deve estar sempr e atento ao s problemas dos
familiar es. Não deve o stentar sua sabedoria, pois isto lhe traz inimigos
poderosos. Sofre dos ou vidos. Deve ter cuidado porque pode ser grave. Aqui

nasce u a virtude da fr uta-pão. Quando o do no des te Odu estiver


transto rnado de ve pegar d uas f olhas de fruta- pão, um o bí e a clar a de um
ovo e o ferecer à cabeça em fo rma de bo rí. Deve prepa rar um amasí c o m
fo lhas de fruta- pão e clara d e o vo para banhar- se . Odu de revelaçõ es
secretas e co i sas esc ondid as. É p reciso muito c uidado co m doenças do
peito e do s pulmõ es. Por isto não deve ter mui ta vida noturna. Aqui nasce u a
gesticulação a o f alar. O dono des te Odu tem um egun q ue lhe fala ao o uvido.
Pode s er, o u ficar surdo. É o encarregado po r Olofin de pint ar os s ignos do s
Odu-Ifá. Página 37 de 633

Dice Ifá

É um Odu de r iquezas dadas por Obatalá at ravés de negó cios . É caminho de


Obatalá Oxer e Igbo, um Orixá q ue se ass enta em cerimônia s ecreta e que não
toma a cabe ça de ninguém. L eva qua tr o o kutás, 16 fo lhas de babos a e um
boneco de pano, dentr o do qual se co loca o sso do traseiro da ga linha e
vagina ou útero s eco da cabr a de Obatalá. Aqui nasc eu o li nho. Se a pes so a

tem Sant os assentados deve co bri-los s omente co m panos de linh o . Não s e


deve rev elar os planos , para q ue as co isas não sejam co rtadas. Não s e deve
fa z er nada, a nív el de reli gião, na f rente de cri anças. Não se po de negar
esmo las à crianças. É fi lho de Obatalá. Disse Ifá: O jarr o que perde o f undo
não po de reter o líqui do. Deve fa ze r ebó po r problemas de ejaculação
precoce. Disse Ifá: Quando se aperta o peito do pomb o ele morre. É preciso
te cuid ado co m o s pulmões e co m a caixa torá cica em geral . IT ANS DE
OGB EBARA. 1 - Obatal á fabricava co rdas e queria vendê-las no mercado da
cid ade. O primeir o a quem s olicitou ajuda, era um homem velho , que
nego ciava com ar tigos us ados em rituais de fe itiçaria e que, por tr abalhar só
à noite, não po de faz er na da. Então Obatalá solicitou a o rientação de
Orunmil á que co nsultou o Oráculo o nde surgiu Ogb ebar a afirmando que,
para que não tivesse prejuí zo s, teria q ue faz er um ebó co m uma fr anga
antes de s air para o me rcado e, ao regress ar, deveria dar um galo a Elegbar a,

uma gali nha branca à sua cabeç a e um cabrit o para Os ain. Obatalá fez o ebó
e ficou mu ito ri co co m seus negócios . Ifá indi ca este ebó , para ab rir os
caminho s de negó cio s e de dinheir o para os filhos de O gbebara. Página 38
de 633

Dice Ifá 2 - A co dorna e o papagaio tinham i nveja do flamingo e , po r este


mo tivo, lhe dec larar am guerr a. O flamingo fo i correndo co nsultar Orunmilá,
que lhe di ss e: "Pela s ua elegância no andar e po r sua eloqüência, vo cê
derrotará seus inimigos , mas não permit a qu e a vaidade lhe suba a cabe ça!"
Desta forma o flamingo sobressaiu-se e derrotou se us inimigos. Mantendo
a ética e a mo désti a; faz endo us o de suas qualidades natur ais, sem
rompantes de vaidad e, o s filhos de O gbebara saem vitorios os de qualq uer sit
uação , po r mais adversa que se c onfigure. É neces sário se deixar guiar por
Orunmilá. EBÓS NOS CAMINHOS DE OG BEBARA. I - PARA T RANQ ÜILIDADE NA
VIDA. Um frango; dois bo neco s de pano (crianças); um ofá de fe rro
pequeno ; uma rat oeira; l ixo de casa; lixo do lo cal de t rabalho; pão ; uma fru
ta-pão e vários tipos de f rutas diferentes. Colo ca-se as varredur as de cas a e

do tra b alho dent ro dos dois bonec os ; co loca-se a rat oe ira e o of á dia nte de
Elegbar a; os bone co s ao lado; arr uma-se as frutas num algui dar co m a
fruta-pão no centro; s acr ifica-se o f rango dando ejebale em cima de
Elegbar a, da ra toeir a e do of á. Os bone c os , o of á e a ratoeir a, perma necem
em Elegbara par a sem pre. O resto é des pachado nu m rio de águas limpas. II -
EBÓ DO ODU PARA IRE. Dois ajapá; do is akukó; duas frangas; duas galinhas
brancas que já tenham posto ovo s; do is igb ín; um ekú ; um ejá tutu e opo lopo
owo . Tudo é dado a El egbara e faz -se a reza de Ogbebara. 59 59 - Muito
dinheiro. Página 39 de 633

Dice Ifá III III III I I OG BEKANA R EZA DE O GB EKANA Ogbe kana, Ogbe karan,
lodafun Obatalá, lodafun Xangô ni moti alamo n i al akosi mo ni jeun Ogun
Babare. Orunmilá Lorubo. A pess oa deste Odu tem que faze r Ifá, po is fo i
neste signo que nasceram os segred o s do opo nifá e do e rukeré. Orunmilá

não permit e que a pesso a tenha ocupaçõ es prof anas. D eve se dedicar
inteiramente a Ifá, pois Ogbekana é Babalaw o nato. Este Odu é que reso lve p
roblemas de trabal ho . Coloca-se um c avalinho de brinquedo no Igbá de seu
Orixá. Fala de t étano. Cuid ado co m co rtes e f erimentos diversos . A pesso a
gos ta de mastur barse. A mulher t em que faz er ebó para que o mal não
penetr e em se us ó rgãos genit ais pr ovo c ando abortos. O homem, s e a
mulher o abandonar , não deve ir atrás dela. E ste é o os ogb o e a princip al
interdição deste O du. Aqui fala Oduduwa que, por s e deixar dominar p or
Ejiogbe, terminou se ndo aprisionada. Não s e deixe dominar por ning uém para
não fica r desmo ralizado . Não se dá abri go, e m casa, a animais enf ermos .
Não s e abriga ninguém em cas a para não ser prejudi cado. Te m que vestir- se
de branco. Na roupa branca es tá su a fe licidade. Ass inala uma guerr a de
grandes propo rçõe s que, para ser ganha, t em que se reco rrer ao auxíl io de
Xangô. Colo car Xangô no pátio da cas a, dar-lhe um frango verm elho e,
durante seis dias, so prar otí 60 e tocar xeré so bre o igbá. Fala de doenç as
que se mantêm es co ndidas po r muito tempo. 60 - A guardente de qualquer
tipo. Página 40 de 633

Dice Ifá Fala de ini migos ocultos que trabalham em se gredo para pr ejudicar
a pess oa . Para reso lver os dois pro blemas acima tem que dar peixe fresco a
Xangô no s pés de uma pa ineira ( Chorisia spec ios a, S t-Hil.). Aqui fo i tirado o
poder de Yemanjá governar a terra e ela teve que regressar ao o ceano onde
reencontr ou o seu po der graças aos arrecifes que a proteger am dos Ajés da
terra. Ass inala per seguição de Eguns que querem levar a pess oa antes do
tempo. Tem que faz er ebó. Di ss e Ifá: "A corrente está no co rp o da pes so a".
Você enco ntrará forças em s i mesmo para safar- se do problema que o
atorm enta. Disse Ifá: " A montanha se achava muito fo rte, mas o mar foi
co mendo por baix o até que a derr ubou. "Com calma, paciênc ia, intel igência e
agind o em silêncio, o inimig o, po r poder os o que seja, acabar á derr otado.
EBÓ EM OGBEKANA PARA DESPACHAR EGUN. Milho; diversos tipos de feijão;
uma gali nha; r oupa velha e moedas . Pass a-se a gal inha no co rpo;

sacrifica-se a Elegbara; rasga m-se as roupas no corpo da pessoa; coloca-se


tudo num alguidar grande e despac ha -se no cemitério co m nove velas
aces as. Página 41 d e 633

Dice Ifá I I I I I I III OGB EGUNDÁ OG BEYONO R EZAS DE OG BEYONU. I -


Ogbeyo nu aiya adê mowaye o renio laiye adi faf un Oduduwa w a iyenifá owaye
Oduduw a Ikú seguere, aru seguere, of o seguere, ejó seguere, o gu seguere,
onilú s eguere, axelú s eguere, o na se guere. I I - Ogbeyo nu kukund uku lai yami
leke bebeleke. Ieke toxe. Oxá a un babalaw o lodifa fun yo kan onifá o gui miyo
olo mowo aiye El egba bogbo yeye oto nifa, id eilu bogbo ixe gui Ogun loiyeni
Ogun. Bogbo O xá ileké lo bo eleiyefá o mo loju ilek é Egun obo nleiye oju e rinl á
bebe ileké inhanfá fo roloju. I nhanfá kof eru boyu farawa oto niboxe ara I kú
taxo Naran ara bebe ileké ara un babalaw o Taranara jun adi faf un. Oluyebe o bí
Orun Awo o bí ina Aw o Oluyebe lo bi Ikú jun, Aw o Oluyebe lo bi arun j un, Awo
Oluyebe lobi ejó jun, Awo Oluy ebe lobi o fo jun. Okolo Yeye enifá il eké loyeye
Awo ileké, bebe Orunmilá enifekun. Bo gbo Oxawe, bo gbo Oxá ena, adifafun
Orunmil á. III - Oba Olo sa lo fun ko mo meta, ati k ere o mo ni, ati l ele Omo ni

Oxun, berewa O lofun o kikilo o mo ni Iyemanja, Onisiko e ni ku, adifafun


om on ifá Ogbeyuno , agba ori E gun loleyenifá. CÂ NT ICO DE OGBEYONU
Efunxe Najara kun sebere kun abo ikun bo tono afirekun abo ikun xewere.
Página 42 de 633

Dice Ifá Neste Odu nasceram os ganchos co m que se pendur am as carnes


nos açougues. Nasceram as muletas. P or es te Odu pr imeiro se recebe
Elegbar a e, só depois, se co mpletam o s G uerreiros . Odu de tr aição e de
perseguição . Caminho de Xangô, Obaluaye e Oxun. Por es te Odu Oluw o Po po
61 tinha três no mes: Lanl é, Adatolú e Olugage. Er am estes no mes que lhes
traz iam as virt udes de gue rreiro, bruxo e advinho , e que se chama m O lolá.
Neste O du Oluwo Popo chego u na terr a Arará vestid o c om pele de tigr e e
Xangô perd oo u-o por suas faltas. Os três pri meiros adivinhos de Oluo Popo
fo ram: Adisato , Abamiomi e Axetil u. Foi neste O du que Azawani co rreu o

mund o montado num bode da montanh a e, co mo o caminh o era mu ito


longo, teve que substi tuí-lo po r um vead o, chegand o assim em s eu reino na
Terra de A rará. Por este Odu chegam as maldiçö es que a tingem o s pés das
pess oas. Assinala tr ês c irurgias e pro blemas numa das vistas. Aq ui nasceu o
ebó xirê 62 Aqui Azawani se iniciou em Ifá e deu c oroa a Xangô . É caminho
de Babá Ajalá, o modelador d as cabeças. Deve-se oferecer sacrifícios a
Babá Ajal á co m a seguinte reza: Epô malero , Epô m alero , Ajalá Epô malero.
Iyó malero, Iyó malero, Ajalá Iyó malero. Ori malero, O ri malero, A jalá Ori
malero. Efun malero, Efun malero, Ajalá Efun malero. Foi po r este caminho q
ue se as sento u Oxun pela p rimeira v ez . O filhos des te Odu não devem, nunc a
mais em suas vidas, comer pombo. Não podem ingerir bebidas alcoólicas.
61 - Qualidad e de Omo lú em Cuba q ue, s egundo s e crê, s eria iniciado no
culto de Orun milá. 62 - Ebó, durante o qual, todo s o s Orixás são
hom enageado s. Pági na 43 de 633

Dice Ifá Devem cuida r de suas cas as e não po dem br igar com s eus
cô njuges para t erem so rte na vid a. Desmanch aram um ass entamento e

desde então sua vida está at rasada. Têm que respe itar os jacarés e não
podem s er guloso s. Yonu s ignifica: abri r demas iadamente a boca , c oisa que
faz em o s jacarés e m sinal de gulodice. Têm que cuidar d a cavidade bucal e
do es tômago para que não venham a ter pr oblemas digestivos. Fala de
alteraçõ es do pâncre as. Par a evitar enfe rmidades nes te órgão deve tomar
banhos co m pó de os so de coelho mi stur ado co m efun e so prar a mist ura
dentro de sua cas a. No dia em qu e o Awo enco ntra este signo numa
consulta para si próprio não pode sentar-se à mesa. A pessoa que veio
co nsultar- se e stá envolvida com um problema referente a agressão por arma
branc a. Par a que o respo nsável não fiq ue, o u venha a ser pr eso , é preciso
faze r ebó co m akukó, obé, uma roupa velha, ter ra de poç o, obí, velas e
moedas. Não existe respeit o no relacio namento matrimonial. Se fo r homem
está co m problema s de impotência e é preciso faze r e bó para que não fique
co mpletament e incapaz par a o sexo. Se fo r mulher está enferma d o s

órgãos s exuai s e, por este mo tivo, não pode gerar filhos. Tem que faz er ebó
e depo is u ntar a bar riga co m a mistura de ori- da-co sta, pó de atar é e ewe
dundun. A mulher já pe rdeu o interess e pelo marido co mo ho mem. Tenha
cuidado para não agredir a um desaf eto co m arma branca. Suas relaçöe s
amorosas so frem opos ição de ter ceiros . Seus inimi gos z ombam por vê- lo
caído. Cui dado para não s er escravo daqueles a quem esc raviza ho je. O mal
que sente no e stômago é srcinado em sua bo ca. Fal a de separação e de
afastament o o que pode ser r eso lvido c om o of erecim ento de um gal o
branco a Elegbara. Página 44 de 633

Dice Ifá EXÚ AJE LE. Este é o Exú de Ogbe yuno que se ass enta num jacaré
empalhado. Fica em cima de uma panela de barr o co m terra de ce mitério;
terra de um aral; 4 ikins; terr a de c asa; areia de uma lagoa; de um rio; do mar;
terra do chão de um matad ouro ; de uma pr isão ; um cavalo-mar inho, as
vísceras, o s o lhos e a c abeça de um ga lo; um pedaço de co u ro de jacar é;
bejerekun; obí; oro gbo; três dentes de jacaré; 21 ataré; 21 p edras pequenas,
redondas e lisas ; 21 pe dras pequenas de praia; sempre-vi va; bril hantina;

bredo; ewe pata- degali nha; fo lha de feto; raiz de paineira; oripepe; fo lha de
figueira -brava (Ficus guapoi, Parodi); vence-demanda; para-raio; jamao
(Guarea T richilli odes . Lin.); abre-caminho; 3 pedaço s de az eviche; 3 co rais; 3
pedras de âmbar; ouro e prata. Colo cam-se olhos e bo ca de búzio s. No alto
da cabeça, uma f aquinha com uma pena de e kodidé e uma pena de peru; um
colarzinho feito de s ementes de pinhã o; um xe ré de sementes de abr icó e
os sinho s de jacaré. Em volta d ele co loca-se uma co rrente. SEGURANÇA DE
OGB EYONU. Cabeça de galinha d'ango la; uma f ava de ataré int eira; aparo; f ru
tos do dendeze iro (perguntar quantos); terr a de fo rmigueiro; iyeros un rezado
de Ogbeyo nu; pedaço s de madeira de ár vores s agradas (pergunt ar quantos e
quais são ). ITANS DE OGBEYONU 1 - Na Te rra de Olo sa Lofu n havia um rei
que tinha t rês filhos d os quais vivi a se parado por uma lago a. Um dia o rei
morreu e s eus emissários f oram avi sar o o co rrido aos seus herdeiros .
Atikeke, o fil ho ma is velho, mais dil igen te que seus irmão s, f oi o primeir o a

sair par a o s f unerais e, para atrav es sar a la goa, tratou de alugar uma cano a.
No meio da travess ia, o barqueiro, parando de r emar , disse ao príncipe:
"Como paga mento por meu tra balho exijo que me dês todos os tipos de
alimentos e de bebidas, além de tua própria mulher !" "Estás lo uco ?" - Indagou
o príncipe - "Só te pagar ei o preço justo da travessia!" I mediatamente o
barqueiro atir ou-o às águas esc uras, o nde vivi a um grande jacaré que d
evo rou o jovem. Página 45 de 633

Dice Ifá O barqueir o, perpetr ado o crime, ret ornou ao lo cal onde o príncipe
embar cara e al i esco ndeu t odo s o s se us pert ences. Pouco depois chegou
Atilele, o s egundo fil ho do rei, que co ntratou o mesm o barqueir o para
transpo rtá-lo até o o utro lado do lago . No meio da travess ia o barqueir o agiu
da mesma forma e, o segundo prí ncipe, por nã o co ncordar com as
exigências do malfeito r, fo i também atir ado às águas e devorado pelo g
rande jacar é. Novamente o barqueiro regr esso u ao ponto de srcem, e o s
bens de sua s egunda ví tima fo ram acr esc entados ao que havia roubado da
primeira. O filho mais novo, Akikilo, que era filho de Yemanjá, antes de partir

para o s f unera is de seu pai hav ia cons ultado Ifá, saindo, na c onsulta, o Odu
Ogbeyuno, que lhe ordenou faz er um ebó co m um bar quinho pequenino,
dois remo s e do is galos que deveri am ser sac rificado s, um para Elegbar a
junto co m Ogun e o outro para o Egun de seu pai. Além do ebó foi-lhe
recomendado que co ncordasse em dar t udo o que lhe ped issem antes de
ser co roado rei. A kikilo, fe ito o ebó , dirigiu-se às margens do lago o nde
encontrou o mesmo barqueiro que, imediatamente, contratou para
transpo rtá-lo. No meio do la go a mesma e xigência fo i feita e o prí ncipe
conc ordou em dar ao ho mem tu do o que lhe estava send o pedid o, o que só
poderi a ser feito, no e ntanto, depois que fo sse co r oado rei. Satisfeit o o
barqueiro começou a cantar: "Atikeke eni Ikú, Atirere eni Ikú, Akikilo Oba nile
olo sa lo fun." Res pondendo , Akikilo c antava: " Kumi lele Ak ikilo o ri olos a
lof un". Depois do s fune rais Akikilo fo i coro ado rei e obrigou o barque ir o a
conduzi-l o até o local onde havi a esco ndido o s bens de se us irmãos, que

haviam sido devorados pelo jacar é s agrado. Revoltad o o novo rei ord enou
que o jacaré fo sse retirado do lago e levad o ao pátio do palácio, o nde seri a
cultuado por co nter, em s eu interi or, se us do is irmãos. O barqueir o f oi
decapitad o e s ua cabeça fo i enter rada num bur aco no pátio do palácio e
so bre ela fo i asse ntado o Elegbar a que vivi a no jacaré. Página 46 de 633

Dice Ifá EXÚ OLONI IYUMI (vive dentro do jacaré s agrado). 16 atarés; raspa
de chifr e; obí; orogbo ; o sun; os so de ler i, das mãos e dos pés de egun
Okunin; mi lho torrado; epô ; otí; mel; pó de marfi m; iyerosun o nde se marco u
e rezo u Oxetur a, Otur aniko, Ogbeyonu e o s 16 Mejis. Tudo isto é co locado
dentro de um s aquinho de tecid o gros so que deve ser en fi ado bela boca do
jacaré que, depois disto, deve ser selada. Depois de lavado em amasí de
fo lhas de Ogbeyonu, o jacar é co me três e iyelé junt o co m Egun ; um galo
branco ju nto co m Ogun e duas gali nhas junt o co m Orunmi lá. To dos os
domingo s tem que se ac en der d uas velas para este Exú, q ue co me se mpre
que o Orunmilá d o Awo co mer. 2 - Era uma vez um rei muit o malvado que, po r
suas atitud es injustas e cruéis era temido e o diado pe lo po vo. O ir mão do

rei, seu herdeir o direto, era uma pess oa de bo a índole, muito queri do e
respeitado pelos súditos e que sempre que podia, interce dia em favor dos
menos favorecid os , nas decisöe s do mo narca. Sabed or da pr eferência d o
povo por seu irmão, o déspota resolveu liv rar-se da incô moda presença que,
em sua lou cura, repr esentava um r isco co nstant e para o s eu cargo. Sem
poder simplesmente a ssassinar o próprio irmão, o que por certo causaria
uma revolução no país, maquinou um pla no terrí vel par a ass egurar a co roa
em sua pró pria cabeça. Se gundo as leis do país, o rei teria que gerar fi lhos
que, por sua mo rte, iri am substit uí-lo no trono , isto no c aso de não ter
irmão s mais no vos , que teri am preferência so bre os fil hos . Ora, o he rde iro
do rei er a seu irmão e o s herdeir os deste seria m o s se us filhos, s obrin hos
do rei em exercício. Acontec e, po rém que, o príncipe- herdeir o, apesar de
casado, ainda não tinh a gera do filhos e sendo e le o único irmão do rei, em
caso de imped iment o, cederi a seu dir eito de suces são ao filho mais velho

do rei. U m dos mo tivos que serviam d e impedi mento para assumir o tr ono
era a impos sibili dade de gerar fi lhos . O plano do m aquiav élico rei par a
livrar-se da incômo da ameaça que representava seu irmão , co nsistia em
mandar castr á-lo, ass im co mo à sua m ulher, o que afas tava definitivam ente
a po ss ibilidade de s er por ele substituí do. Página 47 de 633

Dice Ifá Se assim penso u, ass im fez . Depois de manda r castr ar o irmão e a
cunhada, o rdenou que fo ss em levados para uma il ha distante, para q ue "a
vergonha de se rem incap az es de gera r filhos não inco modasse o ambiente
da co rte". O infeliz príncipe, que era fi lho de O batalá, viveu por muitos ano s
no des terro e m co mpanhia d e sua co mpanhei ra até que, um di a, recebeu a
visita de s eu O rixá. Pegand o um grande caramujo do mar , Obatalá reti rou
dele o mo lusco, que fo i coloc ado no lugar onde ant es ficava o pêni s do
hom em. A casca do caramujo subs tituiu o ó rgão se xual da mulher q ue havia
sido t o talmente destr uído por o rdem do rei. "Depois de dez ess eis dias" -
disse Obatalá - " você s deverão unir- se e m ato se xual e, desta união, será
gerado um fi lho varão". O tempo s e pas so u e um belo dia, um li ndo me nino

veio ao mund o. Na ho ra do parto Obatal á ap resentou- se e o rdenou ao


hom em: "Pegue se u filho e s ua mulher e r etorne imediata mente ao palácio
pois, amanhã mesmo , a co roa real será colo cada sobre sua cabeça. " No di a
se guinte, o príncipe, co m sua f amília, adentr ou a sala do trono, onde uma
recepção era o ferecid a aos embai xadores de div ersos países vizinhos. No
momento e m que vi u seu irm ão e sua cunhada com um fi lho no co lo, o rei
quis protestar, mas, acometido de um mal súbito, caiu morto sem esboçar
uma só palavra. Ao tomar conhecimento do o co rri do, o povo, em gra nde
alegria, cuid ou de coroar o novo so berano que reinou por m uit os e muit os
ano s co m justiça e bo ndade. D ISSE IFÁ: Orunmi lá é aquele que,
amigavelmente, dá di nheiro a se us filhos e que, amigav elmente, o rienta seus
filhos no s caminho s da vida. É melhor que Ele nunca te olhe c om ira porque
isto aco ntece uma única vez . Ele é aquele que t e co nduz às terras agr adáv
eis e fé rteis, e te saúda, e te f az o caminho agradável. Ele é aquele q ue

desapar ece den tr o do bo sque e é reenco ntrado dentr o de casa. O mendig o


que co lhe lar anjas no teu quint al pode se r a divindade que poss ui o s e gredo
do jacaré. ( Nunca desprez es ninguém po r sua posição subalterna e humilde) .
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Dice Ifá Àq uele que dá s empre, lhe parece que dá muito. À quele que recebe
sempre, embora lh e dêem m uito, lhe parece que r ecebe po uco. Estas são
palavras de Olo iya Gbana. (Não s e deve tirar partido nem e xplorar a bo ndade
de outras pessoas). O ELEKE DE OGBEYONU. 3 - Na terra Bebeleke viviam Awo
Kukunduku e Aw o Eleiye e e ntre ambo s e xistia grande animos idade. Awo
Eleiye pr aticava magi a negra e estava sempre faz endo feitiços para que Awo
Kukunduk u perdesse a m emó ria. Em deco rrência dos feitiço s que lhe eram
endereçado s, Awo Kuk unduku estava se mpre envolvido em diferen tes
problemas e a única defes a que co nhecia era tocar seu ilú par a afugentar o
mal. To das as veze s que ia co nsult ar seu oráculo, surgia Ogb eyonu e,
imediat amente, Awo Kukunduk u c aia preso de alguma e nfermidade. Cer to dia,
Elegba, que apr eciava o so m que o advinho tirava d e se u ilú, r eso lveu

ajudá-lo e , surgindo à s ua frente lhe di sse : "Para dar fim ao s problemas que


te afligem deves me aco mpanhar at é a casa de Awo Oluyebe, na Te rra
Naranar a". Imediatamente os dois s e puse ram a caminho e, n a e strada que
conduzia à Naranar a, existi am muit os elekés, de todos os Orixás, caíd os pe
lo chão . Elegba mand ou que Awo K ukunduk u recolhes se o s elekés,
afirmando que poderia m ser úteis no futuro. Quando c hegaram à casa de
Awo O luyebe, es te, imediat amente, a bri u o jo go e o Odu que surgi u fo i
novame nte Ogbeyo nu. Ao vê-lo o advinho f alou: " To da a tua tragédia é
srcinad a po r teu irmão, que é f eiticeir o e vive a te faz er mal. V o u ens inar-te
um segredo de Ogbeyo nu chamado "Inhanfá I leké Otonifá". T rata-se de um f
io de co ntas que deverás usar sempre que fores c onsultar teu Ifá, para que
nenhum ma l t e alcance. Preciso de c ontas de to dos os Orixás par a
conf eccionar o Inhanfá". Os ilekés de Orix ás que fo ram recolhid os pelo
caminh o fo ram então entr egues a Aw o O luyeb e , que co meço u logo a

preparar o Inh anfá, faz endo go mos de contas co m as co res de cad a Ori xá e
rezando enquanto o s e nfiava 63 63 - Tambor rit ualístico . Página 49 de 633

Dice Ifá 1 - Exú - ( Contas negras o u vermelhas e negras alternadas) "E legba
Oxá biw á manakak un bebeileke inhanfá oto niboxe". D epo is, se parand o o
primeiro do s egundo go mo , enfiou uma fi rma de madeira onde havia
entalhado o s s ignos de Egun: Oturani ko; Ireteye ro; Ogundabede e
Ogundafun, representando todos os antepassados. E rezou: "Inhan le Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonixe. 2 - Ogun - ( Contas azul-escuro ) Og un
o wa awani je Oxá Ireleke bebe Inhanfá o toniboxe. O utra firma de madeir a
idênti ca à pri meir a e a rez a: "Inhanle Egun kpele Awo B eleke Inhanfá kpele
oto niboxe". 3 - Oxós si - (Contas az ul-turquesa) Oxos i atamat asi Oxá M osiere,
om asiere bebe ileké inhanfá oton ibo xe. Outr a firma de madeira id êntica à
primeira e a rez a: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 4
- Orixao ko - (contas ros as, az uis e rajad as nes tas c ores ) Oxaoko , Oxá Omare
o waye alak e aiye be be ileké inhanfá o toniboxe. Outra fi rm a de madeira
idênti ca à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá kpel e

oto niboxe". 5 - I nle - (C ontas az ul-pavão e ne gras inter caladas) I nle Oxá kele
oku aiye O sain bebe ileké inhanfá otoniboxe. Outra fi rma de madeira id êntica
à primeir a e a reza: "Inhanle Egun kp ele Awo Be leke Inhanfá kpele oto niboxe".
6 - Omo lu - (Conta s alter nadas o u rajadas de preto e branco ou preto , branco
e vermelho) Oluopo po Oxá Aiye motumba edasanu bebe ileké inhanfá
otoniboxe. Outra firma de madeira idêntica à p rimeira e a reza: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 7 - D ada Ajak á - (Contas
vermelhas e brancas alternadas de duas em duas) Dad a Omo l awo abure
ibagola bebe ileké inhanfá o toniboxe. Página 50 de 633

Dice Ifá O utra firma de made ira idêntica à primeira e a rez a: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele oto niboxe". 8 - Xangô - (Contas vermelhas e
brancas alternad as o u raja d as) Xangô Baloni Oxá Balo ku bebe ilek é inhanfá
otoniboxe. outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "Inhanle Egun

kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 9 - A ganjú - ( co ntas marrons e


brancas alternad as uma a uma) Aganjú xola okuo owuniki Oxá o do be be ileké
inhanfá otoniboxe. Outra firma de madeira idêntica à primeira e a reza: "I
nhanle Egun kpele Awo B eleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 10 - Obatalá -
(contas branca s ). Obatalá Oxá eruar e Oxalufan bebe ileké Inhanfá o toniboxe.
Outra firma de made ira idênt ica à primeira e a rez a: "Inhanle Egun kpele Awo
Beleke Inhanfá kpele oto niboxe". 11 - Yewá - (co ntas vermelho-vinho, ros a e
co ral} Yewá Oxá o riman kai kai olumakar a bebe ileké ianfá otoniboxe inhanle,
Egun kp ele, Awo Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe. Outr a f irma de madeira
idênti ca à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá k pele
oto niboxe". 12 - Obá - (co ntas co ral e amarel o ouro alternadas). Oba Oxá
om oyur u, O xá Omiway e s okun bebe ilek é inhanfá o tonibo xe. Outr a firma de
madeira idêntica à prime ira e a reza: "Inhanle Egun kpele Awo Beleke Inhanfá
kpele oto niboxe". 13 - Oxun (contas amarelo o uro e âmbar). Oxun Aw ariye Oxá
arid en, O xá ibu Nana bebe ileké inhanfá o tonibo xe. Outr a firma de madeira
idênti ca à primeira e a reza: "Inhanle Egun kpele A wo B eleke Inhanfá kpele
oto niboxe". 14 - Oiyá - ( co ntas marrom-tel ha). Oiya Oxá Iyá o ruk o O gboni. Oxá

kele bebe ileké inhanfá o toniboxe. Página 51 de 633

Dice Ifá O utra firma de made ira idêntica à primeira e a rez a: "Inhanle Egun
kpele Aw o Beleke Inhanfá kpele o tonibo xe". 15- Yemanjá - (contas brancas
transparentes o u az ul-água tra nsparente) . Yemanjá Oxá T owa omi, lo labebe
ileké inhanfá otoniboxe. O utra firma de madei ra idênti ca à primeira e a reza:
"Inhanle Egun kpele Awo Beleke Inhanfá kpele otonibox e". 16 - Orunmilá -
(contas verdes e amarelas alt ernadas uma a uma o u verdes e mar rons - em
Cuba, usam-se verde e amarelo ). Orunmil á Baba Obarabani regun Ori nile Od
uduwa bebe ileké inhanf á o tonibo xe. Outr a firma de madeira id êntica à
primeira e a rez a: "Inhanle Egun kpele Aw o Beleke Inhanfá Orun o tonibo xe".
Depois, f echo u co m uma fi rma negr a e, amarrand o o inhanfá, rezava: Aw o
Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun. Awo Ol uyebe inhanfá taranara arun jun. Awo
Oluyebe inhanfá taranara Ikú jun. Awo Oluyebe inh anfá taranara Ikú jun.

Depois de havê-lo amarr ado, aprese ntou-o ao So l e diss e: Orun O xá Agba


ileké O lorun o tonifa o baiboru Olorun. Depois, dirigindo-se a Awo Kuk unduku,
disse: "Vamos lavá-lo e faze r ebó co m 16 penas de ekodid é so bre sua
cabeça". Em seguida, pegand o o inhanfá, fe z c om que Aw o Kukunduku se
ajoelha- se e cruzass e o s bra ço s so b re o peito e, co locando nele o inhanfá,
rezo u: "Inhanfá f oroloju are Ik ú o ta axo Naran ar a Oluyebe o bí ina Oluyebe
ileké lo yeye Onifekun O runmil á". Pági na 52 de 633

Dice Ifá Depo is rezo u: "Oluj ebe ileké, Olujebe ilekeo! Obinako kuanaxo.
Olujebe ileké, ileké Aw o, ileké oman, ileké ariku Babawá." A partir de então,
todos os Awo têm que, em honra ao A wo O luyebe, usar o inha nfá de
Ogbeyonu sempre que fo rem cons ultar o o ráculo, para qu e não fiquem
doentes nem vulneráv eis ao s malefícios de seus inimigos . Obs. : Os Awo de
Ogbeyonu, quand o recebem obé, depois que ter mina o itá e os ebós , têm que
dar uma eiyelé a o seu Inhanfá junto co m Egun. Depois de s ete dias dão um
galo ao inhanfá em cima do ta bulei ro no meio do pátio e faze m a seguint e
reza: "I nhanfá o pon be beawo akukó bo boniba xe. I kú Alawo bo bonibo xe, Arun

Ala wo bobo niboxe, Ejo Alaw o boboniboxe, Of o Alawo b o boniboxe, Egun


Alawo bobo niboxe, Ina Al awo bo bonibo xe. (O akukó tem que ser despa
chado num rio). SEGURANÇA EM OGBEYONU PELOS CAMINHOS DE
AZAWANI . Cabeça de etú; uma fava de ataré inteir a; um aparo; f rutos de
dendeze iro (perguntam- se quanto s); terr a de fo rmigueiro; iyeros un rezado de
Ogbeyo nu; pedaço s de galhos de árvores (perguntam- se quais e quan tos).
Arruma-se num cabo ré de barr o. EBÓ DE OG BEYONU Um galo; penas de
diferentes aves; um tambor grand e; 3 etú; con tas d e d iversas co res;
iyeros un; pó de ekú; pó de peixe defumado; mil ho s eco ; o tí; mel; obí; ve las e
muitas moe das. Tudo é o ferec ido a Elegbar a. Página 53 d e 633
Dice Ifá I I I I I I I I I OGBESÁ REZA DE OGBESÁ. Ogbesá Yeyematero afefé
salu aiye, afef é salu Olo run, adi faf un ewe bana agb aiyeni abo, agbaiyeni
Orunmil á, afe felo na Xangô adifaf un ewe bana. E ste Odu é o trono de Ikú. Fala

de pesso as que fo ram amig as e que agora se detestam . A pesso a tem que
faz er Ifá: Awofakan ou Akof á. Este signo marca tr aição de amigos. Exi s te
uma cilada ar mada. A lgum ato ruim que já foi prati cado pode ser desc oberto.
Cui da do co m envolviment os com a justi ça. D eve-se us ar, co mo proteção ,
uma cruz de ébano neg ro. Tem que ass entar Oxóss i o mais rá pido poss ível.
Depois de ass entad o, a pesso a deve evit ar fazer visi tas a enfermos para não
adquir ir contágio. Acusa pe rdas e traições . Ex iste tendência para se r
enfe itiçado através de alimentos ou bebidas. Prepar a-se uma de fes a para o
estômago com três grãos de atar é, um o vo de galinha ba tido c om água
benta e água d o po rrão de Olo kun. Dá poss ibilidades de o cupar- se c argos
públicos, chefia de delega çõ es , de organi zaçõ es po líticas, etc. Acesso e
grande ascensão em negóc ios o u estabeleci mentos própri os . É preciso que
se tenha muito cuidado, neste aspecto, com guerras por inve ja da
prosperidade obtid a. Dê satisfaçõ es a Xangô de tudo o que fo r obtid o, para
assegur ar o proc esso de pros peridade. Tem que faze r ebó co nstant emente
para evitar as per das . Página 54 de 633

Dice Ifá S empre que surge este O du, tem- se que o ferec er uma gali nha à
Oiyá depois de pass á-la n o co rpo da pesso a. Tem que dar co mida a Egun, já
que este Odu é o trono de Ikú. No dia em que este Odu apar ece no jogo, o
Awo não pode s air na co mpanhia de ni nguém. O Aw o deste Odu tem que usar
quatr o pulseiras de prat a, duas e m cada mão . Tem que rece b er kuanad o.
Colo ca-se um idé de pr ata em Orunmi lá. O o kpele t em que ser co nfec cionad
o c om o sso s de veado o u chifr es de carneir o. Lava-se o okpele com erva
bana (Go u ania po lygama. Jac q. Urb.); ewe-ewe (Mirabilis jalapa . Lin.); ewe
dundun; ewe iroko e e we o kinkan (Spendias Membi m. Lin.). Come galo e
eiyelé. O fi lá do Awo deste s igno tem que ter, na parte de cima, um círculo na
cor de s eu Orix á. Deste círcul o saem o ito raios brancos ou pratead os ,
imitando o So l. To ma borí c om pargo fresc o e c erveja br anca. EBÓ D E
OGB ESÁ. PARA RESOL VER PROB LEMAS COM OUT RA PESS OA. Faz-se um
fetiche com os no mes co mplet os da pesso a e os problemas em q uestão

esc ritos num papel que se unta c o m ori-da-co sta. Com o papel, faz -se um
cartucho onde s e intr oduz sete bara tas v iva s e se des pacha no mato.
Quando as baratas co meçarem a ro er o papel e se libert arem, a intranqüil ida
de tomará a pe ss oa. ELEGBA DE OGBES Á. Arranja-se um o tá que tenha a
aparência d e um rosto humano . Dentro d e uma panela de bar ro co loca-se o
otá, um macaquinh o de bri nqued o, uma moeda co m f igura de ho mem
(masculino), ossos de macaco, muita erva pé-de-galinha, erva tostão e sete
flo res s empre-v iva. Pág ina 55 de 633

Dice Ifá EXÚ SHIK I. Modela-se uma cabeça de barr o em c uja mass a se
acrescenta t erra de cemitér i o, um pouco de cal e muito az ougue, além de
dois ik ins, pó de peixe, pó de preá, uma cab eça de frango, o bí, o rogbo, ef un,
os un, uáji , o tí, mel e dendê. Depois de pr onto, co loca-s e olhos , boca e
ouvidos de búzio s e enf eita-se c om co ntas de Ex ú e de Orunmil á. EXÚ
KAT ERO. Também é mo delado em f orma de cabeç a humana. Na massa leva
terra de casa; 3 mo edas de co bre; 3 grãos de mil ho vermelho; cansanção ; 13
grãos de ataré; fo lhas de guiné; e we o duyafun (So lanum torvum. Sw.); pó de

ekú; de ejá; otí; r aspa de chifre; o bí; osun; den dê e mel. D epo is de pr onto
coloca-se uma faquinha solta dentro do alguidar e enfei ta-se com contas de
Exú e de O runmilá. Folha de Ogbes á: Ewe Bana. Página 56 de 633

Dice Ifá III I I III III OG BEKA. REZA DE O GB EKA Ogbe ká adifá joko kanfun axe
berebere omó Olo fin orubó e ure akukó, eiyelé, ya rako, axo pupá, Orunmilá
lorubo. Cuid ado para não s er preso ! Não durma na casa de ninguém. O Aw o
deste Odu é ro deado po r uma aur a de poder que o protege das negativi dades
que chegam por Xangô e O xóssi. Par a que esta aur a não se rompa não
pode se apropriar de nad a que não seja seu. Deve co lo car uma faca em
Elegbara, pois foi neste Odu que nasceram as marcas deixadas pel as mãos
(impressõ es digitais). Na primeira mão de Ifá põe um eleké de Os ain e, na
segunda, u m eleké de Ogbeká. Por este Ifá a maldição do filho atinge o pai.
Odu de calúnias, vergonha e falsos testemunhos. O Awo deste Odu tem que

ter oito obís para cada mão de seu Ifá, devendo reno vá-los to do ano . Aqui
nasceram os direitos das pesso as s obre a propri e dade de ter ras e as
esc rituras de propriedade. Por este caminho a mulher pode am arrar o
hom em, dando -lhe para comer , um pedaço de carne de vaca que tenha
passado em suas partes s exuais. É o O du das qui nquilharias. Seus filhos só
vivem bem no meio de pesso as humil des. É a src em dos altares, por isto, as
pess oas deste Odu devem ter um altar co m imagens em sua cas a. Este Odu
fala dos coqueiros, do s testícul os e do pênis. P ágina 57 de 633

Dice Ifá Po r este caminho Ojijí Iká perdeu o co ntrole so bre seu fi lho e o
co nfiou a Elegbar a para q ue o criasse. Depois de c riado, O gbeká foi busc á-lo
e Elegbar a recome ndou que não o levas se po is isto se ria sua ruí na. Indica
problemas no loc al de tr abalho. SEGREDO DE OG BEKA Pega- se uma tábua de
Atena, escreve- se nela os dezess eis meji , c o loca-se um par go pequeno no
meio das pernas de cada meji inscrit o, co m as cabeç as para cima.
Sac rifica-se uma galinha pr eta so bre as figuras inscritas e so bre Or unmilá.
Depois de s ete dias pr oc ede-se um Itá co m Orunmi lá. São necess ários

deze ss eis Awos para que se reali ze esta cerimônia. Cad a um deles deve
rezar um dos meji e acende r-l he uma vela. A s velas ficar ão ac esas em s uas
mãos e só serão co locadas no alto de cad a signo, depois do últi mo haver
sido rez ado. As velas são co loc adas no alto de cada fi gura. EBÓ. Um galo
para Exú; três ganchos de ferro; pano branco; pano preto; pano vermelho;
sobras de comida; três ofás de ferro; terra de quatro caminhos; um
pouquinho de iyer osun e bastante moedas. Fazer saraieiê e despachar no
local determinado pelo jogo . FOLHAS DE OG BEKA. Cerejeira, ewe guna (fo lha
de amendo eira), e rva garro, e we gug u. Pági na 58 de 633

Dice Ifá III III I I III OGB ET RUPO N o u OG BET UMAKO


REZA DE OGBET RUPON O gbetumak o kukujé ajá, kuk ujé ajá, arun atamá
jubara kumis á Iyá Adelawá Or ilá agbani lebó , Orun Ire Nirá kilodaf un Exú. Os

filhos deste Odu, por mais inteligentes que se jam, geram um fi lho mais inteli
gente que eles. Aqui ocorre a degola dos inocentes. Quando surge este Odu
tem qu e ser feito ebó para o pai do cons ulent e, para q ue não venha a falecer
preco ceme nte. Tem que as sentar os gue rreiros para que não venha a perder
uma guerr a em que es tá o u es tará envo lvido. Colo ca-se, para Ogun, inhame
untado co m o ri-da-co sta e co berto co m pano branco que, depois de s ete
dias, deve ser levad o à uma mat a o nde será colo cado ao s pés de uma
gameleira ou de um iroko . Perto de Ogun tem que ter , s empre, u ma garrafa
de o tí. Existem disputas familiar es por cas as o u terreno s de he rança. Mos tra
abandono de domicílio. Aqui , o babalorix á, a iyalorixá ou o babalaw o tem que
faz er tudo o que fo r indicado para o seu fil ho ou afilhado, caso co ntrário,
estará deter m inando sua auto destrui ção . As úlceras da pele po dem se r
curadas co m fo lhas de e we-pon (Poinciana pulcherr ima. Lin.), co roa-de-espin
hos , az eite e sal, apli cados em fo r ma de emplast ros. Por aqui n asceram as
bênçãos dos c éus. Tem que dar comid a a Egun e ofe recer -lhe um gancho de
ferro e um fac ão. Proteção de Oxós si. Coloca-se uma f lecha atrás da porta.
Disse Ifá: A mula que v ive no es táb ulo na co mpanhia de outros animais, se

fo r muito maltratada, um dia desaparecerá p ara se mpre. Pág ina 59 de 633

Dice Ifá 64 Aqu i Aroní , c om um tição, cegava as pes so as no bosque. É


preciso ter mu ito cuid ado co m acident es co m o s o lhos. Aq ui foi fir mado o
pacto entre Orunmi lá e Ar oní e é por isso q ue se colo ca carv ão nos amasís
de Os ain. Nes te Odu, Orunmilá fo i encarregado po r Olofi n d e tentar r ecuperar
os malfeitores que infe stam o mundo . Aqui nasc eu a nos talg ia de Or unmilá.
A pesso a tem um E gun q ue lhe di z as co isas ao o uvido. E ste é o camin ho
de Exú Ní, que po ss ui duas caras. Neste Odu quem decide é Oxó ss i, aquele
que ensina a os meninos o uso do arco e f lecha. O Awo tem que receber
Olokun co m abo funf un A pess oa é vulnerável a br uxarias. 65 . 64 - Anão
desprovido de uma das pe rnas, se rvidor e aco mpanhante do Orixá Osain. 65
Carneiro branco . Página 60 de 633

Dice Ifá I I III I I I I OGB ET UA REZA DE OGBET UA Ogbetua mo fo ú se sí


adifafun Oluwo Alad e Mofú Se sí adifafun ajapá t iroko l ole nifá o jegue
Oduduw a mowale iyere Olofi n. Neste s igno nasc eu o O kpele Ifá. Nasceu o
incesto praticado e ntre mãe e filho. Não s e po de criar filhos adotivos . Aqui o
hom em aprendeu a faze r escultur as. Foi este O du que, pela pri meira v ez ,
ensinou ao s babal awos a usarem gorr os . Olofin a bençoo u o gato, o macaco
e o ratão do mato . Aqui separou-se a lama da ar eia. Foi neste Odu que, pe la
primeira vez, s e abriu um b uraco. Nasce ram os s egredos de Azawani. Na
sceu Oraniy an, a voz do vulcão, o mais poder os o do s Ebora. Oxun l ançou
maldição em O runm il á pelo maltrato que lhe infligia. Aqui a Terra apodreceu
pelos pecado s da humani dade. Firmou-se um pacto e ntre Oraniyan e Dadá
Ajaká. Quand o este Odu surge tr azendo os ogbo Ikú, arun ou o fo , manda- se
o consulente fazer alguma coisa para Egun ante s de tudo. Fala de doenças
no s angue e na cabeça. Aqui na sceu a do ença do sangue co nhe cida co mo
anem ia. 66 66 - Perdas. Página 61 de 633

Dice Ifá Os filhos deste Odu não devem t er cães em casa, po is ess es

animais roubam-l he a me mó ri a. Devem ass entar A zawani e us ar seu eleké.


Uma grande so mbra se interpõe entre Orun mil á e o Awo deste s igno e o
Orixá acaba po r virar-lhe as co stas. Te m que andar na r ua para receber o ire.
Quando O gbetua apar ece numa c erimônia fúnebre prenuncia q ue, em breve,
as pess oas tornar ão a se reunir co m a mesma fin alidade, o u seja, um dos
presentes mo rrerá d entro de pouco tempo. To dos o s s acerd otes presentes
têm que of ere cer um ak ukó funf un para salvar em-se do press ágio. O Aw o
deste signo morre solitário. Prenuncia que o consulente ou alguém de sua
família fará uma vi agem para o e xterior e lá se cas ará. EBÓS EM OGBET UÁ 1 -
TRABALHO PARA ATIVAR A MEMÓRIA: Prepara-se um pó com cabeça de
galinha torrada; efun; f olhas de Os ain trituradas e s ecas . Mistura- se este pó
com um pouc o de ori- da-co sta, embr ulha -se em fo lha d e algodoeiro. To dos
os dias, reti ra-se um po uquinho da mass a e pass a-se no alto da cabeça. 2 -
PARA MULHER G RÁVIDA AMEAÇADA DE PERDER O FILHO: Pe ga-se u m o vo de

galinha e unta - se c om ori e ef un. Passa-se o ovo na barri ga da mulher ,


diretamente so bre a pel e, dizendo : "Assim co mo O xun come galinha e ass im
co mo a galin ha põe o vos que lhe dão pint inhos , da mesma fo rma esta
mulher t erá seu fil ho c om vida e saúde". Em seguida o o vo utili zado é
envolvi do num pano e stampa do e co locado no s pés de Oxun du rante c inco
dias, depo is dos quais, é despachado numa cachoe ira. Observ ação: Este
trabalho de ve se r feito po r uma Apetebi. Página 62 de 633

Dice Ifá G ARRAFADA PARA IMPOT ÊNCIA: Ewe tuko, (Aristolo chia trilobata.
Lin.); pau de cajá (Al lophyllus cominia. Sw.); ewe atiodo (Rhizophora mangle.
Lin.); ewe a bá (Spe ndias m e mbin. Lin.); raiz de uva-do-mato . Prepara-se uma
infusão destas e rvas f ervidas em conjunto; co a-se e mistur a-se c om vinho
branco. To ma-se tr ês do ses por dia, d uran te se te dias. No o itavo dia
toma-se uma inf usão de fo lhas de mamo eiro (Car ica papa ya. L .).

EXÚ ALAMIBARÁ. Arranja-se um boneco masculino de cedro para servir de


imagem para o Exú . Na cabeça do boneco faz-se um buraco o nde se

introduz um pedacinho de o ss o de l eri egun. Prepar a-se a massa o nde será


fixada a es tatueta co m os seguintes ingredi entes: Pó de preá; o bí; orogbo ;
aridan; pó de cabeça de gavião; pó de raiz de ef unkoko ( Pit h co lobium
arborem. L. Urb.); de ewe abá e de pega-pinto. Pronta a mistura, espalha-se
so bre o o pon e rez a-se Og betua. Depois mistura- se c om a tabating a e
acrescenta- se azo ugue, o tí, mel, epo -pupá, uáj i, e f un e o sun. C olo ca-se a
mass a dentro de um alguid ar de barr o e fixa-se o vulto d e madeira em c ima.
Come um pombo preto, cujas penas, ax és e cabeça são co locados dentr o
do alguidar . EXÚ OBAK ERE. Este Exú também é ass entado num bone co de
cedro que deve se r vestido co m um a calça de pano listr ado de preto e
vermelho e uma camisa branca. So bre a cabeça, co loca-se um chapeuzinho
de pal ha. À massa, acrescenta- se o s pó s de cabeça de gavião, de o sso de
egun, de casco de ajap á, de cabeça de frang o, de peix e defumado, de
co dorna, de o uro, de prat a, de co bre, de efun e de preá. Depois de misturar

todos os pós co m a taba tinga, acr esce nta-se à mesma: 7 at aré; um po uco
de iyerosun; três búzios; três pedaços de azeviche; 1 pedaço de marfim;
azougue; mel; dendê; aguardente de cana e as segui ntes vegetais picados
em pedaço s bem pequenino s: raiz de arabá, de limo-de- rio (Os mu nda r egalis.
Lin.), e de levante. Folhas inteiras de vence -demanda; e we ka (ment ha sativa.
Lin. ); ewe o koeran (Erv a guiné); ewe kunino (amansa-guapo); abre-caminh o;
para-raio; ewe fendebilo (Guarea trichilliodes. Lin.) e vence-demanda. Enfeit
a-se a roupa co m 11 bú zios . Leva, no pesc oç o, um fio c om 11 co ntas
vermelhas, 11 con tas negr as, 11 co ntas brancas e 7 búzios. Come frang a,
galo e ajapá. Página 63 de 633

Dice Ifá EXÚ BEL EKE Um otá po lido pequeno , 3 grãos de milho, 13 grãos de
ataré, 2 espo ras de gal o b em grandes. Faz-se um furo nas e spo ras e, dentro
da primeira, co loca-se pó de preá, dentr o da s egunda, pó de pe ixe defumado.
Modela-se uma cabeç a co m a tabatinga onde s e misturou 7 di ferentes tipos
de fo lhas de Exú d evidamente tr ituradas, az ougue, ep o -pupá, mel de abelhas,
otí, ef un, o sun, uáji, arid an, o bí e orogbo , (tudo be m picadinho ). Enfeita- se

com 3 moedas de cobre, 3 b úzios para os olho s e a boca e colo ca-se, no


alto do c rânio, uma pena de e kodidé e uma f aquinha. Coloca-se 3 o fazinhos
de ferr o dentro do alguidar.

EXÚ LALÚ Asse nta-se co m um o tá poros o. Leva a mass a idênti ca à de Exú


Beleke à qual acresc ent -se o uro, prata, 3 unhas de galo e iyeros un rezado de
Ogbet ua. Com tr ês búzios fazs e o s o lhos e a boc a, colo ca-se 3 moe das de
cobre em vo lta e enf eita-se a base co m muit os búzios. L eva três o fás de
ferro pe queno s dentro do alguidar . Página 64 de 633

Dice Ifá I I I I III I I OGB EAT E REZA DE O GB EAT E Ogbe Mata Alamata; Alamata
o mó Awoxe Mafitarun adifafun Om á Banixe e kodidé, adê, e kú, ejá, eiyelé,
efun, osun. Obatalá owo mesan elebó. Disse Ifá: "Orunmilá sempre faz
alguma coisa em f avor das mulheres". É preciso tomar m uit o c uidado c om

acidentes de trânsit o. A pesso a sairá vi torios a numa questão judicial , mas


poderá permanecer presa po r algum tempo. Cui dado co m a mo rte que entra
e sai de sua cas a. Cuidado co m o s ciúmes das mulheres. C uidado co m as
mulheres. Oxun vi ve esperando por sua atenção e por seus cuidados. Neste
Odu co nhece ram-se O xun e Ogu n. Aqui nasc eram as pestes que dizimam
populações. Nasceram os poderes do cérebr o huma no e to do o sistema
cerebral. Por es te caminho O runmil á fo i atirado ao rio. Por se r o grande
traidor, Ogbeate rece be o no me de O berekunt ele. O Awo deste O du deve ter
um o kpele de metal que faça barulho ao ser jogado para que Oxun saiba que
está t r abalhando co m Ifá. Tem que co loc ar um freio de cavalo no igbá-Ogun
para que possa m anter controle sobre seus filhos e afilhados. Coloca-se,
em Oxun, 5 ferramentinh as de lavoura, confeccionadas em metal dourado
que devem ser lav adas co m o mieró e rezadas no tabuleiro co m Ogbeate.
Deve usar um cinto de co uro de touro na cintur a sempre que quiser reso lver
qualquer problema. D eve c olo car em se u Ifá um pedaço de pau-ferr o. Página
65 de 633

Dice Ifá Te m que pos suir um okpele feito de pau- ferro. Este okpele tem que
come r um ga lo junto co m Xangô e peixe fresco com Ogun par a que nunca
diga mentir as. Assinala um pouco de fraqueza s exual. Colo car arap ucas de
passarinho em Elegbara e um O gun. Tem que criar uma galinha e deixar q ue
ponha ovo s que não po dem ser comidos. Não se pode ter g aiolas vazias em
casa. Quando es tiver doente deve co nsultar outro baba lawo. Quando quiser
ter mui tos clientes, po nha 16 tabui nhas co m mel para Or unmilá e tome
banho co m botões de ros as amar elas e um pouco de mel. Colocar , em
Orunmil á, 2 1 otás pequenino s que tenham co mido uma galinha cho ca. EXÚ
DE OGBEATE (OBARANKE) Prepara-se a massa com tabatinga; terra de quatro
es quin as; po eira co lhida de um remoinho de vento; e rva de São Diego
(Gomphrena glo bos a.L in,); ewe oma (Espaedea amo ena. A. Rich.) ;
cansanção; 13 atar é; o bí; o rogbo; o sun e aridan. Assenta- se num o tá polid o.
Modela- se uma cabeça com o lhos e boc a de bú zio s e, em cima, colo ca-se

uma pena de ekodidé. Pági na 66 de 633

Dice Ifá I I III I I III OGBEXE R EZA DE OG BEXE Ogbe xe kan kanton obajë dewá
ekodidé saraundere olo lukere lodiye Iyal od e okere jimoro e nidesun
ediferemo oto larefa eji bojo nila. Odu Ajibag adara niawa si niawasi, ik owoxe
Iyami waxe, xii yami mo ri yeye o !

Este é o Odu da espionagem. A qui as ar mas de f ogo fo ram trazidas ao


mund o. Fala d e tiros , maldi çöe s, z ombari a, doenças do es tômago e das
vísceras. É caminho de Ibú Ak paro, rai ha do riso e da fals idade. Faz-se de
surda par a justificar o f ato de não querer ou vir o que s e lhe diz. Aqui
surgiram as tatuagens. I fá das f arpas. É preciso muito cu idado co m as
vistas. Os amig os não s ão reconhecidos. Aq ui o papagai o era o único que e
ntendia a Ogbexe porque era i gual a ele. Faz c om que a carne do papagaio
seja ve neno sa. Aq ui acaba o preconce ito de co r. O negro viv e co m o branco
e o branco vi ve co m o negro. Foi Oxun quem cri ou este Odu, é o filho que
carrega em seus braços . Fala de um Egun pr otetor. Seus fil ho s s ão pro ibidos

de tr abalhar em à no ite. Não be bem ág ua co m açúcar . Não po dem so prar


pós (exé) em ninguém. Não são aceitos em diver so s lugares. Sã udiados.
Não po dem ti ngir os cabelos. Os do nos deste Odu fi cam capengas ou
andam m ancando . Página 67 de 633

Dice Ifá Qualquer co isa que se faça para Xang ô, por este caminho, deve ser
feita às quatr o ho ra s da manhã. O ebó de Ogbexe leva co rrente de fe rro.
Sac rifica-se um galo a Xangô e o fe rece -se inhame pil ado a Elegbara par a
reso lver qualquer d ificuldade. C olo ca-se, e m Elegbara, cinco instrumento s
musicais: tambor , gan, xekeré, f lauta e cavaquinho . SEGREDO DE OGB EXE
Arranja-se um peso de balança, grand e e de f erro. Coloca-se uma c orrente do
mesmo materi al so bre ele de modo que fique estendida de cima a baix o ,
como se fo sse um co lar. Come, junt o co m Ogun, um p ombo e um pei xe
fresc o. IT AN DE OG BEXE O pinheir o e ra filho de Olo kun e vi via feliz ao seu

lado. Xangô, qu e se apaixonara por ele viv ia a elogiá- lo, f aze ndo co m que se
envaidecess e. Um dia , o pinheiro, ac hando-se supe rior a Olokun, lhe disse:
"Eu poderia ser mui to mai o r se vivesse separado de ti". Aborrecid o Olokun
amaldi ço ou-o dize ndo: "Assim se rá, viverás longe de mim e cresce rás muit o,
mas so mente até que me pos sas ve r. Aí então, mo rre rás e sec arás par a
seres queimad o co mo lenha. A té hoje o pinheiro cresce so mente at é o p
onto e m que possa ver o mar no ho rizo nte d istan te, qua ndo então co meça a
se car. Página 68 de 633

Dice Ifá III I I III I I OG BEFUN

REZA DE OG BEFUN Ogbef un f unló puani erí baw í Ikú Mayeyerí wani ad ifafun
Euba unlofé o má Obata axé lebó Jekpa Oduxe igungun mar iwo lebó
abeboadi e meji, akuk ó meji, e kú, e já epô, owo.

Ogbefun é fil ho de Obatalá. Ogbef un enco ntrou na mata, o bastão de Olo fin


e co m ele de rrotou Ik ú. Aqui as pess oas proc uravam a vida et erna e

Orunmil á lhes disse po r Ogbef un: " Vivereis co nfo rme vos c uidais". Foi por
este O du que Ar un, Of o e Ikú queriam d espo sar a filha de Olofin e Orunmil á
fez ebó co m um gal ho de se u tama nho, igbí n, gui z o s e mariw o,
co nse guindo assim, que des pos ass e Obatalá. Aqui Ikú, depois de dize r qu e
desconhecia a Orunmilá, foi capturado por Ogun e aprisionado por Xangô.
Depois dis to fo i feito um pacto entre I kú e Orunmil á que, depo is de aceitar
sua autori dade, co mprometeu-se em carr egar t odo s o s que usass em o
idefá sem have-l o rec ebido de Orun milá. Usa-se o idefá co m uma co rrente.
Colo ca-se, em O runmil á, uma c orneta feita de ma rfi m. Aqui nasce ram Erubá
(o medo ) e Okunmolo run (o terror). Tem que ass entar Y ema njá. Tem que
usar um id efá c om a máxima urg ência. E nquanto não f or pos sível, pode usar
um id é co m co ntas de Oiyá a té que possa receber o idefá. A pesso a fala
demai s e, po r isso , se us segred os são de domíni o públi co . Assinala r oubo s,
inco nfo rmidade e vidência es piritua l. Tem que cuidar de um Orixá,

provavelmente Exú. Proteção de Yewá e de O duduwa. Os filhos deste O du


não deve m dormir depois de haverem co mido. Pági na 69 de 633

Dice Ifá Não podem deixar louças s ujas para serem lavad as depo is. Devem
vestir- se de branco. Devem c olocar uma co rrente enterrada na entrad a da
porta par a que todo s que entr em passe m so bre ela par a desmanc har
bruxarias e más intençõ es de que se jam portad ores e para q ue, quando
entrar uma mulher menstruada, não prejudiq ue a ca sa do Awo. Qua ndo
marca o so gbo Ik ú a pesso a tem que pr eparar um b onec o, co locá-l o em sua
cama e do rmir noutro lugar . Folhas de Ogbef un: Cedr o, maç ã, planatil lo-de- C
uba, moruro e po ma rosa. Assinala pr incípi o e fim. A pesso a busca o
impos sível. Colo ca-se, e m Elegbar a, uma e spadinha cromada. Fala d e f alta
aos co mpromisso s e f alação pelas cos tas da p es s oa. Dev e-se despachar a
porta, todos os dias, co m água. Faz-se ebó com carne de vac a. O sangue
so be à cabeça. Assina la doe nças do co ração. Fala o pô r do So l. Pratos e
co pos va zio s devem fi car emborcado s na mes a. Página 70 de 633

Dice Ifá PARTE II OYEKÚ E SEUS AMOLUS. II II II II II II II II OYEKU MEJI REZA DE


OYEK Ú MEJI Baba Oyeku M eji ari ké madawá ejó Ogun, s igun mo ló poro ro
jarun o ni kpo un Babalawo adif afun Ogbe Oluwo ago go , abo lebó. Oyeku Meji
é o segundo Odu na ordem de chegada do sistema de Ifá, sua representaçäo
indi cial é composta de duas colunas de quatro sinais duplos superpostos. É
um Odu femini no e teria sid o e ngendrad o po r duas entidades fe mininas que
o conceberam de form a misteriosa e inexplicável. Apesar de ser o segundo
na ordem de chegada, es te Odu , que r epresenta as trevas, seria mais velho
que seu antece ss or Ejiogbe, símbo lo d o s urgimento da luz e da vida, j á que,
segundo o s ens inam entos mais recô nditos, as t rev as antecedem a
existência da luz. Foi este Odu que intr oduziu no mundo, Ikú, a mo rte,
estand o, por este mo tivo, ligad o aos mortos e ao mistéri o da recreação. É
um dos qu atro principais signos de Ifá por repr ese ntar o po nto cardeal
Oeste, o Ocident e, o poente, a no ite, a mo rte e as trevas . É o encarr egado

dos ritos f únebres co ntando, para i sto , co m o auxíli o de s ua filha Oyekubi ká.
Rege os nó s das mad eiras, o co uro áspe r o dos c roco dilos e o pudor
humano. Foi neste Odu q ue o s se res human os come çara m, por recat o, a
cobrir em seus co rpos com f olhas e peles de ani mais, esco ndend o, as sim,
suas partes pudicas, o que deu srcem às roupas ho je usadas. 1 1 - Oyeku
Meji fo rma co m Ejiogbe (li gado ao ponto cardeal Este) , Odi Meji (ligad o ao
No rte) e Iwori Meji (ligado ao Sul), o s quatro principai s O dus de Ifá, co nsid
erados os guardiões dos quatro cantos do mundo. Página 71 de 633

Dice Ifá

Alguns antigos babalaw os afirmam que Elegbara foi gerado ne ste Odu. Por
este c am inho f ala Ibeji e o mistério de um único espírit o que habita,
simul taneamente, em do is co rpos . Em Oyeku M eji estão co ntidos os
segred os de Odudu wa. É pad rinho de Iroso sá, o dono dos búzios. Ensinou
aos homens o hábito de co merem pei xes, depois de faze r cai r sobre a Terr a
uma chuva torr encial, na qual havia todas as es pécies de peixes ho je

existentes. É r epresentado pe las aranhas peludas. D izem que quando as


aranhas e mitem um so m, uma es pécie de canto, é quando O yeku Meji se
manifesta. Assin ala a di r eção dos moviment os so ciais, a realeza, a
plenit ude. Anuncia o es gotamento de todas as po ss ibilidades de
co ntinuação, o que signifi ca a nece ss idade premente de mudança to tal . É o
fim de uma s ituação, a saturação to tal. Denota agrupamento, multidão,
impos sibilida de de se viver só, depend ência em todos os aspectos.
Determina vid a longa, mas, para que isto aco nteça, é nece ssário que se faça
ebó co m muit a cons tânci a. Os ebós tirados po r es e caminho são
despachado s numa cas a em ruí nas para que os es píritos que ali r esidem
dêem assistência e se apazigüem. Podem, também, serem enterrados num
buraco imitand o u ma s epultura, aos pé s de uma árvore se ca. Foi aqui q ue as
árv ores, para não serem co rtadas, fi zeram ebó co m dois galos, duas
galinha s pret as, dois preás, do is machados, do is ekós , dois tambores e

muitas moedas. É portador de impaludismo, anemia, males do estômag o e


perigo de mo rte o riginado numa disputa qualq uer. É preciso que se faça ebó
cons tan temente, para não s er despr ezado pela sorte. Pr oíbe que s e
come nte assuntos part icul a res co m o utras pess oas. Os filhos deste Odu
pos suem uma aura de pr oteç ão natural. D ificilmente são ve ncidos pe los
inimigos. Página 72 de 633

Dice Ifá A pr incipal medi cina de Oyeku Meji co nsiste num pouc o de mel que,
depois de reza do no opo n, fica exposto ao S ol dura nte sete di as. Sempr e
que a pesso a adoecer , toma uma co lher deste mel, todos os dias, em jejum.
Não s e deve co nfiar segr edos às mulheres porque elas quebr am os
juramento s. Faz ref erências a pessoas que são capric ho sas e estão
sempre bem ves tidas. Colo ca-se no igbá-Orunmilá, um alfanje pequeno de m
adeira. O Elegbar a deste O du leva duas faquinhas o rientadas em s entido
co ntrário u ma da outra. Se ndo um Odu ligad o às trevas, dá ao s se us filhos
poder de destruição. A pe sso a pode to rnar-se grand e e perigos a, na medida
em que util izar este po der para o mal ou visando o enriquecimento fácil e

rápido. Onde esta pess oa pisar , o s olo ap odrecerá em deco rrência da


negativi dade de que se torna portadora a part ir do mo ment o em o pta pela
prática da feitiçari a, po der que lhe é delegado pe los Ajés e pe las Kennes is .
Disse Ifá: " A terra apodrece po r sua caus a". Seus f amiliares não agiram
correta mente com você. Você é portador de instinto assassino. Não tripudie
so bre quem es tá caí do. R espeite seus pais. Jamai s levante as mãos co ntra
eles. Em tr ês uniõ es have rá sempre a in t enção de destruí -lo. Ofereça uma
cabra a Or unmilá p ara afastar os Ajés de sua vida. To me ba nhos co m
quebra- mandinga e ewe- exin. Cuidado para não ser preso . Você é o u se rá
persegui do pe la justi ça. Não c oma carne de po rco. A vir tude de Oyekú- Meji é
of erecer porco ass ad o ao s eu guia pr otetor. 2 2 - Espíritos fe mininos de
baixa hierarq uia, ligados à práti ca da feitiçari a e da necro m ancia. Página 73
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Dice Ifá EBÓ S EM OYEKU-MEJI I - PARA CONS ERVAR O PODER: Co loca-se


uma cabaça aberta di ante de Osain. Dent ro da cabaça co loca-se um pe ixe
fresco salpi cado co m pó de efun, faz -se s araieiê co m uma frang a cari jó que,
em se guida, é esquartejad a viva dentr o da cabaç a. Ac resce nta-se o bí com
água e despacha- se no mato. Oferece- se a Egun car ne de po rco ass ada,
depois, toma-se banho co m água de ro sas . II - PARA T ORNAR A VIDA M AIS
LONGA: Seis etús, seis tanger inas e muita s mo edas. D e po is do ebó as
tangeri nas s ão of erecidas a Orunmilá. EXÚ GBODÉ. E ste é o Exú que
acompanha Egun. Risca-se, por dentro e por fora, no fundo do alguidar onde
se rá dep osita da a mas sa, a se guinte Atena de Egun: II I II II I I I I II II II II II II II II II I
II I II I II I I I I I I II I I Prepara-se a mas sa a cres centando -se ao barro o s
seguintes ingredi entes: Te rra de cemitéri o, azô gue, no ve diferentes ervas:
afo mã ( Pit heco lobium saman. Jacq. Benth) , ewe-aye (E upatorius o doratus.
Lin.) , ewe corunlá ( Abutilus trisulcatus. Jacq.), três cocos de ixiegú (Casearia
sylvestris. Sw.), guaribao (Trophis racemosa. L. Urb.) e arabá, raíze s de
arabá, de o rudan ( Pithecolo bium arbores. L . Urb.) e de pinheir o. Nove favas d
e bejerekun, no ve grãos de atar é, no ve se mentes de ewe-ew e (Mirabilis

Jalapa. Lin.), terra de quatro es quinas próximas de c asa, pó de cane la e de


crânio de egun m asculino , um ikin furad o por bicho , leri ak ukó e leri eiyelé.
Mistura-se tudo, mo dela -se o v ulto do Exú, colo ca-se, fo rmando o s o lhos e a
boca, búzios virados ao contrár io. Cobr e -se co m panos brancos e pret os .
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Dice Ifá I II I II I II I II OYEKUNILOGBE REZA DE OYEKUNILOGBE Oyekunilogbe


Babá Amolú koma arugbo nixe akun gb ajé ajalo bo gbo n ixe aiyuale oun
bisiye omo de baiya oma arugb o nitu aiyexe obí fun obifá koninibó.
Oyekunilogbe é o primeiro amolú de Oyeku, resultado de seu acoplamento
com Ejiogbe. Oyekunilogbe é conhecido também como Alari, o servidor de
Orunmil á. Neste Odu tr ocaram o s igno do ano para conf undir Olofin mas, Exú
desco briu tudo e avisou a Olofi n po r meio de um as so bio. Por este motiv o,
neste s igno, c olocam -se três apitos em Eleg bara. Cultua-se Oduduw a e

Orixaoko . Aqui nasceu o bastão de Egun. Assinala pr oteç ão de O runmilá, de


Xangô e de Ibeji. Aqui estão os caminho s do Awo da T erra e do Awo do Céu.
Os Awos ensinam caminh os errados po r este Odu. Pa ra que o s e bós tirados
por este c aminho dêem c erto, devem chegar ao lo cal onde se rão
despachados, cinco minutos antes do meio dia. Este Odu deu ordem para
que os tambores jamai s fo ssem to cados de g raça. Osain fez co m que a
miséria t omass e co nta do mundo porque o c éu e a terr a não lhe prestaram
tributos. Passa-se rosas de difer entes co res no corpo, sacri fica-se do is
pombos a Elegb ara e, depois, queima- se as ros as e, co m elas, prepar a-se um
pó q ue se us a para obter coisas bo as. Banh os com iguí yeye ( Spondias
cironella. Tussac .), vi nho sec o e água de cacho eira. Página 75 d e 633

Dice Ifá Agrada-se Oxun com dezesseis pedacinhos de carne bovina


ass ada, amarr ados , cada um, co m 16 palhas de mariw o. Ofe rece-se, a
Obatalá, dois pombos brancos e um pedaço de pano branco. Passa-se o
pano no corpo, deixa- se s obre o igbá por d eze sseis dias e depois,
despacha- se no local deter mina do pelo jogo . Xang ô reclama de um o fereci

mento que não fo i cumpr ido. Tem que faz er xirê para o Orixá q ue ass im
exigir. Este é o O du da ca na-brava ( Bambus a vulgaris. Sc hrad). Para
problemas de s aúde, dar a Egun u m co co e um galo. Quando surge este O du
numa cons ulta, diz- se ao client e: Você deu um desgos to tão grande à uma
pessoa que ela ficou enferma para sempre. Não pense em s uicidar-se, você
tem esta tendência. Você , o u um familiar seu, já tentou atir ar-se num p o ço
em busca da mo rte. Nunca amou ninguém co m verdadeira devoção e, po r
isto, tem o co ração vazio. Não sabe o que é a verdad eira felicid ade de um
afeto e de um carinh o s incer o, o que o torna in sensível aos se ntimentos
alheios . Prenuncia o risco de se pe rder um órgão interno . Na mul her, o útero;
no ho mem, um tes tículo, um rim o u um pulmão. Evi te p assar por tr ás de
qualquer animal que pos sa es co iceá-l o. No ato se xual a mulher não de ve
ficar por cima. M orre-se em idade avançada. Ro ga-se a cabeç a (borí) co m
perdiz. Não s e deve c omer fígado, é interdi ção deste signo . Outra inter dição:

enganar a quem quer que sej a e levantar falso tes temunho. Não se deve
mo ntar a cavalo. Página 76 de 633

Dice Ifá II II I II I II II II OYEKUIWORÍ REZA DE OYEKUIWORI Oyekuiwori adifafun


okini. E legbar a o wo, kafaref un Oxun, lo da fun O runmilá. Oyekuiw ori, também
chamado Oyekupit í, é o segundo Amolú de Oyeku M eji, resultad o da inte
ração de O yeku com Iwori M eji. É um Odu que, mesmo prenunciando um
os ogbo, depo is de 2 1 di as virá em ir e. É destruti vo para as crianças
pequenas, po r isto , quando surge par a uma mulher grávida, não se f az e bó
pois pode provocar aborto. É o signo do espiritismo . Quando surge numa
co nsulta para mulher i ndica que ela tem que receber akof á imed iatamente.
Se s urge par a um home m, ele tem que faz er Ifá. Por este signo , antes de
faze r ebó, a pess oa tem qu e banhar -se c om omieró de abá (Spendi as
menbin. Gris.) e fi apaba (Ficus membranacea. C. Wright.). As pessoas deste
signo co stumam ser mal a gr adecid as e, por mais que se lhes faça, nunca
estão s atisfeitas. Nã o co nseguem tomar assento em suas própri as casas .
Faze m das noites dias e do s dias noites. Aqui nasc e u a insti tuição da

família. Os c abelos nasc eram neste Odu quando, à cabeç a, faltavam t rês c
oisas: os olhos , as o relhas e o s cabelos. Deu sur gimento ao carval ho e à
co ruja. D enuncia falta de respeito ao s mais velhos gerado na sua
intransigência. Quando s ur ge este O du na co nsulta de uma mulher gr ávida
não s e po de faze r nenhu m tipo de e bó po i s isto fará co m que abort e. É um
Odu de des truição para as crianças. Página 77 de 633

Dice Ifá Faltam sempre tr ês c oisas para que a p ess oa s e co nsidere feliz. É
caminho de O xun e de Xangô. Sacrifi ca-se, à Oxun, 16 pombo s brancos e
acende- se 16 lamp arinas com az ei te d oce e ó leo de amêndoas. Os po mbos
são despachad os no alto de um morro, embrul hados em pano s brancos.
Cobre-se o igbá da Oxun co m bastante fo lhas de hera, deix a-se p or cinco
dias, depois dos quais, prepara-se um omieró com o qual toma-se três
banhos . Oferece-se, à Oxun, 16 bolos de feijão fradi nho f ritos e m ó leo de

amêndo as. Coloc a-se, em cas a, três bandeiras, uma branca, uma vermelha, e
uma negra. Disse Ifá: A cabeça é p ara pensar , o s o lhos para ver e o s
ouvidos para escutar . No entant o, nem tud o o que se pensa, se vê e se
esc uta pode ser dit o. Para que não o co rram perdas, dá- se a Xa ngô duas
co dornas e nunca s e deve fi car em débit o c om ele. Par a melhorar a sorte
sac rifica-se um galo a Xangô .

EXÚ ITO KÍ (Este Exú veio à T erra na co mpanhia de Nanã). C arga: C anela do
mato, comigo-ning uém-pode, vence-demanda, ewe fendebilo (Guarea
trichill iodes . Lin.), alpi ste, um p o uco de amalá, arroz , e we kikan (Spendias
membin. L in.), sal, uáji, pó de prat a, o sun, e fun, um pe daço de c ouro de maja ,
raspa de chifre de veado, terra d e fo rmigueiro , terra d e quatr o esquinas, pó
de cabeça de gavião , az ôgue, fo lhas de tabaco, ewe era, ( E leusine índica. L.
Garth.), irosun, cansanção, três grãos de atar é, três moedas de co bre, pó
espo ra de galo, um pedaço de casco de ajap á , limal ha de ferr o, três f olhas
de ewe ye ye ( Abr us precato rius. Lin.). 4 3 3 - Cobra de co loração amarela,
desprovida de veneno , muito c om um em Cuba. 4 - Cágado, jabotí. Pág ina 78

de 633

Dice Ifá SEG URANÇA D E OYEKUIWORI Um o kutá pequenino , um pe daço de


co uro de tig re, um chifre de bode e uma galinha. Co loc a-se o o kutá e o
pedaço de c ouro dentro do chifre de bode, s acrifica-se a gali nha em cima,
fec ha-se, e es tá pronto o a muleto que deve fi car pendur ado atrás da porta d o
loc al que a pess oa dese ja proteger. BANHO DE OY EKUIWORI Um pouc o de
limo de rio, e we o rumaya (Ponciana pulcherrima) , quebra-mand inga, mi
lflores (Clerodendrun fragans. Vent .), água-de- co lônia e um pouc o de mel de
abelhas. Tomar seis banho s em ho nra de Oxun e de Xangô, durante seis dias
se guidos. Página 79 d e 633
Dice Ifá I II II II II II I II OYEKUDI REZ A DE OYEKUDI Oyekudi O runmilá adif á jo ko,
oloju Oyeku orugbo, akukó, ewere, yarako, ajá, ebejó, owo, iwá, bogbo inkan

arajé ebe bi kan lonlé ile Olo fin. Oyekudi Olo run lati K u, lati Ku Oye kudi. Este
Odu representa o pôr-do-sol. Signifi ca: O pênis mo rre entre as náde gas. É
filho de O yeku Meji e O di Meji. Determina que tudo o que s e pe de a Orunmil á
pode ser obti do o u não, pois es tá nas mãos de Olofi n conceder o que fo r
pedido. É um signo de enganos e co nspir açõe s. Assinal a doenças venér eas
e s uas co nseqüências fatai s. Foi po r este signo que O runmilá, por o rdem de
Olofin, veio o rganizar o mundo que se enc ontrava em deso rd em total. Neste
signo O runmilá curou-se de um problema de impo tência co m o auxílio da
laranja. Fala de uma p ess oa que não co nhece o própri o pai. A ss inala insultos
e situaçõ es de ridí culo para o Awo. O Awo é depreciado e ninguém lhe
demo nstra gr atidão . Aqui a pes s oa vive infringi ndo o s preceitos mo rais
ditados por Olo fin. É preciso estar atent o para não ser induzido à prática de
um ato desabo nador que pode lhe custar a v ida. A pesso a não po de visit ar
preso s, po is isto po derá trazer-l he algum t ipo de impli cação que poderá
provoc ar sua pr isão . Não deve andar em gr upos . Não po de ser fi ador nem
testemunh a de ninguém par a não s of rer decepç õe s e prejuí zo s. Pági na 80
de 633

Dice Ifá Só terá so rte depois que as sentar Orunmi lá. Avisa ao hom em que
sua mulher tem que faz e r Orixá. Acusa s ofrimento e males nas pernas. A
mulher não é feliz c om o ho mem que tem ao s eu lado. I T AN DE OYEKUDI
Numa época em que todos o s s eres humanos guerr eavam- se incess antem
ente, Olofin ordenou que todos os Orixás intercedessem junto a eles. De
nada v aler am os esfo rços desprendi dos pelos Orixás, os homens
co ntinuav am a deglad iar-se e, co m seus co mbates, destruíam a naturez a e
retardavam o desenvo lvimento da civili zaç ão . F oi então que O lofin ordeno u
a Orunmil á que vi ess e ao m undo para por um fi m ao c aos e stabelecido . Em
sua miss ão , Orunmilá teria que acabar co m o ó dio, a inveja, a mal dade, o
orgul ho, a ganânci a e o ciúme, sentim entos humanos que pr ovo cavam o
desentend imen to e as guerr as. Oru nmilá, certo de o bter sucess o em sua
missão, estabeleceu par a si própr io, uma punição: se não co nseguisse

cumprir as determinaçõ es de se u Pai jamais tomaria a cabeça de qualquer


ser humano, co mo f azem o s demais Ori xás. É por i sto que, até hoje,
Orunmilá não toma a cabeça de ningu ém, nem mes mo das pesso as
iniciad as no seu c ulto. O Aw o deste Odu, para ter dinhei ro, tem que sentar- se
ao lado de Orunmilá e cantar para agrad á-lo. Deve criar uma cabra e levá-la a
passear , de vez em quand o, co m uma co rdinha ama rrada ao pes coç o.
Saúda- se o So l, pela ma nhã, dur ante dezesse is dias se gu idos , e f echa- se as
portas de c asa antes de es curecer para impedi r a entr ada de maus e spíritos .
Deve-se falar so mente a verdade para ter a ajuda de Deus. Página 81 de 633

Dice Ifá I II I II II II II II OYEKUBIROS O REZA DE OYEKUBIROS O Oye kubiroso


Awo o tí Olo fin Tuló xawo s adú merin otí , o wo iwoko alá o ri bogbo intori Aiye
kobó otigbe eiyelé, agbo , intori I kú.

Este é o caminho , atrav és do qual, Ikú vem buscar as pess oas . Mos tra a rota
para o cem itério. O doente não se recupe ra. Represe nta morte certa.
Assinal a doenças, desgo stos e escass ez. Em oso gbo aru n , fala d e anemia,

fraqueza geral do organismo, proble mas renais, problemas cardíacos e


infecç õe s gerais. Par a as mulheres ass inala p erdas, inferti lidade e doe nças
nos s eios. Os ho mens têm pr oblemas co m seus es permatozó ides. P ad ece
de espe rmatogeno sis, o que o impos sibili ta de pr oc riar. Aqui se reflete a
maldição lançada por L úcifer co ntra o barro e o pacto f ormalizado entre I kú e
Abitá. Assinal a acusaç ões e calúnias. A pess oa está aturd ida e pr eo cupada
com a saúde, tem a sensação de qu está tonta, como que dopad a ou
drogada. Deve-se co loca r um boneco de pano preto a trás da porta e dar
esmo las aos pobres. A qui na sceram as c icatrizes que mar cam o r osto .
Nasceram os pés-chatos e os joanetes. Assinala uma disputa entre irmãos
por um a determinada coisa. O mais velho deve abrir mão do pretendi do para
o bem de to dos . 5 5 - Mal que determi na uma do ença Página 82 de 633

Dice Ifá Alguém deseja sua ruína no trabal ho . Neste signo o s filhos de

Omo lú têm que ass entar A ga njú e Or ixaoko no mes mo dia em que
ass entarem Omolú. Têm que cuidar de Ibeji e seu Omo lú não po de ser
lavado co m água. Nasceu a co nvocação de todo s o s seres. C olo ca-se um
gongo , um tambor e uma mar aca em Orunmilá. Fo i por este caminho que
Oduduw a sento u-se n o trono de Olofin. O Awo deste signo pe rde a mãe
muito cedo e se u signo irá sobrepuj ar o de s eu padri nho . Na cerimônia de
iniciação de Awof akan o u Akof á, a pes so a para quem saia este s igno, sendo
filha de Oxós si, deve diri gir-se, co m seu padrinho, a um r io e, ali, depois de
banharse, deixar a metad e da roupa que e stiver v estindo par a que as águas
as carreguem. O Babal awo deve faz er-lhe um amuleto co m sete penas d e
ekodidé. Este amuleto deve se r forrad o c om co ntas de Oxun, de Ex ú, de
Yemanjá e de O runmi lá. To dos para quem s urja este s igno em itá têm que
faze r ebó dentr o de sua casa, n o lugar onde co stumam senta r-se, pois é ali
que Ikú va i sempre ameaçá- los. O e bó é feito co m a pess oa sentad a num
banquinho co m velas acesas atrás. Usa- se obí, pano preto, pano branco,
pano vermel ho, uma gal inha , fo lhas de algodo eiro, de afo man (P itheco lob
iun saman. Jacq. Benth.) e de romã (Punica granatum) Página 83 de 633

Dice Ifá II II II II I II I II OYEKUWORIN

REZA DE O YEKUWOR IN Oyekuwó nrin Babawá Ifá O bá Majire. Elegbara


Babawá I fá Ayo re lokun, Obá lo un. Egbara Ifá laye beif á ire axek un o tá, lese
Elegbar a aun bati Awo bo gbo o un Baye Ol uwo. É o resultado do e nco ntro de
Oyeku com Owónri n. Foi por este caminho que Elegbar a co meu galo e bode
pela primeira vez. Neste signo Orunmilá fez ebó coletivo para o povo de Ifé,
em plena praça. Por este caminho chegam os espíritos malignos enviados
por Az awani, encarregados de es palhar a peste e a mo rte. Este Odu castiga,
com a perda de tud o, as pesso as que aband onam o s se us Santos . Tem qu e
faz er orô para Egun. An tes do sétimo dia, tem que of erecer um bode para
Elegbar a. Peg a-se um o tá, envolve- s e num pedaço do co uro do bo de
of erecid o, tosta- se ligei ramente no fo go e dá-se à pesso a co mo amuleto

para sorte e tranq üilidade. Marca o prof undo des gos to de Obatalá em f ace
da despreocupação do s Babalaw os co m os males que assolam a Terr a, e a
fo rma como negli genciam os cuidados co m Elegb ara para amenizar estes
males. Para que o Awo des te Odu seja grande, tem que dar um bode e um
galo a Elegb ara todos o s anos , repa rtindo s eus pedaços co m pesso as
carentes de diferentes lugar es. Tem que ter se mpre, em casa, um pedaço de
co uro de bode de Elegbara. Ref resca-se Elegbar a co m se te de suas e rvas
principais. Se não tem Elegbara assentado é preciso ass entá-lo co m a
máxima urg ência. Se já tem, deve olhar d e que fo rma foi feito ou co mo está
sendo tratado po is, ce rtamente, alguma co isa es tá errada. A mulher par a
quem surja este signo t em que receber akofá imediatamente. O ho mem tem
que faz er Ifá, a não ser que exista al gum i mpedimento. Orunmil á é o único
que pode s alvá-lo. Não pe rmita que ning uém s ente-se na p orta de sua cas a,
principalmente mulheres. Página 84 de 633

Dice Ifá Se você deseja ter filhos e não co nsegue. Faça ebó para q ue seu
objetivo s eja alcançado s e m po r em risco sua própria vi da. Neste Ifá a

pesso a não mede esf orço s para a lcançar o que pensa s er o melhor par a sua
felicidade, mesmo que isto ameac e a sua se gurança e a sua vid a. Fala de
alguém que mantém r elações com uma pesso a co mprometida . Este
relaciona mento se rá desc oberto e provo cará tragédia e pr antos . A mulher
so fre porque o marido não lhe dá a assistência sexual que neces sita. Aqui
fala o bo de velho que deverá enfrenta r o c abritinho, ass im que este se to rne
adulto. Se sair par a um ho mem es te signo reco menda nunca duvidar da
paterni dade de seus fil ho s e nunca abando nar nenhum d eles, so b pena de
ser desprez ado pela so rte. Nunca tente afastar seus filhos do carinho de sua
mãe. Se o fize r, quando o filho c rescer , irá abandoná-lo e repudi á-lo pa ra
seu c astigo. Dê mui ta atenção à criação de seus filhos , pois aqui se mo rre
de tristez a pe lo abando no dos filhos . Página 85 d e 633

Dice Ifá I II II II II II II II OYEKUBARA REZA DE OYEKUBARA Oyekubara lodafun

Oxun lo O sain Oni Xangô Xebe, xintilu osuxe m e ti exin ni loko xixé Ifá xemi.
Oxun loxe mamú Olufi na opo lopo otí ogu weru ni xé omó Olo fin lo dafun
Osain kaferefun Agbana Oni Xangô.

Este é um Odu de at ração e amarração. Ensina todas as fo rmas de


amarração entre dois s eres hu anos . Neste sign o não s e o btém nad a,
usando f orça bruta, e sim, co m o em prego da astúcia e da inteli gência. E ste
Odu arr anca das trevas o e spírito do Awo f alecido. O Awo de ste Ifá deve
acender uma luz em s ua cabec eira sempre que fo r dormir, para ilumi nar as
viagens de seu es pírito dur ante o s ono . Nes te Ifá co rre-se o risco de ficar
pres o por toda a vi da à uma pesso a de Oxun, servi ndo de joguete aos seus
caprichos e a o seu e goísmo. Avi sa de uma dívi da com Yemanjá e co m
Xangô. A pesso a tem dentes fraco s q ue se quebram com muita facilidad e.
Deve fazer ebó co m seus pelo s pubi anos, espalhál os na port a de sua casa e
co loc ar um apito e m Oxun. Colo car um cr avo de es trada de ferr o e m
Elegbar a. Deve cuidar de fi lhos adquiridos em ave nturas extraco njug ais. Não
deve ter bengal as o u guard a-chuvas pendurados . Ponha-os no chão . A

pesso a p ret endida acaba rá ficando ao seu lado. O seu bo m co ração pode
levá -lo ao fracasso . A mes ma bo ca que diz sim, também di z não. Não co rra
tanto atrás do trabal ho , existe tempo par a tud o. Te m que receber Orunmilá
para defender- se das maldiçõe s. Página 86 de 633

Dice Ifá Te m que ass entar seu Orix á para q ue ele o ajude a obter tud o o que
deseja. Sua mul her é muito curiosa e f aladeir a. Não c onfie à ela os seus
segred os . Aqui fal am o boi e o caval o que só podem ser co mpreendid os por
seus dono s. EBÓ DE OYEKUBARA U m galo e um pouc o de pelo s de rabo de
caval o. Sacrifi ca-se o gal o e deixa-se um pouco do ejé esco rrer so bre o s
pelos. D epois, s ecam- se o s pelos , p ica- se bem picado e mistur ase co m epô
pupá, separando uma po rção para ser soprada em que m se dese ja
conquistar. O epô com os pelos picados é oferecido a Elegbara. SABÃO DE
OYEKUBARA Pr epara-se, amass ando co m as mão s, uma mistura d e sabão da

co sta, a lg uns pelos picados de crin a de caval o, três búzio s so cados e


feitos em pó , um pouquin ho de terra da rua e deze ss eis grãos de ataré.
Depois de tud o bem mistu rado, colo case a massa dentr o de um pedaço de
cabaça e espe ta-se uma pena de e kodidé em cima. Deix a-se diant e de
Elegbar a e, s empre que pr eciso , toma-se banho co m este s abão. (M uit o útil
para mulheres que desejam atrair clientes). BANHO DE OYEKUBARA Ewe
kokodi (meibimi a barbat a. Lin.), pelos de rabo de cavalo, sete quiabos, uma
pena de galinha d'angola e água de chuva. Pr epara-se uma es pécie de bucha
embaraçando-se um carretel d e linha branca, um de linha amarel a, um de linh
a vermelha e um de li nha pret a. Para tomar- se o banho, co loca-se a água
numa cabaça gr ande onde vai- se molhando a bucha e esfregando no co rpo.
Página 87 de 633

Dice Ifá II II II II II II I II OYEKUKANRAN R EZA DE O YEKUKANRAN O yeku pele ká


adifafun O kanran, Oye ku Obara ji ré wa Obinin aiy e o lonu ogu larifun Ik ú Oyeku
peleká. Este Odu também é chamado Oyeku Folo ko Kana. Res ulta do
enco ntro de Oyeku M eji co m O kanran M eji. Por ele f alam Olofin, Oxun e um

Egun do s exo f eminino. Tem que dar , a Egun, um cachimbo ado rnado c om
fitas co loridas. Sac rificam-se dois pombo s par a Egun. Tem que f aze r uma
maraca com uma cabaça enfeitada de búzios, que deverá ser to cada
diariamente para Ox un, o que garant irá a boa s orte. Quando o Awo saca e ste
Od u se u filho deverá fi car sem sair de casa durante sete dias, porque sua
vida co rre perigo. É nece ss ário respe itar os mais velhos . Respeite seus m ais
velhos , familiar e s de Santo , para q ue não lhe so brevenha alg uma maldi ção .
Neste Odu nasceu o caminho da recreação. Omolú tem que ser agradado.
Procure saber o que des eja. Fal a de alg uém que m antém r elaçõ es s exuais
co m uma apetebí e co m o utra mulher d e sua pró pria família. Neste O du
trai-se mesm o sem querer. A pesso a acredita que está amarrada por um
feitiço. É intran sigente, não aceita conselhos nem orientações. A mulher
quer fugi r com outro ho mem. Os inimi gos cos tuma m faz er bruxarias e m sua
própri a cas a. Uma mulher fez um trabal ho para pr ejudicá- lo. Página 88 de 633

Dice Ifá

Não po de ter, em sua c asa, cã es que uivem dur ante a noite. I sto po de
atrasar sua vid a. E xiste um feitiço enterr ado na porta da sua cas a. Você
pode tentar o s uicídio, m as não irá mo rrer, tendo que c onviver , depo is, co m
as seqüelas físicas e mo rais ocas ionadas por seu ato tr esloucado. Não
beba bebi das alcóo licas, isto só lhe faz mal. Sua saúde es tá mal. Vá ao
médico e f aça um exame de sangue. Cui dado para, por falt a de juí zo , não
ass umi r a culpa de at os praticados po r outras pes so as. Uma mul her está
grávida, mas o filh o não é de s eu marido. Não imite a maneira de vestir d e
ninguém, poderá ocorrer uma troca de cabeças. Evite discussões dentro de
casa. Você e s eu cô njuge devem buscar a co mpreensão mútua. Assinala
doenças no sangue e doenças venér eas. C uide do es tômago e do co ração.
Suas c isas es tão entr avadas. Faça ebó para que pos sa s eguir em frente e
evite discussõ es com s eu cô njuge. Se f or mulher soltei ra dev e receber
Akofá, imediatamente, para q ue enc on tre o co mpanheiro de sua vida. A

mulher aband ono u o marido e e ste não lhe dá nada pa r a sua s obrevivência.
Chegarão no tícias s obre um ente queri do. Exi ste uma pes so a que g ri ta
durante a noite po rque tem visõ es as sus tadoras. Pági na 89 de 633

Dice Ifá I II I II I II II II OYEKUGUNDÁ

REZA DE OY EKUGUNDÁ Oyeku te Gundá lobina nasá o jó o pá otá kuku w ora


adifafun Aberegue lubá om runmil á, koba Ogun titi wo beberé o lotura, agogô
labiniku tenyé ewe ogumá. I fá ni ota ojo jo e bó adié, ekú, ejá, ejá, owo
teteború.
Este Odu, também chamado Oyekutegundá, é a perso nificação espirit ual de
Orunmil á, ao co ntrári de seu irmão O gundayekú, personifi cação materi al do
Sen hor do O ráculo. É fi lho de Oye ku e d e Ogundá. Avisa ao Awo que

Orunmilá afastou-se de s ua casa e , para q ue volte, tem qu e s e f azer ebó


com duas gal inha s pretas, pr eá e peixe f resco. Nos ebós deste Odu tem q ue
ter um oberó co m os axés dos bichos sacrificados, f ritos no dend ê. Tem
que co loc ar, em Elegbar a, um espe lhinho lavad o c om omieró , atrás do qual,
sacrifica-se um pintin ho no vo. Com um es pelhinho, prepara- se um tali smã.
Também em Orunmi lá, coloc a-se um e s pelhinh o e um pedaço de
cana-br ava. Nes te Odu colo ca-se, dentro de uma so peira, um a mão de
búzio s co nsagrados, diante do Orunmilá do Aw o Alimenta- se o Egun protetor
co m ambr os ia , café, água, flores, fumo de rolo , cigar ros e uma vela acesa,
num tronc o de árvore oc o, dentro de uma mata. Diante do Orunmil á de Akofá,
põe -se um canudo de cana -br ava. 7 6 6 - As vísceras (fígado, co ração,
testículos, o vário, rins, etc.). 7 - Doce feito c om leite, o vos e açúcar ,
co nhecido em Cuba co mo "natilla". Página 90 de 633

Dice Ifá Neste s igno nasceu a determi nação de so prar obí mascado co m
ataré aos quatro pontos card eais, sempre que se f az ebó . Antes de co meçar
o ebó o Awo masti ga um peda ço de obí co m qua t ro grãos de atar é e s opra

so bre os ingredientes. A fo lha deste O du é o ewe-ew e (mirab ilis jalapa).


Colo ca-se um machadinho de o uro no igbá da Oxun. Sacrifi cam-se duas
galinha s para Ox un e se despacha no rio, crua s o u coz idas, de aco rdo c om a
vonta de do Orix á. Deve-se usar um cordão co m um machadinho de o uro
como proteção pesso al. O A wo deste Odu não pode se afastar deixando
questõ es pendentes , pois isto lhe trará gran des prejuízo s. Deve- se to mar
caldo de tutano co m uma fo lha de ewe yeye (abrus prec atorius. L in.). Não se
deve co mer pimenta nem beber vi nho s eco . To mar, em jejum, u m golinho de
aguard ente. Se o mandarem buscar alg o no c ampo, vá. Ali enco ntrará sua
boa s orte. Encontrar á uma mulher que o fará inteir amente fe liz, mas tenha
cuidado co m o que dão para comer o u beber. O Awo tem que ir a um pé de
cana- brava, colher a po nta d e uma rama nova, co locála so bre s eu es tômago
e, depo is, jo gá-la fo ra, pedind o a O lofin, à Oxun e a Orunmil á que o livrem de
todo o mal. Não seja avaro, na avarez a está a sua pe rdição . Aqui fala a

candiga . O inimig o s erá vencido co m as mes mas armas que us a co ntra


voc ê. 8 8 - Entr anhas dos animais sac rificado s, prepar adas ritual ísticamente
e o ferec idas a uma entidade. Página 91 d e 633

Dice Ifá II II I II I II I II OYEKUSÁ REZA DE OYEKUSÁ Oyeku Rikusá kuté kukú


adifafun Ogun ati Oxó ss i. Dariko Oyekusá kaferef un Oi yá, Orunmilá,
adifajoko aladafá Aw o aladafá o tokó, tojo ina meji, ina l owo, Odisá inite l esu
xu kom andi kolikú edan at oke tojo o rugbo sikodie, akukó pupá elebó. Este
Odu, tamb ém co nhecid o como Oyeku Rik usá, é o caminh o de Agoí, qua lidade
de Omo lú fêmea, que surge da s águas de uma lagoa, tr azendo nas mãos ,
um abebé e um xaxar á . O Awo deste Odu não respeita Orunmil á e co ntinua a
levar o mesmo tipo de vida que levava ant es de s ua iniciação. Por este
motiv o, vive quase que e m estado de misér ia. Este signo fal a de f enômeno s
espirituais. A pessoa tem visões de seres que caminham, falam e agem, e
isto po de se muito prejudi cial par a sua sanidade mental. A pesso a so fre
influên cias de um egun obse sso r que a ind uz a faz er coisas que não quer.
Tem que pas sar p or um ebó que deve ser tir ado no jogo . Pague uma divi da

assumida com Xangô. Ofereça um cacho de banan as a Xangô e cubra- o


co m fo lhas de álamo (Ficus religios a. Lin.) para que o mal que está a
caminho s eja evit ado. As mulher es des te signo, s empre que pa ssarem por
um enterr o, devem virar a cara. Os h om ens, em situação idênti ca, devem
saudálo. 9

9 - "Em S avé, Xapanã teria vindo de Oyó e, um a divindade cujas c aracterí stica
s s ão as mesm as de Omo lú, é aí chamad a de Olú Odô (O Se nhor da Á gua).
Ele carr ega uma vasso ura na mão e te ia vind o de Adjá Popô , segundo uns, e
Aisé, se gundo o utros , seria aind a, uma div indade fe minina. Em Dassa Zumê,
Xapanã é conhecido pelo nome f on de Sakpa ta. Omolu é aí dupl o, m
asculin o quando c arrega um facão e f emini no quando tem um abano e um
espanta-mosc a s . (Verger, Pierre F . - Orixás Deuse s Iorubás na África e no
No vo-Mundo . - pg. 218). Página 92 de 633

Dice Ifá Coloca-se, para obter proteção dos céus, do is co cô s pint ados de
efun, no telhado da casa . Não se deve comer quia bo. Por este signo s eus
filhos se cas am, se m refletir , co m a primeira pess oa que apar ece e , depois ,
vivem infe lizes e po dem mo rrer de tr is tez a. Manda pint ar a casa de branco
para que s e to rne propícia a uma visit a que Ob atalá lhe fará, trazendo uma
grande graça. Os fi lhos deste Odu não devem mo lhar-se na c h uva e, se fo r
filho de O batalá, deve vestir- se s empre de branco. Não lance maldiçõ es c on
tra filhos de Xangô po rque cairão c ontra você mesm o. Uma prag a de um
filho de Xangô , f at almente, irá atingi -lo. Cuidado para não mo rrer
repenti namente. Consulte um médico per iodicamente. Pr oc ure saber o que
Exú quer de voc ê antes que ele crie um pr oblema que poderá pr ovoc ar o seu
afastament o de casa. Não se ja ingrato co m quem lhe faz o bem. Se, numa
viagem, tiv er que atr avess ar o mar o u um rio, f aça antes um ebó para evi ta r
contrat empos. O orgul ho e a displicência podem provo car seu af astament o
de casa. Cuid e de um egun f amiliar que, e m sua vida, so fria das pernas o u
usava mulet as. Cui dado co m desgo stos provo cados por derr amament o de

sangue em s eus c aminhos . Página 93 de 633

Dice Ifá II II I II II II II II OYEKUBIKÁ REZ A DE O YEKUBIKÁ Oye kubiká o ye


wadelaka adi faf un Oye ku Oyeku, adifafun Ifá. Oyekubik á a lake edo n adifá o ye
o un no gbati ti asokpo. Kun ek ú, ejá ti o la xawo. Este é o Odu da inveja. Por
inveja um ir mão mata o o utro. É um signo de muito trabalho . O Awo tem que
trabalhar muito co m Ifá. É um Odu de reis . É filho de Oy eku e de Iká Mej i. Fo i
por este caminho que Ogun ti rou o s dez ess eis Mej i do merind ilogun. P or es
te motiv o Ogun vi ve nos mata douros e nos subter râneo s. Os Awo deste O du
não po dem fa z er Ifá em ninguém. Não po dem iniciar nem ter afi lhados. Tem
que colo car uma t abuinha d e cedro e m cada mão do s eu Ifá. Colo que uma
cano inha na mão grande de I fá. Deter mina qu e você tem que levar a cabo
alguma coisa que o utra pesso a deix ou inacab ada. Não s e c ome milho, e as
unhas das mão s têm que e star sempre muito bem aparadas. Evi te viaj ar de

barco. Um acid ente poderá provoc ar sua morte por afo gamento. Um ir mão
lhe tem in veja e deseja pos suir tudo o que é seu. Tenha muito cuidado. Voc ê
passará por um gra nd e sus to ao enco ntrar com uma pes so a que jul ga estar
mo rta. Isto poderá abalar sua s aúde tempo rariamente. Quando fizer um
trabalho, não co bre em demasia, pois isto fará com que o cliente não v o lte
mais. Página 94 de 633

Dice Ifá

É melhor ganhar pouc o, sempre, do que muit o, raramente. C uidado c om a


falsidade. U m susto pode matá-lo. Aqui fala a agonia da morte e po rque
algumas pess oas mo rrem tranq üilamente e outras, em tremenda agonia.
Assinal a so berba e o rgulho. A qui nasc eu o dolo e ntre o s ho mens. Seus
amigos ambicionam a sua mu lher. Para a mulher , a visa que s urgirá, em s ua
vida, um ho mem endinheirado que fará a sua fe licidade. Nest e Odu, antes de
dar co mida a Orunmi lá na cerimônia de inici ação , o Awo deve rá ir ao rio o n
de reco lherá um okutá p equeno no qual reside o e spírito de Ibá Odo. Este otá

deverá ser colo cado dentro do igbá de Orunmil á e co mer com e le. Ass inala
falta de ar , insuficiência r espirat ória e doenç as c ardíacas. Os filhos deste
Odu têm que faz er borí com e já enir ú . Têm q asse ntar Azawani, Oduduw a e
Osain. Neste Odu nas ceu a c erimônia do Axexe e demais rit uais fúne bres. 10
10 - Peixe-espada. Página 95 de 633

Dice Ifá II II II II I II II II OYEKUTURUPON REZA DE OYEKUTURUPON


Oyekubatr upon Ifá ni unlesile ilar e lo kun, ilar e o bí, ni pa mi, kaferefun
Orunmil á, Obarabani rogun Olo fin.

Este Odu ass inala pr oteção de Exú, Orunmi lá, Ogun e Oxun. Tem que s e
providenciar um ele ké e um idé de Orunmilá, o mais rápido po ss ível. Fo i
neste Odu que se co zinhou pela pri mei ra v ez. Assinala sof rimento causado
pelo fo go. Ifá s e afas ta. Marca so frimento no ventre. A pesso a veio ao

mundo po r uma graça dos Orixás. Ho uve muita rogação neste s enti do. O
Awo deste signo não s e o cupa com Ifá, por isto, não é reco nhecid o co mo
sace rdote. Fala da d es truição das terr as de Carabalí e L ucumí. É um signo de
desco nsideração. Po de-se s o rer de paral isia int estinal. Por es te Odu o c ervo
salvou a humanidade quando Ik ú s aiu para ext erminar todo s o s s eres
humanos. Por este mo tivo, Olofin castigou- o c o m a maldi ção de não poder
falar. Sacrificase cervo à so mbra. Proíbe o co nsumo de carne de cervo. Tem
que cri ar um cervo des de pequenino que não poderá ser mo rto, nem vendido
, nem dado a ninguém. Quando o animal morr er de morte natur al, faz -se e bó
com sua ca beça. Os ciúmes e a desco nfiança podem por fi m ao
casame nto. Tem que c uidar do cé rebro. Alguém na famíli a está o u mo rreu
louco . Existe alguém que escuta o que voc ê fala para r epr oduz ir de maneira
distorcida. Não beba bebidas alcó olicas. Pági na 96 de 633

Dice Ifá Não pode s e abo rrece r, so fre de falta de ar . Você deverá o cupar um
cargo muito importa nte no decorrer de sua vida. EXÚ MARIMAYE Esculpe-se
uma cabeça numa pedra de cantar ia. Enfeita- se c om dez búzio s a o redo r do

pesco ço, vinte e um na base e três na testa. C olo ca-se um búz io em cada olh
o , um em c ada ouvid o e um na bo ca. No alt o da cabeça in troduz-se uma
lâmina d e fac a e uma pena de eko didé. Ao redor da l âmina, na base,
colo ca-se contas de O runmilá. Depo is de pronta a cabeça, antes de co locar
a carga, leva- se a uma mata e, ali, sacrif ica- se um preá. Com o co rpo do preá
faz -se um pó que dev e se r misturado co m pó de casco de ajap á, de cabeça
de andorinha, de cabeça de peru, de madeira de ig uí donso nko (Psycho tria
brownei. Spren g y P.A. Rich.), de made ira de iguí biexu (C apparis c yno phallo p
hora. Lin.), de madeira de iguí inabiri (Palo bobo). leva vinte e uma diferentes f
olhas de Ex ú, pó de chifre, obí, orogbo, os un, azô gue, pó de peix e, epo -pupá ,
aguard ente, m e l, vinte e um ataré e e nxof re. Pág ina 97 de 633
Dice Ifá I II II II I II I II OYEKUT URA R EZA DE O YEKUT URÁ O yekuturá T es ia akiki
Olorun obí lolun mati mibi kogun Awo Apigumi wá ta akin adilá sara akukó

abelo O runmil á.

Este é o Odu da tr ansfiguração. É fi lho de O yeku e Otura. É co nhecido ,


também, co mo Oyekut es ia. Ensi na que não se deve contestar o que es tá
esc rito. O Aw o deste signo deve cria r , em s ua casa, duas galinhas d angola É
caminho de O duduwa e das almas s olitárias C o loque uma bandeira
vermelha em Xangô e s aúde-o. Ofereça bananas -da-terra para Xangô e c
om ida se ca para Ogun, Oxun e E gun. Use se mpre um l enço vermelho em s eu
bolso e dê-o de pr ese nte a quem pedi r. Na boc a, surgiu uma i nfec ção
ocas ionada pel as vulv as das m ulher es. Orunm ilá fez um ebó, mas, o
estômago e o s intesti nos , já estavam i nfectados. Os fi lhos deste Odu
gos tam de praticar o sexo oral. Apesar de poss uir tudo o que d ese ja, a
pesso a sente um vaz io inter ior ocas ionado po r um filho o u uma fi lha qu e
não lhe o bedece e se porta d e fo rma mu ito independent e. Se fo r homem,
poderá se r pr eso , se fo r mulher, leva vid a desregrad a e deso nesta. Uma
pesso a o aband ona po r não agüenta r seu mau gênio. Nã o negue ali mento a
nenhum Babalawo ou Babalo rixá que vá à sua c sa. Você tem que ser

iniciad o em alguma co isa e existe alguém dando palpit es c om a f inalid ade


de dar-lhe a iniciação. Não se deixe iludir! Página 98 de 633

Dice Ifá Você acha que sabe tudo, e, po r isto, não aceita co nselhos ou
orientaçõ es de quem tem ma is s aber e mais experiência. Isto só tem servido
para at rasar seu dese nvolvi mento em todos os aspectos. Tenha muito
cuidado co m a bebida. Alguém t orce para v ê-lo ébrio e caindo pe las
calçadas, para então , desm oralizá-lo. A b ebida ir á prejud icar sua saúde, sua
mo ral e sua vida. Uma mulher q uase m orreu de desgo sto po r sua causa.
Peça-lhe perdão para que sua vida po ss a evo luir. Se e sta mulher já estiver
morta, mand e rezar uma missa po r sua alma. Em oso gbo ass inala: A pesso a
fez alguma coisa grave e, por isto, se us caminhos enco ntram-se f echados.
Em oso gbo arun ou o so gbo Ik ú 11 pode- se f azer algum a co isa par a que o
doe nte melhore um pouc o mas , no fim, vi rá a falece r do mal que o af lige.

EXÚ AIYANGI ELUFÉ É um Exú da Terra Dass á, també m cha mado Kpo li.
Fabrica-se um bo neco de mad eir a de ceiba que tenha o s braço s articulados .
Veste-se de preto e ve rmelho e deix a- se s olto dentr o de uma panela de
barro. D urante seis mes es trabalha par a o bem , no s o utros seis mes es,
trabalha some nte par a o mal. É ass entado co m o s acrifício d e um gal o e s ua
carga v ai sendo c olo cada no deco rrer do tempo, na me dida em que vai
pedindo o que quer. 11 - Prenúncio de do ença e prenúncio de mo rte Página
99 de 633

Dice Ifá I II I II II II I II OYEKUBIRET E

REZA DE OYEK UBIRET E Oyekubir ete mo lalá, Aw o mo lalá, intori I fá arun


mo lalá, abe oju laye tin xore. I fá O luwo Popo mo lalá. Awo tinxore Ifá Oxalá,
Ifá molalá ni j abe o tároni. Ifá moja ni lai ye mo lalá. Nes te Odu não s e po de ter
Omo lú assentado , mas tem-se que cuidar dele junt o c om Oxun e Y emanjá.
Tem-se que us ar um fio de c ontas de O mo lú com um patuá de segurança
preso a ele. O Aw o tem que us ar gorr o branco e vermelho. É fi lho de Oye ku e

Irete Meji . As sinala se paração c onjugal . Tem-se que cuidar d e um egun.


Oxóss i chegou à T erra por este caminho. Tem que ser assentado. É o Odu
da incr edulid ade. A pess oa rec orre a Orunm il á por dese spero e não porque
tenha fé. Quando sai es te Odu o Awo faz ebó para si mesmo , para amar rar a
so rte. O ebó é f eito c om um f ole, um galo, pó de preá, pó de peixe, obí, ag
uardente, epo pupá , mel de abelha, moedas, um laço de fo rca e dois pedaços
de lenha. O A wo tem que fi car sete dias em cas a e pass ar, no co rpo, um
peixe fresco , um punh ado de milho e um obí. C olo ca tudo num algui dar e
manda que alguém despache na es qui na mai s próxima de sua cas a. Acende
velas para Oxun e para Omo lú durante tr ês dias seg uido s. Indica so domia.
Cuidado co m pess oa s invert idas que freqüentam sua casa. A ss inala
fraqueza do s o sso s, art rite, imp otência por abu so s se xuais, doenças nas
pernas e leucemia. Neste Odu nasceu a introdução de enfermidades no
co rpo humano . Página 100 de 633

Dice Ifá Você está numa di sputa com uma pess oa que já fo i sua amig a e
que hoje o detest a. Tenha cuid ado co m fe itiços que podem atin gir seus
membros inferiores, deixand o-o sem po der and ar. Seu maior erro é pens ar
que sabe tudo, que sabe demais. Cuid ado c om hérni as estrangul adas.
Domine seu gênio para que um ato violento não o leve à perd ição. Afastese
de uma pess oa amalucada que mora o u freqüenta sua cas a. Uma filha de
Yemanjá s erá s u a sa lvação . MEDICINA PARA LEUCEMIA To mar, to dos o s
dias pela manhã, chá de ewe atiodo ( Mangifer a indica. Lin.) e ewe isiami
(Solanum to rvum. Sw.). Depois do meio dia, tomar su c o de laranj a batid o
co m a gema de um o vo. Página 10 1 de 633

Dice Ifá I II II II I II II II OYEKUXE REZA DE OYEKUXE Oyeku Pekioxe lodafun obí


oxeman eyeleo kama xer uwo ilê kende o ma fi ro Oxun Obinin meji tanil o. É
filho de O yeku Meji e Oxe Meji . É neste Odu que o s reis e os príncipes
imploram a Ol ofi n proteção para os me no s privilegiad os . Aqui reside o
segred o da reencarnação. É por i s to que, nas cerimônias fúnebres, este O du

tem que ser sempre in vocado. Sua presença re pr esenta todos os mortos
conhec idos . Faz- se rogaçõ es a Xangô co m cana de açúcar . Oferece- s e, a
Obatalá, cana de açúc ar, ef un e o mi, dentro de uma tigela br anca. Para
so lucionar problemas dá-se, a qualquer Orix á, adimú de cana de aç úcar e
coc o ralado. Foi po r este ca minho que Orunmi lá chegou a um local o nde
não e xistia m seres vivos e que s ervia de d escanso para todos os reis de Ifé.
Por este caminho dá- se de c omer a todos os egbomi s mo rtos . Assinala
proteção de Yemanjá. Tem que as sentar Olokun. E nsina que o s emem do s
efeminados engendr a da m esma fo rma que o dos ho mens. A s pesso as
deste signo não devem usar p erfumes nem co locar flores dentr o de sua
casa. Este Odu mos tra a mor te em so nho . Deve-se faz er, imediat amente,
ebó c om um carnei ro, ekodid é, pano branco , pano pret o e pano vermelho.
Aqui nasce u o pacto fo rmalizado entre compadres. N este Odu Y emanjá
jogo u Okpele. Aqui nasceu o casamento entre primo s. Uma mulher, q ue vem

se co nsultar, s e apaixona pelo Awo. Página 102 de 633

Dice Ifá S e fo r mulher: Uma d e suas irmãs pretende co nquistar o s eu


marido. Se estiver gr ávid a t em que f aze r ebó para que se u parto transco rra
sem problemas . Um outro ho mem a dese ja. A famíl ia de seu mari do es tá
co ntra a sua. Cuidad o para não s er agredi da duran te uma discus são . Este
Odu proíbe que se empreste agulhas para não ocasionar transtorn os. Não
se deve des ejar a pr ópria mo rte nem maldizer a vida ou dizer que se e stá
insat isfeito co m ela. Não s e pode ir a v eló rios ou visit ar enfermos . EBÓ DE
OYEKUXE Um pombo, s abão da co sta, pó de peix e e de preá, pó de efun,
epo -pupá, uma ca baça co m água de sereno 12 . O pombo é s acrificado
dentro da cabaça com água d e se reno e acrescenta- se um po uco de cada
ingrediente do ebó . Em seguida, mergulha- se o sabão da cos ta nesta mistura
e am assa-se um po uco para que a abso rva. Reti ra-se o sabão e toma-se
banho co m ele. A ág ua da cabaça é des pachada na t erra ao s pés de uma
árvore qualquer . 12 - Par a reco lher-se água de s ereno deixa-se, por várias
noites , uma placa de vid ro so bre uma mesinha no quintal. Pela manhã, antes

do S ol sair, reco lhe-se co m uma e spo nja nova a água al i depositada pelo
sereno durante a noite, es preme- se a es ponj a dentr o de um recipiente
qualquer e, ass im, vai-se juntando, ao s po uco s, a água d e sereno . Página
103 de 633

Dice Ifá II II I II II II I II OYEKUBEFUN REZA DE OYEKUFUN Oyekúbedurá mafun


agbá bar abá, mafun agba Of un mayekun fun Iyansã, lelé fo g uere belele
malere, Oyeku fun mafunyeké belere O ri Oxun Or iyeyeo , mo lala lala jeri
Iyalode O riyeyeo , lele Oxun bebere Okanran i elegue yelele, O yekufun yeyebi
Oiya O ma jire Awa Babadawa. A wo O ba Eri Ifá kaf eref un Lewri Ifá. Kaferef un
Elegbara. Aq ui nas ceu Exú Larufá, filho de Ile e de Ikú. Nasce u a transfiguraçã
o da T erra e de Elegb ar a. Foi por este c aminho que, c om a ajuda d e Oiyá, Exú
Larufá se f ez grande so bre a T erra. Foi aqui q ue Xangô transmitiu o po der
do reino a Orunmilá. É por este c aminho qu e Ibeji traz s orte, dinheiro e

saúde. É o signo das lagoas, po r isto, tem-se que of e recer sacri fícios ao s
espírit os das lago as. Foi nes te caminho que O xun adq uiriu esc r avos. Para
co nse guir mulheres, o ferec e-se um preá dentr o de uma c abaça a Elegbar a. N
o me smo dia em que se enco ntra este signo o ferece-se cinco akar ás a
Orunmilá, co m pó d e peixe, de ekú e cinco moedas. Despacha- se, no me smo
dia, no c emitéri o. O Awo, depo is disto , limpa- se c om bof e de boi, amarra o
bof e co m uma fita preta e pendura n o galho de uma árvo re qualq uer. Não s e
co me carne de carneiro. Assinala morte repent i na. Não se deve cruzar
bos ques para não adquirir negativ idades. S e f or mulher, deve usar ao dormir,
um id é co m co ntas de Oiyá , co mo proteção co ntra Ikú durante o s ono . O
hom em de s ua vida t em que s er Babalaw o. Página 104 de 633

Dice Ifá Deve vestir- se de branco e ass entar Orunmi lá. Tem que ter cuidad o
para não levar um flagrante de seu marido. EXÚ LARUFÁ Este Elegba é
assentado num b onec o co m dois corpos unid os pelas co stas, sen do um d o
sexo masculino e o outro do sexo f emini no. Am bos têm que ter os órgãos
sexuai s muito bem definidos. Fica instalado dentro de um alguidar d e barro,

dentro do qual colo ca-se a seguinte carga: Obí, oro gbo, o sun, terra de
cemitério, terra do alt o de um mo rro, terra do f undo de um rio, pe queno s fios
de contas de diversos Ori xás, ewe eran, ewe kar odo, e levante, iyer osun
rezado de Oyekufun, co ral, âmbar, az ev iche, um pedaço de co bre e terra da
sepultura de uma cri ança. Depois de pronto e lav ado co m omieró de f olhas
de Exú, l eva-se ao pé de um mo rro e ali, colo ca-se dentro do alguidar quatro
pedaços de co co com um atar é em c ima d e cada um. Peg a-se um o tá do
chão e co loca-se dentro do alguidar , co bre-se c om tabat inga, pr ende-se o
boneco e, s o bre ele, s acrifica-se uma galin ha e um galo pret os , faz endo
depois, a seguinte r eza: Exú Larufá omó leri, awa Ikú Exú Larufá, leri Obá Ikú.
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Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE III II II I I I I II II IWORI
MEJI REZA DE I WOR I MEJI Iwori Meji iguí iguí, miyo m iyo , adif afu n Kolokó

iyebefá tiroke Iyá lam pé Xangô , Aroní yeó Eleripin Orunmi lá lorugbó. Este é
um Odu masculino, filho de Tehitana e Houlo godo . Este Odu determi na que
se resguarde a cabeça de s ua ação de Anjo Exter minador . O termo Iw ori
significa ªco rtar a c abeça º o que, pela influência deste Odu, é determi nado
num plano de existência inco mpreen sível e inacess ível para nós. Aqui
nasceu a decapit ação, o s animai s fe rozes , as bestas fer o zes que hab itam
as f lorestas, pr incipalmente a hiena que serve como seu s ímbolo e s otéri co .
T rouxe ao mundo o co stume de comer carne. Está l igado ao ponto c ardeal
Sul e, po r isto , é um do s quatro pri ncipais Odus de Ifá. Foi a este Odu que
Olofin co nf iou o cutel o do carr asco . Sua cor é o marrom-avermelhad o e é
através dele que se faz o mal às mulher es usando, para este fi m, panos
sujos de seu s angue menstr ual coloca dos dentr o de uma cabaça ju nto co m
pó de peixe e de preá e um peixe de água doc e. Ao red or da cabaça, do lado
de fo ra, co loca-se c inco pe nas de eko didé . 2 1 1 - Iwo = co rtar; ori = cabeça.,
2 - Pena vermelha de uma e spéc ie de papagaio africa no (odidé) . Página 106
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Dice Ifá Prenuncia a morte de uma criança. Fala d e chan tagem, roubo ,
instabilidade no matri mônio, mulher inescrupulosa que usa de todos os
meios, por mais imorai s que s ejam, par a co nquistar o ho mem desejado.
Provo ca psico se, esquiz of renia e per da de memór ia. Para remediar a perda
de memória deve-se colocar um sininho em baixo do traves seiro e tocá-lo à
meia noite em po nto para inv ocar a pr oteção dos 16 Odus princi pais . F al a
da destrui ção dos filhos de Orunmilá por quer erem sabe r mais que seu pai
que, por mai s que fi zes se, não co nseguiu sal vá-los da co ndenação imposta
por Olofi n. Aqui nasceu a gono rréia e o s malefícios que pr opo rciona aos
seres hum anos . Isto f oi um castigo p orque algumas mulher es prati cavam
sexo co m os cães. Surg iram as so brancelhas, os cíl i os e o c os tume d e
piscar os olhos para mant e-los sempre molhad os . Nasceram os s issíos e
os zum bidos emitidos pe la terra para manifes tar seu des agrado e lembrar a
os homens que, a mat éria com que são confeccionad os os seus co rpos,

pertence à e la. O Aw o que tenha um afilhad o deste s igno deve evitar dar-lhe
muito poder, pois são pe sso as muit o perigosas e , dentr o de cada uma
delas, existe uma verdadeir a fe ra ad ormecida. Os fi lhos deste O du oc ultam
muitas verd ades dentro de si mes mo s. Não dev em rece ber visitas de
estra nhos depois das dez oito ho ras. Este signo despert a a pess oa para que
descubra grandes co isas a partir de detalhes insignifi cantes. Di ss e Ifá:
"T rançando linhas se faz uma co rda". O patuá deste Odu leva terr a de
remoinho e areia d o local onde o rio desemboca no mar. Aqui nasceu o
direito de não querer - se jo gar depo is das dezo ito horas. Proíbe, a seus
filhos, c omerem galo e amalá. 3 3 - Os O dus pr incipais s ão o s dez esse is
meji, também chamados "Oju Odu". São eles , se g undo a ordem de chegada:
Ejiogbe ; O yeku Meji; Iw ori Meji; O di Meji; Iros un Meji; Owó nrin Meji; O bara Meji;
Okanran Meji; Ogunda Meji; Os á Meji; Iká Meji; O turukpon Me ji; Otura ou Otuwá
Meji; Irete Meji; Oxe Meji e O fun Meji. Página 107 de 633

Dice Ifá A proteç ão des te Odu vem de um chifr e de boi co m seis barras de
aço dentro, envolvid as em pano pret o e amarr adas co m arame de aço, que

se põe aos pés do igbá de Ogun. Colocase , em Xangô, fo lhas d e uma


espécie de cactos conhecido como esogí (Hylocereus triangu laris. L. Britton
Ro se.), que d epo is de seis dias são quinad os em água para t om ar-se banho .
Sac rifica-se, para Ex ú, um frango bem no vinho, que deve se r despac hado na
desembo cadura d e um rio c om o mar. Tem-se que ter muito cuidado co m
doenças que pr ovo cam necrose s e apodreci mento da carne. Não s e deve
participar de reuniõe s o nde ex istam três pe ss oas . EBÓ PARA PROBLE MAS
DE TRABALHO Sete pedras de minério de ferro, um galo, doze grãos de
pimenta- da-co sta, uma co rda em fo rma de laço e um alguid ar grande. Leva-se
tudo a o s pés de um arabá, ar ruma-se as co isas dentro do alguid ar,
sacrifica-se o galo em c ima e tempera- se c om dendê, mel e aguardente. EXÚ
ORI OM ONIFÁ Talha- se, em madeira, um b oneco co m um galo nas mão s.
Este bone co deve rá ser pr eso numa panela de bar ro, c om tabatinga. Dentro
da pa nela coloca-se: Um p ed aço de o sso de crâ nio humano, um pedaço de

os so de pé human o, um pedaço de mar fim ou o ss o de elefant e, um crâni o,


um pé e uma pena de gavi ão, um pedaço de casc a de ajap á, um pedaço de
os so de cabr a que tenha sido sacrifi cada a Orunmi lá, um pedaço de o sso de
bode, um crânio de galinha d angola, um c rânio de aparo, cabe ça, nadadeiras
e tri pas de bagr e, cabelo da cabeça e das partes íntimas do Awo, unhas das
suas mão s e do s se us pés, um pedaço de s ua roupa, t erra de sua casa, tr ês
ikins lavados de Orunmilá, um edun- ará, dua s penas de ekodidé, três
cacho rrinhos -do-mato, três f ormigas grandes, terr a de fo rmigu eiro, areia da
praia, areia do f undo do mar, areia do f undo do rio, terra de den tro de uma
floresta, terra do alto de uma montanha, obí, orogbo, ori-da-costa, efu n,
milho torrad o, mo edas, o sun, uáji, epô pupá, mel e aguar dente. Folhas : Ewe
cuaribao (T rophis racemo sa. L.Urb.), Igiso ró (Pera bumelifo lia. Gri s.), ewe
iyunkagwa (Gai c um o fficinale), para- raio, e we fe ndebilo (Guarea T richilli odes
.Lin.), orudan (P ithecolobium arbore), ewe loaso (Amyris Balsamífera.Lin.),
ewe yayá (Ozandra laceola ta. asw. Benth.). Página 108 de 633

Dice Ifá Com as fo lhas prepar a-se um amasí com muito o rô para Osain.

Separa-se algumas fo lhas de cada ti po para colo cá-las inteir as no


assentament o. La va-se tudo bem lav ado co m o amasí e, antes de co locar
no igbá, colo ca-se no opo nifá e se reza: I wori Meji, o O du do padr inho, do
Ojugbona, Oxetura, Oturaxe e os dezesseis mejis. Depois de ar rumado,
sacrifica-se um galo e uma co dorna. C om e se mpre junto co m Osain e
Xangô. E gun deve se r agradado antes . SEGURANÇA QUE SE F AZ NEST E
ODU. Dentro de uma panela de barr o c om tampa colo ca-se: fo lhas de ewe
kokodí (M eibomia barbata. Lin.), quat ro o bís de quatr o gomo s, dez ess eis
pimentas- da-co sta e dez ess eis pimentasda-C hina. Enrola- se a pane la com
um pano de f aixas pr etas e brancas, leva-se a u m c emitéri o e ali, vai- se à
uma sepultura e perg unta-se ao egun ali enter rado se que r se r noss o aliado.
Neste m esmo lugar, abre-se a panela e s acrifica-se, e m se u i nteri or, um
filhotinho (pinti nho) de garça branca e co bre-se co m pó de efun . Embrulh
a-se no vamente a panela, leva-se para casa e lá, sacrifi ca-se dentro, um

pombo . Fe cha-se a panela, envo lve-se c om franjas de mar iwo trançadas e


enfe ita-se c om um fi o de c ontas pretas fechado co m uma firma preta.
Pega-se um vaso co m terra e e nte rra-se a panela dentro dele. Esta
segurança protege o Awo durante suas viagens, as sim como sua família em
sua aus ência. Tem que fi car num lugar alto e não pode s er toca da po r
mão s de mulheres . Sempre que se u dono precisar vi ajar, tem que untá-l a
co m az eite de dendê e rezarlhe Iw ori Meji. Página 109 de 633

Dice Ifá I II I I I I I II IWORIBOG BE

REZA DE IWORIBOGBE Iworibogbe Ifá mayewé, Ifá Afefé ti ikí ití ewe anakun
Orun Bebeni. Ifá Ad yoko Onibarabani regun ará buxe, Awo Mayewe, Awo
Adiyoko ori Ifá o ni Xangô, o niwó O lokun o nini Ifá. Este Odu resulta d a
interação de Iwori com Ogbe. Nele se e nco ntram três do s quatr o e le mentos
naturais: Água, Ar e Fogo. Seus filhos costumam ser avaros e têm vocação
para a p r ática da vi garice. Suas vidas são marcadas por tormento s e crises.
Aqui nasce ram as injúr ias e as af rontas. Pr ovo ca atrasos na prosperidade

em todos os aspectos. Ass inala d ébitos co m Xangô. Fal a de enfermid ades


produzidas por desco ntrole nervoso , as ma, esquizof renia, úlcera s
gástri cas , úlceras duo denais e ataques transitórios de insani dade mental. A
pesso a co stuma fazer uso de sedati vos e tran qüilizantes. A src em d e
todos estes males está no desco ntrole do grande simpá tico . Fala de
doenças da cabeça, par a as quais, tem- se que faze r ebó, po is exist e perig o
de vida. Aqui nasce ram os gême os e as f ormigas. Nasceram também, as
tempest ades mari nhas o casionadas po r torna dos e as grand es
transfo rmaçõ es de Olokun que se refletem nas mudanças de co mport ament
o das águas o ceânicas . É um Odu d e prostitut as. A mulher conhec e muitos
homens e tem p elo menos três mari dos. Neste signo o pai a bandona o s
filhos . Fala o pombo viajant e que deixa o po mbal vazio. Página 110 de 633

Dice Ifá O Awo des te Odu não deve trabalhar co m Ifá quand o o co rrerem

tempest ades. Nest es c aso s, deve marcar seu s igno no chão, ajoelhar -se e ,
colo cando a cabeça so bre o signo tr açado, faz er a sua r eza. Os Awo de
Iworibogbe vivem sós e mo rrem só s. Quand o c hega a hora de sua morte
todos os famil iares e ncontra m-se distant es. Têm que s e r o bedientes e não
podem ingerir bebidas alcoó licas. A pess oa, para q uem saia es te O du, tem
que colo car um i defá 4 co nfeccio nada com co ntas ver des e amarelas,
alternadas de uma a um a, o mais rápid o pos sível. BANHO DE PROT EÇÃO EM
IWORIBOGBE. Água de r io, água da quar tinha d e Oxun e doz e lírios bran cos .
Este banh o deve ser tomado às doz e ho ras do dia. PAT UÁ DEST E SÍGNO
PARA SER USADO NO BOL SO. Pó de o ss o de cabe ça de ajapá, r aiz de afo mã
( Fi ccus membranacea. C. Wright.), pó de o ss o de c abeça de f rango preto,
obí, o sun, ataré, q uatr o penas de ekodidé. Colo ca-se tudo num saquinho de
pano vermelho . Todas as qua rtas feiras so pra-se um po uco aguard ente. 4 -
Pulseira de Ifá Página 111 de 633

Dice Ifá II II II I II I II II IWOR IYEKU REZ A DE IOWO RIYEKU Iworiye ku inkan Ikú
om belare oun ye lein int ori ikan to walore a lá to guman alá bur uru oun bato nxé

gbe inkan to gire lori ko mawá yo te lowo loma n i mi ob o ri. É filho de Iwori e
Oyeku. Neste Odu f alam Orunmil á, Oxun e Yemanjá. Tem que receber Or
unmilá e cultuar todo s o s Orixás. Par a obter-se a proteção de Xangô deve-se
dar-lhe uma of erenda de vi nho tinto, mel e do is charutos. Depois toc a-se o
xeré e pede-se o que s e dese ja. Se f or mulher, existe um egun que a impele à
prática da prostituição. Assinal a traição por parte da mulher. A mulher traiu e
chantageo u o ho mem que, ago ra, desej a matá- la. Assinala que a mulher t em
dois homens que per tencem a um mesmo grupo re li gioso ou a uma mesma
so ciedade. A ss inala uma guerr a por causa de um certo ho me m. É um signo
que assinala chantagem, es te é o s eu atri buto. D isse Ifá: "Em boc a fec ha da
não e ntra a mo sca". Não se deve come ntar o que se vê. É preci so ter mu ito
cuidado co m as palavr as. Tem que faz er ebó para não pass ar por idiota
diante dos outros . Ensina que as mulheres que não me nstruam d evem usar
uma guia de Osain. Se fo r homem, a m ulher fi cará doente e nunc a mais

recuperar á a saúde. I ndica enfermidades do e stô mago e d as pernas.


Cirurgias no aparelho urinár io e no intestino. C uidado c om doe nças vené reas
e m ales vaginais. Página 112 d e 633

Dice Ifá Cui de bem dos seios e tenha cuid ado co m um aborto que
represe nta risco de vida. A pesso a fez uma inimi zade mo rtal. O dinheir o
chega s empre muito quente. A qui na sceram as pegadas s obre a terra e o
rastro que se reco lhe par a faz er o bem o u o mal. Quando surge este Odu a
pess oa tem que fi car sete dias se m ir ao campo . A m ulher é levad a por um
egun, à prática do lesbianismo. TRABALHO EM IWORIYEKU PARA CONSEGUIR
DINHEIRO. Fo lhas da cana do milho, uma e spi ga de milho, pano branco.
Corta-se a espiga em duas par tes e se e nvolve, em s epa rad o, nas fo lhas de
cana de mil ho, embrulha -se as duas, juntas, no pano branco e of erece- se a
Orunmilá, dizendo: Orunmilá owo ire umbó. EBÓS DE IWORIYEKU: I - Um galo,
dois po mbos , três ramos de árvores (perguntar quais) p intados de branco e
vermelho, pano branco e pano vermelho. L eva-se tud o para o m ato, passa-se
no co rpo da pesso a, so lta-se o s po mbos vivos, sacri fica-se o galo e arria-se

so bre os panos . II - Um galo, do is etú, uma fit a branca co m a medida da


cabeça da pes so a, roupa usad a s em lavar, pó de peixe e de preá.
Sac rifica-se para Elegbar a e despacha-se enrolad o nas ro upas us adas. A fi ta
fica no quarto de Yemanjá. Página 113 de 633

Dice Ifá I II II I II I I II IWORIDI

REZA DE I WORIDI Iwori Bo de, Iwori Ifá, Ifá I wori, omó yebé go ngoló , yebó
Obatalá, abur e ni If lo kun Gbore, o mó ina bore Ifá w olode fi alaguema sayeré,
Ifá Oxalá l orubo. Est e Odu fala de fenô menos marinhos co mo maremoto s e
alteraçõ es nas marés . É o resultado d a interação de Iwori com O di. É um
signo de pe rdas e prejuízo s. Aqui a felicidad e nunca é c ompleta, sempre
surgem problemas familiares e desentendimentos entre cônjuges . Fa la do
ego ísmo do s filhos que pretendem governar os pais. Se a mulher enviuvar ,

seu s fi lhos, crescidos, f arão o posição a que se una a outro homem. O


perigo ro nda nas águas do mar. Não se deve tomar banhos de mar nem
passe ar em bar co s para q ue não s e mo rra afo gado. Aq uilo que nasce u negro
jamais fi cará br anco . Ass inala pr oblemas co m o a parelho urinár io. É pr eciso
cuidar muit o bem do s rins e da bexiga. Manda cuidar bem das vistas. Este
Odu traz o risco da cegueira.

A pesso a tem tendências a fi car distraída, sem to mar conhe cimento do que
oco rre ao r edor. Tem os o lhos fe chados e é neces sário abri -los. Seus
inimigos s ão dissimulad os e s ó agem à tr aição. Não s e deve viv er nas
alturas. É preciso botar os pés no chão , enc arar a r idade de frente e,
principalmente, pr ocurar distinguir os verdadeir os dos falso s amigos . Poss ui
mediunidad e e, enquanto não cuidar d a parte es piritual, s ua vida não po derá
evo luir em nenhum aspe cto. Fala de t ouradas, do touro e do toureiro. Pág ina
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Dice Ifá Ass inala uma d emanda co m um macumbeiro. Para v ence r esta

guerra deve hastear uma bandeir a branca em casa. Não se c om e quiabo.


Deve tomar mingau de milho. Não deve m atar l agartixas, elas s ão sua
salvação . Para vence r a batalha da vi da tem que ass entar Osain. Tem que
of erecer sac rifícios a Ogun, Oxó ss i, Oxun e Elegbar a. Ass inala q ue a mulher ,
na juventude, teve uma vida se xual desregr ada. A l ibertinagem po de o cas
ionar abandono total em sua vida. Fala de uma mulher que amarrou se u
marido com feiti çaria. A pesso a parece f orte mas, seu co rpo, está so frendo
um proces so de desen e rgizaç ão . IT AN DE IWORIDI. Orixá Oko, precisando
viajar, pediu a Xangô que cuidasse de Yemanjá, sua es pos a. Aproveitando-se
da ausência do amig o, Xangô , usando de seus encantos, co nquistou o
amo r de Yemanjá e co m ela prat icou ato sexual. Quando Orixá Ok o vo ltou, d
esco brindo o que se pass ara em s ua ausência, declar ou guerra sem tr éguas
a Xangô, que perdurou por muitos e muitos ano s. EBÓ DO ODU . Um galo, do is
pombo s, uma f ranga, um of á, pano branco, peixe fresco e ve las. A fr anga é

para passar no client e, o galo é of ertado a Eleg bara, os dois pombo s são
sacrificados para Obat alá e o pe ixe é of erecido ao Ori da pess oa. Página 115
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Dice Ifá I II I I II I II II IWORIKOSO

REZA DE IWORI KOS O. Iworikos o eni ewá O gboni Egun Ikú ayegue, iwone ke
arun efun. Efun lelé ye kun Iyá arun leyé leyé intori ar un Obo nhú. Oluw o
Aboman Ifá omó Awo O yeku leyé lengue ngue Orun Ogbo ni Fá Inle ebó lo kun
omó niká. Neste Odu a pesso a tem que asse ntar Odud uwa, Olokun e O xaoko.
É o enco ntro de Iwor i com Irosun. Aqui falam Orunmi lá, Elegbar a, Xangô ,
Yewá e Aganjú. Deve- se co loc ar, e m E legbara, f olhas de parrei ra e de figueira
e depois, prepar a-se um banho co m elas . Tem que buscar pr oteção em
Aganjú. O Exú deste O du tem três caras e seu nom e é Atitan. Sac rifi cam-se
dois po mbos À Yewá e despacha-se dentro de uma s epultur a. Aqui, sempre
qu e a pess oa fo r mudar de um lugar para outro, tem que dar al guma co isa
para Azawa ni. A pesso a é aco mpanhada por um Egun d eno minado "Babá

Merin Laye ". Este Egun come galo no s pés de um arabá. Aqui nasce u a
proibição de se pisar a esteir a co m o s pés calçad os . Nasceu a hipocri sia e a
acumulação ano rmal de líquidos e m qualq uer par te do co rpo. A ss inala
inveja que atrasa o desenvolvimento das atividades comerciais, roubo no
comé rcio e transações desleais. Tem q ue faze r ebó co m qua tro po mbos
que são of erecid os a O batal á. Colo ca-se, e m Obatal á, uma co roa co m
deze ss eis penas de ekodidé. D etermina v id a longa. A pesso a morre de velha.
5 5 - Pai dos Quatro Cantos do Mundo Página 116 de 633

Dice Ifá Quando se sabe, diz-se que não se sabe. A qui a s po mbas botam os
pombo s a perder . A pess oa não s e se nte bem onde es tá. Por circunstâncias
de vid a, está separad a do pai que hoje não se o cupa com ela mas, amanhã,
precisará d e sua ajuda. Quando isto aco ntecer, ajude- o e dê-lhe apo io até
que venha a mo rrer ao s eu lado, Deus saberá reco mpensar su a atitud e. Este

Odu mora num pânt ano o nde as po mbas se perdem. Ode de ciúmes e da
coto rra ( Ave ameri cana da classe dos Peitácid os , um pouco menor que o
nos so papa gaio). Iwori Kos o faz seus filhos s erem r omânticos. Provoca
insuficiência d e ho rmônios que fa z em co m que o pênis se reduza de
tamanho. Marca complexos de superioridade que oca sionam as separações
entre as pess oas. Neste Odu a galinha d ang ola não po ss ui crista. O ti gre
capturou uma pr esa, m as fo i de tal forma perseguido e enc urralado que f o i
obrigado a s oltá-la. A mulher tr ai o marido. A pesso a dorme mal e tem
pesadelos . Alg uém não queria que a pesso a nasces se. EBÓS DE
IWORIKOSO. I - Duas galinhas, pano preto, vermelho e branco . Pó de preá, pó
de p eixe, milho to rrado, dendê, aguardente e o rí da co sta. Sacrifi ca-se as
galinhas por estrangulamento, abre-se-lhes os peitos e coloca-se, dentro, um
pouco de cada in grediente relacionado . Embrulha-se no s pano s e
despacha-se no cemitério. I I - Duas galinhas são sac rificadas, uma po r
estrangulamento e a outra por decapit ação . O resto do ebó é exatamente
igual ao anteriormente des crito. Página 117 de 633

Dice Ifá II II II I I I I II IWORIWORIN REZA DE IWORIWORIN Ifá Iworiwónrin, Ifá


wará wará a ni moro ka xe it á, ka xe mine, wará wará aso nan Ela roye laroye ka
xe itá, ka x e mine, wará wará mi moro Orunmilá o lorubo . Este Odu é o
guardião das s epultur as e de Ikú, pai de Laye. Resulta do enco ntro de Iwo ri
co m Owónrin. Quando s e abre uma sepultur a reza-se es te Odu por ser ele o
seu po rteiro e vigi a. É ele que cuida de t odas as fo ss as mo rtuárias em todos
o s ce mitérios e fo ra deles. Nes te signo, Obatal á, molestado po r seus
próprios fil hos, afastou-se de casa, sendo con duzid o por El egbar a, ao
co nvívio de se u Pai. O Awo deste signo , todo primeiro dia d o ano , tem que
sacrificar um galo a Elegbar a. No mes mo dia, colo ca ekó dentro de uma
cabaça, completa com vinh o s eco , e o ferece ao s pés do batente da p orta d e
casa. Depois disto, uma vez por mês, unta a p orta co m ori-da-co sta,
fo rmando uma cruz. P r epara dois malaguid is co ntendo uma cabeç a de
cágad o, uma cabeça de gal o, terra de cas a, um po uco de seu cabelo, pó de

preá, pó de peixe, milho torrad o, um obí e um oro gbo. O s malaguid is são


feitos c om madei ra de abr e-cam inho, lavad os co m o mieró de fo lhas de Iwori
e de Owónrin e co mem uma galinha pr eta junto co m Orunmil á e o Orixá do
Awo. Seu s no mes s ão : Oyedegun e Oyedeman. A Elegbar a se dá um galo do
qual se tir a penas da asa direit a e do pe sco ço , co la-se numa fit a preta,
colo cando, no meio , uma pena d e peru, forman do co m isso, uma espécie de
co car que é colo cado na c abeça de Elegbar a. 6 6 - Caixinha ou es tojo de
madeira Página 118 de 633

Dice Ifá As pess oas deste s igno devem cuidar de um Egun deno minado
Babá Oba A xe, que é tr atad o num coc o seco , dentr o do qual se int roduz, por
um buraquinho fe ito na par te de cima, seis grãos de ataré, no ve gotas de
epo-pu pá e um pouco de aguar dente. Na casca do co co se marca os O dus
de Egun e o co co é co locado num algui dar pequeno co m um c har uto aceso
em cima. De três em tr ês mes es o co co é substit uído e despachado ao s pés
de u m arabá. Fal a da espiga de milho e manda que se cante se mpre. A
pessoa, embora pas sando por grandes dificuldades, não deve chorar

miséria, ao co ntrário, deve mo strar-se satisfe ita e cantar p ara que a miséria
se af aste. Em oso gbo indica gr andes difi cu ldades fi nanceiras. Os ebó s
deste Odu, par a que surta m efe ito, devem ser passados pelas cos tas do
cliente e por dentr o de suas roupas. A pessoa é o rgulhosa e isto p ode
causar-lhe muitos problemas. EBÓ EM IWORIWORIN PARA DOENÇA. Um galo,
roupa usada , uma bengal a e todo s o s ingr edie nt es c omuns às o ferenda s de
Exú. Passa-se o galo nas costas da pessoa e sacrifica-se normalmente a
Elegbar a. Rasga- se as roupas no co rpo e, co m elas, e mbrulha -se o galo.
Deixa-se diante de Elegbara d urante umas duas o u três ho ras e depo is
despach a- se numa sepult ura. Depois de feito o ebó, o doente deve
caminhar , todo s o s dias, de sua cama até a porta da rua, apoiando-se na
bengala. Quando ficar int eiramente curado, deve o ferec er a bengala a
Elegbar a junto co m o utro galo. Página 11 9 de 633

Dice Ifá I II II I II I II II IWORIBARA REZA DE IWORIBARA Iwori Obara oun bareye,


oun tir ola, iyo timode aye, o un beré l ok o, adifafun Iyal ode, eye beme ku,
Yewá joko, Yewá eure elebó . Este Odu é c aminho de O runmil á, Oxun e Xangô .
Surge do e nco ntro de Iwori com Obara. A pess oa tem que cuidar de Exú. Tem
que ass entar Inle Abat á. Para reso lver problemas p es so ais, tem que faz er
borí e usar um co lar de Xangô que lhe c hegue ao umbigo. Tem q ue dar um
frango no vo a Elegbara. O frango é sac rificado so bre um okutá, atr ás da po rt
a. Depois, junta-se folhas de cansanção, folhas-de-fogo, pimenta-da-costa,
azô gue, pó de peix e, sete mo edas, sete búzios e prep ara-se a mass a de
tabatinga mistur ando tudo . Colo ca-se a m ass a num alguidar e crava- se a
pedra co m uma das pontas para cima . Depois de s ete dias of erece-se um
galo e o Exú está pr onto. Neste signo nas ceram a s quali dades mágicas das
fo lhas ur tigantes. Por este mo tivo, não po dem falt ar folhas deste tipo no s
assentamentos de Exú. Foi por este Odu que Orunmilá, associando-se a
Oss ain, não preciso u mais trabal har na lavoura, passando a viver da prática
da medi cina. Este signo indica cargo de Babalo sain. A pess oa tem que
ass entar Ossain o f erece ndo-lhe uma gali nha pelada e vint e e um pintinhos

novo s. Indica que exi ste uma pedra em seu caminho . Tem que o ferec er um
cabrito a Exú par a que seus c aminhos sejam abertos. Aqui nasce ram os
ciúmes. Disse Ifá: "Aquele que se inco mo da perde a par ada". A pesso as tem
inimigos dentro de s ua própria casa o u em se u local de tr ab alho. A pess oa
tem que faz er Ifá. As veze s sa ber esperar é melhor que viv er co rrendo .
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Dice Ifá Uma mulher fez ou f ará um t rabalho de f eitiçar ia co ntra a pess oa.
Para desfaz ê-lo, tom a-se banho de omieró de alfavaca, beldr oe ga e
abre-caminho . Reze sem pre ao s eu Anj o-da- Guarda. E ste Odu indica que a
pesso a tem bom coração e que, por este motiv o, to dos se aproveit am del a.
Precisa s aber selecionar mel hor suas amizades, disti ngui r os amigos dos
aproveitadores, para q ue sua vida não se ja marcada de desgo sto s e
decepções cons tantes. SEGREDO DE ST E ODU P ega-se um pedaço de carn e

de vaca e abr e-se co mo s e fo sse um li v ro. Pa ssa-se embaix o das axi las e
depois, unta-se c om aze ite de dendê e pede- se a graça que se deseja o bter.
Em segui da, cospe-se tr ês vez es dentr o da carne e fechase co mo s e fecha
um livro. Leva-se a uma linha férrea e deixa- se so bre um tr ilho j unto c om se te
mo edas co rrentes. Entr egase a Ogun e pede-se a s ua proteção . Página 121
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Dice Ifá II II II I II I I II IWORIKANRAN R EZA DE IWOR IKANRAN. Iwori Kana


adifafun ejá Okunin, axir í Okun, Olokun Obá, O lokun lo pá leri, kaferefun
Orunmilá, lodafun Olokun. Este é o signo dos mergulhadores e escafandrista
s. É resultado da interação de Iwori com O kanran. Tem-se que respeitar t odas
as reli giões e nunca se po de prof anar co isas sagrad as para os o utros . Tem
que ass entar Osain e Olo kun. Deve-se cuidar muit o b em de Ogun, s acrificar-l
he periodicamente dois etú e mantê-lo sempre apaziguado para que não crie
dificuldades em s ua vida. Aqui nasce ram as másc aras de Olo kun. Não se de
ve usar máscara s nem tomar ban hos de mar par a que não se morra afogado.
Neste Odu Og un não c ome ajapá porque este animal salv ou a sua vid a.

Ofereça adimús à Oxun com cinco co isas diferent es, para o bter sua ajud a e
sua proteção. A pessoa possui um inimigo que está lhe prejudicando, sabe
que ele existe, mas desconhece sua identidade. Tratase de alguém muito
ingrato e que não demons tra reconhecimento por nada qu e se faça em s eu
favor . Sofre-se uma ameaça de agr essão com faca. E xiste o risco de se
perder uma das vistas num acidente. Per igo de intoxicação provoc ada por
um alimento que é interd i ção de se u Orixá. Página 122 de 633

Dice Ifá Não se pode faz er opos ição a um namoro de uma fi lha, p ois isto
fará q ue ela fuja com o s eu namorad o. Se isto aco ntecer, não a persi ga nem
a condene , po is mais tar de haverá reco nciliação e f elicidad e entre t odos .
Não s e po de co ngregar o mundo. A guer ra existe e é precis o lutar par a
vencê- la. Siga os co nselhos de sua espo sa para nã o perdê-la e, n o futur o,
não s ofrer por ar rependimento. C onfie se us problemas à sua mulher para

que ela rogue ao s S antos por sua f elicidad e. Não maltrat e nunca s ua mulher ,
ela é a bas e de sua felicidade. Este Odu fala de uma pesso a que não
co nhece u a própria mãe. A pes so a tem uma fi lha a quem não rec onhece u.
Disse Ifá: "Quand o se semeia o feijão fradi nh o, ele se arrasta por nove dias
pelo chão antes de erguer- se e pro duzir seus f ruto s ". Disse Ifá: "É preciso
paciência e persistência. Par a se c hegar ao pico tem-se que ve ncer as
adversid ades da vida". Aqui nasce u o ewe tuátuá. Para insô nia e erupçõ es
cutâneas, t o ma-se chá de tuátuá e s alsapari lha. (Smilax Havanensis. Jacq.) .
SEGR EDO DO ODU O iyerosun que s e usa no tabuleiro tem que levar pó de
ekú e pó de ejá. T em que ser rezado no tabuleiro. (Rez a deste Odu e dos
dezesseis Meji). EBÓS EM IWORIKANRAN. I - Uma franga, um ajapá, um
morcego, uma faca, pano branco, pa no preto, água de ri o, fo lhas de oxiba tá
(Vitória Régia) , raízes de eyeuro , s alsa, pó de ekú pó de peixe. I I - Um carneir o
branco, um galo br anco, um boneco preto vestido de azul e branc o, duas
máscaras, água do mar , uma tarr afa, uma vara de pesca c om anzo l e linha,
pó de preá e de peixe, dendê, me l, aguard ente e muitas mo edas. Página 1 23
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Dice Ifá I II I I I I II II IWORIGUNDÁ REZA DE IWORI OGUNDA Iwori Ogunda, Iwori


o wá lelé I fá, Ogunda awabó bo run awaniri lorín on i Ifá Aw o Beheni, Awo
Kanibi, I fá awakení, Ifá o ribayé, Awo Abiwá abani Awo. Aqui nasceu o sus to
que Ogun f oi e ncarregad o de trazer ao mundo. Aqui nasc eu Exú K ekuite
Oluwo, o Elegbar a que com e cacho rro preto na co mpanhia d e Ogun. Este E xú
le va um o fá na c abeça. O o mieró des te Exú l eva caule de figueir a-brava Foi
neste signo que Xangô proibiu os filhos de Ogun de faz erem o "Jurament o
de Orun" por saber que não s e po de co ntar co m eles. É um Odu de perd as
violentas. M anda que se dê co stela de ga d o bo vino ass ada e bem
temperada q ue, depo is, deve s er levada às margens de um rio e e ntregues à
Oxun. A pess oa des te signo tem que ter um pedaço de yagua (Tecido fi b
roso que rodeia a parte superior e mais mac ia do tronco da palmeir a-imperial
). T em que banhar -se, periodicament e, c om omieró de sete pedaços de

yagua, se te fo lhas d e jagüey , se te fo lhas de amansa- guapo, sete de


pau-ferro e se te de ewe yaya (Oz and ra laceo lata. Asw. Benth. ). Depois do
banho deve s acrificar uma galinha a seu Oj ijí . Aqui nasceu o primeiro
medicamento fe ito com ervas. Fal a de intoxi cação oc asiona da por carne de
porco. Por este motiv o, os filhos deste A pesso a so fre de pontad as na
cabeça. Seus inimi gos querem tê- lo embaixo dos pés. Odu não devem co mer
carne suína. 8 8 - O OJIJI é o co rpo telúr ico do ser humano , representado,
aqui, pela sombra projet ada pelo co rpo físico . Página 124 de 633

Dice Ifá Tê m que ter muito cuidado quando sae m na rua, po is são
co nstantemente vigiad os. Têm qu e recebe r um pat uá de segurança para que
não s ejam ati ngidos po r malefício s. Se tiver em uma fi lha ou mes mo uma
afilhada, não devem ser omisso s em relação a elas pois s ua so rt e es tá em
manter sempr e um bom relaci onamento co m elas. São pesso as co m alto
poder i ntelectual e invari avelmente so frem de dores de cabeça . Têm que
tomar borí p eriodicame nte par a sanar este mal. Se f or ho mem, go sta de
explorar mulheres, principal ment e mulheres muito jo vens, à s quais

corrompe e s ubjuga. Adora so domizar estas pesso a s e tem tend ências a


ficar sexualmente impotente. Se f or mulher, sua me nstruação é exces siva e
isto lhe afeta o cérebr o e o sistema nerv os o. Tem que ficar sempr e atenta e
faze r ebó para nã o ser aband onada pelo es poso . Tem que cuid ar de
entidad es de Umban da e faz er tudo o que fo r determinad o por Ifá par a que
não tenha a vida embaraçada. Se a pes so a fo r filha de Xangô, tem que faz er
Ifá e fundar seu próprio egbe . Se o Babal aw o que cuida dela for fi lho de
Xangô, deve indi car outro, fil ho de o utro Orixá, po i s não po derá dar iniciação
a esta pess oa. Este Odu fala d e Olokun e de Ogun e a pesso a p ara q uem
sair, provavelmente, será fil ha de Oxó ss i. Determina a missão de andar de um
lug ar para o o utro pregando o bem, o que faz co m que a pesso a não tenha
paradeiro certo. É pr ocurada p or muita gent e que quer seus co nselho s e
orientaçõ es, sente-se c an sada e s ó pensa e m fixar-se num lugar qualquer
para ali repousar e ter tranqüilidade . Fala da mulher que corre atrás de um

homem e que é persegui da por outr o homem ao q ual não dese ja. Go sta de
ter dois homens e isto a colo ca sempre sob o risco de so f rer violências e
até de se r assas sinada. É um Odu que fala de tr atos verbai s. Não existe m
documentos que comprovem legal mente os direitos da pess oa e que serão
usurp ados por ter ceiros. As pesso as deste s igno não podem co nfiar em
ninguém e todos o s seus n egócios devem ser muito bem documentados
para que não venham a caus ar problemas e gr andes perdas. 9 - Grupo
so cietár io o u reli gioso . No presente caso , refere- se a uma co ngregação relig
ios a. 9 Página 125 d e 633

Dice Ifá II II I I I I I II IWOR IOSÁ REZ A DE IWOR IOSÁ Iwori Bo sá a difaf un Ba bá


Ajagunan, Elese O lofin amego o gbo ni Olo gun bogbo aiye Olofin A lámerere.
Kaferef un Obatalá. L odafun Odu. Fala Ajagunan, o criador das guerras. É o
resultad o do enc ontro de Iwori com Os á. Fa la Yemanjá. Tem que as sentar
Orixaoko . Assinala dív ida co m Obaluaye. Aqui, por o rdem de Olo fin, Elegbara
criou as arapucas e armadi lhas. Neste signo Elegbar a co me p reá. Também a
Osain se dá preá que deve, antes , se r lavada com o mieró de maravil ha

(Mirabi lis jalapa. Lin.) e, depois de sacrificada, embrulhada em pano branco.


Foi po r e ste Odu que Olofin aband onou a T erra. Aqui Olo kun encarr ego u
Yemanjá d e nego ciar o s s eus teso uros , co ncedendo- lhe domín io so bre a
orla marí tima e as águas rasas , reserv ando para si as prof undezas do
Oceano . Aqui na sceram o garfo , a f aca e o prato. Não s e permi te que
ninguém se sente à mes a co m as mãos sujas. D enuncia a exi stência de ver
mes e parasitas no corpo. A pesso a pode s er port adora d e câncer nos
os so s. Pode-se mo rrer, durante a noite, po r asfixia ou parada card íaca. É o
Odu dos vas os de barr o . Não s e deve ter cabrit os em cas a. Sac rificam-se
cabritos para El egbara. A p ess oa deve mudar de vida para não se perder. É
um Odu de mudanças. Página 126 de 633
Dice Ifá Fala d a Terr a Poderosa o nde os ratos s onegaram os sacri fícios
que lhes fo ram exig i dos. Por este motivo, o s ratos fo ram amald içoados e,

até hoje, os gatos o s devoram e os ho mens lhes põem armad ilhas e


venenos. Assinala perseguição de um Egun que deve se r afastado com ebó.
Se f or homem, e ste Egun pr ovoc a impotência sexual. Hav erá uma guer ra na
qual os mais fracos serão derr otados. Tem que faze r ebó para fo rtalecer- se
e v ence r a guer ra. Este é o caminho do calote. Por caus a de dinheir o a
pess oa pode se r amaldiçoada e tornar- se muito infe liz. Deve pagar seus
débitos, principal mente a q uem lhe prestar q ualquer serviço . Se a pess oa
tem uma única fi lha, tem que faz er ebó p ara que ela não mo rra. EBÓS EM
IWORIOSÁ. I - Um bo de, um galo , uma galinha, um o bí, um etú macho , areia do
mar , um peixe fresco , milho torr ado, f olhas de Ifá, panos vermelhos, pretos
e brancos . II - Um bode, um galo , um ajapá, uma galinha, pano branco, pano
preto, f olhas de I fá, água do mar, o bí, pó de pe ixe e pó de preá. I II - Um galo,
dois pombo s, pano e stampa do, pano vermelho, cinco o vos de gali nha ,
poe ira de dentr o de c asa, pó de peixe, pó de preá, dendê, m el, etc. Pági na 127
de 633

Dice Ifá II II I I II I II II IWORIOBOKÁ

REZA DE IWORIBOKÁ Iworiboká adifafun Orunmilá. Iworiboká boko adifafun


Orunmil á. Adie e lebó. Babá Bo ká gunugun axabá gagá gungun aká axabá
gueko adifafun Aleyo ibaba g ueko. Babá bueko e i elé do miyé domiyé axabá
ledé apatá pina ew e, ebó elebó . Foi neste Odu que o inhame e a malanga
(Planta ar ácea co mum nas z onas intert ropica is, cujo tubérculo é impo rtante
alimento, pri ncipalmente par a os campo nese s) estabel eceram uma di sputa
entre si. É o resultado do aco plamento de Iw ori co m Iká. Este é um s igno de
infelicidad e co njugal e de tr agédias pass ionais. M anda asse ntar Ox óss i para
que a pess oa pro grida na vi da, tenha paz e um amo r sincero. A cur ios idade
pode levar à perd ição . Para obter dinheir o e fartur a tem que faz er ebó c om
cinco galinhas que são o fertadas à Oxun. A pesso a tem que l evar um ramo
de flores a um cemitér io e, depo is de passá- lo no co rpo invoc ando todos os
seus familiar es mo rtos, deve co loc á-lo nu ma se pultura abandonada. A

pess oa gos ta de caçar . Quem mata com fe rro, mo rre pelo f erro. Disse Ifá:
"Quand o o homem sai de casa, a mulher p ode c olo car pa ra dentro u m o utro
que desfrut a do que é seu, c ome do melhor que poss ui e do f ruto de se u tra
balho" . A mulher se apaixona pelo m elhor amigo de se u marid o e po de ficar
grávida deste homem. O ho mem tem uma mulher q ue, toda vez que faz sexo,
fica doe nte ou s e nte-se mal. É preciso f aze r ebó para q ue es te problema
acabe. A p esso a pos sui um se xto sentid o muito desenvolvi do que lhe avisa
de muit as co isas, mas deve repr imir sua curios idade, po is esta lhe poderá
causar sé rios problemas . Página 128 de 633

Dice Ifá

Possui muita habilidade com os pés, podendo ser bailarino ou um excelente


atleta. A mulher d esprez a o marido. A mulher de um amigo calunia a pes so a
só por despeit o e porque esta pesso a não lhe demo nstra nenhum int eresse.
Tenha muito cuidado para passar por este tipo de pr oblema e, se f or
inevit ável, haja com m uita serenid ade e equilí brio para que as c ois as não se

agravem em demas ia. Se f or mulher: Seu mari do des co brirá que es tá sendo
traído e tentará mat á-la. Se voc ê não co nsegue pegar gr avidez co m s u
marido é po rque ele é estéril, embo ra não que ira admiti r. Muito cuidado co m
aventur as e xtraco njugais, pois disto po derá surgi r uma gr avidez que po de
ocas ionar sua morte de fo rma violent a. A sorte do ho mem deste Odu chega
através de uma afil hada o u de uma filha. Façalhe o bem que O xun haverá de
retribuir. A pesso a ass usta-se se m mo ti vo aparente o u tem taquicard ias
súbit as. Não queir a saber o mo tivo destes f enômeno s, m as, se mpre que
oc orrerem, trat e de proteger- se e res guardar-se, pois s ão aviso s de perigo
eminente. E ste é um signo de roubos e perdas. Não f reqüente lug ares
perigoso s, po is pode se r preso a qual quer m omento e ter séri os problemas
co m a justiça. EBÓS DE IWORIBOK Á: I - Um gal o, um pe daço de madeira de
uma casa ve lha, um pedaço de rai z de ma ndioca, uma pe dra achada na rua e
muitas mo edas. I I - Um frango, um galo adulto, o bí, ter ra de casa, pó de

peixe, de preá, aze ite de d e ndê, aguardente, velas, milho to rrado e muitas
mo edas. Página 129 d e 633

Dice Ifá II II II I I I II II IWORITURUKPON REZA DE IWORITURUKPON Iwori


T rupon eiyelé, ekó , o ni guer e eyiele, adakoi M aferef un O lokun, alá at i aleyó.
eiyele, lebó . Owunkó lebó. Sempre que surja este signo, o ferece -se adie par a
Orunmil á. É o res ultado do enco ntr o de Iwori com Oturukpon. O Aw o não
gos ta de estudar I fá e isto represe nta uma ameaça para sua pró pria vida.
Deve co loc ar um livro que co ntenha ensinamento s de Ifá di ante de seu
Orunmil á e, todo s o s dias, ler e anali sar um Odu- Ifá co m duas velas aces as,
uma de cada lado, para que Orunmil á saiba que seu fil ho estuda seus
mistéri os. Coloc a-se, to dos os dias diant e de Orunmil á, uma fava de ayó
(conhecida n o Brasil como fa va de caboclo, f ava d e Oxós si ou f ava da
vidência), até que se co mpletem 256 . D epo is, s acrificam-se duas galinhas
pretas sobre as f avas, deixa- se s ecar, perfura- se e f az-se um eleké
alternando as f avas de ayo co m co ntas de Orunmil á. Este eleké permane
cerá sempre so bre o igbá d e Yemanjá e o Aw o s ó deverá usálo quando tiv er

problemas a s erem r eso lvidos ou quando sentir- se mal. Deter mina que o
Awo tenha que ajudar a qualqu er outr o Awo que reco rra a se us préstimo s. Se
a pesso a vê coisas estranhas que l he a tacam os nervos na casa o nde vi ve,
deve mudar- se, imediat amente, para outro lo ca l. Foi neste cam inho que
Orunmil á apaix ono u-se pelos e ncantos de Yemanjá, o que o le vou a matar ,
co m uma esto cada, o rei do país o nde viv ia sua amada. Fala das inclemên
cias do tempo . A pess oa não deve to mar mui to S ol. 10 10 - O número 256
utilizado neste tra balho refere- se, co m certeza, ao númer o de Odus
co nhecido s no Oráculo de Ifá. Página 13 0 de 633

Dice Ifá Não se deve ter goteiras em casa. O telhado deve ser sempre
restaurad o. Deve-se an dar sempre co m a cabe ça co berta. Determi na
envo lvimento c om uma mulher que tem t ud o na vida, mas que foi
abandonada po r outro ho mem. A pr ópria família at rapalha o des

envolvimento da pessoa. Existe alguém que sempre se atravessa em seu


caminho . Dete rmina uma viag em che ia de dificuldades, mas , co m o auxílio
de Elegbar a, a vitória se rá o btida. As no ites são sem pre longas, parece ndo
intermináveis. A p ess oa é adepta de o u tra relig ião o nde é muito querida e
reconhecida. É Yemanjá q uem fe cha o s c aminhos da pes so a. É preciso
apazigu á-la ofe recend olhe do is galos brancos, dois o bís, duas velas e uáj i.
Entrega-se numa pr aia. A pesso a alimenta so nho s impos síveis de serem
realizados . É preciso muito cuid ado para não se r expulso do local onde
trabalha ou vive. Pr enu ncia nas cimento de filhos gêmeo s. Tem que tratar os
filhos co m igual dade e encamin há- los nas co isas do s Orixás. Para cli ente
do sexo masculino, assinala impotência sexu al. Para cliente do sexo
feminino , ass inala a existência de fi bromas, quisto s o u f urúnculos . Muito
cuid ado co m quistos nos seios . O bem está na casa d a pesso a. Tem qu e
faz er ebó e m cas a para q ue todo o bem ali penetr e e ali permaneça. D urante
sete di as se guidos deve-se manda r ao mar as s obras de co mida de casa,
entregando-as a O lokun. Pági na 131 de 633

Dice Ifá I II II I I I I II IWOR IT URÁ REZ A DE IWORIT URA Iwori Otura iguí iguí,
miyo miyo , adifafun Kolokó iyebefá tir oke iya l ampé Xangô , Aroní yeó Eleripi n
Orunmil á lorugbó. Este é o caminho do curios o. Res ulta do enc ontro de Iw ori
co m Otur a. A pesso a é inco nformada. Num momento de desc ontrole pode
agir co m violência e destrui r sua fe lici dade. Par a evitar qualquer os ogbo,
faz-se o seguint e ebó : Sacri fica-se um galo, pa ss a-se no co rpo uma pedr a,
um co co seco e uma vela, colo ca-se num pano de qual qu er cor , co bre-se
com pó de peixe, pó de ekú, embrul ha-se tudo no pano e e nrola- se c om uma
co rda amar rando bem amarrad o. Leva-se ao alto de um mo rro e se lança
numa riba nceira. Por es te Odu f ala Yew á. É preciso ass entá-la e tê-la em
casa. Te m que dar adi mú à Ox un na be ira de um rio. O adimú tem que ser
entregue por uma fi lha de Oxun. Tem que ter um patuá feito c om uma pata de
veado. Os ho mens des te Odu têm q ue cuidar , co m m uito amo r, de suas
mulheres. Os Awos têm que po r, na mão maior de seu Ifá, uma e strela e uma

lua de metal b ranco. A folha do Odu é a manjerona. A pesso a tem que tomar
b anho co m um sabonete de seu uso exclusi vo. Não pode banhar -se co m
sabonetes us ados po r outr a pesso a. Assinala a t roca de cabeça de duas
irmãs. O Awo tem que ter um p a cto que ande s olto em sua c asa e limpar a
sujeira do bicho s em reclamar . Isto lh e asse gura boa so rte. Cuidado co m
acidentes em casa ou na rua. Página 132 d e 633

Dice Ifá

Tem que faz er fes tas para I beji e agrad ar sempre à Oxun para pr osperar na
vida. Di sse Ifá: "A os tra só abre a boca para come r". (É preciso falar pouco ,
só o indispens ável). Disse Ifá: " A cabeça tr opeça co m os pés". ( Pense antes
de falar e o lhe o s lugares o nde pisa). Disse Ifá: " A beleza atrai a boa s orte".
(Neste Odu, para que se fi que semp re em ire, é preciso cercar- se de c ois as
boas e bo nitas). Tem que c olo car, em Orun mi lá, uma coroa conf eccionada
com dezess eis ekodid és. Oferece-se, à Oiyá, feijão vermel ho e favas de aiyó.
Par a não so frer decepções , não s e faz nada sem ant es co nsult ar Ifá.

Assinal a um grande desgo sto relacionado à uma mulher gráv ida. Duas
mulheres falam de um hom em afir mando que ele jamais co nsegue
satisfaz ê-las sexualmente. U ma surpresa desag radável está em s eu
caminh o. S of rimentos ocas ionados por um problema na perna esquer d a.
ITANS DE I WORIT URÁ I - O veado e ra muito curios o e inxerido e, po r isto , o s
in imig os preparar am-lhe uma armadi lha. Quando pass ava pelo caminho que
conduzia à su a casa, o vead o ouviu o cantar de um gr ilo e, curioso como
era, pôs-se a procurar onde o bichi nho estava esco ndido. Desat ento ao nde
pisava, caiu na armadil ha que lhe haviam prepar ado e , des ta fo rma, fo i
capturad o po r seus adversári os. EBÓ: U m gal o, um pedaço de co uro de
vead o, pó de ekú, pó de ejá, um obé, dend ê, mel, o tí e velas. Oferec e a
Elegbar a. II - Xangô aceitou guerrear co m um inimigo muito mais f orte e
podero s o que e le. Inteligentemente, Xangô s ubiu ao alto de uma montanha
de onde podia ob servar todos o s mo vimentos de seu adversár io e, tão lo go

surgiu uma o portunid ade, at irou-lhe uma pedra, ating indo-o na cabeça e
lançan do-o ao so lo. Em segui da, Xang ô desc eu da mo ntanha e,
aproveitand o-se do desmaio de s eu inimi go, matou-o c om seu o xê Pági na
133 de 633

Dice Ifá I II I I II I I II IWOR IRET E REZ A DE IWOR IRET E Iwori Irete adaé ebí o su
dudu ekun fibí kurumá tele ijó. Xeke irí xake adi fafun akukó mokekejé, ekó
tolo fe aniake omó Olo kun, bogbo Awo eranko eiyé xagobo aluku ini ka ni ejá
okó abele ik okó eji adi faf un Elegbara. Nes te signo nasc eram as quatr o
estaçõ es do ano . É o resultad o da interação de Iwori com Ir et e. É
encarregado de cuidar d o Opo nifá que era, anteri ormente, cuidado po r
Ogbewórin. U m dia Oxun embri agou Ogbewórin co m aguardente, enfe itiço u-o
com s eus encantos f emi ni nos e roubou o o ponifá. Revoltad o, O gbewórin
co meço u a destr uir a casa de Oxun, se nd o co ntido po r Iworirete que,
recuperando o tabuleiro, pass ou a ser o se u guard ião. Este Odu pr enuncia
fo go dentro de c asa. O Aw o tem que dar um bagre a Orunmi lá e, antes de
faz er Ifá a quem quer q ue se ja, tem que fazer ebó de limpez a, porque o O rixá

da pessoa é mais forte qu e o seu e isto poderá ocasionar a sua mort e.


Quando o Awo e nc ontra este s igno co nsultando para si própri o, signifi ca
que vem alguém para fazer Ifá e que tem que ser fe ito um ebó . A mulher q ue
deseja vo ltar à co mpanhia do mari do t em que faz er ebó co m uma gali nha
d angola, a camisa que estiver usando, um pedaço de pano e muitas
mo edas. É caminho de O baluaye e de Oxun. Conta que Orunmil á se ho sped
ou na cas a de Oduduw a onde f oi atormentado pelo filho de sua ho spedeira.
Um dia o filho de Oduduwa caiu d oente e preciso u faz er Ifá e, no dia do o rô,
Orunmil á deu-l he uma s urra co m paus para que lhe se rviss e de lição . É por
isso que mui tos Awos s ão simbo licament e es pancad os na ceri mônia de
Ijojé . 11 11 - Rit ual reali zado na ce rimô nia de iniciação ao culto de Orunmilá.
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Dice Ifá Nes te signo o cabelo e a pele entr aram em di sputa porque, apesar

de viverem junt os, não s e toleravam, e tiveram q ue faz er ebó para que
pudesse m co ntinuar existind o, já que um não vive se m o o utro. Aqui fala a
cabeça O lori meri n. É um Odu de caprichos . Disse Ifá: O gal o pica o frango
porque reco nhece nele um futuro rival . O home m mad ur o mata a mulher
jovem quando es ta tenta abando ná-lo. Determina pro teção de Olokun e de
Oxun. Fal a de um hom em de mau caráter q ue, depo is de abandonar sua
própri a cas a, pretende vo ltar para continuar malt ratando sua mulher e seus
filhos . Assinala ch egada de dinheiro, provavelmente atrav és de alguém vindo
do interi or. A pess oa des te Odu não po de andar na rua d epo is das vinte e
quatro ho ras, po is podem depar ar-se c om fantasmas e ass ombrações. Se
fo r mulher, po de ter t rês home ns se ndo que um deles o cupa- se de
atividades co merci ais. E xiste um Egun que aco mpanha a pesso a faz endose
passar por bonzinho, mas que, de bom, nada tem. É preciso faze r ebó para
livrar-s e de sua má influência. É pr eciso ter muit o cuidado para que alguém
que det esta a pesso a não reco lha a poeir a de seu rastr o. Este é se u ponto
vulneráv el. Fala de três enf ermida des que devem s er trat adas e spiritualment
e. Assinala a presenç a de parasitas intes tinais. Pági na 135 de 633

Dice Ifá I II II I I I II II IWORIBOXE REZA DE IWORIBOXE Iwori Boxe Oba Leri,


Oba Leri Inle Po ledi wanwan lodé n ifá Abey ere Awo Leri Baleri I nle Iwori Obá ni.
Iwori Babá l oní Oxe Iw ori No xenxé abí Oxe oko lowo borí b oxé e gboni in xé
inle nayeri l ayé Awo O bara Ni Boxanxe Ifá.

É o resul tado do e ncontro de Iw ori com Oxe. E nsina que uma só cabeça não
pode go vernar d uas terr as s eparadas. Os filho s não devem se r criados
cheio s de vontades e s em dis cipli na para que não s e prejud iquem quand o
cresce rem. Não s e deve se r dom inado pela ambição. Aí está a perdi ção
deste signo. Se o s s eus fi lhos não vivem em sua co mpanh ia, pr oc ur saber
se a pes so a co m quem estão não os está malt ratando. Os filhos deste Odu
sentemse atr aídos por todo s o s tipos de jogo s, mas, co mo não têm sorte,
devem evitar esta prát ica, pois esta s erá a sua des truição. Tê m que cuidar

muito de seu trab alho, po is sempre exist em pess oas invejosas tentando
prejud icá-los nes te seto r. Quando as c oisas e st iver em entravadas, têm que
dar de co mer à Oxun na nascente de um rio para abr ir seus caminho s. É um
Odu de defeito s físico s e mo rais. Existe uma mulher complicada, fi lh a de
Oxun, que sempre está inst igando a pes so a. Não se deve dar atenção a e sta
criatura para evitar problemas. Aqui a mulher, por vaidade, apaixona-se por si
mesm a. A b anana está muito bonita por fo ra, mas por dentr o po de estar
bichada. Disse Ifá: "Por pouco que se tenha, s empre existe al guém que se
sentiri a muito fe liz se tivess e t udo isto". Se mpre que um cão s e aproximar a
pess oa deve acariciá- lo para ter boa so r te. Existem po ss ibilidades de haver
erro e m relação ao Santo da pesso a. Página 136 de 633

Dice Ifá Se a mãe da pess oa já for defunta seu es pírito es tá sempr e


empenhado em protegêla. D eve-se rezar sempre po r esta al ma bondo sa.
Para reso lver os se us problemas a pesso a de ve o ferecer d ois po mbos ao
egun de sua mãe e pedir p erdão à ela pelos e rros co metidos. Deve so prar em
sua s epultur a pó de penas de galinha d angola misturado co m iyeros un

rezado de Iworiboxe. Se fo r homem: Existe uma mulher mais velha


interessada n a pessoa e que, sendo rica, pode lhe proporcionar muita
felicidade. Cuidado c om uma mulher q ue freqüenta sua c asa e que po de lhe
causar muito desgo sto . Cuide muit o de s uas pernas. Coce iras ali
localizadas podem provocar o surgimento de úlceras sem cura. Cuidado
com uma pesso a que manca. Essa pesso a faz tudo o que po de par a
prejud icá-lo. Se fo r mulher: Vive pensando e m dois ho mens , embo ra viva na
co mpanh ia d e um terceir o. Não deve admirar -se tant o no espe lho, ne m
permit ir que outra pe sso a use s ua toalha e seu s abão para que não venha a
perder o que lhe pertence. EBÓ DE I WORIBOXE. Um gal o, uma casinha de
cera, quat ro saquinhos de pano , um igbí n, um cho calho de cas cavel e dois
pombos. Sacrifica-se o galo deixando o ejé correr s obre as coisas. Puxa-se
o igbín e colo ca-se dentro do primeir o s aquinho. Pux a-se u m pombo e
colo ca-se no segundo. Pu xa-se o outro pombo e co loca-se no terceir o. N o

quarto saquinho co loca-se a casinha com o choc alho de cascavel dent ro.
Arrumase tudo dentro de um alguid ar, co loc a-se o galo inteir o e m cima e
entrega-se a E legbara. Página 137 de 633

Dice Ifá II II I I II I I II IWORIBOFUN REZA DE un xerú s okun, iko ló. IWOR IBOFUN
Iwori Ofun, Iw ori To wofun, Iwori Teso fú O bá Iworifará Inl e reré bobo f xerú
adifafun Obinin Olonú tiri ko kodun. Ad epenite o mó O lokun lodafun o ni obinin
Inle Oniká Olokun wagbe ni omo bini omo titun o keke Obá I yá Omo logu akere
so potu Olokun lodafun Olokun .

É o enc ontro de Iwori e Ofun. Foi po r este Odu que Ogun, para ganhar uma
guerra, f ez e bó co m um gal o, inha me e dois po mbos. Ogun apr esentou
queixa ao se u irmão Ogundá K ete, da trai ção que lhe fi ze ra o co rvo e que lhe
provo cara u ma doença. D epois de fe ito o ebó, Ogun ofereceu um galo e um
tecido branco a O lofin por intermédi o de s eu Ori e ass im pode vence r a
guerra com o corvo. Ogun cr iava um corvo e e ste tent ou co m er os s eus
olhos . Foi neste Odu que o s dinoss auros vieram à Terr a. Aqui na sceu o p

ode r de criar discó rdias co ntido n as fo lhas de aroma amarela (Fl or dourada e
aromáti ca produz ida por uma árv ore da famíli a das legumino sas ). Um ebó
feito co m estas fo lhas ou o seu pó so prado em algum l ugar fo menta b rigas
e discó rdias. Nasce o rancor de a lg uns filhos por seus próprios pais, po r
coisas feitas no passado. A pesso a transf o rma-se num verdadeiro monstro
e não perdoa qualquer co isa que lhe façam, por mais b anal que seja. É um
Ifá de pr ovas. Al guém o está testando sempre. Fala d o ro sário o kpele q ue é
o própri o espír ito-mãe do Aw o. T rês coisas boas es tão em seu c aminh o,
mas é preciso ter uidado para não s er preso antes de poder desf rutá-las. Se
a mãe da pesso a já for morta s eu espírit o e stá sempre rogando pe lo filho.
Alguém tem vo ntade de matar a pess oa e viv e pl anejando ne ste se ntido.
Página 138 de 633

Dice Ifá O prazer proporcionado pelo sofrimento alheio pode ser revertido

no pró prio so frim ento pelo resto da vida. A pesso a tem que pr ocurar livrar-se
deste mal sentiment o e aprender a sentir pi edade de seus sem elhantes.
Cuidado para não paga r pelos er ros do s o utros . Neste Odu nasceram os
patíbulos . Este Odu indica que quando a mulh er estiver gr ávida e as
co ndiçõe s em que vive não fo rem propícias, fará tudo para l ivrar-se da
gravidez, me smo que isto po ss a lhe custar a vida. Assinala pr oblemas no
útero q ue po dem provo car abortos . Para se gurar a gravidez , a mulher deve
tomar canja de peru q ue antes, é o ferec ido à Yemanjá na pr aia. Depois s e
limpa bem e se faz um cald o com água d e rio que deve ser tomado por sete
dias. Fala do pai que impedi u que su a fi lha se relacionas se c om um jovem
Awo, filho de Yemanjá. Para afastá-l a do Awo, o pai passo u a levar a fi lha
para pesc ar em sua co mpanhia. Um belo dia, enquanto pesc ava a bordo de
seu bo te, um peixe muit o grande saltou das águas e carregou a m o ça para o
fundo do mar. O jovem Awo que também era pescado r saltou às águas,
resgatando seu amo r e o velho pes cado r nada mais pode f aze r para impedir
que os dois se ca sass em. Pág ina 13 9 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE IV I I II II II II I I ODI MEJI

REZA DE O DI MEJI Odi Meji axama, arumá, ko dimá Ikú, kodimá xukurú, kurú
kielé bití bi tí, ko go ni abit i adifafun aiye, om ó egan eko didé lebé. Odi Meji é um
Odu feminino , filho de Orunmilá e Ologbo ro. Seu no me s ignifica "Duas Nád
egas". A qui nasceram os ó rgãos genitais femininos , a co r negra, o mar , as
baleias, a s galinhas, as cabras, as ratas, o s peixes que habitam as regiões
marinhas próxi mas às co stas, o s jacar és, o s caracóis, o milho, a c abaça, a
malícia, as s ementes vegetai s e a lei do carma. Repr esenta o s ó rgãos
sexuais f emininos . Aqui se estabelec eu o princípio da monarquia. Aqui se
estabel eceu, também, a f ormação do gênero humano. Fal a de perver sõ e s ,
da prática d o e spiritismo e indica so luçõ es de problemas c om a ajuda de
Eguns. A s f ilhas deste Odu são de natur ez a quente e muit o s ensuais . Cheias
de malí cia, co stumam ser infi éis. Por os ogbo prati cam a so domia. Os fi lhos

deste Odu são demasiadamente ciumentos e intrigantes, gostando de


imiscuir- se e m assunto s co m os quais nada t êm a ver. Têm tendências ao
hom oss exualismo e po dem perder -se por caluniar os amigos . Odi Meji
apregoa: "Tudo o que existe so bre a Terra, um di a terá q ue mo rrer". Outro s
destroem o que a pess oa e difica, gastam o que ela acumula. Pág ina 140 d e
633

Dice Ifá Fala de enfermid ades no s o uvidos. A pesso a padece de o tite,


dores lo calizadas no lado esque rdo da cabeç a, leucemia e diabetes. I ndica
problemas de louc ura na famíli a. Fo i neste signo que as mulheres
aprender am a faz er lav agens em s eus ó rgãos sexuai s. Rela ta os sacri fícios
aos quais as mulheres são submeti das pel os homens. As pesso as deste
signo devem ter muito cuid ado co m o mar e com o s rios que repr esentam s
empre, para elas, um pe rigo co nstante. A qui fala um Egun que morreu
decapitado. Nasceu o costume de se usar sapatos. Assinala guerra e
derramamento de sangue en tre ir mão s. Aqui nasc eu Iyeye K arê, uma Oxun
que vi ve dentr o dos rios , no interior d as florestas, também conhecida co mo

Oxun Ijumí. Nasc eu a ce rimô nia do Akofá. A pesso a tr ata mal aos
Babal awos e, por isto, fi ca em os ogbo. Adv êm maus s entimentos, enfermi
dades na gar ganta e hemorragi a pela boca. As fo lhas deste signo s ão :
Marpacífico, at iponlá (Boervia difusa) e palmeira. Tem que alimentar Egun
of erecendo- lhe, dur ante tr ês dias c onse cutivos, bolinhos de farinha e uma
vela acesa, ao lado de uma li xe ira. Durante es tes três dias, não s e joga fo ra
o lixo de casa. Passa-se, no corpo, u m pato enfeitad o co m fitas de nove
co res diferentes e s olta-se , co m vida, próximo do mar. Prepara-se um
amuleto co m fo lhas de ogungun ( C olia co rdifo lia - Lin.), efun, um pedaço de
galho de figueira- brava, três pe nas de pavão e sete pimentas difere ntes. Não
se pode co mer agri ão . Ass inala guer ra entr e um Babalo rixá e um fe iticeiro. A
pesso a tem a pr oteção de Olokun. Ensin a que Xangô só aceit a suas
comidas se fo rem ofere cid as co m a mão esquerd a, já q ue as pesso as
usam a mão direita par a limpar em o ânus s emp re que defe cam. Página 141

de 633

Dice Ifá Prepar a-se um amas í com água de rio (colhida dentr o de uma
mata), água de chuva, duas f lores d água (ewe ollouro ), uma flor de oxibatá
(Nimphaea lotus). Sacrifi ca-se um g alo, dois po mbos e quatr o galinhas de
pesco ço pelad o, deixando o sangue co rrer den tr o do amasí. Neste amasí,
lava-se uma es trela de prat a que depo is é guardada dentr o d e uma ce stinha
co mo amuleto de proteção . EBÓ PARA RESOL VER PROBLEM AS CONJUGAIS
Passa- se uma gal inha ( co m as pernas amarr ada s) no co rpo da pesso a e
sacrifica-se à Oxun e a Orunmilá, deix ando o ejé co rrer em amb o s o s igbás.
Prepara-se um purê de inhame e feijão fradinho cozido com diversos vegeta
is como se f os se uma so pa e of erece- se à Oxun, chamand o por Kaladun Far í
pela união do casal. EBÓ jos as. oa. PARA EVITAR UMA AÇÃO JUDICIAL Dois
ekús, dois peixes parg o, dois pint os , dois cara mu kobo, pó de ekú e de peixe
defumad os , dendê, milh o torrado, aguard ente, mel e mo ed Os ekús são para
Elegbar a, o s peixes são um par a Ogun e o outro par a o Ori da pess Os
demai s ingr edient es são of erecid os a Elegb ara junt o co m o s e kús.

AMULET O PARA BOA SO RT E 21 grão s de ataré, 21 pimentas vermelhas,


tabaco picado , fo lh as de pimenteir a picadas e um leri egun . Pega-se um
pano bran co , fo rra-se c om f o lhas in teiras de piment eira, co loca-se todos os
ingr edientes dentro da leri egu n, embrulha- se co m o pano e guarda- se num
lugar seguro fo ra de cas a. 1

EBÓ EM ODI MEJI PARA IRÊ Pelo s de ratão do mato , pelo s de preá, pó de
ewe bayek u, penas de as a de peru, 7 ti pos de piment as, milho co zido, pó de
cuaba-pr eta (Ár vore s ilvestre da f amília da terebintáceas), três f rangos de
tamanhos dife rentes, pó de e kú, pó de ejá, epô pá e terra de casa. Depois de
feito o ebó, o ferece-se di verso s tipos de cereai s co zi dos aos Eguns. 1 -
Crânio huma no. Página 142 de 633

Dice Ifá

I I I II I II I I ODIGBE R EZA DE ODIGBE O digbe Oro na O gun. Odigbe O rona Orixá


ekuté lelé ouá o kí Iyá adifafun O ká Babá, eiyele marun elebó. Odigbe Oruna
Ogun, O digbe Oruna Orixá omó Ogun Iyá adi faf un Orunmilá l orubo . Este Odu é
filho de Odi com Ogbe. Por este caminho f alam Xa ngô e as se te Potências
Afr icanas. A pess oa é injusta, vi ve prat icando injustiças. Neste Odu nasc eu
Xamponan. N asceram os seres malévolos. Fala de mulheres violentas.
Nasce u o go sto pe las bebid as, pelo vinho pri ncipalmente. Fala de l uxos
exagerados. É o Odu da cegue ira. Odig be curou a c egueira com res edá (
Res eda o darata, Lin. Pl anta aromática da família das litr áceas ). Ass inala
sacri fícios pela famíli a o u pela so ciedad e que, no final, não s ão
reco nhecido s. Fala d e doe nças de pe le, princip almente de lepr a. Signo de
vigilância e de investig açõ es. Fala de ego ísmo e de discó rdia. Indica que a
pess oa pos sui inimi gos decidid os a d estruí -la a qual quer preço , e que não
descansarão enquant o não c onse guirem seu o bjetivo. A ssinala acusações
que resulta m em proces so s e julgament os . A pesso a aband ona s uas o b

rigaçõ es e deveres para desfrutar os prazeres da vida. Ho uve abandono de


um Santo ou de um guia espiri tual. A pesso a não deve mo lhar-se na chuva e
tem que ter muit o c uidado co m as vistas. Página 143 de 633

Dice Ifá É um Odu de r oubo, de malversação e deso nestidade na


admini stração de c oisas alheias. Ref e re-se a uma disputa ent re deli nqüentes
que se acus am mut uament e até que se destróem po r completo. A pesso a
desf ruta de alguma coisa que não ajudou a co nstrui r e à qual não tem direit o.
Assinala tr aição entre colegas de trabalho. O cliente tem vocaç ão para a
músi ca e, s e toc ar algum instr umento, obterá dele so ns que ninguém
co nse gue obter . A pes s oa usa se u intelecto para engendrar co isas ruins. É
invejad a po r seus própri os fami liares. Par a vence r na vid a terá que lutar
muito e ass im chegará a ser muito grand e. A pess oa se as sus ta com muita
facilidad e e co stuma ver asso mbrações . Deve ter cuid a do para não mo rrer

de um sus to. Indica que a mulher será mãe em breve. Odigbe é fi lho da s orte
co m o dinheiro. Não se po de matar ratos . Neste caminho Os ain traiu a
Yemanjá e a Orix ao ko. As fo lhas deste O du são : cerejeira, ar ruda e jaguey .
Aqui a pesso a t em que usar um i defá , co mposto de um númer o de fios
co rrespo ndente à quanti dade de fi lhos que pos sua, para que nenhum de
seus filhos s e desencaminhe. Tem que respeit a r os Orixás, não pode falar
mal deles nem de ninguém, po is isto po de atrair a mo rte. Odig be inventou o
tambor e a pr odução dos so ns musicais, d esde então passo u a ser o pe
rcussio nista de Xangô. 2 2 - Pulseira d e co ntas verd es e amarelas us adas no
culto de Orunmilá Pági na 144 de 633

Dice Ifá O primeir o tambor feito por Odigbe era de tr onco de palmeir a
revestid o de co uro de bode. Sempre que a pesso a quiser vencer uma
demanda tem q ue toc ar tambor para Xang ô. O dono deste signo não pode
ser o terceir o a usar alguma coisa, nem unir- se a uma mulher que já tenha
tido do is mari dos . Se nte fisgadas no s pés e entre as perna s. Tem que
esf riar Obat alá e salpicar a casa co m omieró . Em casa o co rrem ruídos que

pa rece m co m gritos humano s. Deve- se o ferec er uma comida a I beji numa


praça par a que se abram os cam inhos . A pess oa mantém r elaçõ es íntimas
co m alguém com prometido. É preciso mu ito c uidado para não s er pega em
flagrant e. PÓ DE ODI GBE Pó de tronc o de palmeir a e de enxo fre misturad os e
rezado s no opon. AMULET O DO ODU ( Só para Babalaw os) Pega- se o crânio
da cabra sacrifi cada no kuanado , introduz-se e m se u interi or, po r trás e bela
boca, vári os pedaços de favo s de mel, e nvolvend o depois num peda ço do
co uro da mes ma cabra. P endura- se na parede do quart o de Orunmilá. Se rve
para vencer todo s o s tipos de dificuldades. 3 T RABALHO PARA SEG URANÇA
DA CASA Acend e-se um carv ão e co loca-se, so bre ele, f olhas s ecas de
Osain. Deixa-se que se queime tud o e co loca-se as cinzas s obre o o pon, m
arca-se e reza-se Odiogbe, recolhe-se a cinza e s opra- se nos quatro cantos
da ca sa. 3 - C erimônia de graduação do s s acerdotes de Orunmilá. Página
145 de 633

Dice Ifá LAMPARINA DAS SETE POTÊNCIAS AFRICANAS Dentro de uma


panel a de bar ro, co loca-se: u ma gema d e o vo, az ougue, ó leo de linhaça,
óleo de so ja, vin ho-seco e água benta. D urante sete dias, acende-se uma
mecha e se pede às Sete Potências Afri canas: " Assim como o az ougue não
fica tranqüi lo, que fulano não enco ntre paz , enquanto não me co nceder ......
.......... " COMO CUIDAR DAS S ET E POT ÊNCIAS AFR ICANAS Pe ga-se s ete
pratos, co loca-se dent ro del es um pouco de mel e mar ca-se, em to dos e les,
so bre o mel, o signo rezado de O di gbe. Sacr ificam-se três pombo s e
corre- se o ejé em todo s o s prat os . Desta fo rma está -s e convidan do as Sete
Potências a permanecer em em casa, mo ntando guard a, cada uma c om sua
arma específi ca. No quarto de Orunmilá, colo cam-se se te quar tinhas co m
água fre sca e uma pedri nha de carvão vegetal dentr o. Espalha- se m ilho se co
por toda a c asa , varrendo-se depois , de dentro para fo ra, até a rua. Página
146 de 633

Dice Ifá II I II II II II II I ODIYEKÚ REZ A DE ODIYEKÚ Odiyekú Diyekú olodaf un

Babarar egun aun rukú olo yá umbó umpelesé ayareló. É fi lho de O di e Oyeku.
Este signo é pintado na Atena quando s e vai cultuar Egun. Fo i aqui q ue s e
fize ram as máscaras para o c ulto de Egun e de Olokun. Quando es te Od u
surge para um enferm o, não s e pode f azer nada, pois a salvação dele pode
significar a mo rte de quem fize r o trabalho para salvá-l o. O doen te se
recupera. A riqueza es tá a caminho, provavelmente por intermédi o de uma
atividade co mercial. Assinala o na s cimento de um me nino. A pesso a é filha
de Xangô e de Iyansã. Não deve z ombar de ni nguém, tam pouco dos
alcoólatras, para não se tornar alvo do mesmo tipo de zombaria. Na casa da
pesso a não existem regr as. Dev e c umprir sempr e c om as o brigaçõ es
religiosas e evit ar d esgas tar-se co m um babalaw o para não falar palavr as
das quais irá se arrepender mais tarde. Não deve maldize r nem dese jar mal a
ninguém. U m dinheir o desejado chegará às s uas mão s. Para ass egurar que
isto aco nteça, deve rogar à Obat alá, ofe recendo- lhe dois o bís, orí e efun, em

dois pr atos brancos no vos e pedir perdão pelos erros co metidos. T em que
vestir branco e ass entar seus Orixás. Tem que ter cuidad o c om uma doenç a
no p e ito. Uma pesso a doente em cas a só enco ntrará cura se submeter -se a
tratamento espir itual. Página 147 de 633

Dice Ifá To das as co isas estão desordenad as. É pr eciso faze r ebó e pagar
promes sas ainda não c ump ridas. Se fo r mulher, existe um home m que a
deseja, mas, pelo qual, não demonstra o meno r interesse . Não deve
aceitá- lo, po is aparecerá um outro que lhe s erá muit o m ais c o nveniente. A
fo lha deste Odu é a cana-brav a. T RABALHO PARA CONS EGUIR DI NHEIRO
Oferece-se a Obatalá dois pratos brancos cheios d e mel, deixa-se, por 16
dias diant e do igbá, co m duas velas perma nentement e aces as . Em os ogbo
ass inala q ue tem-se que mandar rezar missa para um Eg un co nhecido . E m
os ogbo arun, deve- se f azer sarai eiê co m um abano de palha .

EBÓS EM ODIYEKÚ 1 - Um carneir o, o unkó me tá, akuk ó metá, vários tipos de


cereai s co zidos, bog o mamú, ax é yara kó. Depois do ebó c orta-se o co uro

do c arneir o em tiras e pendura- se na entrad a da casa. 2 - Um gal o, dois


pombos , uma esc adinha, mel, dend ê, o tí, ef un, os un, atar é. Oferece- s e a
Elegbar a. Os pombos são so ltos depois de passados no co rpo. 3 - Um gal o,
um etú, teias de aranha reco lhidas dentro de c asa, terra de casa, abi tí, etc.
Página 148 de 633

Dice Ifá II I I II I II II I ODIORÍ

REZA DE ODI ORÍ Odiorí, Odi ofo yu no wá yení obá o yú lelé. I nle Alabani jó,
om ólo gú Yekú, o mó In ré o fujú ni ainá I yá Inle lo dafun. Ax e axirí lelé ojueró.
Obá aina o ná, Obá O dé lodafun Inle. n Osain. Este Odu determina q ue a
pess oa tenha que c ultuar Yemanjá e Orunmilá. É filho de Odi e Iwori. É o
caminho , atrav és do qual, Orunmi lá quis impo r a bondade no mundo .
Determin a que s e f aça o rô ao s ances trais co nsangüí neos e da famíli a

espirit ual. Nes te Odu o barco não tinha onde atr acar. É o signo do s
traficantes de drogas. Ass inala doenças na barr i ga e ao redor da cintur a.
Mos tra guer ras, fenô menos e transfo rmaçõe s s úbitas. A pesso a é e
ngana da pel o cô njuge, mas está cega par a isto. Tem o s o lhos ce rrados, c rê
em alguma co isa que é c ontrária à realid ade. Existe trai ção em s ua cas a e
entre seus amigo s. É irrequiet a como um rio, mas enc ontrará o que deseja.
Sua cabeça está co nfusa. E xistem pesso as v iv endo às s uas custa,
desfrut ando do que é se u e usufrui ndo o resul tado do s eu traba lho. Seu
cará ter m uda com o passar dos dias. Este é o signo do tabaco. Quando o
Awo enco ntra este O du, fuma um cigar ro e so pra a fumaça s obre Xangô. Em
cerimônia de at efá, akofá o u awof akan, quand o s urge este signo, to dos o s
presentes devem fumar um ciga rro. Fala d a flo r-d'água que tem ho ra para
abrir e ho ra para fec har. Página 149 de 633

Dice Ifá O caráter d a pess oa é c omo a f lor-d'água, variand o s empre, em


alguns mo mentos tudo nega e em o utros , tudo co ncede. E xiste um Egun que
interfere na so rte da pesso a e que a deix a doente. Neste Odu as árvores

nascem e s ão dizimada s por pra gas, só restando a s raí zes . A pesso a não
deve co lher folhas depo is das 18 horas, pois is to lhe trar á atr aso de vida. A
pessoa teve muitas e diferentes ocupações durante a vida. Assinala so
frimento das hemo rróidas. Fala da d isputa de um ter reno e m que dois irmãos
matar am o pai ou a mãe pela po ss e da ter ra. A pesso a padece de dores
lombares e artrites. Não deve tomar chuva para não adoe cer. Para
fo rtalecimento s exual, ind ica o us o de chá da raiz de mil ho branco , durant e
três me ses . Durante este período, a pess oa não deve i ngeri r bebidas
alcoó licas. Pági na 150 de 633

Dice Ifá I I I II II II II I ODIROS O REZA DE ODIROS O O di Iros un awo sé wewé


adifafun o logbo, adifafun o na odifé o kuté aiyaj ú koró adafé ajá, eiy ele. l ebó,
ewefá lebó. Result a do enco ntro de Odi com Ir os un. As pess oas deste Odu
não po dem ra spar a cab eça quan do faz em Santo. Teso ura e navalh a não

lhes vão à cabeça. A pesso a, depois de fe ita , abandona o Santo. Tem a


proteção de Xangô , fo i criad a por ele e deve cultuá- lo. É filha de Olokun.
Neste s igno é Oxun quem provoc a as quedas. A pess oa trabalha, lut a, e d
epo is que chega ao alto, é derrubada por Oxun. Par a evitar que isto aco nteça
tem que cuidar sempre de Oxun e de Orunmil á. Aqui se aprende que,
enquan to todo o corpo a dormece, o nariz co ntinua acordad o e tra balhand o.
Neste Odu nasceram o s hemisfé rio s c erebr ais. A p esso a se desequi libra a
partir da infância po r assistir certas co i sas que lhe traumati zam para
sempre. Os fi lhos des te Odu não po dem cuidar de louco s para não fi carem
abalados me ntalmente. Existe um Egun que o s ac ompanha durant e a no ite.
São auto-sufi cientes e ninguém é capaz de exercer p oder o u domíni o so bre
eles. D ev em o ferecer feijã o frad inho aos seus Orixás, sejam quai s fo rem e,
por este motiv o, não podem co mer este t ipo de fe ijão. São pes so as
altamente espiri tualizadas. Não enc ont ram segurança e ne m se prendem a
nada. Página 151 de 633

Dice Ifá Devem, s empre, deixar- se guiar p ela própria int uição pois têm um

Egun que lhes faz revel açõe s atrav és dos so nhos. As fil has deste Odu têm
que amarr ar seus maridos para não serem abando nadas po r eles. E ste Odu é
regi do pelo mar br avio, a pesso a so fre dos o uvido s . Têm que cult uar e
of erecer sacrifícios a uma palmeir a. Têm que asse ntar Os ain e tom ar borí
com um obí so mente. Devem banh ar-se com omieró que tenha levad o
sangue de um p ombo . Para os homens o ire é viver em companhi a de uma
filha de Oxun e cuidar de A zawani. Aqui nasce u a conf usão dos sexo s o nde
se ac redita que tudo o que brilha é o u ro. Os hom ens que não se e xcitam
com mulheres é po rque já se relaci onaram com ho mos sex uais que lhes
fizeram um feitiço. É preciso cuidado em não manter relações sexuais com
efe mina dos o u co m lésbicas par a não s erem pr ejud icad os por um ato de
traição. Neste camin ho faz-se ebó com qualquer coisa. A fo lha seca se
dobra. A pesso a, antes de mo rrer, terá as mão s retorcidas. É um signo de
imoralidades. A pessoa tem maus sentimentos. En quanto se dorme o

inimigo trabalha. Odu de calúnias, de trai çõ es e de trabalho exce ss i vo. Os


filhos , depois de c rescidos , atrapalham os pais. Di ss e Ifá: "As mães, m esmo
d epois de mortas, continuam a proteger os seus filhos." Odiroso não
co nhece u a própri a mãe. Assinala doenç as no s testículos . Página 152 de 633

Dice Ifá II I II II I II I I ODIWÓNRIN

REZA DE ODIWÓNRIN Odi Owónrin awo faxé Ikú. Ikú omó Sarebakú faxé Ikú.
Awo omó Ikú Aberer e ni . Aw o faxé Ik ú o mó Oyeku o bá ni Xangô. Aqui nasceu
o garrote. É resultado do enc ontro de O di co m Owónrin. Assinala pr oteção de
Xangô. A p ess oa é vaid os a e não c umpre o que promete. Perd e tudo na vid a
por faltar co m a verd ade. Pode ser pr oces sada por não s aldar seu s
compromisso s. So fre pr ejuízo s m o rais e materi ais por falar o que não deve
acerca de outr as pess oas . Assinala per d as o casionadas por menos prez o a
outrem. A pess oa es quece seus co mpromisso s co m E xú e com o s Orix ás, e
isto lhe tr az o so gbo o fo . Deve-se usar um colar d e búzios . A pes so a não é
co mpreendid a por ninguém, o que lhe causa muita tr isteza. Po ss ui carát er

ambíguo . Tem que ass entar Osain. Não deve faz er nada q ue não queira
faz er mesmo sendo obrig ada. Não deve dar garant ias nem aval a ninguém.
As mul heres deste sign o não têm sorte no casamento e, suas fi lhas, são
iguais a elas. Têm que faz er akof á. Por este caminho se o ferece um cacho
de bananas para Xangô. Página 153 de 633

Dice Ifá Xangô co me um galo junto co m Elegbara. Sacrifica-se dois galo s


para Egun. As pesso as deste s igno, para terem sucesso na vid a, não podem
depender de ninguém. Tê m que ter vida própria e lutar , de fo rma
independente, por suas próprias co nquistas. Não po dem reatar co m uma
mulher q ue, tendo vivido em s ua co mpanhia, separou-se po r vontade pr ópria.
Aborrecem-se muito e, quase s empre, se m motivo real. Sacrificam-se em fa
vor de seus inimigos. Gostam de tudo muito bem organizado e devem estar
sempre a tent os para não serem tr aídos por pesso as nas quais c onfiam

muito. Não cedem nada pela fo rça, mas, po r bem, abrem mão de tudo.
Independente do Orixá a que pertençam, devem co ntar se mpre com a ajuda
de Elegbara, Y emanjá e Obatalá, seus def ens ores n aturais. Ne ste signo
nasceu a inimizade entr e o tigre e o macaco. Em os ogbo arun ind ica enf
ermidade indefi nida, pr ovavelmente no peito o u na circulação sangüínea. A
pesso a trata b em a todo mundo, to davia, nem todos gostam dela por nã o
co nhecê la suficientemente be m. Disse Ifá: "É pelo c aminho de s ubida q ue se
desce." Cuidado com Filhas-de-Santo o u clientes do sexo feminino, pois,
uma delas, po derá se apaixonar por você . Página 154 de 633

Dice Ifá I I II II II II II I ODIBARÁ REZA DE ODIBARA Adifafun Ekuekuyeye Oxá


Odadra w aye adafun adié orubó . Adié ekani o dara. Aqui nasce ram os
contratos matrimoniais e as cerimônias que os revestem. Resulta d o
enco ntro de O di co m Obara. É um signo de superação . Aqui, o pato , que era o
animal p r efe rido pelos Orixás, fo i substituí do pe lo galo e pela galinha. Aqui
nasce u o xeré . Aqui nasceu a rival idade e ntre O batalá e Ik ú, a luta da vid a
contra a morte. Enquant o o mundo existi r os assass inos serão perseguid os

por suas própria s c onsc iência s. A pe sso a deve assentar Or ixá Okô e,
enquanto não puder, tem que ter , em sua c asa, uma telh a pint ada de
vermelho e branco. Deve ter cuidado par anão expor ao S ol, as partes de se u
co rpo o nde a pele fo r mais se nsível. As mulheres deste Odu têm que ter
atenção es pecial com o s s eus s eios. O ewe yeye, substit ui qualquer outr a
fo lha na pr eparação d o o mi eró deste signo . Tem o po der de limpar e de
afas tar qualquer co isa ruim. Qua ndo o filho de Obatalá estava sendo
perseguido po r Ikú, o Orixá, par a protegê-l o, esc ond eu-o e ntre as fo lhas
yeye, s alvando-o ass im, da morte que o ame açava 4 4 - Instrumento
ritualístico c onsagrado ao Orixá Xangô. Espécie de cho calho de me tal ou de
cabaça, cheio de sementes s agradas e co m cabo longo . Seu ru ído, segundo
se preten d e, repr oduz o so m do trovão. Segundo uma lenda d e Ifá, as
seme ntes vermelhas e ne gr as da ewe yeye (peonia) ( planta l eguminos a
natural das Antil has - Spo ndias cirun uella, Tus sac), travar am um c om bate

entre si. I ncomo dado com o barulho que faz ia m, Xangô apri siono u-as numa
cabaça, tendo as sim fabricado o primeiro xeré. Pági na 155 de 633

Dice Ifá Da mesma f orma, a pes so a ameaçada haverá de encontrar sempre


uma erva, uma madeira, ou alguém para protegê-la d e inimigos que , po r
inveja, ou mo tivados pela vingança, pre tendam destruí -la. O Awo des te Odu
tem qu e ter um pé de ewe yeyé pl anta do na frente de sua casa, s eja no s olo
ou num vas o, para d efe ndê-lo de qualq uer malefício. Tem que ter um co lar de
se mentes des ta planta dentr o de se u Ifá. E ste s igno f ala de um jar d im
flo rido. Conta que um Aw o tinha tr ês irmãos que, fingindo serem s eus
amigos , só qu eriam co nquistar sua mulher . A pess oa tem que cuidar muito
bem de s ua mulher , po is só ela po de derrotá- la. T RABALHO PARA
REFRES CAR A CABEÇA E AT IVAR A MEMÓRIA Deixa-se, dentro de um recipie nt
e co m água, um pouco de ewe kek eriongô ( jaboncill o Go uania polygama -
Jacq. Ur b.), reco lhendo pe la manhã, logo que clareie o dia. Com a água,
lava-se a c abeç a para refres cá-la. PARA RES OLVER UM PRO BLEMA DIFÍCIL
To mar banhos co m ewe ekisan (verd olaga), ewe ber e (Rivea co rymbosa - (L )

Hall.), fo lhas de bucha vegetal, um pedacinho de o ri-da -co sta, algumas go tas
de azeite de amêndo as e uma gema de o vo de galinha, tud o bem misturado
em água de po ço . Este Odu ensina que O xun é natural da terra Ijexá e a
pess oa para quem saia é s ua filha. Tem que faz er Oxun e cultuá- la para ter
so rte e progres so na vida. A pesso a nasce u para se r escrava, é melhor ,
portanto, que s eja esc rava de se u Orixá. É um tanto quanto co varde, deve
casar-se para que se sinta mais s egur a. Pági na 156 de 633

Dice Ifá II I II II II II I I ODIKANRAN REZ A DE ODIKANRAN O dikanran kamay é bi


Awo Menorá, Awo Iyabí Madawá, Awo Abiti Laiye, omó M aiyagba, omó Inle.
Ibaí Babá I fá o mó Mosagbá Agbeiye. Nifá o dara. Neste signo nasce ram o
vinho seco , a cervej a e a aguar dente. Result a do enco ntro de Odi com
Okanran. É o Odu do orombeye (manga) ( Árvore da f amília das terebintaceas
, o riginária das Índ ias), of erecem-se m angas para Y emanjá e O xun. Neste Odu

quem traba l ha é O gun. O Aw o tem que ter sempre um o bí em seu Ifá. Se us


irmão s de Ifá co nsideram- no s ujo e tentam prejud icá-lo. É alvo de muita
calúnia. Esteve empenhado numa luta com um babalorixá q ue lhe fe z um
trabalho que não surtiu efeito. Deve lembrar- se sem pre de Orunmilá e
agradece r-lhe pelas gr aças e a proteç ão que lhe tem dispensado . T rês
mulheres d isputam a sua atenç ão. Antes de atender a qualquer chamada na
porta de casa, deve ve rifi car quem é, para não s er pego de s urpresa numa
situação desagradável. Não deve aceitar d e volta uma mulher que o
abandono u. Um parente adq uiriu doença c ontagios a que o le vará à morte.
Essa pes so a deve ser assistida enquanto viv er, e se u enterr o deverá ser
providenciado co m o maio r carinho. I sto garantir á a boa so rte da pesso a
para toda a vida. Em ire ajê representa entrada de dinheiro grande. Tem que
faz er ebó . Em o so g bo ija indica uma guerr a que se aproxima. Página 157 d e
633

Dice Ifá

Existem três pes so as iniciadas que dese jam o mal de uma quart a. Olofi n,
que tud o vê, está z angad o com elas. A s três vão ser aband onadas pela so rte
e suas vidas fi carão, par a sempre, influenciadas pelo s mais diver so s
os ogbo s. Assinal a destr uição do organi sm o , quer seja po r doença incuráv el,
quer seja por acid ente imposto c omo castig o dos O rixás. Pode também ser
influência de um Egun enviado po r alguém para induzir a pesso a à prát i ca do
suicídi o. Neste O du Orixá Okô amaldi ço ou os ararás . Por este mo tivo,
sempre que na s ce um ararará, tem que se r levado ao Igbodun , para livrar-se
da maldi ção . Indica enf e rmidades relacionadas à circulação sangüínea
(veias e artérias), ao coração e aos brônquios. defender-se destes males
co loc a-se, em Ifá, uma guitar ra de brinquedo que tenha c o rdas. O Awo deste
signo não pode morar em apartamentos ou sobrados, tem que resid ir em
casa baixa, que tenha quint al de ter ra. Tem que o ferec er um galo ao seu o bé
de matança e é um afil hado s eu quem deve s acrificar a ave. Se o O du fo r

mantid o e m i re, o Awo vive muitos ano s e f az Ifá em muitos afil hados até a
idade avançada. 6 5 5 - Termo usado em Cuba para designar os
descendentes e seguid ores do culto pert encent e ao s ewe- fo n, co nhecid os
no B rasil como jêjes. 6 - Quarto reservado ao Orixá ou ainda, flo resta sagrada
reservada ao culto dos Orixás. Quer nos parecer que, a segunda versão, no
caso , faça mais s entido. Pág ina 158 de 633

Dice Ifá EBÓ DE ODIK ANRAN EM IRÊ Um ak ukó, e pô, três ekús, um eiyelé,
duas penas de peru, contas de vári as co res, sete ramos de árv ores s agradas
(apura-se quais são através do jo go), o ri-da-co sta, ef un, peixe se co , ewe
okikan ( carqueja) , e we amatí , mo edas e m quantid ade, bredo, akefá me tá.
Entrega -se no alto de uma escadaria bem comprida. EBÓ DE ODIKANRAN EM
OS OGB O Um galo, uma pe dra, terr a reco lhida de sete diferentes lugares
(encruzilhada, me rcado, praça públi ca, praia, estrada d e mo vimento, cas a e
cemitério), ovo s, velas, pó de ekú e de ejá, epô e milho. Sacrifi ca-se o galo
para Elegbar a as quatr o ho ras da manhã, j unto co m o e mbrulho do ebó ,
depois de f eito sarayeye co m os ingredientes. Pági na 159 de 633

Dice Ifá I I I II I II II I ODIGUNDÁ

REZA DE ODIGUNDÁ Odi gundá pinamú ibú omu adifafun Akuê axé akukó lebé
yamagar a adifafun Alak ú idá, otí, owo mes an elebó . Nes te Odu nasceu o
tambor il ú, mens ageiro dos reis. E ste signo é filho de O di com Og undá. Di z
que, enquanto ho uver bruxaria, a pess oa não e rguerá a cabeça. Assinala
desente ndi mento entre os filhos. As pesso as deste s igno envolvem- se em
conf usõ es que, qua se s empre, resultam em der ramamento de sangue. É um
signo rela cionado co m a Lua e, po r isso , proíb e que seus filhos o lhem par a o
bril ho da Lua. Signo de instabil ida de. Por este c aminho surgiram as
intervençõ es c irúrgicas. Aqui as mulheres têm o s ó rgãos int ernos
extirpados. É o s igno do agricultor. Foi atr avés dele que Ogun co nstrui u e e ns
inou aos ho mens o uso do arado de ferr o. O axé d a pesso a está em sua

boc a. É orador, m es tre o u dentista. Tem que c uidar bem da boc a e só deve
falar cois as bo as. Odu de divi são . Aqui quebr ou-se a so peira d e Orunmilá. A
pess oa tem problemas es pirituais, é pe rseguida p or um espírit o trevos o que
pretende, incorp orando- se, lançá- la ao s olo e a té me smo provo car sua
morte. É necess ário que se trat e deste f enôme no. Assinal a que a pe sso a
fez Ifá se m a permi ssão de seu Olo rí. Acusa problemas do fígad o, pressão
alta, hemo rr agias nas ais e cirurgias. Página 160 de 633

Dice Ifá A pessoa tem dificuldades no relacionamento com os filhos e


perde a autorid ade s o bre eles. É submetida a abandono mo ral ou material
por parte do c ônjuge. Te m que s u bmeter- se a tratamento espirit ual, limpar a
casa c om f olhas lit úrgicas e to mar ban ho s lustrai s. Tem que ass entar Ogun,
Oxós si, Elegbar a e Orunmil á. Se trouxer os ogbo Ikú, arun ou of o, signifi ca
que a pess oa tem po uco tempo de vida. Ikú anda a seu red or e sua se pultura
já está aber ta. Quando s urge este signo, a pes so a que estiver jog ando bate
no próprio co rpo e so pra em direção à porta d a rua. Fo i por este caminho
que O batal á, depois de c orrer o mundo para ver ificar os s entimentos do s

Babalaw os , vo lt ou muito tri ste co m o que viu. A pesso a deve cuidar -se para
não s er obri gada a co m partilhar sua casa co m o s o utros . Ogun, por este
caminh o, anuvi a a visão dos feiti cei ros co m a fumaça produzida p elo
defumado r de pó de lerí ad ié, saco -saco e ince nso de Java. Aqui, Eguns sem
luz, matam as mulher es promíscuas que s e relaci onam s exual me nte co m
diferentes homens. É através deste Odu que os Babalawos punem àqueles
que não cu mpr em seus co mpromisso s co m Ifá. P ara isto, faz-se ebó c om
um gal o, otí e objetos de u so da pess oa que está em falta. O ebó e o galo
são despachados na po rta da pesso a e se us o bjetos são e ntregues a Ogun.
Neste c aminho, quand o se deseja alg uma co isa, sac rifica-se um pombo a
Ilê e pedes e o des ejado. T RABALHO PARA A SAÚDE E A SOR T E Um pombo
branco, duas panelas de barro grand es, um a toalha br anca e doz e diferen tes
folhas (álamo (Ficus religiosa - Lin.), irosun (Baphia nitida - Lin.), ewe kar odo
(erva de São Domingos - Comelina elegans. H.P.K.), ewe odundun

(Kalanchoe), ewe tabaté (rompe-saraguey) Página 161 de 633

Dice Ifá (Eupato rium odo ratum - Lin.), ewe ibajó (Melia aze derath. Lin.), ewe
nijé (Par tenium hystero fo rus, Lin. ), ewe xaworô (Cardiospermum), ewe dubué
(malva), ewe agbê (Echinops lo ngifolius), ewe o ro (algodão) (Gos sipium
arborum, Li n) e ewe kikan (árv ore da família das terebintáceas, muito s emel
hante à ameixei ra). Prepara-se 12 omierós , se ndo um de cada fo lha. To dos
os dias toma-se banh o c om o o mieró de uma fo lha diferent e e, depois de
cada ban ho, enxug a-se o co rpo co m a toal ha pondoa e m seguida , para
secar sem ser lava da. Reco lhe-se as f olhas que s obrar em de cada banh o e
vai-se juntando numa das pane las misturand o tudo. No décimo seg undo dia
faz-se sarayeye com o pombo, sacri fica-se s obre as fo lhas que sobrar am, já
mistur adas, e des pacha-se no loc al deter minado pelo jogo . Página 162 d e 633

Dice Ifá II I I II II II II I ODIKÁ REZA DE ODIKÁ Odiká Okoloiu Opuá adifafun


Orixaye tinxeme Aiyal orun. Obá nifá tinxemo Olo f in O bá Orixay e adifaf un
Egun Oiyba Orun. M aferef un Xangô Orixaye, Obaye. Adifafun O d uduwa. Este

Odu ensinou o cos tume d e apresentar os iyaw os aos atabaques e a razão


pele qu al devem ves tir-se de branco. É resultado da interação de Odi e Iká.
Signo de disfarces . A pess oa entra na sepultur a e to rna a sair . Por este
caminho os Orixás pedem c omi da. Tem-se que dar duas gali nhas a
Orunmil á. É preciso ter muito cuidado para não s of r er aci dentes co m
eletri cidade. Tem que faz er orô para Yemanjá. Este Odu é muito des tru tivo e
não po ssui cabeça. Quand o este Odu surge num it á, o Awo não deve
marcá-lo, devendo substituí-lo, no opon, por Ogbetua ou Ejiogbe. Quando
surge num atefá, é s ubstituí do po r que, na verdad e, s ignifica um
aprisio namento . Foi este Odu - ao dar borí, pr imeiro e m Ejiogbe e em O gbetuá
e depois, em Ogunda fun e em Osalogbe - q uem ensinou aos h omens o s
segred os desta ceri mônia, ass im como sua import ância e necess idade. A s
pess o as deste Odu tomam borí com água do mar e peix e seco . Depois, co m
as barbat anas se c as do pe ixe do bo rí, faz -se um amuleto para segurança. 7

- Ogbe tua : * * * * * * * * * - Ejiogb e: * * * * * * * * Págin a 163 de 633

Dice Ifá É um signo de imoralid ades. Seus filhos têm que faz er ebó
co nstantemente para livr ar-s e de s ua permanente inf luência negativa.
Determi na que os mo rcegos , não impo rtando o nde viv am, têm que dormir de
cabeça para bai xo. Quando o Awo e nco ntra este Odu para si mesmo tem
que pegar um bastão de madeira e, às s eis da tard e, levá-lo à beira do mar e,
atirando-o às águas, s uplicar a proteção e a ajuda de Olo kun. Um dia Odik á
banhava- se n o mar quand o viu surg ir uma cabeça das águas. No me smo
instante ouviu uma voz que di zia: "E u so u Oduduw a e meu caminho está
represe ntado nesta o utra cabeça!" Neste mo me nto s urgiu das águas outra
cabeça, que era Odu. É por este motivo que Odiká é o único que te m o po der
de ver as cabeças de Oduduwa e d e Odu. Quando s urge este Odu numa fe itur
a de Ifá, a pes so a tem que assentar Oduduw a antes mes mo de s air do
Igbodun de Ifá. A ssinala atos premedit ados . A pess oa não tem pudor ,
pratica atos criminos os e é perse guida por sua própri a co nsciênc ia.
Assinala perd a da raz ão, o que po de levar à indigência. Di ss e Ifá: "O coe lho é

o rei das co vas, po r isto deve s er respe itado po r todo s, até m es mo po r Ikú."
Página 164 de 633

Dice Ifá II I I II I II I I ODISÁ

REZA DE ODISÁ Odisá, Odi Mayere Mániania le yeré Iyalode mama wa ameiyá,
wá yer é o mó Oxunguer yá i edé babinú Omó O xunguere fun mi xer é. Este é o
Odu das falsidades e do s engano s. É filho de O di e de Osá. A p ess oa é viti ma
de feitiçari as e da ambição desmedida de outrem. Um homem apaixonado
faz trabalhos para amarr ar a mulher amad a, faz endo c om que ela, mesmo
co ntra a vontade, viva em sua co mpanhia. Um home m perdeu a mulher que
queria e pas so u a viver com uma o utra q ue é sua prima, enteada o u afilhada.
Para liv rar-se do problema, f ez um trabal ho p ara que es ta mulher
enco ntrasse o utro e que, mesmo sem amo r, fo sse morar co m ele . U ma

mulher vive co m um home m de quem não go sta, vi sando apenas o seu


dinheir o ou posição so cial. Para so lucionar gra ndes problemas, o ferece-se
carneir o c apado à Yeman j á. Este é o signo do enfo rcado. A ss inala
impotência sexual no homem. Deve- se to mar ba nho de água co m pó de efun
e limpar a casa c om beldr oega e ewe agbe (echino ps longif o lius). As
pess oas des te Odu têm que ace nder lampar inas para Y emanjá, para que ela p
ossa solucionar seus problemas. Cuida-se dos espíritos de parentes
mo rtos. Assinal a maldi ção lançada pela pr ópria mãe, po r um mal- feito
qualquer. Tem que as sentar Olokun. E ste é o Odu do espirit ismo . Proíbe que
se f aça favo res a quem quer que seja. Pág ina 165 d e 633

Dice Ifá As mulheres s ão o caminho da s epultur a. A pess oa tem que tomar ,


sempre, banho s de mar. É protegida p or Yemanjá e po r Olokun. Não se po de
co mer manga, qui abo e f eijão de c asc a vermelha. A sorte está no local de
trabalho. A pesso a gos ta de roubar, é teimo s a e persistente. Este Odu exige
que seus filhos respeitem e reverenciem todo s o s filho s de Yemanjá. A
pesso a vive brigando co m o cô njuge e, se ainda está em sua co mpa nhi a, é

por caus a dos filhos . Tem que as se ntar Elegbar a e O runmilá. Deve evit ar calu
niar ou roubar , para não ter que sair fugido de alguém, ou ver-se impedid o de
freqüent ar algum lugar . Deve o ferec er, à Yemanjá, uma galinha co m f arinha
de milho be m fina. O bem c hega pelo mar. Odisá não tem dir eito de receber
Olofin. O awo deste O du não pr ocria em I fá. Não po de faz er afilhados e, se
os faz, Orunmilá não o s reconhece c omo inic iad os , a ini ciação é uma farsa.
As pesso as deste Odu são f arsant es e gostam de usar os o utros para
atingirem se us o bjetivos . Aqui nasceu a megalo mania. A pesso a tem man ia
de grandeza, quer ser a maior em tudo, suas coisas têm que ser maiores e
melhor es que a dos outros, mas tudo isto é f ruto de se u desequi líbrio
mental. Está a um p ass o da loucura e não s abe reco nhece r qualidades no s
outros . São exibicio nistas e falam demais, não exitand o e m mentir para
exaltar seus po deres. Têm que retr atar-se para não termi narem so zinho s e
abandonado s na velhice. Página 166 d e 633

Dice Ifá EBÓS DE ODISÁ 1 - Um galo, água do mar, f lor-d'água, ewe eran
(Cleusine índica, L. Gaartah. ) , vários tipos de c ereais, batata (Edul ys, Choisi.)
e diversos panos. 2 - Dois galos, água do mar, fo lhas, mel, contas, panos ,
dois po mbos, água de lag oa, um tamb orzinho, terra de cas a, ewe o dundun,
ewe ewe ( Mirabilis jalapa, Lin.), ewe imo (imo de Oxun), romerillo (espécie de
planta silvestre, excelente para pasto e para uso medicinal) e mo edas. 3 - U m
galo, uma galinha, um pombo , quatr o pintos , uma gaiola, penas de gavião e
m oedas. Sacrificam-se os bichos para Elegbara, colocam-se as penas e
tudo o mais na gaiola e des pacha-se no lugar determi nado pelo jogo . 4 -
PARA AGRADA R O GUN Um galo , um alguidar , s ete o vos de galinha caipir a,
um obí, d endê. Escrev er nos o vos as co isas e os no mes das pesso as que
estão atrapalhando. C o lo cam-se o s o vos dentro do alguidar, sac rifica-se o
galo no igbá de Ogun, coloc a-s e no alguidar sobre os o vos e despachase
numa linha férrea, so bre os trilhos, para que o trem destrua tud o. Página 167
de 633

Dice Ifá II I II II I II II I ODIT URUP ON

REZA DE ODIT URUPON O dibatrupon Yabolé apu eté axikale xeyé, axikale kil é
fo loni o wó kilé o tó. A união familiar é ass egurada por este s igno. É o
resul tado do enco ntro de Odi com Otu rukpon. Tudo o que é fe ito aqui, é
fiscalizado por alguém no o utro mundo. Se este Odu trouxer os ogbo arun, o
doe nte só ficará bom por um milagre. E m ire indi ca muita aleg ria, uma
verdadeira fo rtuna será enco ntrada. Em os ogbo ejó, a pesso a é muito
faladeira e deseja co nquistar todas as mulheres. Deve tomar cuidado para
não s ofrer agr ess ões f ísicas e bruxar ias. Aqui nasc eu o tambo r de Yemanjá.
A pesso a é ó rfã e f oi criada por um a fi lha de Yemanjá. Tem que respeitar
muito o padrinho, a madri nha e principal ment e a mulher que o criou. Quando
este Odu surge par a um enfermo, o Awo não po de faze r nada por ele, pois
pode o co rrer uma tr oca - o doe nte se recupe ra e o Awo vai e m se u lugar.

Neste Odu as úlceras são perfurad as dentr o do co rpo. A pesso a tem seus
pensame ntos do minados pe la mald ade. Or unmilá av isa que um grand e
perigo ameaça s ua v ida . Tem que faz er xirê em ho menagem a Xangô, co m
fartur a de com idas. Em os ogbo avis a que o Aw o não deve assum ir
compromisso s, po is oco rrerão sensíveis mud anças. A ssinala d ores no
abdome e no co rpo, pri ncipalmente dur ante a noite. Exige união de todo s e
determi na que, se alguém se s eparar, não deve se r pranteado cas o venha a
mo rrer. Página 168 de 633

Dice Ifá Não se deve cri ar filhos dos outros po rque, depois que crescerem,
não reco nhecerão o b em que lhes f oi f eito. Assinala i nfluência d e Eguns
obse sso res pr ovo cando doenças na s pernas e na barr iga. A pesso a tem
que cultuar Y emanjá, banhar- se nas águas do mar e dar- lhe presentes para
que o ma l se afas te. Para ter prosperidad e na vida, tem que of erecer um galo
a Xangô. Neste camin ho Orunmilá recomendou ao homem que fi zes s e ebó
com folhas da guiné, mas sua recomendação não foi atendida. A mulher,
mais di ligente , fez o ebó. É por ist o que os homens são atraídos e desejam

tanto as mulheres. A pess oa tem que tomar banho c om amas í de erva


cimarrona (Mouriri acuta, Gris., cundiamor (planta trepadeira da família das
corcubit áceas, de f lores semelhantes aos jasmi ns) e co lônia. Depois, co m o
mesmo banho, lava -se a casa. Se fo r viajar, a pess oa deve f azer ebó antes,
para que retorn e em paz. Pega- se dois co côs , pint a-se um de azul e o outro
de branco. Deix am-se os coc ôs em casa durante sete dias, co m uma vela
ace s a, pedin do-se, todos os dias, aquil o que se des eja obter . No s étimo dia
entrega- s e a Yemanjá e a O lokun, nas águas do mar. Página 169 de 633

Dice Ifá I I II II I II I I ODIT URÁ REZ A DE ODIT URÁ Odi Atako fe nió , Idi atá kole
eiyn aparo o un tufujé loiun s i adifaf un Oba laxé lebó . Adifafun Orunmilá.
Lodafun Obatalá. Orunmil á lorugbó, e iyele lebó. Este é um Odu de vícios e
aberrações sexuais. Aqui os homens praticam sexo com cabras e galinhas e,
as mulheres, co m cães e macac os . É filho de O di e Otur a. Aqui nasceu a q

ueda d e todas as co isas, em todos o s aspectos . As coisas desmo ronam.


Indica que a pess oa troco u a so peira d e Orunmilá, mas que ele quer voltar à
sua antiga casa. Co nta que Orunmi lá fico u cego se ndo, a partir de então,
guiado por sua mulher . Neste O du o animal se mpre enco ntra seu alimento . É
caminho de Logunedé, fil ho de O xun e de Odé. Vive seis mes es nas águas e
seis me ses nas matas. Orunmi lá iniciou-o em Ifá. Fal a d e pesso as
efe minadas que quer em se r iniciadas em I fá, en vergonhando s eus padrinhos
. O okpele deste signo é fe ito de iguí ayirê ( ses o vegetal) e é lavado co m
omieró de prod igiosa, maravilha, cundiamor e bejuco (cipó cujos talos
comprid os e flexív eis se est endem pelo so lo o u agar ram-se e m o utros
vegetais). Come galo e etú no igbá de Xangô. O iyer os un é feito c om
sementes de s ese vegetal, cabeça de ejá- oro, pó de inhame, broto de fo lha
de mari wo, o bí seco ralado, e rú (bejerekun) , o rogbo , Os un e pó de gameleira
b ranca ( Baphia nit ida). Aqui nasceu o desco ntrole s exual e a pr ofanação do
sagrado re speito fi lial. Pais faz em se xo co m as filhas, fi lhos c om as mães e
irmãos c om irmãs. Página 170 d e 633

Dice Ifá As mulheres gostam de admirar os próprios seios refletidos no


espelho e s e excit am com isso . Vivem enamoradas do pr óprio co rpo e só
são felizes s e tiverem pel o menos três ho mens. A ssinala d ores no peito e
nas co stas o casionadas por probl emas cardí acos . Em casa todo mund o dá
ordens e quer mandar ao mes mo tempo. Se a mulher estiver gr áv ida t em que
faz er ebó para q ue não venha a morr er durante o part o. A pesso a é, o u dese
ja ser, chefe de alguma coisa. Tem que dar um presente a Obatalá para
melho rar sua so rte. É preciso c uidado para que as co isas mantidas em
segredo não sejam desc obe rt as. Deve- se ter uma franga v ermelha so lta no
quintal de casa. Não s e deve dar abr i go a es tranho s para que a casa não se
arruine. A p ess oa tem que es tar sempre atent a par a não ser presa. Tem que
faze r Sant o e usar sempr e seus fios de contas. Obat a lá escolhe a pess oa
para preparar suas c omidas. Tem que, diariamente, dar graças a O batalá.
Não deve batizar ninguém, pois a inveja cri ará um gr ande abo rrecimento

entre os c om padres. A pesso a sente-se mais atraí da pelo espirit ismo do que
pelo c ulto ao s O rixás. Neste Odu o c abrito queria ser general e o galo queria
ser rei e, por isso, fo ram transfo rmados em esbo ce. EBÓ DE ODIT URÁ Um
galo, um os so de boi, um pombo, uma co dorna, um t rapo para secar o suo r
do co rpo e um pedaço de carne bovina. Passa-se tud o no corpo, sacri fica-se
o galo e a co dorna, e so lta-se o pombo co m vida. Em seguida l impa-se o
corpo co m o trapo, c olo ca-se tudo dentro de um alguid ar, o pano po r cima , e
despacha-se nu m lugar on de algum bicho po ss a co mer o ebó . Página 17 1
de 633

Dice Ifá I I I II II II I I ODIRET Ê REZA DE O DIRET E Odirete Awari Odi Olo wó


axukpa odo loro o diguim odaf un Orunmil á orubó. Por este cam inho Orunmilá
come no alto e a pesso a que lhe der comida deve, no dia que o fi zer, co mer
sentad a num banco suficient emente alt o para que seus pés não toqu em no
solo enquanto se alimenta. Resulta do encontro de Odi com Irete. Neste cam
inho, o touro, por faze r favores ao cão , tornou- se es cravo para sempr e.
Assinala f o me e troc a de cabeça. Acusa a existência de fe itiço para amar rar

a pess oa . O Awo tem que t er cuidad o na adivinhação. Não po de falar t udo o


que vê para não criar problemas, no s quais, es tará envo lvido. Quando fizer
ebó po r este caminh o para uma pesso a iniciad a , o Awo tem qu e faz er ant es
para si própri o, para não adquiri r negati vidades. Determ ina que o ho mem não
pode viver na co mpanhia de uma mul her que t enha problemas no s ó r gãos
sexuais para que sua po tência não s eja afetada. A mulher poss ui um sinal
nos órgãos s exuai s o u numa da s nádegas, que costuma admi rar com o
auxílio de um es pelho. Tem doi s ho mens o u relaciona- se c om um homem
que tem duas mulher es. Neste Odu faz -se tr abalhos de amarração co m
pelos pubianos o u das axil as. Orunmil á fica em c ima de um cat r e e c om e em
cima de uma mesa. Oxun aco mpanha a pess oa garant indo-l he bo a so rte. A
amant e do homem, que é casada e vive com o marido, terá um filho seu, e
tudo será d esco berto. O homem é alvo de z ombaria. Deve receber Orunmilá,
pois s ó a ss im será respeit ad o. Página 172 d e 633

Dice Ifá Te m que ter cuid ado co m ferramentas de tr abalho que po derão
ocas ionar -lhe ferim ent os graves. Par a que isto não aconteça, f az-se ebó
co m as fe rramentas. Deve pr estar mui ta atenção ao s ubir ou desce r
escadas. Um t ombo de uma escada poderá ocasio nar sua mor t e. Seus
fios-de-co ntas devem c hegar ao umbigo. Tem que cultuar I beji. Corre o r isco
de ass umir paterni dade de um fi lho de o utro hom em. Tem f ama de ladrão.
Se fo r mulher, tem que f aze r ebó para poder ter fi lhos . Tem que s acrificar um
galo para Exú e tomar borí sentada num b anco alto, o ferec endo e tú meji à
cabeça. Se a pesso a so freu uma amar ração, reti ra-se um po uco de sebo do
eixo de uma carr oç a, ferve- se misturado c om azeite de dendê, co loca-se
dentro de uma cabaça e o ferece -se à Ex ú para que a amar raçäo s e des faça.
T RABALHO PARA DESM ANCHAR FEIT IÇO T rês s ementes de ataré, terr a de
dois mo rros diferent es, casa de marimb ondo, sete pedr as de sal grosso ,
gergeli m (planta herbácea da fa mília das ses âneas) EBÓ Um galo, duas
galinhas, uma cabacinha, feijão fradinho torrado, fumo de rolo des fiado,
uma esc adinha em mi niatura e dois lenço s. Passa-se tudo na pess oa diante

de Elegbar a, sac rifica-se so bre o igbá e despacha-se no loc al deter minado


pelo jo go. A esc adinha per manece em Elegbara. EBÓ EM ODIRET E Um galo,
um cabrit o, sebo de roda de carr oça, c orrente de prender cac ho rro (usada),
co rda de amarrar boi (usada), pelos de bo i, pó de e já e de ekú, epo -pupá, o tí e
mel. Tudo é oferecido para Elegbara. Página 173 d e 633

Dice Ifá I I II II I II II I ODIXE REZ A DE ODIXE Odixe, Idi Xe o un baba lawo bombô
xeketé, xeketé bo mbô. Este O du é filho de Odi co m Oxe. Assinala infi delidade
po r parte da mulher . Se a m ulher es tiver gráv ida tem que faz er ebó para a
criança nasça co m saúde e não morra p recoceme nte. Tem que o ferecer
co mida à ter ra. Neste O du a galinha punha ovos acredit ando q ue ganhari a
pintinhos, sem s aber q ue o s insetos os co miam p or baix o. Assinal a ro ubo
contínuo, ás es co ndidas. A pessoa deve viv er só, po is seus irmãos podem
destruí -la. Mo stra que a pess oa não admite se r do Orixá que é na verdad e,

preferind o pertencer a um outr o que cult ua como se f os se s eu. Sua vi da não


progri de, tem que pedir perd ão ao s e u Orixá e passar a cultuá- lo. Tem que
dar comida aos Orixás e aos Eguns. Assinala enf ermidades estomacais e
renais, problemas endó crinos que impedem a geração de fil ho s. A ss inala
entup iment o das veias, trombose. S e f or ho mem, pair am dúvi das so bre s ua
mo ral. A pess oa vive envolvida em guerr as e bruxarias. O mal es tá na casa
da pessoa. Neste Odu os ho mens cho ram. Aqui o galo chorou pelo que lhe
fizeram seus inimig os e Orunmi lá, condo ído co m seu so frimento, ajudou- o.
Neste Odu, a galinh a, despreza ndo o galo, preferiu casar -se co m o faisão.
Este Odu destrói a pess oa que, para pode r vencer , tem que transfo rmar-se
num rei. Página 174 de 633

Dice Ifá A pess oa deste Odu, antes de sair de casa, tem que lançar água na
rua para espantar um Egun q ue a persegue . O Awo des te signo s ó po de ter
uma mul her e tem q ue faz er s exo co m ela t odo s o s dias. Tem que
reverenciar os quatr o O dus pri ncipais de I fá . A pess oa s ofre perseguição de
Ikú. Tem que faz er um eruk eré . Neste Odu a gali nha d ango la roubo u os

filhotes da galinha caipir a. Neste Odu a mulher pare um fi lho e c ri a o utro. A


pesso a muda d e casa três vezes e não po de morar no alto. Sente d ores na s
ola dos pés . Tem qu e faz er ebó co m duas fran gas que nunca t enham sid o
galadas. Odixe é um signo de altos e baix os . A pessoa avança um po uco e
recua outr o tanto. Não se de ve despr ezar o cô njuge, es te é o Odu de volt a
ao passado. Tem que viver n a co mpanh ia de uma pesso a reli gios a. Não
deve viver em casa úmida po rque irá adq uirir dores no s o ss os. Alguém da
famíl ia tem que faz er Santo às pressas. A pesso a passa po r dois c asame
ntos . Tem que ter cuidad o c om roubos . No lo cal onde trabal ha existe um
problema de roubo que, quando for descoberto, poderá implicar a pessoa. 9
8 8 o s m - Os quat ro Odus prin cipai s c orrespondem aos quatro pontos
cardeais: Ej iogbe a les te, Odi ao no rte, O yeku ao o es te e Iwori ao s ul. para
manter sob co ntrole o Eguns que o rodeiam. 9 - Espécie de es panador ou
espanta -mos cas co nfeccionado c o pelos de rabo de caval o.

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Dice Ifá II I I II II II I I ODIFUN

REZA DE ODIFUN Odi Fumbó, Odi Fumbó Ará Oxalá. Ará Ile Aiye Moyerami
Oxalá, odo gun agba ag ó a Ne ste Odu Elegbar a expulsa de casa todas as
pesso as falsas e trai doras. Sur ge do enco ntro de Odi com Ofun. Olofi n deu,
a este s igno, o poder de expurgar o mal. É um Odu de separaçõ es. Assinala
que a pess oa des eja part ir. Indica que os filhos não re co nhece m o s acrifício
dos pais que, e ntristeci dos, aband onam a casa. A pesso a tem que ser
humild e. É a obediência que exalt a e não a teimos ia. Nes te caminho o
afilhado mata o padrinho. É pr eciso muito cuidado. Quando fize r atefá . Este
Odu determina q u e o ânus tenha mal-cheiro. O Elegbar a deste O du leva tr ês
ekodid és e uma faca no alto da cabeça, usa div ersos fios de co ntas e, em
sua carga, leva um cr ânio de rato-d o-ma to. C om obe diência a p ess oa
co nquista a vitória. A pesso a deseja iniciar -se c omo bab alawo, mas

Orunmil á não a aceita. Se afas ta da casa pater na e se perde por influência


das más co mpanhias. É um Odu de conf usõ es. A pesso a leva v ida agitada e
não c ons egue agi r com ho nestid ade e decência. Odi fun é um excelent e
dançari no . 10 10 - Cerimô nia na qual o Oráculo é c onsultado para saber- se o
Odu indi vidual de alguém, o Awo tem que dar co mida a t odos os s eus O rixás.
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Dice Ifá A pesso a é as tuta, trapal hona, mentir os a, trai dora e vigari sta. Tem
delírios de gran d ez a e co mplexo de superioridade, cons iderando-se
auto-sufi ciente em tudo. Para li vrar-se de problemas co m a justiça deve
of erecer do is co cô s a Orunmilá. EBÓ PARA SUPERAR DIFI CULDADES. A
pesso a tem que colher , co m suas própri as mão s, f olhas deste Odu. E m
seguida deverá apr ese ntá-las a Orunmilá e, depo is, guardá- las em s ua bols a.
Leva as folhas ao local onde deseja resolver o problema e, ali, dissimuladam

e nte, esmaga uma folha entr e o s dedos, deixando os pedaços caírem no


chão. As fo lhas qu e so brarem são macera das na prepa ração de um banho
que tem que s er tomado no mesmo dia . EBÓ PARA AT IVAR A MEMÓRIA
Colo ca-se uma co lher dentro de uma cabaça e enche -se co m agu ar dente.
To dos os dias a pess oa tem que tomar uma dose da aguar dente da cabaça
com a co lher a li depos itada. Depois do sétimo dia, of erece- se o que so brar a
Elegbar a . Neste Odu o fil ho de Obatalá t eve s eus ikins roubados . Furios o,
investiu contra seu padrinho, responsabilizando-o pelo ocorrido. Ao ver que
seu fi lho estava sen do injusto, acus ando um inocente, Obatal á co ndenouo
a passar , o resto de sua vida , co m a função de despachar ebós . Por este
caminho Elegbara salvou Oxós si da morte. Aqui Obatalá ab andono u seus
filhos que eram v adios, é brios e irrespo nsáveis. A pesso a sacri fi ca-se pelos
filhos que não reco nhecem a s ua dedi cação, vivendo da fo rma q ue melhor l
hes c onvé m. Página 177 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E V I I I I II II II II IROS UN


MEJI REZA DE IROSUN MEJI Irosun Meji, Oiyerosun Apantaritá Bebé ojorokó

to begbe lo iokun. O lokun apant aritá Bebé Oiyeros un, Iros un Olo kun Oxe
bogbo mo iyé tut u eleguré ni meji kok olo lo xe Iewá lowá Orix á Xangô dukpé.
Irosun meji é um Odu masculi no, representa o opo nifá 1 É um sig no de fo go
que representa a tar de, o oc aso , e rege todos os metai s. Est á lig ado ao
iros un, pó vermelho de o rigem vegetal, ut ilizado co mo tintur a e também
como p oderoso cicat rizante. Sua cor é o vermelho- vinho e rege todas as
co isas naturalmen te vermelhas. Comanda a derrubada de árvores. Fala de
acidentes, de violência, revol uções e derramamento de sangue. É um signo
perigoso que imp õe so frimentos atroz es. Sua n egatividade po de ser
neutral izada pelo pó branco do e fun. Pr oíbe que se us filhos vis item
cemit érios , já qu e fo i ele q uem, ensinou ao s ho mens, o cos tume de cavar em
sepul turas par a enterr arem os mo rtos . Neste Odu nasce u o ritual do itútu
(Intoto ) . 2 1 - Tabuleir o de madeira com entalhes nas bordas, e ncimado pe la
figura represent ativa d e Exú, uti lizado pelo s babalawos no s proc edimentos

divinatórios e ritual ísticos . 2 - Rit ual fúne bre que tem po r finalidade apaz iguar
o mo rto e e ncaminhá-l o e m seu no vo plano de existência. Pági na 178 de 633

Dice Ifá Tem do mínio s obre todos os buracos exist entes no mund o, quer
sejam naturais, quer sejam feitos pelo homem. Exige respeito pelos
macacos , po is, se u amulet o de segu rança, leva um crân io deste animal.
Suas fo lhas rit ualísti cas s ão: ewe ado ( Curcas curc as, Lin.), ewe aiy o
(guacalote), co razo n de paloma e ewe abá (Spendias membin, Lin . ). Po de
prenunciar , co m a mesma veemência, co isas boas e co isas rui ns. Sua
influênc ia é muit o fo rte e perig os a. Proíbe o co nsumo da ban ana de são
To mé, maç ã, ce reja ver melha e de qualquer vegetal d e cas ca vermelha.
Quando surge numa consulta o Awo e todo s o s presentes têm que passar ,
por três vez es, efun so bre as pálpebras, para ali viar su a ne gatividade
proveniente da cor vermelha. Os filho s deste Odu co stumam apresen tar os
olhos avermelhad os e lacr imejantes. É ele qu e dá, aos homens, o senso de
humi ldade. Coloca-se, dentro do Ifá de seus filhos, moedas de ouro, de
prata, de co bre e de br on ze . Não s e usa água para ap agar o f ogo. O Aw o

deste signo , para não mo rrer p reco ceme nte, tem que adqui rir, se mpre,
novo s co nheciment os so bre Ifá. Aqui estão o s o lhos da provi dência . O Awo
tem que adquir ir sabedo ria po rque muitas pes so as depen dem do seu saber.
Foi por este cami nho que Xangô ensinou aos homens, as posiçõ es co rre tas
dos dez ess eis Odus Meji s. A pess oa é traíd a pelos pró prios amigos . Aqui,
so b as o r dens de Olo fin, nasc eu o vaga-lume par a iluminar, co m sua luz, as
noites se m Lua . Este Odu repr ese nta as prof undezas da Terra. Para que a
pesso a não morra preco ce mente, faz-se ebó co m uma v ara do seu
tamanho, à qual, se s acrifica dois po mbos . A v ara é lavada com o mieró das
fo lhas do O du e Página 17 9 de 633
Dice Ifá deve se r enter rada, j unto co m os pombo s, no quintal da cas a da
pesso a, tud o muit o bem co berto co m efun e mel de abel has. A ssinala
problemas cardí acos , inflama çõ es no s o lhos, problemas na cir culação

sangüínea, parali sia do s istema mo tor, inflamaçõ es c erebrai s e intestinais.


Seus filhos s ão proibid os de salt arem bura cos , valas e fo ssas . Ist o é um
tabu. Não po dem andar p or dentro de mangues. Não podem ro er ou c hupar
os so s de animais nem usar r oupas vermelhas o u alaranjadas. Este Odu
gerou a mentir a ao pr etender ter domínio s obre o sangue e não pos suir faca
para faz ê-lo esc orrer. Seus fi lh os s ão animado s e exaltados, deixam-se
dominar pela cólera com muita facilidade, tor nando-se então, agressivos e
violentos. Aqui nasceu o pássaro dreg bawe, que invent ou os jogos de azar
ao jo gar co m a morte e co ntinuar vivo. O papagaio o didé, de pena s
vermelhas, veio ao mund o por este Odu. É cami nho de Oiyá, Oxóss i,
Obaluaye, Osain e Yemanjá. Os Eguns se comunicam por este signo. Disse
Ifá: "Ninguém conhe ce o s mistérios do fundo do mar. A curiosidade pode lhe
custar a v ida". Disse Ifá: "Quando a águia e stá enco lerizada, to dos o s
pássaros s e es co ndem". (A pesso a deve pr ecaver- se de prob lemas co m
uma autoridade) . O Awo des te Odu deve c ultuar, c om muito amo r, o Orixá O
xun. Deve of erecer-l he cinco lenço s amarelos , que devem fi car dentr o do seu
Ifá, jun to com uma escadinha pequenina. Tem que, periodicamente, colocar

o igbá de Orunmi lá em baix o de s ua cama e, nes ta noite, dormir co m duas


velas aces as em s eu quart o. SEGREDO DE I ROS UN MEJI Colo ca-se um pilão
co m a boc a virada par a baixo. No fundo d o pilão, s acrifica-se um galo para
Xangô e outro para o própri o pilão. Dep ois, raspa-se o fundo do pilão e
amarra-se o pó o btido dentro de um lenço branco. Este lenço, s e passa do
de fo rma dissimulada no ros to de uma mulher , fará co m que ela se entregue
à pess o a. Pági na 180 de 633

Dice Ifá EBÓ EM OS OGB O IKÚ Um cabr ito, um carneiro, mo edas, dendê, mel,
otí e vár ios tipos de cerea is torrad os. Pega- se uma cabaç a pequena, faz -se
diverso s f uros em seu redor, intro duz-se, pelos furos, 17 insetos de
diferentes espé cies. Fecha-se a cabaça, am arra-se co m fitas vermelhas e
sacrifica-se o s animais a El egbara, deix ando um po uco do ejé de cada bicho
co rrer so bre a cabaça. E m seguida, enterra- se tudo no local determ inad o

pelo jo go. T RABALHO PARA A PROSPERIDAD E Prepar a-se uma po mada co m


ori-da-co sta, pó de efun e azeite de dendê. Com as mãos unta das co m a
pomada, rez a-se Irosun Meji, e pede-se a proteção de Babá Olojubé. Em
seguida untam- se quatro bananas-da- terra verdes e se of erec e a Xangô ,
dentro de um alguidar ou prato de barr o. Depo is de se is dias embrulha- s e a
of erenda num pano vermelho e leva-se aos pés de uma paineir a, arriando de
fren te par a o po ente (oes te). Este mes mo trabalho pode s er feito para
vencer uma dem anda. Neste cas o, a of erenda é ar riada do lado do nas cente
(leste). TR ABALHO PARA BOA SOR T E Pega- se uma c abaça e marca-se, em
sua supe rfície, o s igno Ir os un Meji. Em seu interi or colo ca-se 21 caroço s de
dendê limpos, o ri-da-co sta, um S o l, uma Lua e uma estrelinha d e metal, além
de quatr o okutá. Fecha- se a c abaça e s acrif ica- se um galo so bre ela.
Cobre-se co m mariw o. Esta cabaç a ficará, para sempre, dian te de Orunmil á,
e co me um galo uma vez por ano. I rosun M eji é o c hefe do s ladr õe s. O h
om em s erá salvo po r uma mulher q ue o livrará de uma s ituação difícil. Deve
faze r, o quant o antes, um amulet o de seguran ça. A pessoa não dá valor ao
que tem porque nada fo i obti d o pelo seu e sf orço. Deve ir à luta, encarar a

vida e, conquista ndo suas c oisas c om c oragem e deter mina ção, não
precisará bai xar a cabeça diante de ninguém. Para conquistar o m undo é
preciso determinação e co ragem. A pesso a está muito ligad a a Exú e recebe
sua influên c ia e proteção . Página 181 de 633

Dice Ifá Tem que cuidar d e Exú e de Oxun. I kú anda montado na po nta do
seu nariz. Tem que o fe rece r sacrifícios à T erra para p rolo ngar sua vi da. Foi
este s igno que deu, ao s reis da terr a, o sabre de Ogunda M eji, para q ue
fizes sem derramar o s angue humano. I r osun é co nhecid o também, pelo
nom e de Akpan. Os f on o c hamam de L oso Meji ou de Olo s un Meji . Ass inala
vitória pelo próprio es fo rço. Dá sorte no jo go. A mul her é peri gos a e fa la
demais. O home m deve ser evitado, sua inf luência é no civa. Avisa que existe
doença e m casa ou na famíl ia. Por este c aminho obtém recur so s para a
realização de um projeto. Tem que fazer ebó. Assinala peregrinação

religiosa a um lugar d istante. Se us filho s não podem relacionar- se


sexual mente com pesso as de Xangô e de Omolú. A qui nasceu o iyé 3 3 - Pó
de madeira, serragem.. Página 182 de 633

Dice Ifá I I I I I II I II IRO SO LOG BE REZ A DE IRO SO LOG BE Iroso Umbó xeregún
komaxé kotumbé arexanlé adi faf un Orunmil á ti o fa maré kof á elebó , ekodidé
elebó. Neste Odu o s ho mens abandonam suas mulheres. É r esultad o da
interação de Irosun com Og be. Quando surge este signo pergunta-se logo se
Orunmilá quer come r duas galinhas pretas. É caminho de Abíkú , denuncia
sua presença Coloca-se cinco ikins no Orunmilá de Ak ofá. Tem que fazer
um patuá co m um pedaço de vértebr a de jacar é e levá-l o s empre junt o ao co
rpo como proteção . Recolhe-se as vísceras co mestí veis da cabr a de
Orunmil á, prepara- se c om bastante tempero e dá-se ao Awo deste Odu para
co mer. O dono deste O du tem que te r uma co lher pendur ada atrás da po rta
de sua c asa. Ao redor do igbá de Oxun tem que fi car, se mpre, cinco
tigelinhas com mel. Assinala julgamento público e falsos test emunhos.
Quando surge este O du devolve-se a importância pag a pela co nsulta. Tem qu

e faz er Ifá de graça às pes so as des te signo. Assinala dí vida co m Exú. Para
apazigu á-lo se of erece a ele, inhame assado c om casca. Não se deve entr ar
em casas desabitadas ou a bandonadas. 4 4 - Literalmente: Nós nas cemo s
para mo rrer. Os Abí kú são es píritos que se introduzem no s c o rpos das
mulheres, encarnando-se em seus filhos, provocando a morte da criança du
rante a g estação o u no prazo máxim o de no ve anos após o nasc iment o
Página 183 de 633

Dice Ifá Te m que mandar rezar missa para as almas e of erecer-l hes f lores e
co midas. A p es s oa so fre de fo rte o posição por par te da famí lia do cô njuge.
Não po de pendurar roupas no q uarto de do rmir nem depo sitá-las em cima
das mesas . Proíbe o us o de ro upas pretas. É u m Odu de provas e de roubo s.
Não s e rouba nada de I rmãos -de-Santo o u de sangue, para não s e passar por
situações constrangedoras. Assinala fraqueza física, problemas de má ci

rculação s angüínea, di abetes e do enças na garganta. A pesso a pode perder


um membro do c orp o e m deco rrência de uma molés tia. Se f or mulher, pode
mo rrer por enganar o marido o u o amante. Go sta de falar da moral e da
hon ra de o utras mulheres. Ad ora freqüentar fes tas e é pess oa de
co mpo rtamento duvidos o. Acha- se auto -suficiente e supe rior a os demais.
Assinala indi gência. Par a evitar este mal, f az-se e bó c om um galo, uma ga
linha, um saco , um bastão de madeira, um cof rinho , pó de ekú e de ejá. O
galo é sacrificad o para Egun, a galinha par a Elegbar a, depo is de pass ada no
corpo da pess oa. O co fre fica junt o de Elegbar a e s e co loca nele todas as
suas mo edas. Coloc a-se um o kpele so bre o igbá d e Oxun. E BÓ PARA
IMPOT ÊNCIA T ira-se a medida do pênis da pes so a co m uma tir a de fibra de
majagua (Á rvore da família das malváceas, cujas fibr as s ão aproveit adas na
fabricação de co rdas.), co zinha- se co m canela, pau de respo sta e pimenta
da Ín dia. O chá o btido é bebido em cálices, diariamente, em jejum. EBÓ DO
ODU Um g alo, duas g alinhas carij ós, um fio de co ntas da Oxun, cinco lenço s
amarelos, cinco bo las de i nh ame, iyer os un rezado no o pon e uma cabaça
grande. Sacrifi ca-se o galo no igbá de El e gbara, passam -se as galinhas e o

resto no co rpo da pesso a, sacrifi cam-se as gali nha s na cabaça onde já


fo ram colocado s todo s o s ingr edientes. D espacha- se no cemit ério . Página
184 de 633

Dice Ifá II I II II II II IROSOYEKÚ

REZA DE I ROS OYEKÚ Iroso yekú, Ir oso kalelu, ko ni awo ef á abé lalá belé lelé
maká dak pare ré I f rabanir egun, awo Obayá pelé Ikú. Neste signo nasce u
mudança de vida. E ste O du é filho de Iros un e Oyeku. Aq ui, pela primeir a vez ,
se s acrifico u um anim al a Ikú que, até então , só co mia seres humano s. A
pesso a deve evit ar emoçõ es fo rtes para não so frer pa rada cardí aca. Tem
que dar co mida ao seu O lori, tomar borí com um galo e co locar um ekodid é
na cabeç a . Não deve s air para a rua d urante a no ite. É protegida po r Osain e
Exú. Sofre de problemas ocas ionados po r ciúmes entre os parentes de

Santo . Corre o risco de perder uma pr opriedade. A ss inala úl ceras no


estômago e falsa grav idez. A pesso a não po de ter, em s ua casa, po tes e
garrafas vazias destampadas. Página 185 d e 633

Dice Ifá Antes de abrir a porta de sua c asa tem que ter o cuidado de verifi car
quem está ba tendo. O Awo deste s igno tem que ass entar Odud uwa. Quando
surge este signo , pode e star acusando a mo rte de um Babalaw o. Se marcar
os ogbo Ikú a pesso a deve procura r uma foto sua, tir ada na companhia d e a
lguém que já mo rreu. Separa a s ua figura da figura do mo rto para que, aquele
Egun, não venha busc á-lo. Em oso gbo arun pega- se um po rrão grande de
barro, veste- se c om uma roupa usad a do do ente e co loca-se atr ás de sua
porta até que fique bo m. Isto se rve para en ganar I kú. Ass inala mudança de
vida. Faz-se ebó para que se ja para melho r. A pess oa não pode us ar roupas
vermelhas. Tem que trat ar de Exú e pe dir-lhe tudo o que des eja o bter na vida.
Assinala dificuldades que só serão vencidas com empenho e dedicação.
Fala de p erseguição do Egun de uma pesso a co nhecida. P ágina 18 6 de 633

Dice Ifá II I I I I II II II IRO SO IWORÍ REZA DE IRO IWORI Iroso Iwori, Iroso ni
baiye, ni gbaun, ni t enxé, ni alodafun ayo om ó O dé. Mafarefun Xangô . Este é
o O du dos c arregadores e es tivadores. É fi lho de Ir osun e Iwori É signo de
malagr adecidos . A pess oa fala mal d e quem mata a sua fo me e lhe ajuda em
tudo. Assi nala que a p ess oa já não supo rta a carga que leva às cos tas. Tem
que ter cuidado co m t ravess ias marí timas, pois, num a delas, pode
enco ntrar a mo rte. A pess oa tem muit as idéias inúteis, imposs íveis de serem
reali zadas. Pr oíbe que se us filhos c omam feijão pret o. Av isa que a pesso a
dorme de um jeito e ac orda de ou tro. Vai dormir p obre, e a co rda rico , vai
dormir doe nte, e aco rda curado, e vice-versa. As mudanças o co rrem
repentinamente, durante o sono. A pessoa não deve lançar mão daquilo que
não lhe pertenc e. Os fil ho s des te Odu têm propens ão a adquir irem malár ia,
por este motivo, devem prec aver-se contra picadas de mosquitos. Quando
tiverem fe bre devem pr ocurar, imedia tament e, s oco rro m édico. Tê m um pé

na cadeia e outro no cemitério. O orgulho demasiado p o de ser pr ejudicial à


sua saúde, po de oc asio nar-lhes derrame cerebr al. Assinala atos
impensados. A pesso a age co mo louca, expondo-se à po ssibil idade de
mo rrer, s er pr esa o u adquir ir enfermidad es graves que exigem internação
hos pitalar. A pess oa tem p ar entes lo uco s o u portadores de grav es
desequilíb rios ne rvoso s. Página 187 d e 633

Dice Ifá Te m que pagar uma d ívida assumida co m Obaluaye. Se fo r homem,


é perseguido po r três pe ss oas po r causa de uma mulher . Po ss ui duas
mulheres e ambas são muito ciument as. T em três filhos , um dos quais é
mestiço . Tem que dar co mida a Orunmil á e a Ile. E ste Odu as sinala
problemas no estômago e no sangue. A pesso a so nha muda r-se do lugar
onde m ora e vive tr iste por não co nseguir . Para que isto s eja pos sível, tem
que faz er ebó . Ass inala morte da mulher . O mari do tem que levá-la aos pés
de Orunmilá par a que se ja s ubmetida a um ebó . Fala do rec ebimento de uma
herança. A mulher pode ser s ubmetida a uma c irurgia para extir par um ó rgão
de se u aparelho genital. Dá noticias de alguém que partiu com des tino

ignorado. A pesso a tem que ter pulso para go vernar a cas a e não permit ir que
as co isas aconteçam ao s abor d o destino. Nest e caminho o campo nês plan
tou uma palmeira desconhecida que, depois de crescida, criou tantos
espinhos que , nem ele, conse guia colher os se us frut os . A pesso a não deve
ajudar ninguém, pois não have rá reco nhecimento nem grati dão pela ajuda.
Leva uma carga muito pes ada e ninguém po de ajudá- la. Em sua c asa
oco rrem muitas br igas c onjugai s. Se o cô njuge s e mo strar mui to e nfureci do,
é melhor que se separem logo. Se um jovem pretend e se casar é melh or
que cons ulte um médico e, se ho uver n ecess idade, que se s ubmet a a um
tratamento antes das núpcias. O peso que a pesso a carrega impede que
seus objetivos s ejam at i ngidos. Ensina q ue, o s filhos de Aganjú, têm que
assentar Oduduwa. Página 188 de 633

Dice Ifá EBÓS DE I ROS OIWORÍ 1 - Um galo, dois po mbos brancos , uma

galinha , um bo neco de madei r a, um arco, uma flecha, uma co roa, uma lança
de ferr o, pano branco, pano preto, p ano vermelho, vári os tipos de cereais,
um bastão de madeira, efun, o sun, uáji, duas ga li nhas d angola e muitas
mo edas. Sacrifi ca-se o galo para Ex ú, um po mbo e duas gal inhas d angola
para Aganjú e o o utro po mbo para Orix á Okô. Com a galinha e os demais i
ngredient es, faz-se e bó, dando sacudim ento na pes so a. Despacha- se no
lugar indicad o pelo jogo . 2 - Um galo, do is pombo s, milho vermelho, e fun,
epo-pu pá, mel e o tí. O gal o é sacrifi c ado para Ex ú, o s po mbos são passados
no co rpo e s oltos co m vida. O milho é co locado na s mãos do client e que
deverá sair e, fi ngido estar embriag ado, espalhar os grãos pe la rua onde
mo ra até che gar à porta d e s ua cas a. Pági na 189 de 633

Dice Ifá I I II I II II I II IRO SO DI REZA DE IROS ODI Iroso di mandulaiye ati Rinto xe
oun o mó O runmilá. Adifaf un Orunmil á kow aye. Por este signo as mulheres
assumem o co mand o. A pesso a tem q ue tomar b orí com dois peixes
fresc os e o ferece r duas galinhas pretas a Orunmi lá. Este Odu é fi lho de Ir os
un com Odi. Fala d o cedro, que é amarg o, e da amêndoa, que é do ce.

Ofe rece-se doc e de amêndo a a Orunmi lá, par a obter- se uma graça. E ste é o
berço do amo r. Iroso di vive na água. A q ui nasceram os defeit os ós seo s no s
braços e nas pernas, e a dificuldade que algumas pesso as têm para
manterem a cabeça eret a so bre o s o mbros . A pesso a é tra tada co m fals
idade, tem que ter cuid ado e m ralação ao s lugares que f reqüenta. É um Odu
do bem e do ma l. Fala do home m que embrul ho u uma pedr a em fo lhas de
marabú ( Planta herbácea da fam ília das leguminos as), jogando -a na cabeç a
de seu próprio ir mão que, co m o impacto do golpe, caiu desmaiad o.
Aprove itando-se, o malvad o ence rrou-o nu ma caixa e ati rou-o ao m ar para
que se af ogas se. A pesso a tem que cuid ar de Obatalá. Não deve c onfiar em
nin guém, muit o menos nos parentes. Nã o pode revel ar seus segredos a
ninguém. Quand o este Odu tr az ire o mó, prenuncia qu e, a pesso a, tem o u
terá um filho que s erá a alegr ia de sua vida. Este é o Odu dos co letores de
ervas. Página 190 de 633

Dice Ifá Indi ca que a pes so a pos sui três inimi gos renitentes e implacáveis.
O pai, por ser se vero demais em relação às amizades das filhas, fará co m
que se tornem menti rosas e dissi mulad as. Se a pess oa teve relações co m
uma mulher q ue ago ra está morta, deve mandar r e z ar uma mi ss a por sua
alma. Não deve pular buracos nem atrav ess ar mangues para não f icar
impotente. Se fo r mulher é mais decidi da que seu co mpanheiro, já teve outro
mar ido e o abandono u. Sof re de furor ut erino. Ex ú diz que é seu amigo,
protetor e co mpa nheir o. Assinala vert igens, a pess oa deve pr ocurar um
médico . Não pode subir em ban c o s, c adeiras o u escadas para peg ar coisas
que estejam fo ra do alcanc e de suas mão s . EBÓ DE IROS ODI Um galo, um
peixe bagr e s eco , ewe niye (Part enium hysteropho rus. Li n.), um po mbo e
deze ss eis o guidís. O galo é s acrificado para Elegbar a. O bagr e se co é
co rtado ao meio . A parte da frente é oferecida a Elegbara, a par te de trás é
mo ída e tra nsf ormada em pó, que deve s er mistur ado ao iyerosun utili zado
durante o ebó . A mistu ra é entregue ao cliente para q ue, durante oito dias,
so pre um pouco da porta de s ua casa para a r ua, pedindo a união de todo s.

To dos o s dias, depois de soprar o pó , o cliente dev erá pegar u m pouco do


mesmo mergulha ndo nele o dedo médio de s ua mão dire ita e, em s eguid a,
esf regar so bre sua própri a cabeça, descrevendo uma linha r eta que vai d a
testa a té a base posteri or do crânio. Os oguidí s são of erecid os a Xangô e o
pombo é s acrificado em cima del es. Despacha- se tudo nos pés de uma
palmeir a. 5 5 - Espécie de co mida ri tualística preparad a co m f arinha de m ilho
e diversos tempero s . Página 191 de 633

Dice Ifá I I I I I I I I I I I I IROS OWÓ NRIN REZ A DE IRO SO WÓNR IN Iros owónrin
ababoru o na o do adifafun Orú L ejó e iyele o ni oko dundun, akuk ó lebó, ewefá
lebó. Este Odu f ala de um rei que está ameaç ado de perder a co roa. É filho de
Iros un e O wónrin . É caminho de Xangô e determina pr oteção de Elegbar a.
Aqui Elegbar a co me um galo junto co m Xangô. Por este caminho Orunmilá
aband ono u o Conti nente Asi ático por causa do uso do ó pio. A ssinala

toxico mania, da qual , a pes so a não tem fo rças para l ivrar-se. Este O du
ass inala q ue a mulher tem um Egun q ue a ajuda par a que tenha suce ss o
como pro stituta, dando-lhe dinheiro e posição social, mas tirando-lhe
qualquer pos sibili dade de co ntrair mat rimô nio. Se fo r o Egun de uma lés bica
influenciará par a a prát ica do les bianismo . Tem que f aze r ebó para livr ar-se
desta má infl uência. Passa-se dois po mbos b rancos no corpo da mul her,
dos s eios até as par tes genit ais. Sacr ifica-se o s po mbo s so bre suas roupas
(fora do c orpo), embrul ha-se as aves sacrificadas nas roupas e e nterra-se
tudo no c emitéri o. A pesso a tem um pé na cadeia e o utro no ho spital. D eve
deixar de lado o orgulho para não se envo lver em algum t ipo de tragédi a.
Tem que usar um idé de prata em ho nra a Oxalá. I ndica que Yewá q uer co mer.
Frita-se um pargo fres co , enfe ita-se c om rodelas de tomate e entrega- se a
Yewá dentr o de um ce mitério. Tem que o ferec er sacrifícios à Te rra, no
quintal de casa. Página 192 de 633

Dice Ifá 6 Te m que faz er kotobo pinado , para dar co mida ao o bé sac rificial.
Puxa- se um po mbo s obre o obé, deixando que o ejé co rra so bre a lâmin a.

Enfeit a-se o obé c om penas das co stas e do peito do po mbo, embrul ha-se
co m 16 fo lhas de iroko e deixa-se diante d e O runmilá durante 16 dias, depo is
dos quais, lava- se, passa-se o ri-da-co sta na lâmi na e guar da-se no loca l de
cos tume. As f olhas e as penas s ão despachad as nas águas d e um rio.
Pass a-se uma galinha no co rpo e sac rifica-se para Oxun. Ofe rece-se, a
Xangô, aquilo que ele des ejar, no meio da porta do quart o de dormir . Este
Odu fala d a fo me provocada pela i njust iça soc ial e do aband ono do po vo po r
parte de seus g o vernantes. A pesso a, para não s ofrer queimaduras, tem que
ter mui ta atenção ao lidar com f ogo. Deve vestir uma r oupa bem chamativa e
ir a um lugar q ualquer onde tenh a muita gente. D epo is, deve regress ar à sua
casa, tirar a roupa us ada e ves tir-se inteir amente de branco. Este
procedimento tem por fi nalidade, cham ar a atenção de Ob atalá par a que
conc eda coisas boas. O ho mem deve ter cuid ado para nã o se ver envolvi d o
em trag édias causadas pe las mulheres. Os Babalaw os deste s igno têm que

ensinar t u do aos seus afilhados para não terem problemas causados por
insat isfação. Este é o Odu d os músicos. A pesso a não tem trabalho nem
dinheir o, mas, s ubitamente, o bterá uma fortu na. Este signo é ire ajê 7 Não
deve dar as mão s à outra s pes so as. Fal a de abandono por par te dos
famil iares po rqu e, a pes so a, sendo despr eo cupad a co m a vid a, só quer
saber de festas, não buscando m e ios que gar antam sua própri a
subsis tência. 6 - Cerimô nia exclusiva do culto de Orunmilá 7 - Uma benção
que garante obtenção de dinheir o . Página 193 de 633

Dice Ifá Assinala tendência para o uso de drogas. SEGURANÇA DE


IROSOWÓNRIN Numa casa de marimb ondos , co loca-se fo lhas de pik otó
(Didypom anx moro toni, Dane & Planch.), um pedaço de iguí k aguángaco
(para-mi) , um pedaço de galho de f endebilo ( yamagua e um pedaço de galho
de yaya (Ozandra laceo lata, Asw . Benth. ). Na s egunda Guarea trichili oides,
Lin.), sexta- feira a segurança deverá co mer o que f or determinad o pelo jo go,
co loc a-se, então , um chifre de bo de e canta-se para Osain. Pág ina 194 de 633

Dice Ifá I I II I II II II II IRO SO BARA REZ A DE IRO SO BARA Iros obara iroma gan
opé ku iriwo Ikú ado, lodifá Kolará Oxá w oni aiya t am i om ó fé Odu ni
amabaxé k upá eure elebó. Aq ui nasceu o segredo das quatro co lunas de
Oxun. E ste Odu é fil ho de Irosu n co m O bará. A pesso a não deve dizer , a
ninguém, para onde vai. Assinala morte por envenename nto . O veneno está
na co zinha. A visa sobre tr agédi as po r causa de mulher es ou por co isas
extraviadas. A pesso a não deve usar roupas pretas. A quele que err a co m as
mul heres é inimigo de Orunmilá. Neste O du a pesso a tem que asse ntar Ibeji,
cuidá- los e a l imentá- los sempre. Se a pess oa é gêmea e s e se u irmão já tiver
morrid o, tem que of erecer s acrifícios ao seu e spírito, dar- lhe pres entes e
co midas para q ue não traga pert urbaçõe s à su a vida. A gindo ass im, o Egun
passará a ajudá- lo em tudo. Quando a palmeira mo rre as f olhas c aem ao seu
redor . O Awo tem que c oloc ar, em s eu igbá de Xangô, uma mão pequena de
Ifá e um okpele. Esta mão de Ifá nunca po derá ser uti lizada par a co nsultas,

devendo permanece r dentro da gamela d e Xangô e co mer junt o c om ele.


Neste O du o as sentamen to de Osa in leva um cr ânio de preá e tem que fi car
enterr ado dentro de uma f loresta po r 16 dias. A pess oa recebe uma maldição
por faltar ao res peito co m a mulher de um velho. Seus fil ho s se dispersarão
e mo rrerão lo nge de sua c asa. 8 - Conjunto de 18 caro ço s de dendê (ik ins)
co nsagrados a Orunmilá. 8 Página 195 de 633

Dice Ifá EBÓ P ARA FORT ALECIMENT O Um pombo , um co co , o ri-da-co sta,


efun, den dê, uma fo lha de e w e o louro ( flor-d 'água), pó de peixe, pó de preá e
mil ho. Senta- se a pesso a num b anco e r isca- se no so lo, ás suas c os tas, os
signos de Oyeku M eji, Iroso bara e Oxetur a. Cob re-se as marcas co m pó de
peixe, pó de preá, dendê e gr ão s de milho. Em seguida puxa- se o pombo
deixando que o ejé esc orra sobre as marcas fe itas no so lo. Pi nga-se uma
goti nh a do ejé so bre o ori da p esso a. Tudo deve ser feito pelas cos tas da
pessoa. Os d emais ingredientes são utilizados na forma de praxe. O corpo
do po mbo é imed iatament e despachado no local deter minad o pelo jogo . A
fo lha e o co co ficam n os pés de Oxu n p or cinco dia s e, depois, s ão

despachado s num rio. EBÓ EM IROSOB ARA Uma cabr a, duas galinhas, duas
frangas novas, pimenta malagueta, preá, peixe fresco, pó de preá, pó de
peixe, milho vermelho, m el, velas e mo edas. Sacrif ica-se tudo a Elegbar a de
aco rdo c om o ritual de prax e. Pergunt a-se o nde será desp achado . As carnes ,
co m exceção dos axés, são comidas. I T AN DE IROSO BARA Or unmil á estava
cons ultando qu ando Oxun ordenou que o pombo pous as se so bre o s ue
opo nifá. As pata s da ave produzira m, so bre o iyeros un espalhad o n a
superfície do tabuleir o, as marcas do O du Iroso bara e, des ta forma, Orunmilá
fo i i nfo rmado da armad ilha que s eus inimigos haviam lhe pr eparado. Em
sinal d e grat idão , Orunmi lá fez com que as patas do pombo se tingissem de
vermelho e abençoo u o anima l , co locando-o so b sua pr oteção . Por este
motiv o o s pombo s não podem ser amar rados pel as pat as, co mo se f az
co m as o utras aves, mas sim pelas as as. Pági na 196 d e 633

Dice Ifá II I II I II II I II IRO SO KANRAN R EZA DE IRO SO KANRAN Iros okanran


kukuté kukú adifafun Maladê tinakayá Orunmilá Obarabanireg un. Este Odu
ordena que o Awo estude Ifá. É fi lho de Irosun co m Okanran. Assinala perseg
uição de Ik ú. A chave de todo s o s problemas e stá co m Xangô. Pergunt a-se o
que o O rixá deseja atr avés do jogo de obí o mi tutu . Até que se f aça o que
Xangô mandar, os problemas perman ecerão insolúveis. Por este caminho
Oxun come pombo junto co m Xangô. Este é o signo da i mpru dência . A
pess oa tem que agi r com mais cautela para que não s e prejud ique com s u as
própr ias ações . Neste Odu nasceu o câncer de mamas. A pesso a não
co nse gue cas ar-se c om seu verdadeir o amo r. As filhas co nsegue m burlar a
vigilância pa terna e, quando s e apaix onam, havend o opo sição dos pais, não
hesitam em fugir em co mpanhia do ho mem amado . Ass inala acid ente na rua
envolvendo a pess oa e um e stranho. A pess oa deita- se para dormir e, po r
vezes , entra num a espécie de transe. Tenta falar e não co nsegue, embo ra
esteja plenamente co nsciente. A mul her tem dois amantes e um deles faz tr
abalhos para desmanchar o seu lar. Ass inala a existência de um tr abalho
feito e e n terrado na po rta da pess oa ou num jardi m próximo de sua cas a

para que nunca c onsig a se e rguer na vida. 9 9 - T ipo de o ráculo no qual são
utilizados quatro segmentos de o bí ou qua tro pedaço s de co co mais ou
menos do mesmo tama nho. No últi mo vo lume d a presente co leção
apresentarem os , em detalhes, a técnica que pos sibili ta a utilizaç ão des te
oráculo . Página 197 de 633

Dice Ifá A pesso a tem que cuidar de pr oblemas diversificado s. Os parent es


de seu c ônjuge un iram- se c ontra ela. E ste Odu proíbe que seus filhos mo rem
em cas a de estra nhos. Pr oíbe que gua rdem roupas e o bjetos de pesso as
mortas. Devem t er mui to cuidad o co m o fo go, s uas casas podem incendi ar
co m muita facilid ade. A mul her tem um amante s ecreto e alguém irá
denunciá-l a. Pode expulsar o marido de casa. A sua cas a está de che i a de
pesso as de procediment o duvidos o. Tem que ter m uito cuid ado co m
pancadas e mordidas nos seios. Uma pessoa julgada como vadia e indigna

de co nfiança é quem ajud ará na solução de um grav e problema, garanti ndo


vitória numa demanda muito a cirrada. Nad a poderá pagar es te favo r.

SEGURANÇA DE IROSOKANRAN Três ekodidés, três raízes de atip onlá, tr ês


fo lhas da m esma erva, t ataré, pó de efun, pó de osun, uáji, obí, orogbo, pó
de ouro, pó de prata, cascas picadas de o vos de gal inha e de pomba. Um
animal deve ser s acrificado . Pergunta-se qual é uti li zando -se o jogo . Página
198 de 633

Dice Ifá I I I I I II II II IROS OG UNDÁ

REZA DE I ROS OG UNDÁ Iros o To dá Obatalá mowa iyení. A lié bo gbo O rixá ewi
iyar á o kun. Olokun o r Oxá iyáni á. Aguemam o pá eni ina odenu eni Olo kun
abagba Obatal á lodafun Oxá Odo nu, kaferefu n Xangô . Neste Odu nasceu a
mo rte s úbita. Nasceu a parada card íaca. Fi lho de Irosun e Ogundá. A ssinala
cirurgia de co ração. É preciso reco rrer à proteção de Ogun para que haja
sucess o. O Awo deste Odu tem que ter ci nco moedas de prata em cada uma

de suas mão s de Ifá. Fal a de envo lvimento e m atividades c om erciais. Proíbe


o co nsumo de bebi das alcoó licas. Quand o a pesso a se embriaga muda por
completo de personali dade e fala co isas das quais se arrepende
posteriormente. Ensina que, quando Olodumare criou o mundo, deixou
Olokun sem defi nição de sexo . É por este mo tivo que, até ho je, uns o
cultuam como obo ró e outros co mo iyagb á. Neste camin ho nasce u a
vindima. Nasce u o c ostume de pis ar as uvas para a fabri cação do vinho .
Este Odu manda agr adar Exú com um c oc o, água e um a vela. A pess oa tem
que tomar borí co m um pombo e so ltá-lo co m vida no quarto do bo rí. Para
vencer difi culdades, dorme co m um gorro vermelho na cabeç a. Tem- se O gun
ass e ntado, es tá falt ando alguma co isa, provavelmente uma ferramenta. Se
não tem, é precis o ass entá-lo. Página 1 99 de 633

Dice Ifá A pesso a não po de receber o igb á de Ogun das mãos de ning uém,

tem que abai xarse e pegá- lo no chão com as própri as mão s. Tem que
of erecer , a Ogun, se te tipos de bebid as diferent es. Aq ui o cão fo i
sacrificado pela pri meira vez po rque tentou criar ini mizade e nt re Ogun e
Olofin. Po r este caminho sacrifica-se ajá a Ogun. Quando surge es te sign o
não s e po de sacrifi car animais em casa po r um per íodo de quinze dias. A
pesso a não d eve f azer favores, po is não receberá nenhum ag radeciment o.
Tem que ter cuidado co m o mar, co rre o risco de afo gar-se. Aqui Olokun quis
expand ir seus domínios, e stende ndo suas águas por so bre toda a
superfície terr estre, no que f oi impedido por Obatalá q ue, des ta forma,
preservou es paço seguro para cr iar seus filhos . A pess oa é traída po r
alguém que and a sempre em sua companhia. O cão e o coe lho são inimigos ,
mas já viver am juntos na c asa de Obatalá. A pess oa entra em tr anse e
depois não se record a de nada do que aco nteceu. Tem que desenvolver a
mediunid ade e receber es píritos. Neste ca minho , quando s e dá um galo a
Elegbar a, reco lhem-se tr ês penas da c auda da ave e dei xa- se, por três dias,
no igbá. D epo is se to rra as penas e , co m as cinz as, prepara- se um pó para
ser usado sempre que surgirem di ficuldades. A qui nasceu o engasgamento

das ar mas de fo go. Fal a a noç ão do passar do tempo. Aq ui os relógios


pararam. IT AN DE IROS OGUNDÁ Cert a vez , Awo Lorun e Awo Laye s e
enco ntraram e, depois de mui to co nversarem, se des pediram, e cada qual
seguiu o s eu destin o. Quando chego u e m s ua casa, ao cons ultar Ifá, Awo
Laye ficou sabendo que havia conversado com um m orto. Desta forma,
sempre que se e ncontrar um estran ho em no sso caminh o, é bo m ver ifi car
se trata-se de um vivo o u de um mo rto. Página 200 de 633

Dice Ifá Disse Ifá: "Or unmilá é aquele que c ombate as injusti ças". EBÓ PA RA
T IRAR OS OGB O IKÚ Sacrifi ca-se um ca britinho no vo para Elegbar a e to ma-se
ba nho c om fo lhas de cróton. C olo ca-se uma taça de vin ho doce para
Orunmil á e uma para Ox un. Abre-se um buraco na terra e co loc a-se, em s eu
interior, uma c abaça co m uma br asa ace sa dentro. Colo ca-se Elegbara at rás
do buraco , limpa- se a pess oa co m uma ga linha cantando: Er ansi laiye. L aiye

Egun Eronsi laiye, laiye. Depois disto s acri fica-se a galinha dentr o do buraco ,
so bre a cabaça, e c obre-se tudo de terra di ant e de Elegbara. P ágina 201 de
633

Dice Ifá II I I I I II I II IROS OS Á

REZA DE I ROS OS Á Iroso sá Ifá pelé pelé lelé lile egue le wa guere manil e ilá
pupá Ologuin li nxé ude Olofi n, mafarefun Xangô . Neste Odu nasceram o s
cereais. É filho de Ir osun e de Os á. Por este caminho Xangô lançou
maldições so bre todas as mulheres. P ara que se tenha os caminhos abert os
é preciso qu e se c ultue Xangô. Coloca-se um xer é em Xangô e o utro em
Ogun, para que se tri unfe s ob re os inimigos e so bre as vicissitudes da vi da.
Faz-se sacudi mento, na casa, co m folhas de álam o, e lava-se o chão co m
amasí da mesma f olha. O igbá de Oxun tem que fi ca r mais alt o que os dos
outros Orixás. A pess oa atrib ui aos O rixás tudo o que aco ntec e em sua vida.
Guarda di nheiro e cho ra sempre que precisa gastá-lo. I sto lhe traz má so rte.
Não po de ficar em déb ito c om Xangô ne m com Oxun. Se f or homem, co rre o

risco d e ficar impotente. Tem que respeitar os mais velho s. Os fil ho s des te


Odu têm pouca f é e co stumam ab andonar seus O rixás, esquecendose do
juramento feito diante de O lor un de, trabalhando co m eles , ajudar a
humanidad e. Tem que ter cuidado co m incêndio s em s uas cas as. Alguém,
em cas a, po de queimar- se c om água o u gordura fervent e. As dí v idas
adquiridas devem s er pagas, para que a pess oa não co rra perigo de vida.
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Dice Ifá II I I I II II II II IROS OKÁ REZA DE IROS OKÁ Iros oká bo kalá, o kalá,
bokiká otatun, adifafun obó, akukó lebó.
Este Odu as sinala tr aição . É filho de Irosun e Iká. T raz violênc ia e brutal idade
nas relações entre o s s eres humanos. Se fo r mulher, é poss ível que t enha
sido vítima de um trabal ho de brux aria. Aqui nasce u o co stume da mulher s er

iludida pelo homem que, lhe pr omete casamento, abusa dela e depois a
abandona. A pess oa co rre o risco de morre r por ordem de alguém. Tem que
tomar borí par a so breviver. Por este c aminho O runmilá m os tra sua
sabedo ria diant e de Ikú. Fo i por este O du que Oxun tr ouxe o dinheir o e a
riqueza à Te rra. A pess oa, para não so frer um at entado fatal, não deve ir ao
campo s e m antes faz er ebó. Só Orunm ilá tem poderes par a salvar a pesso a.
A pesso a tem um fi lho que f oi es co lhido e terá que faze r Ifá. Este fi lho s erá
a sua s orte. Fala d e irmã os que , embo ra tenham sido criad os juntos , não se
toler am e nem podem ver um ao outro. A pesso a tem um sonho que não
co nse gue realizar . Em ire ajê : Tem que f aze r Ifá para ob ter fo rtuna e tudo o
que deseja na vid a. Não deve s e abo rrece r com nada que lhe su ceda. P ode
passar por um gr ande sus to no mar. Tem que s e pegar com Ogun, O xun, O
xós si, Elegbara e Obatalá. 10 - Um bem de aquisição de dinheir o ou fo rtuna.
10 Página 203 de 633

Dice Ifá A mulher q ue tiver este signo , se ndo filha de Oxun, ao receber
Akofá, tem que sac r ificar uma cabra par a Oxun co mer junto co m Orunmilá.

Isto asse gura felicidade no s eu c asame nto. Tem que viver na co mpanhia de
um Awo. O ho mem deste O du deve vi ver com uma mulher de Oxun e, s e ela
não fo r feita, tem que providenciar , rapid amente , s ua iniciação. Tem que
faz er ebó e oferece r uma gal inha pr eta a Ilê. Se a co nsulta ass inalar
problemas matrimoniais, tem que o ferece r uma gal inha cari jó para Oxun e
uma galinha p reta para Orunmi lá. O ejé das duas aves co rre em ambo s o s
igbás e co bre-se c ada igbá com as penas do bicho que lhe corresponde.
Colo ca-se três favas de bejereku n numa bolsinha e deixa- se no s pés de um
Orixá qualq uer. Sempre que a pes so a sair de casa leva a bo lsinha e, na vo lta,
reco loca no s pés do Orixá. O filho deste Odu tem que ass entar Os ain. O
Osain leva, por este c aminho, três penas e kodidé, tr ês raízes de a tiponlá, pó
de efun, pó de os un, uáji, li malha de ouro, limalha de pr ata, casca de o vo d e
galinha , casc a de o vo de po mba e um co ral. Pergunta-se no jogo o que
co me. Sac rifi ca-se um galo para Ogun junto co m Oxun. C ozinha-se as

carnes c om ewe yeyé, den dê, ataré e gengibre ral ado. Ar ruma-se num
alguidar e arr ia-se para os dois Orixás, cu jo s igbás devem fi car juntos para
receberem a o ferenda. Página 20 4 de 633

Dice Ifá II I II I I II II II IROSOTRUPON REZA DE IROSOTRUPON Irosoturukpon


tutu abene ri, Koiye Wanado ró. Ifá yo kafun Yemanjá Ob adorô Awo Ire Baiyani.
Xangô Awo Maro eledé a fafé loko niedé waw á iyeré abebe laiye Ifá. Aqui
nasce u a he mo rragia int estinal. E ste O du é filho de Irosun e Oturukpon. Ass in
ala roubo s co ntínuos . Assinala o po der de clariaud iência dado por Olorun ao
filho de O gun e ao filho de Os ain. Este Odu proíbe que seus filhos façam
fo rça. A função do Awo é fa lar e não, levan tar peso . Fala de doe nças
venéreas. A p ess oa tem que t er cuidad o c om hé r nias umbili cais e es crotais.
Assinala desentendimentos dentro de c asa. A mul her e o m arido discutem
muito e dese jam separar- se. Po r este c aminho O runmil á adquir iu blenorragi a
co mo castigo po r faltar com o respeito a Inle e a Orix á Oko. A mulher quer
so brepujar o m arido, quer se r mais do que ele. É o signo do jardi neiro que,
para que as f lores tenham perfume , rega- as co m seu pró prio suo r. Aqui

nasceram as pess oas que habi tam lugares inóspit os . É o s igno do


caminhante que busc a se gurança e t ranqüil idade. É um Odu de injustiças,
lutas e falta de reconhecimento por par te das pe sso as que são
benefici adas por favo res. Este é o caminho do flo rista. A pess oa tem q ue
tomar banhos co m pétalas de flores . Página 205 de 633

Dice Ifá Quando este Odu surge na co nsult a de um ho mem não iniciad o,
indica que ele tem que faze r Ifá o mais depr essa poss ível, caso co ntrário,
definhará até a mo rte. Se fo r para um a mulher, indica que ela tem problemas
no aparelho repr odutor e es tá propensa a so frer ab ortos. Por este c aminh o
Xangô prenuncia acidentes e po breza. A pess oa é vigia da por alguém e tem
que ter cuid ado para não s e envo lver com a justiça. A casa deve se r bem
vigiada e guardada contra a investida de um inimigo muito temido . A pesso a
tem que faze r ebó para q uebrar as fo rças deste inimig o. Os filhos des te Odu

não po dem comer pombo . É tabu. Por este caminho f oram inv entad os o
arco e a flecha par a que os s eres humanos pudessem s e defender d as
investid as das bes tas fero ze s. O Awo que tiv er um afilhado deste s igno deve
evitar que vá à sua c asa po is, es te afilhado, representa um grande perigo
para ele. Se tiver outro Awo de ste Odu, seu am igo, deve tratá-lo f riamente,
evitand o que o visite. As pess oas deste Odu têm tendências pa ra se
portarem de fo rma cruel e brutal . Por isto devem refletir muit o antes de t
om arem qual quer at itude em relação ao s o utros . Por este Odu fala I roko.

AMULET O DE DEFESA P ARA SER PENDURADO A T RÁS DA PORT A T rês


ramos de ewe eréen (Acacia fa rnesiana, Li n.), três ramos de atiponlá, três
ramos de lo uro, três grãos de ataré, ekú, ejá e erosun rez ado de Ir osuntrupon
. Coloca-se tudo n um saquinho de pano vermelho e pe ndura- se atrás da
porta de entrada. Página 206 de 633

Dice Ifá I I II I I II I II IROS OT URÁ REZ A DE IRO SO T URÁ Iroso Turá nibé a kani
ikanijú olodaf un Ogun nibatí , Ogun O los ilé, Orunmil á ate nifá. Este Odu se rve

de caminho para duas quali dades de Ogun: Ogun Alagbedé - li gado ao ferro, e
Ogun So ndé - ligado ao co bre. É filho de Ir os un co m Otura. Não s e po de
cuidar de Egun. Colo ca-se um o kpele de ferr o em Ogun. A pesso a, para
prosperar na vid a , tem que c ultuar Orunmil á, Ogun, Oxun e as sentar e
alimentar Exú. Aqui Ogun arr anco u, violentamente, a po rta e a janela po rque
estavam cheias de cupim. A pesso a te m que tomar cuidad o para que não
entrem lad rões em s ua casa. As portas e as janelas têm que se r mantidas,
sempre, em bom e stado de co nserva ção. O Awo deste Odu tem que po ss uir
um okpele de ferr o do se u taman ho. Sempre que for faz er ebó, deve
pendu rá-lo n o pesco ço . Quand o termina r, o okpele é co locado no igbá de
Ogun. A pess oa so fre do f ígad o e da vesícula. É preciso ter muito cuidado
ao lidar co m máquinas e ferramentas par a não s of rer um acidente. Não s e
casa co m a pess oa amada. F oi amaldi ço ado por uma pesso a de ida de
avançada. Par a livrar-se da maldição tem que banhar-se num rio co m

oxe-dudú mi sturad o co m iyerosun rez ado de Iroso turá. 11 11 - Sabão da


co sta. Literalmente - sabão preto. Página 207 de 633

Dice Ifá Não deve tentar faz er coisas para as quais não tenha vo cação . Isto
só lhe trará fracasso s. E st e Odu pr oíbe, aos seus fil hos , o cons umo de
carne de galo e de bebidas alcoólicas. Assinala inflamações no ventre e
doenças nasais. Assinala problemas respiratórios, enfe rmidades na boca e
frieza s exual. Proíbe seus filhos de sen tarem-se em po rtas que dão para a
rua e de fi carem parad os nas esquinas para não s e expo rem a acidentes que
podem ser fatai s. Por este cami nho as pesso as aceitam m aus co nselhos
que as lev am a desrespei tar seus mais velh os , ao s quais só devem
expressar respeito e gratidão .

AMULET O DE SEGURANÇA DO ODU Um crâni o de peru, um crânio de pombo ,


um crânio de ajapá, 16 atarés, um pedaç o de bo fe, um pedaço de fígado, um
pedaço de co ração. Coloc a-se tudo numa pan la d e barr o com tampa,
sacrifica-se o galo , co loc a-se dentr o da panela, tampa- se e e nterra-se nos

pés de um iroko. EBÓ P ARA AFAST AR EGUN Pega- se um c oc o s eco e


pinta-se de efun. Pega- se do is ramos de malva e, com um, se faz sarai eiê em
toda a casa, ba tendo as fo lhas com uma das mãos e rodando o co co na
outra mão. Com o outro ramo de malva pr epara-se um banho pa ra ser
tomado depois da limpeza. Quando terminar a limpeza da cas a, que é f eita
de dent ro par a fo ra, joga-se o ramo usado na rua e ati ra-se o co co, co m
fo rça s ufici en te, para que se quebre. EBÓ PARA VENCER DI FICULDADES
Pega-se um pouco de leit e de cabra e mistur a-se co m u m pouco de mel.
Esta mi stura dever á ser passada, dur ante 16 dia s, no rosto, c omo s e fo sse
uma loção . No décimo-sexto dia pr epara-se um amas í com ewe tabaté
(Eupatorium odo r atum, Lin.), abre- caminho , f olhas de algodão e ewe guna,
(Hura crepitans, Li n.)., e to ma-se um banho . Em seguida defumam-se o s
quatro cantos da casa co m canela em pó, açúcar e fo lhas secas de louro.
Página 208 de 633

Dice Ifá Po r este caminho a roda do mo inho retir ava água do rio e, e m certo
mo mento, só havia l odo para ser r etirado. A pesso a tem uma ati vidade que
já não é s uficiente para sua m anutenção , devendo , portanto, procurar outra
oc upação . Em os ogbo arun prenuncia uma doença que irá acabar ,
rapidamente, co m a pess oa, levando-a a morte. Pág ina 209 de 633

Dice Ifá I I I I II II I II IROSORETÊ

REZA DE I ROS ORET Ê Irosun unkuemí l aterí Tuká aparo, ataré mes an, ewe
enatorí, eiyé aparo , ata metá, agbado luiyere merin aiye kaabá gbe gbe xerin
xaió kanx á, gbe gbe torokô o mo dé tobariní

Este Odu pr oíbe que se empreste dinheir o, porque é co m o próprio dinheir o


da pesso a qu e lhe faz em um fe itiço . É filho de Ir osun e de Irete. Po r este
caminho O runmilá é expul s o de casa. A p ess oa deve pegar uma var a do se u
tamanho e uma pedra- de-fogo e co l ocar, co mo s egurança, atr ás da porta d e

sua cas a. Esta segurança co me junto co m Elegba ra sempre que ele come r.
O Awo deste signo, que não observa as interdições por ele det erminadas,
expõe -se a um grand e perigo. Tem que ter muit o c uidado co m o c liente pa r a
o qual surja este Odu. O cliente tem que faz er Ifá rapid amente, po is es tá
prestes a se r destr uído. Orunmi lá é a sua salvação . Este Odu ens ina, às
mães, que devem co nduzir seu fil hos pelas mãos. A pesso a tem tr ês
objetivos na vida que, só s erão alcançado s, s e fize r Ifá. Aqui nasceram as
tochas. Oru nmilá fez uma tocha de um galh o e, co m ela, der rot ou s eus
inimigos . A pess oa se perde por não ter fé. Quando as adversidades batem à
sua porta maldiz os Orixás e renega-os, esquecendo-se de que eles existem
para aj udar -nos a s uportar as di ficuldades que no s s ão impostas pelo
destino. Cada um t em que busc ar forças para superar as vicissitudes que
surgem em suas vidas e a miss ão do s Orixás é auxi liar-nos nes te sentido.
Aqui, po r falta d e f é, des pacha-se Orunmilá. Neste O du Orunmil á vive seis

meses a seco e seis meses co m água dent ro de sua so peira. Página 210 d e
633

Dice Ifá Para colo car água na so peira de Orunmil á, primeiro co loca-se e pô
pupá bem quente numa qu antid ade suficiente para cobrir t udo o que es tiver
contido no igbá. So mente dep ois que o epô e sfriar é que se co loca a água
fria. Assinala o fim d e uma c asa e necess ida des prementes, o casionados
provavelment e, pelo faleciment o de um dos cô njuges. Proíb e que a pesso a
carregue din heiro nos bolso s. Assinal a feitiços colo cados na porta d e cas a.
A pesso a tem que t er muito c uidado para não s of rer amarraçõ es f eitas por
mulh eres. C orre o risco de ficar louca. Tem que lavar a cabeça co m om ieró
de sálvia e to ma r borí co m um galo -caipir a. Elegbara di z que es tá picando
ervas o tempo todo . Tem qu e co loc ar uma faquinha em Elegbar a. A pess oa
tem qu e ass entar Osain co m todos os fundament os . O rei teve qu e ir ao
enco ntro de Orunmi lá, que se negava a atender a os seus chamad os .
Orunmil á diz que a úni ca co roa que reco nhece é a s ua própri a co roa. A
pesso a não deve atend er a chamados para ir ao enco ntro de ning uém. Quem

quiser vê- la, que a pr ocure. Por pi or que se ja a situação, não se deve
despachar Orunmilá. Isto s ó servi rá par a agravar, ainda mais, o que já es tá
ruim. A pess oa não deve emprestar d inheir o a quem quer que se ja, não
importand o quem lhe peç a. Pági na 211 de 633

Dice Ifá I I II I I II II II IROSOXE REZA DE IROSOXE

Iros un Xe Olú jenjé adifafun Auré Linjó. Launjé o kan akuk ó lebó. Oxá kelefun
kitifun xaw ó adi Orunmi lá. Neste Odu o mal vem po r intermédio de uma
mulher b aixinha, de nádegas protuberant es e c orpo bem feito. O ho mem se
apaixona por ela e fica enf eitiçado po r um trabalho de amarração. Este s igno
é filho de Ir os un e Oxe. Foi po r este caminho que o s ho mens a prender am a
utilização dos óleo s vegetai s na culinária e na co nfecção de lamp arinas. Os
os so s dos mo rtos se desfaz em na ter ra pelo efeito da ferment ação. É

preciso des enterr á-los e co loc á-los no o ss ário, propri edade de Oxe M eji. Este
é o c aminho, através do qual, agem os Eguns. É por aqui q ue o s Anjos da
Guarda vêm buscar seus fi lhos na ho ra da morte , carr egando-o s pelo s pés .
Orunmil á ensina ao s ho mens a mane ira co rreta de ali mentar seus Anjos da
Guarda, para salvar suas vidas. Orunmil á é o intermediár io e ntre o Anjo da
Guard a e o ser humano. Aq ui nasceram os defeit os físicos. Este Odu proíb e
que se cho re por falta de dinheir o. A pesso a tem que faze r orô para I yá To bí .
Te m que c uida r d e O xun e mantê-la apaziguada. 13 13 - Quali dade de Oxun
cultuada no Caribe Página 212 de 633

Dice Ifá Prenuncia uma guerr a para a qual a pess oa tem que es tar
prepar ada. A pess oa tem que faz er muit os trabal ho s que s ervirão para salvar
a sua vid a e as vidas de seus entes quer idos . Em o so gbo arun, t em que faz er
ebó imediat amente - qual quer demora po de se r fatal. Tem que dar obí omi
tutu à Terra , e limpar -se co m fo lhas de tabat é, p inhão e mamo na, e depo is,
tomar b anho co m omi eró das mesmas e rvas. Est e signo assin ala pr oteção
de Osain. É um I fá de guerras. Quando surge, pega-se uma brasa viva e colo c

a-se na porta de casa às 12 ho ras do dia. Em seguida despeja- se água f resca


so bre a brasa, co m o auxíli o de uma quarti nha de bar ro e, ne ste mo mento,
se diz : "Da mesm a fo rma que a água ap aga o f ogo, que Kukuxé Iroso Kuxé
vença meus inim igos". É p or este Odu que aco ntecem os incênd ios nas
florestas e no s bo sques. O ebó deste signo é f eito dia nte de El egbar a e de
Oxun, ocas ião na qual, se o ferece um galo para cada um. Xan gô e ra nadad or
e ganhava a vid a transpo rtando as pess oas de uma margem à outra do rio.
Aganjú, que s e chamava Kuxé, mo veu-lhe uma guerra, o que impediu q ue
Xangô co ntinuass e naquela ocupação. Ofe rece- se do is par gos a Xangô. O
hom em teve uma mulher baixi nha q ue disse estar gráv ida, mas e ra mentir a.
Esta mulher l he f ez um trab alho de amarração que atrasou a s ua vida. A
pess oa deve dar mais atenção à própria mãe pela qual não tem demo n
strado o menor int eresse. Tem que ter cui dado para não c omer co m o s s eus
inimi gos , po is po derá cair em alguma ar madilha. Deve ter cuidado, po is há

prenúncios de um incênd io em sua casa que co meçará pel a co zinha. A o seu


redor tud o s ão f alsidade e tr aição. 14 14 - Ofe renda compo sta de um o bí e
água fresca, que tem por finalidade apaziguar qua lquer entidade. Página 213
de 633

Dice Ifá T RABA LHO PARA A FAST AR OSOG BO Azeite doce , az ougue,
epo -pupá, 12 pavi os de lampari n a, um edú-ar á , dois galo s, pó de peixe, pó de
preá e mil ho torrado. À s 12 ho ras do dia, co l ocam-se o s 12 pavi os no az eite
doce mistu rado co m o epô, dentro de uma ti gela. Ace ndem- se o s pavios e,
em se guida, colo ca-se 12 gotas de az ougue. Fica nos pés de El egbar a até
que ter mine o az eite. O que so brar no f undo da ti gela é despachado em água
corrente. 15 15 - Pedra de raio Página 214 de 633

Dice Ifá II I I I II II I II IRO SO FUN REZ A DE IROS OFUN Iros ofun oxú o poni
minoman agbado orilelé lori apat á ibunjó ni gbe xi bú i nbelotan oxe elepo
gbaxugb u igbé lar ifá adifafun O luwo. Este é o signo da desco nfiança. É fi lho
de Irosun e Ofun. Neste Odu os preços determinad os para os trabalhos

devem ser mant idos , não podendo baixa r nem um centavo. A pess o a é
desco nfiada. Foi por es te caminho que Aganjú d eclarou gue rra a Obatalá,
pelo do míni o das cabeç as humanas . Ass inala t raição entre ir mão s. A rainha
de Dassá fo i traída por sua p ró pria irmã que era amante de s eu marido. Fala
de co rrupção na famíli a onde, um do s membro s , é filho bastardo. A ss inala
fraqueza s exual no ho mem. Obatalá er a trapalhão e guarda va o dinheir o de
seus afilhados . Usav a o dinheir o a ele co nfiado, tentand o a so r te no jogo e,
co mo sem pre per dia, ficava muito atrap alhado na ho ra de ace rtar as co ntas.
A pesso a deve ter muito cuidado na hora de esc olher seu padrinho o u pai
-de-santo, para não c air nas mão s de um vigar ista. Fala de pesso as
inescru pulos as, q ue não hesitam em lançar mãos de exped ientes
crimino so s para ocultar se us atos ilícitos . Ass inala a existência de feitiços e
bruxarias e nterradas para pr ejudicar a pesso a. Neste Odu a pes so a tem que
cultuar Obat alá para não viver atormentada pelas mais dif e rentes

enfe rmidades. Tem que ter uma es teira es tendid a na entrada de sua cas a.
Página 215 de 633

Dice Ifá Aq ui se dá ganso ao Orí e se enfeita a cabeça com suas penas.


Antes de sacrifi car a av e, faz -se saraieiê co m ela. Neste caminho Obaluaye
recebeu co roa. É caminho de Obata lá e tr az pro teção de Oiyá. P or aqui falam
Osain, Elegbara e Orunmilá. Assinala engano do ho mem em relação a sua
noiva. O co mpromisso assumido não será cumpr ido. A pesso a não cuid a de
Elegbar a de fo rma corr eta, ou então, es tá falt ando alguma coisa no seu
assentame nto. Os inimi gos vivem rodeando a pesso a. Cos tuma m co mer
co m ela, são faladores e gos tam de caluniar . A pess oa tem que se pe gar
co m Obatalá. Corre o risco de mo rrer ou de envo lver-se numa tragédia
provoc ada por um d ese ntendimento num jogo . Deve c uidar muito bem de
um cão que vive, ou que aparece rá em sua cas a. Página 216 d e 633

Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE VI II II II II I I I I


OWÓNRIN MEJI REZA DE OWÓNRIN MEJI Owónrin Meji Baba Orogun, ni moún

ni ori oún jo ko adifafun Akit ifá, a difafun Aroni, mama f orosile akit ifá, adie
sinkena elebo. Este é um Odu feminino, representa a Terra e o submundo .
Foi atrav és dele que o magm a r esf riou -se dando s urgimento às rochas e à
crosta terrestre. Aqui nasceram os arajés , os caramujos pontiagudos, as
conquistas, a celebri dade, a crença, a revel ação, a pos sess ão espir itual, os
seres disformes e o plano as tral. Por este caminh o fo ram cr i ados os pés e
as mão s. Aqui falam as almas so litárias e o s e spectr os fantasmag óricos. As
sinala enfermi dades estomacais, c omo úlcer as e dispepsias, além de
tumores intestina is. Fal a igualmente de vida e de mo rte. As mulheres de ste
Odu, al ém de dores estom acais, são propensas a complicações rena is
generalizadas. E ste Odu proíbe os s eus filho s de co merem galinha d`angola,
milho e ge rgelim (Ses amum indicum, L in.). Rec omend a que s e vistam de
azul-marinho. Por este Odu nasceram as úlceras no reto e no duo deno.
Neste signo a ingr atidão imped e que a pess oa colha o s frutos do seu

trabalho . Página 217 de 633

Dice Ifá Quando, por este caminho, se of erece gali nha d angola a Exú ,
pega-se um caroç o de m a nga (A chras z apota, Li n.) e pinta- se ne le o s igno
Owónrin M eji, para q ue permissão p ara se arrancar a cabeça da ave. Este é o
signo das salamand ras que se alim entam d e fo go o btend o, desta forma, o
poder de mud arem de co r, mas que, apesar di sto, pos suem o s co rpos tão
frios que podem apaga r o f ogo . Por este Odu se prepar a um pó c om
mariposas e fezes de gato que é usado para obter-se a vitória numa questão
judic ial. O wónrin Meji é o signo do mascaramento e da hipo cris ia. Neste
caminho e nco ntram-se tr ês Ajés que são : Ologbumo le - O que viaj a pelo
caminho , Olo gbumos á - O que voa, e Ologbu marepá - O que existe par a
matar. Estes três e spíritos reunidos , dão s urgimento ao s vamp iros que
voam e matam, viajando pelos c aminhos . Fala de um Eg un que acom panha e
ajud a a pesso a, mas que a mantém so litária, só permit indo que se aproxime
de quem acre ditar na sua e xistência. Numa enc arnação anterior es te Egun
assass inou a mãe da pesso a q ue hoje protege e, po r isto, cuid a desta

pess oa e tem ciúmes de quem se aproxima d ela. Este é um signo de


trabalho, tem qu e se colo car uma p edra-de-fo go no s s eus ebó s . As pesso as
deste Odu fi cam atordoadas po rque querem faz er mais cois as do que p
ode m. As filhas deste Odu amam c om muita sinceri dade e são
extremamente fiéi s. No en tanto ato rmentam seus ho mens po r serem
demasiadamente ciumentas. Quando este Odu surge numa consulta, a
pess oa para q uem tenha surgido deve permanecer , durant e se te dias, sem
sair de cas a. Sempre existir á um amigo para lhe causar algum dano. A mulher
que tem este s igno é uma verdadeir a esc rava, dá tudo de si, s em recebe r nad
a em troca. L uta para co nseguir um home m que se ja só seu, é fiel e
dedicada. A pesso a tem que t er cuidad o c om quedas que po derão
oc asio nar-lhe problemas res ultant es d e pancadas e m partes vitais. 1 Babá
Egun dê 1 - Espíri tos malignos ligados à práti ca da feitiçari a Página 218 de 633

Dice Ifá Seus Santos não po dem ficar sem água. É por este caminho que o
Espírito se e squec e das v idas anteri ores . A pess oa é es pírita dotada de
grande me diunidade. Na port a de sua c as a ficam s empre dois eguns que
fecham o s caminhos para as coisas bo as. A qui o g ato f oi inici ado no c ulto
de Ifá. É o reino de Oduduw a. Nest e Odu nasceu o cos tume d os ho mens
viverem em grupos co munitár ios . Nasceu o po der da cura e da revelação.
Quand o este Odu surge em atef á , uma das cabras sac rificadas é dividida
entre os Babalaw o s participant es. O Awo deste s igno tem que, periodicamen
te, co loc ar seu I fá na cas a o nde fica ass entado se u Egun p rotetor . Se mpre
que se fi ze r um ebó por este camin ho , na véspera, tem que se tomar borí e
faz er ebó e m si mes mo para não adquirir a negati vidade do c liente. O eleké e
o idé deste signo têm que ser feitos co m fio duplo, o u se ja, têm q ue ter
duas voltas. Este Odu fala de mudanças nas relaçõ es humanas . Padrinho e
afilhado têm que ter cuid ado para não s e se pararem. 2 ASSENT AMENT O DO
EGUN Pega- se uma cabaç a e, pela par te do pesc oç o, se introduz: leri ekú, leri
ejá, milho, erú, o bí, o sun e um pedaço de galho de cipr este (Cu pressus
funebris, Endi. ). Sac rifica-se um pinto e c obre-se co m um pano preto e outro

vermelho. 2 - Cerimô nia durante a qual cons ulta-se o Oráculo c om a


utilização dos ikíns e do o ponif á Página 219 de 633

Dice Ifá T RABA LHO CONT RA ARA JÉS Coloc a-se, num espelho, pó de ekú,
de ejá e milho. Sacrifi ca-se u ma franga para Elegbar a e de rrama-se epô
quent e em cima de El egbar a e s obre o espe lho . O dono deste Odu tem que
ter em seu quintal, um pé de go iabeir a, junto ao qua l enterr a uma fe rramenta
de Osain. Seu Elegbar a tem que se adornado co m 41 búzios . Tem que pegar
quatro tabuinhas, pintar nelas o signo de Owónrin M eji com e fun e o sun.
Depois, pass a as quatr o tabuinhas no co rpo e s acrifica um galo a Elegbara j
unto co m as tabuinhas. Retir a as tabuinhas e co loca-as atrás da porta p ara
que os Arajés não entrem mais em cas a. Página 220 de 633

Dice Ifá I II I II I I I I OWÓNRINXOGBE

REZA DE OWÓNR INXOG BE. Owónrinx ogbe tabakoyú, baín, baín, Ikú baí n baín
jobatí adif afun oun Ba o merindilogun tinlo difá ile Olofin. Este signo é filho de
Owónrin e Ogbe. Fo i através dele que se co nhece ram as uti lidades do s
cristai s. O bem e o mal habitam o me smo local. O di nheiro não é tudo na
vida. A pess oa tem que assentar outro Obatalá. Tem que o ferece r um galo a
Exú para não ver su a cas a destruí da. O Awo o u a Apetebi deste s igno não
podem batizar ninguém. A qui nasce u o Pinado de Iw oró . Não s e deve
guardar co isas de o utras pess oas . Não se pode empres tar nenhu m o bjeto
de uso pessoal. As reclamações devem ser feitas de forma delicada, para
evitar algum ti po de tragédi a. É um Odu de avareza. Quanto mais s e tem, mais
s e quer . A pess oa é ego ísta e não go sta de ajud ar ninguém O maior o so gbo
deste Odu é a s obe rba, pois dá caminho à violência e a males irreversív eis.
Tem que ter cui dado co m roubos . Os filhos deste Odu não são amigos de
ninguém pois tentam co nquistar a mulher de seu m aior amigo. 3 3 -
Cerimô nia co mplementar na ini ciação de Babalawo. Página 221 d e 633

Dice Ifá Fala de um acid ente provo cando f erimentos graves na cabeç a.
Quando a pes so a fica i rada pode matar até mesmo alguém de quem gosta
muito. E ste Odu avisa que a pes so a de ve policiar- se m uito para não se r
so berba e violenta. Estes são os caminhos de s ua p erdi ção. Ensina qu e s e
deve agir co m paciência, ser gentil , persuasivo e leal com o s d emais para,
assim, enco ntrar soluçõ es amigáveis e inteli gentes par a o s problemas que s
urjam no deco rrer da vida. Assinala pr oblemas nas vistas que e xigem o uso
de óculo s es curos. Tem que ter mui to respeit o à Oiyá, pois ela pune com
cegueira e demência. N este caminho Elegbara quer que todo s faç am a sua
vontad e. Da mesma forma, os filho s deste Odu qu erem que t odo s s e
submetam aos se us capri chos . Foi neste caminho q ue Exú , usando um
gorro preto de um lado e vermelho do outro, provoco u uma di scuss ão e ntre
dois amigo s que, a partir de então , tornaram- se inimigos para sempre. A ss in
ala a existência de um co mpromiss o muito desagradável que, para deix ar de

existir, e xige q ue se aja co m muita sabedo ria e moderação , caso co ntrário,


surgirão vários prejuízo s. Abra a to rneira e deixe a água es co rrer para que,
em vez de sangue, co rra água em su a cas a. A pesso a não po de ajud ar
ninguém a levant ar peso s para que sua vida não se atr ase e nquanto a da
pessoa ajudada se adiante. Assinala sofrimentos relacionados a
reumati smo , artrite e co luna vert ebral. A pess oa pode ficar impos sibili tada de
se mo vimentar livremente. Par a ass egurar um i re, co loc a-se, em Elegbara,
um gorr o branco e vermelho. Para evitar oso gbo Ikú co loc a-se, em Elegbar a,
um gorr o verme lho e preto. Tem que se of erecer p eixe assado co m dendê e
milho vermelho a Az awani . A pess oa deve cuidar muito das vistas, da
garganta e do s angue. Não po de permit i r que seus filhos venham a so frer
co nse qüências de su a própri a violência. Pági na 222 de 633

Dice Ifá Coloc a-se em Elegbara uma naval ha velha em cuja lâmina
espeta- se papéis com o s ender eços do s inimigos e co bre-se com pó de
carvão e pó de ef un. Se fo r homem, existe uma mul her qu e lhe dá
tranqüil idade e que já lhe deu o u lhe dará um fi lho. Sua so rte e stá nes ta m

ulher. Quando o Awo termina um ebó deste signo, recolhe um pouco do iyefá
utilizado para banhar-se. O Iyefá que so brar no o ponifá deve ser so prado na
porta da r ua co m a se guinte rez a: Owónrinx ogbe Baxowani sanxemixé jir o ni
bode agadá afo xe iyar awá edi damí Logun damir ê afu lení. No mes mo banho
deve-se acresc entar er vas da Oxun qui nadas e f ervidas. Depois de frio,
mistura- se o iyefá e um po uco de água de chuva. TR ABALHO PARA
LEVANT AR UMA PESSOA O bs.: Este trabal ho pode ser utili zado sem pre que
necess ário para o s filhos deste Odu. P ara o utras pess oas , s omente quando
surgi r em opolé 4. Espal ha-se um po uco de Iyefá no so lo, risca- se o signo e
co loc a-se, em c ima, 16 pi tadinhas de pó de ekú. Em seguida desmancha-se
o signo fazendo a seguinte reza: Owónri nxogbe kaxu bawo alasesegun aiye.
Owónrixogbe alases egun adifafun Owó nrin adifafun a iye un batowá aiye, il e,
awo. Ist o feito recolhe-se tud o e co loca-se so bre o opo n. Sacr ifica-se um
pombo para Oiy á, co loca-se o ará so bre um pano vermel ho, c obre- se c o m o

iyefá, e mbrulha-se e despac ha-se no m ato. Este tr abalho é para tr aze r sorte e
d inheiro. SACRIFÍCIO A ELEGBARA NOS CAMINHOS DE OWÓNRINXOGBE
Sac rifica-se um galo dentro de ca s a. Ao lado do igbá co loca-se uma pe dra
de carvão em brasa. Quando o animal é sacrifi c ado, deixa-se um pouco do
ejé es co rrer so bre a brasa. Abr e-se o galo e derrama- se az eite de dendê em
suas entranhas. D eixa-se em cima do igbá de El egbara por tr ês dias c om uma
vela acesa. Pergunta- se no jogo on de deverá ser despachado. 4 - Diz-se do
Odu que surge no primeiro lançamento, como "responsável" pela consulta .
Aquele que está com os pés no so lo. Pág ina 22 3 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA OS OGB O ARUN EM OWÓNRINXOGBE.


Sac rifica-se uma galinha para Elegbar a da seguinte f orma: Espalha-se areia
de rio no so lo e c oloca-se Elegbara em cima da ar eia. Sacrifi ca-se a galinha
so bre o igbá e, ao seu redor , so bre a areia, d eix a-se e sco rrer um pouco do
ejé. Dá- se três go tas de ejé à terr a fo ra da areia. Feito isto , o ferece -se obí e
om i tutu a Elegbar a, reco lhe-se a areia e junta- se à ela: pó de e kú def umado,
pó de ejá defumado , milho torrad o, o tí, epô e mel. C obre-se Elegbara com

todas es tas co isas e pergu nta-se, no jogo, o nde será d espachado o ebó.
TRABALHO PARA DESMANCHAR QUALQUER TIPO DE OSOGBO. Marca-se o
Odu so bre o so lo. E m cima d a marca co loca-se um pr ato bran co fundo co m
uma fo lha d e chicá (Xant os oma sagit of olium, Scho tt.), um ekó, pó de ejá,
epô pupá e o sun. P uxa-se do is pintos macho s so b re o prato e co loca-se os
ará dos pintos dentro do mesmo . Despacha- se no mato no d ia seguint e bem
cedinho. Este trab alho é f eito atrás da porta d a casa do cliente. O Awo deste
Odu tem que t er assentado Exú Ni par a os trabalhos mais pe sado s de se us
clientes, deixando para o s eu Elegbar a, so mente o s trabalhos para o bem .
Página 224 de 633
Dice Ifá II II II II II I II I OWÓNRIYEKU REZA DE OWÓNRIYEKU. Owónriyeku abori
oribaxé kaw o oribawá, ir e axekun o tá, eles e Xangô maril awe ni Elegbar a
orukpale owó o goró obori obo ri Oyeku, Inle eberen baw á Ifá kalerun Ow óriny

eku. Este Odu é fi lho de O wónrin com O yeku. Fo i por este caminho que, pela
primeira v ez , a mulher levantou a mão c ontra o ho mem. Aq ui nasceu o
domíni o da mul her sobre o home m. É um sign o de deso bediência e de
co nfronto . Tem que o ferec er ajapá a Egun. Prenunci a uma guerr a que, para
ser ganha, o Awo tem que s e preparar muito bem. Não s e nega co mida a
ninguém. É es te Odu que faz , em ce rta ho ra da noite, o flambo yant crepi tar .
Quando a pes so a fica rica e feliz, chega a morte. A pesso a pode enco ntrar a
mo rte no meio do mar. Este Odu dá muit o dinheir o, mas, s e não se o ferecer
um galo a El egbar a, perde- se tudo pouc o a pouc o. A pess oa é filha de Oiyá.
Aqui Xangô deu um fi lho a O iyá. Nasce u o xeré de Oiyá. E nsina que as
cabeças gos tam de co mer babosa, meno s as c abeças dos filhos de Oxun.
A pesso a será ajudad a por alguém que t em chagas no s pés e n as pernas.
Existe uma di sputa pel o cô njuge, cargo o u pos ição da pess oa. É preci so
cuidado, po is co rre o risco de perder . Página 225 de 633

Dice Ifá A pesso a vive rodeada de gente de má vo ntade. Vive à deri va, se m
contar com a proteção d os seus S antos, e c orre o ri sco de per der sua

ocupação . Tem que cuid ar de excess o de sangue e de doenças mentai s. Um


parent e mo rreu antes de po der confiar uma missão ou dar alguma coisa à
pesso a. Tenta se co municar, mas não co nsegue por não po ssuir mei os para
tal. Precisa de missas e preces para que r ece ba luz e fo rça. A pesso a pode p
erder tudo o que tem por pos suir uma cabeça ruim. Tem que c ultuar Oiyá e
dar co mida a E gun. Por es te caminho dá-se bo de a Elegbar a e toma-se banho
co m ewe as án (Chryso p hyllum cainit o, Lin). Tem que apaz iguar E legbar a
sempre que o Odu vier em Osogbo , lavan do-o co m yesá de ejebale . A
pesso a tem que r oubar um fi lhote de pombo empl uma do e, co m ele, tomar
borí em sua própri a casa. Este ebó tem que ser feito na f rente d e um o gan
co nfirmado que será pago para d espac har o carr ego do borí. To das as vez e
s que o O gan voltar à casa da pess oa, esta terá q ue lhe dar alguma coisa. Só
ass im pod erá pros perar na vida. 6 6 - Água co mum, reco lhida numa cabaça ,
à qual se ac resce nta um p ouco do s angue do anim al sacrifi cado. Página

226 de 633

Dice Ifá II II I II I I II I OWÓ NRIWORÍ

REZA DE OWÓNRIWORÍ . Owónrin Tanxelá Owar i Ofo re oun jo ko iguerí ao fo ré


ejá, Oxun adifafun Ori está bain bain A wo Oxa O mi. Aqui nasc eu o espirit ismo
científi co . Este O du é filho de O wónrin e I wori. Aqui nasce r am todos os
defeito s. É um Odu d e mentiras, de desprez o e de delaçõ es. Para subir na v
ida e alcançar seus o bjetivos a pess oa tem que ass entar Azawani. Asse gura
vida lon ga. Neste caminho o dia e a no ite fize ram um pacto. Por este
mo tivo, o Awo deste O du tem que ter a mulher de co r diferente da sua. Aqui
nasceu a avar eza e , por ela, a pesso a se destroi. A pessoa não pode passar
so bre val as e buraco s. Tem a ca beça dura e suas palavr as são ainda mai s
duras. Par a não s e perder tem que ouvir os co nselho s que lhe dão. Teve
uma infância infeliz. A ndou de cas a em cas a, era complexad o po r qualquer
mo tivo ou fo i amald iço ado po r alguém. Exi ste um Egun que durante a vi d a
fo i um poderoso feiti ceiro e que agora, exerce influênci a para que a pess oa

viv a so zinha. Em oso gbo ass inala traição dos am igos. Em ir e é a própri a
pessoa quem trai se us amigos. Quando era jovem sofreu um trabalho de
macumba fe ito por uma mulher n o qual fo i utilizado um tipo de f etiche. Tem
que cuidar d o co ração. Página 227 d e 633

Dice Ifá A pess oa tem um Egun que é seu guia espirit ual e que não go sta de
seu pai o u mãe de S a nto. Não deve us ar per fumes muito ativos porqu e isto
atrai os ogbo . Deve mudar d o l ugar onde vive. Tem problemas de exces so ou
falta de açúcar no s angue. Tem que cuida r d a pressão arterial. Se fo r
mulher deve cuidar do o vário e das trompas . É preciso te r muit o cuidado
com as amizades. Tem qu e evit ar o uso de bebi das al co ólicas e o de
sregramento s exual, para não adquir ir moléstias se xualmente tr ansmiss íveis
ou perder a potência. A pess oa enco ntra inúmeras difi culdades para cumprir
suas obrig ações co m os S antos , mas não deve d eses perar-se, as co isas

serão feitas na ho ra cert a. Existe uma guerr a oc asio nada pelo caráter
extremamente f orte da pesso a. Po de envolver- se num problema de
chantagem podendo , por es te motivo, che gar a ser pr esa. Tem que cult uar
Elegbar a e respeitar t odo s o s Orixás. E ste é um O du de bandi dos e de
pesso as que se envo lvem em negóc ios s ujos. Aq ui Elegbara fez uso de
marijuana. Os negó cios deve m ser feitos a s ós , jamai s na presença de
terceir os . Os ho mens des te Odu têm que faz er Santo e iniciar -se e m Ifá. Aqui
se repartiram o s po deres da arte, da adi vinhação e da guerr a. Neste caminho
Olokun se f ez co merciante e o búz io era o s eu inter mediári o. Aqui Elegbar a
fo i condenado por Olo fin a viver na esquina, po r haver roubado os ikins de
Orunmil á. A pess oa tem que co loca r uma bandeir a branca atr ás da po rta de
ca sa e, nas árv ores frondos as que t enha em casa ou nas suas
proximidades, derramar m el para atrair as formigas. Aqui Elegbara vive sobre
um tamb or co m um par afuso d e linh a de tr em ao lado. Com es tas coisas
invoca-se, à me ia-no ite, todos os espírit o s malignos para trabalharem par a o
mal. A pesso a, po r ser romântica e afetiva, é eng anada co m carícias. Este
signo proíbe que s e ande n u dentro de c asa para não irritar E legbara. Página

228 de 633

Dice Ifá A pessoa deste signo é desgovernada, precisa organizar-se,


respei tar aos outros e às reli giões que pr of ess em, não importand o quais
sejam. Este é o caminho da mudança de c arát er. T RABALHO PARA SE
OBT ER UMA GRAÇA D E ELEGBARA Abr e-se um buraco no quintal e co loca -se
Elegbar a dentro dele. Sacrifi cam-se do is po mbos e deixa- se o ejé co rrer
dentro do buraco, ao redor do igbá, tendo o cuid ado para q ue não caia sobre
ele. Em seguid a, acendem-se se te velas ao redor do buraco e tapa-se co m
areia d e praia. Despac ham-se o s po mbos mo rtos nas águas do mar. As
cabeças dos pombos são arriadas diante de Xangô, para que sequem.
Depois de s ete dias desenterra- se Elegbara, lava- se c om águ a do mar e co m
amasí de suas fo lhas, e sac rifica-se um f rango para ele no ritual d e pr axe.
Com as c abeças de pombo colo cadas di ante de Xang ô, prepara-se um pó ao

qual s e acrescenta pó de ef un, de pr eá e de ejá. Est e pó é co locado num


saquinho de c ouro que de ve fi car no igbá de Elegbar a. Sempre que se
precisar obter uma graça, pega- se um po u co do pó , so pra-se s obre Elegbar a
e faz -se o pedido. Tem que of erecer um galo a Olokun, sac rificando -o dentr o
do mar . O Elegbar a dest e O du é Exú M owani que, em vez de búzio s, leva
caroço s de dend ê na boca e no s o lhos. A s fo lhas d este signo são :
cascaveleira, iguí adamá (Elaphrium simaruba, Lin.) e planatillo de Cuba. Tem
que fazer ebó co m etú e, depois, tomar b anho de o mieró das f olhas do O du ,
acrescido de pó de e fun. O Aw o tem que dar dois cabritos ao se u Ifá. Página
229 de 633

Dice Ifá EBÓ NO S CAMINHOS DE OWÓNRIWORÍ D ois pargos, 16 búz ios , 16


ewe yeye (Spondias cirunella, Tuss ac.), 16 sementes de dendeze iro partid as,
16 fitas de co res diferentes e 16 favas de atar é. Passa-se tudo no c orpo e
despacha-se nas águas de um rio. Durante o ebó , a pess oa a ele submetida
deverá per manece r sem roupas, enrolada apenas numa to a lha branca.
Entrega-se a Olokun, nas águas, u ma co roa de mariw o e nfeitada com 16 p

enas de eko didé. Página 230 de 633

Dice Ifá I II II II II I I I OWÓ NRINSO DI

REZA DE OWÓNRINSODÍ Owónrin ni So dí Ariré leparí k oso bo tolepani


adifafun Awo Axelu fi nxomé o ojá. Este Odu é fil ho de Owónrin e Odi. Foi
neste cam inho que nasc eu Odé, o Orixá caçado r. Dete rmina que, no
assentament o de Odé, se co loque a par te superi or do c rânio de um veado
com suas respectiv as galhad as. A pessoa não pode usar perfumes para não
atrair prob lemas. Pos sui o suo r muito ativo. Tem que tom ar borí . O homem
tem qu atro mulher es. A pesso a promete co isas que estão f ora de suas
pos sibili dades e, po r não po der cump r i-las, fica desm oralizada. Se fo r
hom em, e stá amarr ado po r uma mulher . Se fo r mul her, es tá quer endo
amarrar um home m. Fala d e uma mulher que roubo u o marido de o ut ra. A

pess oa tem que dar co mida ao se u Orixá e ao seu Egun protetor para t er
progr esso nas suas co isas. Ox un deseja alg uma coisa da pesso a. Nã o deve
iniciar al go qu e não pos sa terminar . Tem dívid as c om Elegbar a. Fala de uma
pess oa muito do ente que pr ecisa as sentar Orunmil á e o utros Orixás. A
pess oa tem que viv er em casa térrea. Não de ve acredit ar que ninguém po ss a
lhe causar algum malefício. É preciso ter muito cuidado com as pessoas
co m quem co nvive. Tem que ter cuidado co m uma agr ess ão . Página 23 1 de
633

Dice Ifá

Assinala pr oblemas co m a justi ça. Cuidado para não s er pres o. A pesso a


tem uma grand e tristez a na vid a e isto pode o casio nar a sua morte. Se a
cons ulent e fo r do sex o f emini no é caprichosa e muito teimosa. I sto po de
ser a sua perdição. Vive acabrunhad a porque nada atr ai a sua atenção e o
seu interess e. Quando s e enamo rar de algum hom em deve prestar muita
atenção nos s eus co stumes e co mpromisso s para que não venha a so frer

muito, futur amente. Se o co nsulent e fo r do sexo masculi no perdeu uma


ativid ade na qual se dava muit o be m. A sua o cupação atual não é de se u
agrado. Vive desanimado , acredit ando que nunc a mais voltará a ser o que
era ant es. Tudo aquil o por que es tá passando s ão c oisas impostas pelo
seu O rixá, par a que ass uma a missão que lhe fo i con fiada nes ta vida. Tem
que assentar seus Orix ás e Orunmilá, amá- los e ter devoção. Só então tu o
volta rá a ser como nos bo ns tempos. Por est e Odu fala o macaco de nove
rabos. Ne s te caminho se faz ebó co m carne podre. Aqui se aprend e que
Azawani come bode. Página 232 de 633

Dice Ifá I II I II II I II I OWÓNR IROS O REZA DE OWÓN RIROS O O wónrinro so


Ogun ati Elegbar a Awo nifá lese Olo fin, O runmilá ati Xangô unbó wariyo o dara
mi dar a. Omó O lofin o fo Leí toxú Ar ajé lodafun Orunmilá k aferef un pinado.
Este sign o de Ifá é fil ho de O wónrin e Iroso . Se a pess oa não go sta de si

mesma, não pode gostar de ninguém. Anuncia o nascimento de uma criança


muito bonita cuja paterni dade é co ntestada. Quando surge es te Odu numa
cons ulta o Awo abraça o co nsulent e e dá graças a Orunmilá, a Xangô e a
Obatalá. Foi po r este caminho que Yemanjá sur preendeu Orunmil á co m
Oxun, dent ro de um poço rodeado de cabaças. A qui nasceu o co stume de
acender -se ve las. E m o so gbo ass inala separação e morte. A pesso a tem
que prestar atenção num pássaro qu e co stuma ir cant ar perto de sua c asa.
Deve captur á-lo, pas sá-lo no pró prio c orpo e de pois s oltá-l o para que
carregue t odo o mal. Tem que of erecer um carneir o a Egun. Q uand o s urge
para uma p ess oa do ente representa peri go ge rado em sua f raquez a natu r al.
O Ôs un do Awo deste Odu tem que ser do seu tamanho. Aq ui nascera m o s
Oriatês . 8 7 7 - Orixá que, no culto de O runmilá, tem que es tar sempre junt o
com Orunmilá. Faz par t e do co njunto de "Santos Guerr eiros " que são
ass entados na primeira i niciação. 8 - Car go de adivinho que só co nsulta o
oráculo por intermédi o dos búzio s (Ori-ate = cabeç a de es teira). A esteira
aqui mencionada é uma refe rência àquela ut ilizada, o brigatoriamente, nos
proces so s divinat órios de Ifá. Página 233 de 633

Dice Ifá Xangô grita d a mes ma fo rma, quer seja no céu, quer seja na terr a.
As fo lhas des te Od u s ão: Ewe tuko ( Ari sto lochia tril obata, L in.), Yila
(T humbergi fragans, Ro sb.), e we kawon (Tetracera volubil is, Lin.), ewe utí
(Cuscuta ame ricana, Lin. ) e jos oiyo (Stigmaphill um lineare, WR). Quando es te
Odu surge para um Babal awo, e le tem que of erecer duas galinhas ao s e u Ifá.
Nes te caminho Orunmil á tirou de Elegbara o direit o de matar qual quer
animal. Rec omenda ter paciência para não pe rder o que se po ss ui. Se a
pess oa es tá em dificulda des fi nanceiras, s eu ire ajê já está a cam inho. A
pesso a sabe o que é hoje, mas desco nhe ce o que será am anhã. Este Odu
fala de feiti ço s e amarraçõ es. A pesso a é muito despr eo cupad a . Tem que
faze r as coisas co mpletas, pois o Arajé é fo rte e obstinad o. Assinal a que o
Awo vai se separar d e se us mais velhos. T raz mais influ ências de Egun do
que de Ifá. Quando s air para al guém na ini ciação de awofakan, a pess oa não

pode che gar a ser ini c iada como Babalaw o, pois O runmilá está avi sando que
seus caminh os estão dir ecionados a o culto de Egu n e de Orix á e uma
incorporação ocorrerá a qualquer momento. Este Odu pres ide as consultas
co m o s es píritos. A pesso a, para quem sair este O du, tem que tr ab alhar e
faze r consulta s co m Egun . Tem qu e co locar um v aso co m água e per fume
para seu Egun proteto r. Aqui, Agba Egun pr otege, c om sua influência, a m ente
da pes so a. Quando o Awo deste O du ofe rece galinha a Orunmil á tem que,
antes, s alpicar atar é mo íd o dentr o do igbá. Ofe rece-se do is ajá kek e a Ogun.
O eleké do Awo des te signo leva um eko didé amarrad o. Dentro de se u Ifá tem
que ter um ekodidé para cada uma das mão s. Quand o acender velas para
Egun, Orix á e Orunmilá, tem que cruzar os braço s e pedir as bênção s de Awo
Itana e de Awo Ikuku. Página 234 de 633

Dice Ifá I II II II II I II I OWÓNR INBARA REZ A DE OWÓ NRINBARA O wónrinbara


puju ani los ure kuripá igbá eni lowó o to Obara o popá eni lo g ué o ruwá koto
koto o fiko kodie adifafun Bebé Orunmolé, o unkó, akukan, eiyele lebó.

Este é o O du gerad o pelo enco ntro de Owó nrin e Obara. O axé deste Odu
está na c abra. Det ermi na que o s irmãos vivam uni dos para que através da
união, c resçam e s e fo rtaleçam. A pe ss oa go sta de br igas de gal o. Ass inala
atraso. A pessoa tem que fazer ebó e seguir as determinações de Ifá. Tem
que tomar borí. Tem que, co nstantemente, lavar a cabeça co m amasí para
ativar a memó ria e f ortalecer a me nte. Tem que alimentar -se bem para que
seu cérebro não enfraqueça e não perca a memória ou a r azão . A pesso a é
perseguida pelas doe n . Tem que c ultuar Obatalá, Ex ú, Orunmilá, Ogun e
Egun. A pesso a vive na pobrez a e não te m a co nsideração de ninguém. Tem
que sac rificar um animal aos Eguns (ver no jogo que t ipo de animal), par a
que o auxiliem em sua trajetória pela vi da. Tem que ficar at e nto para não s er
expulso do loc al onde vive, tr abalha ou freqüenta. Neste O du nascer am os
abrigos para desvalidos . A pess oa tem que ter cuidado para não acabar num
de les. É um Odu que determina muit o trabalho e dificuldades, mas , se a

pesso a seguir corr etament e as orient açõe s dos Orixás e dos Eguns, as
dificuldades tendem a desapare ce r, ficando o signo em ire. Pági na 235 de 633

Dice Ifá A pess oa tem ou terá um fi lho que lhe é dado por Orunmilá e que
será a sua f elicidad e e a alegria d e sua vida. Se este O du surge na co nsulta
de uma pessoa do sexo masc u lino, indica q ue esta pesso a tem qu e faz er
Ifá. Se fo r do sexo feminin o, tem que r eceber Akof á. Num atefá, se o Awo
tem espíri tos ao s quais cultua ( Caboclo s, Pretos -Vel hos , Etc.), tem que
co ntinuar a cultuá- los e a trabalhar co m eles. Se não os tem pod e, a
qualquer momento, so frer u ma incorpora ção de um del es, pois es te é o
único O du de Ifá que permit e a o Babalawo inco rporar se us guias depois de
cons agrado à Ifá. O Awo será t ão po deros o c om o Babal awo quanto co mo
médium. Tudo is to es tá determinad o ne ste signo que é também chama do
"Caminho de B ohio". Para alcançar o po der o Awo deste s igno tem que
colocar, de ntro do seu IgbaOsaiyn, um peixe bagre, e fazer o assentamento
de seus Guias no meio de um pé de cabaceira. Tem que co locar um elek é e
iyefá no s eu Elegbar a. Nas ceri mô nias de akofá, quando s urge este Odu,

todos os Awos presentes têm que ajoelhar -se no chão e esfregar seus ik ins
no so lo, prim eiro com a mão direita, depois co m a es quer d a, rezando: "I yami
la ko Fá O runmilá biti bi ti bitire." EBÓ PARA OS OG BO IKU. Faz-se o ebó
determinado no jogo e depois co loca-se tud o num sa quin ho de pano que é
amarrado no pesc oço de uma cabra q ue se s olta viva na calçada de uma r ua
pavimentad a. Este trabal ho é para des pachar Ik ú e para troca de cabeç a.
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Dice Ifá II II II II II I I I OWÓNRINKANRAN REZA DE OWÓNRINKANRAN Owónrin


Pokanran Okana apuar i aporón e lebó animarú ebó o un babalaw o lo dafun eri
lowó le e já okue eran padán ni ansere joko Orunmilá puk uiye poran adifafun
aom bi akukó, eiyelé lebó . Maroraende abo, eure, eiyele lebo . Este Odu é fil ho
de Owónrin e Okanran. Quando as águas de um rio s e avo lumam, arr astam as
pedr as existent es em se u leit o. O ruído provo cado ass usta as pess oas mais

dist ant es. A pesso a não deve s e deixar arrastar pelos instintos nem pelo
orgul ho. Este sign o recomenda que a pesso a se afaste antes que a ponham
para correr . Assinala que um aco ntecimento, que tanto po de se r prejudicial
quanto benéfico, já está a camin ho . Ass inala mortand ade. Manda que os
enfermos se levantem d e se us leit os . Proíbe a pesso a de ser avar a. Nã o se
pode levantar as mãos co ntra as mulheres, principalmen te co ntra as filhas
de Oxun. A pesso a é volunt ariosa, desobediente, tei mos a e co st uma
esquecer as o rientações que lhe são dadas. A pesso a é mal agr adecid a e
co stuma pagar co m ingratidão o bem que lhe faz em. Assinala a existência
de documentos ocultos ou atrapalhados. Tem que f azer ebó . Indica, nas
mulheres, sus pensão preco ce do fluxo me nstrua l. Assinal a varizes e
trombos es nas veias das pernas. I ndica perd as na f amíl ia. To das as
pess oas da família t êm que faz er ebó. O mal co meça na garganta e dal i ating
e o e stô mago. Página 2 37 de 63 3

Dice Ifá Depo is de termi nada uma co nsulta na qual este O du tenha surgi do,
unta-se o okpel e util izado co m aze ite de dendê e deixa-se e xpos to ao tempo

durant e s ete dias, perío do , durant e o qual, não s e po de util izá-lo. EBÓS EM
OWÓNRINKANRAN 1 - Uma galinha preta, efun, cinzas de iguí ibajó (Melia
aze derath , Lin), cinzas de fo lhas de pimenteira, cinzas de ewe ni (I ndigofe ra
suf ruticos a , Mill.), velas, o tí, no ve bo las de f arinha, uma fita larga. 2 - Duas
frangas, o ri, ef un, epô pupá, ewe abiri kuló ( cascaveleira), ewe ibaj ó (Melia
azederath, Lin), alfavaca, ewe ni, uma fita branca e uma fita preta. Pega-se
uma das fran gas, unta- se as patas co m o ri, epô e efun, passa- se no co rpo d
o cliente e s acrifica-se para Elegbar a. Pega- se a o utra franga e enrola-se, na s
ua perna esquerda, uma fo lha de abi rikuló, uma de ibajó, uma de alfavaca,
uma ewe ni e amarra-se com a fita branca e com a fita preta. Sacrifica-se
também par a Elegba r a sem no entanto, pas sar no c orpo do c liente. Página
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Dice Ifá I II I II I I II I OWÓN RINGUNDÁ R EZA DE O WÓNR INGUNDÁ

Owónringundá Olofin apat akin Imo lé Alakai ye o sin bo gbo Imolé. Olofin Ax ir o
Egungun Aw o Umbó axire ile Ifá. Igb o oro Obinin bidaj un axiré Orun Anoná.
Depois do s 16 Meji, este é o Odu mais fo rte que existe. É filho de Owó nrin
com Ogundá. Q uando o Awo está envolvido numa demanda, este Odu,
co nsagrado no Opo n, garant e a v itória. Aqui Olofin foi enc errado dentro de
um co fre e por isto é o Axé do segredo. Qu and o este Odu surge par a um
consulente significa que esta pessoa não acredita nem respeita os
adivinhos . Fala mal deles e não respeita, sequer , a Orunmilá. Tem parent es
no interior, mas , se quiser vi sitá-los , terá que faz er ebó antes de partir para
que não surj am desavenças com e stes parent es. Em oso gbo, o doente não
tem cura. Assinala dí vidas co m Omo lú que devem ser pagas co m muito
respeito e bo a vontade. Tem que ter cuidado para não ser picado o u mordido
po r qualquer ti po de animal. Poderá se envo lv er numa tr agédia aco ntecida
na rua. Alguém faz feitiços co ntra a pesso a. Deve trocar s empre de r oupas
para não se r facilmente r eco nhecida por se us inimigos. M ulher e ma r ido
invejam- se mutuamente e são vítimas da inveja de toda a família. Morrerá um
membro da família da pess oa antes que deco rra um ano . Tem que dar

graças a O batalá, O gun, Ele gbara e à s ua própria mulher . É preciso muita


atenção ao lidar co m o f ogo . A pesso a deseja coisas imposs íveis de serem
obtidas. Página 239 de 633

Dice Ifá Se o c liente for home m, deve evitar qualquer tipo de problema co m
as mulheres. E mbora se considere muito forte, poderá morrer em mãos
femininas. A mul her ind efe sa m atou o tigre poderos o derramando água
fervente em sua cabe ça enquanto do rmia. O home m tem que ter muito
cuid ado co m seu es tômago. Neste cami nho o s débit os de amor são qui
tados. O ho mem c asa-se o brigado, a mulher, para oc ultar uma gravi dez
indesejada. A vi rtude es tá nas mão s. Elegbar a acariciava sutilmente Oxun e
esta lo go adormecia. Por es te mo tivo Orunmilá sentia i nveja de Elegbar a. A
pesso a tem que oferecer ao Egun d e seu próprio pai (se e ste já for mo rto),
um etú, dois o bís, no ve oleles, no ve eku r ús, no ve ekós e cervej a preta. O etú

é ass ado e s ervido co m o resto, no local det ermina do pelo Egun. O t igre
vestiu- se de ve rmelho e f oi cons ultar Orunmilá q ue lhe disse : "Tens que
faz er ebó e mudar de r oupa par a que teus ini migos não te reco nheçam. Al ém
di sto , não po des sair à r ua sem antes haveres troc ado de roupa. " Quando o
tigre ia sai r, sua mulher lembrou-l he o s co nse lhos de Orunmil á e,
preo cupad o, ele não saiu. Seus inim igos, que o esperav am numa tocaia,
desistiram d e pegá-lo e f oram embora para sempre. Enr ola-se u ma navalha
com fios pretos e brancos , amar ra-se co m sete nós e co locase e m Elegbar a.
Sempre que a pess oa f or sair para a rua, colo ca em Elegbar a pó de peixe,
pó de ekú, milho vermelho e e pô pupá. E ste Odu fala de um menino bo nito
que ficava na janela de uma bela cas a e que ago ra, a janela, que antes e ra
baixa, f ico u muito alta. Pági na 240 de 633

Dice Ifá II II I II I I I I OWÓNRINBOSÁ

REZA DE OWÓNR INBOS Á Owónrinb os á ko pa to lotá ko ré t o O wo


Logunasiyeni lowo Orunmilá, akukó, ié, lebo. Owónrinbosá Bomosá adifafun

Okun ato O batalá. Ifá fo ré ire o mó Exú ati Olofi n. Este Odu é filho de O wónrin
com Osá. Assina la problemas co m a justi ça, o nde a pesso a é res
pons abilizada po r uma tentativ a de suicídio co metida por al guém. A p ess oa
não deve s ai r de cas a depois das 24 ho ras. Viv e s ob muito bo a proteção.
To dos o s males qu e afeta m a pesso a são o casionados po r mau olhad o.
Uma criança está par a nasce r, mas e xiste al g uém interessado em que não
nasça. Tem que se faz er ebó para que a cr iança não mo rra no part o.
Quando e sta criança nascer , tem-se que asse ntar para ela, os G uerreiros e
Orunm il á. Some nte desta fo rma ficará li vre das mald içõe s e do carrego que
traz , adqui ridos do s f eitiços que fi zeram par a que não nas ces se c om vida.
Neste cam inho o s inimig os não q ueriam que a mulher de Orunmil á desse à
luz. A pessoa, por não ouvir conselhos, passa por grandes dificuldades. Tem
que cuidar de um mo rto que está penando e o ferece r-l he muita l uz. Deve ter
muito cuidado para não adquirir algum tipo de do ença s exual. Oxun es tá

zangada com a pesso a e co m todos de sua casa. Por este moti vo, todo s
estão mal e sempre lhes falta alguma coisa. A situação só se normalizará
quando todos cumprir em suas obrigações com Oxun. Tem que cultuar
Omolú. A p esso a não s ente vontad e de sair d e casa e isto acontece po rque
estão co locando fe itiços em sua porta. Tem que of erece r al guma coisa à
sua c abeça para fo rtalecê-la e livr ar-se de malefício s. Página 241 de 633

Dice Ifá Tem que faz er ebó no filho mais novo e co nsagr á-lo ao seu Orix á,
para que não venha a mo rrer precoc emente. Existe uma verdadei ra guerr a
criada pel os famil iares do cô njuge da pesso a por não conco rdarem com a
união do casal. Este Odu fala de um rei q ue tin ha mui tos inimigos porque
não era natur al do país em que reinava. O burro se nega a caminhar se lhe
puserem car ga excessiva sobre o lombo . Da mesma fo rma, a pesso a
sente-se sobrecarregada de problemas e por isto, não sente vontade de
co ntinuar lu tand o e até perde o interesse pe la vida. Por es te caminho
Obatalá amald iço ou a terra d e O barani Laiyé. O amuleto deste O du leva terr a
de sete lugares diferentes, fo rmig as brav as e diversos tipos de madeir as de

árvores s agradas. Tem que pagar tr ibuto à Yemanjá. A qui o c arvoeiro


caso u-se c om a jovem aband onada. A pesso a está cheia de ma u olhado.
Neste Odu o Awo fi ca o bcecado pelos poderes de cur a das folhas e s e es
quece de Ifá. P or este mo tivo é aband onado pela sorte. Quando o Awo
trabalha co m Osa in por este caminho, deve f umar cachi mbo e , quando faz
trabalhos c om Aroní, tem qu e banhar -se co m água de poço na qual se
desmanc ha um ekó. Se fo r amaldiçoado por um velh o nunca mais se livrará
da maldi ção . T RABALHO PARA T IRAR ARAJÉS Acende-se uma brasa de
carvão bem grande. Quando estiver bem viv a, apaga-se co m epo -pupá e
co loc a-se di ante de El egbara. Prepar a-se um pena cho f eito co m as penas do
pesco ço de um g alo, co bre-se com pó de ef un e pó de car vão, co loca-se
um pouco de iyer os un rezado e co m ele se adorna a cabeça de El egbar a.
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Dice Ifá II II I II II I II I OWÓNRINBIKÁ REZA DE OWÓNRINBIKÁ Owónrinbiká


oto bale ademi ik abale adik a awi ad ifafun o te tinx om o boi xe tinxobo abure
Eka Ada om ó Olo fin. Este Odu é filho de Owónrin e Iká. A pess oa é filha de
Oxun. Tem que cuidar de Xangô para que tudo c orra bem em sua vida. Tem
um débit o c om O batalá e co m Exú que precisa s er sa ld ado. Por este
caminh o Egun co me galo bran co . Faz-se ebó passando dois pintos bra ncos
no co rpo e se s olta os bichos , co m vida, no quin tal. Tem qu e asse ntar
Orunm il á. Neste signo O runmilá adivinhou co m grãos de milho. O Awo deste
Odu também pode co ns ultar co m grão s de milho no lugar dos ikins. O Iyefá
deste Odu leva pó de penas de gav ião. A qui, o ass entamento de Os ain é
enterr ado e tem fundamento co m Inle e co m Orixá O ko. Quando o Awo des te
Odu ficar doente deve to mar banhos c om fo lhas de cedro, e we ibajó (M elia
aze derath, Lin.) e ewe yeye (Spo ndias cironella, Tuss ac.). Os banh os devem
ser tomados ao meio dia e pergunt a-se no jogo quantos são . Assinala di spu
ta entr e dois Awos por uma mulher . A pess oa não po de expulsar ni nguém de
sua cas a. A s visitas lhe tr aze m so rte. Tem que faz er ebó para que tr ês
acontecimentos de so rte, que estão no seu caminho, po ssam aco ntecer. A

so rte c hega em fo rma de mulher . Página 243 de 633

Dice Ifá Te m que tr atar bem a todas as mulheres, já que, uma delas, é a
portadora da sorte. O xun r eco mpensará muito bem. Quando a s orte che gar
haverá excesso de dinheiro. Na cas a da p ess oa s empre surge alguém par a
co mpartilhar de sua mes a. Não deve s e z angar po r este mo tivo po rque as
visitas só lhe aumentam a so rte. A pess oa tem três irmãos e um deles vive
separa do do s demais. É orgu lhosa e so berba, jul ga-se superi or ao s o utr os e
poss ui mau car áter. Gos ta de abusar d os mais fracos e, po r este mo tivo,
so fre rá um susto e uma decepção . Cons idera-se f orte e poderosa, mas
poderá enco ntrar a mo rte nas mão s de alguém a quem j ulga fraco e incapaz .
SEGREDO DE ST E ODU A s pess oas deste signo têm que assentar Osain num
vaso de barro pintado com os seguintes signos de Ifá: Oxetura, Oxewónrin,
Owónrinbik á e Oturax e. Sac ri fica um frango cuja cabeç a fica dentro do igbá

co berta co m terra de fo rmigueiro, de quatr o c aminhos diferentes e de


cemitério (r eco lhida à meia- no ite). Enquanto se co lo ca as terras, rez a-se
cada um dos signos acima r elacionados. So bre isto colo ca-s e um edu- ará e
três m oe das de co bre. Sac rifica-se um cabrit o cujo c ouro é retir ado. So bre o
co uro do ca brito traçam- se o s dez ess eis Odu-M eji. A cabeça do cabrito é
colo cado dentr o do vaso por cima de t udo. Reza-se o oriki de Osain e
cantase para ele. C obre-se o igbá com e rvas de Osain e enterra- se dentro de
uma mata, aos pés de uma árvo re bem grande, deixand o ali por se te dias.
Depois de decorridos os sete dias, de senterra-se, cobre-se com tabatinga e
co loc a-se a fe rramenta. Sacrifi ca-se um pr eá, um a japá e um galo. Este
Osain chama-se Os asakereweye e tem que fi car sempre no me io das
fo lhagens. No come ço de cada ano, a pesso a tem que sacrifi car-lhe uma fra
nga pret a co m todo s o s ingredient es , dentro de uma mata. 9 9 - Pedra de r aio
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Dice Ifá II II II II I I II I OWÓNRINTRUPON

REZA DE OWÓNRINT RUPON Owó nrintrupon iká kaler e o kolixi rawo Omó
Oluwo Po po. Viti Babar é ni Ifá Maj eré Awo Om ó Osain Moruburo.
Owónrintr upon o mó Okof á lawo gurande I fá ni o refun Oiyá. K refun Orunmilá.
Este Odu é fi lho de O wónrin e Otur ukpon. Quando s ai numa cons ulta se
of erece o bí a E le gba ra e a Xangô. Foi este Odu quem tr ouxe paz ao céu e a
terra. A pesso a nasce u para desfrutar do bo m e do melho r. Se nas ceu em
berço pobre, seguind o todos os preceit os deter mina dos pelos O rixás, fi cará
rica e co nhece rá a felicid ade. O filho des te Odu tem que asse ntar Oiyá e
Ibeji. É filho de Obaluaye. Não pode co mer carneiro, ingerir b ebid as pretas
nem usar roupas ne sta co r. Não po de matar carneiro porque isto atras a sua
vida. Os home ns deste Odu fi cam viúvos c edo . É por este Odu que as
pess oas aba ndonam s ua terra para i rem a guerr a. O Awo des te signo tem
que ensinar tudo o qu e sabe de Ifá aos seus afilhados , pois um deles o
salvará d e um grande perigo. Suste nta uma guerra sem tréguas co m um

macumbeiro e, s e não tiver cuid ado, po derá perdê-la. N este Odu não se po de
faz er Ifá no s própri os filhos. Tem que faz er Ifá no s afilhados mesm o que
eles não poss am pagar . Aqui Oba luaye s of ria co mplexos. A pesso a so fre
comple xos em deco rrência da fr aqueza de um de seus filhos. Não go za da
co nsideração de ninguém e sua f amília não lhe dá a menor importância.
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Dice Ifá Se us mais velhos, quer seja d e s angue, quer seja d e S anto,
tratam-na co mo s e fo s se um a esc rava. Corre o risco de f erir-se num
desentendimento . É preciso ter mui to cuidado. Não deve lançar mal diçõe s
nem co mer na casa de ninguém. Não deve maltrat ar os s uba lternos .
Assinala uma trag édia pr ovoc ada por ciúmes . Orunmi lá diz que a pes so a terá
casa de um lado e do o utro do mar. Tem que mandar celebrar missa pela
alma de um p ar ente. O elefante não po de entrar em co vas nem em cas as
pequenas. Da mesma fo rma, o s fil ho s deste Odu não podem e ntrar em
grutas nem residir em cas ebres. Tem que faz er ebó co m uma trincha, uma
escada, dois pombos , panos co loridos, pó de efun, os un, uáj i, pó de ejé e d e

ekú e muitas mo edas. AM ULET O DE SEGURANÇA Di versos tipos de madeiras


sagradas, leri ad ie, língua, oju e u nhas de galo mo ídas, um ovo de galinha,
erú e o bí. Marca-se o signo . Leva três iki ns peq ue no s, c ome galinha carij ó
junto co m Osain, em cima dos ikins. Veste-se c om couro de bo de e de
carneir o. EBÓ EM OWÓNRINT RUPON Um galo, uma tigela, um malagui dí, uma
co rrente, 6 o kutás, pano bra nco , vermelho e az ul, pó de ekú e de ejá. Página
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Dice Ifá I II II II I I I I OWÓ NRINT URÁ

REZA DE OWÓ NRINT URÁ Owó nrinturá, Owónrin Alak etu xatik i nabo Olú Ará
adifafun Orunmilá, ti nxa olo kumi lodafun Obanlá. Este é o filho de O wónrin
co m Otura. É um signo de amarração. Aqui , depo is de pronto o fei tiço de
amarração, fo i feito um pacto com um Egun q ue passava para q ue pegasse

o ebó e l evasse ao seu destino. Fal a de matr imônio. É um sig no de cornos .


A pesso a é desc arada e co ntinuar á sendo até o fim d a vida. Foi por este O du
que, pela pr imeira vez, s e es quartejou um co rpo humano. A pessoa se
considera superior aos demais. Não reconhec e qualidades em ninguém e
so mente as s uas são decant adas. A cha que só ela poss ui virtu des.
No rmalmente é mal fi lho, mal irmão, mal amigo e péss imo inimigo. Y emanjá
dá conselhos por este caminh o, que dev em ser seguid os para que a pessoa
não s ucumba diante de seus inimigos . É um caminho de desequilíbr io
mental . É aqui que a vaid ade se s obrepõe ao s co stumes e às normas
estabelecidas. A p ess oa quer faz er tudo o que lhe vem à cabeça e exige que
todos se s ubmet am à sua vontade sem medir a s co nseqüências que esta
atitud e pode provo car. Ass inala d omínio do padrinho so bre o afi lhado e o
despr ezo deste pel os seus co nselhos. Demonstr a que a pesso a que se está
co nsultando é do minada por al guém. A segurança do fi lho des te Odu está
em ass entar Olokun. Odé era um caçado r muito p o bre. Depois que
sacrifico u um galo a Olo kun adq uiriu so rte e fo rtuna. A p ess oa é filha de
Oxós si o u de Olo kun. Página 24 7 de 633

Dice Ifá EBÓ EM OS OGB O ARUN Um gal o, um pano branco , um pano preto,
um pano es tampado, um p ano az ul-claro e um pano vermelho . Pó de peixe,
pó de preá, sete obís e muit as mo edas. D epois de feito o ebó a pess oa tem
que tomar borí com eyele meji. Aqui fala o reco nheciment o das pesso as
pelas imp ressõe s digi tais e a utilização dos de do s. Nasceu o segredo de
Exú Alaketu e o mo tivo pelo qual o pavão real, ao o lhar os próprios pés , fica
triste e cho ra. Quando mo rre um pavão na cas a do Awo deste signo , t em-se
que faze r itutu ani mal. Se as pess oas seguir em as prescrições deste Odu,
obterã o tudo o que desejar em da vid a. Caso co ntrário, só co nhecerão
dificuld ades e fracassos . Têm que respeit ar os mais velhos e os sábios. A
pess oa vive errant e e não tem parad ei ro ce rto. Cuidado para não ser
enganado c hegando, por isso , a criar um filho de o u tro qualquer . Tem que
ter cuid ado, também, co m a inveja e os ciúmes. 10 par a o 10 - Cer imonial

fúnebre. Página 248 de 633

Dice Ifá I II I II II I I I OWÓNR INBIRET E REZA DE O WÓNR INBIRET E


Owónrinbirete akiti Babá Opeku adifafun Olofin. Apari adifafun P alakorei.
Este Odu é filho de Owón rin e de Irete. Tem que agradar qualquer Santo que
queira se r agradado. Pode s urgir problemas entre o Awo e o s parentes da
pesso a para quem saia este Odu. É o s igno dos nobres que só viviam
envo lvidos em guerras. Neste Odu a c oruja reinava na ter ra de Odó. Po r ele
fala Aregué, fi lho de O lokun. É um Odu de r ou bo s. Orunmil á reco menda que a
pess oa tenha muito cuidado po rque al guém deseja lhe fa z er algum mal q ue
resultará em problemas judiciais. Se o consulente for pessoa de idade
avançada, tem que se precaver contr a algum as pess oas que, de co mum
aco rdo, p retendem roubar o que lhe pert ence . Os filhos deste Odu são
proibid os de to marem b anhos de mar. Não devem ne m ir à praia. O filho é
desobedient e e, po r isto, s ó tem pr obl emas co m o pai. A pesso a é muit o
ávida, só pensa em dinheiro e não tem esc rúpulos quanto a maneira d e
obtê-lo. I sto ocasio nará sua perdi ção . Aqui a mul her co stuma se r mais velha

que o ho mem po rque não admite viver ao lado de um valho. Para ser feliz
tem qu e se casar com um Babalaw o. Neste Odu o frang o picou o galo por
causa da galinha. O jove m enfrenta o velho pelo amo r de uma mulher . Por
este caminho c olo ca-se três ma racas em Orunmi lá. Quando se invoca
Orunmil á, to ca-se uma delas rez ando: "T ipó, tipó nik un, imi arugb oró." Para
reso lver qualquer p roblema, o ferece -se bo de para Olokun. Pág ina 249 de 633

Dice Ifá Por este caminho Olo fin desceu ao fundo do Oceano . Neste Odu
nasce ram as heranças espirit uais, atrav és das quais, uma pes so a herda as
obrigações espirituais negligencia das por um antepassado. Dois galos não
bebem juntos. Colo ca-se três oguedes co m dendê e mel par a Elegbar a A
principal interdição deste signo é comer carne de galo. Nos ebós f eitos por
este c aminho o galo é s empre substituí do pela galinha. A mulher faz carícias
espe ciais no marido e ele go sta muito disso . Para que a mulher não vá

embo ra tem qu e o ferece r, de vez em quando, uma galinha a El egbara. A


pesso a tem que dedi car u ma atenção es pecial aos própri os pés. Deseja
viajar, mas tem que ter cuidad o co m o mar. Deve evitar faze r as co isas ruins
que lhe oc orrem para não ter pr oblemas co m a jus tiça. A tristez a pode af etar
seu co ração trazendo algum t ipo de problema. Tem que pedi r perdão ao s
pais; assis ti-los e tratá-los c om muito c arinho para não co nhece r a fúria d e
Xangô e o castigo de Elegbar a. EBÓ NOS CAM INHOS DE OWÓNRINBI RET E
Duas gal inha s, um s aco de estopa, do is pombos , qua tr o espigas de mil ho
seco e muita s mo edas. P assa-se tud o no c orpo do cliente e v ai- se
arrumando dentro do s aco . Uma gali nha é sacrificada para Elegbar a e a outra
par a Orun milá. Os pombos são so ltos co m vida. O saco co m o c arrego é
despachado no m at o. Pági na 250 de 633

Dice Ifá I II II II I I II I OWÓ NRINBO XE

REZA DE OWÓNRINBOXE Owónrinboxe Om ó ni xé kaferefun Yemanjá ati


Obatalá Babá Boef á Kolugo pud ká lafexé korubó intori xeke losá O binin

Kamibaxé amarora Orix á Elegbar a o bof é O gun Jo bi. Este Odu é filho de
Owónrin e Oxe. Através dele Oxun avisa que a pesso a está se ntada so b re o
dinheir o. Mand a faz er Santo e ves tir-se de branco. A pess oa é filha de
Yemanjá . Tem que passar tr ês pintos no co rpo da pesso a co mpletament e
despida e of erecer a Elegbar a. Leva-se a pess oa ao rio c om Elegbar a e, na
margem, sacrifi ca-se um cab rit inho dando o primeiro ejé às águas e o resto
a Elegb ara. Depois do ebó o Awo tem que se limpar co m um o vo, uma
galinha e um ekó , para não fi car co m as resmas do cliente. Ex iste uma
criança que é muit o levada e em quem se põ e a culpa de t udo o que apar ece
de mal- feito. À esta criança tem que se dar uma at enção muito es pecial pois
a sua cabeç a é a maior na casa o nde viv e e, f uturamente, s erá a segurança e
a salvação de to dos . EBÓ PAR OBT ER UMA GRAÇA Um galo, quatr o po mbos ,
uma roupa velha e suada, sabão da co st a, uma bucha vegetal, uma cabaça
nova e uma muda de roupas no vas. Leva-se a pesso a num rio em c ujas

águas s erá int roduzida. A pesso a deve fi car de pernas abertas, de frente para
a corrent eza. Passa- se o s pombo s no seu co rpo e puxa- se so bre sua ca
beça. Rasga-se a roupa velha q ue tem no c orpo e vai-se largando ao s abor da
co rren te. C om a cabaça co rtada ao meio , lava- se a pesso a, es frega- se bem
com o s abão da co s ta e enx água-se para sai r todo o e jé. T ira-se a pess oa
das águ as, veste- se co m as rou pas novas como se tiv esse acabad o de
nas cer. Página 251 de 633

Dice Ifá Nes te Odu o Awo pode s alvar uma pess oa iniciando-a em I fá, mas
só até aw of akan. O segr edo deste Odu é que as duas mão s de Ifá do Awo
ficam juntas e têm que co mer duas galinha s pretas no início de cada ano . É
preciso cuidar d e Obatalá. Par a o s Awo des te Odu, re ce ber Igbadu é co isa
vital. A so rte che ga por intermédi o de uma mulher . Uma pesso a q ue é
maltratada por todo s se rá a salvação . A mulher está sendo mal aco nselhada
para que ab andone o marido o u arranje outro ho mem. Não deve o uvir tais
co nse lhos para não s e to rnar extremamente infe liz. Tem que apr ender a
tomar suas própr ias decisões sem s e de ixar i nfluenci ar pel os outros. Seu

co rpo está sujo , sua aura impr egnada. Tem que l avar -se no rio. Pr ecisa f aze r
ebó para livrar-se de uma c ois a ruim que anda nas su as co stas. A sorte
chegará atrav és de um fil ho. 11 11 - Cabaça dentr o da qual são inseridos
elementos representativos dos 16 Odu Meji. Somente os babalawos da mais
alta hierarquia têm direito a possuírem o Igbadu. Página 252 de 633

Dice Ifá II II I II II I I I OWÓN RINBOFUN REZA DE O WÓNR INBOFUN


Owónrinbof un Ire ajê o mi bebe Onixegun jid ú Obajelerú adifafun Akoni
Yemanjá lodafun Apajá ati Obatal á. Este Odu é filho de O wónrin e de O fun.
Aqui as águas do rio junt am-se c om as do mar. N ascem as f unções e o s
trâmites funerários. Traz notícias dos mortos. Quando baterem a port a não
se deve abrir imediat amente. Assinala, para a mulher , abando no pess oal. A
pe ss oa as sume atribui çõ es para as quais não po ss ui legitimidade. Não deve
ser curi os a nem meter as mãos no que não lhe co ncerne par a não s air

machucada. A mulher está gr ávida e faz em f eitiços para que perca a c riança.
Tem um Egun A rajé que vi ve com a pes so a faze ndo co m que não se c uide
co rretamente. Tem que faz er ebó para despachá-lo. A falt a de cuid ados
pesso ais e com as o brigaçõe s co njugais pr ovo cam o fi m do casamento.
Tem que faz er ebó de limpeza, faz er o S anto e cuidar de Egu n, par a
recuperar o que perdeu e a s segurar a felicidade. Tem que ass entar El egbara.
A jove m que se pass a por donz e la sem se r, tem que faz er Akofá para
enco ntrar casamento e fe licidade. A pess oa te m que li mpar a casa durant e
três dias seguidos com omieró de pinhãoroxo, sálvia, alfavac a e gengibre.
Tem que o ferec er a Elegbar a um inhame r egado c om aze ite de dendê.
Página 253 de 633

Dice Ifá Pega-se o inhame, corta-se ao meio, retira-se o miolo, introduz-se


os nomes dos araj és e enche-se de epô. D epois, fe cha-se co loca-se num
alguidar, c obre-se c om mais epô e e ntrega-se a Elegbara. A lguém es tá
tramando uma traição para afastar os amigos , cli entes o u filhos -de-santo da
pess oa. A pesso a não pode s er inv ejosa ou avarenta a p o nto de atr apalhar

a asce nsão dos outros. Existe alguém que q uer vê-la pobre e passand o
nece ss idades para tir ar proveito da situação. Por culpa da pesso a, a sua
mulher pe r deu a so rte e po r isto , dese ja abandoná-l a. Oxun r eco menda que
não c hore. El a saberá r eco mpensá- la. A pesso a recebe co nselhos de algu ém
de id ade ava nçada, mas não o s aceita. Este é o mo tivo dos seus f racassos.
Tem que res peitar e o uvir os mais velho s. Não d eve disc utir nem se alterar
para não prejudicar a pr ópria saúde. S aber muito so bre a v ida alheia quase
sempre traz problemas . Uma jovem perdeu a vir gindad e e co ntinua
enganan do todo mundo. I sto s erá d esco berto o casionando muita confusão .
Assinala r is co de doenç as no sangue e f alsa grav idez. Oxun está quer endo
algo da pesso a. Tem- se que desco brir o que é que ela deseja. Se não fo r
feito um ebó o client e mo rrerá. Não s e de ve co mer comida salga da nem
apimentada. Página 254 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE VII I I II II II II II II OBARA


MEJI REZA DE OBAR A MEJI Obara M eji On i Olabara e jebara kikate Aw o
Kom akate Arajé Komaka te ará Or un adafun bogbo Eiekó oro fó lorubó bo gbo
tunuyen. Este signo é masc ulino, fi lho de O lofin e de Anaxé. Seu no me
significa "Dois Re is". Nele nasc eram as ri quezas , as jó ias e as crianças.
Obará M eji é a inteli gência da T erra. R e presenta a s abedoria. Foi através
deste caminho que os egbá fo ram à terra dos ko ngos para adquirirem
conhecimentos sobre bruxarias praticadas com os espíritos. Fala de um
Egun que deix ou feitiços enterr ados em algum lugar e es tá quer endo que a
pesso a o s dese nterre e reati ve. Foi neste caminho que as mulher es
aprender am a faz er se xo o ral. Proíbe seus filhos de co merem farinha d e
milho. Expressa a força e a rudeza masculina. Neste caminho Osain come
ajá. Pune as mulheres adúlteras co m a mo rte. A pess oa tem que cultuar
Egun, Orunmil á e s eu Orixá. Fo i aqui q ue o gato s erviu a Orun milá e a Obatalá.
A pess oa tem que cult uar seus ance strais. Aqui nasceram os mes tres e as
técnicas de ens ino. Nasceu a f alsificação de moe das. Pági na 255 de 633

Dice Ifá

Obara Meji cri ou o guarda-chuva e a bandeir a. Por ter feito o ebó


determi nado po r Elegbara, a bandeir a torno u-se muito mais impo rtante que o
guarda-chuva. Fala de trai ção e de ins egurança. É um Odu de des mo ralização
e perda de pr estígio. Suas me nsagens sã ifíceis de s erem entendidas e mais
difíceis de serem explicadas. Sua fala é demasiadam ente incô mo da.
Assinal a traição e e ngano dentr o de casa. A p esso a não tem ami gos e suas
coisas se c onf undem ent re o bem e o mal. Indica que a pesso a é vít ima d e
injúrias e ca lúnias e que seu próprio cô njuge a engana. Pos sui vícios
relativos à práti ca se xual. O que nã faz em cas a co m o c ônjuge; faz na rua
co m o amante. So nha co m algo impos sível d e se r o btido. A mulher, quando
está co m o marido, pensa em o utro e finge sentir co isas que na verd ade não
está se ntindo. O homem é f rio c om a mulher e acaba por abandoná-la p

orque s ente vo ntade de agredi -la fisicame nte. É um Odu de e nganos e


tragédias. Seus filhos são ardilosos e nunca usam de franqueza. Foi neste
caminho que, pe la primei ra vez, o es pírito de um morto util izo u o c orpo de
um vivo para manifes tar-se e pr aticar a carid ade. Aq ui fo i criad o o
fundamento que o briga o Awo a dançar e pactua r com a mo rte na dança da
Atena. Neste Odu se faz em as co isas ver dadeiras e as fal sas co m a mesma
natur alidade. Para reso lver seus problemas a pess oa of erece duas galinhas
pretas e aguardente a Orunmilá. As galinhas são divididas ao Meio . Neste O
du fala t odo o bem e todo o mal do mundo . Página 25 6 de 633

Dice Ifá EBÓ PA RA AFAST AR O MAL Colo ca-se iyefá no opon e marca- se,
no c entro, Ejiogbe; no la do direit o, Obara Meji e no lado es querdo,
Obarabogbe. Reza-se o s s ignos marcado s e deixa -se no opo n. Prepara-se
um ekó e se desmancha na água e depois mistur a-se a o líquido o iyerof á do
opo n. Salp ica-se um pouco do líq uido por toda a casa e depois e s palha-se
por cima da água salpicada no chão , amalá de quiabo cru bati do c om água.
Feito isto, joga-se para v er se es tá tudo bem, s aca-se o utro s igno e varr e-se

o ebó para a rua. AXÉ DE SEGURANÇA EM OBARA MEJI Um galo preto, uma
pomba, u m igbín, três o tás, uma quart inh a com água de rio, terra de casa,
tabatinga, tr ês peixes fresco s pequenos , três anz óis, pó de ekú, pó de ejá,
epô , milho, mel e o tí. Prepara-se a mass a da seguinte fo rma: Mistura-s e à
tabatinga um pouco da águ a de ri o e o s pó s relaci onados . Com a massa
pronta faz-se uma bola d eixando um bur aco no meio, co mo se fo sse um
pote. Dentro do bur aco c o loc am-se o s anzó is, os o tás, os peixes e o milho.
Sac rificam-se as aves de ixando o e jé co rrer dentr o do buraco. Coloc am-se
ali as cabeças das aves sacrificadas e cobrese com mel, epô e otí. Puxa-se
o igbín e colo ca-se, dentro do buraco, a carne e a casc a. Fecha- se o buraco,
marca- se Obara M eji na par te exteri or e co loc a-se a bo la d entr o de um
alguidar. Enfeita- se co m búz ios e deixa- se sec ar à so mbra. Esta segurança
fica ao lado de El egbara e, sempre que ele co mer; recebe um pouc o de ejé.
Xangô f ala e dá ordens através deste signo , embo ra seja o Odu da menti ra. A

pesso a não deve demo rar a faz er o que planej a so b pena de, qua ndo
reso lver fazer , já se r demasiadament e tar de.

EBÓ EM OBARA M EJI T rês f olhas de osán (Chrysofil lum cainito, Lin.), uma
fo lha de louro , um pano pret o, um galo, uma franga bem novinha, uma
codo rna, uma gali nha d ang ola, um ofá, duas cabeças de peix es f rescos , pó
de ekú, pó de ejá, epô , terra de encruzilhada t erra de casa, amalá, um bo neco
de pano, um sapo tí, uma língua de boi, e we dundun ( se mpre-viva), o tí e
mo edas. Sacrifi ca-se o galo e a franga para E gun, retir am-se as línguas das
aves e enterr a-se ao s pé s de um iguí w akiká (Spendias membin, Li n) junt o
co m o amalá, as cabe ças de pe ixe e a lí ngua de boi. Pági na 257 de 633

Dice Ifá O galo e a c odo rna são s acrificado s a Elegbar a. Pass a-se tudo no
corpo do c liente, embru lha-se no pano pret o, joga- se po r cima as ter ras e os
demais ingr edientes, f az-se uma trouxa e des pacha-se em água co rrente.
Com as f olhas relacionadas prep ar a-se um o mieró para o cliente banhar -se
depois do e bó. PAT UÁ PARA CONSEGUIR DI NHEIRO S ecar as seme ntes de

uma abóbo ra, torr ar e faze r pó. Est e pó é misturado ao pó de ekú e de ejá e a
alguns gr ãos de milho. C olo ca-se tudo num saquinh o que deve ser
carregad o sem pre no bo lso da pess oa. SIMPAT IA PARA NÃO SER
ESQUECI DO Para não s er esquecido pe las mulheres, o hom em deve lavar o
pênis co m cachaç a mistur ada com c anela em pó. Ant es de f aze r a simpatia
tem qu e rez ar Obara M eji. PARA PROT EÇÃO Co loca-se três tigelinhas atrás
da port a de casa, uma co m água da b ica, um p edaço de enxof re e um pouco
de pólvora; a outra com água de poço e um pedaço de c arvão e a t ercei ra
co m água de chuva e salitr e. Coloc a-se, em Elegbara, uma sineta que deve s
er cons tantemente lavada com água de co co . TR ABALHO PARA
SO LUCIONAR PRO BLEMAS Coz inhar uma l íngua de boi co m quiabos picado s
e oferecer quente a Xangô. Pergunta-se onde será despachado depois de
ficar seis dia s diante do Orixá. Página 258 de 633

Dice Ifá I I I I I II I II OBARABOG BE REZ A DE OBARABOG BE Obarabo gbe


lantosi O mó du o mi ke ebo ada fe lebó. Okilanfi rú ekú, o kilan firú ejá, o kilanfiru
jio-jio. To iban Exú Sokoboni elebó. Este O du é filho de Obara e de Ogbe. Aqui
nasceu o tambor de I fá e o abani nho que si mboliza todos os Babal awos
falecid os . As pess oas deste sign o têm problemas com s eu s vizinhos e
vivem ce rcadas de inimi gos . Ensina que as do ze ho ras é uma ho ra sagr a da.
As paredes têm o uvidos. Têm que dar comida ao s G uerreiros e a Elegbar a.
Olofin o rdenou que este Odu pint asse as repr esentações dos demai s
signos na Atena- Ifá par a co n sagrar um Babalaw o. O dinheiro che ga através
de uma mulher . A pess oa para quem sai r este signo deve afas tar-se de sua
terra natal par a não ser presa. Deve ause ntarse de se u país por um período
mínimo de cinco anos e mudar sua maneira de se r e de agi r . Confia demais
em si mesma e não tem um só amigo que lhe seja fi el. Tem muito o lho
grande em cima. Neste caminho , po r serem permi ss ivistas, O batalá e Xangô
foram acus ados de serem efeminados. Aqui nasceu a guerra entre Xangô e
Oxun. Por es te motivo o s filhos de Xangô não devem iniciar fi lhos de O xun e
vice-v ersa. Ning uém dá valor ao q ue po ss ui a não s er depois que o perde. A

pess oa não s abe o que quer da vida. Página 259 de 633

Dice Ifá Este Odu f ala de enc obrimento de co isas más. SIM PAT IA PARA
DEFESA DOS BENS Pega- se um ovo goro, roda-se por tr ês vezes em volta da
cabeça e atir a-se lo nge di zendo : - Assim como este o vo não produz pintos,
ninguém po derá levar nad a do que me pertence. EBÓ PA RA DESP ACHAR
ARAJÉ Pega-se uma cabaça, abre- se e c oloca-se e m seu interi or: ewe asan
(Chrysophylum olivifo rme, Lin.), cansanção , sete s ementes de ataré, pó de
ekú, pó de ejá e enche-se, até o meio, co m melad o de cana. Arria-se ao s pés
de Yemanjá co m duas velas aces as. Pergunt a-se n o jogo , quantos dias fi ca
diante do Orixá e onde se despacha. EBÓ PA RA T ROCA DE CA BEÇA Um
carneir o, um c abrito, álamo (figueira santa o u figueira br anca), aberik uló
(cascaveleira) , pano estampado , uma cabaça pintada de pr eto e verme lho,
arroz c ru, ger gelim, uma br uxinha d e pano (do s exo da pess oa para quem se

f az o trabalho), uma vara do tamanho da pess oa, ilá, terr a de rua, varr edura
da cas a da pesso a e pelos de gat o. Passa-se tud o na pesso a e arr uma-se na
cabaça. Sacrif ica-se o cabrito e o carneir o para Xangô, retir am-se as
vísceras dos animais e co loc a-se dentro da cabaça. Fecha-se, embrulha- se
com o pano es tampado e despacha- se no local deter mina do pelo jogo.
Página 260 de 633

Dice Ifá II I II II II II II II OBARAYEKU

REZA DE OBARAYEKÚ Obarayekú kekeré omá Ajé, eri omi Ajé Aibo, omá Ajé
Apuparere, apupe gogo I awéwé, Ikú apaxer é, Orunmilá lorugbo idá agutan,
ebewá ajapá, ak ukó lebó . Este Odu resulta do enc ontro de Obara e Oyeku. Foi
neste cam inho que Obatalá mando u chamar os macac os para d ar-lhes Axe,
mas eles, po r se acharem cheios de defeit os , não compareceram d iante do
Orixá. É neste O du que o e mpregado se impõ e diante do pat r ão . Ass inala
problemas no trabalho. A pess oa só quer ascensão, seguran ça e dinheir o. É
ca minho de O batalá e de Yemanjá. A fo lha deste Odu é o ewe o juju. Neste

caminh o Olofin i a colher erva s aromáticas e, extasiand o-se c om seus


perfumes , deixava- se levar pel as fantasias da imaginação. Aqui nasce u o
uso do ó pio e da maco nha. Este signo co ndena a mulher a viver atrelada ao
hom em. Os fi lhos deste Odu são proibid os de usarem m eias marrons.
Assinala perd a de memó ria. A pesso a não tem plena co nvicção religiosa.
Tem que tom ar borí três vez es s eguidas. Quem quer que seja que lhe causar
aborr ecimento s, so frerá do mes mo mal. No Ifá do Awo deste Odu tem q ue
ter um punhal e uma mão de ma deira. Par a atrai r ire, pega-se três pintos,
passa-se pe lo o pon e sacrifica-se, um na es quina d a direita, outro na es quina
da esquerda e o terceir o, para El egbara , dentr o de cas a. Despac hase na rua.
O awo tem que tomar banhos c om efun e o ri-d a-co sta mistur ados em água
de rio. A pesso a tem muito o lho-gr ande em cima e vive p erseguida por
diverso s arajés. Página 261 de 633

Dice Ifá

Se f or chamada par a um trabalho o nde irá ganhar d inheir o, tem que faz er
ebó antes de ir par a que tudo dê certo. É manhos a e atrap alhada, não es tá
bem e se esquece de tudo. Nunca está sat isfeita com o que poss ui. Sente- se
atraída pelo dinheiro e, pelo dinhe iro, po derá enco ntrar a morte ant es do
tempo. Sof re a persegui ção de um Egun. Neste ca minho o ajapá fo i
amaldiço ado. A pesso a só chega aos pés do Orix á se fo r levada à fo rça ou
em cas o de extr ema nec ess idade. Por mais que progri da jamai s che gará ao
topo . Neste c am inho s e dá ajapá à porta da r ua, cantando : - Baramij eto
Olofin Ak ano (três vez es). Ist o serve para neutral izar a má inf luência do Odu.
Tem que as sentar Orunmil á e não desejar tant o o dinheir o. Existe uma
pesso a co m ferid as no s pés que será a salv ação de to dos. E ste Odu pr oíbe
que seus fil hos subam em esc adas de mão e que car reguem peso . A pesso
a não pode participar d e disputas sérias po is aí es tá sua perdição . MEDICINA
PARA CHA GAS Macerar fo lhas de ítamo real e ewe s ánsan (T repadeir a da
família das corcubitáceas de flores semelhantes ao jasmim) e fazer

emplastos co m aze ite de o liva. Lavar, depois , co m fo lhas de iguí adama


(Elaphrium simaruba, Lin,) cozidas em água da bica. Página 262 de 633

Dice Ifá II I I II I II II II OBARAIWORÍ

REZA DE OBARAI WORÍ Obara K ori Anko nibe eran ko ekú ibá ewefá e lebó.
Obaraiworí adifafun Exú.

Este Odu resulta da int eração de Obara co m Iwori. Aqui nasceu o


porquinho-da- índia É um O du de experimentos. Quando sai para um do ente
Orunmil á está afi rmando que o s alvará. Faz-se borí co m três po mbos
brancos. Puxam-se os pombos e rezam-se os 16 OduMeji. Um pombo vai
para uma estr ada, o o utro para a mat a e o terceir o, para o alto de um mo rro.
Aqui se aprende porq ue o s s eres humanos, para o bterem sucess o na vid a, p

ass am por diferentes provas e adversid ades. A pesso a tem que lavar a
cabeça c om ew e keker iongo (Gouania po lygama, Jacq.) . Prepara- se um
omieró co m esta fo lha e, num a bacia , deix a-se no sereno po r três noites
seguidas, e vitando que pegue So l pela manhã. No terceir o dia lava- se a
cabeça c om o o mieró e não se e nxuga. Isto serve para fo rtalecer e reaviv ar
a memó ria. A pess oa é inconf ormada e tem um com plexo qualq uer. P oss ui
um sexto s entido muito apurado que a põe em guarda contra as armad ilhas
que lhe fazem. Só alcançar á pleno desenvo lviment o em s ua vid a depois que
assentar Orunmilá e seu Orixá. É teimosa e não aceita conselhos. Gosta de
faze r somente o que lhe dá na cab eça. Desde o s eu nascimento tem a
proteção de Exú, por ordem de Oduduw a. Desde a inf ância sentia vontade de
sair de cas a para viv er a própria vid a co m plena independência. As más
co mpanhias podem levá-l a à perd ição e à degradação mo ral e física. Os
amigos s entem inve sua so rte e de s ua lucidez. Página 263 de 633

Dice Ifá

Os filho s des te Odu têm que asse ntar Osain e O duduwa. Por alg uma
circunstância, a pe sso a não f oi criada p elo próprio pai. Tem que mudar o
rumo de sua vid a buscando o ca minho do bem antes que se perca
definitivamente. Viv e af astada de Orunmil á e do s O rixás, pelo s vícios ,
diversõ es e más açõ es. Terá que co nfrontar- se c om a justi ça num lugar di
nte. Quando Obarayekú fi ca doe nte, Orunmilá cuid a pess oalmente de sua
recuperação. TRABALHO PARA RECUPERAR UM ENFERMO Sacrifica-se um
bode para Ex ú. Separa- se a cabeç a e o c ouro , torra- se e f az-se um pó .
Mistura-se es te pó c om se mpre-viva e ori- da-co s ta. Com a po mada obtida
fricciona-se o co rpo do do ente. O coe lho es pionava Obat alá e Orunmi lá. Foi
mo rto para que os O rixás se s alvassem. A pe sso a está tr ansto rnada e sua
cabeça impos sibili tada de racioc inar. Não atina co m o que deve faz er.
Página 264 de 633

Dice Ifá I I II II II II I II OBARADI REZA DE OBARADI Obaradi, Bara, Baradi, Bara,


Baradi adifafun Awo Olubó o koroko o má x okojo éuré, owo lo meni elebó.
Este Odu é fil ho de Obara e Odi. Neste Odu f ala o vento ruim. É caminho de
Xangô que é o Orixá que controla es te vento. Foi aqui que Olofin comeu
cabra. Fala de uma mulhe r de nádegas proe minentes e dente de o uro. Fala
de uma menina que se pe rderá se não lh e puserem freio . Aqui Xangô
confiou sua co roa a Yeman já e, por isto, co mem junt os ne ste caminho. Aq ui
nasceu o ebó do ano . Este é um s igno de reflex ão. Foi es te Odu qu em trouxe
ao mundo a luz do dia. O Awo deste s igno tem que ass entar Iyá Kolobá e
Oxá Buka n. A mulher vende o pró prio c orpo. Ass inala i mpotênc ia sexual no
hom em. Não se tira o chapéu para saudar ninguém. A pesso a está cansada
de só faz er o que lhe mandam. Orunmi lá m anda ter p aciência po rque dará a
reco mpensa me recida. Nes te Odu é Orunmilá q uem as segura o ire.
Pergunt a-se apenas o que dese ja. Não deve querer saber de tud o. Alguém
pode mo rrer de uma queda d e um lugar al to. A pesso a não deve revelar seus
planos a ning uém, pois a inveja porá tudo a perder. Aqui Xangô fico u inváli do
e era tr anspo rtado po r outras pesso as. Página 2 65 de 633

Dice Ifá O Awo deste O du tem que beber água da quar tinha d a Oxun co m o bí
ralado para ti rar o ve nto ruim de seus c aminhos . Neste Odu se c ontrata
assassinos profissionais para matarem os inimigos. MEDICINA PARA MALES
DO ESTÔMAGO Preparar uma infusão de orogbo ralado e obí ralado com
água da bica e beber diariamente em jejum. PARA EXCESSO DE FLUXO
MENST RUAL A mulher deve t omar, todo s o s mes es, durante seu período de
fluxo, chá de folhas de guaco. EBÓ Um g alo, um peix e fresco , um boneco de
cedro, um pin o de madei ra, um o tá e um of á. Passa-se tud o no corpo do
cliente, sac rifica-se o pinto para El egbara e o galo para Ogun. Enter ra-se tudo,
tapa -se o buraco e co loca-se o peixe e o boneco por cima. Página 266 d e 633
Dice Ifá I I I II II II II II OBARAKOSO REZA DE O BARAKOSO Obarako so , Ifá duró ,
Ifá nire irek un kaferef un Orunmilá, Exú ati Ogun. Este Odu é filho de Obara e

Iros un. Foi por es te caminho que Orunmilá vi sitou a terr a dos anaí. Nes te
Odu, Azawan i contagi ou Baiyani com a lepr a e, por este mo tivo, f o i expu lso
das terr as yo rubas. Omo lú vem guer rear co m os ho mens . Determi na que as
crianças da famíli a do cons ulent e nascidas no ano e m que ele aparece na
cons ulta, co rrem o risco de morrer em o u de matar em a mãe na ho ra do
parto. É o O du do camaleão que tem o po der de mudar d e co r de uma ho ra
para outr a. O camaleão se pe rde po r ser v ai dos o, deso bediente e falador . A
pesso a não tem fé e muda d e o pinião co mo quem tr oc a de camisa. Os
Eguns protetores s ão de srcem jêje. Por aqui fala as diferentes relig iões . A
planta dos anaí é o e lubé (C estrum noc turnum,Li n). A pesso a tem duas mães .
Por aqu i fala um r ei empo brecido e nec ess itado. Este Odu indica que existe
um asse ntame nto de Omo lú que fo i tomado po r um Egun. Este Egun p ode
provo car impotência no dono do asse ntam ento, o u, se f or mulh er, no seu
marido. A pesso a afetada deve ser lev ada a uma mata e sentar- se s obre um
tronco de uma ár vore caíd a. Colo ca o pênis sobre o tronco e, em cima,
co rta-se um galo. O Awo des te Odu tem que recebe r pinado rap idamente
para que pos sa pro sperar. 1 1 - Cerimônia de graduação dos Babalaw os.

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Dice Ifá Colo cam-se T rês seme ntes de mamo na no igbá de El egbara. A
interdição deste Odu é a carne d e po mbo. O dono deste Odu não pode
assentar Omolú, pois, quando o seu padrinho falec er, herdará o seu. Neste
caminh o fo rra-se O sain com co uro de tigre. Neste signo o s filhos de
Azawani têm que ter um fi lá de pele de tigre. A pess oa tem que m udar do l
oc al onde vive o mais rápid o po ss ível. Quando s air não deve dize r aonde vai.
Oiyá está zan gada com a pess oa e Exú influ encia par a que faça uma co isa
ruim que tem em mente e q ue lhe caus ará muit os problemas . Deve ter muito
cuid ado co m um incênd io que tant o po derá acontecer em sua casa co mo
nas proximidad es. A culpa do incê ndio s erá atribuída à pes s oa. Te m que
faze r ebó para nã o leva r a culp a de co isas feitas por outra s pess oas e para
que este os ogbo se tra nsfo rme em i re. A pesso a teve um so nho rui m que a

dei xou muito preo cupada. A lguém está preparand o uma armadi lha co m o
objetivo de lhe faz er mal. Tem que ficar atento para que não venha a gerar
filhos co m a praga de Abí kú . Fizeram trabal ho s de magia co ntra a pes so a
que fo ram enter rados no quintal ou na s proximid ades de sua cas a. Tem que
exami nar com muit o cuid ado o s cantos de sua casa, o quintal e as c inzas de
tudo o que queimar . Aqui nasce u a co roa de Baiyan i. 2 2 - Espíritos que
nascem para morrer. Página 268 de 633

Dice Ifá II I II II I II I II OBARAWÓ RIN REZ A DE OBAR AWÓNR IN Obarawó nrin,


Obaranifé, juju omó Oluwo Atopo lo. Obara K elejé, Obara ni Wani, al ejó oto ri
laye o so gbo. Oni Wani Elegbara K ubeyekun. Obara Oni Wani k oto ku n. Este
Odu é filho de Obara e Owó nrin. A pess oa pe rdeu um filho e não sabe quem o
matou. Neste caminho , quando um médio recebe um e spírito, deve-se
cobri- lo c om um pano bra nco para que o espír ito manifestado po ssa falar
tudo o que tem a revelar . Determin a que quand o cho ver a pesso a deve sair e,
levantand o a cabeça, reco lher água da chuv a di retamente em sua bo ca.
Depois s opra a água par a cima por tr ês vez es , pedindo men talmente o que

deseja. Aq ui Obatal á desprezo u a Terra porque o inhame nas ceu lançand o


suas ramas para o ar e, desta fo rma, as ramas invadi ram a casa de Obatalá,
ocasi onando-lhe diversos problemas. Foi então que Elegbara, ao saber o
que estav a acont ecendo, so luciono u o problema comendo as raí zes do
inhame. Orunmi lá manda a pess oa d ar um tambor ao s eu Orixá par a vencer
os Arajés. E ste é um s igno de fracassos . Quand o surge o Awo tem que
of erecer coco e água fresca a Xangô e, depois de tr ês dias, um gal o a
Elegbar a. Obarawónrin é o Odu do desterro. Foi neste caminho que Xangô f oi
manda do para o exí lio e todos os seus s eguid ores f oram humi lhados e
perseguid os . Se este Odu surge na co nsult a de um exil ado o u pesso a que
mo re no estrangeir o, s ignifica que n unca mais retornará à sua terra nat al. O
dono deste Odu tem caminho para traba lhar Ifá. Pos sui muito Axé e tudo o
que fize r dará bons resultados . No e ntanto, tem um ir mão de S anto o u de
sangue que o inveja mui to e f az tudo para prejud icá-lo, tentan do f azê -lo c air

no ridículo para que, desanimado, abandone sua própria so rte. Página 26 9 de


633

Dice Ifá A pesso a é acusada de farsant e, mal intenci onada e o utras co isas
ruins. Seus prote tores espirituais cuidarão de livrá-la de tanta maldade. Aqui
a pesso a, por falta d e fé, sai aver iguando se o ebó que lh e fo i determinado
funcio nará. Dificilmente fará o tr abal ho c om o adivinho que a co nsultou e
isto po derá ser muito prejudicial . Tem que agradar muit o a Elegbar a que é
quem a liv ra do m al. Tem que agradar Egun, of erece ndo -lhe co midas,
bebidas e flo res. Pági na 270 de 633

Dice Ifá II I II II II II I II OBARAKANA REZA DE OBARAKANA Obarakana lodafun


Orunmil á o ni pate ki kodapá. E xú Ifá Elegbar a latemi atele awo ati iwe e ss e
nitasi adi faf un Obara baniregun unbat i la yolá ibeneku Os u n ixú, agbado,
akukó elebó . Ifá ni kaferefun Xangô ati Oiyá. Este Odu é fil ho de Obara e
Okanran. A teimosia é a perdição de se us filho s. É através des te Odu que as
habilidades pe ss oais são provadas. Fal a de deso bediência. Aqui o filho d e

Orunmil á se perdeu. Par a salvar a própria cabeça, o filho des te Odu tem que
of erecer um carneir o para Xangô. Aq ui os fil ho s de Xangô pagam as f altas
co metidas co ntra el e co m a própri a vida. Quando es te signo s urge par a
alguém na i niciação de Awof akan, é pr ec iso que se tenha muita at enção
porqu e, se o iniciand o fo r filho de Xangô, não deve se r c onsagrad o c omo
Babalawo porque Xangô não dá permissão. A pessoa tem que raspar Xangô,
serv i-lo e ado rá-lo dentro do c ulto dos Orixás. Não tem c aminho para ser
Babalaw o, devendo s eguir o culto de Orixás. Na feitur a de Babalaw o, quando
surge Obarak ana, o afilh ado tem que o ferece r um car neiro ao X angô de se u
padrinho. A cabeça do carneiro, dep ois de s eca, é to talmente r eves tida co m
fios de contas de Xangô e 18 búzios. Quando o Awo deste Odu r eceber
pinado co loca, s obre a cabeça do carneir o, um eleké de Obata lá, um de
Elegbar a, um de Xangô e um de Orunmilá. Estes elekés deverão permanece r
sempre sob re o o ri do abo, não podendo nunca serem usad os pelo Aw o o u

por qualquer outra pes s oa . Página 271 de 633

Dice Ifá 3 O Awo des te signo deverá co nsagrar uma mão pequena de Ifá
Deverá t er sempre uma tigeli nha cheia de mo edas ao lado de se u Elegbar a e
um inham e di ante de Orunmi lá. Neste cam inho Xangô fo i vendad o e pres o
dentro de um quart o o n de fico u, por muito tempo, s em saber o que f aze r.
Este Odu i ndica que a pesso a não s abe o que quer nem que caminh o deve
tomar na vid a. Toc a-se pandeir o para Xangô p edindo a destruição do
inimigo. Para recuperar a saúde a pess oa tem que usar o dinheir o que tenha
guardado para faz er ebó. É um Odu de maldi çõ es. Caminho pelo qual Oiyá
que des tr oi todo s o s Araj és. To do o dinheir o ganho na adi vinhação e nos
ebó s deve se r untado de epô e deixad o po r 16 dias ao s pés de O batalá para
que se limpe das ne gatividades. Par a limp ar-se de maldições a pess oa
prepar a um gorro branco e vermelho que deve co mer um gal o junto c om
Elegbar a. Prepara um omieró c om f olhas de flambo ayant e abir ikul o e mais
seis o utras pergu ntadas no jogo, sendo que todas e las devem ser folhas de
Xangô. O corpo do galo sacri ficado é metido dentr o do go rro co m as ervas

macerad a s no omieró, pó de ekú, pó de ejá, epô, milho, mel e o tí.


Despacha- se num pântan o e depois a s oa to ma banho co m o omieró. 3 -
Conjunto de ikins composto de 18 sementes. que ficará ao lado do seu
Xangô, so br e um opon pequeno co m as figuras de Oxetur a, Obarakana e
Oturax e marcadas da dir eit a para a esquerda. So bre o me smo tabuleiro
co loc a-se ainda, um edu-ar á , Página 272 de 633

Dice Ifá I I I II I II II II OBARAG UNDÁ REZA DE O BARAG UNDÁ Obaragundá,


Xangô abiti i ntori Oiyá, int ori Ogun Of é ni omun, intori otí ni Obini n o fo iná
lobá kaferefun Oxun, lo dafun Xangô ati Oiyá.
Este Odu é fi lho de O bará e Ogundá. É um signo de amarraçõe s. A pesso a
quer ir embora, mas nã tem f orças para i sto porque es tá amar rada e pens a
estar apaixonada. Aq ui Oiyá vivia e s cravizada por O gun. Fala de cirur gias

delicadas, de tumores na c abeça que tant o p odem s er int ernos co mo


externos. Avi sa que a pes so a ficará sem ter onde mo rar. A p ess oa tem T rês
problemas na vida: C om a justiça, por seu mal proc edimento; c om a famíl ia,
porqu e só lhe causa aborr ecimentos e co m si mesma, por desco ntent ament
o. Fo i a marr ado co m feitiço, enquanto dormia , pelo cô njuge o u amante.
Assinal a que a pesso a cometeu um incesto. Se não é casado, tem
complexos por isto. Seus ir mãos o querem muit o. Foi engana do e
atraiçoado po r alguém. Um membr o de um lad o de seu co rpo é mais gros s o
que o c orrespondent e do outro lado. Nã o pode criar os próprios so brinhos.
Tem que oferecer um galo branco a Xangô dentro de sua casa. Este Odu fala
do cisne que pa ssa pelo lo do e não se s uja. Fala das membra nas do co rpo
humano . Página 273 de 633

Dice Ifá A pesso a tem que se valorizar e mo strar o quanto é necess ária. Só
ass im poderá tr iunfar na vid a. Neste Odu O lofin deu Axé para que o gans o
pudesse viver na Terra. É um sign o de dúvid as. Aqui o efe minado dissimula e
finge não se r homoss exual . Quan do este Od u tr az o so gbo não s e pode

faze r ebó co m penas de ekodi dé. Esta s penas só podem ser usada s neste
caminho quando vier em ire. Aqui nasceu o peixe bagr e que é usado para pre
parar uma se gurança par a que a pes so a nunca s eja pega numa armadil ha e
para alcançar uma posição que deseja. Neste caminho O gun preparou uma
armadilha par a capturar um ho mem que havia roubado uma de sua s
espo sas. Quando o homem caiu na cil ada, Ogun d ecepo u seus pés para q ue
nunca mais f ugisse c om a mu lher de ninguém. A pess oa deve ter um cuid ado
muito es pecial co m o s próprios pés. MEDICINA PARA O EST ÔMAGO Ewe
lehimini (Mastruço - Lepidium virginicum, Lin.), boldo do Chile, açúcar cândi,
hortelãpimenta e ewe atiodo (Rizo phlora mangle, L in). To mar todo s o s dias
após as ref eiçõ es. PARA OBT ER RESPEIT ABILIDADE Ewe diamela ( Jasminum
sambac, So lanum), o sun, pó de ekú, pó de ejá, mil ho e lama. Faz-se uma
bola de lama com todos os ingredientes mistur ad os e co loca-se dent ro de
um alguid ar diante de Xangô co m duas velas ac esas . Diaria mente, durante

seis dias, troca-se as velas e pede-se o que s e dese ja obter. No sexto dia
of erece-se o bi-om i-tutu despac hado o trabalho. 4 ao Orixá e perg unta-se
onde deve ser 4 - Quat ro pedaços de co co so bre um prat o branco c om água.
Com os pedaços de co co o fer ecid os , co nsult a-se para saber a resposta do
Orixá. Página 274 de 633

Dice Ifá II I I II I II I II OBARAS Á REZ A DE OBAR ASÁ O barasá kukute kuku adifá
joko kunie, adif á jo ko koni nibó guelê aro ro ló uró otá ekodidé, eiyele meji.
Este Odu é fi lho de O bará e Osá. Assinala escândalo e descrédito público.
Ordena que se co rr a. Aqui nasce u Egun M arilajé. E ste é o Odu da po rfia. Seu
ebó é fe ito numa panela de bar r o que s e enterra no pátio para q ue traga
so rte. Depois de e nterrada a panela tem que es tar sem pre cheia d água. A
pess oa é perseguida por um Egun. Tem que ave riguar o que deve se r feito
para despachá-lo. Neste caminho cobre-se Orunmilá com um pano b ranco,
of erece-se um veado a Elegbara e colo ca-se, junto dele, uma frigid eira co m
água. Par a vencer uma demanda co loca-se, no quintal, uma panela de barr o
cheia d água e com algumas moedas dentro. Quando Ag anjú foi par ido, sua

mãe Oro Inã, lavou-o c o m amasí de ewe atorí ( Erva moura), afo man (Fi cus
liprieurii) e ewe karodô (Comelina elegans, H.P.K). A pess oa não pode se
descuidar , po is s eus Arajés querem matá-l a. Marca enf ermidade na garganta
ou no e s ôf ago oc asionada p elo fato da pessoa engolir os aliment os sem
mastigá- los direito o u por engo lir co mida demas iadamente quente. O gato
roubou o peixe e, quan do o e stava co mendo, o dono c hegou. Pa ra não se r
desco berto o gato engoliu o peixe in teiro e, engasgado, mo rreu sufo cado.
Oru nmil á avisa que al guém fará co m que a pesso a saia do trab alho o u do
lugar onde mo ra. Pág ina 275 de 633

Dice Ifá A pesso a tem que faze r limpeza es piritual em sua cas a e,
principalmente, em sua cama po is alguém so prou pó ne stes lugares para l he
faze r mal. Tem que passar um pomb o e m tud o e depois s oltá- lo no alto de
um morro. A pess oa faz -se de morta só para ve r o tipo de enterro que lhe

dão. Joga-se me l na porta d e cas a para refres cá-la. Na c asa da pes so a


oco rreu ou o correr á um roubo e o ladr ão s erá desco berto, pois é pess oa
que freqü enta a casa. Al guém co m ferid as o u enfermid ades no s pés só
ficará curado depo is que pagar o que deve a Obaluaye. Ex iste uma c riança
doente. A p esso a so fre descrédi to públ ico e pesso al. Tem que mandar r ezar
missa para as almas. Par a sair do atraso em que vive tem que s eguir
cuid adosamente todas as ordens e orient açõe s de O runmilá. Não do rme
bem à noite e às vezes acorda assustada e com vontad e de sair corr endo.
Tem o rga smos dormindo. Recado para a mul her: - Para poder casar
pegue-se co m Orunmil á. Rec ado para o ho mem: - Sua mulher deseja
abandoná-lo por não agüentar os maltrat os que lh e impõe . Pare de
maltratá- la para não perdê-la defi nitivamente. T RABALHO PA RA VENCER UMA
DEMANDA Prepar ar um omieró (perguntar quais são as f olhas ), co locar numa
panela de bar ro em baixo da cama. To dos os dias, ao levantar, mo lh am-se
o dedo médio da mão dir eita no amasí e se to ca na frente, at rás, no lado
direito e no lado esquerd o da cabeça enqua nto se diz: Que to dos os Eguns,
de todas as parte s do mundo, me ajudem a venc er (dizer o que). Página 276

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Dice Ifá II I I II II II II II OBARAKÁ REZ A DE OB ARAKÁ Oba ra Kasiká le gun


om odé Olo fin. Ika lele aramanama akatampó adifafun O l eyé, adifaf un Exiyé
om ó Olo fin Agboran limelé akat i axetelew a Olo fin. Xangô unbó wa belefuna
de Olo fin lodaf un agungun Orun ni malé. Este Odu é filho de Obara e Iká. Fo i
este Odu que, aco nselhado pe la mulher, nego u co m ida a Orunmil á quando
este f oi visitá-lo. As apar ências e nganam. A pesso a não é nada do q ue
aparenta ser . A realid ade é muito c ontrária às aparências. Assinala traição
dos filhos-de - Santo o u dos afil hados . Olofin depos itou co nfiança em
Obarak á que, por ser vaid os o, o traiu. Este Odu assinala que as pess oas
reco rrem e util izam a ajuda d os adivi nho s e, depo is que se pegam se rvidas,
saem f alando mal por qualq uer motivo e to r nam-se s uas inimigas. Assinala
que, nas co nsagraçõ es de Ifá, a presença de Olo fin é impr es cindível.

Obarak á atraiço a a qualquer um q ue nele de pos ite co nfiança. É neste


caminh o que as pesso a falam mal d os Babal awos depois de verem seus
problemas reso lvidos . Oru nmil á seguia por um caminho na co mpanhia d e
sua mulher quando es ta reclamo u estar sentindo fo me. "Na pr imeira casa
que enc ontrarmos pedirei alimento" . Diss e O runm il á. Um ini migo que a tudo
assistia , adian tou-se e, c hegand o primeiro ao povoado a lert ou seus
habitantes que pelo c aminho vinha um casal muit o perigos o que, depo i s de
receber em aliment o e po usada, roubar iam tu do o que estiv esse ao alcance
de suas mão s. Quando Orunmilá e a mul her chegaram foram expulsos a
pedrad as pelas pes so as que nem se quer os co nheciam. Pági na 277 d e 633

Dice Ifá T RABALHO PARA OBT ER UM MAT RIMÔNIO Dois galos, uma língua
de gad o bo vino, um peixe fr esco, 16 eleg uedes, pó de ekú, pó de ejá, epô,
mel e otí. Sacrificam-se o s galos para Elegba r a, co loc a-se um anzo l na boca
do peixe co m um pedaço de f olha de pita e se amarra na p onta de um
caniço do tamanho da p esso a. Assa- se o pescado e o caniço e se reduz a
pó. Se a pesso a interessada for do se xo masculino, mistu ra-se o pó co m

talco de t oucado r para ser usado em todo o co rpo, se fo r mulher, mistur a-se
ao pó f acial p ar a ser pa ssado no ros to. Todos os demai s ingr edient es
relacionados são of erecidos n ormalmente a El egbara. PARA AFAST AR
OLHO-GRANDE E I NVEJA C oloca-se, dentro de uma panela de barr o co m t
ampa, nove pedaços de ekú defumad o e no ve acaraj és. Coloca-se a panela
em c ima do telh ado da casa da pess oa. T RABALHO PARA LIVRAR DE UM A
CONDENA ÇÃO OU DE UM I NIMIGO PODEROS O. Colo ca-se O runmilá n o chão
e o Awo descreve, ao redor do ibá, um cír culo de ef un. Feito o círculo o
interess ado deverá s altar para dentro dele. Coloc a-se em O runmil á pó de ekú
e de ejá, fec ha-se o i gbá e co bre-se co m pano branco, deixando ali por três
dias. Fala-se c om Orunmil á o que s e pretende obter e acendem-se duas
velas. No terceiro dia, no vamente dentro do c írculo , dá-se o bi-omi-tutu e duas
galinhas pr etas para Orunmil á. Despacha-se no loc a l que fo r deter minado
pelo jo go. Página 278 de 633

Dice Ifá II I II II I II II II OBARATRUKPON REZA DE OBARATRUKPON Obara


Tunbun niendé adifafun Babá L on tobi omá aretó yu ebó om á suneke n angá.
Este Odu resulta do enco ntro de Obara e Oturuk pon. Aqui nasce u a
inteligência de O batal á. Nasceu a prát ica do se xo o ral feito pe lo ho mem na
mulher. A mulher pr efe re t er o s eu se xo beijado pelo ho mem do que ser
penetrada. Deve casa r-se c om um h om e m bem mais velho que ela. A casa
está muito quente e tem que s er lavada co m om ieró d e ewe dundun
(sempreviv a), bredo (Amar anthus s pinous) e iyefá. Para melhorar de vi da
of erecem- se três gal os ao caminho. Os galos tem que ser enfeita dos co m
mariwo. Mistura- se ori, quatr o grãos de ataré e pó de cas ca de o vo de galinha
e s e unta o c orp o. L eva-se milho cru e, quando chegar ao local o nde os
galos serão sacrificados, e spalha-se o milho no chão. Sacrifica-se um galo
para Xangô e uma galinha par a Yemanjá. Antes do s acrifício co locam -se as
aves na entra da da casa e s aúda-se Elegbar a e Xan gô, co loca-se um pouco
de iyefá e de mel em seus bicos e e ntão s e procede o sacri fício. Oferece- se
um cabrit o o u um ajá a Ogun usando um o bé e uma frigid eirinha de barr o no

vos. Na hora do s acrifício, recolhe-se um pouco do ejé do anim al na


frigideira e mis tura- se c om e pô, mel e az eite de mamo na para se acender
uma lampari na para Ogun s e mpre que s e quiser agradá- lo o u o bter alg uma
coisa dele. A pesso a se se nte d oente e po r mais que vá ao médico não
co nse gue desco brir qual é a enfermidad e que a aflige. Te m que faz er ebó
antes de ir ao médico. Só assim o mal será d iagnos ticado. Se o client e f or
mulher, se u ho mem nunca tem dinheiro. Seu marido tem que ser um ancião .
Para qu e suas c oisas se aco modem tem que faz er ebó s empre. Alguém
está fazendo um mal efício par a q ue a pesso a perca o empreg o o u a
pos ição. Página 279 de 633
Dice Ifá A pesso a não deve co mer na casa dos outros para q ue não lhe
dêem algum feitiço no alimen t o. Tem que as sentar Obaluaye, cultuá- lo e
usar seu fio de co ntas. Tem que faz er O rixá para livrar-se da doenç a. No se u

co rpo co stuma ap arecer car oç os . Tem que cuid ar d o sangue. Nã o deve


co mer co co nem arr oz. Tem que ass entar E legbar a e cultuá- lo. Tem que
tomar bo rí. Não po de batizar ninguém. Par a mulher: Pr oblemas de
hemo rróidas. Para ho me m: Cuid ado para não perder a cabeç a e violar uma
donz ela que freqüenta sua casa. Se fo r mulher grávida, no ú ltimo mê s de
gestação tem que abr ir um jogo e faz er o e bó que fo r po r ele det erminado,
sendo indispens ável a pr ese nça do pai da cr iança que está esperando. Foi
neste c aminho que Ajapá T iroko perdeu uma fi lha. Aqui nasc eram a doenç as
dos c ães c omo a s arna, a hi drofo bia e outras. Aqui nasc eram a t ragédi as
provo cadas pela exc it ação dos seres humanos . Ensina que, neste caminho,
Oiyá vest e roupas co m nove c ores diferent es. Quando surge este signo se
dá peix e fres co a Ogun e duas galinhas para Orunmi lá come r junto de Oiyá.
Tem que perguntar onde serão despachadas as galinhas. A pessoa não deve
se impor pela fo rça brut a. Não deve o primir nem maltr atar ni nguém po rqu e
isto a levará à perd ição. Página 280 de 633

Dice Ifá I I II II I II I II OBARAT URA REZ A DE OBAR AT URA O bara Kuxiyo aké

euré aho boni bo uro gulanda Barabani regun Orunmil á Lorugbo. Exú elebó
ounkó, ekodid é, e iyele, akuk ó, omi elebó, owo elebó. Este Odu é fi lho de
Obara e Otura. Fala de caldeir ões de bruxos , de macumbeiros e fe iticeiros .
Aqui Oxun estava presa a um fe itiço que a mantinha d oente do s angue e d a
barriga. A pesso a para q uem s air es te signo tem s egredos na vida que não
quer qu e ninguém saiba. Pode ter um fi lho f ora de cas a o u, se fo r mulher, ter
praticado a borto em se gredo para esco nder uma r elação se creta. É
possuidor de caráter muito forte e embora aparente o contrário, sua cabeça
vive transtornada. I ntoxica-se co m muita fa c ilidade e c ons tantemente. Foi
vítima de um feitiço muito f orte que lha causo u muito s transtornos na vida.
Mandaram-lhe Eguns trevosos para que destruíssem seus sonho s e sua
felicidade. Poderá ficar rica com negócios que envolvam câmbio de moedas.
So fr e das hemo rróidas o u co stuma sangr ar por algum ori fício do corpo. Se
fo r mulher, não d eve relaxar co m sua aparência pesso al por causa dos

problemas da vida. Isto fará co m que o m arido a abando ne. Fala d e dureza
de coração. A pesso a conhece u bons e maus m o mentos na vid a e ist o
tornou seu co ração e seu c aráter endur ecidos. As folhas deste O du são o
olo butoje (Pinhão de botija) e e sclavios a (Capraria biflora, Lin) . Embora s e ja
ainda uma menina nã o é mais donz ela e já fez abort o. Se seus pais
desco brirem sua leviandade po derão c riar-lhe muitos problemas. Página 281
de 633

Dice Ifá Para l ivrar-se do f eitiço que lhe fizeram a pes so a tem que se r limpa
co m uma frang a p reta que deve ser so lta co m vida dentr o do mato. Depois
tem que tomar banho d e omieró de o lobutoje (Pinhão de bo tija). Nes te
caminho oferece-se, a Orunmilá, ewe on ibara (Melão de São Caetano) com
suas f rutas. Qua ndo as frutas s e abri rem reco lhe-se as s ementes, faz -se pó
com elas e as fo lhas, e se s opra na p orta d e casa para d es envo lviment o
financeiro. A mulher abortou um a criança que e ra filha de Oxun o u de
Yemanjá, por este motivo todo os Orixás estão de costas voltadas para ela.
Os e spíritos das crianças mo rtas vêm lhe mo ver uma guerr a. Ass inala a

chegada d e uma boa notíci a. A pesso a chegou tard e a um co mpromisso e


isto a prejudicou de a lguma fo rma. Para res olver qualquer problema, tem que
pegar um melão, co rtar em sete pedaços, of erecer a Ogun e tomar b anho
co m a água que esc orrer da frut a. Tem que es fregar ew e dundu n
(sempre- viva) nas portas de c asa. Tem que co locar, para Ogun, uma
quartinha co m água e fa rinha de milho e ter cuidad o para que nunca se que.
Assinala uma guerr a no c aminho. O fi lho des te Odu não po de pegar cabr as
de frent e nem pela cauda a não s er se fo r oferecê-l a ao seu Ifá. O I yefá
deste signo se prepara co m sementes de melão. E ste pó também deve se r
so prado em s ua porta. Pág ina 282 de 633
Dice Ifá I I I II II II I II OBARAKET E REZ A DE OBAR AKET E Obarakete Ifá O ni
retewá adifafun axewitá intori Aw á xo bu lori o kuni s ini Olo kun. Este O du é
filho de O bara e I rete. Quando a verdade chega; a me ntira se envergonha e vai

embo ra. Este Odu marca adul tério. O do no des te Odu tem que asse ntar
Osain e Oduduwa com tudo o que tem di reito. Tem que tom ar banho s de
omieró e beber u m pou c o do mesmo . Não pode quinar ervas. Neste signo
Ogun não s ai de junt o do Awo de O run mi lá. Pode s er sua proteção o u sua
destr uição, dependend o se o Awo vive o ire ou o os ogbo do signo. Por este
caminh o o Ogun do Awo tem que viver no pátio, ao lado de Osain. C olo ca-se
um xeré em Ogun. Orunmi lá quinava ervas e Osain infec tava seus fil ho s co m
doe nças e stranhas. Não s e pode quinar er vas. Aqui nasceu a cerimônia de
co nsagração do Ir of á. Nasceu a água potável. Ofe rece-se a Olokun um jar ro
com rosas de várias co res, lír ios e açucenas . Uma tigela com amalá e mil ho
co zido. A ti gela é e nfeitada co m fita azul-r ei . Prepara-se uma co rrente de
prata sacrifi cando -lhe um patinho no vo. A pesso a se limpa co m um pato
enfe itado c om fitas azul-r ei e azul celes te. Depois da limp ez a, o pato é
co loc ado c om vida no mar . A mulher deverá usar , durant e s ete dias, uma s aia
azul-r ei co m franjas brancas, um avental azul celes te e uma blusa branca.
Este é o O du da vitória régia. Colo ca-se esta fo lha fresca em Oxun cantando:
Unbelere awo abebe Oxun. Pági na 283 de 633

Dice Ifá E m os ogbo arun se faz e bó co m dois pombos brancos e duas


colheres de pau. A s co lhe res s erão co locadas no igbá do O rixá que se
encarregar do problema. Cobre-se Olokun co m dezesseis folhas de vitória
régia e deze sseis fo lhas de ewe kar odo (comelin a elega ns). A pesso a é
indiscret a e co nta tudo o que faz com as mulher es. Por este mo tivo o seu
sangue poderá ser derramado. A pesso a não se co nforma com uma s ó
mulher, tem a sua e não lhe dá assistênc ia sexual, o que po de levá- la a ser
infiel. Não deve dar ouvidos a c om entári os para não s e envo lver numa
desgraça. A pess oa é filha de Y emanjá. E xiste uma pesso a doe nte que
poderá mo rrer. Evite o bisturi dos mé dicos . Na casa da pes so a rei na a
discó rdia. Uns querem uma co isa, o utros querem outra. Se a mulher do
co nsulen te fo r filha da Oxun, ele deve cuidar muito bem dela pois O xun a
co nfiou a ele p ar a que a fize ss e fe liz. Neste I fá fala a cabaça que, po r ser

deso bediente, afundou nas águas do rio. A grande inter dição deste O du é
que seus filhos ; se f orem de Xangô, viva m co m mulheres da Oxun. Por
ordem de Olofin só po deriam ser amigos. Aqui nasce u o respe ito que deve
existir entre os filhos de Xangô e o s filho s de O xun. Obarak ete tem que ter
uma camise ta amarela com listras vermelhas. Obarak ete era um Awo que
não queria saber de apr ender I fá e só andava sujo e mal vestido. Página 28 4
de 633

Dice Ifá I I II II I II II II OBARAXE R EZA DE O BARAXE O baraxe O fuy ere, Obara


Xeke mi xeké Odilará k orubó oguxé. A wo O bara Obax e, Awo Eiyele, Awo Aun,
Awo kaferefun O bá, kaferefun O du, kaferefun O runmilá. Este Odu resulta da
interação de Obara com Oxe É o caminh o, através do qual, o discípul o o
bserva o mestre. Aq ui os Babalaw os querem s aber mais que Orunmilá. O
mestre tem qu e tomar cuidado para q ue o discípulo não fique co m todas as
fo ntes de informação. A qui n ascer am os tomates. O borí é feito
of erecendo- se f rutas à cabeça e tomates aos pés. Fal a d e ciúmes e de
calúni a. Nã o pode alisar o cabelo nem co mer tomates A pesso a varre a cas

a levando o lixo até a esquina mais pr óxima e co loca Elegbara sobre a


varredura, na esquina, e ali lhe of erece alguma co isa. Neste signo as abe lhas
foram aparelhada s com ferrões para atacarem seus inimigos mas, sempre
que faz em uso deles, mo rrem. A abelha quer ia que sua pi cada fo ss e mo rtal e
El egbar a, atend endo ao seu desejo , fez co m que sua pi cada se tornasse
mo rtal para ela mes ma. Fala d a cas a de barr o. Aqui os filhos desiludem os
pais jogando por terra todas as esperanças neles de positadas desde a
infância. Para que a mulher s e livre de gerar um fi lho Abíkú tem que f aze r um
ebó c om um galo, dentro da mat a. Sua cabeça e sua barri ga são lavadas
co m as fo lhas apropri adas e tem que usar na cint ura, um saquinho cheio
com pós das mes ma s fo lhas. Tem que o ferecer t ambém, um favo de mel
para Xangô. 7 - As f olhas ritualísticas de Abík ú s ão: Abirikoló , agidimagbayi n,
ewe idi , ewe ija, lara pupá, olo butoje e o pa om ere. 7 Pági na 285 de 633

Dice Ifá O s aquinho tem que ser preso a um cordão de panos vermelhos,
pretos e branco s, tra nçados e amarrad o à c intura. Este cinto tem que s er
lavado no omieró das mesmas f olhas e receber o sangue do galo
sacrificado. A pesso a tem um guia espir itual que lhe fala ao s o uvidos. Se
seguir corretamente as suas o rientaçõ es o bterá grande progresso na vida.
Tem que co loc ar, no igbá de Xangô, um c aramujo em fo rma de o relha. A
pess oa é filha da inveja e da tr aição . Tem que cuidar muit o bem do s próprios
pés. Nem t udo pode se r compra do co m o dinheir o. As vezes se co nsegue
muito mais com um coração limpo. Não se deve zo mbar de quem sabe
meno s. A pesso a ensinará a alguém que um di a saberá mais do que e la.
Deve usar , s empre que f or jo gar ou praticar q ualquer r itual, uma pen a de
ekodidé na própri a cabeça. Obaraxe nunca pode o stentar sabedoria par a não
esquec er tudo o que aprendeu. Tem que c uidar de Eguns. A qui é onde o s
mo rtos precisam do au xíli o de uma pes so a para poderem manifes tar-se.
Tem que ter Ori xá e Egun no me smo níve l. Tem que co ntar muito co m o
auxílio de Exú. Este Odu fala do des envo lvimento do se xto s entido. É o Odu
da ment ira pied os a que faz o bem par a todos . O mal e o bem ce rcam a

pesso a, um atr ai o o utro como imãs. A pesso a tem que cuid ar do cérebr o
que é o ór gão mais impo rtante que existe. Pági na 286 de 633

Dice Ifá II I I II II II I II OBARAFUN REZA DE OB ARAFUN O barafun iki Awo Inle


adó irere, Aw o ibá asesi adabá, Aw o bó e té etá obinin xaw o ibá iro adifafun
Olofin luba omó ada ibi abebo adie meji elebó. Este Odu é fil ho de Obara e
Ofun. Neste caminho o Awo sempre ter á o que faze r. Não se responsabil iza
por pesso as doentes, mas tem qu e faz er os ebó s que fo rem d etermina d os.
Aqui fala Ogun, o porteir o de Aganj ú que teve os pés dec epados . Fala de
indigestõ e s. A pess oa não po de deit ar-se lo go que terminar uma refeição .
Fala de um fi lho que s a iu de casa po r causa de um irmão. O que se f oi; será
mais tar de o arri mo do s pais, o que fico u só lhes trar á problemas e
aborrecimentos . A terra treme po r maldição de Obata lá. Aq ui nasce u a
tremedeir a e o desco ntrole nervoso nos seres humanos . Xangô e stá br a vo

com a pesso a que se c ons ulta. Aqui nasce o fundament o pelo qual Obat alá
não po de co mer sal. A pesso a não pode discuti r por di nheir o. Quando s e
desco ntrola põe sangue pe la boca. Tem que cuidar muito da porta de sua
casa. Orunmil á manda a p ess oa pro c urar um médico. Fala d e nervos ismo e
intranqüil idade. T remores produz idos po r Obata lá. Fala de d anos causa dos
pela ingestão de alimentos . Olofin e Orunmilá orientam p ara que a pes so a
tenha cui dado com o que come e onde co me, par a não se r envenenada ou
enfeiti çada por seus inimi gos. A pesso a deste signo não pode co mer
inhame nem farin ha. É um Odu de s uplant ação . Página 287 de 633

Dice Ifá T RABALHO P ARA DESMANCHAR UM MALEFÍCIO Pimenta do reino


em pó , pó lvora, atar é, s al, um ig bín, ter ra de cemitéri o. (Obs.: Quando
reco lher a terra do cemitério a pess oa tem que d eixar umas mo edas e
acender uma vela s obre uma sepultura qual quer). Puxa-se o i gbín, co bre-se
com todos os ingredientes e leva- se à sepultu ra onde se acendeu a vel a,
pedindo ao Egun que ret ire e leve o m al que fo i feito co ntra a pesso a. EBÓ
PARA RES OLVER QUALQUER DIFI CULDADE Um galo, três pintos , do is

pombos , um pei xe f resco , um os so de canela de boi, pó de ek ú, pó de ejá,


epô, milho vermelho, um pedaço de c ar ne bovin a, o ri, ef un, um pouco de
terra úmida, um p edaço de galho de árv ore, um ovo de gali nha, um pouc o de
quiabo co zido s em sal, mo edas, salsapar ilha e roupas branc as. Coz inha -se
o o ss o de bo i e reti ra-se o tutano. Sacrifi ca-se o galo para El eg bara e
colo ca-se, so bre ele, um pouco de tudo o que co mpõe o ebó, inclusiv e um
pouc o de tutano. Sacrifi cam-se o s po mbos para Egun e se entrega t ambém
com um pouco de tut ano e tudo o que está r elacionado. Fa z-se sarayeye
co m um pint o, o o vo e f olhas de s alsapari lha e pux a-se par a Ile. Os o utros
dois pint os são sacri ficados, um pa ra Ogun e o o utro e m cima do ebó no
local o nde fo r despac hado. (Per gunta-se no jog o ). Página 288 de 633
Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE VIII II II II II II II I I
OKANRAN MEJI REZA DE OKANRAN MEJI Okanran Meji, On i Kanran Okanran ni

okute, Okanran M eji ni Exú Bi Eboadá, Exú Bi pakikó, adie o nadere Okanran
Meji. Okanran ire I fá, Okanran Ire Aw o, O kanran ire Xangô , Okanran ire Exú Bi
okan ni. Oni K anran unbat í Oso de botalokununló . Este é um O du feminino,
filho de S edikoroú e Ajantak ú. Repr es enta co isas e ncadeadas, u ma
suce ss ão de ac ontec imentos a parti r de uma o co rrência signifi cativa. Neste
signo nasceram as enfe rmidades c ontagi os as e as diferent es f ormas de
co ntágio. Nasceram as pedras po rosas que servem para fi ltrar água, os
co iotes , a vesícula bil iar e o pr oc ess o de cicatrização das feridas. A qui
nasceu a palavra humana. Okan o lan signifi ca: "A primeira palavra é a que
vale". É por este caminho que Olo fin vem à terr a. Os f ilhos deste Odu são
grandes o radores, co nseguem co nvencer at ravés da palav ra. São pess oas
tristes e intr overt idas. Neste Odu o s ho mens não reconhecem o bem que
Orunmil á l hes faz . Em relação ao Awo, agem da mes ma fo rma. Proíbe seus
filhos de co merem carne c o m muita freqüência. Não podem c om er carne d e
galo ne m fe ijão preto o u vermelho. Assegur a invulnerab ilidade co ntra
feitiçarias. Página 289 de 633

Dice Ifá Para garant ir esta invulnerab ilidade, pega-se uma f olha de ewe ikoku
(Xant oso ma sagitof olium, Scho tt.) e pinta- se ne la, o s igno de Okanran M eji,
lava-se as mãos, joga- se a água d as mão s s obre a fo lha e dei xa-se as mãos
secarem sem o uso de toalha s. Dei xam-se as fo lhas nos pés de Ibej i até que
sequem e depo is faz -se um pó que deve ser so prado atrás da porta da rua.
Este é o caminho do perdão. É neste Odu q ue Ifá d iz quem são o s se us sac
erdotes. A pess oa tem que trabalhar Ifá. Prenuncia a mo rte repentina de três
pessoas . Suas folhas litúrgicas são ewe xexeré (Echinodorus grisebachum,
Small.) , e we agueya (Heliotropium indicum, Lin. ) e manjerona. Q uando este
Odu surge em At efá, a pess oa tem que faz er Ifá rapi damente para que não
venha a morrer . É um signo de tr aiçõe s. A pess oa deve ter suas po ss es
muito bem documentadas e devidamente legalizadas para qu e, em osogbo
ofo, não venha a perdê-las. É um Odu de soberba e descontentamento. Neste
caminho o s mo rtos preparam arma dilhas par a o s vivos. A pesso a não sabe

o que é agra decimento, é o rgulhos a e altaneir a. Acha que pos sui tudo na
vida, é ardil osa e inter ess eira, mas perde por sua cabeç a ruim. Não deve
beber nenhum tipo de bebida al co ólica , por mais suave que s eja. Determina
vida curta. Para prolongá-la a p ess oa tem que faz er Santo. Assinala dores
nas co stas e no s rins. A pesso a tem que cuid ar de E gun colo cando para el e
uma quar tinha co m água da chuva e uma co m água da bica. Sente do res no s
braços quando realiza tr abalhos pe sado s. Deve criar um pint o até que se t
ransforme num galo e então, oferecê-lo vivo a Elegbara. Deve conformar-se
co m o que tem e não desejar o impos sível. A mulher se apaixona por um
homem comprometido e ist o pode trazer problemas com a justiça. Página
290 de 633

Dice Ifá Este Odu de Ifá é de fo rça e de art ifícios . Seus fil ho s não admitem
ser mandad os por ning uém e acham que sabem tudo melhor que o s o utros .
Perdem- se po r não ouvir cons elhos , p refe rindo o rientar-se po r sua pr ópria
cabeça. São habilidoso s e bem f alantes. Par a ele s nada é imposs ível de ser
realizado. São f ogo so s e insaciávei s. Não desistem at é que cons ig am o

que dese jam, nem que para isto tenham que arri scar a pró pria vida. Quando
alg uém lh e f az alguma co isa, por mais simples que seja não desistem da
vingança por nad a no mundo. São falad ores e um tanto quant o invejoso s.
Acham qu e tudo deve se r feit o ao seu jeito e à sua maneira , não aceit ando
opiniões nem sugestões de ning uém. Nã o podem po ssuir ga tos. Foi neste
caminho que Elegbar a co meu akukó pe la primeira vez. Assinal a guerra na
família ocasionada por discordâncias religiosas. A pessoa está sujeita a s
of rer uma cir urgia no ventre o u no aparelho urinár io. Corre o risco de ficar
impot ente. ME DICINA PARA OS RINS T om ar diariamente banho s de as sento
co m ewe ré (Rosm arinus o fficinalis, L in). Chá de masturso e ewe o lubó
(planatil lo de Cuba) tr ês vez es ao dia. Para vencer uma demanda sac rifica-se
uma galinha aos G uerreir os e s e despac ha na linha férr ea. O Aw o des te signo
tem jogar no mar uma co rrente do s eu tamanho. Qua ndo es te Odu surge
trazendo Oso gbo, pega- se uma f ranga, abr e-se ao meio, enche-s e de epô

pupá e co loc a-se em c ima de Elegbar a. Pági na 291 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA SO LUCIONAR PROBLEMAS Pe ga-se um galo ,


apresenta-se a Elegbar a e pe de-se tudo ao co ntrário do que s e dese ja.
Faz-se a ce rimônia, mas não se s acrifica o a nimal nem se dá nada. Desta
fo rma Elegbara sente- se e ngana do e conc ede tud o ao con trário do que se
pediu. E BÓ NOS CAMINHOS DE OKANRA N MEJI Quatr o pintos, dois obís,
panos branco, vermelho e preto, quatr o carás e tudo o que leva num ebó. Os
pintos são sacrificados para Elegbar a, assados e, no dia seguinte,
despachado s no mato. Ind icado para o bter progress o e tranqüi lidade. Este
Odu ensina que todo s o s Orixás t inham filhos , meno s Oiyá que apesar de
querer m ui to, não co nseguia gerar . Um dia Oiyá fo i co nsultar I fá e na
co nsulta surgiu Okanr an Meji que lhe determi no u, além de um e bó, que
usasse um idefá. Seguind o co rretament e as orient açõe s do oráculo, Oiyá
cons eguiu t er nove fi lhos. Por este mo tivo, o númer o de Oiyá é ove, e suas
filhas devem us ar o idefá e m ho menagem à O runmilá. EBÓ PARA T ER
FILHOS NOS CAMINHOS DE OKANRAN MEJI Agutan, akukó, uma acha de

lenha, m ilho de gali nha, inhame, epô , pó de ekú, pó de e já, ori- da-co sta, ef un,
mel, o tí e muitas mo edas . Oferece-se tudo a Elegbar a e passa-se a usar um
idefá co nsagrado. OUT RO EBÓ PARA A MESMA FINALIDADE Um galo, do is
pombos , uma cabaça co m água de chuva , um feixe de lenha, uma corda com
a medida d a mulher, pó de ekú, pó de e já, milho, o ri, e pô pupá, mel, o tí
funf un, mo edas e um e kodidé. Tudo para Elegbara. Usar também um id efá
co ns agrado. A co rda fica e nrolada pert o de Elegbara at é que a mulher fi que
grávida, depo is é des pachada, amarr ada no tronco de uma árvore dentr o da
mata. Página 292 de 633

Dice Ifá I II I II I II I I OKARANLOBE OKANASODÉ REZA DE OKANASODE


Okanranl ogbe , Okanaso de ole me jila titi efó n malu il é ni olé iyalagu n Oba
Xo nxon o le So de nitá Orunmi lá opalaiye Okanran jun. Este Odu é filho de
Okanran e Ogbe. Aq ui nasce u Inle. A pesso a tem que ass entar es te Orixá.

Quando sai este Odu a pesso a abana a s o relhas co m as mãos e procura


saber o que Exú deseja par a ser imediat amente o ferecido . Tem que usar o
fio de co ntas de Obatalá. Este Odu é caminho de Egun. Não s e pergunta o
que já se sabe. Neste caminho se dá cabra a Or unmilá. O bem não chega
porqu e existe um err o em relação a um assentamento d e Oxun onde,
provavelmente, es tá faltand o alguma coisa. A pess oa tem que c uidar da
porta de casa. Há p erdas e desmo ronamento do lar p or ação de um Ar ajé
que a pesso a co nh ece. Fala d e um espírit o que e stá ressen tido po rque a
pesso a fez um tra to co m ele e não cumpr iu. Desde ent ão, a pess oa só tem
tido dificuldades na vida. E ste s igno determ ina que a pess oa tenha um Egun
assentado co m suas pr ópria s mãos de acordo com as o ri entações do
própri o Egun. Os fil ho s des te Odu não po dem dar chapéus de presente para
ninguém , so b pena de per derem a so rte e a fo rça d e suas cabeças.
Tampouco podem emprestar s e us chapéus a ningu ém, para não perder em a
razão . Página 293 de 633

Dice Ifá

Se a pes so a fo r feita em Ifá ou em O rixá, tem q ue ass entar Bai yani. O


segred o deste Odu é ter as unhas das mão s grand es e bem cuida das,
poss uir um amul eto fe ito c om o ss o do crâni o de um cabr ito e dar um bode
a Elegbar a. Leva-se co mida a um ce mitério e arria-se aos pés de uma árvore.
É o signo do tigre, po r isto a pesso a tem que ter as u nhas grand es e co locar,
em se u Ifá, dez unhas de metal e um pedaço de co uro de tigr e . É um Ifá de
ataques. A qui o tigre at aca o s cãe s. Neste Odu as pes so as têm maus
sentime ntos. Cuidado com impotência. O homem se perde por causa de
uma mulher jovem. Quan do surge es te Odu para uma mulher , indica que tem
relaçõe s clandesti nas e s ecreta s o u as teve antes de se c asar. O homem
trai a mulher com outra. Para acabar co m is to tem que dar um bode
pequeno , sem c hifres, para E legbara. Deixa-se a cabe ça se ca r e se reduz a
pó que se mistura a t alco de touc ador. Esta mi stura a mulher d eve p as sar no

co rpo, principal mente nas partes genitais par a que seu ho mem nunca mais a
traia. Quando e ste Odu s urge em At efá, tiram-se as o relhas do cabrito de
Elegba r a e se leva a um local dentro da mata onde se enterra junto co m um
pinto, pó de e kú e pó de ejá. O Exú d este Odu é Betimé, que se mo nta com
um otá recolhi do no alto de um mor o e s e carr ega com pó de crâ nio de
bode, de o logbo , bastante gr ão s de cereais diferent es, varredur a da casa da
pesso a para quem vai ser assentad o e todo s o s demais in gred ientes que
são co locado s em Exú. T RABALHO QUE SE FA Z PARA XANGÔ Prepar a-se um
ekó que deve s er desmanchado dentro da gamela de Xangô . Sacrifica-se um
pombo e, no terceiro dia, recolhe- se o ekó, co locase num bald e co m água
para que a pesso a tome um banho . Indicado para solucio nar pr oblemas de
justiça e de documento s. Página 294 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA EVI T AR UM ABORR ECIMENT O Pe ga-se quatro


coc ôs , parte-se ao meio, põe -se no s pés de Obata lá e d espacha- se no s pés
de uma palmeira. AMULETO DE SEGURANÇA EM OKANASODE Consegue-se
uma unha o u um dente de ti gre. Prepa r a-se iyefá rezado de Oxetura, os

dezess eis meji e Okana so de. Coloca-se tud o numa bolsinh a e s e lava com
om ieró. Fica pendur ado num lugar bem visível, dentr o de cas a. T RABALHO
COM ELEGBARA Pega- se três pedras, co bre-se uma c om pó de e fun e
embrulha- se uma em pano branco. A outra é co berta co m pó de carvão
vegetal e embr ulhada em pano p r eto e a terceira cobre-se co m pó de o sun e
embrulha- se e m pano vermelho . Em cada embr ulho co loca-se um papel co m
o nome da pesso a. Sacr ifica-se um preá sobre o s e m brul hos e enterr a-se o
vermelho ao s pés de uma árvore, o branco atir a-se no mar e o preto deixa- se
na porta d o c emitéri o. Em cada embr ulho co loca-se também, três grãos de a
taré, pó de ewe kunino (amansaguapo), pó de e we asan (Chr iso phylum
cainito, Li n.), pó de kisiambo lo, pierde rumbo, venc e demanda e ewe loas o
(Almiris balsa mife ra, Lin.) . Página 295 de 633

Dice Ifá II II II II II II II I OKARANIYEKU REZA DE OKANRANIYEKU Okanraniy eku

Ifá Arufin Arudá akitifá bogbo wa laxe axeto. Akitib onbo Orunmilá nare Baba
xe Orun Arufin Arudá. Okanraniyeku obere obere leré Olokun Babá Kaxiré,
Oluwo Popo oberé leré Omayer e axe bo gbo Orunmal e likotun, bo gbo
Orunmale yik os i to iban Ex ú. Este Odu é filho de Okanran e Oyeku. Ensina que
quand o o Awo, ao f azer o ebó, não se r eco rdar do Odu opolé, deve rezar:
Odu Eledun, Olorun Eledun, ax o risa o so de Orunmi l á toyale lokueri I fá mo kun.
Neste signo s e o ferece dois e tú aos pés e toma-se borí d iante de Xangô.
Não s e pode ac ender velas já queimadas e quando acender duas velas
deve-se ter cuidado para que as duas não terminem juntas. Sac rifica-se um
pássaro a Osain. O Aw o de ste Ifá, para poder faze r ebó, tem que ter Oduduw a
assentado e mais de dez an o s de ini ciação. Não pode faz er ebó par a um
mais velh o para que não oc orra t roca de cabeça. Não pode f azer ebó para
nenhum cliente em o so gbo Ikú sem antes pe dir permissão a Orunmil á.
Quando fizer ebó para um doente é imprescindív el, seja qual for o e bó, que
se leve uma galinha carij ó à casa do cliente, deixand o-a lá, so lta e com vida.
Colo ca-se inhame co m dendê par a Exú e inhame co m ori e efun para
Obatalá. Neste cam inho Orunmilá e Xangô eram macumbeiros, me xiam co m

Eguns e faziam tr abalhos com pólvora e co isas de fe itiçaria , mas fo ram


obrigados a abandonar estas ativid ades. Nesta épo ca, o opo n quadrado q
ueria t er mais po der que o redo ndo. Xangô e Orunmilá curvar am-se diante de
Olofin pe d indo perdão pelos males prati cados e, depo is de jur arem nunca
mais prati carem f ei tiçari a, f oram perd oado s. Página 296 de 633

Dice Ifá

O Awo des te Odu tem que ter um o kpele espec ial. A perna di reita deste
okpele co m e etú, que depois do sacrifício é e nterrada; a per na direita co me
um gal o e um po mbo q ue s ão entregues no s pés de um pereg un. Aqui
nasceu a có lera dos Santos. A pesso a tem que estar sempre aler ta com a
morte. Não deve lançar m aldições nem se envolver em fo fo ca s. Tem que ter
muit o cuid ado co m os inimigos . Deve co nformar -se c om o que Deus l he dá.

Existem outros em piores c ondições . Não pode negar alimento a qual quer
um que vá a sua casa. En tre a pess oa e se u cô njuge existe um desgosto
muito grand e. A pess oa p ertence a uma institui ção religiosa nume rosa, ma s
que es tá dividida. Tem que dar comid a ao s Eguns e co locar uma bandeira
branca em sua cas a. Está so b infl uência de um fei ti ço feito co m pólvora e
se não fize r ebó para l impar-se, poderá so frer graves co nseqüênc ias. EBÓ
PARA DESMANCHAR UM FEITIÇO Um galo, um inhame grelhado e regado
co m muito epô para Elegbar a. Um ovo de gali nha untad o c om o ri e ef un é
co loc ado para egun com no ve v elas. Página 2 97 de 63 3

Dice Ifá II II I II I II II I OKARANIWORI OKANAJIO REZ A DE OKANR ANIWOR I


Okanrani wori agarofí adifafun Os ain Obanix awo mafe refun Xangô , abo,
akukó, etú lebó . Este Odu é fil ho de Okanran e Iw ori. É at ravés dele que O lofin
e Orunmilá governam o mun do. Aqui fala a pimenta mal agueta Tem que dar
graças a Xangô. Neste signo Exú se f ez b anqueir o do Babalaw o. Po r este
motiv o, todos os trabalhos co brados deverão se r acr escidos de R$ 6,00,
que devem ser co loc ados num a caixa j unto de Exú. Com es te dinh eiro

compram-se presentes para ele. Foi neste caminho que a Terra tomou
fo rma. A pesso a tem que t er cuidad o para que um menino não revele s eus
segredos. Oferece-s e um carneiro para Xangô para que a sorte possa
chegar. A mulher se se nte perdi da, roubaram o seu dinheir o e des eja amarrar
um home m. A pess oa tem che iro de pó lvora , anda ou trabalha com ela. Tem
um dinheir o guardado para faze r alguma co isa par a Santo o u Egun. Este
dinheir o não deve ser gasto co m o utra finalidade para q ue não oc orra um
grande mal. A pess oa tem que dar graças a Xangô que é quem ass egura a
sua li berdade. Tem que c uidar de Eguns. Vive fugindo de alguém que a
persegue. Está amarr a da po r bruxaria. Tem que ter muito c uidado co m o
fo go e não deve pe nsar em dar fi m à própri a vida. Não deve co mer co mida
requentad a e tem que c uidar dos rins e do e stô mag o. É incrédula ou acredita
à s ua maneira. Pági na 298 de 633

Dice Ifá Go sta de ver as co isas se so lucionarem rap idamente, mas,


enquanto não cuidar direi to do s Orixás, nada de seu terá so lução. Este Odu
fala de um rapaz que é andaril ho . Tem qu e se f aze r um trabalho para que
não s e vá para sempre. Assinala defo rmação no ventre da mulher . Oxun,
depois de haver d ado à luz vári as vez es, no tou que seu ventr e e s eu co rpo
estavam fi cando defo rmados e, po r isto, saiu anda ndo e chorando de
desgosto . Alguém mandou que fi zes se rogaçõ es c om uma cabaça par a
reaver suas f ormas, mas, quando O xun pa ssava a cabaça s obre seu ventre,
o barulho produz ido pelas se mentes lhe cau s ava muit a irritação. Foi então
que encontrou uma abóbora que, depois de passar vár ias vez es so bre sua
barriga, fez com que recuper asse sua beleza física. A mu lher sofre de
co mplexos em relação à sua barriga. T RABALHO PARA VENT RE FEMININO
DEFORM ADO tro de la colo ca-se cinco faixas de se da r. Enche-se a abó bora
de mel e deixa-se dias a mulher tem que acender uma vela s. Despacha-se
numa cacho eira. Pega-se amarela no s pés e pedir uma abóbo ra e abre-se ao
meio . Den co m a medida da cintur a da mulhe de Oxun durant e cinco dias.
To dos os ao O rixá pa ra recupera r suas fo rma

Neste Odu os pais exageram em sua autoridade sobre os filhos, tornam-se


tirânico s e isto provoc a o s urgimento de problemas entre eles. Página 299 de
633

Dice Ifá I II II II II II I I OKARANDI REZA DE OKANRANDI Okanrandi tobato efán


kare beiya adi faf un Olodo fá tolo yó lo xelé abe el ebó, iwo Obinin k an tolefi n
eiyelé akukó lebó . Okanrandi Ifá xirê kaferefun Xangô , Oxalá ati Este Odu é
filho de O kanran e O di. É caminho de Yemanjá M aiyelewo, que f oi espo sa de
O runmil á e co merciante. Esta Yemanjá viv e no m eio do oceano no lugar
onde s e enco ntra m as sete co rrentes o ceânicas. C arrega uma máscara de
nove co res e s eu igbá leva um ok pele. Come qualquer t ipo de animal. Este
Odu fala dos moviment os da ter ra e das sete c orrent es de água doce que
correm no fundo do oce ano. É um si gno muit o bom para a obt enção de

riquezas e bens mater iais, mas, determ ina per das e decepçõ es no aspecto s
entimental. A pesso a tem que cuidar muito das vistas. Não se pode be ber
água depos it ada em tigel as e mu ito meno s beber na tigela. Proíbe co mer
qualquer t ipo de crustáce o s. A pesso a tem que faz er ebó c om muita
freqüência para não so frer der rocadas. Não pode m atar rat os nem baratas e
tem que ter um pato em s ua casa. O se u melho r amigo po d e ser o traidor.
Não s e co me alim entos atrasad os e requent ados. Aq ui nasceu o sust o . A
pess oa tem que asse ntar Inle Abat á que é quem a defe nde de tr aiçõ es. Dá
caminho para viagens ao exteri or. Os filhos deste Odu sã o muito ligados ao s
Eguns, quer sejam s eus familiar es o u seus protetores. Página 300 de 633

Dice Ifá Devem co ntar co m a proteção de Elegbara par a que seus c aminhos
permaneçam s empre abert os. Te m que ass entar Inle em itá. A qui falam tr ês
espo sas de Orunmilá r epresentadas pe la lagar tixa, pela aranha e pela barat a.
Um feriment o com ferro pode o casionar u ma doe nça gra ve o u requer er
cuidados exce ss ivos. Para que a boa so rte não fique par a da do lado de f ora
de casa, a pess oa tem qu e o ferecer dua s gali nhas pr etas e doi s cravos de

linha d e trem a Orunmi lá. Os c ravos s ão furados na parte de cima e, ali,


colo ca-se pó feito co m as cabeças das gali nhas, pó de bejerek un e pó de
obí. Ent erra-se n a entrada d a porta. E ste Odu dá po sição e riqueza, mas nega
amor. Neste signo tem que se f aze r ebó de opo n. Pergunta- se o que leva.
Depois tem que faz er ebó de limpeza co m ewe ifefé (Funtumia elasti ca) Aqui
a etú se enco ntrava abandonada e s em ter onde d ormir. Orunmi lá fez -lhe um
ebó e todos o s se us problema s se resolver am. Este cami nho ass inala
so lidão e tristeza, manda a pess oa casar e co nstitui r família para ser fel iz.
Manda ser r eservad a co m suas coisas para que seus inimigos não
enco ntrem me ios de prejudi cá-la. Página 301 de 633
Dice Ifá I II I II II II II I OKARANRO SUN OKANAROS O R EZA DE OKARANRO SUN
Okanaroso adifafun o kuni aratoko o le exon Os ain nile Kaferef un O runmilá.

Este Odu é fil ho de Okanran e I rosun. É por ele que se pe rgunta ao Olori e a


Orunmil á acerca do po rvir das pess oas. Aqui nasceu o cânce r de mamas. As
mulheres deste Odu não po dem permit ir que ninguém morda seus s eios e
devem evitar pancadas nes te local . É este Odu quem dá formação ao s
fetos . Os pais tr ansmit em ao s f etos suas caracter ísticas e, além dist o, são
responsáveis pelo futur o de seus descendentes. Qua ndo reina a p az e a
compreensão entre o casal, o f eto se desenvolve bem físi ca e psiqui cament
e. No f uturo será uma pess oa desembaraçada e equilibr ada mentalmente. É
um Odu d e mald ição, se us ebó s são despachad os no alto do mo rro. É sign o
de guerr a. Nele nascem as us urpações e as e rupçõ es vulcânicas. Aqui
Olofin l anço u, so bre o mundo, a maldição da miséri a. Seus fi lhos têm e
ass entar Olokun e Y ewá. Para não se perder a so rte fala-se tudo ao co ntrário.
Se s e está feliz, diz-se estar infeli z, se s e está bem, que se es tá ma l, se se
está alegr e, qu e s e está tr iste. Os do nos deste Odu são Xangô e O sain.
Sac rifica-se um galo cego de u m olho para Xangô. Ofe rece-se um galo a
Olokun e embr ulha -se num pano bem co lorido co m ekó, e pô, milho, o tí, mel e
se te guizo s de c ascave l. Entrega-se no mar. Em terra de ce go quem tem um

olho é rei. Pági na 302 de 633

Dice Ifá Sacrifica-se, para Osain junto com Osun, um galo cego de um olho,
que dev e se r p assado na cabeça do client e. As f olhas deste Odu são
oxibatá (Boe rvia diffus a) e e we n ijé (Partenium histeropho rus, Lin) . Aqui
oc orreu uma guerr a entre es tas duas ervas. Onde a. Neste caminho O mo lú
vive nos cantos das paredes e amboayant (Delonis regia, Bojer) floresce,
prenuncia de cri anças. Disse Ifá: "Não tentem abraçar o mundo. uma cresc e
a outra não se c ri Xangô anda errant e. Quando o fl desgraças, e pidemias e
morte Ao mundo não há quem abr ace"!
T RABALHO CONT RA A MISÉRIA Uma r oupa velha bem surrada, sapatos
velhos , dois c arang uejos , fo lhas de jamao (Ár vore silvestre da famíl ia das
meliáceas), uma f ranga pr eta, uma f ranga br anca, uma cabaça grande, uma

esco va, três o bís, pó de ekú, pó de ejá, epô, mel, vela s. Abre-se a c abaça ao
meio, pass a-se tudo no co rpo da pesso a e vai-se arruma ndo dentr o da
cabaça. Rasga- se a roupa velha q ue tem no co rpo e co loca-se jun to co m os
sapatos , dentr o da cabaça. Sacrifi cam-se as f rangas e passa-se a es co va no
co rpo da pes so a para limpál a. Coloca -se tudo dentro da cabaça, co bre-se
com os pós, mel, epô e otí. Fecha- se a cabaça, embr ulha -se num lenço l
velho que tenha pert encido à pes so a e despacha-se nas águas de um rio. A
pesso a, depois do ebó, banha- se co m omieró das fo lhas deste Odu e v este
roupa limpa, de preferênc ia branca e no va. Pági na 303 de 633

Dice Ifá II II II II I II I I OKARANWÓNRIN OKANAYABILE REZA DE


OKANRANWÓNRIN Okanayabil e O kawa wa wa adi faf un o bó loiye adie e lén
lebó. Kur e ku re, e uré, ekú lebó . Este Odu é filho de Okanran e Owónrin. A qui o
juramento de nunca separar-se, f eito p elos gêmeos; foi rompido. Assinala
armadilhas de Babalaw o co ntra Iyalorixá e B abalor ixá. A qui nasce u a do r de
garganta. Tem-se que c olocar o axabá de Ogun. Assinala dis córdias em
família. O ho mem não sente prazer . Ass inala i mpotênc ia. Colo ca-se o guede

em X angô . Aqui Olokun tr avou gue rra co m o c amaleão . A galinha, d ando


falta de seus ovo s, pô s-se a esc avar o chão para enco ntrá-los. De tan to
cavar inut ilmente acabou ficando lo uca. A mãe pode enlouquec er pela perd a
de um filho. A sorte não che ga à casa da pess o a porque alguma co isa a
atrapalha. Tem vizinhos curios os que quer em s aber t udo o que acontece
para depo is faz er co mentári os. Existe uma disputa por caus a de uma mulher .
Um compromisso que por pa rte da pesso a é dado co mo findo, não é vist o
da mesma fo rma pela outra par te, que co ntinua trabalhando e faz endo
feiti ços para que tudo volte a se r como antes. E xiste um fe itiço f eito com
pós so prados so bre a pesso a. As s inala disputa s e ntre irmã os por um
terreno deixad o co mo herança. Pági na 304 de 633
Dice Ifá Fala d e maus vizinhos que é melhor qu e se tenha como amigos do
que como inimigos . A pesso a não deve falar de seus planos para que poss a

realizá-los . EBÓ PARA ABRIR CA MINHOS Um galo , uma franga, duas ewe exin
(Maloja), terr a de quatro esquinas, pano (Meibomia barbata), o bí, velas, pó de
ekú, pó de o milho e o ewe exin. Os do is etú para Obal uaye, nmilá e a franga
para fazer sacudimento. galinhas pretas, dois etú, milho, branco, pano preto,
ewe kokodi ejá, epô e mo edas. O galo é para Exú j unto as duas galinhas
pretas para Oru

EBÓ PARA OSOGBO OFU Duas gal inha s, um galo, uma es taca, pó de e kú, pó
de ejá, epô , milho de gali nha e bastante moedas . Enterra-se o milho e, no
local, so bre a terr a, marcase Oxetura e Okanayabil e. Cravase a e staca e
prendem- se as galinhas viv as a e la. Na medi da em que as galinhas vão
escavando o so lo, o milho vai apar ecendo e aí é q ue está o segred o do ebó .
Os demais in gredient es são passados na pesso a e espalhad os no s olo , no
local o nde se e nterrou o m ilho. Pági na 305 d e 633

Dice Ifá I II II II II II II I OKARANBARA REZA DE OKANRANBARA Okanranbara


Olodaf un O runmil á o ni pataki k o dafá. Exú Ifaeledoiya, Elegbar a Latile miatele

Awo anatiwo atele es e adifafu n Onibarabani regun anbatel e iyolaibeneku


asunxé agbado . Akukó lebó . Kaferef un Xangô Ati Oiy á. Este Odu é filho de
Okanran e Obara. Neste c aminho Elegbara e Os ain traíram Xangô . Tem -se
que assentar Exú Larojé. O tokoloro é o pássaro deste signo. Quando
Obatalá v ira as co stas, s ó O runmil á pode salvar a p ess oa. Neste Odu Xangô
chora a tr aição das pess oas. Tem-s e que ter cui dado co m pesso as bran cas
que não têm religião e que po dem criar problemas de justiça. A pess oa
atravessa uma f ase muito difíci l e tem que faz er ebó para que as co isas
melho rem. Tem muitas dív idas e isto faz co m que viva tr iste e ato rmentad a.
Go sta de levantar a mão para agredi r os o utros. Se f or empreender uma
viagem tem que faze r ebó antes de partir . A mulher se encanta co m ho mens
velhos . A pesso a tem que t er mui to cuidad o co m roubos em seu local de
trabalho e tem que prestar mui t a atenção no s vizinho s. O Ire deste s igno se
obtém dando do is pombo s brancos a Obatalá. Tem que cultuar Xangô. U m

hom em velho po de traze r um problema co m a justi ça. Não deve emprestar


dinheir o, pois dificilmente o receberá. Página 306 de 633

Dice Ifá A pessoa descobrirá muitas coisas que falaram a seu respeito e
isto lhe trar á um pro blema muito sé rio c om alguém que gos ta de falar
demais. Não deve cho rar miséria par a que seus protetores po ss am ajudá- la.
Deve dormir usando um gorro de co res. (Perguntam - se quais s ão as co res).
Tem que despachar seu ebó numa praça e, na volta, ofe recer d o is pombos
brancos a Obatalá e alg uma co isa a Xangô . (Pergunta- se o que). Este é o
cami nho o nde se provam as habilid ades de aspirant es a um cargo. A pesso a
tem que es t udar e s e preparar para a vi da. Quando es te signo vem em
os ogbo para uma pesso a de co r branca que não é iniciad a, o awo tem que
ter muito cuid ado para q ue, depois d e f eitos os ebós , não lhe seja tr azido,
pela própri a pess oa, algum pr oblema de justiça. U ma vez Orunmilá q uis ir a
uma praça e pediu a Obat alá que ordenass e a Exú que o aco mpan hass e. Exú
exig iu que lhe dessem de c omer e, só depois de ali mentad o, co ncordou em
a co mpanha r Orunmilá em s eu passeio . No dia seguint e bem c edo, as

pess oas che garam à p raça e vir am um home m que se afas tava rapidamente
por um caminho. A o seguí- lo pelo c aminho, as pess oas enco ntraram um
ces to che io de dinheiro e inhames. Exú, que esta va entr e aquela gente,
ordenou que toda a riq ueza existente dent ro do cesto fo ss e levada , pelas
pess oas, à c asa de Orunmilá. Página 30 7 de 633

Dice Ifá I II I II I II II I OKARANG UNDÁ O KANAKAKUI REZ A DE OKARANG UNDÁ


Okanrangundá xukudu ile didé abaxé keredi irewo xaxá. Awo Elepanapa ei yele
lebó. A xo funfun, abo, o mi funfun, oiyn, o wo meyo, erú, k aferefun Ogun ati
Obat alá.
Este Odu é fil ho de Okanran e Ogundá. A pess oa tem herança es piritual de
um feiti ceiro africano. Acred ita nas c oisas ao seu mo do. Os fil hos deste Odu
geral mente termi nam suas vidas afas tados de todo s. O Awo não sabe nada

e é precis o ensinar- lhe. Ofer ece -se gato a Abitá. Para der rotar os inimigos
faz-se ebó co m: Um g alo bran co , um ga lo preto, um galo vermel ho, uma
co rrente, carvão e m brasa e um o kutá. Este signo f al a dos planetas e de
suas influências so bre o s s eres humanos. Aqui n asceu o arco- íris . Faz-se
cerimônia par a o s as tros . Oferece- se s araekó ao So l, à Lua e às estrelas e
co m ele refres ca-se a T erra. Tem que dar comida a Elegbar a. Limpar a cas a
com peregu n, epô, otí, obí, pó de ekú, pó de ejá, fari nha de mil ho branco,
feijão -fradinho e amalá de q . Colo ca-se me l em O xun para que tr aga Elegbar a
enganado para dent ro de c asa. Qu ando Elegbar a entrar em cas a, diz-se:
Elegbar a, tudo o que tem aqui é par a você . Log o depo is, co nvida-se o
inimigo para come r. Isto serve para neutral izá-lo. A colher não luta com o
co zinheir o. Aqui fala Exú A labiki que, por este c aminho, s e fartou d e
co dornizes . Nasceu a grand e fé que s e depo sita em El egbara p ara
so lucionar pr obl emas. Nasceu o s co stumes de s acrificar ajap á para
Elegbar a e s oprar otí so bre Xangô. Página 308 d e 633

Dice Ifá

Conta qu e Ogun, aproveit ando- se do s ono de Xangô, aco rrentou- o. Quando


Xangô despert ou, vendo- se preso , lembr ou-se de seus poderes e s oprand o
fogo sobre as corrente s, derreteu-as, conseguindo assim libertar-se. A
pesso a tem fogo na boca, deve m oderar suas palav ras, pois, por elas, pode
encontrar a morte. Quando se aborrece responde com palavras agressivas,
perdendo toda a compostura. Tem que ter cuida do com amarrações. Neste
Odu nasceu o insti nto de conse rvação. A co nfusão c ome ça no páti o e o
sangue co rre dentro de casa. A justiça int ervém e a pesso a se mete numa
grande enras c ada. O Babalawo tem que e nsinar a quem não sabe. A mulher
pode cair em descrédi to o u em desgraça. A pesso a é muito co rreta, mas
deseja coisas impossíveis. Deseja que lhe façam um trabalho de amarração
e quer o resultado imediato. D eve ter cuidado co m uma armadil ha que vão
lhe prepar ar. Poss ui uma ou mais armas. Deve ter cuid ado para não faz er

uso indevi do delas. Tem um inimig o muito f orte e não pode des cuidar-se
dele por um só s egundo. Assinala enfermidade d a garganta e d o e stô mago e
uma provável o peração cirúrgica. A mulher perd eu a s aúde num abo rto
provoc ado. Página 309 d e 633

Dice Ifá II II I II I II I I OKARANSÁ

REZA DE OKANRANSÁ Okanransá mokusi bilari oni Babalawo bilari, bilari


om a, Babalaw o lo run lorun lobo su laya, lorun lorun ebó kabolo sí. Okanransá
koxé Xangô ebó ada mokisí bi lari kongún gun gun adi faf un Oluwo Ik oko.

Este Odu é filho de Okanran e Os a. Aqui nasce ram Anagb i Elufá e


Obarak ekute, babal aw os que têm flechas nas cabeç as. Neste caminho Ogun
co me veado, Elegbar a co me co tia e Xangô co me rat o-do- mato. Pr oíbe ao s
seus filhos co merem gergelim. Ensina que mo rre um para bem de o utro. Aqui
Elegbar a saiu percorrendo o mundo. A pesso a tem que s e c uidar de mau
olhado . Tem tendênc ias a ser roubada, deve so prar efun na s ua casa . Aq ui

fo i onde Xangô, enfurecid o, subiu ao alto de uma palmeir a real , provocando


terror às velhas do lugar q ue imploravam que desces se. Falam a morte e a
sepultura . A pess oa tem que faze r ebó para o bem e para o mal. A pesso a
tem que ter cuidado co m armad ilhas, não po de oc ultar dinheir o de s eus
irmãos e sua saúde não e stá em bom esta do. Reali zará coisas que serão
conhecidas de todos. Fará predições que se realizarão. Está se do solicitada
para curar um enfermo ou para realizar um trabal ho . O doe nte ficará bom. A
mo rte po de chegar atrav és de sua mulher , s eu inimigo vive bem próximo.
Tem qu e cuidar d e Egun e, na medida em que o fize r, s ua vida v ai evoluindo.
Página 310 de 633
Dice Ifá S e um dia esquecê -los o u deixar de cuidá- los , perderá t udo o que
obteve e me smo que qu eir a voltar atrás, dedicando-se no vamente a eles,
será tarde demais. Deve cuidar dos mortos oferecendo-lhes preces, velas,

tabaco, o tí, caf é, etc.. Não deve abusar de nen huma mulher e tem que amar
e respeitar à sua. Se f or mulher está gráv ida e estão trabalh ando co m
feitiços para que o filho não vingue. Tem que f aze r ebó para que a gr avidez e
o parto tr ansco rram sem c om plicaçõ es. Foi advert ida por um Egun, mas não
seguiu suas orientações. Procure fazê-lo doravante para que este Egun não
lhe vir e as co stas. Fo i ne ste O du que At lântida desapareceu. Arosiyen era um
co merciante bem suce dido e muit o intelig ente. C erto dia, pr ecisando
ausentar -se, pediu a s eu amigo Eló Ir e, que f icasse e m sua c asa tomando
co nta de suas co isas e de s uas mulheres. A viagem for a pr ogramad a para
três me ses, mas, deco rridos cinco mes es, o co merci ante ai nda não h avia
retornado. C erto da morte de se u amigo, Eló Ire co meço u a maltr atar suas
mulher es que, não res istind o, fugiram d e cas a sem rumo c erto. D epo is de
muito caminharem , as mulheres e nco ntraram uma carav ana na qual seu
marido retornava par a casa Ci ente do oc orrido, Arosiyen, c hegando e m
casa, procurou o amigo, mas enco ntrou-o mo rto pelos habit antes do local
que o res pons abilizaram pelo desaparecimento das mulheres. Pági na 311 de
633

Dice Ifá II II I II II II II I OKARANKA REZ A DE OKANR ANKÁ Okanran ká adif afun


Kana Kana tinx oloiya eyé akomean ijajú eiyelé lebó , aku kó, e ure lebó. Este
Odu é fil ho de Okanran e de Ik á. Foi nes te caminho que Obatalá tr oc ou as
vestimen tas negras pelas brancas. As pess oas queriam matar o fi lho de
Obatalá. Fala dos três as pecto s de Orunmilá: Orun, Ifá e Orunmil á, que são
coisas diferentes. Aqui nasceu a se ca. Tem que assentar Ox ós si co m a
maior ur gência. Não s e co me legumes nem f rutas. Quem faz trato co m gato
sempre s ai arranhado. Fala d e es piritismo . Tem que dar co mid a ao telhado
da cas a para garant ir Ire. Coloc a-se em Orunmil á uma garra de gato. Q uando
se vê e ste signo toca-se três vezes a mão e o peito. Par a estar sempr e bem,
toda s as vez es que e ntrar em casa; deve abrir e fe char a porta por t rês
veze s. Agir da mes ma fo rma com a to rneira da pia. Ofe rece-se etú a
Elegbar a. A pess oa tem que te r cuidado co m uma mulher de cor que pos sui

um defeito físico. Assinal a perd a da ca sa. No s c aminhos da pesso a exist em


três o portunid ades. Se s ouber reco nhecê -las e apr ove itá-las, ficará muit o
bem. Página 312 de 633

Dice Ifá Uma co nhecida que não tem par adeiro deve se r acolhida par a que a
so rte da pesso a m elhore. D eve ace itar o c onvite de um velho para j ogar na
loteria. Existe uma cri ança em cas a que está se mpre chorando . A pess oa
tem que dar- lhe alguma co izinha e não pode maltratá-la. Alguém dese ja a sua
morte. D eve ter cuid ado co m um filho e uma que stão de falso testemunho .
Um filho é perseguido po r três inimigos . Tem que se livrar d e uma traição .
Não po de tomar chuv a. A pesso a anda em busca de seu amo r e ele anda em
busca da pesso a. Tem que ter cui dado com a perd a de tr ês pesso as. A
morte caminh a às s uas co stas, po r isto vive sempre tr iste. Se o seu Anjo da
Guarda não der permissão , ninguém po derá matá- la. Aqui Egun e Os ain
fize ram um pacto para salvar Okanr ansá e , pa ra isto, Elegbara co meu e tú.
Para dar etú a Elegbara mar ca-se O kanranká no piso atrás da po rta e se co bre
co m um co lchão de ewe amó (Erva-fina), colo ca-se Elegbar a em cima e se

co bre com e we onibara (melão de São Caetano). Ofe rece-se o bi-omi-tutu e


sacrifi ca-se o etú deixand o o ejé co rrer ao redo r de Elegbara e as últimas
gotas s obre as f ol has que co brem o igbá. EBÓ PARA IRE AJE U m galo, uma
galinha , um pombo, otí, uma cesta, folhas de golfo e m o edas. O pombo para
Ile. O carrego sai de ntro da c es ta. EBÓ PARA DESMASCARAR UM I NIMIGO Um
galo, tomates, bolas de f arinha . Passa- se no co rpo e s acrifica-se o galo em
cima. Per gunta-se o nde será despac hado e a quantidad e de tomates e bo las
de farinha. Página 313 de 633

Dice Ifá II II II II I II II I OKARANTRUKPON REZA DE OKANRANTRUKPON


Okanrantrukpon Ikanifori Ikaniyu ni masukú logué ni Olorun Ob inin. Okana
T rupon ataré banba bile bayo araragujó kará o iyn aki ri adifaf un Obatalá. Este
Odu é fil ho de Okanran e Oturuk pon. Nes te caminho falam Elegbar a e Xangô .
É Odu d e tra ições e f alsid ades. E legbara é dono dos caminh os e das

esquina s, Xangô é dono dos tro vões e do fo go. A pesso a está sempr e
cho rando a falta de dinheir o e quanto mais tem, mais quer . Tem que ter
cuidado para não ac umular d inheir o que se rvirá so mente para seu e nterro.
Vive renegando -se, está doe nte e não bus ca meio s para curar -se. Os ini m
igos co mem e bebem em sua co mpanhi a. Tem mui to o lho-ruim em cima e
deseja mudarse de o nde mo ra. Nasce u para governar , po r isto , é um rei. Está
sendo vigiada para l he f azerem um malefício co m o objeti vo de que perca o
emprego e atrase a s ua vida. Não deve co mer na casa de ninguém. Este
signo fala de co mérci o e de negó cios. De tant a invej a que lhe têm a pesso a
não c ons egue prosperar . Tem que o ferecer um caval inho br anco e outro
co lorido ao s eu Orix á, e ter mui to cuidado para que não o s roubem. Deve
tomar banhos co nstantemente co m ewe ewe . L ida mui to co m dinheir o. Para
se ergu er t em que dar um galo a Xa ngô e pedir a proteção de Orunmilá.
Página 314 de 633

Dice Ifá Pegar uma placa de ferro, es quentá- la ao f ogo até que fi que em
brasa e derr amar sobr e ela uma co lher de água fresc a, dizendo : "Bobila omi

ipao aiyuá". Em seguida, sacri fi ca do is galos para Xangô e o ferece -lhe uma
penca de bananas. Depois disto fe ito, tem que tomar borí.

T RABALHO PARA CONSEGUIR D INHEIRO Uma galinha, dois po mbos , fo lhas


e se mentes de ewe ewe, uma espinh a dorsal de um pei xe fresco, penas dos
bichos do e bó, o s miolos dos bichos e suas c ristas, ter ra de casa, terr a de
16 esquinas, terra de mata r ec olhida ao meio -dia, terr a de c emitéri o
reco lhida à meiano ite e feijão f radinho. Prep ar a-se ekurú, olelé, acarajé e
acaçá. F az-se o ebó e co loca-se todo o iyefá do opo n num pr ato co m ekur ú.
Ofe rece-se o lelé, acaçá e ac arajé a todo s o s Orixás. Sac rifica-se a gali nha a
Ele gbar a e o s po mbos a Osain. C om as cabeças das aves, a espinha d o
peixe, as fo lhas, as s ementes e o iyefá, monta- se um amulet o que deve fi car
atrás da porta d e cas a, c o berta por um ramo de fo lhas de ewe ewe. Come,
de vez em quando , co m Elegbar a e co m Osain. T RABALHO PARA

CONSEGUIR DI NHEIRO S acrificam-se do is pombo s no alto de uma mo ntan


ha par a ela (a montanha ). Pega- se as cabeças do s po mbos, seca-se, f az-se
pó e se mis tura co m pó de e já, de ekú, de efun, de aridan, de pix urim, de
fo lhas e se mentes de ma ravi lha, de espinha de peix e fres co e de carvão.
Depois de tudo bem mistur ado, co l oc a-se num saqui nho de pano preto e
branco e pendura- se atrás da po rta de cas a. Pági na 315 de 633

Dice Ifá I II II II I II I I OKARANTURA OKANATURALE REZA DE OKANATURALE


Okanatur ale Ifá Ir e O kana nimaseku logueni O lorun ami binú kafer efun Olo run
ati Orunmilá. Adifafun Obatalá ati Oxun. Este Odu é filho de Okanran e Otura.
Assinala dív ida e falta de respeito co m o s O rixás . Aq ui fala a vespa que, logo
após nas cer, se para-se do s pais. A ss inala separação em f amília. Os ramo s
se s eparam dos troncos , o s filhos s e separam d os pais, o s afilhad os se
separam do padrinho. A fo lha deste Odu é tua-tua (Jat ropha go ss yputifo lia, L
in.). Por não ter feito o ebó determi nado po r Orunmilá, tud o o que a bo ca
come com mui to gosto , é expel ido c heio de imp urezas . A boca não fez ebó
por co nsider ar-se muito ne ces sária e po r este motivo fo i despr ezada por

todo m undo. As vespas go stavam muit o de dançar e, quando iam ao baile,


apertav am de tal fo rma a cintur a, que a barriga saia po r baixo. Quando este
Odu surge para uma mulher fala de rompimento do útero . Assinala
aborrecimentos co m vizinhos por causa de inveja. Manda come r devagar
para evitar problemas estomacais. A pessoa não deve aceitar convites sem
antes faz er ebó, po rque po de adoec er e ficar inut ilizada de duas co isas.
Não deve me ntir. A p ess oa não f az nada indi cado pe los O rixás para não
gastar o se u dinheir o. Te m que ter c uid ado co m a avareza. Nada d o que
come para no seu e stômago. Pági na 316 de 633

Dice Ifá Te m mau gênio e fala mal de tud o. Tem uma obrigação pe ndente.
Tem um mal na boca, pade ce dos dentes e da garg anta. Se não se c uidar
sofrerá conseqüências graves. Não deve inger ir bebidas alcoólicas.
Assinala cirur gias no estô mago, duodeno ou ve sícula bil iar. Tem que ter

cuid ado co m amar raçõ es. T rês pesso as zo mbam d ela, t em que fazer ebó
para que is to tenha um fi m. Cuidado c om mulheres que não s ão do nze las e
fingem se r. Pode se ver enredad o por uma relação amo rosa e ass umir a
culpa d o que não fe z. Tem que ass entar O runmi lá. Poss ui um cacoete o u
um tique nervoso . Tem feitiço f eito po r uma mulher. Ne ste caminho a
pess oa se co munica co m seu G uia Espir itual e deve invocá-lo na alegr ia e na
dor. Tem que usar uma cinta ver de. Tem que o ferec er um galo à sua cabe ça.
Não pode co mer agbéye (Cit rullus c itrullus, Li n.). Este Odu é caminho de
Xangô, Yemanjá e El egbara. Fala da formação da Terra e d e sua s eparação
do S ol. Por este caminho fala a ves pa, que é bicho veneno so . Página 317 d e
633

Dice Ifá

I II I II II II I I OKARANRET E OKANAWET E REZ A DE OKANRANRET E Okanawete


Okanran b eko ejá okó bebere koféobafun okú Iyá aro ikofé odo lorun axaiye
ekú, ejá, o tá, lagoni lodafu n kaferefun O batalá. Este O du é filho de O kanran e

Irete. Aq ui nasce u a arte dos entalhadores de madeir a. Foi neste c aminho


que a mulh er do ganso se apaix ono u pelo pavão real. Por este mo tivo, o
ganso incendiou o pavão real. Para Ire aje colo ca-se um abano de penas d e
pavão real di ante dos Orixás. Não se co me milho nem creme de arroz . Tem
que dar co mi da à cabeça. Fala d a guerra entre o tico-ti co e o gans o. Todo s
os pássaros co mem arr oz , mas só o tico-t ico leva a culp a. Qua ndo surge
este signo em Awofakan ou I kofá, a p ess oa tem que dar um ganso ao seu
Elegbar a e faz er Orixá. Quem é des te signo tem que ter cuidado co m seus
filhos e co nsagrá- los a Xangô para não perdê- los na me dida em que o s eu
poder aumentar . Pode s ofrer um acidente mortal. É o O du da gr andeza obtida
c o m muito sac rifício. Para t anto, tem que s acrificar um etú em nome de seu
filho. Dep ois, co m o o ri do etú, faz -se uma segurança. Não deve dar
nenhuma d e suas roupas, pois a s ua so rte muda par a o lado do presentead o.
Aqui n asceram os calafr ios. Coloca -se um leque em Oiyá enfeitad o co m

penas de pavã o, de ganso e peru. Nest e signo, par a que o casal não s e
separe, tem que do rmir; um, vir ado para a cabece ira e o outro para os pés da
cama. Tem que co loc ar uma cabaça para Osain co m água de ek ó. Página
318 de 633

Dice Ifá Tem que sacrificar um pom bo para Os ain e para Ogun. Tomar bo rí
com dois o bís. Oferec er dois co cô s para Xang ô. Oferecer , para Xan gô, um
galo cego de uma vist a antes que pa ss em se te dias desde quando s urgiu o
Odu. É um signo de vida longa, c om muito gove rno e grandes se gredos. Aqui
o ho mem induz a mulher à pr ostitui ção e a explora. Quanto mais ela lhe dá,
mais ele quer e, po r isto , agride-a publicamente. A pesso a é tão no b re que
prefere viv er entr e o s mais humildes, po r isto s uas qualid ades não são
reco nh ecidas. Não é o rgulhos a e suas virtud es provêm de s eu astral. Com o
tempo, seus próprios inimigos irão reconhecer suas qualidades e recorrer
aos seus préstimos. Neste camin ho a própr ia famí lia e o s amigos mais
chegados tra em a pess oa. A pesso a não deve co nta r com seus famil iares
para nad a. Bruxaria não o mata. Cacho rro não c ome cac ho rro. De vagar se

vai ao longe . A pess oa vive po r suas próprias habil idades, tem art e e s ab e
aproveitar t odas as oportunid ades que lhe surgem. É fi lho de Obatalá e O xun.
Página 319 de 633

Dice Ifá I II II II I II II I OKARANXE OKANAXE REZA DE OKANRANXE Okana Xe


oiyen mama m uyó irolé o ri efiniyan otá obani fe aba nimi ab amó kafe refun
Oxun, Elegbara, ati Orunmil á. Este Odu é filho de Okanran e O xe. Assinala
inveja e t raição . É neste caminho que s e ama rr a um home m utilizando o se u
seme m. Ass inala a exi stência de uma mulher que, por vaidad e e ca pricho ,
deseja s eparar um cas al e adqui rir para si o amo r do hom em. Este é um
signo de loucuras. Fazer ebó co m um po mbo, três prat os , do is algu idares,
três ve las, sabão da cos ta e bucha vegetal. Leva-se o cliente a um ri o,
banha -se co m o sabão e a bucha, apresenta -se o pombo à s ua cabeça e
so lta-se c om vida para q ue leve a lo ucura par a longe. A bucha e o sabão

usados s ão deixa dos dentr o de um dos alguidar es com o outro emborcado


por cima. A cendem-se três velas, uma em cada prato, e arr uma- se ao redor
dos alguid ares. Fica na beir a do rio, próximo ao lugar em que fo i dado o
banho. A ssinala mal diçõ es e f eitiços feitos há muito tempo. A p ess oa tem
que se a pegar com Egun. A segurança deste Odu leva penas de mo cho , de
águia e de gaviã o. A pes so a faz ebó com duas gal inha s e duas penas de
ekodidé para her dar o poder e a sabe do ria de seu padri nho quando este
mo rrer. Foi neste Odu que Xangô abandono u Oiyá, fi ca ndo depo is co m
complexo de culpa por sua morte. Este signo fala do sentimento de mais
prof undo amor do ho mem pela mu lher e do s acrifício supremo em no me do
amo r. Aqui nasce m a arte de amarração do me mbro viri l e as virtudes do
esperma. Nascem as contrações vaginais na hora do orgasmo. Página 320
de 633

Dice Ifá Aq ui se c ria filhos alheios . Fala da abelha que vive pr oduzindo m el
para al iment ar os fil ho s da rainha. Fala o papagaio branco que f oi honrado
por Olofin d epo is que seus inimigos o s ujaram co m epô e tinturas de vár ias

co res. O home m tem que t er cuidad o para que a mul her com quem es teja se
relacionando não colha seu esperma e o trabalhe par a que só poss a se
excitar co m ela. A qui falam as vestes e a co roa d e Yew á. Nasceu a areia dos
rios . O dono deste signo , todas as vez es que sac rificar uma cabr a para
qualquer Orix á tem que be ber um po uco do leite da me sma para se li vrar da
negatividade do Odu. Página 321 de 633

Dice Ifá II II I II II II I I OKARANFUN OKANAFUN REZA DE OKANRANFUN


Okanafun Aye lo bí oiyn o nan tos a aguko adifafun Inle Abatá lal a t inxom an
Oba Alejo ajeri k obo ri ejá oro , o mi losan. K aferef un Oxalá, Ogun, Iya Tobi.
Maferefun Elegbara ati Inle Abatá. Este Odu é filho de Okanran e de Ofun. A
pesso a tem a pr oteção de um caboclo. As mul he res deste sign o poss uem
boa cabeça, têm carg o de Iyalori xá, mas são muito pretensiosas e cheias de
vaidade. Se houve r separação matri mo nial, não existe pos sibili dade de r eco n

cili ação em decorr ência do orgul ho de ambos os cônjuges que não


admitem ter que se rebaixa r um diant e do outro. Ass inala doenças nas
vistas, infecçõ es, infla mações e glaucomas. Tem -se que cuidar d a pressão
arterial e de diabet es, doen ças que po dem afetar a v isão , as sim co mo e vitar
pancad as no s olhos . Fala de deslo camento de retina, miopia , as ti gmatismo
e cegue ira noturna. Para problemas das vistas, aco nselha tomar borí com e
já o ro. Quem é des te O du tem que assentar Inle. Não po de c omer co elho .
Pode se perder por excess o de despr eoc upação. Est e é um Odu de
perseguições . Neste cami nho a pes so a é perse guid a por seu c ônjuge, pelos
inimi gos ou pe la justi ça. Tem que faz er ebó. Assinala inv er são se xual. É
caminho de Orunmilá e de Egun. Página 322 d e 633

Dice Ifá

Tem que tomar sacudiment o e banhos com fo lhas de alg odão , se mpre-viva
e e we muse ng uene (Paritit tiliaceum, Hil.). É um s igno de inco nfo rmidade.
Assinala desobediência ao Orixá, separação em família e erupções

cutâneas. Neste Odu fala Inl e. Aqui nasc eu o e já o Falou-se mal de Xangô e
de Oiyá. A pesso a acumula di nheiro, mas não co nse gue desf rutá-l o. A mai or
inimiga da pess oa é uma mulher de cabelo s longo s. Tem que dar co mida ao
Egun de sua mãe, s e ela já for mo rta. A pesso a passa por desgos tos
co nstantes e não s abe o que é um mome nto de tr anqüil idade. Tem que dar
graças a Xangô que a livr ou de uma grande desgraça. D eve ter muito cuidado
co m o fo go. Um filho irá a um lug ar onde enc o ntrará a sorte. Tem que cuidar
melhor dos Santo s para r ece ber uma ajud a de Obatalá. Pensa e m
desmanc har sua casa, m as, s e o fize r, dificilmente co nse guirá refaz ê-la. Não
deve po rtar armas para não ficar em o so gbo. Página 323 d e 633
Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E IX I I I I I I II II OGUN DA
MEJI REZA DE OGUNDA M EJI Ogunda M eji, Ogunda S iro, o wo iyo lokun, O xalá
biriniwá, Obatalá Ob ataisá, Hekpa Oba Igbo o dobaleni Ogun O nire iyo lokun.

Oxós si O gunda M eji eyeni e yer aruna o kualorun Obatalyana ti wa Elegbar a awa
lawa Oluw o Xiwosi Orunmilá K ayé mariw o maferef un Oduduwa Orubó. Este é
um Odu masc ulino, fi lho de Okó e Awounsi. Representa um punhal, a justiça,
a le i. Nes te Odu nasce ram as ciências da guerra, as cirur gias, as armas
brancas, a agr essivid ade, os cães selvagens, os lobo s, o s chacais, os
coio tes, as forjas, os met ais n egros co mo o ferro, e todas as profi ssõ es
relacionadas à extr ação e beneficiamento destes me tais. Nasce u a
operação ce sariana. Aqui foi criad o o pênis, os testí culos, os e
spermat oz óides e a ereção do membro viril. Assinala doenças venér eas,
impotência sexual masc ulina, doenças vaginais, enfermidades na cabeça e
no aparelho genital. Neste caminho falam Ogun, Xangô, Obatalá, Oxóssi,
Ibejis, Babá Oke, Elegb ara e Eg un. Suas c ores s ão o b ranco, o negro, o
vermelho e o az ul-esc uro. Ogun-d a-eji significa e m yo rubá: Ogun par te em
dois, Ogun divi de em duas partes. Pr oíbe seus filhos de po rtarem armas ou
guardá-las embaixo de suas camas. O Awo deste Odu recebe so rte e
proteção de Ogun. É n e s te caminho que o Awo ensina aos seus afilhados .
Aqui Ogun e X angô s e fizeram co mp adres . Página 324 de 633

Dice Ifá É por este Odu que Xangô, do seu reino, vê tudo o que se passa
so bre a terr a e o mar. As e rvas des te signo são o peregun e a mirr a. Ambas
poss uem qual idades afrodisí acas. Não s e po de co mer car ne de galo,
fruta-pão e inhame. Pr oíbe o co nsumo de bebidas alcoó l icas. Ogunda M eji
vence a mo rte. Assinala a exi stência de um pênis muito avantajado que, ao
invés de propo rcionar prazer , les iona a mulher . Assinala, para a mulher , p
rática de pros tituição que deve s er imediat amente abando nada. O Espír ito
tem que so brepo r-se à matér ia par a que a pess oa poss a ser co nsider ada e
respeitada pelos demais. Fa la de falt a de cons ideração . A pess oa tem que
cuidar -se co ntra acidentes e ato s de v iolênc ia que podem cus tarlhe a vid a
ou prejudicar sua saú de para sempre. Tem que co n tar co m a proteç ão de
Oduduw a. Afirma que a do nze la tem que f aze r ebó para poder casar . A
pesso a pos sui um dom que tem que ser desenvolvi do para qu e evo lua

material e espiritualmente. Tem muita facilidade para adaptar-se a qualquer


profiss ão . Tem d otação para a cart om ancia e, quando se dispus er a ler
cartas, nunca poderá faz ê-lo sem c o brar, para não perder este do m. Quando
acabar de ler tem que co brir seu baral ho c o m um pano de linho branco até o
dia seguinte, par a não pe rder a visão. Não pode ter den tes quebrados o u
estragados para não adquir ir doe nças no estô mago. Aqui nasce ram as se te
ferramentas de Ogun. Não pe rmite que se mate co bras. Nes te caminho,
quando cheg ar o mo mento, a pess oa terá que asse ntar Obaluaye e Yew á.
Página 325 de 633

Dice Ifá 1

Ofe rece-se a Ogun um aja keke e quatr o galos. Ogunda meji é o O du da força
e da dur e za. Seus filhos têm o co ração duro, não crêem em nada, são
ego ístas, auto-centrad os, go stam d agi r nas so mbras e de at acar com armas
ou barras de ferr o. São marcados pe la just iça por sua tendência de faze rem
o que bem entendem, não co nfiam em ninguém e têm a capaci dad e de

matar rindo. Aqui impera a tr aição e s obressaem as armadilhas. E ste O du é


port ador da maldi ção de Afebile, um O rixá Funfun que vibra na at mo sf era.
Aqui Ogun e Xangô f oram amaldiçoado s po r Obatalá, o primeir o pelo sangue
que faz ia co rrer nas guerras e o s egundo pe las fe itiçarias que prat icava. Os
filhos de Ogun que fo rem deste Odu, não po dem trabalhar co m feitiços de
Egun, embora pos sam faz ê-lo através de Osain. Aq ui, por ordem de Olofin,
Ogun confe cciono u um elek é e uma co roa de contas verm elhas, br ancas e
negras, para p remiar Elegbar a pelos e xcelentes s erviços prestado s so bre a
Terra. Neste c aminho Aroni e Osain e nsinam as virtudes das ervas para curar
en fermidades e co nsagrar os Orixás. Aqui, por o rdem de Xangô , Obaluaye
sento u-se numa pedr a e adqui riu o do m da adivinhação , o que o levou a
reinar em Arar á. Fala de co nstr ução de cas a. É Odu de casa própria. Se a
casa e stiver em mal estado tem que ser refo rma da para afastar o o so gbo.
Fala da árvore ir oko. O client e tem que tomar banhos c om s uas fo lhas.

Afirma que a co roa não cabe direit o na cabeç a. Em Ire: A cabeça é maior qu e
a co roa que carr ega. E m Oso gbo: A coroa é maior q ue a cabeça em que foi
co loc ada. A pesso a é indecisa. Neste caminho a lagos ta traiu a Orunmi lá e,
por este mo tivo, o s ho mens desco briram o quanto é deliciosa e pass aram a
co mê-la cons tantemente. 1 - Cacho rro pequeno . Página 326 de 633

Dice Ifá Quando este signo surge em atefá, awofakan ou ikofá, manda
trocar a so peira d e Orunm ilá ou do Orixá da pess oa. Pergunta-se a Orunmilá
qual delas tem que se r trocada. Esfr egar a casa co m peregun, odundun (
se mpre-viva) , ewe ibakpá (Come lina ele gans , H.P.K.), ewe ibajó (Melia
aze derath, Lin) e me l de abelhas. Espalhar amalá de farinha de milh o ao
redor da casa para espantar os arajés que atrapalham o dese nvolvimento.
PARA RESOLVER PROBLEMAS DE TRABALHO Acender uma lamparina com
óleo queimado para E gun, pedindo-l he trab alho e evo lução . T RABALHO
CONT RA IMPOT ÊNCIA. Pega- se um pênis em miniatura, de qualquer mater ial,
e u m ofáz inho de ferr o presos a uma corr ente, e coloc a-se so bre o o pon.
Cons agra-se r eza ndo O xetura, O gunda M eji, Owónringundá, Oturax e,

Okanasá, Okanayeku e a se guinte re za: Ogunda Edeji umami eru odo okuni
kankuru of uri buri fo wo ba o ko idir e bo iyá ot iku ofi kaletrupon o polo odara
oro koko iywo le koku ki ki epon. Epon o dara Ifá omó , Ifá awo awa arik u Baba
wa. Axé ofikaletrupon odara.. Depois disto, sacrifica-se um gal o co m o
materi al rez ado em c ima de El egbara e de Ogun. A pess oa deverá, depois, u s
ar a corr ente com as peças presas à sua cintur a e, s empre que fo r fazer
sexo , tem qu e tirar e pass ar em se u próprio pênis. Tem que prepar ar,
também, uma poç ão c om álcoo l puro, sete co lheres de aveia e 101 pi mentas
malagueta. Diariamente, antes de dormir, a pes so a tem que tomar 50 go tas
da poç ão diluídas em 1/4 de co po d água. EBÓ EM OGUNDAM EJI Pass ar um
galo no co rpo e s acrificá-lo para Ogun. A cabeça fi ca no i gbá e o co rpo é
preparado par a ser comido pelas pesso as da casa e todo s o s que chega
rem. To das as pes so as que co merem devem r eceber uma moe da corrent e.
A pesso a que faz o ebó não co me da carn e da ave. P ágina 327 d e 633

Dice Ifá

SEGURANÇA DE OGUNDAM EJI Um cabrit o pequeno , três cravos ou


parafuso s de linha férr ea, uma co rrente de ferro, três velas, o tí, milho, pó de
ekú, pó de e já, três agulhas, três pe dra e carvão, epô , panela de barr o, um
pombo , o bí, bejerekun, oro gbo, iguí ni ká ( T richilia hi r ta, Lin.), ewe tabat e
(Eupatorium odoratum, Lin.) e baria (Cordia gerascanthus, Lin.). Coloca-se
tudo dentr o da panela d e barro, sac rifica-se o s bicho s, deixa- se a c abeça do
pombo dentro da panel a e f echa- se. Co me galo junto co m Ogun, uma vez
por ano . Página 328 de 633

Dice Ifá I I I I I I I II OGUN DAGBE O GUNDA B IODE REZA DE O GUNDABIODE


Ogundabiode igará ni gará foroforo ajabó omó nimu omi iyeru omó leri o kan
garani fe e kú elebó afaterete emi laiboa gbelega lodafu n aiya okunlá t i ole
Igará. Este Odu é fil ho de Ogunda e O gbe. Por causa da do ença s e abre a
sepultura. Este Odu determi na que a pess oa tenha que faz er Ifá antes de

mo rrer. Antes de empreender u ma viagem ao interior tem que tomar bo rí.


Oferecem-se camar õe s bem co zidos a Orunmi lá e co me-se uma part e co m
ele, s em falar nada com ninguém. O que fi car nos pés de O run milá tem que
ser despachado depois de do is dias. O ho mem tem que levar sua mulher
para passear em s ua co mpanhi a. Os Orix ás protegem a pesso a e lhe dão
so rte. Não po de d eitar -se co m roupas de s air. Elegbar a detém suas c oisas
no rio. Não se pode co mer al môndeg as, croquetes e nenhum ti po de
salgadinho a não s er em sua própria casa. Pega-se tr ês bo neco s de madeira
ou de barr o, leva-se a um pé de jenipapo (Ge nipa americana, Li n), sacrifi ca-se
uma gali nha, reco lhe-se um pouco da terra so bre a qual foi fe ito o
sacri fício, mistur a-se pó de ekú, pó de ejá, mil ho, dend ê e mel, co loca-se em
Elegbar a junt o com os três bo neco s. A pessoa tem que co lher fo lhas num
cemitério, deixá- las sec ar e faz er pó. M istura á este pó , pó de be jerekun, de

obí, os un, pó de e já, pó de ekú e farinh a de o vermelho. Est e é o seu Axé.


Quando este s igno surge em atefá a pr imeira coisa que a pesso a faz , depois
de tudo terminado, é ir a um cemitéri o e, na tumba mais abando nad a que
enco ntrar, risca e reza es te signo, depo is chama o Egun para acompanhá-lo
e terá que atendê- lo pelo resto da vida. Este Egun irá protegê-l a e servi- la
enquanto f or cuidado. Página 329 d e 633

Dice Ifá Colocam-se sete cocos pintados de uáji para Yemanjá, pede-se o
que se quer e depois de se te dias, s e despacha na mata. C olocam -se três
charutos enro lados c om linhas v ermelha, pr eta e branca e uma folha verde
de fumo em Elegbara par a reso lver prob lemas de saúde. Agr ada-se à Oxun
com cinco galin has amar elas e cinco bolinh os de fei jão fradi nho, e a Xangô
com um gal o e amalá de qu iabo. Depois, faz -se s araieiê co m as ca beç as
das cinco gali nhas, os cinco bo linhos e a cabeça do galo de Xangô.
Despacha-se t udo em frente à uma cerca. Quando es te Odu surge em ik of á
ou atefá, c olo ca-se uma mão de 21 búzios dentr o de Orunm ilá ou junto co m
a mão maior de Ifá . Neste cas o, o padrinho, para limpar-se da negativ idade

do Odu, pe ga seu Elegbara, co bre com e pô, so pra otí, leva a uma l ixeira e ali
se limpa com três velas e um galo, ac ende as velas em f re nte à Elegbar a,
sacrifica o galo e, quando acabarem as velas, pega Elegbara e leva para
casa. O galo fi ca no lo cal em que fo i sacrificado . O dono deste Odu, se mpr e
que fo r a um enter ro, tem que ajudar a car regar o c aixão e co loc ar um pouco
de t erra dentr o da tumba. Tem que co brir Elegbara co m mariw o para que ele
defenda a entrada da casa. S acrificam-se três cabritinhos para El egbara
durante tr ês sextas-fe iras se guidas. C ada um é des pachado nu m matagal
diferent e. Depois, colo cam-se três b o necos de cedro em Elegb ara co m as
seguint es cargas intr oduzidas pelas cabeças: 1¡ b o neco : Pó de ekú, pó de
ejá, milho vermelho, terra da casa do dono do Elegbara, bejer eku n, o bí
ralado, os un, o rogbo rala do e uáji. 2¡ boneco : Os mesmo s ingr edient es do
primei ro, subs tituindo-se a terra de casa por terra de uma praça pública. 3¡
boneco : as mes m as co isas do primeiro, s ubsti tuindo-se a terr a de casa por

terra de um buraco qu alquer que se enco ntre já aberto e terra de c emitéri o. 2


2 - A "mão maior de Ifá" é o c onjunto de 21 ik ins que o Babalaw o recebe no
ato de sua co nsagr ação e que lhe dá o dir eito de faze r uso de jo go de iki ns.
Página 330 de 633

Dice Ifá Os tr ês bo neco s co mem uma gal inha q uand o f orem co locados
juntos a Elegbara e, depo is, c omem junto co m ele tudo o que lhe for
of erecido. T RABALHO PARA DEST RUIR ARAJÉ . Bate-se quiabo picadinho
com otí e epô, embrul ham-se em papel imp ermeáv el com o s no mes dos
arajés escrit os sete veze s e se c olo ca dian te de Orun milá co m duas vela s
acesas, pedindo a destruição dos arajés. Despacha-se no dia segu inte, no
lugar determi nado pelo jogo . O Ogun do Awo deste s igno tem que ter um b
onec o de f erro, um okpele d o mes mo me tal e um o pon pequeno de cedro.
Para ter um Egun à sua dispos ição, o Awo de Ogundagbe pega um pouco do
resto de sua comida, leva ao cemitério e deposita sobre a sepultura mais
abandonada que lá encontrar , reza o O du e pede ao Egun que o aco mpanhe,
prometendo tratá- lo e alimentá- lo enquanto o bedec er às suas ordens. As

pesso as deste signo não po dem dar murros o u tapas so bre a mesa po rque
desperta os mo rtos que po dem se apresentar . T RABALHO PARA LIVRAR-SE
DE DOENÇAS Pega-se uma garganta d e rês inteira, co m a língua, co zinha-se e
serve-se para Ogun em dois alguidar es c om ekó. No dia se guinte leva-s e a
uma linha férr ea, quebram- se o s alguidar es s obre ela e rega-se tudo co m
bastan te gi n. Na volta, co zinha-se fo lhas de espinafre e co me-se na pri meira
refeição que se fi ze r. Quando se f az e ste trab alho fica-se se m co mer carne,
inclus ive de ave s , durante 21 dias. P ARA RES OLVER DIFICULDADES Pega-se
uma bi steca, abr e-se co mo s e fo sse um livro, unta -se co m epô, salpi ca-se
iyefá rezado de Ogundayekú e se of erece a Ogun. Pede-se o que se quer,
fec ha-se e co loca -se e m cima de Ogun. Página 3 31 de 63 3
Dice Ifá II I II I II I II II OG UNDAYEKU REZA DE OG UNDAYEKU Ogun da ariku
agogô abonó lodafun ariku ad ifafun Iyalode, kaferefu n O runmil á. Este Odu é

filho de O gundá e Oyeku. Aqui nasc eram a deso bediência, a teimos ia e a


vaga bundagem. Assinala amarr ação feita po r mulher. Fala de mulher e de
dinheir o. Aqui na sce u a ambição desme dida nas pess oas. Assinala v isão
ineficiente. A pess oa vê tudo de pe rt o, mas de lo nge não enxerga nada. Este
Odu traz mais triunfos durante a no ite do que de dia. A pesso a tem que se
definir. Não po de estar ao me smo tempo c om a vítima e co m o c ulpado. A
pesso a, mesmo que não s aiba, está doente e em br eve a doença se ma
nifes tará. É protegida por Egun. Neste caminho a cerejeira br igou co m o
poço e causo ulhe muitos abo rreciment os , es quecendo- se de que viv ia bel a e
frondosa graças à água q u e o poço lhe oferecia. Da mesma forma, a
pesso a não reco nhece o bem que lhe fazem. E ste Odu rep resent a Orunmi lá
so bre a terr a. O simpl es f ato de se faze r a sua mar ca so bre o so lo impl ica na
invocação e na presença de O runmilá. Quan do o seu Awo recebe kua nado,
tem que co locar um alfanje em O gun para r epelir os Arajés. Quando se
of erece bode a Ogun, ass a-se uma per na e s enta-se diante de O gun com um
prato e uma c ab aça. V ai-se c ortando a carne do pernil, come ndo e
colo cando pedaços nos dois recipi e ntes. Pági na 332 de 633

Dice Ifá S acrifica-se uma galinha par a Oxun e outra para Iyansã, tira- se as
penas e ass a-se c om tri pas e tudo. D epois de ass adas, a pesso a se limpa
co m pano es tampado no q ual embrul ha as aves. Despacha nas águas de um
rio. Tem que of erecer um p ombo à cabeça e tomar ban ho do m fo lhas de
ewe dubué (Corchorus s iliquos us, Lin. ). A pess oa não fo i criad a pela própri a
mãe. Tem que cuidar mui to bem das vistas para não ficar cega. D e s co brirá
um segredo so bre sua própri a vida. Aqui o ho mem vive esc ravizado pela
mulhe r que o amarrou co m feitiços . Havia um homem que vendia flores,
mas que não enxergav a à d istância. Um dia, as pess oas que es tavam
distant es, fize ram sinais par a que ele lhes levasse flores e , co mo não
respo ndess e, puderam desco brir que ele só via o que estava bem pr óximo. A
mulher tem dois homens e nenhum a satisfaz. É preciso muito c uidado
porque a mo rte po de se r causada po r uma mulher . Página 333 de 633

Dice Ifá II I I I I I II II OGUNDAIWORI OGUNDA KUANEYE REZA DE


OGUNDAWORI Ogundawori Ogunda Al apo Iwori Olofá kaxapo iyero adifafun
akata mpó tolo si iyawa eleye elebó . Akukó, ejá-oro lebó . Ogundaw ori Ifá
lodafun O lokun kaferefun X angô. Este Odu é filho de O gunda e Iw ori. Quando
surge prenuncia tragédi as na rua. Se repe tir -se na c on sulta, ass inala a
existência de tumores o u quistos internos que exige m int ervenção cirúrgica.
Aqui a barriga de Ogun f oi aberta co m um machete. Não s e po de o lhar para
o S ol. Neste Odu tem-se que fe stejar El egbara com to que de tambor . Tem
que faz er ebó co m duas galinhas vermelhas e s acrificá-las par a Iyansan.
Assinala um a tragédia dentr o de cas a. Neste c aminho Elegbara é enganado r,
tanto pratica o bem q uanto o mal. A ss inala se paração do c asal. O homem
fala bem da mulher , mas não supo rta mais a co nvivência e acaba por
abandoná-la. Proíbe co mer carne de v eado , principalment e se a pess oa fo r
filha de Yemanjá. Quando es te Odu sai em os ogbo arun para a mulh er , po de
estar i ndicando câncer de mama. A pessoa não deve dar fo tos suas a
ninguém pa ra não s ofrer uma brux aria. O mal que a aflige não tem cura. Não

deve permit ir que pis em em s ua so mbra e tem que ter cuidad o para que não
a usem para faz erem um fe itiço . Não deve permiti r brigas em sua c asa nem
participar d elas para evit ar a ira de Ogu n que, intervindo, po derá oc asio nar
uma des graça. Pági na 334 de 633

Dice Ifá Alguém em sua cas a, quando se e mbriaga, fica agressivo e o fende
a todo s. Não deve pa rar na rua ou em o utro lugar q ualquer par a ver tr agédias
oc orridas. Deve mudar -se de onde vive. Os inimigos c oloc am imundí cies em
sua po rta. Não deve falar tud o o que sabe. Seus pés c os tumam inchar .
T RABALHO PARA SEG URAR UM CASAMENT O Prepara- se , primeir o, um pó
com unhas e pelos p ubianos do ho mem e da mulher , mistur a-se a ele, pó de
cabeça de ajapá. Colo ca-se o pó de ntro de uma panelinha ou tigeli nha co m
tampa, escrevem- se o s no mes do casal sete vezes numa folha de pap el de
embrulho, embrulha -se a tigela com o pó, c olo ca-se j unto co m o igbá de

Xangô, reza-se Ogundayeku e Ogundawori e sacrifi ca-se um ajapá so br e


Xangô e a tigela. Deixa-se de um dia para o o utro co m 12 velas aces as e
despacha -se em um rio de águas limpas. P ágina 335 d e 633

Dice Ifá I I II I II I I II OGUNDADI REZA DE OGUNDADIO Ogunda Abatambá Odi


adalará adifafun Ayê nabi eiyelé, igbá ere, e wefá, aku kó lebó. Este O du é filho
de Ogunda e Odi. O Awo não senta em c adeira sem f undo. Assinala que a
mulher é infi el. Aqui nasceu o temo r provoc ado pela e scuridão da no ite. A
pessoa deste Odu não deve dormir em completa escuridão. Assim que
anoitece deve acender uma luz para que o s espír itos malignos não venham
atormentá- la. Aqui falam as ilusõe s perdi das. É um Odu de fracasso s. Tudo
o que a pesso a so nha na vi da não pode o bter e, se c o nseguir realizar al gum
de seus s onho s, s erá por pouco tempo, pois logo verá tudo s e desvanecer .
Neste Odu nasceram as mentir as e os enganos. O ho mem pode ficar im p
otente para o se xo. Par a evitar a impotência sexual, tem que faz er ebó co m
fo lhas r e co lhidas so bre um pano bran co que se co loca num pé de ig uí ofá
(Ficus religi osa) par a este fi m. Some nte as fo lhas que caír em co m a face

superior vir ada par a cima são util izadas, as outras s ão jogadas f ora.
Quando quise r destruir um inimi go, rec olhe um po uco de suas próprias
fez es, junta p ó de ekú , pó de ejá, milh o vermelho e um papel com o nome e o
endereço do inimigo, embrulha b em embrulhado e co loc a na porta da
pess oa que deseja derrotar . Na casa o nde a pess oa vive tem que ter duas
entrad as para q ue pos sa alternar o lo cal por onde ace ss a sua própria casa ,
entrand o, ora po r um, ora por o utro lado. Neste Odu Exú fi ca parado na
esquina, o bservando quem entra e quem sai de cas a. Elegbar a não e stá
contente com alguma coisa que acontece na casa d a pesso a. Tem que se
co loc ar franjas de mari wo na porta da frente de casa e tran cas refo rçadas
na porta dos f undos . Página 336 d e 633
Dice Ifá A pesso a tem que ofe recer quat ro pom bos pintados a Elegbara
junto co m Xangô para s ua evolução financeira. Pega o s quatro po mbo s,

lava-os co m omieró de ewe of á (Ficus reli gi osa), fo lhas de lí rio e ewe erib o
(mastr uço - Lepidium virg inicum, Li n.), f echa a cas a toda e so lta as aves em
seu inter ior. Depois, pega o s po mbos, bes unta -os de epô e e fun e, s ó e ntão,
of erece-os em sac rifício a Elegbara e a Xangô. O Awo tem que colo car, em
cima d e seu O gun, um espelho fo rrado co m pano vermel ho e branco. O espel
ho deve ficar vir ado para frente do igbá. O filho deste O du tem que as sentar
Awán Aj onú, que se arruma dentro de um alguidar , mo delando-se uma
cabeça de barr o cujo lado dir eito é masculi no e o esquerd o é fe minino.
Dentro lava um p edaço de o sso humano, um a cabeça de galo, uma de
pombo, uma de etú, pó de ekú, pó de e já, mi lho, vence demanda e co m
igo-ning uém-pode. Consagra- se c om o s acrifício de um ajapá e de um galo.
Come co m Xangô e Elegbar a. Quand o um o luwo enco ntra este O du numa
cons ulta para si mesmo , tem q ue o ferecer um gal o para Ogun e co locar na
porta de casa pó de ejá, pó de ekú e epô . Todos os ebós deste Odu t êm que
levar cabeça de galo. Neste caminho, Exú Awán Ajonú, colocou uma
máscara para destr uir o mundo. É Odu de máscaras e disf arces. A pesso a
tem que levar s eu Elegbara à pr aia e, ali, o ferec er-lhe um galo que, depois de

mo rto, se rá jogado n o mar. Depo is disto, toma banho de mar e leva um


pouc o de s ua água par a casa para banhar -se de vez em quando. Quando
este Odu aprendeu I fá, brigou co m seu padri nho e co m quem o ens inou. EXÚ
ARIWO Este Exú é asse ntado num bo neco entalhado em madeira de ig uí igbá
( Ficus me mbranacea, Li n.). Sua cabeça deve po ss uir um buraco o nde se
colo ca pós de cabeça de morcego, de cabeça de co bra, de cabeça de gat o,
de ekú, de cabeça de peixe fresco , de ga lo e de chifre de bode, além de terr a
de sete lugares distintos, erú, obí, orogbo, fol has de hera, de atori, de
oxibatá, azougue, 21 grãos de ataré, pó de bronze, coral, âmbar, azeviche,
marfim e um iki n. Depo is de fec hado, é co loc ado numa panela de barr o de
ntro da qual se traça a seguinte Atena-Ifá: Página 337 de 633
Dice Ifá I II II I II I I I I I I II II II II I I II I I I II I II I II I I I II I I Em seguida leva-se o
assentament o para o meio de um pé de c róton, envolve- se c om mar iwo,

invoca-se Elegbara, tapa- se a panela e enterr a-se. Decorrid os 21 dias des en


terra-se, pega-se a panela, leva-se a um cemitério e quebra-se em s ua porta
(somen te a panela) . Pega se o boneco , lava- se c om omieró de fo lhas de
cróto n e sacrifi ca-se um preá sobre ele. Coloc a-se um saiote de mariw o no
boneco co m sete guizo s de c as cavel na cintur a e e stá pr onto. Págin a 338
de 633

Dice Ifá I I I I II I II II OGUNDA R OS O O GUNDA KORO SO

REZA DE OGUNDAROSO Ogundakoros o kukuté kuk u adifafun e ni tinxerú Osa


ebebo lebó . Aiyon nú lebó abonun imbo ubé Os á o losú unxéwá gar i adifafun
la xude eti so man Orixá ki vin eiyelé l re lebó. Este O du é filho de Ogunda e
Iros un É neste caminho que Ogun e Oxun andam juntos Fo i aqui que Yemanjá
co meu carne de po rco f rita com ro delinhas de banana ver de pela p r imeira
vez. Ofe rece-se es ta comida à Y emanjá. Quando surge este Odu para um
Babal aw o o u para um Bab alori xá, tem qu e o ferecer dois pombo s à cabeça,
independente de t razer os ogbo ou ire. E ste é o signo do pelicano. Aqui é

onde as aves, fo rtaleci das pela c o mida que lhes tra ze m seus pais,
abandonam o ninho para nunca mais voltar em. Da mesm a fo rma, os fil ho s
se e squecem do sacri fício dos pais e, uma vez criad os , vão e m bora par a
sempre. Neste Odu o padrinho deve o lhar bem se u afilhado que, depo is d e
obter o que dese ja, levant a vôo e não reto rna. A mulher deste signo só terá
filhos hom e ns. Ifá manda lavar as vistas co m urina de nenen. O se gredo
deste Odu é oferece r te rra ar ada à cabeça. É um signo de chantagens. Aqui o
galo virou galinha. O rapaz o u a mo ça po dem adquir ir má fama por andarem
na companhia de homos sexuais. Signo de vid a deso rganizada , não of erece
estabilid ade em ne nhum se ntido. A mulher não respeita o m arido e apanha
dele. Os dois brigam como cão e gato. Página 33 9 de 633
Dice Ifá O jo vem pode s er chantageado po r uma mulher co m a qual p ratico u
se xo o ral. Ass in ala i neficiência o u falta de habili dade par a realizar o c oito . A

pess oa não sabe dir ecio nar sua pr ópria vi da e por isto dependerá sempre
de alguém que a oriente. A ss inala q ue a pes so a tem vontade de mudar- se do
lugar onde vive o u trabalha. A pesso a t em que tomar banhos de fo lhas de
álam o recolhid as no chão. Só servem as que es tiverem co m a part e s uperior
voltada par a cima. Quando e ste Odu surge em atefá, dec orridos sete dias,
sacrifica-se um ca britinho bem no vinho à terra. Abre-se um buraco e s e
enterr a a carne do cabrito faz endo orô para Ilê. A vesícula do cabrito é
retirada e, de po is de es vaziada e muito be m lavada, o Awo para quem surgiu
o O du tem q ue co loc ála na b oca po r alguns instantes para q ue mais tard e
não venha a falar co isas amarg as de seu padrinho. O do no deste Odu pode
ficar vesgo em deco rrência de uma pancad a o u alguma cois a que lhe caia
na vista. Quando Orunmil á vivia so bre a terra, as p ess oas da cas a onde
morava, só por inv eja, jogar am fo ra seu tab uleiro, seus iyés, se u irof á, seu
okpele e tudo o mais que uti lizava na ad ivinhação . Quando Orunmil á fo i se c
onsultar, surgiu este Odu avisando que ele estava convivendo com seus
inimigos. Di as depois uma das pesso as da casa adoeceu e s olicit aram a
ajuda de Orunmilá que, sem seus petrechos, nada pode fazer, não

cons eguin do salvar o enfermo que acabou morrendo. A pessoa tem qu e


prestar muita at enção para que alguém de sua própria casa não j ogue f ora
suas c ois as de Orixá. Tem que ter cuidad o c om uma traição de alguém que
preten d e vê-lo preso ou des pedido do emprego . Este Odu pr oíbe a ingestão
de bebi das al co ólicas . A pesso a assume a culpa de coisas que não f ez.
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Dice Ifá II I II I I I I II OGUNDAWÓNRIN OGUNDALENI

REZA DE OGUNDAWÓNRIN Ogundaleni Anar até adifafun e iyelé tinl ósilé anué,
eiyelé lebó, akukó le erefun Exú, Ogun ati Oxós si.
Este Odu é fil ho de Ogunda e O wónrin. Não se troca caminho por vereda. A
pesso a não deve se meter no que não é da sua conta. Não deve nunca,

apelar par a a vio lência. Terá que ass entar muit os Orixás, principalmente
Obá. Deve carregar sempre um fi o de co ntas de Ye manjá. Para fi car bom de
uma enf ermidad e tem que c olocar, diante de Orunmil á, uma qu arti nha co m
água de uma ferr amentari a e um ovo de gali nha. Tomar sete banho s co m e
sta água e despachar a q uartinha, co m o o vo dentro, nas águas de um rio.
Não po de ter periquitos e m sua cas a. Se fo r Awo, tem que colo car um
escudo de ouro dentro de seu Ifá e um okpele de búzios do lado de fo ra.
Osain intervém neste caminho. Neste Odu as pessoas têm que usar uma
co rrente, de qualquer metal , que tenha co mido junto c o m Ogun. A qui nasceu
a vagabund agem, a po rfia e a deso bediência. A pesso a se e xpõe à g uerra
com plena co nsciência. O se gredo deste Odu é colo car um cad eado de
metal junt o co m a mão maior de Ifá. Ogundawónrin é a per so nificação da
bondade. É um Odu d e po der de dec s ão . Oferecem-se três pintos a Elegbar a.
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Dice Ifá To mam-se banhos co m o mieró de isakó (Pet roselinum , Benth &
Ho ok.), peregun e e we exi n (maloja). Ogundaw ónrin era trafi cante de otí e

tantas fo ram as queixas que chegara m a Olofi n, que es te mandou que


Elegbar a o vigiass e. Aqui fala Oro na Apanada, es pírito guerreir o que
acompanha Ogun. Saído do mar, este espírito explora e reconhece o s
caminho s que Ogun irá perco rrer. Este Orixá é fe minino e co nfunde o s
inimigos faz end o c om que esco lham cami nhos errados. Foi neste Odu que
Olofin fez co m que o po mb o perdesse a voz . A pesso a tem q ue cuida r da
garganta par a não ficar muda. O Awo d es te Odu não pode f aze r Ifá e m
ninguém. Não pode iniciar ni nguém no culto de Orunmilá. Quand o este O du
surge numa ini ciação de Ifá, pega-se as e rvas que sobraram d o o mieró,
sacri fi ca-se um po mbo so bre elas e faz -se tant os pacotes quant os fo rem o
número de awos q ue part icipar am da cerimônia. Depois disto , cada Awo
passa um amarrad inho de ervas no pró prio c orpo e despacha no mato. Fala
de indi gência po r má orientação da própria cabeç a a pess oa. Pergunta- se s e
é preciso agradar o Elegbara d a pess oa c om quatro pintos que se rão

of erecidos numa es trada par a o nde o Elegbar a será levado. EXÚ AGOME JE
Antes de asse ntar este Exú tem q ue se dar tr ês e tús a Xangô e depo is, faz er
ebó co m uma franga que é despachada numa es trada. Leva: Terra d e se te
caminhos diferen tes, loaso (Amyris balsamifera) iroko, vencedemanda,
iguiso ro (Pera bumelifolia, Gris.) , afo man (Ficus membranacea, Lin),
tendebiyo (Guarea t richiliodes, Lin) , palmeir a, ef un, o sun, uáji, azo ugue, se te
moedas corrent es, sete mo edas anti gas, 21 ue jé io

grãos de ataré, pó de ekú, um okutá pequeno. O okutá deve come r junto co m


Xangô, o s três e lhe são sacrificados. Passamse três pint os na pesso a,
sacrifica-se e deixa- se o e co rrer so bre a massa. M odela-se uma c abeça e
colo ca-se uma faquinh a no alto, um búz em c ada olho, um na boca e um
cada ouvido.

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Dice Ifá Neste O du Ogun tinha tant a fo rça que seu pênis virou pedra. O

homem deste signo s e e njoa rapi dament e da mulher p orque ela não o
compreende nem o satisfaz . Sua mul her e seus filhos s ão o s s eus pri ncipa is
inimi gos . Este é o Odu da fo rça sexual. Pági na 343 de 633

Dice Ifá I I II I II I II II OGUNDABARA R EZA DE O GUNDABARA Ogun dabara


Ogunda Sá Obara ban ad ifafun bo mbo to lobina adié mew á ab emú, o wó
meewá, kaferef un Orunmilá. Este Odu é fil ho de Ogunda e O bara Aqui nasceu
a briga de galos . A pess oa vivencia uma guerr a que nunca tem fim. Quando
acaba de guerr ear com alguém surge logo uma nova disputa com o utra
pesso a. Nos ebós deste signo não pode faltar pimenta da costa . Seu
amuleto é feito co m uma espo ra de galo bem afi ada. O dono deste signo
tem qu e asse ntar Orixayé, uma qualidad e de Orixá funfun pouc o co nhecida.
Quando tr az o so gb o arun, a pesso a não pode descuidar porque pode leva r à
morte. Neste caminho Orunmilá fez Ifá em Obatalá e ganhou muito dinheir o

com isto. P ara obter riqueza, a pess oa o f erece um peixe fresco a Obata lá
co m o ri, ef un e um o vo de po mba. TR ABALHO PARA SE LIVRAR DOS
INIMIGOS Pe ga-se três galos e deixa- se que bri guem um po uco entre si,
depois sacrifi ca-se os galos para Xangô c hamand o o nome dos arajés.
Reco lhe-se uma das espo ras, põ e-se par a secar e se us a co mo amuleto de
defesa co nt ra os inimigos . A pesso a não tem o respeito de sua própri a
família, que chega mes mo a humilhá- la. Mais ce do o u mais tard e acabará
abandonando -a, mas terá que dar ass istência aos filhos para que não s e
percam na vid a. O tomate, que era amarelo, vivia sendo perse guido por se us
inimigos e isto só acabou depois que, mudan do de c or, ficou ve rmel ho. A
pess oa, para dei xar de ter t antos inimigos , tem que mudar p or completo sua
mane ira de se r. Página 344 de 633

Dice Ifá Nes te Odu, para l ivrar-se do s inimigos, a pess oa tem que tr ocar as
ferramentas d o igbá d e Ogun pelas do igbá de Xangô. Não po de faz er
trabalhos de bruxar ia. Não po de trab al har em ativi dades e m que s ua pele
fique expos ta a respingo s de lama ou de subs tâncias o rgânicas e m estado

de decompo sição po rque, se guramente, ist o lhe pr ovo cará um a do e nça de


pele. Não se deve us ar nenhum objeto achado na rua. Assinala pr oblemas,
com pesso as mais velhas, no âmbito reli gioso . Página 34 5 de 633

Dice Ifá II I II I II I I II OGUN DAKANRAN O GUN DAKANA REZA DE


OGUNDAKANRAN Ogundako oke alafia ekodidé afike lori kowá ale axé ata
oun iyen b ogbo araje apadá senio ekú, ejá, agbado. Este Odu é fi lho de
Ogunda e Okanran. A qui, Ina Arakaro, f oi aprisionado por ter i do ao céu para
desco brir e revel ar aos ho mens o segredo de suas o rigens. A p esso a que se
consulta; por querer agradar aos outros, pode se meter em sérias
complicações. Aqui as pess oas correm sem saber o porqu ê. Nasceram os
caprichos da mul her qu e f az e m a vida d o homem impos sível . Tem que faz er
ebó num quar to es curo. A mul her não po de co rtar os cabelos. Colocam-se
nove alfanjes em O iyá e um sabre em Ogun. Neste cami nho fize ram Ifá para

o c roco dilo. Aqui Orunmilá ab andono u seu filho Ogundako po rque este, em
vez de usar os poderes de Ifá, tr oc ou-os por seus poderes natur ais. E nsin a
que, por mui tos po deres que po ssua o Awo, jama is dever á despr ezar o s
poderes de Ifá. O Awo deste Odu tem que o ferec er um galo a Exú d e dois em
dois mes es. Tem que t er , diant e de seu O runmil á, um Ôsun do seu tamanho
e, uma vez por ano , tem que ac end er diant e dele, 16 lamparinas. E m cada
uma das lampari nas s erá sacrifi cado um pomb o branco, c uja cabeça fi cará
dentro do recip iente co m ó leo de amêndoas. Na hora de acend er as
lampar inas, o Awo de ve faz er a seguinte saudação : "Kaxama ik oko , kaxama
ikoko fitilá, kawo miná O runmilá, kaxama ikoko ." Página 346 de 633

Dice Ifá Depo is de aces as as 16 lampar inas o Awo s acrifica duas galinhas
pretas para Orun mil á, f aze ndo a seguinte s audação : "Kalemi ilemi I fá wamisi
kakan Ifá." As duas galinhas s ão despachadas nas águas de um rio. Diant e
do Orunmilá d o Awo nunca po de faltar dois i nhames, e ele não pode deixar
de usar , em m om ento ne nhum, s eu eleké de Ifá. T RABALHO PARA RESOL VER
PROB LEMAS DE DI NHEIRO Ofe rece-se uma penca de bananas-maçã ve rdes

para Xangô e, quando e stiverem madur as, leva-se para os pés de um iroko.
T RABALHO DE LIMPEZA PESSO AL Limpa-se a pes so a co m um ramo de
alfavaca, abiri kunló( Casca veleir a, também co nhecida no Brasil com o
amendo im do mato ) e ewe nijé ( Partenium histeropho rus, Li n.), pass a-se um
pinto e m seu c orpo e puxa-se para El egbara. Depois de f eito o ebó , toma-se
banho co m omieró das m esmas ervas, dentr o do qual se pux ou um po mbo
branco. ( O trabalho é fe ito ao me io dia, e o banho é tomado à meia noite). A
pess oa é rebaix ada e perseguida. Tem que ter muito cuidado co m uma
pessoa alta que se porta de forma excessivamente delicada e solícita. Tudo
isto é um arti fício para obter alguma vant agem. Página 347 d e 633
Dice Ifá II I I I I I I II OG UNDAMASÁ

REZA DE OGUNDAMASA Ogundamasá awará wará sokende awará wará.

Lereiyé awará wará Olorun Aiye a afun gunugun ni aundi ebé koru. Aqui
nasce u a cerimônia de iniciação no culto de Orixá. Este Odu ass inala mui to
ciúme. É fil ho de Ogunda e Osá. Neste caminho os filhos c omem as
própri as mães . A pess oa tem um fi lho que po de ser pr eso e co ndenado.
Costuma fazer uso de drogas. Tem que colocar em Elegbara, três cigarros
de ewe chamico . A mulher pode s of rer a fo rmação de um fi br om a no s eu
útero. Par a evitar que isto ac onteç a, deve tomar lavagens vaginais com ra iz
de jiba (E rythroxilon havanens is. Jacq.) . Assinala que a pess oa teve G uerreir
os assentados e que se desfez deles. Os pais se s epararam por causa de
uma mulhe r . A pess oa tem pr oblemas de visão que devem ser trat ados co m
um o ftalmolo gista. S eu pio r inimigo é sua pró pria mãe. Par a ser fe liz deve
visitar muit o pouc o a sua mãe . Fi zeram de tudo para abortá- la, mas
Orunmilá, para que tal coisa não acontecesse, lhe de u a proteção deste Odu.
Tem que c uidar de cálculo s renais que lhe caus am muito so frime nto. Aq ui
Ogun e Oxóssi, ensinados por Elegbara, aprenderam que devem comer
juntos . A pes soa está assustada co m um sonho que teve e po r isto,
resolveu faze r uma con sulta ao oráculo. Não po de engordar para que não

se destrua. Ogundamasá é carregador de Eg uns . Página 348 de 633

Dice Ifá Por este caminho oferece-se 16 pombos brancos a Oduduwa. Para
reso lver qualquer problema s acrificam-se do is pom bos brancos a Obatalá.
Não s e pode recolher o que est iver jogado no lixo. A pesso a, so zinha, não é
ninguém. O homem não pode levantar a mão co n tra nenhuma mulher ,
principalmente co ntra a sua. A prostitui ção represe nta um estigm a que po de
causar a sua morte. Tem que o ferecer dois pombo s brancos à sua cabeça.
Es te Odu é dom ínio de Oxun. A pess oa tem que faz er Oxun par a viver bem.
SEGURANÇA P ARA A SAÚDE D entro de uma carapaça de ajapá, c oloca-se:
terra de f ormigueiro, terra de uma prisão, terra de c emitéri o, terra da casa da
pesso a, um pedaço de co uro de um cabri to que tenha si do o ferecido a
Elegbar a, pó de ekú, pó de e já, um punhado de m il ho vermelho , um pouc o de
azeite de dend ê e um pedaço de fumo de rolo. Per gunta-se no jogo o que

co me e co m que Ori xá. T RABALHO DE DEFEZA C ONT RA OS ARAJÉS.


Escrev em-se o s no mes do s araj és s ete vezes num papel , e queima- se.
Reco lhe-se as cinzas, mistur a-se co m um pouco de borr a de ca fé, cinzas de
carvão e f olhas de artemísia. E nrola-se tudo num pano preto e amarra-se
co m linha preta. Colo ca-se diante de Exú dur ante se te dias. Despacha-se
numa enc ru zilhada. Pági na 349 de 633

Dice Ifá II I I I II I II II OGUNDAKÁ REZA DE OGUNDAKÁ Ogunda Kalare odafá


egbe e iyele lebó . Marora intori it á. Ogundaká k an ado fá iyanle adifafun abe .
Kaferef un Ogun, e iyele lebó maro ra, int ori Iya ekodidé, ekú, e já e lebó. Este
Odu é fil ho de Ogunda e Iká. Aqui as res ervas de água po tável se co rrompem.
As so br as de com idas têm que ser enterr adas. A ss inala mal dade, mo rte e
injusti ça. A pess oa mo rrerá em terra es tranha. Não deve permiti r que
estra nhos durmam em sua casa, muito menos em sua cama. Tem que
ass entar El egbara e, se já o tiver , deve proc urar sabe r o que quer que lhe
faça. Assinala separação e afas tamento. Al guém pretende ir embo ra. O Awo,
dono deste Ifá, tem que receber Olo fin . Tem que faz er com ida durante três

di as e levar par a o mar. Não po de beber água de po ço . Este é um Odu de


dúvidas. Ensina que é m elho r morrer do que viver sem ho nra. Aquele que
abre mão de s ua honra é humilhado pe lo resto da vida. A pesso a tem que ter
muit o c uidado c om uma donz ela que cri ará um ej ó que po derá provoc ar a
sua mo rte. Alguém na família pode mo rrer. 3 - Cerimônia que o utorga o
direito de iniciar novo s Awos . 3 Página 350 d e 633

Dice Ifá S egredo do Odu: O Aw o deste Odu quando rece be Olo fin, tem que
faz er três e bós nas ma rgens de um rio para pr oteger sua própri a so mbra. O
primeiro ebó é f eito co m gali nha p ret a, o segundo co m gali nha cari jó e o
terceir o c om galinha branca. Depois de cada ebó as galinhas são
despachad as nas águas do rio. Assina la roubo s, violências e abusos
sexuais. Tem que dar co mida a Egun. Risca-se o signo de O gundak á no s olo ,
so bre a terra, sac rifica-se o animal pedido por Egun e cobre-se co m fo lhas

de sálvia. E m c ima de tudo s acrifica-se um po mbo. Página 351 de 633

Dice Ifá II I II I I I II II OGUN DAT URUKPON REZ A DE OG UNDA T URUKPON


Ogundatur ukpon Baba To to adifafun Alagbedé om i ladelorubó ka na sit u lasi
oni ketebó akukó, adie, yarako, ajá keke elegbo. Int ori ejó Obinin pupá mar or
a. Este O du é filho de O gunda e Oturuk pon. O prego bem batid o é difícil de se
arrancar. E m casa de fe rreiro o espe to é de pau. Assinala uma guerra da qual
a pesso a sairá v it oriosa. Tem que o ferece r peixe assado para Elegbar a e
para Ogun. C olo ca-se em Og un, uma cabaça co m água fresca. A pessoa tem
que demo nstrar gratidão, diari amente, à s ua mãe, pela dedicação que lhe
deu, livrand o-a de muitas difi culdades. Tem que ter muito c uidado para não
se me ter em conf usõ es que po dem levá- la à prisão . Não deve inger ir bebidas
alcoó licas po rque, es tando alco olizada, fi ca à mercê de seus inimigos . Tem
que ter cu idado co m o perigo que representa uma mulher de co r. EBÓ PARA
RESOLVER PROBLEM AS DE T ODAS AS OR DENS Um pombo , um romã, um
ekó, um galo , uma gali nha, um galho de árvore, pó de ekú, pó de ejá, um
alfanj e, dendê e moedas. Passa-se tud o na pes so a, sacrifi ca-se o galo e a

galinha para El egbara e o pombo para Ile. D espacha-se em baixo de uma


árvore bem grande. Página 352 de 633

Dice Ifá I I II I I I I II OGUNDAT URÁ OG UNDAT ET URA REZ A DE OGUNDA T URÁ


Ogunda Tetura adifona adifaf un Bantijó jojé iguí, akuk ó lebó, kukute kuk u
adifafun Omi Ix eri, ak ete lebó, bebe o tun, bebe o si, adifafun O ri, eiyele, agadá
le bó. Este Odu é fi lho de Ogunda e O tura. Nasceu a dece pção religios a. O
Awo, ao desco brir q ue tudo o que lhe fo i ensinad o é incorret o, decepciona- s
e co m Ifá e renega a sua ini ciação e a quem o iniciou. Tem que of erecer um
eiyele a Olofin na cabeça da pess oa. Aq ui nasce u o tráfico de esc ravos.
Neste caminho, Xangô, co m seu es cravo Abo, encontro u abr igo na casa de
Oni Bombo Orá q ue é uma árvore e, por isto, s eu ibá é feito em gamelas de
madeir a. A pess oa pas sará por um problema caus ado po r um invertido
sexual. A qu i fala o páss aro Akó K iyé, chef e do reino da bruxaria e de beleza

sem igual. Oiyá fo i es cravizada e levad a para Damé, onde f oi despo sada por
Oduduw a. Dessa união nasce u Exú O lanki . Oiyá banhava seu fi lho c om
azeite de palma pa ra que não se enfurecesse, pois, naquele tempo, era
cos tume banhar -se co m adi, azeite ext raído do s caroç os de dendê. P o r este
mo tivo Oiyá recebeu o título de Adi kun e o ó leo adi pass ou a s er tabu para
Exú. A pesso a deve ter cuid ado para não s er escravizada po r outrem.
Colo ca-se uma cabeç a de touro em Ogun. L impa-se a cas a co m um trapo e
despacha-se no lugar indicado p elo jogo . A pess oa tem que cuidar de Ogun
e de Xangô. Deve ter , no alto de s ua cas a, duas bandeiras, sendo uma
branca e outra amar ela. Quando e ste Odu aparece, a pes so a tem que faze r
ebó tendo, durante t odo o tempo da ceri mônia, um frango na mão. D epois
de ter minad o o ebó, pega-se o frang o, passa- se em to dos o s presentes,
sacrif ica-se para Elegbara e se despacha numa mata. Pági na 353 de 633

Dice Ifá Neste Odu, Aroni, fugindo de Orunmilá, transformou-se no pássaro


sunsun, que, na Áfr ic a, é co nhecid o c omo eiye ar oni. A pesso a não po de
poss uir pássaros. Este é um s igno de t ra nsfo rmaçõe s. Não s e deve matar

maripos as. Tem que oferecer doces à Oxun. No O sain do d ono deste Odu,
co loc a-se um pedaço de galho de iguí b on í (Guaz uma guazuma, Lin,) . Come
dois pombo s e um pica- pau. A pessoa não pode ter g alos presos em casa,
têm que fi car so ltos no quintal. EBÓ Um gal o, um ajapá, dois pombo s, duas
bandeir as, sendo uma branca e o utra amarela , terr a da esquina da rua em
que a pess oa m ora, terra d a porta da casa da pess oa , um edu-ar á, uma
roupa usada, o tí, mel, milho vermelho, pó de peixe, pó de ekú e muit as m
oe das. O galo para El egbara, o ajapá para Xangô e o s po mbos para Ile. EBÓ
PARA OSOG BO ARUN Pega- se um pedaço de tronco de bananeir a, envo lve-se
num pano p reto e , po r cima, num pano vermelho . Sacrifica-se um galo s obre
ele e s e despac h a num cemitério. PÓ P ARA DERROT AR OS INIM IGO S Pó de
os so de cacho rro, de ewe ina ( Fleurya cuneata, W edd .), de 17 sementes de
ereén (Acacia farnes iana, Li n.), de ge rgelim torrado, de penas e c rânio de
galinha d´angola e de 17 seme ntes de ataré. Misturam- se to dos estes pós e

deixa-se durante 17 dias nos pé s de Os ain com uma vela aces a que deve ser
reno vada di ariamente. D epo is disto o pó está pronto e tem que se r soprado
so bre o inimig o o u em sua cas a. Página 35 4 de 633

Dice Ifá I I I I II I I II OG UNDAKET E OG UNDARET E REZA DE O GUN DAKET E


Ogunda Ket e gumigui Awo O ri ara akanari bo wo O ri axi tentere Aw o oun
meteta ni xoma Ikú Ifá Orunmilá. Este Odu é filho de Ogunda e Irete. Aqui
falam as leis da mo ral que rege a vida. D eve- se evitar andar com Awo que
tenha este Odu I fá, para q ue ele não roube a so rte d a pesso a. Dois mo rtos
vivem nas co stas da pesso a em busca de um tercei ro. A ssina la pouca
firmeza de carát er na pessoa. As pesso as deste Odu são teimos as e
obstinad a s. Não apr endem nad a com o s se us err os nem co m os erros
alhei os e, por este mo tivo , repetem seus err os e se perdem pel os caminh os .
Ogundakete é um signo de traição, ing rati dão, derramamento de s angue e
ambição sem limites. Seus filhos, para alcançarem seus objetivos não
hesita m em c ome ter todas as baichesas imagin áveis, desconhec endo amig
os , parent es e afilhados . Têm que tomar borí com peixe fresco . A pessoa

pode m orrer pelas mão s de um amigo. Para pr osperar na vid a deve criar
pombo s. Na medi da em que os animais fo rem se multip licando, a vida da
pesso a vai ev oluind o em todos os a spectos . A mulher que agora está
vivendo c om o marido da cons ulente fo i ajudada po r ela numa enfe rmidade
e, em s ua própria casa, co meço u a relacionar-se co m seu marid o. A mulher
que se cons ulta so freu uma int ervenção cirúrgica e, por es te motivo, não
pod e ter filhos . Seu marido tem o utra mulher e fi lhos co m ela. Um destes
filhos tem o no me do pai. Página 355 d e 633

Dice Ifá A mulher , para co mbater a fri gidez, tem que lavar seus órgão s
sexuais co m buchinha d o no rte, e we re (Ro smarinus o fficinalo, Lin. ) e gema
de ovo. Tem que colocar, em seu Elegbara, um chapeuzinho de mariwo, um
macete de m adeira e três cravo s de lin ha de trem. Não deve dar nem
emprestar suas r oupas e seus chapéus. Nã o se po de ter em casa, anim ais

co m co roa. A pesso a tem três inimig os que a querem destruir . Deve us ar


sempre, chapéu ou lenço de cabeça. Tem que tomar b orí com peixe fresco.
Cuidado c om u ma bri ga que poderá chegar à agr ess ão armada. Os inimig os
mais fortes são do s exo f emini no. O Awo tem que usar g orro bra nco e
tomar banho c om flo r de ewe re. A qui Orunm i lá fico u cego e Ogun
escureceu o céu. Tem que dar vead o para Ogun. A p esso a tem que faz er ebó
co m um pombo , co mpletamente despida, d iante d o O runmilá do Awo. O
hom em não deve co mer doces para não s er dominado pela mulher . Aqui
nasceu o homo ssexuali smo ativo e pass ivo. Nasceu a so domia. O Os ain de
Ogundakete é montado dentro de um c râni o de veado co m ekú e demais
ingredientes. Tudo é co loc ado dentro de uma panela de barr o que s e enterra
num bur aco no s olo . A pess oa po de estar sob a influênci a de E gun A dodi
(homo ssexual) . Tem que fazer ebó . Neste cami nho não se acredit a nos
Babala w os. Aqui nasceu a s eparação religiosa. Quando se dá entrada a
Orunmil á, lava- se tudo co m o mieró de e we re. 4 4 - Cerimônia que se realiza
quando o assentament o de Orun milá é levado par a a casa da pess oa que o
recebeu. Página 356 de 633

Dice Ifá Este Odu po de levar seu padrinho à miséria. Aqui nasce u o s egredo
e a cerimônia do s el amento do idí. Nasce u a proibição dos babalaw os
iniciarem ho mos sexuais em Ifá. N este cam inho Obatal á co me junt o com
Orunmil á. O awo des te Odu tem que ter um pedaço de iguí i rôko e m cada uma
das suas mão s de Ifá. A ss inala falt a de caráter na pess oa e de mulheres qu
e criam gr andes problemas . Neste c aminho Ogun e Oxó ss i andavam sempre
juntos. Este O du explica po rque os ho mo ssexuais têm um grande po der de
assimil ação do s se gredos da religião, mas suas c onsagrações , mais cedo
ou mais tarde são prejudiciais para eles mes mos. O babalawo, por razões
estranhas à sua vontade, f az Ifá a um homo ss exual. Página 35 7 de 633
Dice Ifá I I II I I I II II OGUN DAXE REZA DE OG UNDAXE Ogun da Monixe Olo fin
oun o be kaferefun O runmilá, Olofin, Ex ú, Xangô a ti Obal uayiemi. Este Odu é

filho de O gunda e Oxe. Por ele f ala a palavr a sagrada de Olofin. Tem qu e se
ass entar Or unmilá, Oxun e Ogun. Neste cam inho Ogun fo i desc riminado, po r
este motivo, Ogundaxe não tem direito de fazer matanças. No kuanado do
Awo des te Odu as fac as s ão de madeir a. Este Odu determina q ue o Awo
pos sa recebe r Olofin em qualque r idade. Quando es te signo s urge numa
cerimônia de iniciação de Ifá, o padrinho não entreg a Orunmil á ao afilhado.
Colo ca-o so bre uma esteir a para que o afil hado pegue-o c om as próprias
mão s. Assinala dí vida co m Orunmilá. Quando surge em atefá, pega-se uma
panela de barr o cheia de água, ac ende-se uma brasa bem grande e apaga- se
na água da panela . Depois de terminad a a última cerimônia do itá,
sacrifica-se um ajapá na porta do quart o onde foi feito. Todos os
baba lawos presentes pisam com o s pés desc alços no ejé der ra ma do e vão
embo ra, não po dendo vo ltar mais à esta casa ne ste dia. Sacrifica-se um
pomb o a um pé de cana-br ava, pedindo a Nanã Buruk ú e ao s Eguns que
livrem de q ualquer tipo de demanda. Quando se faz ebó por este caminho a
pesso a tem que lev ar um casal d e po mbos brancos a uma floresta e ali , ao s
pés de uma árvore, s acrificá-los, ro gando a Olo fin que lhe co nceda tudo de

bom. Nes te Odu há um rei q ue perde a cabeça. Assinala desentendimentos e


má interpr etação de atitud es ou palavr as. Página 358 de 633

Dice Ifá O afi lhado e o padrinho devem ter Oduduw a e Iyansã ass entados .
Tem que has tear, em c asa, uma bandeira br anca e vermelha. C olocam -se
flo res de flambo aiyant atrás da porta. Quando es te Odu surge na co nsulta de
qualquer pess oa, indica que ela tem que faz er Ifá para salvar- se. Aqui nasceu
a hipoc risia e a m áscara de Oiyá. É um Odu de masc aramentos. A
curiosidade po de levar à perdição. Fala de curiosidade na mulher. Ass inala
problemas de menstr uação e tumores no s se ios. Por este signo, a pesso a,
partin do do nada, pode chegar a se r rei. Acusa problemas c ardíacos . EBÓ EM
OGUNDAXE T rês frang as, três pombos , três más cara s, um peixe fresco , um
obé de madeir a , um o bé de aço, um otá, pano, pó de ekú e pó de ejá. Página
359 de 633

Dice Ifá II I I I II I I II OGUN DAFUN REZ A DE OG UNDAFUN Ogu ndafu n wewe


yeye, wewe yeye o ni rewó o mo O sain kuelese kan k u elese me ji. Obaiye
Orunmil á wewe yeni O runmilá o nibarabá niregun. E ste Odu é filho de Ogunda
e Of un. Leva um bonequin ho ves tido co m roupas usadas da pesso a. Tem
que lavar a cabeça c om otí. A mulher que se co nsulta deve ter cuidado c o m
seu c asamento, po is não ama seu marid o. Em decorrênci a dist o, vive
criand o a borre cimentos e brigas. Depois de uma briga o marid o poderá
abandoná-la. É exigente em tudo , principalmente em relação ao se xo. Pode
criar um quisto no s ó rgãos s exuais. D eve cuida r melhor da saúde. O mar ido
não quer que tr abalhe e Oxun e Orunmilá t ambém não . O mari do t em ciúmes
de um axé q ue a mulher p oss ui e deseja desfrutá- lo so zinho . A mulher p oss ui
o dom de adiv inha ção e o utros poderes par apsicológicos . Tem que
ass entar os Gue rreiros . Por este caminho nada se preserva; tud o s e destrói.
É um Odu d e guerras e o ho mem deve ter cuid ado, po is sua vida está
ameaçada. A pesso a tem um problema nas vist as q ue pode o casionar
cegueira total. É t ratada por to dos co m hipoc risia. Al guém proc ura vestir -se

igual á pess oa para co lher a sua so mbra. A mulher busca o oráculo para sa
ber se o marido é infiel. Esta mesm a mulher conhe cerá tr ês maridos . Tem
que trabalhar espiritualmente. Este Odu assinala gravidez. Página 360 de 633

Dice Ifá

É o s igno do macaco . A pesso a deve ter cuid ado co m uma menina q ue lhe
trará problema s co m a justiça. O capitão vai a guerr a, mas o general não o
perde de vista. Ensina a se r vigilante. O o rgulho e o s c apricho s levam a
pesso a à perd ição. A p esso a deseja ser ou f azer o que não lhe é de dir eito.
Este Odu pr oíbe que se co ma mari sco s. Quando est e Odu surge numa
cons ulta, o Awo que o s acou tem qu e faz er rogação para a sua própri a
cabeça para li vrar-se das negativid ades do cliente. Quando s ai para um
menino o u p ara uma menin a, tem que faz er Ifá o mais ráp ido poss ível, pois

a criança é fi lha de Orunmi lá. Se ndo me nino terá que se r babal awo, s ua
cabeça é muito grande e nasce u para ser adiv inho. Se f or menina, nasc eu
para ser apetebí. Orunmilá a esco lheu quando ainda estav a no ventre de s ua
mãe. Independente do se xo; têm uma marca no cé u da boca. Os pais têm
que faz er ebó para que não venham a mo rrer. A mãe desta criança poderá
gerar A bíkú. A cri ança m que usar um idefá para que isto não aco nteça.
Assinala dí vidas co m um par ente mo rto, m issas o u prece s. Aqui se deu a
disputa ent re o c éu e a terr a. Quan do s e faz o ebó de s te caminh o, o ori do
bode deve s er enterr ado para que o doe nte so breviva. A pes so a deve falar
menos e agir suas coisas com mais calma para alcançar suas metas. Página
361 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E X II II I I I I I I OS Á MEJI


REZA DE OSÁ MEJI Osá Meji Ifá jo ko adafun Ogue dire iyun kode akasa fará
tefiko digbe ka le Ifá. Babá bur u burur u bala fo xê ef an Babá o baragad á o mó
odo bani inundie Oparak á enu Orun o ji nasil eeni bana adifafun Oke nigba bof e
re fef e Legba enib ara lagbe lejé eiyelé m eni axeti n beleré aunko anunse epô

lorubó. Osá Meji é um Odu feminino, fil ho de Eiyj é e Ogué . Seus fil hos são
revoltad os e um tanto t rági co s, go stam de imi scuir- se em ass untos dos
outros e vivem invent ando co isas ab surd as. São co mo o vento, cada di a
virados numa di reção e se não co locarem as co isas em o rdem, ficam
sempre no ar. Rege as relaçõ es e ntre a Te rra e o So l e a Terra e a L ua. Não
diferencia r icos de po bres, no bres de plebeus. Rege o sangue e todos os
homen s, po rque poss uem sangue, estão so b sua i nfluência de forma
idênti ca. É a representação do M und o do s Espíri tos . Repres enta o do mínio
da mul her sobre o homem e por isto todo s o s tra balhos de amar ração de
hom ens s ão f eitos através dele e sua fi guração indicial deve ser tr açada no
local onde se rão feitos os sacri fícios nece ssários. É o Odu da magi a negr a e
da brux aria, caminho predileto para co municação das Ajés 1 Os á Meji
proporciona fortuna, mas a pobreza persegue a pessoa. 1 - Espíritos de
hierarquia inferi or ao s O rixás e que s e utili zam do po der feiticeir o existente

em todas as mulheres para a prática da bruxaria. Página 362 de 633

Dice Ifá Os filhos deste Odu so brevivem ao s se us irmãos e partici pam de


seus funerais. A mu l her par a quem saia es te signo e m Akofá po de mo rrer na
prostit uição. Aq ui nasceram os glóbul os vermelhos do s angue, os chifres
dos rumin antes, o s musgo s, a abert ura dos o lhos, o s ó rgãos internos das
mulheres, o s intest inos, as amígdalas, as sudações entre as pess oas , a
hipocrisia, os pólipos uterino s, a artr ite e o Axé de Xangô. Por este cami nho
falam Oduduwa, Egun, Oiyá, Aganjú, Obatalá, Os ain, Iroko, Iyami Aje e Oxun.
Assina la pr oblemas de saúde rela cionados co m o sangue, para lisias,
artrites, s uspensão ou excesso de menstr uação, hemo rragias de todas as
srcens (pri ncipalmente as vaginais) , inflamaçõe s da gargant a, tuberculos es,
úlcera s intesti nais e hemo rróidas. Rege as o rel has, as fo ssas nasais, os
olhos , as pernas, os braços e o aparelho genit al femini n o. Suas f olhas são :
sempre-vi va e malva. Assinala tr aição, viagens, prisão, inveja, o bte nção de
alguma coisa e vitória nos o bjetivos . Aqui nasceu a incorpo ração do Orixá
em se us fi lhos . Nasc eu o intercâmbio e a troca de mercadorias em

substituição ao dinheir o. Nasc e u o vene no da tarânt ula e o se gredo da


canela. Neste caminho f azem-se o ferendas e acendem-se velas par a as
árvores, po is é atr avés des te Odu que os es píritos das árvores in spiram e
orientam os hom ens. Nasce u o intercâmbio cultur al que permit e a troca de
conhec iment os e experi ências entr e o s po vos de diferentes co stumes. A qui
nasceu o cheir o cara cterístico das vulvas que, atr aindo aos homens, faz
co m que s intam v ont ade de beijá- las e introduzir- lhes s uas línguas. Assinala
neurastenia e enfermi dades no s o sso s. As pesso as não queriam cul tuar os
Orixás que, po r este motivo, o btiveram per missão para tomarem suas
cabeças . Página 363 de 633
Dice Ifá Nes te Odu falam tr ês e spíritos que existem em cada pes so a: O
Iporí, o Orixá e o Ojijí . Fa la de falsidade e de inveja. A família é a pior inimiga
da pesso a. Este signo fala d e descrédi to, de o stenta ção de sabedoria e de

delírios de grandeza. Nes te caminho Oxun e ntrega seu fil ho à Yemanjá par a


que o salve. Aq ui a mãe, para que se u filho não passe pe las difi culdades que
ela pr ópria está passando , entrega- o para que outra p ess oa o cr ie. A pess oa
deve ir à uma pr aia levando um ramo de flo res, c ontar à Yemanjá suas difi
culdades e oferec er-lhe as flo res s em nada pedir. Yemanjá irá ajudá- la. Este
Odu cri ou o s glóbulos vermelhos do sangue. Em oso gbo arun pode falar de
problemas mais o u m eno s grav es no sangue, desde anemias e simples
diabet es, até leucemia. Foi aqui qu e a po mba transmitiu doença a Xangô .
Ogue pos suía pr oteção co ntra feiti ço s e nenhum mal podi a afetá- lo, po r
este motiv o co me os po mbos que são o ferecid os a Xang ô. O Aw o deste
Odu não deve co mer nada q ue lhe seja mandado po r outra pess oa. Deve
pegar esses alime ntos e colocá-los diante de Elegbara, recomendando-lhe
que, se algum mal exi stir n aquela comida, deve s er devolvido a quem o
enviou. A pesso a co rre o risco de ser enf eitiçada p ela co mida. 3 2 2 -
Protótipo idêntico ao corpo físico, representado pela sombra projetada por
este. O Ojij í seri a o co rpo telúrico, fo rneci do pela ter ra, e que funciona c omo
uma espéc ie d e guar dião do co rpo físico . 3 - Orixá que acom panha Xangô e

que, no seu as sentament o, é re presentad o por um par d e chifres de touro.


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Dice Ifá O CAM INHO DA S T RÊS DIFI CULDADES A pes so a do na deste Odu
passará em sua vida pelas s e guintes difi culdades: 1 - Viv er separado de
seus filhos . 2 - Ser preso ou co nden ado pela justiça. 3 - Para vence r, não
pode queixar- se o u maldi ze r a sua so rte. Este Odu gar ante que a pess oa tem
a proteção inco ndicional de Obatal á. A pess oa não po de se unir a ninguém
para faz er mal a uma ter ceira pesso a, pois, além de não cons eguir o que
pretende, sairá muit íssimo prejud icada. Tem que ter muit o cuidado co m
pancadas o u objeto s es tranho s que lhe caiam nas vistas par a que não fi que
cega. A mulher p o s sui uma par asita em seus ó rgãos s exuais que a
impos sibili ta de gerar filhos . Se es t iver grávida tem que f aze r ebó para não
perder o filho . Página 365 de 633

Dice Ifá I II I I I I I I OSÁLOG BE OS ÁLOFO GB EJÓ

REZA DE OSÁL OGB E Osalo gbe laminagad a tori yampo be lampe X angô kawo
kabiesile lamina gad a adifafun Exú Ijelú Oba lon an, Oba Exú Ijelú, yeneye ni,
Yewá ni, Olokun eni Ifá. Exú Ije Piriti Piriti omóde Alará lampe Xangô
laminagand á. Este Odu é filho de Os á e O gbe. Aq ui as mulheres perder am a
supremacia dentr o do cul to ao s Orixás. É por este caminho que o s Orixás
baixam e toma m as cabe ças humanas . Aqui nasceu a hipoc risia. Mesmo que
a pess oa f ale com muita convicção, não diz a verd ade. A qui nasceu a
tentação e tudo aquilo que não é legal. Nasceram a vocação musical e os
livros de magia. A pessoa possui habilidades e destreza nos dedos das
mão s e vive desta q ualidad e. Pode ser prestidi gitadora, tecladista o u
punguista. Nasce u o poder que a e rva aber ikunló po ss ui de espantar I kú .
Neste Odu a pesso a tem um compromisso mu ito grande com Az awani e,
por isto, tem que ass entá-lo e cultuá-lo. Nasce a s eparação en tre o bem e o
mal. Aqui nasce a se paração e ntre padrinho e afilhado, m otivada pela f alta

de atenção do primeiro pelo segundo e a co nseqüente decepção aí gerad a. 5


4 4 - M orte. 5 - Os termos "padrinho" e "afi lhado" co rrespo ndem, no culto de
Orunm ilá, aos termos "pai de san to" e "filho de s anto" no culto de O rixá.,
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Dice Ifá Assinala pressão alta, dermatoses, psoríase e problemas


cardíacos. Os fi lhos deste Odu não po dem comer ovo s, acelga, choc olate,
pepino e nenhum alimento remozo. Estas são as interdições alimentares. A
proibição de co mer acelga é srcinad a no f ato de se r esta a p rincipal folha de
Osalo gbe. Seus fi lhos deve m usá-la para banho s, bo rí, limpezas d e cas a e
ebó, mas não po dem nunca comê-l a. Não po dem ta mbém comer feijão
branco. Neste Odu, O lofin e A bitá sentaram- se à me sa e c om eram junt os .
Por este motivo, o s Awos de Osal ogbe em dias em que estão influ enciad os
pelos espír itos obsc uros , são enganados pelo o kpele e n ão co nseguem

adivinhar nada. Nos outros dias, sob a influência dos espíritos de luz e os
Orixás, adivinham com muita precisão e clareza. Aqui a pess oa anda com D
eus e co m o Dia bo ao mes mo tempo. A pesso a não pode ter negócios ou
qualquer t ipo de relaci onamento co m ho mos sexuai s mas culinos ou
feminino s. A felicidad e do filho deste Odu se rá enco ntrada ao lado de uma
mulher q ue tenha sido muito leviana ou até mes mo pro stitut a e que tenha se
regenerado. Neste caminho é que se aprende que som ente o Babalawo que
tenha Olofin pode ass entar q ualquer Orixá para os o utros. Aqui nasceu o
Elegbar a co m duas caras. Fa la de pesso as de duas c aras. Nos ebós deste s
igno nunca pode faltar t eia de aranha. Neste caminho é Oduduwa que dá a
memó ria ao Awo . A felicidade perseguida p or toda a vida só chega co m a
velhice. O Aw o deste Odu tem que ter Oduduw a ass entado, po is é se u
servidor e recebe se u poder na terr a e n o céu. Quando e ste Odu s urge par a
qualquer Awo numa co nsulta para si mesm o, ele te rá que do rmir, durante
sete dias, numa es teira ao s pés de Orunmilá. 7 6 6 - Espírito trevos o
co rrespo ndente ao Diabo judaico -cristão. 7 - O termo Olo fin emp regado
neste caso , co rrespo nde a uma espécie de o brigação na qual o Babal awo,

asce nden do hierarq uicamente, o btém permi ss ão para assentar qual quer
Orixá. Página 367 de 633

Dice Ifá Ass inala falt a de energia física e mental. Quando a pess oa e stá
trabalhando não co nseg ue co ncentr ar-se no que faz porqu e s eu cérebr o
está debili tado e se u co rpo fatigado. Quando se deita dorme pr ofundamente
e, ao acordar , sente-se aind a cansada e co m dores no co rpo. Tem que
cuidar muito de seus filhos para que não s e percam. Tem q ue ofe recer
presentes e fe stas a Ibej i. Tem que c olo car um espelho e m frente à sua
porta. Não po de ser só cio de ninguém. Não deve guardar dinheir o de
ninguém par a não passar po r um grande aborrecimento. Se fo r obrig ada a
guardar dinheiro de alguém, deve co loc ar um obí e sete mo edas em Elegbar a
para evit ar problemas. Tem que ma ndar celeb rar missas , ace nder velas e
faze r orações para o s f amiliares mortos. Seu Elegbar a não pode es tar

quebrad o ou rachado. Se e stiver, tem que trocá-lo rapidamente. Por es te


caminh o tem qu e se of erecer um pombo a Elegba ra e colo car 10 1 penas de
pombo no seu igbá. Quando este Odu apresenta oso gbo, pint a-se a c asa de
branco, c olo ca-se uma cas inha em Elegbar a, sac rificam-se três frangas para
Elegbar a e para a casinha , ass am-se bem as aves e des pacha-se, uma
dentro de uma mata, e as outra s duas, numa ru a de mo vimento. Se a pesso a
tiver condi çõ es o ferece também um gal o e despacha s uas carnes e m três
locais diferent es Cobre- se Obatalá com pano branco e of erece- se u ma
cabaça co m minga u de acaçá bem espess o. Coloc a-se atrás da po rta, um
prato co m uma es po nja do mar bem mo lhada co m água de chuv a e um vaso
co m flores. To rram-se f olhas de peregun, faz-se pó e se reza no tabuleiro
co m Oxetura, Osalogbe e O turaxe. O pó é s oprado na po rta da casa da
pesso a (de dentr o para fo ra) e um p ouco é passado e m se u ros to e braços
para afastar os Arajés. Aqui fala a bananeira que, quando pare, m or re.
Osalo gbe mata a pr ópria mãe de desgo sto . Página 368 de 633

Dice Ifá Aq ui fala o es co rpião. Quand o os esco rpiões nascem matam a

própria mãe e a devoram. A s p e sso as deste Odu, não encontran do


felicidade em casa, vão proc urá-la nas ruas. E nsina que o Awo não deve
resolver os problemas das pesso as de uma só vez. Tem que fazê-l o po uco
a pouco, caso contrário não receberá nenhum tipo de agradecimento. É
caminh o de homo ssexuali smo ativo e passivo. A mul her é lésbica. Neste
Odu Obá co rtou a própr ia orelha p ar a o ferecê-l a a Xangô que, co mo
retribuição , expulso u-a de cas a. É um Odu de mal agr adeci dos . A mulher se
sacrifica pelo homem e ele não reconhece o seu sacrifício. Página 369 de 633

Dice Ifá II II II I II I II I OSÁYEKU REZA DE OS ÁYEKU Osayeku Awo Bako idá


adifafun oun abeboadie, ori, efun, ebetá owo unbó. Osayeku leredun leredun
aparefun Orixaoko yieredu kui yere ku kafarefun Efó n. Osaye ku biyek u Ikú
Olona . Este Odu é fi lho de Os á e de Oyeku. Quando s e apresentar em os ogbo
a pess oa tem que s e alimentar bem, to mar vitaminas e talv ez precise de

internar-se pois está muito enfraquecida do sangue e do cérebro, podendo


mesm o ficar louca. Não deve do rmir logo após ter feito uma refeição . Isto
poderá provo car-lhe um derrame cerebral . Tem que dar gr aças a Xangô ,
Orixaoko e Ibeji . Tem que faz er of erendas à Te rra em ho nra a Ori xaoko.
Neste caminh o não se dá a at enção e o atendi mento necess ários ao s
Orixás. A pesso a padece d e dores na cintur a, nas pernas e no s o sso s,
ocas ionadas por má c irculação s angüí nea o u ane mia. Oferecem-se frutas
silvestres que não s ejam rasteir as o u de trepadeiras a Xan g ô, Orixao ko e
Ibeji. Os desentendi mentos que o co rrem na casa da pess oa são oc asiona
dos po r um Egun que vive al i. Por este Odu a pess oa terá co mando o u
domínio e m terra s es tranhas. Tem que as sentar Azawani e cuidar de seus
guias espiri tuais. Na sua cas a não po de existir objeto s rajad os. Os inimig os
convivem com a pess oa. Fal a de uma pessoa que tem chagas nos pés e, po r
ter sid o de mu ita valia, não pode s er esqu ecida o u desprez ada. Página 37 0
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Dice Ifá A pesso a vê seus inimigos em so nhos. Tem que ter mui to cuidad o

para não se e nvolver n uma tr agédi a. A pesso a não busca o rientação co m o s


Orixás e po r isto , tudo o que faz acab a mal e sua vida está atr asada.
Assinal a desentendi mento e ameaças e ntre c ônjuges. Um dos dois es tá
muito mal intencionado. A pessoa possuía coisas de Orixá, provavelmente
fios de co ntas. Sua vi da está atr asada e co m dificuldades eco nô micas
porqu e se desfe z destas coisas. Tem que pi ntar sua casa de branco e faze r
uma linha d e ef un de um lado ao ou tro de sua po rta. Tem que pagar um
débito c om Azawani e colo car um pr ato co m epô num lugar al to dentro de
casa, para que as enf ermidades se afas tem. Fo i nes te caminho que Olo fin
repartiu tudo o que havia cr iado co m o s Orixás, dando a cada um deles um
reino. No penúltimo dia Exú se aprese ntou e s olicitou de Olo fin o do mínio
so bre a Terr a, no que f oi prontamente atendid o. A pesso a, para poder viver ,
necess ita sempre da ajud a de o utrem. Se c umprir suas o brigaçõ es co m o s
Orixás e cuid ar corretamente deles, s ua so rte mudará e sua vida melho rará a

cada dia. Página 371 de 633

Dice Ifá II II I I I I II I OSÁIWORI OS ÁWO REZ A DE OS ÁIWOR I Osáwo abati


edeyela ninimu adi faf un etú ti nxoma o lu bebé akuk ó, abo lebó. O sáwo Iwori
wo ale adifafun aleiyo atena s oki. Este Odu é fi lho de O sá e Iwori. Aqui os
favores fe itos podem custar a v ida. Nest e c aminho o tigre não pode co mer
o cabrito. A pesso a prestou um favor e, por este mo t ivo, vive ass ustad a,
pois s abe que pode perder t udo o que poss ui. Se fo r filha d e Oxóss i tem que
ass entá-lo urgentemente. M ais vale a manha do que a fo rça. Tem que ag ir
na legalid ade para não f racassar na vida. Aqui nasc eu o trovão. Nasc eu
Baiyani, mãe de Xangô . Tem que agradar Elegbar a o ferec endo-lhe frutas. A
pess oa é perseguida por um espíri to ao qual falt a uma perna. Assinala
desenvo lvimento natural. É um Odu per igoso . A pesso a está sempre se ndo
perseguida por I kú e, por este mo tivo, tem que faz e r ebó co nstantemente.
Em oso gbo avisa que a pesso a está a caminho da morte. A pesso a tem que
ass entar Or ixaoko. Ensina que Ori xaoko, sendo da terra, é o pai de Aganjú, o
magma i ncandescente. A pesso a não po de come ter desli zes para não ser

assassinada. Aqui a mulher se uniu aos seus próprios inimigos e todos


aproveitar am para lhe f a z erem algum mal. Página 372 de 633

Dice Ifá Para q ue a pes so a viva bem tem que viver mentindo para seus
amigos . EBÓ EM OSÁI WORI PARA DESP ACHAR EGUN OBS ESS OR Uma
galinha carij ó, duas velas, um o bí, pó de peixe e de ek ú, pano branco , pano
preto e pano vermelho. Folhas de aberik unló e de alfavaca. Pint a-se numa
cabaça, O turaniko, Oyeku M eji, Ogundafun, Orangun e, no me io , Os aiwori.
Pega-se a galinha cari jó, co rta-se a sua pe rna esquerda ( na altur a d o joelho )
e se co loca o membr o amput ado dentr o da cabaça. Limpa-se a pesso a co m
as folhas e a galinha e sacrifica-se para Elegbara. EBÓ PARA TIRAR IKU E
PROLONGAR A VI DA Pega- se um c arneiro, enro la-se ne le um pano branco e
manda- se a pe ss oa dar três c abeçadas no animal. Depois disto sacrifica-se
o carnei ro para Xangô, reti ra-se o co uro, esquar teja-se e o ferecem-se as

carnes ao Orixá com todo o ritual. Com o pano bran co que se envo lveu o
animal, manda- se f az e r uma camisa que deverá ser usada pelo c liente. EBÓ
PARA RESOL VER PRO BLEMAS DE T ODAS AS ORDENS Um galo, um avental
com dois bolso s , quatr o pedras de fogo , milho s eco , terra da casa da
pess oa, terr a de rua, uma fi ta branca, pó de ejá e pó de ekú. Veste-se o
avent al na pessoa, passa- se tudo em s eu c o rpo observand o-se a o rdem
descri ta aci ma e vai- se c olo cando as c oisas nos bolso s do avent al. Depois,
sacrifica-se o galo para Elegbar a de aco rdo co m o ritual, ti ra-se o avental,
embrulha- se o galo co m ele, amarra- se c om a fita e despacha-s e no local
determi nado pelo jogo . Página 373 de 633

Dice Ifá I II II I II I I I OS ADI REZ A DE OS ADI Osadi ixé ixeri bo xe ko loma tabati
ixé gbele ibgba lafi munu adifafun B abá bokun banti po re ki ak ukó, e iyelé
lebó. Osadi Ifá Osun, Yemanjá Orun gun safujé eiyenxé O sá Fuiyá aiyoiyaran
abos a afuiya aiyori sa fun mi insafuo . Este Odu é fil ho de O sá e O di. Nele
nasceu a guerr a entr e o s anzó is e o s peixes. Por e ste caminho se o ferece
seis galinhas pretas a Orunmi lá. Aqui falam dois Eguns cujo s no mes s ão :

Egulela ko e Yeko G uegué. A qui nasceu a fo rmação dos grupos so cietá rios
que pe rmi tem aos homens viverem co m mais segurança. Neste caminho a
pess oa trabalha em f avor de quem não merece . Assinala atr aso e
destrui ção por ação de Egun. Ofe rece-se uma cab ra à I yansã. Faz-se uma
trouxinha com div ersos tipos de cereai s e passa- se es te saqu i nho no co rpo
de todos os presentes. Depois dist o abre-se a cabra e co loca-se de ntr o dela
o s aquinho co m os cereais. Costura- se e des pacha-se a cabra numa p raça.
Aqui nasceram os cravos de linha férr ea, po r isto, s empre que se faz ebó
com cravos , reza-se este Odu. Ifá nos ensina qu e cada pesso a poss ui uma
habilidade nata que d eve ser dese nvolvida par a propo rcionar os meio s de
subsistência. Por este motivo não se deve reclamar da sorte, pois existem
reis ao s quais falta t udo e exist em ho m ens humildes aos quais s obra
felicidade. O import ante é que c ada um enco ntre a paz espirit ual que, junto
com a saúde, são as maiores ri quezas que o ser humano pode de sfruta r

nesta vida. Neste O du o ho mem e a mulher vivi am juntos s em s e amarem.


Um dia surgi u a me nstruação e a m ulher r ece beu o dom de procriar. A partir
de então, o h omem maravilhado, apaixonou-se pela mulher e esta,
despreza ndo o ho mem, apaixona -se po r suas crias. Página 37 4 de 633

Dice Ifá Assinala q ue a mulher gosta de o utro homem e que o homem


gos ta de outra mul her. A pess oa tem que reco rrer à proteç ão do s Eguns e de
Yemanjá. Assinala tr aição dentro de cas a . Coloc a-se um fo le em Elegbara.
Quando s e enco ntra este Odu deve-se procurar o padr inho para q ue não fuja
a boa so rte. Tem que s e refo rçar Ogun co locando-l he se te ferr amenta s que
ainda não tenha em seu igbá. Sac rificam-se dois po mbos brancos à c abeça
da pesso a para quem saia este Odu. Colocam-se as penas do pombo so bre
o sangue d err amad o na cabeça da pesso a e s obre elas uma camada d e
algodão . Amarra-se co m um pa no branco. A pess oa não po de criticar as
atitudes de se us mais velh os mesmo se não c o ncordar co m elas. Desta
fo rma evi tará que a sorte lhe abandone. Assinala a p resença e aç ão de
Eguns obs curos que atrapalham o c asamento da pesso a. Página 37 5 de 633

Dice Ifá I II I I II I II I OS AROS UN REZ A DE OSARO SUN O sá ros o kukute kuk u


adifafun eni tinxelú Osá Aderé adie lebó o gbo nian im bebe. Este Odu é filho
de Osá e Irosun. Nes te caminho s e dá carneir o para Xangô para abr ir os
caminh os . Aqui Ba bá Oluj ogbe queri a ser dono de todos os segred os e de
todas as ca beças humanas. N asceu o fundament o de se deter mina r o Orixá
das pes so as c ons ultand o Ifá. Aqui Obatalá era o Orixá que ti nha mais fi lhos .
Neste caminho co locam- se quatr o g uizo s em Oxun. A s pess oas deste Odu
não po dem deixar louças e panelas s ujas de um di a par a o o utro para que a
doe nça não venha se alimentar em sua cas a. Uma filha da p e ss oa tem que
receber ori entação e atenção es peciai s para que não s e tran sfo rme numa
invert ida sexual. A pess oa deve us ar mos quiteiros para dormir e e vitar
picadas de inse tos para não adquir ir uma molés tia infecc ios a. Não pode
refrescar-se usando abanos de palha. Assinala fraqueza sexual, fraqueza

nos os so s, cãibr as e problemas circul atóri os . Nenhu m mal feit o pelos


inimigos pode atingir a pess oa po rque Os arosun é pro teg ido po r Olofin. As
pesso as deste s igno não podem quebr ar espelhos. Não po de ter d ívida s
com Xangô para q ue se us caminhos não s ejam fechados. 8 8 - Quali dade de
Orixá-funfun. Página 376 de 633

Dice Ifá Os ároso vive tão be m no a perto quanto na fartur a. Se es tiver


passando po r aper tos, e s te Odu assegura que as co isas irã o melhorar . No
local o nde a pesso a vive existe u ma mulher que tem cois as de Egun
ass entadas e trat adas. Tem que verifi car se não e xiste alguma coisa
enterr ada na porta d e sua c asa e prestar atenção para que alguém não
enterr e nada nes te local. Assinala que uma mulher que gos ta de beber
poderá fi car louca s e insistir ness e co stume. Par a evitar o m al tem que faze r
ebó co m um galo, duas galinh as, o tí, pano branco e pano vermelho. A
pess oa receberá a visita de uma m ulher que ir á à sua casa para insultá- la e
of endêla . Ifá recome nda qu e, quando isto aconte ce r, a pesso a não deve
retrucar nem perder a calma e desta fo rma sair á vitoriosa. Se a pes so a tem

uma viagem pr ogramad a terá q ue, antes de partir, faz er ebó c om dois ga lo s,
duas gal inhas, uma es co va, uma faca de uso , pó de ejá e de ekú. .. Se o
cliente fo r ho mem, deve ter cuidad o para não mo rrer por causa de uma
mulher que deseja estar ao seu lado. Osároso é caminho de infelicidade
co njugal. Aqui Olo fin co nfiou a Xangô o axé do co mércio. Página 37 7 de 633

Dice Ifá II II II I I I I I OSAWÓNRIN OSÁLONI

REZA DE OS AOWÓNRIN Osá L oni Owónrin oni Egun, Osá ni Oye o mó B egbe
nijó Ifá omó Oni Xangô, Aw Owónrin Ogun Aw on i omó Alará.
Este Odu é fil ho de Os á e O wónrin. Assinala mo rtandade de Babalaw o.
Quando e ste Odu sa i co mo regente do ano indica que dur ante ele morrerão
muitos Babal awos. Pr eco niza bênçãos e proteção para os menores e mais

novo s. Aqui nasceu a explora ção do homem pelo ho mem É um sig no de


esc ravidão. A pess oa trabalha em demasia e não recebe o justo valor de seu
trabalho. Vive explorada po r alguém. O afi lhado des trona o padrinho. Prevê
rompi mento entre padr inho e afilhado, pai e fil ho de Santo , dentro da
religião. Fala de desavenças entre co mpadres e co madres. A qui tentaram
usurpar a t erra de Ifá. E ste é o caminho do arco -íris, aqui nasceu a
cos monáuti ca. Os ebó s s ão despachad os de maneir a qu e f lutuem no mar.
Neste c aminho não se dá galo a X angô, em se u lugar sacrifica-se etú. A
pess oa só enco ntrará a felicidade depois que se s eparar da famíli a, quer
seja de s ang ue, quer se ja reli giosa. Pega-se um c arvão grande, unta- se de
epô , esc reve-se o s no m es do s inimig os e se deixa no igbá de El egbara. Aqui
nasceu a eletricidade so b o c o ntrole de Oraniyan. Neste Odu se of erece
duas gal inhas à Oxun na beir a do rio. Se a pess oa que s e co nsult a não f oi
criada por sua mãe, a pes so a que a cri ou é s ua pior i nimiga, pois só quer
mante- la co mo es crava. Página 378 d e 633

Dice Ifá Não se pode f azer tr atos c om macumbei ros. Tem que dar comida

à cabeça e of erecer águ a de acaçá a Obata lá, Xangô e Oxun. A pesso a tem
que ter cui dado c om o que come e bebe e ver b em onde o faz, po is seus
inimigos podem lhe dar co isas ruins para come r. Quand o es te Odu surge
para um enfermo é preciso agir rapidamente para que se s alve. A ss inala uma
dívida co m Omo lú que deve ser paga. Fo i aqui que o m ons tro ve io á
superfície d as águas . A so rte che ga por intermédi o de uma mulher que tem a
proteção de O lofin. Aqui fo i criado o Oce ano e os rios que o alimentam. E ste
Odu deter mina q ue seus filho s não po dem comunicar a ni nguém os nomes
de seus Orixás e dos seus Guias Pr otetores pa ra que não lhe roubem a
so rte. Não podem, também, co municar seus segred os para não se pr
ejudicar. SEGREDO DO ODU Quando o Awo termina de faz er ebó po r este
caminh o, ao recolher o i yefá do o pon, deix a ali um pouco do mesmo ,
inscreve so bre ele o signo de Osawó nrin, leva o tabuleir o até a po rta de casa
e ali, com o tabuleiro apoiado no s braços, dá-lhe uma pancad a e diz: ªOs á

Loni, Osa wónrin, Osá Metaº. Em seguida so pra o pó para fora. Pr epar a uma
pasta com az eite de o liva, azeite de dend ê, pó de peix e fresco , pó de efun,
pó de atar é, fo lhas de ewe t ete picad as e dois co cos ralados . Depois de bem
mistur ada, p ega- se a mas sa o btida e se es palha por t oda a casa e, à
meia-noite, varr e-se tudo para a rua e co ntinua- se varrendo até a próxima
esquina. E ste trabal ho é para l impar a casa de to das as c oisas ruins que
pos sam es tar dentro dela. A pesso a deve ter m ui to cuidado s empre que abri r
a porta de sua casa para que não seja invadid a por v entos ruins. Tem que
dar graças a Baba O ke . Tem que ass entar Osain. 9 Página 379 d e 633

Dice Ifá Fala de uma mulher de corpo batido, s em nádegas e sem bus to. A
mulher t em que c uid ar muito de Obatalá e de Elegbara. A pesso a tem uma
enteada que apr ese nta como se f oss e sua filha. Deve cuidar muito dela, pois
é quem lhe trará sorte na vida. O s eu filho não deve andar no meio de
multidõe s e nem f azer exer cícios so b o S ol. A pesso a d eseja possuir
dinheir o e Obatalá ir á lhe propo rcionar esta graça só para testá-la. Tem uma
proteção de Exú que, toda a vez que a pess oa sai de casa, vai à sua frent e

limpand o s eu caminho . Uma pess oa de s ua famíli a que está doente há


algum t empo ficará curad a, mas o u tra adoe cerá e se não f or cuidada
mo rrerá rap idamente. A pesso a será chamada para i r em busca de uma co isa
boa. Ant es de ir t erá que faze r ebó para q ue o be m buscado não s e t
ransfo rme em mal. Tem uma dívid a co m Omo lú. Deve tomar borí
periodicamente para evitar uma enf ermidad e que vive de ronda e para a qual
não e xiste r emédio . A saída para os s eus problemas se rá dada por sua
própri a cabeça. Deve prestar muita at enção para que o s ini migos não
colo quem coisas ruins na port a de sua casa. Oxun está ofendida com
alguma co isa que alg uém em s ua casa f ez e isto tem tr azido muito atr aso de
vida. A pesso a tem que faze r Orixá. Uma pesso a, à qual já foram feito s
muitos f avores, lhe tem muit a inveja. Tem que ter cuidad o c om vômitos ,
dores no peito, f alta de ar e fadigas. D eve o lhar por sua vida antes de olhar
pela dos o utros . Odu em ir e: Proteção de Egun . Odu em os ogbo : Perseguição

de Egun. 9 - Qualidade de Orixá-funfun, o Orixá das Montanhas. Página 380 de


633

Dice Ifá I II II I II I II I OS ÁBARA OS AXEPE REZA DE O SABAR A Os abara,


Osáxepe , Os á ba ni yerekun, Oba ni Xangô, Os á jire Awo Awa Aw an ilaye I nle,
Osáxepe Onilekun.

Este Odu é fi lho de O sá e O bara. É um signo de mal agradecidos. A pesso a


vive ameaç ada p el as enf ermidad es. A pesso a pos sui uma arma e t em a
intenção de matar al guém. Sua s alv ação ve m po r intermédi o de Egun. Dois
espírit os falam pela pess oa. Tem que o ferece r inha me a Xangô. Al guém que
está doe nte ficará bom. Assinala d esm oralização pública. A pess oa pas s
por um grand e co nstrangi mento em público. Para não ser derr otada pelos
inimigos, de ve usar roupas com listras horizontais. Este é o caminho de
Aganjú. Uma guer ra que a pess oa tem po r terminada r ess urgirá com muito
mais fo rça. Não se deve e xpulsar ninguém de casa. A so rte che ga através
dos estra nhos. Este Odu proíb e que se us filhos passei em e m pra ças

públicas . A pesso a é por veze s muito ruim e por outras; muit o bo a. Página
381 de 633

Dice Ifá Te m que pagar uma d ívida co m Yemanjá, e faz er o s eguinte ebó:
Um galo, um po mbo, um pr eá, um pedaço de talo de uma plant a de Yemanjá.
Levase o ebó ao mar e an tes de levá -lo, co loca-se Xangô ao lado de
Yemanjá com duas velas acesas. Fala de Zumbis. A pessoa está meio
abobalhada, meio idiotizada. Aqui as abelhas e as ves pas criar am ferrõe s
para poderem se defender d os inimigos . A pessoa não f oi c riada por seu
verdad eiro pai. Aqui Iyansã e X angô c omem juntos para que a pes so a
obtenha paz e felicidade na vi da . Ogun pensava que era o se r mais po deroso
do mundo. Este Odu fala de efeminados . Fala de uma jovem que tem dois
namo rados e que s erá desvir ginada p or um deles. U ma mulher d ese ja
amarrar um home m que po ss ui dinhei ro o u poder . A intelig ência so b repuja a

fo rça. Oferecem-se no ve pombo s a Olokun. Por este c aminho adulam-se as


pe sso as ricas e po deros as e se desprezam o s pobres e ignora ntes.

EBÓ (I) Um galo, um rabo de cavalo, um o fá de fe rro, duas gali nhas, um o vo


de galinh a caipi ra, pó de e kú, pó de e já, etc. EBÓ (I I) Um galo, do is o bí, duas
cabaças, seis f olhas d babosa, diverso s tipos de cereais, uma roupa velh a e
usada. EBÓ ( III) Um galo, três peixes f resco s, uma galinha, um po mbo, um
anzo l, uma t ábua de madeir a em fo rma de tabuleir o, diverso s tipos de
cereais. Despacha-se tudo em cima da tábua. Pági na 382 de 633

Dice Ifá

II II II I II I I I OSÁKANRAN OSÁKANAN REZA DE OSAKANRAN Osákanran


obapana o ri Egun ad ifafun Dadá Baiyani , o wo, eiyele, o unkó lebó . Maferef un
Xangô ati Yemanjá. Osákanran, I fá lo d fun Olo kun, kaferefun Orunmilá,
Xangô, Yemanjá, Obatalá, El edá ati alá. E ste O du é filho de Os á e Okanran. É
um signo muito ruim par a o Awo e s ua família. Deter mi na que o Awo, se já

não f oi, s erá exp ulso do lugar onde viv e, de s ua casa o u de seu trabalho. É
um signo que dá conhecimento, mas que empana o bri lho da pesso a
deixando -a sempre em segundo plano. Neste caminho Elegbara descompõe
as coisas. Pr oíbe o co n sumo de car ne de p orco. A pesso a come co m os
olhos e não co m a boca. N ão s e of erece adi mú aos Orix ás. A pesso a não
pode se r ava renta. As c omidas o ferecid as à Oiyá são despachad as no
cemitério. Aq ui Ogun, para não m atar Yemanjá, refugiou-se na f loresta. Se o
clie nte fo r homem: Existe um Egun d e uma mulher que fo i sua e que não lhe
dá so ss ego . Te m que dar co mida a este Egun par a apaziguá-l o. Os filhos
deste Odu têm que estar sem pre r everenciando Oiyá e alimentando o s
Eguns. O ebó des te signo leva uma f aquinha d e madeira. O iyefá do ebó deve
ser recolhid o e co locado dentr o de um saqui nho que s e amarr a ao cabo da
faqui nha, se envolve em co ntas de Xan gô e s e co loca, para sempr e, na
gamela de Xangô. O Awo deste Odu, além do fio de c ontas de Orunmil á

normal , deve ter outr o co m oito c ontas amarel as e oito co ntas verdes
alternadas po r nove c on tas de Oiyá. Este co lar deve Página 383 de 633

Dice Ifá chegar abaix o de se u umbigo, vive em cima do igbá de Orunmilá e


só é usado em cerimônias d e ini ciação em Ifá. A p esso a poss ui car áter
intempestivo e vive em co nstante instabi lida de emo cional. Tem que
ass entar Oduduw a. Ass inala doenças cardíacas. A pess oa tem que lavar a
cabeça com omieró de folhas de aberikunló (cascaveleira) onde se puxa um
pint o. Quando este Odu sai para uma mulher , determina que ela tem que
assentar Ol oku n, faz er Sant o e que não deve faze r abortos, s ob pena de
perder a vida ou a s aúde pa r a sempre. Tem que receber ak ofá, po is só
Orunmil á pode s alvá-la. Neste O du só Orunmilá pode s alvar a pess oa quer
seja ho mem, o u mulher. A pess oa tem que ser muito paciente . Encontra
muitos c ontratempos em s ua vida. EBÓ (I) Uma cabra, dois galo s, pano
branco, pano vermelho, pano preto, um algui dar co m farinha d e milho
refinada, pó de e kú, pó de ejá e dendê.

EBÓ (II) Um galo, duas galinhas pretas, um pedaço de carne de porco , dois
coc os seco s pint ados de azul, pó de ekú, p ó de ejá e epô pupá. Depois do
ebó apresenta m-se o s dois co co à cabeça da pesso a e se co loca dia nte de
Yemanjá por tr ês dias. D espac ha-se nas águas do mar. Página 384 de 633

Dice Ifá I II I I I I II I OS ÁGUNDÁ REZ A DE OS AGUNDÁ Os águnda O mó re


leboadi fafun o jo akan fun kueni Ol uwo T inxomó mo lo O lo fin gura gura ai yo
gbeka arun adi faf un Axomarare, adifafun O ko Akará l ebó amaiyar a l o iyá. Este
Odu é fil ho de Os á e O gundá. Assinala sacrifício de mãe. Foi aqui que Oiyá,
para salv ar seus fil hos , deixou de co mer carneir o entregando-o a Xangô .
Neste O du Oiyá r ece be o no me de Iyansã. A qui nasceram as bibli otecas.
Neste caminho os Awos acumul am pap e is co m ensinament os secretos,
mas não os estudam. Quando este s igno sai em Awofaka n deter mina que a
pesso a não deve chegar a Bab alawo. Para vencer os inimi gos colo c a-se

lama de pânt ano no e bó. Po r aqui fala um Egun q ue fo i médico durante a


vida. Tem que s acrificar um ajapá à porta de casa. Assinala que a pes so a
pos sui herança e spiritu al ou de Orixás deixad a po r um ances tral. Existe um
Egun que se não fo r tratado devi damente, des truirá toda a família. Em ire
axegun otá 10 faz-se ebó co m um galo e sacrifi ca-se dir etamente so bre
Ogun. Neste caminho só se o ferece, no borí , peixe qu e pos sua a lín gua bem
grande. Quando sai para uma mulher d iz que tenha c uidado porque po de
so frer um abuso sexual que a deixar á grávi da. Fala de uma mulher que so fre
por que tem marido. 10 - Prenúncio de vitória so bre os inimigos . Página 385
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Dice Ifá Se e stiver gr ávida t em que f aze r ebó para não perder a cr iança. Se
tiver filho pe queno e vite que fi que do ente mandando ass entar Orunmi lá para
ele. Só Orunmilá pode salvá-l o. Exú avisa que tem um problema de justiça o u
com um filho, po r este motiv o veio co nsult a r o o ráculo. Que não s eja
teimos a para li vrar-se de um problema muito grave que a t o rnará co mo
escrava de alguém muito avarento. Que tenha cuidado com uma pessoa que

a credit a ser bo ba e que a fará passar por um aperto. A p ess oa tem que
mudar de mo ra dia. Cuidado para não adquirir uma mo léstia durant e um a
viagem que irá faze r. Não deve d ar fiança a ninguém. A qui nasceu a
cerimônia de ir buscar Ogun na flores ta quando s e f az es te Orixá na cabeça
de um iyaw o. Aqui nasce ram os po deres espirit uais e o s se gre dos do ajapá
e do pe ixe fresco . Aqui escravizaram Ogun e o encarregar am de sus tent ar o
mundo. A p ess oa tem que t er cuidad o para não s er escravizada e ter seus
co nhe cimento s explorados po r um espe rtalhão. A mul her faz trabal ho s para
amarrar o ho me m. No momento em que o ajapá trepava em sua fê mea ela
sacudiu o co rpo, derruband oo d e barr iga par a cima. I mpos sibili tado de s e
erguer o ajapá mo rreu de fo me e de fraq ueza. A p es so a tem que t er cuidad o
para que se us filhos meno res não se jam violado s . EBÓ PARA VENCER OS
ARAJÉS Um g alo, um alfanje, um tambo rzinho, pó de ekú e de ejá, obí e mui
tas mo edas. Página 386 d e 633

Dice Ifá II II I I II I II I OSÁKA

REZA DE OSAKÁ Osáká iw ani o kutele kolé adifafun Arii nló e juá jolé e lanjó
ejuá akuk ó lebó , o un i ebó, adie, ewe yokulá unló, axó f unfun ikan lowá. E ste
Odu é fil ho de Os á e de Iká. Nele nas ceu a naturalid ade da mo rte. A pesso a
não po de se co mpadecer de quem esteja morrendo para não atr air a fúria de
Ikú co ntra si mes ma o u um ente querid o seu. Quando um filho des te Odu
morre, co loca-se em sua bo ca u ma mo eda de pr ata para que poss a ir ao
Orun. Aqui fala Inkun Arajé Saluga Kowa Ile , um inimigo que vive dentro de
sua própr ia casa e se faz passar por ami go. Aq ui n asceu a lona do circo que
apodrece u de tanto mudar de lugar . A pess oa , de tanto mudar de parceir o,
acaba adoe cendo . Não s e pode us ar roupas listradas de nenhum ti po. Neste
Odu falam os palhaços. A p esso a ri enquan to seu c oração c hora e os
outros ri em dela. Tem que to mar borí co m peixe par go e to mar banho co m
amasí de cinco diferen tes fo lhas de Ifá. Tem que tomar tr ês banhos, s endo
que o pri meiro é co m flores vermel has, o segundo co m flores amarel as e o

terceiro co m flores brancas. Este é o signo do caval o cansado. A pessoa


está cans ada de tr abalhar e de não ter ninguém que lhe qu eira bem e que a
co nsidere. Osáká tem a habili dade de tr ansf erir para os outros a c u lpa de
suas faltas. A pess oa tem que dar graças a Obaluaye e ace nder-lhe velas.
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Dice Ifá O mal es tar está dentro de s ua cas a. Deve ves tir-se de branco. Vive
separado de se us pais já há al gum tempo. Env elhece u e fico u doente de
tanto mudar de lug ar e já está c ans ado de não ter paradeiro fixo. Teve
diverso s cô njuges e c om nenhum deles enco ntro u tranqüi lidade. Os seus
filhos só se lembram de sua existência quand o precisam de alg uma cois a,
principalmente de dinheir o. Alguém pagar á pelo prato que a pes so a quebrou .
Fizeram-lhe uma armadilha e por isto seus caminhos estão fechados.
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Dice Ifá II II II I I I II I OSÁT URUKPON O SÁT RUPO N

REZA DE OSÁTURUKPON Os áturukpon aribur ú Os á rulú Otur ukpon o ma


eiyelé elodi odef á abá tinxomó Kuna Oturuk pon o ma eiyelé lodi adafun
pakere tinxomó olubo Os áturukpon Os á Laiye. E ste Odu é fil ho de Osá e
Oturukpon. Aqui fala a sanha indomável do s animais. Um afi lh ado é a
salvação do padri nho . Fala das so ciedades se cretas. O fi lho deste Odu tem
que ter seu próprio negó cio . Colo ca-se em Ifá uma cabaça envo lta em palha
da cos ta e cheia d e iyefá. Aq ui o rabo f ala mais que a cabeça. Uma vul va tem
mais fo rça que uma j unta de bo is. A pess oa tem que tomar borí com um
peixe fresco grande, em cuja boca se pre nde dois anz óis. Depois de
of erecid o o peixe à cabeça, sacrifi ca-se dois po mbos s obre ele e co brese
co m milho, arr oz c om c asca e amalá ilá. Despacha-se nas águas do mar. Ne
ste Odu c oloca-se um edu-ar á 11 em Ogun. Te m que sac rificar uma cabra
para Orunmi lá. Dar graças a Xangô , Oxun, O gun, Egun e Iya mi. A pess oa tem
a cabeç a dura e é muito teimo sa. Se pretender ir a algum lugar deve faz er

ebó antes de parti r para que tudo po ss a co rrer bem. Não pode pe gar nad a
que é d os outros para que não peguem o que lhe pert ence . 11 - Pedra d e
raio. Página 389 de 633

Dice Ifá Não deve guar dar emb rulhos sem s aber o s eu co nteúd o. Os
inimigos se reúnem para faz erlhe mal. Não deve dar ouvidos a intrigas para
não ter problemas. Um di nheiro es tá a ca minho, provavelmente através de
jogo . Saiba usá-lo co m inteligência para que po ssa des frutá-lo . Se for
co nvidad a para int egrar uma so ciedade se creta deve ter muit o cuid ado para
não s ofrer traiçõe s. Deve pr ocurar saber p rimeiro do que s e trata, quais são
os objeti vos da so ciedad e e de se us chefe s. Tem que ofe recer uma penca
de bananas para Xangô. A p es so a tem uma dotação nata par a a adiv inhação .
Para r ealizar os projetos te m que dar um bode para Elegbar a. Tem que
mandar r ez ar missa para seus ances trais mo rtos. Deve cumprir uma

promes sa que já fo i feita. Não deve comer na cas a de ninguém qu e a


convide. A ssinala um aborr ecimento o casionado por um f also testemun ho.
A pesso a atrap alha, de alguma fo rma, a vid a de alguém. Este alguém deseja
a sua mo rte de qualquer fo rma. Existe uma mulher que dese ja viver na
co mpanhia da pess oa e p ara isto poderá usar de calunias contra inocentes .
Se f or ho mem: Teve duas noivas e uma delas fo i aba ndonada e enganad a.
Se f or mulher: Alguém lhe pedi u em casam ent o e não cumpriu.

EBÓ PARA A SORT E Um gal o, um pombo, uma pena de ekodi dé, 10 anzó is,
amalá il á, pó de ekú e de e já. O galo é para Ogun. Pági na 390 de 633

Dice Ifá I II II I I I I I OS AT URÁ OS AURE REZ A DE OSAT URA Os á Kare kujé kure
adifafun Mangui ni Idoro ko O dé. Eiyele lebó , e we eri m etá, enú laguení
lodafun Detixé Olokun, lodafun Moiye tinxomó Orotoponifé. Kaferefun
Obatalá t i alafia. Este Odu é fi lho de O sá e Otura. As suas fo lhas são Ewe
Iyenjo ko (co rralinho) e ewe iy e (Funtumia elastica). Neste caminho Elegbar a
exibia suas partes sexuais, sendo por isso considerado imoral. Aqui nasceu

a blenorragi a. Nes te Odu o padri nho não p ode f aze r ebó para se us afilhados
para não ser abandonado pela so rte. Aqui fala o e s cravo que s e liber ta
antes de mo rrer. Proíbe co mer bananas. Não s e pode ter pássaro s p reso s
em gaiolas. A pesso a tem que asse ntar Orunmilá e Ôs un. Neste Odu Obatalá
co merci ali zava manteiga de ori e com ela preparav a a com ida de seus
filhos . Isto lhe tr azia pr os peridade, mas , em c ontrapar tida, suas roupas
viviam sempre manc hadas de go rdura. Para o bter pros peridade a pes so a tem
que colo car 16 mechas de algodão e m bebidas em manteiga de ori e um
adimú par a Obatalá durant e três dias. Neste O du Obatalá pediu graças a Egun
e teve que o ferece r-lhe um carneir o co m as patas amarrad as. Po r este O du
falam Yemanjá M ajelewo, Ago do e Ajagunan. Manda co locar 16 prat os de c o
res diferentes na parede. Aqui falam as térmitas e o s c upins. Pági na 391 de
633

Dice Ifá Assinala enfermi dades c ardíacas e doenças nos os so s. Foi aqui
que Ikú come u carne huma na pela pr imeira vez . Este Odu fa la do desc anso
da Terr a. Para salvar a vida de uma pesso a por este caminho , o ferece -se
uma cabra à Oiyá. T RABALHO PARA MELHORAR A S ORT E Coloc a-se em
Elegbar a, uma co roa co m quatro pe nas de ekodidé. P ass a-se um galo na
pesso a e s acrifica-se para Xangô junto co m amalá il á, s eis bananas co m
casc a co rtadas em rodelas e um pedaço de carne bovina fresca. P ARA
AUMENT AR O T EMPO DE VID A Pega-se uma pe dra pequena dentro de um
cemitério. Nu m prato branco riscam-se nove círculos vermelhos, sendo que
o primeiro deve ser fe ito no meio e deve ser mai or que o s o utros . Dentro
deste cír culo co locam-se cabelo s da pesso a, pedaços de s ua roupa suados
e a pedr a. No chão descreve- se um cír culo c om efun dentr o do qual se
colo ca o prato, ao redor acende- se no ve velas e, ao pé de cada vel a um obí
regado de epô pupá. Do lado direit o arria-se um prato co m quatro pe daço s
de co co seco e um c opo co m água par a Oiyá. Pergunta-se quantos dias fica
arriado e o nde será despac hado. T RABALHO PARA T IRAR OS OGB O IKU
Faz-se ebó co m um cabri to, um galo, um pau do tama n ho da pesso a, roupas

de seu us o, cabelos da cabeça, dendê, moe das, mel, etc. .. Depoi s de fe ito o
ebó , o cabrit o é sacrificado ao Orixá que se e ncarregar de ajudar no pro b
lema. As car nes são coz idas, e, depo is de fri as, passadas no co rpo da
pesso a e des pachadas no local ind icad o pelo jogo . A cab eça do cabrito é
espetad a na po nta d o pau que depois de totalment e untado co m epô é
espe tado no c hão . O galo é sacrificado no pé do pau es petado na terr a. Foi
neste cam inho que Obatalá t roco u o o uro pela pr ata. Quem dá o que tem, a
pedir v em. A pess oa s ó vale o que tem e, s e nada tem, nada vale. Quanto
mais o lha, meno s vê. Página 3 92 de 633

Dice Ifá Co loc aram feiti ço no s lugares po r onde anda. D eve vestir- se de
branco. Corr e o ris co de matar alguém co m um punhal. Tem que ter cuidado
para não perder o emprego. Exi ste uma mulher que gos ta muit o da pes so a e
quer ajudá-la de alguma forma, mas não sa be co mo. Se fo r homem,

fize ram-lhe um trabal ho para que não pos sa do rmir co m nenhu ma mulher .
Assinala doenç as venéreas e hidroce le. A pess oa quer mudar de onde vive p
or acreditar que as co isas andam mal por caus a de sua cas a. Na verdade, o
seu pe ns amento é irrequi eto, não c onsegue fix ar-se e m nada nem aceita
cons elhos de ninguém, este é o seu mal. A ssinala um bem q ue deve ser
compart ilhado co m seus irmãos e c om s ua mãe. Se não fo r assim, a sorte a
abandonará. Nes te caminho s e dá dois galos branco s a Egun Babar é para
obter sua pro teção . Fala de uma mãe que se sacrifica po r um filho. Página
393 de 633

Dice Ifá I II I I II I I I OSARET E REZA DE OS ARET E. Osárete kaferefun Odu,


Osain, O run, Ologun. Osárete Siarete Egun Ba ba Bar ado Afe fe Ikú Or un
om os abi boxe afef e Baba tibayá i ye Olo kun Lorun omá jibé Egun M ayebé
oum bo Axixi Inle kafun awá awe ma fun magbá iguí, mafun magbá agbo na
bailorun, Egun Bailorun. E ste O du é filho de Os á e Irete. Foi aqui que a Te rra
se lavou co m o dilúvio. Nasceram os poderes medici nais exi stentes nas
plantas Nasc eu a ciência da botânica. Fala dos se gredos da ewe yeyé. Foram

cri ados o s co nsult órios médicos . A medicina pa ra o peit o é a noz mos cada.
Aquele que sabe me no s adivinha t udo. Assinala se paração matrimonial.
Assinala, para a mulher , gravi dez de um filho mac ho . Proíbe co mer em
recipient es m etálico s. O fio de co ntas de Orunmil á das pess oas deste Odu
leva uma noz mo scada. Te m que dar co mida a Orunmil á. Ass inala d oe nças
no s angue e na garganta. Proíbe co mer ga li nha e o vos de galinha. A pesso a
deste Odu não pode c omer nenhum tipo de banana q ue esteja verde. Aqui
falam o papagaio, a se rpente e o ratão. As ferramentas de Ob atalá t êm que
ser co nfec cionadas e m prata e co loc a-se um edú ar á em seu igbá. Página
394 de 633
Dice Ifá A pesso a tem pr oblemas de glóbulos vermelh os . Já comeu o u
bebeu alguma coisa e nfeitiça da. Vive cercada pel os inimigos. Não deve
visitar doentes para que não troquem s ua c abeça. Assinala distanciamento

de afilhados ou parent es do Awo. Neste caminho o s h o mens não cumpr em


os co mpromisso s assumidos co m as mulh eres. A pesso a tem q ue faze r
Orixá e asse ntar Olokun. A so rte vem quando se dá do is galos branco s à
Yemanjá . A pess oa tem que faz er borí com dois pombo s e é indi spensável,
durante a cerimônia, a presenç a d e dois fil ho s de Obatalá. Nes te caminho
Obatalá abr igou as rãs, que não tinham onde mo ra r, em s ua própria casa.
Como estas se po rtassem de fo rma inconveniente, fazendo mu ito baru lho e
deso rdem, fo i obrigad o a mandá-las embo ra para que recuperasse a paz . A
pesso a não tem onde viver e será acolhid a por alguém. Seu c ompo rtament o,
no entant o, f ará com que se ja expul sa dess e lugar. Depo is do riso, c hega o
pranto. Obatalá am ald içoo u as rãs que viverão, para sempre, cantando e
faze ndo bar ulho. A s pess oas deste sign o nunca estão satisfeit as co m nada
que lhe façam. O Aw o deste Odu não pode co nsul tar ninguém fo ra de sua
casa. Se ja quem fo r que precisar de sua o rientação deverá ir à sua cas a.
Página 395 de 633

Dice Ifá I II II I I I II I OS AXE REZA DE OS AXE Os axe O ni Xelí lo dafun o kó into rí

Ogbo ni iwá ire o mó . Osaxe orixé adifafun She le, lodafun Axé Fo rí ti o nilari
eiyelé lebó . Adifafun Yemanjá. E ste Odu é filho de O sá e Oxe. Assinala
grandes apuros . Proíbe se us filhos de irem a v elóri os e enterros. A pesso a é
rancorosa. Quer fazer tudo ao mesmo tempo. Não deve per mitir que as
mulheres ponham as mão s em suas co stas. Tem que ser mui to grat a à sua
mãe e à s ua avó. Tem que o ferece r carnei ro para I le, a Te rra. A sua s orte
está nas mão s de uma fi lha de Y emanjá. Não po de co nsumir bebid as
alcoó licas. Os segredos não podem se r co nfiados a ninguém. I fá avisa que
um mal, feito co ntra a pesso a, se transfo rmará numa g r aça. Este Odu fala
de amarr açõ es. Por ele fala a M ãe Te rra. Fala de um homem que não pos s
uía sombra. Este signo s alva o padr inho. É o caminho do filho abandonado e
esquecido que dep ois não reconhece o s pais. A pessoa abandona o s filhos
e depo is vive ar rep endid a e querendo s aber notícias deles. Tem que
pegar -se co m o s O rixás. Fa z-se ebó co m cavalo- marinho e muito

ori-da-costa. Página 396 de 633

Dice Ifá Aq ui a preá que viv ia na casa de Orunmil á, co mia seus inhames e
aqueles que não podia co mer, es tragava par a que Orunmilá mo rress e de
fo me Aqui a mulher mata o próprio mar i do de tantos maltrat os e s e faz de
inocente. Xel ei se o cupav a do c ultivo de inh ames e, para estar bem com os
Orixás, o ferecial hes o s maiores e mais bo nitos . Por este mo tivo s ua vid a era
boa e f arta e não conhecia a tristeza. Um d ia, seus inimi gos, dominad os
pela inveja, come çaram a lançar- lhe maldi çõ es, e fo ram tantas as pragas r
ogadas que a vida d e Xelei co meço u a ficar difícil, e os inhames nasc iam
mirrados e rachados. Xelei, desesperad o, antes de co lher os inhames
encharcava a terra de águ a e com isto conseguia colhê-los inteiros, mas
devido à umidade fi cavam po dres po r d entr o. Consultando Ifá, s aiu-lhe na
cons ulta o Odu Osaxe avisand o que de tant as pr agas e maldi çõe s que o s
arajés lhe haviam r ogado, to da a propri edade de Xilei estava c o ntaminad a e
para que pudesse prosperar novamente seria necessário desfazer-se de
tudo e tentar a so rte no utro lugar. Desta f orma o lavrad or foi o brigado a

mudarse de lugar e de ativi dade para liv rar-se da inveja de s eus vizinhos . Este
Odu a ssinal a doenças inter nas no sangue, nos os so s o u nas ví sceras. A
pess oa parece s audáve l mas enc ontra-se c ontaminad a por um mal que a
levará à sepultur a. Aqui nasc eu o c os tume do s exo o ral praticado pelo
hom em na mulher . Nes te Odu o pato, po r deso bede cer a Orunmil á, toda vez
que acaba de faz er sexo , tem que arr astar o pênis s obre a t erra. Assinala
impotência se xual no ho mem. Ensina que no verão a e nergia v ital está na
superfície da terr a e que no inverno es tá em se u inter ior. Nasceu o grande
sacrifício da maternidade quando as mães, mesmo morrendo no parto,
abençoam seus filhos. Assin ala a inconformidade das mães diante do
casamento de se us filhos. A opos ição é gera da no fato dela s s aberem que
ninguém poderá amá- los c omo e las própri as além de sempre verem nel es
mais vir tudes e qualid ades que nas suas no ivas ou no ivos. Página 397 de 633

Dice Ifá Fala d a superação deste sentiment o que faz co m que as mães
acabem se adaptand o ao s gen ros e no ras par a não atrapal harem a
felici dade de se us filhos. Os fil hos deste Odu, vi vencian do se u o so gbo, são
pess oas falsas , traidoras e que não cumprem co m a palav ra. Página 39 8 de
633

Dice Ifá II I I I I II I I I OS AFUN REZA DE OS AFUN Os afu n o bere imiro eró Olo fin
yeye o roni eru Olofin t ete beru omó Olo yá e ji elê omó Olofin k ukuru o ji ilê
akukó metá elebó.

Este Odu é fi lho de O sá e O fun. Aq ui o macac o vendeu Obatalá d iante de


Olofin. É um Odu de trai çõ es . A mariposa não vai à cidad e po rque as crianças
as matam. A pesso a deve viver em lugar distant e do s grandes ce ntros . Aqui
o c ão e a preá entr aram em lut a. Colocas e saraekó para Babá Egun. So pra-se
otí so bre Orunmi lá na porta d e cas a. Ainda que se faça e bó tem que s e ter
cuid ado co m a justiça. Neste Ifá é nece ssário co locar ekó co m o tí para Or
nmilá. Quan do se faz ebó po r este I fá, ao levá -lo ao seu destino, devem- se

deixar as rou pas co m ele, po r iss o deve -se levá-lo à mata, à prai a o u à beira
de um ri o para que se p o ss a trocar de r oupa. Manda que se us e uma camis a
listrada, br anca e roxa. Faz-s e ebó c om c ereais, frutas e pedaço s de carne.
Em oso gbo ejó , co loca-se um pouco de ar eia no chão e marca- se es te Ifá.
Sobre a areia coloca-se um alguidar com um pequeno furo em baixo, dentro
do qual se c olo ca saraekó e quatro penas de ekodid é, para que esco rra o
saraekó s obre a ar eia. Quando o alguidar estiv er vazio, reco lhe-se a are ia
para fazer ebó . 12 12- Um mal pr oveniente de algum t ipo de co nfus ão ,
problemas c om a justiça, etc. Página 399 d e 633

Dice Ifá Por este caminho s e faz dois ebó s, do contrár io o arajé morr e. O
iyefá deste signo leva pó de mari pos a. Aqui Ogun v este ro xo. Olofi n ordeno u
que os jo vens fi ze ssem a e ste ir a, mas eles não obedeceram porq ue não
respeitavam os mais velhos . Olofin então pe rgu ntou-lhes quem have ria de

orientá-los, ao que eles responderam que esta era a obri gação dos mais
velhos . Aborreci do Olofin o rdenou que Ikú o s matasse. Neste caminho o s
jovens não querem respeitar o s mais velho s. Obatalá tinha um inimigo e f oi
co nsultar Or unmilá par a afastá-lo de se u caminho, e fo i-lhe receitado um ebó
co m um gal o, duas gal inha s e do is pombos . Feito o e bó o inimigo de
Obatalá ad oece u gravemente. Compade cido Obatalá voltou a casa de
Orunmilá e ali foi feito um outro ebó para que o doente se salvasse. A
pesso a é incrédul a e não c os tuma fazer nada do que Orunmi lá reco menda.
Te m que faz er ebó e c uidar de Orunmil á para que seus inimigos não a
derrotem. Página 400 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE XI II II I I II II II II IKÁ


MEJI REZA DE I KÁ MEJI Iká Meji Igbo Ejioko ogué e negue okpague ede meji
obe de meji okunin i yebre ebó eiyé afuku xuorere adafun gbalami alafun
arokoko orabo gbameli k oruje eleb ute o rubo Oyeku xigui afi yere xeun aro.
Este é um Odu mas culino, filho de Katienadebú e de Kat iebú. Representa a
serpente míti ca e sagrada. É um signo perig oso que sempre preco niza

acontecimentos violentos. Pr o voca abo rtos e co stuma mat ar as cri anças.


Não pe rmite que seus filhos caiam na vid a. Representa segurança para o
Awo. Os s eus filho s têm que faz er Ifá para q ue não mo rram p reco ceme nte.
É um Odu mui to quente qu e busca s empre a frescura, por isto, o s s eus ebó s
devem ser despachad os nas águas. Oferece- se adimú às águas do s rios.
Sua f olha litúrgic a é a f olha da beter raba. Aqui nasceram os réptei s, as
tartarugas, o s tecidos, as ma ld ades, as ancas, e todos os animais pr ovidos
de esc amas. Aq ui foram criad as as c ostelas e as c lavículas. Assinala
bruxarias e armadi lhas. Neste caminho falam Oxu marê, Ibeji, Xangô, O gun,
Iroko , O runmil á e Nanã. Página 401 de 633
Dice Ifá É o encarregado de levar d e vo lta ao Orun os demais Odu que
tenha m sido invoc ados e trazidos à Terra pel os Babal awos . Por este mo tivo
deve ser se mpre rez ado ao fina l de cada cerimônia onde qualquer Odu t enha

sido invocado. Cr iou as garr as dos fel inos. Nasceram os abort os


provo cados e o ódio pelas crian ças. O Aw o deste signo, se lhe convier , pode
chegar a ser um po deros o feiti ceiro ou bruxo negro. Têm que f aze r Ifá a
todos os seus afilhados para que não se percam. En sina que se deve us ar
água f resca e m todo s o s rituais para os O rixás e para Orunmi lá. Aqui se
substituem as pess oas. Ao ass entar Os ain para um afilhado o Awo des te
Odu tem que t er muito c uidad o para não to rná-lo mais po deros o que ele
próprio. Par a que isto não aconteça, tem que f az er ebó c om uma gal inha e
dois inhames. E nsina qu e o s ebó s para mal es do abdome devem ser feit os
com cabaças. Pr oíbe faz er Ifá em sacerdotes de o utras reli giões. A pesso a
vi ve ameaçada po r três enfe rmidades. Par a livrar-se tem que faz er ebó co m
dois pombo s, d o is etú e div ersos tipos de cereai s; dar epô à terr a, o ferecer
um peix e à s ua cabeça e ban har- se c om o mieró de fo lhas de I fá. E ste é o
Odu da serp ente que por não o uvir os c ons el hos de Olofi n, matou- se
mo rdendo a própria cauda. Os filho s deste Odu não têm amigos e não
acred itam em ninguém. Só pensam em si mesmo s e acham que t odo mund o
age da mesma fo rma. Pos suem c aráter altivo e o rgulhos o. Perdem- se po r

serem desobedient es e não a ceita rem conselhos de nin guém, mui to meno s
de Orunmilá. Agem muito mais de f orma ins ti ntiva que racional; o que
invariavelmente lhes acarreta pr oblemas s érios. Te ndem para as atit udes
violentas e querem sempre faz er valer suas o piniões pela fo rça bru ta.
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Dice Ifá São jeitoso s para ela borar em as c oisas mas quase sempre
destr óem aquilo que eles mes mo s c ons tróem. Desejam sempre estar por
cima, dar as ordens, e que as suas vontade s prevaleçam sempre sobre a
dos demais. Possuem cará ter fort e e do mina dor e quand o não co nseguem
obter o que dese jam, cho ram de raiva ou tentam destrui r o que não po de ser
seu. Este Odu ass inala q ue a ajuda surgi rá de o nde meno s s e es pera atr avés
de um a pesso a surgid a repenti namente. A ss inala d efe itos nas pernas e
muito so frimento o casionado por cãibr as. Pr oíbe saltar so bre buracos ou

fo ssas e de entra r em covas aberta s no chão. Aq ui nasceu a dança das


cabeças dos a nimais sacrifi cado s ao s Orixás. Or unmil á bailou co m a
cabeça de s eus inimigos e c ontinua bail ando até ho je. Odu de chant agens,
ardis, perfídi as e engano s. A mulher g osta que o ho mem lhe faça s exo o ral.
Po r es te caminho s e dá gali nha branca par a Yemanjá e um frango a
Elegbar a. Toma-se borí co m bananas da terra madur as. Colo ca-se do is
chifres de bo i carregados co m pó de r aiz de paineira ( T ridax repeus ), pó de
iguí so ro (Pera bumelifolia), at iponlá, pó de ca beç a de bode, f avas de
bejer ekun, obí r alado, os un, o rogbo e 21 búzios em cada um. Ofe recem- se
oito ekurús a Obatal á e um galo c om pó de e kú, pó de ejá e milho para Exú.
Primeiro assa-se tu do no c orpo e mais dois pombos brancos que são so ltos
co m vida. Para obt erem- se f avores de Exú por es te caminho , apresenta-se
um galo e só se sacrifica depo is de três dias. AXÉ D E SEGURANÇA. Raspa da
proa de um barco, varredur a do co nvés, raspa de uma bó ia sina leir a e iyefá
rezado do Odu. Esta segurança deve ser apresentada ao arco -íris sem pre q
ue ele apareça. Pergunt ase o que e quando c om e. Pági na 403 de 63 3

Dice Ifá I II I I I II I II IKABEMI IKALOGBE

REZA DE IK ALOGB E Babá Adelé Babá Fo woo ni Emit é mabimú babá Adelé
babá Fayani. E mité mabimu B lé Babá Fo waó vi eni lelé mabinú Ir e bo gbo
bowebá f eé bo layé enité mabinú. Este Odu é fil ho de Iká e O gbe. Deter mina
que se deve ter cuidado co m manchada que r epr ese ntam os Arajés. A
pesso a tem que ter mui to cuidad o com as aparênci as po is a ma ldade está
oculta nas estampas do bem. É um Odu d e narci sismo e de ilusões, onde o
que parece bo m na reali dade é mau. O dono deste Ifá não deve ter afi lhados
para que estes não o destr uam. P or este c aminho deve- se ter cuida dos co m
a infidelidade conjugal . Oduduwa e Azawani imperam neste Odu. Aqui a ajapá
quis vo ar e per deu o cas co . O se gredo deste Odu é faz er um xire para
Yemanjá. A pesso a tem que por idefá em s eus fil hos . O Awo vive envo lvido
em fo fo cas e his tórias desabo nadoras. Fala d e um Egun fa mil iar que está

magoado co m a pess oa e dese ja destr uí-la. Para prevenir o cânc er, se t oma
chá de fo lhas verdes de tab aco , chimarr ão e f olhas de okutar a itobi (Persea
grat issima). 1 pess oas albinas, mulatas o u de pele 1 - Ro da de dança
ritualística em ho menagem ao Orixá. Página 404 de 633

Dice Ifá Di ss e Ifá: Os fil ho s e afilhados do Awo des troem-no. Deve- se olhar


bem para co nhec er a pess oa antes de aceitá- la como afilhada. To ma-se
banho de água co m um pouco de otí par a tirar o c arrego . Quando este Odu
traz Oso gbo, a primeira pessoa que neste dia chegar à casa do Awo tem que
ass entar Orunmi lá para não mo rrer. Aqui o diabo vivi a numa mo ntanha e
tinha uma filha, e havia outr o diabo tão ou mais po deroso que el e, que lhe
declarou guerra. A derrota prejudicou a filha do primeir o diabo que, por es te
motiv o, desceu a mo ntanha par a co nversar com o outro, faz er as pazes e
salvar sua filha. Quando o dono deste Ifá enco ntra este Odu numa co nsulta,
não po de sair à r ua sem antes faz er um ebó, po rque pode enco ntrar a mort e
em se u caminho. An u ncia a chegada de uma pesso a estranh a. A pesso a
para quem s aia tem que ass entar Ori xá. Na cas a da pess oa existe um Egun

sem luz . Seu filho é um e spírito do mal encarn ado e representado po r uma
galinha d angola. E nsina que quem co manda seus órgãos gen itais é a mente
e que co m umas mulher es s e pode e co m outras não. Assina la problemas
de embo lias. A pesso a sente a bo ca amarga. Para controlar a famíl ia deve- se
faz er um trabalho co m um etú , o que irá desalo jar um Egun que se instalou
dentro de cas a . Dev e ter cuid ado co m esc orregões e hérnias. Tem que faze r
ebó para sua casa Um macum bei ro lhe fez muito mal. A pesso a deste Odu
tem medo da no ite e tapa a cabeç a na h ora de dormir . Fez uma co isa para
Elegbar a e não acredit ou no resultad o. Tem que d espachar a porta de casa
co m água f resca para evit ar quedas. 2 2 - Gali nha d ango la. Pág ina 405 de 633
Dice Ifá II II II I II II II II IKÁYEKU IKABIKU REZA DE IKAYEKÚ Iká Biku iyelerete
Koleyuré yerú war a akunara ayé adifafun Oyeku, adifafun Iká Ik aborugbo
eyedá Ogbado kukute kuk ú adifafun O yeku umbati lomba o lobo te kaxé,

owunk o lebó , ekurú, etá lebó. Este Odu é filho de Iká e Oyeku Fala de mo rte e
de suicídi o, uns nasc em e o utros mo rre m. Dá-se co mida a Ikú e ao s Eguns
ances trais familiar es. A pess oa, para salvar- se, t em que ass entar Ori xaoko.
Tem que o ferec er um etú funfun a Obatalá par a ter saúde. Nes te O du a
salvação é dar co mida a Inle Oguere. Se a pess oa tem Ori xaoko , tem que
co loc á-l o para co mer ao lado de Inl e Oguere. Quando sai para um Obá, sua
cabeça tem que co me r apar o ou etú funfun par a que não morra . Colo ca-se
em Xangô o u em Orunmil á, uma cabeça hu mana entalhada em cedro.
Quando se põ e a cabeç a em Orunmilá, sacrifi cam-se duas galinh as pretas
so bre ela, quer seja para um Aw o, quer seja para um Obá. O ejé deve c orrer
primeiro na cabeç a da pesso a e depo is na de madeira. Este Odu ass inala q ue
tanto o ho mem quanto a mulher têm difi culdades para enco ntrar seu par . A
sua fe licidade está no matrimônio e s ó através dele poderão e nco ntrá-la.
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Dice Ifá EBÓ P ARA DINHEIRO Um galo , uma f aca no va co m bainha, ewe nijé
( Partenium histeropho rus), ewe uró (sálvia) , um c abrito e duas galinhas para

Orunmil á. EBÓ PARA O HOME M Um galo, do is po mbos , o s s apatos que c alça,


um tenaz, uma teso ura, agul has, alfi netes, pó de ekú e de ejá.

EBÓ PARA RES OLVER QUAL QUER S IT UAÇÃO POR EST E CAMINHO Um bo de,
um galo, uma galinha d a ngola br anca, uma c abeça de madeira, div erso s
tipos de cereais, mui tas moedas, pan o branco, pó de ekú, pó de ejá, obí,
oro gbo, ataré, fava de ari dan, efun, o sun e uáji. Este e deve ser feito numa
casa que tenha quint al de terra e na sua co nfec ção é exigid a a pr ese nça do
maior númer o poss ível de Aw o. Terminad o o ebó, cava-se um bur aco na
terra e al i são sacri ficados os anim ais e depos itados todos os ingredientes
do ebó , co m exceção da cabeça de madei ra que dever á ser posta no igbá de
Xangô ou de Orunmilá. Quando fica deter minado que deva fi car co m
Orunmil á, deve-se o bservar o procedimento anteri ormente descrit o. Se tiv er
que ficar com Xangô, tem que comer dois etú junt o com ele. A pesso a não

pode c omer na casa do s o utros para não cair numa armad ilha. Tem que dar
graças à Yemanjá. Não po de pisar em co bras vi vas o u mo rtas. Um escândalo
lhe tr ará inúmeros borrecimentos . Tem que prestar muita at enção ao nde
pisa par a não pisar em macumbas. A folha deste Odu é o ewe aiyo
(Guacalote). Agar re-se a Orunmilá, para salvar- se. Vale mais o jeito que a
fo rça. A pesso a tem muit os inimig os o nde trabalha porque gr aças à s ua
inteligência realiza co isas que o utros não podem f aze r. Página 407 de 633

Dice Ifá Nes te Odu deve- se o ferec er frut as ao s Ibeji s. Tem que co nsagrar o
Ôsun deste signo . A segura nça deste Odu come co m Egun e sua carg a é:
Raiz de abóbora, pó de se mentes de abóbora, iy efá rezado do Odu, cabeça
de gali nha, cabeç a de pombo , iguí orudan (Pitheco lobi um arborem) e r aiz de
iroko . Rezam-se o s dez es seis Meji al ém de Ik ayeku, e Oye kubi ká. Come junto
co m o Egun do Aw o, tudo o que ele co mer. Página 408 de 633

Dice Ifá II II I I I II II II IKÁIWORÍ IKAFEFE REZA DE IKAIWORI Ikaiworí, Iká Iborí.


Iká Ioguifun, maf erefun Yemanjá, adifafun O runmilá, ma fe refun Oxun. Este

Odu é filho de Ik á e Iwori. Aqui fala a codo rna e o ca samento sem rec ursos . É
Odu de Abí kú. Foi este Odu que dotou o s mo rcegos do sistema de
orient ação que po ssuem e que per mite que voem no e scuro se m esbarr ar
em qualquer obstáculo. A fo lha deste sign o é a ewe ki kan (Spendias
membis). Assinala que a pesso a tem uma coisa que vai e v em de forma
incons tante. É caminho de Exú Mabinú, Elegbar a que se ass enta numa bucha
v egetal desprovida das seme ntes. Para assentar este Exú, pica-se a bucha
bem picada , mistur a-se bejerekun r alado, o bí ralado, pó de os un, ef un, uáji,
oro gbo ralado, ewe kik an, e we iroko , ewe ina ( Fleuria cuneata), ewe pica-p ica
(cansanção) (t odas as fo lhas bem picadi nhas) , sal de co zinha, e s al gros so .
Amassa-se tudo junto c om a t abat inga, modela-se a cabeç a de Exú e
co loc a-se, no s eu inter ior, um pedaço de minéri o d e fe rro e ao s eu redor , 27
búzio s. Aqui fala Aji naku Funfun e po rque Olo fin tem a ver com a cabe ça
deste animal. A pesso a tem que tomar borí com um pargo grande, na b oc a

do qual se co loc a um orogbo e dois o bí. 3 3 - Elefante Branco (fo n). Página
409 de 633

Dice Ifá Para obter a pr oteção de Egun, leva- se a pe ss oa a um cemitério e


passa- se um ramo de f lores em s eu co rpo que, em seguida, é depositad o
so bre uma sepult ura. No momento e m que se passam as f lores na pesso a,
pede-se a pr oteç ão do s Eguns para ela. Nes te ca minho Elegbar a tornou-se
doente dos pés e impedido de caminha r muito. Tudo o que a pesso a
cons trói co m as mão s, destrói com os pés. Não deve esperar agradecim ent
o pelos f av ores que faça. Tem que ter mui to cuidad o para não s of rer
queimaduras nas mãos. O morce go não po ssuía asas e andava n o s olo
onde e ra pisado e maltratado pelas pess oas po rq ue não e nxergav a direito.
Cons ultand o Ifá saiu-lhe este Odu e Orunmil á ordeno u que fiz e ss e um ebó
com do is pombos , dois panos brancos, ef un, osun, uáji, b ejerekun, obí e o r
ogbo. Feito o ebó, o morcego criou asas e adquiriu um sistema p arecido
co m o radar que pos sibili ta seus vô os no turno s. SEGURANÇA P ARA O AWO
DEST E ODU. Passa-se um morcego seco no peito e o utro nas c os t as d o

Awo. Coloca-se o s dois morcegos num saqui nho c om bejerek un, obí,
oro gbo, ewe o rijé ( Vitex doriana) , iguí kisiambolo (Amiris balsamifera),
co migo-ninguém- pode e 2 1 fo rmigas grandes. E ste patuá co me galo e ajapá
com Osain e Elegb ara, uma vez por a no. Sempre que come, faz-se a
seguinte rogação : Ika Fefe, Ika mi owo , Ika mi xé ile, i ba mi t exe adifafun
Oluwo, owo tinxé omó Olofin. TRABALHO PARA SALVAR UMA CRIANÇA
ABÍKÚ Sacrifi ca-se uma c odo rna à Oxun, torra- se e faz -s e pó . Pega-se fo lhas
verdes de iroko , aberikunl ó e e wefin (Alfavaca graúda) e reti ra-s e o sumo .
Rala-se um o bí, um p ouco de chifre de carneir o e junta-se tud o, acresc en
tando ainda, pó de atar é. Durante se te dias, c om e ste preparad o, faz em-se
sete linha s ve rticais no co rpo da criança. Pág ina 410 de 633
Dice Ifá I II II I II II I II IKADI REZ A DE IKADI Ikadi O lofin Olowá Olo run s imif un
ejó ma kpé intori t iwo tixé eji afi wobú n i, bo gbo e ran ati ni, bogbo eran egbé

mo ré niwo unjé lejó aijaré bo gbo. Este O du é filho de Iká e de Odi. Aq ui Olofin
lançou m aldição so bre a Serpente da Sabedo ri a. Neste Odu Orunmil á
encontrou o caminho da felicidade. Assinala que a pessoa enc ontrará a
felicidade e desf rutará dela por toda a vida, mas para q ue isto a co nteça, te m
que dar co mida a Xangô e agradecer-l he por tudo. Tem que faz er ebó co m
um gal o, um a peru a e muitas moedas. Tudo é para Xang ô. Aqu i os os so s
repous aram nas co vas. Nest e signo a cabeça da pesso a co me etú. Tem
que s acrificar um c arneiro para um es pírito d e uma mulher . Tem que s e dar
co mida à so mbra da pess oa, mas antes disto, deve-se d ar -lhe um banho
co m om ieró de fo lhas de I fá. O Aw o des te Odu t em que ter 1 6 crâni os de
galinha em cada uma de suas mão s de Ifá. Assinala a morte de um chefe o u
de uma aut o ridade de cargo muito e levado. Assinala clima de guerr a. O fo go
co me po r baixo. A pess oa tem que t er muito c uidado para não s of rer
acidentes no trânsito. Tem que d ar co mida à port a de casa para que a so rte
pos sa en trar. A mulher gráv ida tem que f a z er ebó co m três abelhas, rasgar e
despachar a roupa que e stiver v estindo e amarrar um xaw oro na cintura at é o
dia em que der à luz . 4 - Guizo de metal. 4 Pági na 411 de 633

Dice Ifá Coloc a-se uma cabaça n a porta e amarra- se um galo num lugar
qualquer. Quando o gal o cantar, sacrifica-se para Elegbara. O significado
deste O du é: Cintur ão que aperta . Aqui fala o pau-marfim e a s arça. Este
signo é a brasa do f ogo de todos os demai s Odu. Aq ui as árv ores perdem a
resina. Tem que faz er Orixá co m urgência. Fala de uma do ença que pro voc a
picadas pelo co rpo e que leva à morte. Confirma a reencarnação da pess o a
que, em sua vida anter ior, era de Odiká. Tem que o ferec er duas galinhas a
Egun n um campo aberto. O borí é feito co m dois peixes fresco s. A pessoa
tem que of erecer d ois galo s para Xangô e duas galinhas para Oxun.
T RABALHO PARA VENCE R OS ARAJÉS. A cende-se um fo gareiro de brasas de
carvão e co loc ase na po rta de casa. Ab ana-se bem até que as br asas
fiquem bem vivas e e ntão, vai-se jogando água por cima até que fiq uem
co mpletamente frias. Enquant o vai saindo f umaça reza-se es te Odu. EBO

PARA ADQUIRIR PODER T rês galos , três abelhas, um pedaço de fo rro de uma
cadeir a ve lha, pan o branco, pano vermel ho, efun, o sun, o bí, pó de ejá, pó de
ekú, epô , etc. Oferece -se um inhame ao chão da casa. Pági na 412 de 633

Dice Ifá I II I I II II II II IKAIROSUN IKAROSO REZA DE IKAROSUN Ikaroso


Ikarabolá meniyeyé, Ikarabolá meni Iyá Omi Keses é. Adifaf un Orunm ilá
barabá niregun, o pá elebó . Este Odu é filho de Iká e de Irosun. Este Odu
sempre es tava presente nas reuniões dos Babalaw os. Um di a Olofin pr esidiu
uma ceri mônia o nde surgi u este s igno e o único que co nseguiu ad ivinha r foi
o Awo de Ikaros o. Desde então todos os Awo têm que t er Ôsun. Neste
caminh o os homens se transformar am em gigan tes, mais alt os que as mais
vel has palmeir as, aprenderam a l inguagem dos animais e co m os poderes
que adqui rira m, transf ormaram-se em grandes fe iticeiros . Ass ustados co m
tanto po der, f ugiam d e s uas própr ias obras e fo i então que a f olha do bem,
pegand o-os pelos cabelos, fe z co m que v oltassem a ser o que eram antes e
a viver co mo viviam anteriormente e d es ta fo rma a humanidad e livrou-se da
autodes truição. Por este cam inho vo lta-se ao pa ssado . Ensina que, para

livrar-se de uma doença, deve-se faz er ebó co m um galo e uma garr afa de
aguard ente que são oferecido s uma es trada qual quer. Depo is de faz er es te
ebó a pes so a deve permanecer sem sair à r ua durante sete dias. Neste Odu
se f az e bó co m uma cabra e um cabr ito. A cabra é of erecida à Oxun e dentro
de sua boca co locase cem mo edas. O bode é sacri ficado para El egbar a.
Despacha-se no local determinad o pelo jogo . Para que o Awo deste Odu não
fique na misér ia, tem q ue faz er ebó co m seis mo edas de pr ata, pois se o
seu dinheiro acabar , virá a doenç a e a morte. Quando e st e Odu tr az o so gbo
arun ou Ikú , faz -se ebó co m um galo e uma garr afa de aguardente. 5 - Um
prenúncio de doe nça (arun) ou de mo rte (Ikú). 5 Assinala que e xiste um Orixá
que é herança de família e que nunca fo i cuidad o po r ninguém. A pess oa tem
que cuidar del e para que suas co isas s igam em frente. Página 4 13 de 633

Dice Ifá Fo i aqui que roubaram as vacas de O batalá. Os ladr õe s f oram

capturad os pelas crianças da aldeia e em seu po der exi stia, além das vacas,
um cesto cheio de bananas. É u m Od u de roubos, amarraçõ es, c orrup ção,
contrab ando e enganos . Os jovens desco brem co isas qu e não lhes dizem
respei to. A p esso a não po de come r, no mesmo dia, carne de vaca, lei t e e
bananas. Aqui nasceu o costume de prender-se o gado nos estábulos. A
pess oa t em que es tar sem pre atenta par a não s er presa. Neste Odu o s
homens se fizeram sede ntários . Assinala qu e o s irmãos mais velhos têm
inveja do mais no vo. As crianças s ão subme tidas a maltrat os . EBÓ PARA
ABRIR CAMINHO T rês pom bos , dois e kodidés, uma bengala, etc.. . Pass a-se
tudo n a pess oa e s acrifica-se os pombos so bre a bengal a, depois deixa- se
esco rrer sobr e ela um pouco de epô e co la-se as penas da ave. Os e kodidé
são co locado s para Oxun e a bengala é entr egue a pess oa para que a guar de
o u a use . Página 414 de 633

Dice Ifá II II II I I II I II IKÁWÓNRIN IKAWANÍ

REZA DE IKAWONRIN Ikawónrin, Iká Wáwá adifafun Iká Odi ofuneke ounkó,

akukó, eiyelé lebó. Ik á dafun O runmilá, lo dafun Iyalode ati omó . Arun marore
obí meji kaferefun Olo kun ati E xú. Este O du é filho de Iká e Owónrin. Fal a de
uma guerra que precisa acabar para que rein e a paz e a c ordialidade. Os
filhos de Yemanjá e o s Filhos de O xun mant inham entr e si, se m o
co nhecimento de suas mãe s, uma guerra p ela disput a de que era superior a
quem. P ara evi tar guerras a pess oa não deve se preocupar se o que pos sui é
melhor ou pior que aqu ilo que os outros po ssuem. Este Odu pr oíbe seus
filhos de co merem m ilh o. Reco menda- lhes viv er bem co m todo o mund o,
pois a gue rra só lhes traz prejuí zo s. Não po dem discutir co m ninguém. A qui
nasceram as unhas das mãos e dos pés. É um sig no d e enganos que indi ca
falsos carinhos que ocultam mal dades e ó dios . Aqui na sceu o d itado: O
ódio é uma espécie de carinho. Assinala falta de consideração. Os filhos
deste Od u têm a cabeça muito grand e e po derosa. Colo ca-se um
desnucador em Ogun e marfi m em Oxó ssi. A s cabeças das pesso as deste

Odu não po dem receber sangue de ne nhum animal. Es ta é a sua mais grave
interdição e s eu maio r tabu. 6 - Instrumento utilizado no abate da rez.
Funciona ao ser intr oduzido na nuca d o animal. 6 Fala de tr ês qualidades de
Orixá-Funfun: T alabí, S alakó e Talade. Página 415 de 633

Dice Ifá A p esso a, mesmo sendo grand e e po deros a, não po de abusar dos
mais fracos, po is pod erá encontrar a morte na mão de um deles. Não po de
prejud icar a ninguém int encio nalmente . Tem que ter cuidado co m um go lpe
na nuca que poderá ocasionar a sua mo rte. EB Ó Um galo, um po mbo, pano
vermelho e pano branco. EBÓ Um gal o branco, dois pombo s brancos, uma
roupa usada e suada, uma roupa no va e limpa, pelos de uma cabra, otí, epô,
mel, etc.. Página 416 de 633

Dice Ifá I II II I II II II II IKABARA

REZA DE IK ABARA Ikabara mo nxowo jilé xilopé adifafun O rogbé. Orogbé


ekuré ejéré lebó . Iká Awo ara. Ile Awo jo adié lebó. Exú eiyelé, akukó lebó.

Ikabara, Oni Bara los ode Orunmilá, adifafu Orunmilá ati Obatal á. Este Odu é
filho de Iká e O bara. Assinala disputa de pos ição entre ir mão s. Assinala troca
de fe itiço s e ntre eles . Fala de um fil ho de Orixá e um macumbeiro que queria
tirar o que e ra dele. Um trabalho para prej udicar a pesso a fo i feito num
bone co de cera . A pess oa é protegida por Obatal á e Yemanjá. Tem que
of erecer fi lhotes de po mbo para Obatal á. O ejé é of erecido às quatro
esquina s próxi mas de casa e as carnes s ão c oz idas e co b ertas co m massa
de ekurú e arri adas para Obatalá. Espalha- se ekurú nos cantos da casa.
Ofe rece-se ekurú à cabeça. Salpica-se água com perfume dentro de cas a
para expulsar um Egun obse ss or. A pess oa sente uma profunda no stalgia
oc asio nada por um Egun que se aproxima dela. Para livrar-se deste problema
deve lavar o ro sto c om água o nde m acerou pétalas de tr ês ros as brancas. A
segura nça deste Odu é feita com cabeça de peix e fr esc o e fo lhas de
flamboayant.

PÓ PARA EVITAR PRO BLEMAS COM O SEXO O POS T O Efun, pó de ejá, pó de


ekú e i yefá. Os pós são mis ad os e rezados no opo n com Oxetur a,
Okanranyek ú, Ikábara e Oturax e, depo is, co loca-s e dentro de um recipiente
qualquer. As mulheres misturam co m pó de arr oz e o s ho me ns co m talco de
toucado r. Deve-se usar quando fo r ao enco ntro da pess oa amada. Página
417 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA DEST RUIR OS ARAJÉS Dentro de uma panela de
barro co locam- se o s no mes do s araj és e scrit os a lápi s numa fo lha d e papel
de embrul ho que já tenha sido usada. So bre o papel colo ca-se pó de madeira
de kisiambolo , páu-de-res pos ta, co migo-ning uém-p ode, cinz a de carv ão , um
pedaço de carvão meio queimado, borra d e café , sal grosso e três ti pos de
pimenta. Enche-se co m banha de porco derreti da e colo ca-se uma mecha qu
e se ac ende. Quando a mecha apagar , co loc a-se a panela num buraco na
terra e s ac rifica-se uma galinha em cima. Deix a-se no loc al onde f oi
enter rado. Os inimi gos da pesso a desejam faz er com que fique sem paz,

sem po sição e sem bem es t ar. A pesso a tem um ini migo que possui co isas
de macumba q ue lhe co nferem um cer to poder e, por es te motiv o, lhe tem
medo . EBÓ EM IKABARA Um gal o, três frangas, dois po mbos , uma pedra
pequena, areia da prai a , água do mar, pano preto, vários tipos de madeiras
sagradas (saber no jogo quais s ão) , melão de São Caetano, cascaveleir a,
oxibat á, ewe of á, o ripepe, o tí, três velas, pó de ekú, ejá, epô, milho sec o,
carne de cabra e moedas. Passa- se o s po mbos na pesso a dia nte de Olokun ,
os corpos são enterrados e os crânios, depois de secos , são colocados
so bre o igbá de Olo kun. Página 418 d e 633

Dice Ifá II II II I II II I II IKAKANRAN IKAKANA REZA DE IKAKANRAN Ikakanran Ifá


Awo omó Okanr an bogbo o mó a laiye Elegb ara of o lodê akan a suaj ú
makenian lodafun Orunmil á. Este Odu é filho de Iká e Okanran. A qui os
hom ens aprenderam a se alimentar d e carne e de s angue. A ss inala

perseguição . Nes te caminho o gato perseguiu a gali nha d angol a at é a casa


de Obata lá. Quando o gato chegou procurand o a d angola pret a não a enco nt
rou, po is Obatalá a havia pi ntalgado de branco e des ta forma o gato pas so u
por men tir oso . A pesso a está sendo perseguida por al guém. Per deu alguma
coisa que fo i vista posteriorm ente na casa de um co nhecid o. O gato era um
rico co merciante, mas per deu tudo porque criou uma disputa co m Obatalá. A
pesso a so fre da gar ganta ou de as ma. Tem uma so mbra que a acompanha
por detr ás. Precisa usar um eleké de todo s o s Ori xás. Se tiv er Ogun
assentado tem que reforçá- lo c om um pedaço de trilho de trem e esfe ra s de
ferro que já tenham sido usadas. Tem que oferecer um pargo à sua cabeça
co m a máxim a urgência. Deve tomar cuidado para não co rtar-se. Te m que
faze r ebó co m um ajap á cujo c asco , depois do ebó, fica pendur ado atr ás da
porta. Tem que preparar um sabão branco a o qual acr esc enta ewe orijé
(Vitex doniana), pó de c rânio de galinha d angola, pó be bej erekun e o bí
ralado, para tom ar banho s empre que se ntir nece ss idade. Página 41 9 de 633

Dice Ifá Tem que faz er sacudi mento co m dois po mbos brancos . Faz-se um

círculo na terra co m quatro c ores (preto, vermelho, azul e branco),


usando- se, para isto, carvão, efun, o sun e uáji, colo ca-se a pes so a dent ro do
cír culo e f az-se o sacudim ento co m os pom bo s que são sacri ficados para
Ile. Pergunt a-se no jo go o nde serão despachado s. Página 4 20 de 633

Dice Ifá I II I I I II II II IKÁOGUNDÁ

REZA DE IKAGUNDÁ Ikagundá adifafun Osain, akukó lebó. Ikagundá adifafun


Orunmil á eure lebó . K dó bogbo baiye tinx é, kidí oma o dagun Ar uko me dilogun
eiyelé, ileké, iyewefá, o lelé, akuk ó le fá Ik á mi Ogundá I ru omó Orunmilá oun
om ó Osa in, kaferefun O gun, Orunmilá, I yemanjá ati I nle. Este Odu é fi lho de
Iká e Ogundá. Pr oíbe que s eus filho s co mam frutas. Quando co merem ca rne
não podem dar os seus restos ao s animai s. Os seus inimi gos s ão jovens e
esbe ltos . Este Odu r epresenta um barco e ass egura a pr oteção de Inle e de

Osain. Pr epara- se um pó co m iyefá, pó de marfim e pó de crânio de galo que


deve ser colocado num saqui nho e anda r sempr e no bolso da pessoa.
Determi na que se deva agrad ar as pess oas ne gras . A ss inala pr isão . A
pess oa tem que usar alguma coisa de marfi m. Tem que ass entar Odé e
cultuar Inle e O lokun. A qui nasce o Axé da cabeç a dos filhos de Oxós si. O
Awo des t e signo tem que dar co mida à sua so mbra. Cobre-se a so mbra com
um pan o branco e o f erece-se à el a, so bre o pano , a comida q ue a pesso a
mais aprecia. Isto ass egura o bem e star do Aw o. A pess oa tem que to mar
banhos co m amasí de flores de algodoeiro, exewer é ( Botão de ouro), agogô
funfu n (Datura suaveo leus), ibaj ó (Melia azederath) , pó de efun e um pouc o
de aguardente. Sac rifica-se uma f ranga par a Os ain num caminho dentro da
mata. Página 421 de 633

Dice Ifá Á Xangô s e dá um ajapá pequeno . A Egun se dá duas galinhas das


quais a pess oa tem que co me r um pouco . Neste cami nho O sain construi u
ruas e abriu picadas. Sacrifi ca-se o lo gbo dundun a Abi tá. Para que a so rte
seja co mpleta, lav a-se a cabeça da pesso a co m r amas de cabaceir a, fo lhas

de bucha vegetal e melão -de-São Caetano. 8 SEGURANÇA DO ODU Dentr o de


uma cabaça coloc a-se pelos de macaco, água d o mar, água de ri o, mel e
ewe edé (Acácia arábica). A cabaça fica pendurada dentro do quarto da
pesso a. Neste camin ho as promess as f eitas não são cumpr idas. A mul her
troca o marido po r out ro ho mem. A pesso a é irredutível, tr apalhona e a s ua
so rte es tá na cor negra. Tem que f az er ebó para recuperar o perdido. Tem
que ass entar Inle, principal mente s e co stu ma viajar muito.

EBÓ Um gal o preto, um e rukeré pret o, flo res, um o fá, terra d e cas a, pó de
ekú, pó de ejá, efu , o sun e uáji. Passa-se o galo na pesso a, passa-se o
eruker é e as flo res. Sacrifi case o galo e co loc a-se tudo em Elegbara. 9 8 -
Gato preto. 9 - Rabo de cavalo. Página 422 de 633

Dice Ifá

EBÓ Um gal o, um pombo , um bo tezinho de marfi m, dois talos de sálvi a, dois


galh os de alg odão, efun, o sun, uáji , pó de ejá, pó de ekú, vár ias moedas.
Despacha- se na beira de um ri , o botezinho fica co m a pess oa para ser
usado c omo amuleto . Página 42 3 de 633

Dice Ifá II II I I I II I II IKÁSÁ

REZA DE IKÁSÁ Ikásá adifafun Orunmilá, adifá joko matekun awe tinxiyawo
odiê ti nxiyá agui kó o ile o nxe re Fá meo fó , o tá, epô, ewe. Osá lebó s iebó
odire. Osá lebó s iebó akukó o xelé omó eiy tá owo. Este Odu é fi lho de Ik á e
Osá. Neste caminho Oiyá aco rrentou o s habit antes de Takpá e o s a
presentou em praça pública sob a acusação de haverem lhe negado sapotís.
Ofe rta-se sapo tís p ara Oiyá. C ântico des te Odu: Obá te kun laiye Egun
Ibalawo Ik ásá o mó boronifé. Neste Odu a pess oa só pode s er filha de
Obatalá, Oiy á o u Ogun. Aqui nasceu a co nfusão qu e pr ovo ca a troca do
Orixá da pess oa. Tem que ter muito cuidado para não f aze r o San to e rrado.

Aqui o B abalaw o não po de dar sua palavr a ao cliente sem antes saber qua l é
a decisão dos Orixás. Se o client e não se co mport ar de aco rdo c om o que
fo r determin ad o pelos Orix ás, o Babal awo não po de faze r nada em se u
favo r. Tem que seguir a orie ntação de Ifá. A pess oa po de ser atingi da por
uma pedr ada ou po r outr o objeto arr emess ado co ntra ela e isto provocará a
sua morte. Neste Odu confe cciona-se um okpele co m se mentes de mang as
que tenham sido c om idas por uma cabra de Orunmi lá. A pesso a f o i gerad a
num mome nto muito ruim. Sua gravi dez não era desejada e sua mãe quis
abortála e isto represe nta, para ela, uma maldição. Página 424 de 633

Dice Ifá Po de estar sendo perse guida por um espíri to o bses so r. A pess oa é
ingrata e nunca agr adece o bem que lhe faz em. Assinala i nfec çõ es
sangüíneas, problemas do co ração e lepra. A mu lher, para ser feliz, deve
viver co m um Babalaw o. Tem que usar o fio de co ntas d o s eu Orixá d e

cabeça. A qui a pesso a tem q ue passar d ois po mbos no co rpo e o ferecê-l os


à Oxun. Foi es co rraçada de algum lugar . Entrará em des avença co m o s
própri os filhos . Exis te alguém que viveu da prostitui ção . A pess oa tem cas a
e dinheir o, mas não tem felicidad e. Este Odu fala de no stalgia. A pesso a vive
longe do lo cal onde nas ceu e des eja ard entemente vo ltar para lá. Trabalha
em alguma co isa que nada tem a ver co m sua profissão . Precisa reto mar
suas ativid ades anteriores. O dono deste Odu nunca mais po derá come r
carne de c abra. Este Odu nunc a mais irá exigi r sacrifícios de cabras. Em
substituição s acrifica-se 16 galinhas br ancas c om a seguinte saudação para
cada uma: Ib a reré lekuaye adie medilogun. Iba reré lekumiye Ifá! Na hora do
sacrifício: Adie mori yeye, adie mo ri yeye, Baba Oxe nabo ri yeye. Adi e mo ri
yeye! Página 425 de 633

Dice Ifá II II II I I II II II IKÁT URUKPON

REZA DE IKA TRUPON Ikatrupon kukuté kukú adifafun Orunmilá, adifafun Olá
Niká, eiyelé lebó. E iguin axó inkí inlá umbejá marora enibi inká botilá

kaferefun Xangô ati Yemanjá. Este Odu é filho de O sá e Oturukpon. Para que
tudo siga em frente de f orma po sitiva, t em que dar comida à Orunmil á e
pedir-lhe que abra os c aminhos . A pess oa pratico u u ma má ação e deve ter
cuidado para não s e meter em encrencas . Deve ter cuidado co m um en gano
que produziu o u dese ja produzir. Tem que agradar seu Orixá para que não lhe
vir e as c os tas. Pode acertar na l oteria, mas para que isto aco nteça tem que
faze r ebó c o m um galo. Neste cami nho s oltar am os cães c ontra Or unmilá
que para d efe nder-se teve que s ubir num pé de louro . Neste Odu nasce um
Orixá Funfun chamado B abá Arixogun. Ens ina que os ho mens não devem
co mer as carnes de animais mortos naturalmente. Assina la fogo uterino e
problema na barr iga. Para acalmar o f ogo uterino, prepara- se u m pó co m
fo lhas de lo uro que deve s er polvilhad o na vagina. Arriam-se três carás para
Exú no s pés de um lo ureiro. O pó deste Odu tant o s erve par a o bem quanto
para o mal. É f eito co m raspa de tr onc o e de raiz de loureiro e ataré em pó .

Depois de rezado no ta buleir o, fica s empre diant e de Elegbara. Tem que


assentar Odu duwa. A pesso a so fr e do peito em deco rrência de seu mau
gênio. Página 426 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA CURAR FOGO UT ERINO Uma ti gela co m areia da
praia, uma co m o sun e o utra co m uáji. Pelos pubianos da mulher , um
inha me se co , dois galos , uma co rrente, div ersos tipos de cereais, muit as
moedas e um peixe par go. Pint a-se todo o corp o da mul her com os un e uáji
e depois des peja-se e m cima a ar eia do mar . Depo is, pe ga-se os pelos
pubianos e co loca-se um pouco em cada ti gela com pedaços do inhame
seco , co loca-se um pouco de cada cereal d entro das ti gelas, sacrifi ca-se os
galo s deixando o e jé co rrer dentr o delas, embrulha- se tudo nas roupas que a
mulher est ava vestindo na hora do ebó e enrola-se a co rrente em volta do
embrulho. A mulher d epo is de tomar um banho de fo lhas de louro, é
recolhi da par a um borí onde o peixe é o ferecido à sua cabeça. O ebó é
despachado na praia . No mo mento e m que o co rpo da mulher é pintad o e
recebe a areia, canta- se: Iaya olo o nan oruba, Ina unló adê o bó mapo n. Quan

do es te Odu tr az O so gbo no Itá, prepar a-se um xeré 11 10 de cabaça para


ficar junto co m o Elegbar a da pess oa. Dentro des te xeré vai t erra do alto de
uma montanha, pó de madeir a de louro, fo lhas de louro, atar é, s ete
tentos-de-E xú e sete elo s de co rrent e. Come três pintos c om Elegbar a aos
pés de um loureiro. EBÓ EM IKAT RUPON Um galo, ewe yeye, vidro mo ído, um
pombo, duas cabaças, fe ijão de casca vermelha, mand ioca e inha m e. O Awo
deste O du tem que ter t rês Elegbara. A pess oa é es crava de si mes ma. Ela e
um de seus fil ho s po ss uem um tít ulo. Tem vo cação para a medicina e a
música. 10 - Al guns Babalawos cubano s c ostumam afir mar que para maior
eficiência, é nec essário que a mulher submeti da ao presente ebó , apó s
terminá-lo, deve prat icar sexo co m o ofi cia nte, no que não c onco rdamos por
co nsiderar mo s uma atit ude desrespeito sa e abusi va. 11 - Choc alho fe ito de
cabaça. Página 427 de 633

Dice Ifá I II II I I II I II IKÁT URÁ IKAFOG UERO REZ A DE IKAT URÁ Ikáturá, Iká
Fogue ro, kombú, ko mbó, adifafun o ni biní eiyelé l ebó . Kaferef un lá, ati Olo run.
Este Odu é fi lho de Ik á e de Otura. Assim co mo s eu irmão o Odu Oturak á,
ass inala d es obe d iência que pode cus tar a vida. Fala do nadador que
envelhece u e já não tinha forças para nad ar porque lhe faltava o ar . Da
mesma fo rma, o ho mem velh o que se cas a com mu lher jovem não poderá
ter um bom desempenho co m a mesma. Assinal a impotênci a para o ho mem
jovem. Tem que faze r ebó co nstant emente e o ferecer sacri fícios à T erra
para não fi ca r impotente. O sacrifício é f eito dentro de um buraco c om
Ireteo gundá, Eji ogbe, Ik áturá e o Odu da pess oa. Assinala que a pess oa, na
velhice, ficar á inutil izada da c intura para baixo e mo rrerá do co ração.
Assinala insegurança e falta de tranq üilidade pelo futuro do s filhos . A coruja
e o gato come m ratazanas. Qua ndo surge este Odu a pessoa q ue se
co nsulta tem que usar , o mais rápi do po ss ível, um id é de Obatalá e um de
Iyansã. Se sair para um Aw o e e ste tiver Odun, tem que dar- lhe de co mer
imediat amente. Aqui fala a mandíbula. Indica caminho e pro teção de
Oduduwa. Página 428 de 633

Dice Ifá T RABALHO PARA SOLUC IONAR PR OBLEMAS DIVE RS OS Faze r o


ebó des te Odu com uma mandíbula d e qualq uer animal e dois po mbos
brancos . Aqui Orunmilá ordena que os Babalaw os s e unam para se tornarem
invencíveis. Quando t raz o so gbo o fo , é perda d e matri mô nio. As Ap etebís
deste signo tem que pedir muito a Exú par a que seus maridos tenham paz e
tranqüil idade. Este Odu pr oíbe seus filhos de p os suírem cães o u tê-los em
suas c asas. Orun milá mandou, po r este caminho, que o rei sacr i ficasse o
seu cacho rro num ebó , no que não fo i obedecid o. Um an o depois, o palácio
fo i atacado e o rei, par a livrar-se de seus inimigos , abrig ous e num
esco nderijo se creto que mand ara constru ir no pátio do palácio. Como seu
cão ficass e pulando, latindo e balançando a c auda di ante do lugar onde o rei
se e nco ntrava, fo i fácil par a seus inimigos capturá- lo e exec utá-lo. Tem que
dar co mida a Ile, a Te rra. Para que a casa da pes so a progri da e se f ortaleça e

para q ue se us filhos a o bedeçam, tem que dar co mida a Olokun e dar


graças a Olorun. 12 EBÓ SECRET O DEST E ODU Um galo, uma gali nha, um
pombo, uma gal inha d a ngola, roupas usadas de todos os filhos da pesso a,
terra de sua casa, água do mar, água de r io, p ano branco, pano azul, pano
vermelho, pano estampad o, pó de ekú, pó de ejá, azeite de de ndê, mi lho
vermelho e muitas mo edas. 12 - Uma previ são negativa q ue faz referencia à
algum tipo de perda. Página 429 de 633

Dice Ifá I II I I II II I II IKÁRET E REZ A DE IKARET E Ikarete o mó Oluxe, Irete Oma ,


ileké kiri kiri banlá abanijé batitu eure, eiyelé lebó. Kaferefun Xangô, Ogun, ati
Olofin. Maferefun Iyalode ati Olokun. Este Odu é filho de Iká e Irete. Foi aqui
que Orun milá disse a Obatalá qu e f os se co lher i nhames e que os
descascass e e jogasse as cascas na rua p ara que tiv esse boa s or te.
Quando surge este Odu t em que se tocar o peito co m o punho esquerd o. O
Awo c obre s eu Elegbar a co m fo lhas de Ifá e o leva à rua. Quando volta quina
as fo lhas que não caíram do igbá e lava E legbara co m este o mieró. Ensina
que o peixe mo rre pela boca. Este Odu pr ende as pes so as. Fala de

infiltraçõ es pulmo nares que levam à morte. A pess oa morre embaixo de


duas luzes. Em oso gbo arun não dá segur ança de cura. A pesso a tem que se
limpar, durant e o s dias que fo rem deter minados pelo jogo , co m uma etú, em
h onra de Obaluaye e de Aganjú. Depois do último dia a av e é s olta no mato.
Se sair par a uma mulher gr ávida, dá- se um bo de capado para Exú e pas sa-se
limo de rio na barr iga d a mulher par a que po ss a parir co m se gurança. A qui
fala Yemanjá Ibú M araiga. Aqui nasc e u Bo sá, a Yemanjá mais velha da terra
de Egbad o. Para problemas do peito, s e prepar a um licor de sumo de
beterr aba. Mistura- se o sumo de beterr aba e mel em porçõ es igua is e
toma- se uma co lher d e s obremesa pela manhã, ao meio dia e à noite.
Yemanjá saiu d o mar para acabar com a terra de Egb ado. Odu de mudanças
de situação , de inveja e de p esso as que têm duas caras. Página 430 de 633

Dice Ifá Não se pode revel ar os segredos co m que a pesso a se defende

porque um inimigo ocul to se apossa deles e assim consegue vencer. Aqui


nasce u o ataque eclampse . A mul her pode ficar louc a em co nse qüência de
um part o. EBÓ Dois po mbos , um galo, lixo de uma praça, uma c aixinha, etc.. .
Página 431 de 633

Dice Ifá I II II I I II II II IKÁXE

REZA DE IKAXE Ikaxe ninxé , Iká miro kiri, Iká mu kirí , a difaf un O runmilá.
Kiopeyé , o unkó, agu an lebó . Este Odu é fi lho de Iká e de Oxe. Aqui nasce u a
palavra abenço ada de Ifá que co nfirma tu do o que diz. Por es te mo tivo Ikaxe
é também chamado de Ik afá. Neste caminho surgiu a co ntrovérsia sobre a
preferência de Olofin entre o az eite de dendê e o ó leo de algodão , fi cando
estabel ecido que o óleo de alg odão é o preferid o de Olofi n. Por este motiv o,
sem pre que surge este Odu a pess oa tem que se ve stir de branco durante
sete dias se guidos. Quando este Odu aparece numa consulta, cobre-se Exú
co m fo lhas que depois s e despacha para a r ua. Em seguida tem que se
of erecer comida pa ra ele. Aqui nas ceram os dedos das mão s e dos pés e

os dedos indi cadores se destacar am entr e o s dema is. Por este motiv o este
Odu é tamb ém co nhecid o como Ikásel á. Oferecem- se s ete ovo s de g alinh a
para Egun e sete para o O rixá da pess oa. Fo rram-se todo s o s Orixás com um
tap ete de fo lhas de dormid eira. Pega-se sete pano s de co res diferentes e
todos os d ias passa-se no co rpo antes de f alar co m qual quer pesso a.
Depois de s ete dias de spacha-se cada um num lugar di ferente co mo igreja,
praça, prai a, rio, e strada, mon tanha, mata, árvore, etc... Colo ca-se leite cru
com ori e efun dent ro de um vaso, leva- se embaix o do So l e se pede o que se
deseja. Depois pega- se o co nteúd o do vas o e, c om ambas as mãos ,
esfrega- se no rosto c omo se o estiv ess e lavan do. Aq ui nasc eram o ekur ú e
o olele. A s pess oas deste Odu dev em usar coral ju nto do c orpo. Assi nal a
morte por problemas cardíacos. A pessoa tem tantos problemas e
preo cupações que a doece do co ração e morre asfix iado. Págin a 432 de 633

Dice Ifá É um Odu de s acrifícios que jamais são reconhecidos. A pesso a


não tem fé, c hega ao Santo s omente depois de passar por mui tas
dificuldades na vida. Poss ui parent es que não a creditam em nada e que tudo
faz em para t irá-la do cam inho do s Orixás, tornando a s ua vida impos sível de
se r vivida em paz . T RABALHO PA RA QUE UMA PESS OA DEIXE DE FALAR
DEMAIS Quando a pess oa estiver dormi ndo, pass a-se um ovo de gali nha
d angola em sua bo ca e um po uco de dormideir a. P ergunta-se a que O rixá
deve ser o ferecido . Página 433 d e 633

Dice Ifá II II I I II II I II IKÁFUN REZA DE IKAFUN Ikafun loroní kiyaté adifafun


Abiregún akuk ó, eiyelé lebó . Este Odu é fi lho de Iká e de Of un. É caminho de
Obatalá. A pesso a a quem se es tá cons ultan do deve procurar outro
adivinho, po is este não é o seu caminho. Quando este Odu surg e na
consulta de uma mulher, é Orunmilá ordenando que ande com os cabelos
so ltos dur ante sete dia s. A pesso a tem que pos suir um macaco. Neste Odu
falam os es pelhos . O dono deste Odu t em que cobrir os espelhos de sua
casa dura nte a semana s anta . Tem que o ferecer à sua cabeça um galo,

quatro po mbos, pó de ekú, pó de ejá, ori- dacosta e efun. Colocaram feit iços
nos fundo s de sua cas a. Não ac redita no que lhe di ze m. Para a mulher : O
homem que tem não lhe convém. A p esso a fo i trabalhada com um fe itiço
que terá sido e nterrado e m sua própri a cas a o u em outro lugar q ualquer. Para
livrar-se d o mal tem que tomar um banho de amasí co m anil, lí rio, mamo na
branca, ekó, milho mo ído e mel. Depois des te banho tem que tomar tr ês
banhos c om fo lhas de álamo dur ante tr ês di as alt erna dos. Tem que co locar
para Xangô quatro ekós , em cada ekó co locar um grão de mi l ho e regar bem
co m dendê e mel de abelhas. Depois de quatro dias despachar numa m ata.
Se a mãe da pesso a fo r viva, tem- se que o ferecer d ois po mbos brancos à
sua c abeça . Página 434 d e 633
Dice Ifá Neste c aminh o agrada-se a Ogun co m três o bís, s endo que um é
untado co m mel, o outro c o m ori- da-co sta e o terceiro co m azeite de dendê.

Colo ca-se cada o bí dentro de uma c abaça ch eia de mil ho e deixa-se, po r


sete dias, diante do Orix á co m três velas ac esas . No sétimo dia despacha-se
uma cabaça co m o seu respectiv o obí numa mata , no dia segui nte a o utra
cabaça e no terceiro dia a últi ma. As c abaças co m o s o bís s ão despachad as
no m e smo lugar. No dia em que fo r despac hada a ter ceira cabaça, dá-se
co mida às quat ro es q uinas do quarteir ão e m que a pesso a mora e à porta
de sua casa: Um ek ó c oberto co m pó de ekú, pó de ejá, mel, dend ê e um
punha do de mil ho s eco . Tem que colocar so bre o telhado da casa, um
pedaço de c arne de vaca, pó de ekú e de ejá e um punhad o de milho. Quando
fi ze r a oferenda ao telhado da cas a, reza-se:

Arodidé Odideman, aro didé O dideman. Orix á Obiaruk ó, o jó O dideman, didé


didé O dideman. Oxaguia ojó Odideman, didé did é O dideman. Obatalá, o jó
Odideman, didé di dé Odideman. Obalufón, ojó O an, didé didé Odideman. Oxá
Burukú, o jó O dideman, didé didé Odid eman. Ofun lerí, o jó O dideman didé
Odideman. I kú, ojó Odideman, didé did é O dideman. Ar un, o jó O dideman, didé
didé Odideman. o, o jó O dideman, didé did é Odideman. E jó, o jó Odideman,

didé didé Odideman. I na, o jó O dideman idé didé Odideman. Oxá Purú, ojó
Odideman, didé did é O dideman. Ofu n Leri Odideman. Tem que o ferec er um
pombo e um igbín o u uma galinha a Obatalá. Pági na 435 de 633

Dice Ifá Nes te Odu Osain faz ia feitiços c om pedras que eram enterr adas no
cemitério e quando a pes so a of erecia um sacrifício a Egun, Oiyá tir ava-lhe a
vida. Kaferefun Obatalá. Página 436 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO OS SEGREDOS DE IFÁ PARTE XII II II II II I I II II


OT URUKPON MEJI REZA DE OT URUKPON MEJI Oturuk pon Meji obo ro ni xo ro
logun ni faderé ni xad o o ku ni , faderé ni xoro, oku no faderé Babalawo todi
fun to kutu axoro ekun. Oloro to roxo ad ifafun e kun. Oturukpon Meji é um Odu
feminino, filho de Olokban e Tolokban. É conhecido entre os Fon (jêje),
co mo "Turuk pen" ou "Turukpon M eji", onde o "r" é co nstantemente subs tituíd

o pelo "l". Alguns o chamam ainda de "Bo konõ Lelo", "Awonõ Lelo", "L elo jime",
ou sim plesmente "Lelo". Em yoruba os termos "Lelo", "Lero", "Ilero", (de
"Ile-Oro"), s ignificam "T erra Fir me". Suas co res s ão todas aquelas derivad as
do vermel ho, ac eit ando tamb ém o negro e tudo o que fo r esta mpad o c om
estas duas co res. Repr esenta a grav idez, as inchaçõe s e de fo rma geral ,
tudo o que é arr edondado rosto s redondos, sei o s grand es, protuberâ ncias
anormai s co mo hérnias, elefantí ase, f urúnculos, tumores e inc hações
diversas. É um Odu ligado às Ajés e s egundo dizem, fo i o c riador da diar réia.
É muito e mido pelas mulheres grávi das, pelo s eu pode r de provo car abortos
e partos prematu r os. Aqui, so b as o rdens de Ofun Meji, foi criada a Terr a e
por este mo tivo é um s igno ligad o à abundância e à ri queza . Fo i este signo
que cr iou as mo ntanhas e é também um d os Odu dos gêmeo s Ho ho 2 1 1 -
Espíritos fe iticeiros do se xo fe minino. 2 - Vodun de o rigem fo n que
co rrespo nd e ao O rixá Ibeji dos nagô s. Página 4 37 de 633

Dice Ifá S empre que este O du surgir numa co nsulta, o adivinho deve to car o
so lo co m as po ntas dos dedos e depois roç ar, de leve, seu pr óprio peit o,

pronunciando: "I lero" ou "Lelo", como fo rma de saudação à Terra, gesto es te


que deve ser imi tado pelo co nsulent e. Fal a de inv ersõ es s exuais e de
bruxarias f eitas atr avés de c om idas ou bebidas. Fo i po r intermédi o des te
Odu, que Orunmilá t ransmiti u sua ciênc ia aos sábios , para que ele s a
transmitissem ao s ho mens co muns. I ndica que a mulher trai o marido e que
se ainda não o fez , é po r falta de opo rtunidad e. Determina separação de mãe
e filho e muita t risteza po r este mo tivo. Os fil hos deste Odu são pesso as
desti nada s ao sucess o, a galgarem alt os posto s, devendo par a isso
submeter em-se co m muit o boa vo ntade ao s s acrifícios e xigidos. Pode
denunciar a ação de Abíkú, ou sua prese nça. Aqui os frutos amadu r ece m e
caem das árvores. Nasceu o co stume de arr astar os anim ais em s acrifício
para determinad os O rixás enquanto s e f az a se guinte rez a: Odi olekurú k urú.
Odo olekuré kurú e ni, eni lawo adeni L awo e ni eni lawo adeni lawo Ekú meni ki
ekun ma pá r éwé. Os fi lhos de Oturuk pon Meji não podem c omer mamão,

galo, galinha d angola e f rutas d e trepadeir a. Aqui Oxun r ogou o ventre com
uma cabaça. Aqui nasce u a o besidade, a diar réia, os fibromas, a elefantíase
e todas as doenças que pr ovo cam inchações. Assinal a i nver são sexual ,
enfe rmidades e brux arias po r comidas e bebidas. Neste Odu falam Om olú,
Ogun, Xangô , Obatalá, Oduduwa, Osain e o s Ibeji. Sua árvore ritual ística é o
cedro. Página 438 de 633

Dice Ifá

Seus filhos, para co nserva rem ir e, têm que faz er ebó co nstant emente. Têm
que assentar Osain. Avisa ao homem que por muit os amores que tenha,
mo rrerá nos braço s de sua legít ima espo sa. Assinala hi drocele, hé rnia
esc rotal ou dores lo calizadas na bo lsa esc r otal. Oturukpon Meji é o s ervidor
de Orangun. Aqui oco rreu a evo lução bio lógica do ho mem primi tivo,
possibilitando a melhor expressão do espírito. Este Odu trouxe ao mundo os
pigmeus e o s anõ es. Foi po r este caminho que Orunmilá t ransmiti u sua
ciência a os sábi os para q ue eles pudessem ensinar aos ho mens co muns.

Aqui nasce u a no menclatura cientí fica, a m entira piedos a e a determinação


de que todas as crianças nas çam de cabeça. É o Odu do tigr e enfu recido.
Aqui Elegbar a, que não pos suía cabeça, recebeu uma graças a O ru nmilá.
Mãe e filho vivem separados mas a mãe luta por ele. A ss inala per manente
estado de guerr a. Quan do o Awo deste Odu faz ebó, é sua mãe, se f or viv a,
quem dev e despachá- lo . Se f or morta, o e bó deve se r despachado em s ua
sepult ura. Quan do s urge este Odu, o Awo que o e ncontrou não pode co lher
ervas por um período de s ete dias. Or unmilá v iv ia so bre a Terr a e, c omo e la
o tivess e o fendido, O lofin mandou o dilúvio para l ava r as manchas que se
fo rmaram so bre ela. A mulher está insatisfeita com o marido e des eja
enganá-l o. Se o abandonar será muito prejudicada e pr ejudicar á a o utras
pesso as que dependem do apo io de s eu mari do. Quand o sai par a uma
mulher este Odu ass ina la enfermid ades no ventre ou no s s eios que quase
sempre estão o cultas, mas que, ao s e manifestar em, po dem ser fatai s.

Assinala frieza s exual na mulher . A pess oa t em que ter cuidado po rque


alguém deseja enf eitiçá- la por meio de algum alimento o u beb ida. O mo tivo
é s om ente a inveja. Pág ina 439 de 633

Dice Ifá Te m que levar comida ao c emitéri o e co locar na pri meira sepultur a
que enco ntrar ab erta. Nes te Odu se faz ebó c om frutas gr andes e redondas .
Aqui Orunmilá fo i reco nhec ido por Olo run graças à s ua mãe que pediu uma
esteira para seu fi lho e a o bteve. A qui Xangô co meu bo de pela pri meira vez.
Fala um E spírito muito elevado que aco mpanha a p esso a. O Awo deste Odu
não deve permiti r que a mulher o mo rda na hora de faz er sex o po is isto
compromete seu inter esse pelo sexo. Este é um signo de submi ssão do
hom e m pela mulher . Quando o Awo des te Odu t em problemas co m dinheir o,
cata dezesse is co nchas na prai a, risca o s dez esse is Odu M eji (um em c ada
conc ha), s acrifica um galo so bre elas, faz um pó e passa pelo se u tabul eiro.
SEGURANÇA DO ODU Um pedaço de pele de tigr e, um imã, tr ês agulhas, um
anzo l, pó de efun, d e carv ão e de o sun, três grãos de ataré, terr a de quat ro
esquinas, hortelã, ewe ewe (Mirab ilis jalapa, Lin.), ewenijé (Partenium

histeropho rus, Lin.), sempre- viva, e di vers as mo edas co rrentes. Colo ca-se
tudo dentro de uma c abaça e pe ndura-se atrás da porta de entr ada de sua
casa. Disse Ifá: I - "Aquele que trança uma c orda não saberá trançar a Te rra,
não po de levantar a mão e agarrar o S ol". (Ninguém po de causar danos
àquele que, tendo encontrado este sig no, ofereça os sacrifícios exigidos). II
- "A Terra não s e as senta s obre a cabeça de uma criança". Oturuk pon Meji,
décimo se gundo signo na o rdem de che gada em Ifá e último de u ma série
de forças mister iosas que, segundo se afi rma, estão as so ciad as ao s signos
do zo díaco. Os doz e primeiros signos es tão como que reunid os no símbolo
do último. Aquele q ue enco ntra Oturuk pon Meji supo stamente e nco ntra
todo s que o antecedem. Página 44 0 de 633
Dice Ifá "Le", assim co mo "Lo", designa aqui lo que não se deve f aze r, dizer ,
entender , toc a r e ver, e na presente se ntença evo ca o s doz e primeiros

signos de Ifá. A cr iança à que s e refere a sentença, é o próprio co nsulent e,


indefes o diante do s perig os desencadeados pelas energia s c ontid as no s
doz e primeiros O du Meji, energias estas que sua cab eç a é incapaz de
supo rtar. Quando "Le"- a Te rra - exige um s acrifício que substitua a mo rte
próxima de sua mãe, seu pai, mulher ou filho, pressupõe-se que o sacrifício
será co n sideráv el, uma vez que tem po r objetiv o "enganar a morte". No
mesmo dia em que o s igno f or enco ntrado o client e adqui re o cabrit o mais
bonito que puder enco ntrar e uma cabaça s uficientemente grande para q ue
poss a co mport ar uma ga linha, a polpa de uma abóbo ra, um mamão e
dezess eis acaçás. O sacerdote sacri fica o cabrito, derrama o seu s angue
dentro da cabaça, retira seus intestinos que são esvaziados, limpos e lav
ados co m muito cuid ado; o co ração, os pulmões, o s rins, o f ígado e a
gordura. Sac rifica a galinha, junta suas vísce ras ao co nteúdo da cabaç a.
Antes de iniciar este ritual , o s dez ess eis Odu Meji devem se r traçados no
iyerofá, que é despejado dentro da cabaç a depo is das vísceras da gali nha.
Depois dist o, vai colocando, dentr o da cabaça, um númer o d e búzios
correspondente ao número de par entes viv os do co nsulent e. Os búzios são

colo cad os um a um dentr o da caba ça e a cada búzio co locado, o client e


diz: "Heis aqui minha mãe, ela pago u! Heis aqui meu pai, ele pago u! Heis aqui
minha mulher ( ou marido) ela (ele) p agou! Heis aqui meu fi lho f ulano, ele
pagou! Heis aqui meu fi lho s icr ano , ele pagou!" E assim, até chegar ao no me
do últi mo parente vi vo. Depois de of ere cid o o búzio c orrespondent e ao
filho o u neto mais novo, o c liente coloc ará um últ imo búz io, dizendo as
seguintes palavras: "Heis aqui, este so u eu e também esto u pagando! " Este
ebó e xige mui to critér io e muita atenção, s e o no me de algum par ente fo r
omiti do propos itadam ente ou não durante a entrega dos búzios, a pesso a
cujo nome não tenha sid o relacionado estará irremediavelmente condenada
à morte. O Sacerdote deverá pr esc reve r, além deste, o utros sac rifícios
co nsiderados de se gurança, tant o s ua, co mo do client e. ( Por tratar-se de
um ebó que visa "eng anar a mort e", as pes so as envo lvidas dev em
proteger- se através de o utros ebós além de sacrifí cios of erecid os a Orix ás,

Exú, Eguns, e tc.) O Sac erdote, aco mpanhado do c liente, penetr a numa
floresta, co nstrói um mo nte de ter ra limpa so bre o qual coloca toalhas
brancas e toalhas ver melhas; tr aça o s do ze primeiros s ignos e, po r
deferência, o s quatro últi mo s. Na medida em que vai traça ndo c ada signo,
vai faze ndo suas s audações, depo is despeja o iyer os un em que foram t
raçados so bre o sacri fício que es tá ofe recend o. Págin a 441 de 633

Dice Ifá A cabaça com todo o seu co nteúd o é depo sita da sobre os panos
vermelhos . Junta-se dez ( 10) obís batá dent ro de uma quartinha com água à
esquerd a da cabaça. D epois disto todo s o s presentes batem cabeça em
hom enagem à Te rra e reti ram-se no mais abso luto silêncio . ( Este sac rifício
serve para t odos os Odu). ITANS DE OT URUKPON MEJI 1 - Ifá chego u a este
mund o antes de seus mensageir os Legb a, M iñona e Abi, que estão so b suas
o rdens, ao co ntrário de Igbadu que es tá acima dele. Cr iado po r Mawu, Ifá
desce u do céu trazendo para a terra todas as árvores, to das as pl ant as,
todos o s animai s, todo s o s pássaros e todas as pedra s. Naq uela época,
existia sobre a terra somente um protótipo de ser humano, muito pequeno,

negro e muito pa recido co m o ho mem. Ao chegar ao Aiye, I fá transmit iu


todo o seu co nheciment o a e s te estran ho s er, a quem deu o no me de
"Koto". Logo que Mawu cri ou o s s eres human os Koto transmitiu- lhes to da a
ciência q ue havia r ecebido de Ifá, o c onhecimento de todas as co isas e
principalmente, o co nheciment o do própri o Ifá. Koto , que sabia o n o me de
tudo quanto exist ia, ensinou- os aos homens, esquecendose , no entan to, de
transmitir o no me de uma única ár vore à qual os ho mens c hamaram de
"Kotoble" e depois de Wugo . Assim, f oi apenas a uma única árvore, dentre
todas as co isas que exist em no mundo, que os homens deram nome. Aq uele
que enco ntrar este signo deve o ferecer um sacrifí cio para não s er
perseguido pela má so rte. Sua mãe terá um papel muit o impo rtante em sua
vida, cujo s uces so depend e, quase que exclusivamente, dela. P ágina 44 2 de
633

Dice Ifá I II I II I I I II OT URUKPONLOGBE O T RUPO NBEKONWA REZ A DE


OT URUKPONLOGBE Oturuk ponbe konwa apupá palapá adi faf un Xangô kukute
kukú adifafun Alun Oloje tinxoma Olo fin eleiye lebo. Adifafun Ibán ajará akuk ó
lebó. K pagefe iyele ko f elé adó iyu o migun adi faf unreré. Awoe ure lebó, e iyelé
lebó. Este Odu é filho de O turukpon e O gbe. É um signo de peregrinaçõe s.
Dois carnei ros não bebe m água na mesma fo nte. Aqui o bem s e paga com o
mal. Não s e pode f azer favores. Por quer er pag ar o bem co m o mal, o tigr e
fico u preso embaixo de uma pedr a. O mal qu e a pesso a praticou uma vez ,
não po de ser repeti do po rque, s e da primeira vez s e d eu bem, na segunda
será presa. Os caçado res perder am sua so rte po r colher inhames em terr as
alheias. Este é o signo dos piratas. Ex iste um e spírito mal que perturba a v ida
da pesso a. Assinala d ívidas co m Xangô. Quand o sai este Odu, o Awo toca o
peito c o m o punho cerrad o e diz: Go do go do muá mo fin, kai á mo fin, kai á
mo fin kaiá. (Eu toco meu peito po r Xangô co mo e le toca se u peito por mim) .
A pessoa, por não faz er as coisas e m tempo hábi l, pode so frer perdas.
Alguém está lhe fazendo o mal por mei o de feiti ço s. Assina la sof rimento do
estômago, da bar riga, dos pulmões . Muito cuid ado co m o fo go. A pessoa,

quando bebe em co mpanhi a de outr os , pode dizer ou faz er coisas que lh e


serão muito prejudi ciais e das quais virá a se arrepender grandemente.
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Dice Ifá Existe um grande perigo relacio nado à uma viagem ao interior. A
pesso a não po de ter assentament os de Egu ns, s ó pode tê- los de O rixás e de
Ifá. Para seu bem tem que faz er Or ixá e ass entar Or unmilá. Não pode c om er
milho nem ser desobediente. Tem que cumpri r co m s uas o brigaçõ es c om
os Orixás. Não deve c om er nem beber nada q ue lhe dêem tampado. Tem q
ue ter mui to cuidad o co m present es que lhe fo rem da dos po r pessoas que
não sejam d e sua absoluta e total confiança, cuja procedência seja
ignorada ou de conteúdo desco n hecido. N ão po de comer arr oz , a não s er
que seja inteiramente branco, sapotí, quiabo, e feijão branco. Tem que fazer
uma cerimonia a Xangô no s pés de uma palmeira. Para ali viar sua própria

cruz, precisa s er mais ati va, ter mai s fé e se r mais rese rvada e le gal. Tem
que pr oc urar fazer o bem a todos e jamai s deve pagar o bem co m o mal po
rque aí está sua des truição. Se quiser desco brir o autor de um roubo de que
fo i vítima, de ve colo car uma rat oeira em Ex ú e o ladrão s erá desmasc arado.
Quando tr az o so gbo, a pes so a deve assentar Or ixaoko. Neste caminho
existe um Egun q ue fo i carroceir o e qu e guia a pesso a pelos c aminhos da
vida, se u nom e é Abo rotifá Egun L aiye Afefe . Xangô c riou a carroce ria das
carroças e Oturukponlo gbe criou as ro das. A criação da carroça s er viu para
facili tar o co mérci o entre o s ho mens. Neste caminh o a pesso a tem que cult
uar Xangô, Orixaoko e cuidar do Egun Afef e Laiye. É caminho de proteção de
Yemanjá. Proíbe s eus filhos de co merem inhame. Par a não s e perder a sorte
trazida por Yemanjá, t em qu e of erecer um tambor com muitos inhames a
Elegbar a, numa praça. Roga-se a cabeça co m ajapá. Página 444 d e 633

Dice Ifá Nes te signo nas ceu a roda. T RABALHO PARA OBT ER DINHEIRO
Uma porção de feijão f radinho co zida sem sal e s em qualq u er outr o
temper o. Colocam-se os feijões, depois de coz idos , dentr o de uma cabaça

ond e s e riscou o signo de Otur ukponlogbe, rega- se co m bastant e epô pupá,


colo ca-se em c ima do o pon co m iyer of á e reza-se o Odu. Pega -se o iyerof á,
depois de terminada a re za e co loc a-se dentro da cabaça. Passa-se um galo
preto no co rpo, sacri fica-se so b re o co nteúd o da cabaça, li mpa-se e
esquar teja -se o bicho, colo ca-se s uas part es den tr o da cabaça sem
co zinhar. Em seguida, levase a cabaça à uma mata onde, s egurando-a c om
a mão es querda, va i-se pegando o seu co nteúd o e espalhan do a esmo
enquan to s e diz : Umbo bogbo Orixá, Eg un maiy e igbo o polopo owo. A
cabaça, depois de es vaziada, é deix ada na mata. TR ABALHO PARA
REAVIVAR A MEMÓRIA Oferece r à cabeça, um po mbo, um cas co de ajapá e
bolas de algodão . T RABALHO PARA DEST RUIR UM ARAJÉ Marca-se o signo
de Otur ukponlogbe no chão de uma co nstrução aband onada. C olo ca-se em
cima uma panela d e barro c om ó leo de mo tor queimado e uma aranha
peluda. Acende-se uma me cha pedindo a des truição do Arajé. Este trab alho

só terá resultado s e, na ho ra em que fo r feito, o Arajé estiver dormindo. E BÓ


EM OT URUKPONLOGBE Um cabrit inho, um galo, quatro espigas de milho,
uma cabacin ha, um ajapá, um o bé, pó de ekú e de ejá. Pág ina 445 de 633

Dice Ifá II II II II II I II II OTURUKPON YEKU REZA DE OTURUKPON YEKU


Oturukpon Yeku, O yekuyé, Ikú Y eye adifafun Iroko. Este O du é filho de
Oturukpon e Oyeku. As pesso as deste signo não podem usar r oupas nem
objetos negros. Não podem co mer feij ão branco nem quiabo. Têm
propensão a so frerem d e fraqueza cerebr al, doenças das pernas e
problemas es tomacais. Têm que, constanteme nt e, mudar a p os ição dos
seus mó veis, principal mente da c ama. Par a progredir em têm que m andar
celebrar missa, com toque de sinos, para seus ancestrais defuntos. Aqui na
sceu o co stume das mulh eres passarem cremes e pint uras no rosto. O Aw o,
para at r air mulheres, tem que co locar Orunmilá par a co mer junto co m Oiyá.
Para que Ikú se afas te de casa, lava- se uma co rrente co m omieró de
peregun e se pendura at rás da porta. Ofe rece-se, o mais rapid amente
pos sível, gali nha pret a para Or unmilá. A pesso a não dev e c omer em cas a

estranha. Tem que s e pegar com Xangô . Ass inala resse ntimento entre
irmão s carnais, de Santo ou de Ifá. A pess oa pode se r Abíkú. Quando sai
este Odu, pegase um pedaço de carn e bo vina e se prende num gancho de
ferro, rega-se com bastan te epô e o ferece-se a Orunmi lá. O gancho é
retirado, aquecido até ficar em brasa e e sf riad o num recipiente co m água
limpa. A água d eve se r bebida pela pess oa para quem se es tá faze ndo o
trabalho. Não se pode levantar a mão co ntra ninguém. Pági na 446 de 633

Dice Ifá Assinala que na cas a do c liente, alguém está o u ficará gr avemente
doente podendo morre r em decorrência desta enfermidade. Tem que fazer
ebó para que Orunmi lá o levante e o livre da morte. E ste Odu as sinala sempre
enfe rmidades, mes mo quando traz ir e. Af irma que a pess oa é filha de Oxun.
Assinala a presença de Abíkú. O Awo tem que apurar mu ito bem e , se
necessário, submeter a pessoa ao tratamento específico. EBÓ EM

OT URUKPON YEKU PARA OSO GBO IKU Um cabrit o preto, um galo, um


caixãoz inho fo rr ado co m pano pret o, um boneco vesti do co m roupa usad a
da pessoa, no ve vel as, pó de efun, de os un e de carv ão vegetal , pó de peixe,
pó de e kú, epô, milho torrado, o ri da co s ta, aguardent e, o bí, var redura da
casa da pesso a (tem que se varrer a casa bem ce d o, logo que amanheça o
dia, o pó recolhid o é c olo cado dentr o do caixãoz inho) . Coloca-se o bo neco
dentro do caixão e s acrifica-se o c abrito e o galo, depo is de passá-los na
pesso a, so bre ele e Elegbar a, co loca-se um pouco de cada ax é relaci onado
dentro do caixão, faz-se o orô para Exú, acendem-se as no ve velas, leva- se e
enterra-se o caixão num cemitério e, no local, acendem-se mais nove velas.
Ao regressar, todos os part icipantes, inclusive a pessoa para quem foi feito
o trabalho e que não deve ir ao cemitério, tomam banho de omieró . O Omieró
que so brar tem que ser despachado no local indicado pelo jo go. Página 4 47
de 633

Dice Ifá II II I II I I II II OT URUKPONIWORÍ OT RUPO N ADWENE OT RUPO N


ADAKINO REZA DE OT URUKPONIWORI Otr upon Adawene fun alabe tisayo

Awo ipo mega guida mef a a difaf un Baba Olojo , lebó e leiyé, akuk ó lebó .
Oturukpon Iwori Adakino adifafun Iwori ire Adakino. Este Odu é filho de
Oturukpon e Iwori. Quando sai numa co nsulta ind ica que a pess o a tem que
receber Aw ofakan ou Ikofá. Quando sai em itá de Aw ofakan ou Ikofá, tem
que s e dar duas gali nhas pretas ao Ifá do padr inho. A pesso a tem que
assentar Orixá antes de fazer Ifá, caso contrário passará por muitos
problemas na vida. Quando o Awo vai f alar so bre este Odu tem que colo car
uma moe da de prata na b oca. Par a explicar os f undamentos de ste Odu o
Awo tem que deitar- se de barr iga par a baixo s obre uma e s teira. Quando
surge numa cons ulta de okpele, o Awo joga seu rosário no c hão f ora da
esteira e pede a uma donz ela que o pe gue, vai até a porta d e entrada e dal i,
arra sta o o kpele pelo c hão até o local o nde lhe fo i entr egue. Se não tiver
nenhuma d onz ela em casa, o Awo tem que bat er com as pontas do o kpele
no c hão , primeiro à sua dir eit a, depois à sua es querda. Este signo ass inala

vida cur ta. A pesso a não pode aceitar p resentes de lenços , perfumes, f lores,
etc. par a que, por int ermédio de um destes pr esentes , não rece ba um feitiço
de morte. Quando surge num at efá, co loca-se a mão c om que s e es teja
marcando Ifá no so lo e se so pra Otí e mel antes de co ntinuar a consulta.
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Dice Ifá Quando Orunmil á pede adie meji por este caminho , o Awo s e limpa
da cab eça aos pés co m elas, ofe rece as aves aj oe lhado e, uma vez
co meçada a ce rimô nia, não po de parar antes que termine, nem interr om pê-la
por nenhum mo tivo. Por este Odu fala tudo o que exi ste no inter ior do co rpo
humano . Este Odu rouba dez ano s de vida ao padrinho e, para que i sto não
aco nteça, tem que faz er um grande orô para Oiyá. Quando o Awo des te si
gno s ai do Igbodun Ifá, tem que ass entar Odud uwa imedi atamente. Neste
caminh o, o A wo tem q ue ter uma foice? co m um cabo do s eu taman ho.
Dentro do cabo se co loc a pó de cabeç a de gal inha sacrifi cada par a Oiyá, pó
da cabra de Orunmil á, f olhas de asan (chr yso phollum cainito, Lin. ), talo de
comigo-ni nguém- pode, o bí, bejerek un, o rogbo e os u n. Forra -se com fios de

contas de diversas cores e come junto com Orunmilá. Assina la que a


pess oa vai rece ber a notícia d a mo rte de alguém que saiu em viagem na
compa nhia de o utras pess oas. Assinala a morte de alg uém de casa antes
que transc orra um ano. E ste Odu é caminho seguro de O iyá. A pesso a tem
que sair de onde vive ou de o n de trabalha. Se u cô njuge tem que ser
religioso . Não deve viajar nem s air muito de ca sa, existe alguém que espera
o mo mento para matá- la. Pág ina 449 de 633

Dice Ifá I II II II II I I II OT URUKPO NDI

REZA DE OT URUKPONDI Otur ukpondi taj éun ni na awo aiye ni kanlé komo
adifafun O joko A rere. Adie lebó , akukó. Adi faf un Orunmilá, akuk ó, eni adié,
abo lebó . Oturukpondi I fá Kayo le ninxawo aiye ni ki ni aun oiye as iaojo ko
abebo adie, abeta owo lebó. Ari ni elese kan Ogun. E ste Odu é filho de

Oturukpon e O di. Assinala existência de um espírit o que faz parte da vida da


pesso a. Pa ra que a pes so a pudesse viver , fo i necess ário que alguém morres
se. Ensina que a palav ra de Orunmilá nunca cai no chã o. A fo lha deste Odu é
a fo lha de onz e ho ras. Assinala impotência e inter vençõ es c irúrgicas . A
pess oa tem que cuidar muit o de sua garganta. Acredi ta so frer de uma
doença malig na, mas isto não é verd ade. Quan do sai es te Odu, a pesso a
para quem sair não deve co mer pescado nem carne de caça du rant e se te
dias. D eve evitar i r a festas . Tem que f aze r um borí par a refresc ar e f
ortalecer a cabeça. Vai r ece ber um favorecimen to de Elegbar a. Não deve
co mer milho. Tem que dar g raças a Xangô , Obatalá, Orix aoko e Orunmilá.
Pode perder -se po r não f azer o q ue lhe mandam os Orixás. Se pos suir
alguma ar ma deve o ferec ê-la a Ogun e nunca mais portá- la. Não deve co mer
nenhum tipo de c om ida enlat ada. A avarez a pode custar- lhe a vida ou a
liberdade. Página 450 de 633

Dice Ifá Não po de rev elar seus segred os ou s egred os de outros do s quais
tenha conhecimento. Possui muitos inimigos e por isto deve ter muito

cuid ado co m o que co me fo ra de sua casa e onde co me. Corre o ri sco


permanente de fi car engasgado o u entalado c o m alguma cois a que co mer.
Depois de enco ntrado es te Odu, os ebós determinados têm q ue ser feitos
antes que se passem no ve dia s. Quando se enco ntra este O du, sacri f ica-se
um pombo para a Terra na intenção de três Babalawos já falecidos, cujos
nomes dev em ser fal ados na ho ra do sacri fício, depois, pisase no ejé
derramado na terr a. O co rpo do po mbo s e ass a, co loca-se num pra to branco
e deixase atrás da port a de casa. M anda que se tenha cuidado co m cânce r
na gar ganta ou no reto. Tem que tomar ban ho s de ass ento co m fo lha d e mil
flo res (Cl oro dendron fragans, Vent.) SEGURANÇA DO ODU A pess oa vai a
uma a qual quer sem esco lhê-la e depois, ma Iyefá rezado deste Odu. Todos
os ja. Sempre que Orunmil á co mer adie, Página 451 d e 633 mata e ali, de
olhos fechados , co lhe uma pl ant chegand o em cas a, repl anta -a e s opra- lhe
em ci dias pela manhã, rega a plant a e pede o que dese a planta t em que

come r junto.

Dice Ifá I II I II II I II II OT URUKPONRO SUN O T RUPO N KOSO REZ A DE


OT URUKPONROSO Otrupon Koso ako anejó komado adifafun La dutá, eleiye
ogue dé lebó. Akuk ó, eiyelé lebó . Kaferef un Xangô Obatalá ati Orunmil á.

Este Odu é fi lho de Oturuk pon e Irosun. Quando s urge numa cons ulta, l ogo
que termi nar pega-se um galo e s acrifica-se para a Terra e pisa-se so bre o
ejé derr amado, d etermi nado o ebó o client e deve s er encamin hado a o utro
Awo para faz ê-lo. D etermina q ue a pes so a deva ser atendid a mesmo que não
tenha di nheir o. Aqui nasceram os Pólos Terrestres e o gelo, po r extensão
afirma-se que nas ceu a refrigeração. A pesso a para q uem saia es te Odu não
se lembrar á mais do Awo que o enc ontrou. Aqui fo i onde Orunmilá fez ebó
para uma pri nces a que vivia exil ada em terra estranha, para que pudesse re
gressar à sua pró pria terra. Quando a princesa c ons eguiu voltar à sua pátr ia,
esquec eu-s e de Orunmilá e do bem que lhe fe z. O cliente vive di stante de sua
terra. Tem que of erecer uma penca de banana-maçã para Xangô. Não po de

acender nada para ninguém nem c igar ros para quem quer que s eja. Deve
livrar-se de to dos o s vícios que pos sua, pois, p or mais inocente que seja o
vício, levará à destrui ção . Se não existir co nsideração e res peit ntre os
cônjuges é melhor que se s eparem logo para evit ar mal es maiores. A p ess oa
te m que apr ender a respeitar os mais velho s. Tem que mudar seu jeito de
agir e de s er para seu próprio bem. Deve cuidar mui to bem de Elegbar a e s e
não o tem deve asse ntá-l o para que lhe sobrevenha uma melho r sorte.
Página 452 de 633

Dice Ifá Tem que o ferecer um gal o à porta d e casa co m mel, pó de e kú e de


ejá. Pass a-se um po uco de ejé nos pés da porta e deix a-se, atr ás dela, uma
faca c uja ponta deve ser quebrad a. Tem que o ferec er uma cabra p ara
Orunmil á. O ejé da cabra é r eco lhido e temperado co m açúcar . A pess oa
deve dormir em cama s eparada e não pode s entar-se to do dia no mes mo l

ugar. Este é o Odu dos irmãos e dos c avalos . A pess oa tem que faz er Santo
e, se fo r seu caminho, f aze r Ifá. Neste Odu Ar oni Elesekan faz ia guerr a a
Ogun. O tamarind o era doc e e , para poder viver , teve que tornar- se aze do. A
pess oa deve ter mais c alma para poder viver sua própria vid a. Não deve s ubir
ou desc er escadas corrend o e se mo ntar a cav alo, não deve co rrer com sua
mo ntaria. Fala de um home m que dava mu i ta so rte co m as mulheres e ,
havendo co nquistad o a filha do rei, acabou des truído pelos c iúmes das
outra s que havia d esprezado. EBÓ DE OT RUPONK OSO T rês pombos , um
cabrito (do qual se utili zam as trip as), uma pane la de barro e um pau do
tamanho da pe ss oa. Folhas: e we tuko ( Aristolachia tri lo bat, Lin.), musanguê
(Parititi tiliaceum, Hil.), e ewe kekeriongo (Gouania polygama, Jacq.). Página
453 de 633

Dice Ifá II II II II I I I II OT URUKPONWÓR IN OT RUPO NUARI REZA DE


OT URUKPON O WÓNRIN Otruponwáni deni mid i xenimoni o tá keké O runmilá
olo dafun Odé, aku kó, e iyelé, adie lebo. Este Odu é fi lho de O turukpon e
Owónrin. Foi por este caminho que os Eguns materiali zarem-se com formas

humanas para par ticiparem do banquete, sendo desco bertos e d


esmas carados por Orunmilá. Nasceu a desfiguração da mulher . Assinala
armadilhas no mat rimônio. A p es so a co mprou gato por lebre e continua
sendo enganada. A ss inala um se gredo so bre a pat ernidade de um membro
da famíl ia. A pesso a para quem saia este Od u não po de so frer aborr eciment
os pois po de matar se, mata r a outros o u simplesment e abandonar t udo e
desaparecer no mundo. Tem que as sentar Orix ao ko e dar um cabri to para
Elegbar a. Tem que as sentar Orix á para adq uirir defe sa e proteção em s ua
vida. Assinal a perd as em todos os setores da vida, ocasio nadas por um
Egun enviado po r alguém para este fi m. Assinala separação matrimonial
ocasionada pela influência de uma pessoa invertida sexualmente. A pessoa
pode s ofrer problemas co m a lei e se r per seguida pela justiça. Por este
caminho não se pode descuidar do Awo para não sobrevir maus resultados.
A mulher era saudável, mas es tá perd endo a lucidez . Uma pess oa que

freqüentava a sua casa foi responsável pelo problema que a está


prejudicando. Sofre de alterações de temperatura no corpo, sente frio e
sente c alor por ação de Egun. P ágina 454 d e 633

Dice Ifá So fre de anemia, diabet es, barriga, pr oblemas de co ração,


infecções vaginais e uterinas e, por este motivo não pode ingerir bebidas
alcoó licas. O homem s of re de doenças sexua is ou impotência . A pesso a
deve dormir com um a fita vermelha amar rada no pulso esq ue rdo para
restabelecer sua s aúde. Não po de co mer farinha d e banana verde porque ist
o deve of erecer ao s Eguns. Assinala a existência de par asitas vaginai s que
destróem os espermatozóides impedindo que tenha filhos. Deve tomar
lavagens vagi nais com água onde se co zinhou cas cas de co co verde e
bicarbonato de sódio. Por este caminho se manda Eguns materializados
para todo o tipo de trab alho. Aqui nasce u a material ização dos Espíritos.
Fala d e co mplexos oc asionados pela i dade. A pesso a não quer ser ve lha e
não ace ita as rugas que lhe são trazidas pelo tempo. Quando s e s erve a
mesa não s e pode co locar p ratos em maior nú mero do que o das pesso as

que irão s entar-se para co mer. Uma vez iniciada a refeição não se po de
levantar antes de ac abar par a que um Eg un não oc upe se u lugar na mesa. O
Awo deste Odu não po de quebr ar coco s. As sobras de sua co mida devem
ser atir adas da porta de sua casa para fo ra. Tem que o ferec er farinha d e
banana verde a Egun c omo principal adimú. Página 455 de 633

Dice Ifá I II II II II I II II OT URUKPONBARA O T RUPO NOB ARAFÉ REZ A DE


OT URUKPONBARÁ Otur ukpon Obaraifé ojugbo lo kan uá okú eni l odafun
Orunmil á luba o nlé ile Onifé eiye ejá lo denben Okanran ingar á o kaji aunbari n
aiye obe lo da kaferef un Orix aoko , Xangô , Orunmilá at i Ogun. Este Odu é fi lho
de Oturuk pon e O bará. Proíbe aos s eus filho s o co nsumo de gergeli m e de
mani. A pesso a não po de fazer favores para n ão c olo car em r isco a sua
própri a vida. Foi neste caminho que o bode, po r fazer favo res, perdeu a
cabeça. M arca so berba. A pesso a é so berba e br igona. Par a ser fe liz tem que

mudar sua maneira de ser e s e u c aráter. Tem que as sentar Osain. Assinala
perdição de homem por causa de mulher e de mulher p or causa de homem A
pesso a tem que ded icar especial at enção às suas pernas, s of re de dores
nos pés, de hérnias e do co ração. Tem que se precaver contra a possibil ida
de de lhe soprar em pós . Tem que of erecer , todos os dias, à po rta de sua
casa, pó de e kú, de ejá e um punhado de milho to rrado. Tem que arri ar um
inhame ass ado s em cas ca p ara Obatal á. Não po de ajudar ninguém a
levantar peso do chão para que não perca a sua s ort e. Não deve faz er mal a
ninguém, tampouco deve ajudar a quem quer q ue se ja para que sua vida não
se atr ase. Não pode faz er favores a pesso as enfermas. Tem que assentar
Obaluaye. Tem que, periodicamente, limpar- se c om vários tipos de ce reais.
Página 456 de 633

Dice Ifá Alguém deseja co locar-l he um fe itiço por intermédi o de s eu rastro


para trazer-lhe intr anqüilidade. Tem que ter cuidado para não se acidentar no
trabalho, na rua o u mesm o e m casa. A pesso a tem ou terá um fi lho que terá
que faz er Santo, provavelment e Xangô. Deve se guir as o rientações e

determi naçõ es do s Orixás par a ser bem suce dida em suas c oisas . Deve d ar
graças a Xangô, O batalá e Exú. Assinala desavença em c asa. A pess oa é
muito estou rada e, se alguma coisa a co ntraria; costuma faz er uso da
violência para i mpor sua vo ntade. A jovem não é mais do nze la. Assinala
deso rdens c erebrai s. IT AN DE OT URUKPONBARÁ. Naquele tempo, o s Orixás
marcaram uma r eunião para juntos delib er arem so bre o be m es tar da
humanidade. Orunmilá, havendo sido convidado e por não c onhecer o
caminh o, pediu ao bode que o aco mpanha sse até o lo cal do e ncontro, no qu
e foi prontamente atendido. Quando chegou no local, Orunmilá pediu ao
bode que o e sperasse do lado de fo ra e, ao tentar entrar, fo i comunicado
que isto s ó seria per mi tido àque les que sac rificass em um animal ao Exú
Guardião do lugar. Orunmi lá, sem hesit ar, pego u o bode que o havia
aco mpanhado e sac rifico u-o a Exú, o btendo as sim o dir eito de e ntrar. A
partir de então, sempre que se sacrifica um animal de quat ro, c o lo ca-se uma

fo lha em sua bo ca e s e diz: Oleweweo e ran, Orix á owaweo . Página 457 de 633

Dice Ifá II II II II II I I II OTURUKPONKANRAN OTRUPON KANA REZA DE


OT URUKPONKANRAN O truponkana Karán Oturuk pon Olokanran guni be di
oxika tane kobe Axé araí batá fun Babalawo lo dafun kuobá tiere o ibo leri. E ste
Odu é fi lho de Oturukp on e Okanran. Quando o Awo, co nsultando para si
mesmo , enco ntra este Odu, tem qu e o ferecer dois obís à sua cabeça e
sacrificar um galo para a porta de sua casa. Antes de interpretar o Odu tem
que pegar uma cabaça co m água e u m pouco do ejé do animal sacrificado e
espargir o c onteúdo po r toda a casa. Neste ca minho Exú e Ogun pedem ebó
ejé. Um galo para Ex ú e o utro para Ogun. Pega-se um f ígado bovi no ,
amassa- se bem e s e espalha pel o c hão de casa para q ue as pess oas o pise,
só assi m se desfaz o negat ivo deste signo par a que fi que tu do bem. Neste
caminh o se f az ebó para espantar I kú com uma cabaça, um pedaço de
fígado bo vino, mariw o picado e duas es tacas de madeira. Prenuncia morte
em qualquer circunstância. EBÓ EM OT URUKPONKANA Um c arneir o, uma
cabeça de boi, um pano listr ado. C obre- se a pe sso a co m o pano list rado e

of erece- se o sacri fício a Elegb ara, depois enrola- se tu do no pano e se


despacha num ce mitério. Página 458 de 633

Dice Ifá IT ANS DE OT RUPONKA NA 1 - Era uma vez uma mulher que vivi a
aborrecida e incomo dad a pelos s eus Arajés. I ndo c on sultar Orunmil á, surgiu
Oturukponkanran revelando to da a s ua des dita e afirmando ainda que e la era
uma pr incesa e que, se s eguisse as o rientações do Orácul o, tudo se
transf ormaria e sua vida seria r epleta de alegria e fel icidade. Orunmil á então ,
pegou uma cabaça onde, depo is de co rtá-la ao meio, risco u a mar ca do Odu
e encheu c om água e um pouco do sangue de um bicho que havia j á
sacrificad o. Em seguida, Orunmi lá rego u a casa da mulher co m o c onteúdo
da cabaça e depois disto f oi-se e mbora tendo antes afir mado que a jovem
iria esquecê -lo tão lo go s ua vida me lho rasse. A vi da da mul her melhoro u
sens ivelmente e, um belo dia, quand o tudo es tava bem para ela, alguém

bateu à sua po rta, s endo atendid o pela criad agem. "D iga à pr incesa que é
Orunmilá quem bate à porta e que deseja vê-la." Afirmou o visitante. Comuni
cada, a pri ncesa o rdenou aos criados que disses sem ao visita nte que ela
não sabia quem era Orunmilá e que tampouco queria ser import unada.
Depois de receber o recad o Orunmi lá foi-se embora e, só quando já es tava
demasiadamente longe, a princes a se le mbro u de quem se tratav a.
Desesperada, mandou que saíssem correndo atrás de Orunmilá e que o
trouxess em de vo lta à sua casa. I sto feito, o O rixá exigi u que para ent rar no
palácio, as escadas teri am que ser lav adas com s angue de gal o e só depois
adentr ou no vamente a cas a da mulher . 2 - Ho uve um tempo em que O gun
tinha muito rancor de Orunmi lá e sabendo que e ste p os suía um galo
amarrado no quintal de sua cas a, chamou seus seguid ores e lhes deu a
seguinte o rdem: "Saiam agora e destruam a cas a onde enc ontrarem um gal o
amarra do no quintal". Acontece, no entanto, que os seguidores de Ogun
eram estúpidos e f alavam demais e, po r este motivo, O runmilá fico u
sabendo de s uas intenções e trat ou de co nsult ar seu Oráculo par a saber o
que deveria faz er para se livrar da ameaça. Na c ons ulta surgi u Oturuk ponkan

a e Orunmi lá teve que faze r um ebó co m um galo que, depoi s de passado no


co rpo, teria que se r solto na rua. Depois de feito o ebó, o galo, livre das
amarras, saiu andando s em rumo , terminand o por entrar no quintal da ca sa
de Ogun, o nde permaneceu c iscando . Página 459 de 633

Dice Ifá Cansados de proc urar sem suce sso a casa o nde dever ia estar u m
galo amarrado, os seguidores de Ogun retornaram a sua casa onde
depararam co m o anim al so lto no qu int al. Como eram br utos e pouco
inteligentes, c om eçaram a di scutir entr e si se não s eria aq uele o galo
mencionado po r Ogun q ue poderia t er-se s oltad o e, s em que che gasse m a
um aco rdo, da discus são partiram para a luta co rporal que só acabo u co m a
m orte de todos . Desta fo rma, o mal que havi a sido planejado co ntra
Orunmil á acabo u virando-se c ontra quem o planejou. Página 46 0 de 633

Dice Ifá I II I II I I II II OTURUKPONGUNDÁ

REZA DE OT URUKPONG UNDÁ Ot urukpon Anguedé O binin kan lonló , Obinin,


okuni lof é o pá ekó umbó ma erefun Orunmilá ati Iyalode. Lodafun Ogun ati
Obinin. Este Odu é fil ho de Oturuk pon e Ogundá O grande inimigo da pess oa é
do sexo feminino. Existe uma mulher que faz de tudo, inclusive feitiços com
pós , para d estruir a pess o a. É pr eciso muito cuidado para não ficar doe nte.
Tem que as sentar Orix á para estabi li zar a saúde. Por este caminho os
Orixás da pess oa po dem ser: Obatalá, Y emanjá o u Xangô. As sinala
destrui ção do lar p or agressão mútua entr e o s cô njuges. A cus a a existência
de um inim i go muito sutil e per igos o que e nvia feiti ço s po r intermédi o de
outra pessoa para não ser desco berto. A pesso a tem um inim igo dentr o de
sua cas a ou é alguém que a visit a co m certa cons tância. Existe muita inv eja
de pesso as que desejam ver o seu lar des mo ronado. A mul her per de o
marido po r causa de uma calúnia ou de um f eitiço. Este Od u assinala
enfe rmidade. Tem que se guir as O rientaçõ es de Oxun para não mo rrer. Tem
que fazer um ebó com toda a roupa que estiver vestindo. Assinala doenças

nos pés, na cabeça o u nas vista s. A pessoa f ará um fav or par a algu ém e e m
troca rece berá um favo r ainda maio r. Tem que cuidar muit o bem de Exú para
que este prognó stico não se inverta. Este Odu ass inala p resenç a de Abí kú.
Quando s ai na cons ulta de uma cri ança doe nte, ass inala a sua mo rte. A
pess oa pode perder sangue atrav és das hemo rróidas. Página 46 1 de 633

Dice Ifá Para evit ar adversidad es, o do no des te Odu deve of erecer , a cada
três mes es, do is pombos brancos à sua cabeça. A pesso a corre um séri o
risco de ser caluniada ou denunci ada à justiça. Os e bós deste Odu devem
ser empurr ados pelo irof á despachado s. Se fo r num rio é melhor ainda. 5 no
local onde f orem EBÓS DE OT URUKPONGUND Á 1 - D ois galos , dois
saquinhos com milho torrado, uma forquil ha de madeira. Passam-se os
galos na pes so a e sacrifi ca-se para E legbar a. Depo is disto, pass am-se os
dois saquinhos e a fo rquilha, prend e-se os saqui nhos, um em c ada ponta d a

fo rquilha e pendura- se em qualquer lugar dentro de cas a. 2 - Um galo, uma


co rrente, raiz de oxibatá, um pedaço de chifre de veado, uma bo neca ves tida
de verde e água de rio. Vai- se a um lo cal (rio o u lago) onde e xista oxiba t á.
Pega-se a co rrente que dev e se r do tamanho da pesso a e co m ela,
mergulhand o-a e mo vimentand o-a entre as fo lhas, pega-se uma boa
quanti dade de o xibatá, do qual r etir a-se as raízes . Com es tas raí ze s
(desprez a-se as fo lhas), pr epara-se um banho co m água do ri o,
separa ndo-se um pouco para o ebó. Passa-se a co rrente e as raízes s obre
ssalentes na pesso a e depois, retir a-se um do s elo s da co rrente e as raízes
utiliz adas e prepara- se uma s egurança dentr o da bo neca de pano ,
acresce ntando-se ainda, o pedacinho de c hifre de veado. O r esto da corrente
deve fi car junto co m Elegbar a e a s egurança dentr o do quarto da pes so a. 5 -
Bastão de marfim, madeira ou c hifre de qualquer animal ut ilizado pelos
sace rdo tes de Ifá em diver so s proc edimentos ritualístico s. Página 462 de 633

Dice Ifá II I I I II I I I II OT URUKPONS Á REZA DE OT RUKPONS Á Oturukpons á


Ofun lo rugbó ejó ko los e akiti legbo abiyé mala mala ad ifafu n Loko tinxoma

Orixá irin auní xexun o fidan eiyelá lebó . Kafarefun Omo fá, Orunmilá ati Ex ú.
Este Odu é filho de Oturukpon e Osá. É natural da terra de Adodí. Fala de um
Egun chamad o Adokino que e m vida era efeminado . A pess oa para v ence r
na vida, tem que of ere ce r um filhote de ajá para Ogunque deve s er
despachado na mata. A baleia denuncia sua presenç a e decreta sua mo rte
quando, ao subir à superfície, produz um jato d água qu e chama a atenção
dos baleeiros. A pess oa é protegida por Orixá. Tem que dar carneir o pa ra
Xangô. Este Odu as sinala a existência de um Orixá adq uirido po r herança. Os
filhos de ste Odu são indômitos, não gostam de se r mand ados. Têm que ter
muito cuidado, pois podem enco ntrar a morte dur ante uma viagem. A zawani
vive perto da pess oa. Têm que ter m ui to cuidado para não troc arem seu
Orixá na hora da feitura. Deve dedicar atenção espe ci al ao cé rebro e às
pernas. Não devem dar abr igo à ninguém em s uas cas as. Uma fi lha pode ca
ir no desc rédito público e ficar difamada. Tem que ter muit o cuidado co m um

aborreci ment o com uma mulh er e também com os resul tados negat ivos de
um ato mal que prat ic ou . Ass inala q ue todo s aqueles que ho je depreciam a
pesso a, amanhã se ar rastarão ao s se us pés. O que se despreza hoje, f ará
falta amanhã. Página 463 de 633

Dice Ifá A pesso a tem que ofe recer bem depr ess a um galo para Exú e flo res
para os Eguns. Não daqui e deseja vo ltar ao seu lugar de srcem. Quando
andar na r ua deve prestar a tenção onde pisa e ter cuidado para que não lhe
caia em c ima um objeto pesado . Deve r graças a Elegbara q ue já a livr ou de
muitas armad ilhas. Tem o hábito de segurar a i na e isto po de lhe faz er mal à
saúde. Aqui foi o nde a fil ha era es crava da pr ópria que invejava sua juventude
e beleza. Assinal a que a pesso a, por questões emoc ionai s, tr anca- se e m
casa a cho rar e por este mo tivo po de so frer u m mal súbi to e passar por um
grande s usto . IT AN DE OT URUKPONS Á Elegbar a tinha um fi lho que vivia
rodeado po r muitos inimigos que tentavam, de todas as f ormas, armar-lhe
uma cila da em algum l ugar p or o nde p assass e. Tomando co nheciment o do
que pretendi am faz er co m se u filho, Elegbar a sa iu para ver o que e stavam

preparando e, co locando-se no c aminho po r onde o jo vem cos tuma va


passar, pode ver seus inimigos escondidos e prontos para atacá-lo. Usan do
seus po deres mágicos, Elegbar a fez co m que seu fi lho fo sse acometido de
uma irr esis tível vontade de urinar e o rapaz, af astando-se da trilha,
internou- se no mato para al i, longe dos olhares dos passantes, pudesse
aliviar sua nec ess idade. Uri nou tanto, e po r tanto tempo que s eus inimigos,
pensando que houvess e tomado out ro caminho, f oram embora deix ando- o
em paz . Página 464 de 633 é da ur mãe

Dice Ifá II II I II II I II II OTURUKPONKÁ


REZA DE OT URUKPONKÁ Otur ukponká Oturupand o, Oturupank o, adifaf un
ana om ó O gun ke Ak ukó l ebó . Ka Oturuk pon ká adifafun Obá o unko, akukó
lebó. Oturuk ponká lodafun O gun, Oxalá, Omó O lo . Adifafun abure Omó

Olofin. Este Odu é filho de O turukpon e Iká. Foi po r este caminho que a árvore
ir oko se nego u a servi r de cabo para o machado, sabendo que isto s eria o
fim de todas as árvores . Ass inala morte e destruição e m família. Para quem
traga os ogbo, esquenta- se um machad o num br aseir o e depois se e sfria
num recipi ente com água fr ia. Um gal o é o ferecid o a Ogun e um pouco do
sangue é respingado dentro da água onde se e sf riou a lâmi na do ma chado .
O machado será co locado no igbá de Ogun e com a água a pesso a tomar á
um banho. Fa la da mão de pilão que de tanto go lpear, acaba rachando o
pilão . A pess oa é muito embrut ecida, mas, de tanto apanhar da vi da, acaba
se discipli nando. Aqui os filhos de Obatalá não tinham onde viver. Para
garantir a boa so rte, a pes so a pega um machad o n o vo, lava com o mieró,
envolve em pano branco e deixa oito dias nos pés de Obatalá. Dep ois disto,
pega o machado, desembrul ha e co m ele, c orta al guns pedaços de madei ra
de árvores de Ogun, (menos de iroko), e co loca em cima de Ogun, os
pedaço s de pau c o rtados devem fi car, também, dentro do igbá. Aqui Osain e
Ogun co mem galinha d angola . O omieró des te Odu par a banhos de limpez a,
é f eito com botão de o uro. Pá gina 465 d e 633

Dice Ifá T RABALHO PARA A IMPOT ÊNCIA Pega-se um mac hado e


esquenta-se no fo go até que a sua lâmi na fi que em brasa e desta fo rma,
colo ca-se e m cima de Ogun. Puxa -se um po mbo s ob re o pênis do client e de
fo rma que o e jé co rra so bre a lâmina em br asa dentro do igbá e um
pouquinho dentro de um recipiente com água. Terminado o sacrifício o
cliente toma banho co m esta água. EBÓ EM OT URUKPONKÁ Um galo, uma
galinha d angola, uma cabaç a, ef un, o sun, uáji, 16 grãos d e ataré, quatr o
obís de quatr o gomo s (todos devem ser aber tos), uma vela, dend ê, f olha s
de cascaveleira, de ibajó, de alfavaca, um pano vermelho, um pano branco e
um pa no preto. Ab re-se a cabaça e limpa-se o se u inter ior. Por fo ra, pint a-se
toda com po ntos de ef un, os un e uáji , fo rram-se c om as fo lhas, sacri ficam-s
e as aves deixan d o o ejé co rrer dentr o da cabaç a, retir a-se as penas das
aves sacrifi cadas e c olo case dentro da cabaça, joga-se, por cima, o s

pedaços de o bí, o s grãos de atar é, pó de efun de o sun e de uáji. Fecha- se a


cabaça, embrul ha-se nos panos seguind o a seguinte ordem: pr eto, vermelho
e branco , deixa- se diante de Elegbara até que a vela acabe. Despac ha-se nas
águas de um ri o e as carnes das aves recebem o desti no deter mina do pelo
jogo . Página 466 de 633

Dice Ifá I II II II I I I II OTURUKPONTURÁ OTRUPONTAURO REZA DE


OT URUKPONT URÁ Otruk ponturá ir e nifá pori Ifá ni kaferefun O batalá at i
Xangô. Este Odu é fi lho de O turukpon e Otura. P or este caminho chegam três
so rtes, Ire Omó , I re Aje e Ir e Arikú. (A so rte vinda atr avés dos filhos ou
desce ndentes, a so rte vinda através do dinheiro e a so rte de não ver a
mo rte.) Po r aqui passeiam a doenç a a morte e a so rte. A pess oa pode
enriquece r subit amente, mas , po r ser deso bediente e re belde, pode fi car na
miséria mais rapi damente ainda. Este Odu criou as dores do pa rto. A pesso a
doe nte pensa que vai morrer , mas ficará cur ada e, atrav és da do ença, co n
hece rá a humanid ade. Deve usar um anel de prat a prepar ado c omo proteção .
Antes que s e passem sete dias, tem qu e limp ar o co rpo com três pedaço s de

carne bovina e depois o ferecer in hame e po mbo branco à s ua cabeça.


Ofe rece-se inhame à po rta de casa. A pesso a tem que cuidar de Egun. Tem
problemas de c oração, dos nervos , da cabeça e de hérni as. Par a que a s orte
chegue até ela, não deve maldizer , renegar ou discutir co m ninguém. Q uando
tr az o so gbo o fo , a pess oa e stá doente, passando po r diversas difi culd ades
e existe algo que a preo cupa e que não quer que ni nguém saiba. O mal e o
bem es tão lutan do entre si para se aproximar em, tem que f aze r ebó para que
o bem tr iunfe so bre o mal e as co isas se definam de fo rma favorável .
Quando alguém diz que é melho r morrer d o que co ntinuar vivendo co mo
vive, Ikú se aproxima e di z: "Vo u levá- la porque so u se u amigo e quero
satisfaz er seus desejo s." Página 467 de 633
Dice Ifá Quando a pess oa maldiz a si mes ma, algum mal irá se apo ss ar
dela . Quand o as pess oa s que s e maldi zem vêem que têm tant o mal em

cima, buscam Orunmi lá e se sair este signo , têm que of erecer ad imú a todos
os Orixás e faze r ebó co m um gal o, duas cabr as, o vos de gali nha e muit o
dinheir o. O galo é dado a Exú, as duas cabras a Orunmilá e assim, to d o o
os ogbo se c onvert e em ire. Fal a dos três filhos do rei que se perderam no
bosq ue e enco ntraram ali as três so rtes que s abiam seus nomes e ass im se
salvaram. Página 468 de 633

Dice Ifá I II I II II I I II OTURUKPONBIRETE

REZA DE OT URUKPONBIRET E Oturuk ponbirete Ifá Ajal ú Xixé xé adifafun


Ajalú pueté mo rubó Omó Xen xé ni Oló Babalawo adifá Babalawo Olo fin. Jelú
puelú oda Os ain morubó. Owunko xelú, akuk ó leb Este O du é filho de
Oturukpon e Irete. Neste camin ho o mar fez ebó e por isto s e lim pou. Os
filhos deste Odu não po dem co mer pescado. A mul her qu e s e co nsult a tem
pro blemas de hemo rragias. C ostuma mandar o marid o embo ra acreditand o
que se ele se fo r, o utro virá o cupar o s eu lugar. Se tiver um fi lho deve ter
muito cuidado para que não fiq ue doe nte dos pulmõ es . Uma hemo ptise

poderá matá- lo. Este Odu fala do enco ntr o do rio co m o mar. Aqui Elegbara
come quiabo. A pesso a não pode regat ear pr eço s qua ndo estiv er
co mprand o co isas para Elegbar a, para não des pertar sua irr itação e evitar
que venha a pertur bá-la. So fre do estô mago e da barr iga. A pesso a tem que
of erecer u m peix e f resco à sua c abeça e ficar sete dias sem co mer pei xe.
Assinal a, para o Baba law o, que uma pesso a que está a c aminho necess ita
receber fi o de co ntas de Orixá e a ss entar Orunmi lá. Provavelmente tem
caminh o de Awo. Ofe rece- se um galo a Xangô e do i s co côs a Orunmi lá. Aqui
Iy emanjá se impõe e f az ver que é mais poderosa que Oxun. Nã o se de vem
quebrar louç as dentro de casa. Duas pesso as querem se unir , mas não
co nse guem. Pági na 469 de 633
Dice Ifá Pel o mes mo caminho que se so be, se desce. A p esso a se esf orça
muito para subir , ma s desce rapidamente. Tem que as sentar I yansã e se já a

tem asse ntada, deve usar seu fi o de co ntas e o ferece r-lhe uma galinha. Este
é um Odu de desmanches. Nele nascer am os pântanos e as areias
mo vediças. O Ex ú deste caminho é Alagbana e para ass entá-lo a p ess oa tem
que pegar , co m suas própria s mão s, o okutá no mar . A pessoa poss ui
alguma co isa di ferent e em s eu co rpo ou alguma coisa maior ou menor que
das outra s pess oas . Neste cami nho o s pesc adores captu ravam os peixes
tão longe da co sta que, quand o regressavam, os peixes estavam podr es.
Colo ca-se um ces tinho co m quiab os para E l egbar a. Colo ca-se no igbá de
Elegbar a um pedaço de cabo de ferramenta de ferro o u de madeir a, de fo rma
que fique enco stado à parede. C ome três pintos uma vez por ano . I sto deve
ser feito para que o lar d a pess oa não se des manche. EBÓ Um pat o, quatro
pombos , melado de cana, dois prat os , ewe kar odo ( erva de São Domingos -
Come lina elegans, H.P.K.), e we ekisan (verdolaga) e muitas mo edas. Depo is
de feito o ebó, quinam-se as ervas, co loca-se um pouco de melad o para que
a pessoa tome um banho e passe um pa no mo lhado co m o o mieró em toda
a sua casa. I st o deve ser feito por tr ês vez es numa mes ma semana. O
omieró que s obrar é despeja do na esquina mai s próxima em nome de

Elegbara e de Iyemanjá. Página 470 de 633

Dice Ifá I II II II I I II II OT URUKPO NXE

REZA DE OT URUKPONXE Oturukp onxe Ifá Elá rud alé Awo Obá nitepá il eké o lá
nitepá oxede o dafun b o Irunmolé tinló o kú akasá eiyelé, adié, lebó . Este Odu
é filho de Oturukpon e Oxe. Assinala ri sco de problemas relacionado s a do
cumento s. Fala d e denúncias, demandas e as sunto s de justiça. Algum tipo
de documentação pode gera envolvimentos com a justiça. Assinala
co brança de dí vidas. Problemas surgido s dentro de s ua própri a casa po dem
envo lver a pess oa numa demanda. A pesso a não deve pe rmitir que um
aco ntecimento des gastante de sua vida v olte a acontec er. Não deve co nfiar
em ningu ém e c onf erir todo s o s doc umentos que lhe dig am respeit o antes
de recebê-los o u assiná-los. A p ess oa fo i inspirad a por um Egun para que

viesse se co n sultar. Tem do res na barri ga e s endo mulher, acredita estar


grávida. Tem uma so mbr a às s uas co stas. Os seus caminh os estão
obs curos . Tem que as sentar Orunmi lá. Deve pas sar água bent a, ef un e ori
na porta de casa. Tem que preparar uma bola o ca de barr o, do tamanho
aproximado de uma lar anja, enchê -la co m Iyerof á rezado do Odu e deixá-l a
aos pés de Orunmilá. Página 471 d e 633

Dice Ifá EBÓ Etú, tr ês pintos , três po mbos , três agulhas no vas, três
boneco s, pano branco, pano preto , pano vermelho e fo lhas de malva . Se o
ebó f or par a ire, o s bo neco s têm que ser , um de cedro, um de adebesú
(Poeppigia pr ocera, Presl.} e o outro de parami. O de ce d ro é despac hado, o
de adebesú fi ca junto co m Ogun e o de parami j unto co m Xangô. Depoi s de
21 dias, o s bo neco s que fi caram em Ogun e Xangô são enter rados . No
mesmo e bó, se o Odu trouxe oso gbo, o pri meiro bo neco é f eito de ayá, o
segundo de jia e o terceiro de aroma. Os tr ês devem s er despachad os em
três c aminh os diferentes. Se a mãe da pess o a fo r mort a, tem que saber o
que o s eu Egun deseja, se f or viva, a pesso a tem q ue tomar borí par a

salvar- se. IT AN DE OT URUKPONXE Naquele tempo , O runmilá de tanto ajudar


os outros economicamen te, ficou quase na miséria. Certo dia Olofin
mandou chamá-lo, assim como a todos os Orixás, para participarem de um
ritual em seu louvo r. Quando terminou a cerimônia, d es abou uma c huva
torrencial e, co mo naquele local não havia co mida nem abri go, tod os
come çara m a ser atorm entad os pela fome e pelo frio, sem po derem, em
decorrência d a tempestade, regressarem às suas casas. Foi então que
Olofin anunciou: "Par a que es ta chuva torrencial par e, é ne ces sário que
todo s co ntribuam com uma pe quena quanti a em dinheir o, que deverá ser
depos itada dentr o da grande urna que se e nco ntra no ce ntro des te páti o".
Logo que todos depositar am suas co ntribuições na urn a, a chuva paro u, as
águas baixar am e todo s puderam regr es sar par a casa. Fo i então que Olo fin,
diri gindo-se a O runmilá disse-lhe: "Pega par a ti a urna co m todo o dinheir o
que contém e lembre- se de que não se deve faz er car idades que nos

prejud iquem ou c ujo valor ul tr apasse as no ss as po ss es ." Página 472 de 633

Dice Ifá II II I II II I I II OT URUKPONLOFUN REZ A DE OT URUKPONFUN


Oturukponbalo fun Babá Bato, Babá Fetó lodafun Inle. Lodafun Olonú a
difafun O batalá, O iyá, ati Orunmi lá lorugbó. Este Odu é filho de Oturuk pon e
Ofun. É um sig no de atent ados. Quem é deste O du não pode co mer feij ão
preto nem vísceras de qualq uer animal . Não po dem usar chapéus pretos o u
co m faixas pr etas. N este caminho se of erece sacrifí cio de e jé a Xangô no
meio de quint al e deixa- se ali por quat ro dias. Não s e po de usar jóias de
fantasia. Assinala covard ia e suicídio. A pesso a vive depr imida e não tem
domínio de s i mesma. Não tira p roveito das e xperiências da vida e não
guarda nada d e bo m em seu c oração. Neste caminho o punhal é o primeiro a
provar tudo e, des ta forma, co rta o que é bo m e o que é ruim. Assinala que
fo i feito uma promes sa diante d e um mo rto, quer seja de v ingá-lo quer seja
de terminar alguma co isa que e le deixou inacabada. Enquant o este juramento
não fo r c umpr ido, a pesso a será atorment ada pel o Egun que lhe cobra o
cumprimento de sua pa lavr a. Só depois de c umprir o prometido a pess oa

ficará em ire. Tem que tomar bo rí e o ferec er um peixe gr ande à cabeç a. Não
deve faz er mais favores e tudo o que fize r deve se r cobrado. C aminho de
Obatalá, Xangô e Iyemanjá. A pesso a tem que mandar rezar missa po r seus
familiares defuntos. Tem tendências ao suicídio. Tem um desejo que
pretend e reali zar po r puro capricho. Página 473 de 633

Dice Ifá Dese ja comunicar-se co m uma pesso a para revelar -lhe algo muito
fo rte que tr az gu ardad o no f undo do s eu co ração. Tem que usar fi os de
co ntas de Orix á. Poss ui um Egun e t em que ver o que e ste Egun deseja. Tem
que ter cui dado com o que come e onde c o me. Tem que oferecer dois
pombos à sua c abeça. Quan do s e s entir em apur os deve sair e per manecer
algum tempo numa praça. Se fo r homem, é atrapalhado e desordenad o em s
uas co isas e po r este motiv o não é muito bem vi sto. Se f or mulher , é
relaxada em relação a s i mesma. Precisa ter um companheiro, marido o u

amante, pois s oz inha não é nada. I T AN DE OKARANFUN C erto hom em,


cansado de viver na mais profunda mis éria, reso lveu dar fi m à própria vid a.
Levado po r sua mulher; foi co nsultar Ifá e na co nsulta surgi u Okanranfun. O
adivinho perguntou quanto dinheiro possuía e, sabendo que o homem t inha
apenas t rês centa vos no s bolso s, fez -lhe um ebó co m as moedas e
mandou-o em bora co m ordem de voltar dentro de c inco dias. Ci nco dias
depois o ho mem voltou e de sta vez já possuía cinco centavos, no vament e
o adivi nho passo u-lhe as moedas no co rp o e mandou- o embora com o rdem
de retornar dentro de uma s emana. Sete dias depois o ho mem volto u e desta
vez trazia nos bolso s a importância d e se te centavos . O ad ivinho repetiu o
ebó e a partir de então a fo rtuna do ho mem cresc eu gradat ivamente e ele
nunca mais sentiu vo ntade de mo rrer. Página 474 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E XIII I I II II I I I I OT URA


MEJI REZA DE OT URA MEJI Kerenxele agbo nipapo, lo dafun Inle nipapo, ge re,
gere, nipap o lorubo gere gere nipapo ki te joro lo dafun o sukun adifun nibet i
un kagb alori. P eronxele agbo nipapo lodaf un keker e papo lapo papo lorubo

kekere Orunmilá l ofo unt ori bogbo tenijé lorubo . Axé kund ifá imóle adifafun
boni s uku. Otura Meji é o décimo terceir o Odu na o rdem de c hegada de Ifá,
sendo co nhecid o também co mo O tuwa entr e o s nagôs, termo que, em
yorubá , s ignifica: "Tu estás de vo lta". Entre o s f on é co nhecid o como "Tula
Meji" ou "Otula M eji". O termo "otura" em yo ruba, evo ca a idéia de se parar,
apartar e outro no me pelo qual é muit o co nhecido , é "Alafia". S endo
cons iderado co mo o mestr e das língu as, es te Odu ind ica quan do alguém
tem duas p al avras e as pess oas para q uem aparece numa co nsulta
cos tuma ser muito faladoras . Segund o os ensinament os de Ifá, é fi lho de
Aiãní e Te né, e repres enta a metade do co rpo do inimigo. Signifi ca
renascimento e evo ca a idéia de desunião , o c ativeiro na Terra e a felicid ade
no Céu. Aq ui nasceram as raças humanas, co m exceção da raça negra, a
cegue ira, a mendicância, as disputas, a igualdade, a fraterni dade, a artil haria,
o f uzi l, o chumbo , as aves cano ras, o s legumes, o bramido do mar, o hábito

dos humanos u sarem r oupas e, principalmente, os muçulma nos, povo do


qual os haussás são um segmento . A s suas co res pr eferid as são o branco
e o azul, embo ra aceit e todas as o utras. N este caminho f alam Obat alá,
Elegbar a, O duduwa, Aje Xaluga, O runmil á e X angô. S uas f olh as ritualísticas
são ewe eréen (Acacia f arn) e e we egbo (Arrebenta cavalo ). Página 475 de 633

Dice Ifá As int erdições que imp õe aos seus filhos s ão: Car ne de co elho, de
porco, de galo, de tar t aruga, mil ho assado, inha me pila do, po lvo, faze r uso
de tabaco , ingerir bebidas alco ólicas e po rtar qual quer ti po de arma branca.
Os ho mens não po dem and ar com a c amisa fo ra das calças. A s pess oas
deste signo nã o devem agir d e fo rma destemida, é co m inteligência e calma
que der rotam seus inim igos. Têm que dar esmo las gener os as, s ó as sim
alcança a riqueza. Assinala abandono e descuido. Ensina que os mortos
trabalha m de noite. E ste Odu ensina aos homens os poderes e o s s egredos
das raízes e dos r amos das árvores. Determina os passos da humanidade
so bre a Terra . Foi neste camin ho que o homem do minou a todos o s
animais, sendo então dec larado po r eles, rei e s enho r da criação. É um Odu

de vida curt a, no entanto rece be o título de Pai da Vid a. Ens ina que Obatalá
nunca deix a seus filhos sem aliment ação. Quando traz Oso gbo Ik ú, a pes so
a para quem sair não e scapa da mo rte. Aqui, de t antas decepçõ es s ofridas, o
co rpo cami nha sem alma. A ssinala pur ez a de sentiment os , elevação
espir itual e mater ial, co nqui st a de alta s po sições , a cólera dos homens,
sofrimento por viver-se entre feras, lucro s obtidos em viagens e morte
prematur a oc asio nada por doença repentina. Este é o O du da sabedo ria, das
saudações e das reverênci as. É o O du que es tá mai s próximo de Olo fin, mas
deixand o-se levar pelo o rgulho e pela vaid ade, co nverteu-se num mes tre do
qual; t odo s têm no jo. Este é o signo do caranguejo que po r preferir viver nos
pântanos para isolar- se de to dos , perdeu o se xto sentido. Ad quiriu o
conhec iment o do bem e do mal e por i sto s eus filhos nunca podem
permanecer em oso gbo. Seus fi lhos são viol ent os , de mal g ênio e não
admitem ser co ntesta dos por se co nsider arem donos da ver da de e do

sabe r. Página 476 de 633

Dice Ifá São extremamente capricho so s e dificilmente chegam a se cas ar


e, quando o faze m, a união tend e a durar mui to po uco, pois entedia m-se
co m facilidad e de seus parceir o s , já que nad a os agrada ou s atisfaz . Mudam
de o pinião co m muit a facili dade, da mesm a f orma co mo se muda de roupa.
As bebid as alcoó licas po dem levá -los à destr uição. Sof rem d o es tômago e
da cabeça e se us nervos são muito frágeis. D isse Ifá: " Agradeça o bem que
lhe f aze m e nunca se esqueça de quem o ajudou". A p esso a é perseguid a
por Obatalá. Obt erá uma fo rtuna que lhe trar á problemas c om a justiça. Tem
que ter mui to cuidad o c om roubo s . Não pode co locar as mãos s obre a
cabeça. O fo go é um perig o co nstant e. Não deve guard ar objet os de
ninguém em sua cas a para não s e ver envolvid a co m a lei. Está em boas
condições , é filha de Odud uwa, mas Xangô funciona co mo s e fo sse s eu
verdad eiro pai. A ss inala gr ande proteção de Xangô . Tem muita so rte em
todas as co isas, meno s no amor. Nest e cam inho a deso bediência se paga
co m a morte. E xú leva duas facas para ass egurar duas so rtes que es tão no

caminho . Caminho de Orix ao ko. Coloca-se no telhado da casa uma c abaça


com ekó e ewe dund un embru lhada co m pano vermelho. Despacha- se no
sétimo dia. Ne ste c aminho O runmil á fo i perseguido por se us inimigos. Aqui
os homens brancos rece bera m Ifá pr imeiro que os negros . A pesso a tem
que fazer ebó para que os obstáculos de s eu caminho desapareçam. Os
problemas são resolvi dos por quem é mais infeli z, da mesm a fo rma que
Olofin, que é mais po deroso que Orunmilá, t eve que reco rrer a ele para r
eso lver seus problemas. N este Odu nasceu o Nanga reo antes de se
realizarem as ce rimô nias de itá. Pági na 477 de 633

Dice Ifá Aqui foi criada a K afana mo fo jú - esta ce rimô nia nasceu e ntre o s
aramelé, que não cultua vam nem acreditav am em O rixá. Os Awo deste s igno
têm que faz er um tr abalho para neut ral izar o mal que as mulheres lhes
oc asio nam naturalmente. TR ABALHO PARA EVIT AR O MAL INERENT E DAS

MULHERES Faz-se um bo neco de pano f orrad o co m a varredura da casa do


Awo, s uas unhas e um pouco do s seus c abelos, co loca -se numa caixa
fo rrada com panos de sete co res di ferentes e enterr a-se tudo no s pés de um
iroko. SEGURANÇA EM OT URA MEJI Pega-se um pedaço de galho de o rudan
(Pitheco lobium arborem. L . Urb.), retir a-se a cas ca e fo rra-se todo co m
co ntas do Orixá d a pess oa . Na pon ta de bai xo prende-se um saquinho de
pano nas co res do Orix á, dentr o do qual coloc a-se pó de cabeça de peru , de
etú, de eiyelé, de aparo, de ajapá, de coruja, iyefá rezado e 21 folhas fortes.
Na par te de cima coloca-se o utro saqui nho co m cinco penas de a ves
diferent es, pó de peru, de etú, de e iyelé, de aparo, de galo, e um c hocalho de
cas cavel. EXÚ A WALA BOMA Corta- se um toc o de iroko, prende- se co m
mass a dentr o de um alguida r co m os seguintes ingredientes: Bejerekun, obí,
os un, pó de ekú, pó de ejá, epô, milho torr ado, o ri, efun, mel, li malha de
vários metais, otí e iyefá r ez ado co m o signo da pesso a e iyefá r ezado com
Otura Meji. Depois de emassado, colocam-se duas faquinhas no alto da
cabeça, dois búzios no lugar dos o lhos e c ontas vermel has e pret as
fo rmando a bo ca. Na base, prend em-se na madei ra, 21 bú zios em fo rma de

co lar. Este Elegbar a che gou à Te rra ao cair da noite, num pé de Ceiba. Página
478 de 633

Dice Ifá I I I II I I I I OT URAGB E OT URANIKO

REZA DE OT URAGBE Oturanik o liko ikorewá, liko ikobié kos i, adifafun


Daduro, abo ati otí elebó . Oturaniko oriko lowó obanxé aiye Aw o Kotanxé eni
rewé a fefelorun Orixaoko ayé ewe adobale moforibale jikotun, moforibale
yekosi Axé Olorun kokoibere odogan afefe etú afefe lorun Orixaoko. Este Odu
é fil ho de O tura e Ogbe. Assina la, nas pesso as de luz, o poder de fazer o
mal. Fala de evolução es piritual. Tanto o bem quanto o mal repr ese ntam
ameaças para a pessoa. Ordena que se preparem tudo com antecedência e
em tempo hábil. Este signo não admite demo ras. Aqui nasce u o mo vimento
agitado do mar. T raz no tícias de Kutume, a terr a dos mo rtos. Este Odu é

capataz de Egun. É signo de vida e de mo rte. Aqui nas ceu o ebó que se f az
com o auxílio do opo nifá. Nasceu o sistema ner voso dos o rganismos viv os .
Neste c aminho O runmilá viveu na terr a Ijexá. Proíbe seus filhos de co merem
os a n (Chr yso phyllum cain ito), sapo tí e polvo. A s pes so as deste Odu não
podem matar inse tos. É o signo da obediência. Quando surge osogbo Ikú
por es te caminho, é muito difícil q u e haja salvação . Ass inala pr oblemas da
garganta, co luna ver tebral , sistema nervos o, co ração e press ão arteri al.
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Dice Ifá Fala d as raças humanas. A pesso a co nvive co m pesso as de uma


raça di ferente da sua. N este s igno a pes so a tem que asse ntar Oduduwa para
preservar sua saúde. Fala de alg uém, provavelmente um parente, que
morreu enfo rcado. Fala d e pess oa educad a co m re li gioso s o u num
convento. É um Od u de fastios, de so lidão, a pesso a acaba só e até os fi
lhos a aband onam. Se a pesso a fo r obedient e; s e respeit ar e seguir
co rretamente o s preceito s religi oso s; viverá até a mais adiant ada idad e.
Neste Odu, se o filho ch o ra no ventr e de sua mãe, nascerá com uma

dotação muito e special. Manda tomar ba nhos co m ewe kar odo . A pesso a é
ladina, teimos a, ego ísta e dominadora. Pensa demais e s empre inter preta d e
fo rma errada o que lhe dizem . Os filhos deste Odu não podem viver n a
co mpanhia de fi lhos de Iyemanjá. Não devem fi car olhando-se muito tempo
no e spelho porque podem ver a imagem de Ik ú. Não po dem maldi zer-se.
Devem ter mui to cuidado ao entrarem em lugares proibidos e em po usadas.
A pesso a tem que ter mui to cuidado para não s e envo lver numa tr agédia com
mais dois ho mens . É vista e tr atada co m falsid ade por pesso as de duas
caras. Corr e o risco de ter que se s ubmeter a uma cirur g ia abdominal. Deve
examinar co m muita atenção qualquer documento antes de ass iná-lo, e s te
Odu assinala ri sco de co ntratos prejudiciai s e che ios de armad ilhas. Tem
que ter mui to cuidado para que outros não venham a desf rutar do seu
trabalho. Este si gno determina que sempre que se c omprar uma vasso ura
nova, antes de varrer o c hão , deve-se varr er a cama e os mo veis de casa para

despojá- las de t odo o mal. É o s igno do s co legiais. A pesso a se criou co m


outras crianças, vive perto de um co légio o u d e uma creche. Disse Ifá: " A
sabedo ria é a maior riq uez a de um Babalaw o". Página 480 de 633

Dice Ifá Po r este caminho o grande poder do Aw o é s aber como espantar a


mo rte para poupar a vi da de uma pess oa. Aqui a mo rte se apresenta co mo
um esquelet o ou s imples so mb ra e é por ist o que as pesso a se desfig uram
depois que mo rrem. Neste Odu Oxun esco ndia seu dinheir o debaixo de um
pé de ewe asan (C hrysophyllum cainit o), e Xangô es co ndia, no mes mo lugar ,
o seu teso uro que er a compo sto de erú e orogbo. Por este mo t ivo, para
ass egurar a so rte e a fo rtuna, nunca devem faltar no igbá de Xangô, o rogbo ,
bejerekun e fo lhas de ewe asan. C olo ca-se um ramo de ewe asan preso atrás
da po r ta de casa. Colo ca-se uma garrafa de aguard ente para Orunmilá, uma
para Elegbar a e o utra para Ogun. Quando se e nco ntra este Odu co loc a-se
uma cabaça co m cachaça, mel e um ovo de gali nha atrás da porta.
Ofe rece-se imediatamente um cabri to a Elegbar a . Quando surge es te signo
num at ê, s opra- se um po uco de aguar dente no s quatr o cant os do o pon e um

pouco na port a da rua. Colocam-se doces nos quatro cantos da cas a para
que as fo rmigas venham comer e tra gam boa so rte co m elas. Quan do es te
Odu surge numa cerimônia de entr ada, faz -se um ebó co m a so mbra da
pesso a inter essada, o ferecendo-l he três algui dares, um co m dendê, o utro
com água e o tercei ro co m um pouco de sangue de boi peg o num
mata douro. C olo ca-se para Ogun uma cabaça co m água, uma c o m o tí e
outra com mel. Ri sca-se o Odu no c hão e salpi ca-se, por cima, água ,
aguard ent e e mel. AXÉ D E SEGURANÇA P ARA AS PESS OAS DEST E ODU
Pega-se um alguid ar pequeno e ma rca-se dentro o s s ignos de O xetura,
Oturagb e e Oturax e. Sacrifi ca-se um frango j unto co m Elegbara e
colo cam-se dentr o sete grãos de milho, sete f ormig as pret as, s ete gr ãos de
ataré e um pouc o de raspa de casc o de cavalo . Emass a-se e deixa- se ao l
ado de El egbar a. To dos o s ano s se of erece um frang o para ser comido
junto co m El egbara. Página 481 de 633

Dice Ifá

II I II II II I II I OTURAYEKU REZA DE OTURAYEKU Oturayeku malu awoniká


adifafun O niká ak ukó lebó aguiubó abure kokó o go, adifafun Aki umbati nló
lowo balá ayelegun lebó agutan iyelé, etú lebó . Este Odu é filho de O tura e
Oyeku. Fal a de uma as so mbração. M anda-se o co nsulente muda r de lugar
porqu e o morto está próxi mo dele. A p esso a tem que coz inha r, co m suas
própr i as mão s, arroz c om leite e o ferec er a Babá Egun. Aqui nasce u o po der
diabólico de Exú e , para r eiterá- lo, o ferece -se a Exú um pom bo preto para
come r junto com o Espírito Mal igno. Nasceu o apodr ecimento dos os so s.
Tem-se que as sentar Azawani e Oduduwa. A pesso a, para t er suces so na
vida, tem que praticar a brux aria, mas nunc a po derá a bandoná-la so b pena de
mo rrer. Neste Odu nas ceu Obatalá Oxanile. A qui o Diabo quis v iver na Te rra.
A pessoa s of re de enj ôo s e es tá enfr aqueci da, tem que fazer ebó s entad a
num banco . Fo i neste Odu que L ucifer tentou Jes us Cristo mo strando-l he, do
alto de uma montanha, t odo s o s reinos deste mundo. Aq ui nasceu o culto ao

Dia bo, o nd e ele funciona co mo Espírito Protetor d e seus seguid ores. O


segredo deste Odu é usar -se um crucifixo pendurado ao pescoço. Quando
sai em o polé manda-se o cliente mudar de lugar, po is um Egun está perto
dele. É signo de acidentes na estrada. P ágina 482 de 633

Dice Ifá Al guém da família da pesso a irá sof rer uma d es graça. As mulheres
deste Odu vivem de fo rm a desordenada. Per dem-se ainda mui to jo vens e,
para salv ar as aparências, prat icam inúmeros abo rtos . Signo de vícios e
corrup ção. Quando a pesso a deste sign o vive o s eu o so gbo, é perseguid a
por Exú q ue a cas tiga atrapalhando toda a sua vida. Exú cos tuma fa z er com
que a pessoa e ncontre um cão feroz na rua e usando de seus poderes, ati ça
o anim al contra a pesso a, provocando-l he fe rimentos que c ustam mui to a
sarar. O Aw o deste s igno tem que e nterrar um axé de segurança no bairro em
que vi ve e outro idênt ico dentro de sua cas a. Os Axés s ão preparados

dentro de panelas de barr o o nde se co loca: Um pedaço de madeira de i roko,


um de akokô, um de amendo eira, quat ro pedrinhas r eco lhidas em quatro
esquina s, uma pedri nha reco lhida dent ro do mato, pelos e o sso s de f elinos ,
uma aranha caranguejeir a, um esc orpião, um casc o de c aramuj o do m ar, um
o lho de gato, um de cacho rro, um de ajap á, um de apar o, cabeça de gal o e
suas vísceras, cabeça de c oruja e suas vísceras, um marimb ondo, raspa de
chifre de veado, terra do meio da linha férrea, espinho s de o uriço caixeir o,
três ikins, obí, o rogbo , iye fá co nsagrado do s igno Oturayeku, um edu-ará e
tabatinga. Mon ta-se c om a f orma de um a cabeç a humana, acres centam-se
três c ravos de po rta em cada um deles, sac rifica-se um ajapá, um ekú e um
galo de pesc oç o pelado. C om o s axés dos bichos sacrifi cados e um p
edacin ho de cada uma das madeir as acima relaci onadas, c onf ecciona-se
um patuá de b olso para andar sem pre com a pes so a. Depo is de
sacrificados os animais, enterrase as s eguranças, uma num lugar qual quer
distant e de casa e a outra no quintal. Pág ina 483 de 633

Dice Ifá II I I II I I II I OT URAIWORI OT URAPOMPEJÓ R EZA DE OT URAIWORI

Oturai wori ad ifafun Iyami Aj é, Iyemanjá o fó Orixá imole o rubo, Babá O lo kun
fimideregbé, Egun Olona O kun Mayewa lelé of o leri, o fo eledá. K aferef un
Olokun, lo dafun O runmilá. Este Odu é filho de Otura e Iwori. Indica que a
pesso a tem p roblema s co m a memóri a, com as vistas e com o estômago.
Proíbe co mer ovos e carne de porco. Pr oíbe envolver -se e m discuss ões e
passear na praça. A pessoa é teimosa, desobediente e fanfarrona. Pela
deso bediência se perderá e so mente Orunmilá poderá salvá- la. Cons idera-se
muito poderosa e abusa dos mais f raco s que um dia, em co njunto, lhe dar ão
o que f az po r merecer . Este Odu fala de uma rainha q ue, depo is de
destr onada, fo i reco locada em seu tr o no po r vontade do povo. Se a c asa da
pesso a fo i destr uída pelos c iúmes e pela incomp reensão, s e acaso volta r a
viver com seu cô njuge, deve fazê -lo em o utra casa e longe d as pess oas que
co ntribuíram para sua ruína. Neste caminho Elegbar a se co nsagrou no r io.
Elegbar a pos suía um peixe e of ereceu-o a O baluaye par a que o livrasse da

sarna . A pessoa pode sofrer de erupções cutâneas. Tem que cuidar de


Obaluaye. Oferecem-se c inco pombo s marrons a Oxun para afas tar Ikú. Tem
que abrir as torneiras e deixar q ue a água corra em quantidade. Página 484
de 633

Dice Ifá Quando a Awo encontra este Odu numa co nsult a para si mes mo,
tem q ue pegar seu id efá, passar no o pon faz endo as rezas e espalhar o
iyerof á pelo chão de casa. Quand o sa i este s igno em atefá, mo dela -se uma
cabeça de tab atinga, colo ca-se no chão, rega -se c om omieró de ewe ayo
(guacalote) e co loca-se uma pena de eko didé em cima. Essa cabeça e as
fo lhas de ewe ayo são entregues ao Awo para que faça se u primeiro ebó.
T RABALHO PARA QUE A PESSO A NÃO SEJA PREC IPIT ADA Faz -se e bó c om
um galo, um galho de ewe jamo (Flor do mangue - Canopus e recta) e
alafavaca graúd a, depois do ebó , o galh o de ewe jamo deve s er pendur ado
atrás da porta d a pess oa. EBO PARA AS VIST AS Cinco po mbos marrons ,
cinco c abaças pequenas, o bí, areia d e rio. Sacri ficam-se os pombos e
colo ca-se uma cabeça em cada cab aça. Os co rpos são despachad os e as

cinco cabaças são deixadas em casa, uma dela s se enche co m água d e rio e
se sa lpica esta água nos cantos da casa e na porta de entr ada. Depois
disto, despac hamse as cinco cabaças nas águas de um ri o. Página 48 5 de
633

Dice Ifá I I II II II I I I OT URADI REZA DE O T URADI Oturadí adifafun Elegbara


Abeyali ni, Inl e O mo de Os ain abayebe Awo Iyá ni Osain mo wani Elegbara
unbiwasije Awo Ifá Moya re Os ain Ajap á lebó . Este é o Odu filho de Otura e
Odi. Aqui nasce u Elegbar a co mo dono da vontade. É um O du de tr aiçõe s,
onde as pess oas co nfirmam seus s egred os a outra s que, de fo rma traiçoe
ira os tornam públi co s. O home m revela segredo s em troca das ca rícias de
uma mulher . A mulher para ser feliz o u por capricho dos filhos entrega- se a
um homem por pu ro inter esse . Proíbe o co nsumo de piment a para não
causar d ano ao sangue. N ão se c ome co midas muito salgad as. Quand o este

signo s urge, pr enuncia chuvas e trovo adas po r um espaço de sete dias. A


pess oa tem que t er muit o c uidado c om uma mulher que po de mudar por
completo, e de fo rma d esfavo rável, o curso de s ua vid a. Deve cuidar c o m
muita at enção da próstata, pri ncipalmente se urina co m demasiada
freqüência. C orre o ri sco de ser tomada po r um Ori xá, de fo rma inespe rada,
no deco rrer de uma fe stividad e. A qui os Ibeji derr otaram o Diabo. A p ess oa
não po de faze r esfo rços f ísicos po rque t em tendênci as a enf artar. Não
pode fi xar o olhar nos olhos de outras pesso as. Tem qu e assentar Odu duwa
par a que seus impulsos sejam refr eados. Este Odu é o caminh o do s
trovõe s, s empre que apar ece troveja antes de deco rrerem sete dias. I fá
manda que a p ess oa tome mais banho s. Pági na 486 de 633

Dice Ifá A pess oa adora fi car na cama. Tem três fi lhos que têm chagas o u
perebas no corpo. Têm que faz er ebó. Se vier em oso gbo signifi ca que a
pesso a que se co nsult a pode mo rre r em sete dias. Quan do s urge este Odu,
pergunt a-se se Orunmilá d á autorização para se f a ze r ebó para o
cons ulent e. Se houver per missão, depo is do ebó , o oficiante t em que of e

recer um po mbo preto à Ajé para reti rar dele toda a resma que ficou. Para
of erecer o pombo a Ajé, descr eve-se um cír culo no chão , co loca-se no meio
do círcul o um algu idar c o m o signo de Oturad í riscado no fundo, c olo ca-se
dentro do alguid ar um carv ão veget al em br asa, ac ende-se uma vela ao lado,
so pra-se e m cima um pouco de aguar dente , reza-se Ogundafun, Ireteyero,
Oturaniko os dezess eis M eji, sacrifi ca-se o pomb o e se diz: Odo lofun,
odo lowa k e bo gbo araj é o fo tokun l eri. Colo ca-se, em Orunmi lá, sete bolo s
de carne bo vina com pó de ekú, pó de ejá e f arinha d e milho. Deixa- se durant
e sete dias e depois se despacha no rio com s ete moedas. Oferecem- se
dois f rango s de leite a I beji. Depois prepara- se um arroz de frango co m os
animais sacrifi c ados que deve ser co mido so mente por crianças. Pági na
487 de 633

Dice Ifá I I I II II I II I OT URAROS UN OT URAROSO MUN REZA DE OT URAROS UN

Oturar os om un adaw á diros un o yerawo o deyasi malalux ero. Biw o e sé b urukú


Olorun o jú ri wón. Este Odu é fi lho de O tura e Irosun. Di ss e Ifá: Os o lhos de
Deus retêm o mal que lhe fa ze m. A pess oa não deve es perar nenhum crédito
relat ivo a qualquer bom ato que tenha prat icado. Só terá reco nhecimento
diante de Olo run, Orunmil á, o s Orixás e o s Eguns, além d e s ua própri a
co nsc iência. Orunmil á ordena: Faz o bem sem o lhar a quem. Aqui nasce ram
os haréns, a lei d o Alco rão que dá ao ho mem o direito de po ssuir vá rias
espo sas, a polig am ia. É um Odu de possuir mui tos cô njuges não
importan do s e é ho mem o u mulher . Neste cam inh o não s e o ferece
sacri fícios de sangue, só os adimús são permitidos . Nos ebó s deste signo
não s e sac rificam animais. Neste caminho a salvação vem atr avés de
Oduduwa. As pessoas têm as pernas enfraquecidas e cansadas. Tem que
assentar Omolú. J á teve di versas crenças o u passo u pelas mãos de vár ios
pais ou mães de Santo . Tem que us ar pulseiras e fi o de c ontas de O batalá.
Tem que cuidar mui to do sangue, das vias respirat órias e evitar picadas de
mos quitos. Seus inimigos co locam feitiços diant e de sua cas a o u bem pr óxi
mo dela. Os fi lhos deste Odu não po dem deitar -se ou s entar-se no chão . Não

podem us ar nad a que tenha sido roubado, quer seja em s eus c orpos, quer
seja em s uas cas as. Página 4 88 de 633

Dice Ifá Sua s filhas, enquanto viverem em sua co mpanhia, jamai s po derão
usar r oupas c or de rosa. Tem que usar , co mo amuleto, uma mo eda
prepar ada. Tem que ter uma medalha c o mo pro teção . Atenção co m
acid entes em casa ou na rua. Tem que fazer ebó com muita co nstânci a e
despachá- los em lugar es o nde os seus inimigos poss am vê- los, para que
fiquem ass us tados. Tem que ass entar Odud uwa. Colo car um saquinho co m
fo lhas de fi gueira d o inferno atrás da po rta de cas a. Com o mariwo da
corti na usada num at efá, o dono des te signo f az uma co roa na medid a de
sua cabeça e a co loca em cima de seu Ifá. Osun t em que fi car ao lado da
pess oa. O Awo deste Odu tem que levar um pedacinho de ga lho de mo ruro
(Psycho tria brownel A. Rich. ) em cada uma de s uas mão s de Ifá. O Awo deste

signo não pode praticar sexo oral par a não perder seu Axé. O segredo deste
Odu é que todas as vez es que s eus fi lhos fizerem ebó, têm que tomar ban ho
de aberi kunló, afo man e ewe ekisan. Têm que tomar borí co m dois po mbos
bra nco s ao s pés de Oxun. Devem la var a cabeça com ewe eki san, afo man,
fo lhas de inhame e farinha de inhame. Oferece-se uma galinha ar repiad a à
Oiyá e co m suas vísce ras limpa -se o ventre e o peito da pesso a. A galinha é
arriada diante de Oiyá e depois des pac hada, junto co m as vísce ras bem
regadas de dendê, dentro de um c emitéri o. Página 489 de 633

Dice Ifá II I II II I I I I OT URAWON RIN REZA DE OT URAWON RIN Otuwon rin


Awolé Awoxo lolo Awo Olele. Alak etu Oni o wayé adifafun Olo fin, Exú, Exú Bi.
Este Odu é fi lho de O tura e Owó nrin. Aqui nasceu o luto familiar e o co stume
de vela r em-se o s defunto s. Fala do veículo as tral de co municação entre as
crianças e o s mo rtos . Nasceu o poder d a vida que faz co m que as pesso as
vivam por muitos anos sobre a terra. A cabeça, neste caminho, se lava com
fo lhas de algodoeir o. Tem que se co lo car uma co rneta em Exú. Ensin a que
nos borí, as part es vitais do co rpo têm que ser toc adas. Fala de seqüelas

provoc adas por fratur as nas pernas. Aq ui se faz rogação para as pernas
com duas velas, aos pés de Obatalá. Aqui nasceram as pernas com a
finalidade de sus tentar em o co rpo. Nasceram as ró tulas e o líquid o s eno vial.
Existe um Egun q u e pode provocar na pess oa, inversão s exual . Faz- se ebó
no mato para despac har o Egun e q uando terminar o e bó, espalha-se alpiste
no lo cal par a que o Egun se desape gue por co mpleto. Par a reso lver
problemas de difícil solução, coloca-se em Elegbara um pe daço de bambu
ou de cana brava. A ss inala a pr ese nça de Abík ú. A pess oa tem que lavar a c
abeça co m fo lhas de I fá. Assin ala q ue a pess oa e stá imp lorand o aos Santos
por di nheiro , um ho mem o u uma mulher que se fo i. A pesso a deseja mudar
seu mo do de vida. E gu n se mpre fala por es te Odu. Pági na 490 de 633
Dice Ifá S acrificam-se duas co dornas a Obatalá. M ande que a pess oa se
junte c om o s mais vel ho s para obter sucesso na vida. Co nta que certo rei

que pos suía tr ês filho s, mo rreu se m deixar testamento . O filho mais velho f oi
chamado, mas não so ube in fo rmar o lo cal exat o o nde seu falecid o pai
guardava o tesouro, por este mo tivo fo i expulso do palácio. O fi lho do meio,
por tam bém desco nhecer o parad eiro do teso uro fo i levad o ao mato e ali
amarrado ao tronco de uma ár vore. O mai s no vo dos três, vendo o que
haviam feito ao s s eus irmãos, co rreu a c ons ultar Ifá, e na co nsult a surgi u
Oturaw onr in e Orunmilá então lhe disse: - ªVá par a casa e evite contato c om
pesso as jovens. A comp anhe e o bserv e os velhos e, no local onde vi r um
ancião tocar a ter ra com se u bastão , ali está enter rado o tesouro do
falecid o reiº. Desta fo rma, o mais novo dos filhos pode loc alizar, co m a
ajuda de Orunmi lá, o tesouro tão co biçad o por todos . O Exú d este Odu é
Ararikoko. É mo delado e m tabati nga dentro de um alguidar e lava na s ua
carga: 21 penas de di ferentes pás saros , incluind o-se aí a do ekodidé,
miçang as de tod as as co res, cabeça de gav ião, pó de casca de ovo de
galinha , pó de casca de o vo de po mb a, pó de c hifre de bo i, agul has, iyefá
rezado de O turawonrin, obí, orogbo, ouro, prata , azo ugue, bejer ekun, o sun,
sete diferentes tipos de madeir as de árvores s agradas (pergunt a-se no jogo ),

se te fo lhas sagr adas (p ergunta -se no jogo), tr ês búzios e três pedaços de


aze viche. Pági na 491 de 633

Dice Ifá I I II II II I II I OT URABARA R EZA DE OT URABARA O turabara,


Oturamuni, Iyá woloni I fá lowa lewá xilekun ariku Baba wá. Este Odu é filho de
Otur a e Obara. Nes te Odu nasceu Averekete, também chamado Ho ula ou
Xomafo . Colo ca-se e m Omo lú uma beng ala com uma cabeça de cavalo
entalhada na empu nhadur a. Fala de Eguns que vivem em pântano s e
lodaçais. Aq ui nasceu a fe itiçaria feit a por int ermédio de nego ciaçõ es c om
Eguns. A qui procura-se f aze r aliança co m o mais frac o para derrotar o mais
fo rte. Foi nes te caminho que Exú L aboni to co u pela pr imeira vez na porta dos
Orix ás. Fo i neste cam inho que teve inicio a guerra entr e Os ain e Obaluaye.
Os Okpeles dos adiv inhos deste signo são co nfeccio nados co m madei ra de
iroko e co me etú co m Xangô e Azawa ni. Uma vez por ano tem qu e se r levado

ao rio e al i come um a galinha junto co m Oxun so b o s igno de Oxe Meji . Fala


de um adi vinho m uito feio ao qual Xangô, po r inveja, mandou que o ajapá
come sse o s testí culos. Neste c ami nho faz -se ebó co m uma ci nta bem
apertad a. Este Odu as sinala sadismo . Foi neste cam inho que pegaram um
cavalo e amarrar am num pau bem l onge de todos para que m orresse de
fo me e de s ede. A p ess oa para q uem s aia tem que ter muit o cuidado par a
não s er esc oice ada por animais quad rúpedes. Tem que ass entar E legbar a.
Para recupe rar a saúde o único c aminho é através do s Orixás. Tem que
faze r ebó de li mpeza co m ori, efun , carne de v aca, peix e, milh o seco e mel,
despachar no mato em no me de Oduduwa e Omo lú. Página 49 2 de 633

Dice Ifá O ho mem que anda deses perado em busc a de mulher pode to par
com o Diabo o u co m qu alq uer coisa ruim qu e anda vaga ndo s em rumo. O
filho da pesso a diz co isas incomp reensív eis, mas que s ão revelações de
sua s abedoria latente. E sta criança tem que f aze r Ifá e tornar- se Babalaw o.
Pos sui muito Axé na boc a. Neste signo nas ceu Exú L aboni, resul tado da
união de Obatalá co m Oxun. A qui nasceram os ikins de quatr o olho s, Axé que

Oba talá deu aos seus filhos . SEGREDO DO OKPEL E DE OT URABARA O


okpele do Aw o de Otur abara pode se r feit o de ca scas de co co, de ikins
co rtados ou de madeira d e iroko, s endo e ste últi mo o prefer id o. É lavado
com omieró de erva s de Xangô e de Obaluaye e come etú junto co m estes
Orixás . Uma vez po r ano tem que ser levad o a um rio e ali se lhe of erece uma
gali nha p ara q ue co ma junt o co m Oxun co m todos os demai s ingr edient es
exigidos pelo Orix á, para q ue afaste as doenças e todo s o s males da vida do
Awo. Quando fo r comer a gal i nha, deve ser ar rumado no chão c om as
co nchas em po sição de Oxe M eji. Página 49 3 de 633

Dice Ifá II I II II II I I I OT URAKANRAN O T URAT IKU REZ A DE OT URAKANRAN


Oturatiku leri Awo monanã abelulojé birá ború Ikú awele. Este Odu é filho de
Otura e Okanr an. Quando surge numa co nsulta abr e-se e f echa-se po r três
vezes a porta de casa e as três pri meiras pess oas que chegar em tem que

faz er ebó. O pr imeiro que e ntrar em casa tem que ser li mpo c om um po mbo,
otí e epô que se des pacha num matagal. Assinala o início da ce rimô nia de
Olofin. Quando sai para alg uém muit o velho as sinala morte repentina. As
pess oas deste Odu não podem viver com f ilho s de Xangô . Para livrar-se da
mo rte o Awo tem que asse ntar, muito rapid amente, O sain e Odé. Nes te
caminh o, as mães não acred itavam em Ol ofin e nem ouvia m os co nselh os
de seus próprios fil hos e, po r este motivo, mo rriam jovens e deixav am o s
filhos órfãos e desamparados. Assinala morte precoce para quem se
cons ulta. A pesso a tem I kú nas cos tas e por isso abre-se e fecha-se a porta
três ve ze s s eguidas para q ue Ikú vá embora. A pess oa tem tendênc ias a se
resfriar co m exces siva facilid ade, po r este m otivo não deve andar descalça
nem se expor à friagem. Para evitar doenças no estômago, sua comida deve
ser muito bem cozida. Obatalá diz que ninguém pode comer mais com seu d
inheir o que ele próprio. A pess oa deve cuidar d e Obatalá para usufruir de uma
grand e graça. Já penso u em ac abar com a própri a vida. Tem uma so mbra às
suas cos tas. Cuidado c o m uma cri ança que não dorme bem e é so nâmbul a.
Página 494 de 633

Dice Ifá

Existem atrapal haçõ es e m casa. Te m que faz er uma li mpez a para evi tar os
atraso s. Uma pesso a que vi ve de fo rma ilegal l he fará um co nvite. A pess oa
tem que agir com mu ita cautela, po is trata-se de gente de duas caras. Fala
de quatr o filhos da mesm a mãe e de pais diferentes. A mulher t em uma
mágoa do marid o e não se c onf orma co m a m aneir a co mo vivem. Ifá afirma
que são pesso as de idad es muito diferentes e que alguém dá maus
cons elhos à mulher p ara provocar a se paração. A pesso a não deve lan çar
maldiçõ es e ne ermiti r que ninguém o faça dentro de s ua casa. Em sua po rta
o bem e o mal estã o parad o s . Tem que fazer ebó para q ue o bem entr e e o
mal se af aste. A pesso a precisa se a limentar melho r porque está debili tada.
Se f or homem po de estar co m problemas de i mpotência . Quan do o

cons ulent e f or embora deve ir por um camin ho diferença do que ve io po rque


Ikú o espe ra na volta. Tem que dominar sua c urios idade e evitar ficar pa rada
nas esquinas. Tem que ser obediente, ouvir conselhos, evitar desentendime
nt os co m mulh eres e o excesso sexual . Tem que fazer I fá, pois s ó Orunmilá
lhe tr ará salvação. Se não pode f aze r Ifá po r falta de dinheir o, deve ass entar
Orunmil á até que as co isas me lhorem. Se f or mulher tem que r ece ber Akofá.
O o so gbo deste Odu é querer -se ter alg u ma co isa que esteja fora do
alcance. Página 495 de 633

Dice Ifá I I I II I I II I OT URAGUN DÁ OT URAIRÁ REZA DE OT URAGUN DÁ


Oturagund á ire ajê T imbelaye, ire ilé Os ain. Otur airá Ogundá ire O gun Ala
gbedé Inl e mo pun, Ogun jé, Ogun jé, O gun jé mo wa Iye Ogun O nire. Orunmil á
Obarabani regun i r e metá ebó axegun o tá lese O gun. Este O du é filho de O tura
e Ogundá. Fo i neste caminho que a mãe de Ogun o criava entre efeminado s.
Foi aqui que cert o Awo f ez o primeir o Axé Osain e po r isto ganho u mui to
dinheir o e mil ajapás. Nem o rei é mais que a pesso a. Prenuncia problemas
de just i ça e o peraçõe s cirúr gicas. Neste Odu Ogun sustentava o mundo

so bre o s o mbros . Dá indicações ara sal vação, es ta é sua missão no mundo


e na vid a. Colo ca-se uma chave de ferro no ass e ntamento de Ogun. Este é
um Odu de espírit as e de grandes videntes. El egbara caminha va po r este
Odu, mas não co nseguia chegar aos pés de Olorun, até que Xang ô lhe
outo rgou es te poder . O Elegbara deste signo leva fo lhas de serralha, edú ar á
e uma mo eda de p r ata. Neste Odu nasceu a separação dos seres humanos
bons do s maus e que os semelhan tes devam per manecer j untos. Os fi lhos
deste Odu são pouco co nsid erados pelos se us semelhant es. Os Aw o deste
Odu devem ser evit ados porqu e roubam a s orte das pess oas que andam em
sua co mpanhi a. A pesso a tem que estar at enta, pois num so nho qu e alguém
lhe ir á co ntar está a sua f elicidad e. Recebe rá a chefi a e o co mando de
alguma c o isa. Página 496 d e 633

Dice Ifá Ass inala a existência de um E gun que faz c om que a pes so a seja

inimiga de sua pró pri a mãe. Para despachar este Egun e s ua má influência, a
pesso a tem q ue faz er ebó, antes d o qual suas roupas são rasgada s no seu
co rpo, tendo que fi car com pletamente nua. D epois do e bó tem que tomar
banho de fo lhas de aberi nkuló. O ebó leva uma franga e três p edaço s de
carne bovina qu e depois de passados no co rpo da pessoa, s ão embrul hados
na s s uas roupas rasgad as, regad os co m bastant e o tí e despachados numa
mata. EXÚ OLOJÓ Entalha- se um bo neco de cedro que leva no seu interior
além das co isas co mun s a todo Exú: Uma p edra colhida numa mat a, fo lha
da fo rtuna, ewe waáki ka ( Spendias me mbis. Gri s), cans anção , ewe e ran
(Sporo bolus . R. Br.), três grãos de milho, três pe daço s d e inhame, três
agulhas vir gens, s ete co ntas verdes, se te contas amarela s, sete grãos de
ataré, uma pena de ekodid é, c arvão vegetal , penas de pesco ço de gal o,
penas de peru, bejerekun, o bí, orogbo e fava de aridan. SEGR EDO DO ODU O
Ogun do Awo des te signo tem que levar 101 ferr amentinhas. Quand o se
tratar de Awof akan ou Ak ofá, leva todas as f errament as em do bro, co m
exceç ão da b igorna e do o fá. Página 4 97 de 633

Dice Ifá II I I II I I I I OT URAS Á

REZA DE OTURASÁ Oturasá impojampô, gueguerê nifá, impojampô Owe


omó Lampé Xangô, Lamp é Olo run sá owo epô okojo ni. Este Amolú é fi lho de
Otura e Osá. Aq ui nasceu o vitiligo , doenç a que provoc a a perda p
igmentação da pele. Nasceu a mumifi cação dos c adáveres. Nasceu o Livro
dos Mortos . A pess o a tem proteção de um Espír ito egípcio. Oferece m-se a
Orunmil á páss aros de plumagens des lumbr ant es. Fala do e quilíbrio do
mundo que fo i obtid o po r Xangô ao dar três vo ltas no glob o terrestre
mo ntado num carneiro míti co . Os filhos deste Odu têm que bo tar em Oiyá
uma másc ara com c ara de leão , um dente e uma garra d este animal. Neste
caminho Yewá destr ui u a terra de Oturasá co m fo lhas de salsa. Oturasá é
muito mentir os o, não c umpre o que promete, po de ser ví tima de adult ério po r
se r muito despreocupado c om tudo. É amald içoad o pelas mulh eres, não

deve viv er com mulher branca e morre ferid o pelas c ostas. Po r causa de
uma pess oa pode perder a vida, o inimigo es tá dentro de sua própria casa e
por ter cabeça ruim acaba sempre recolhido na c asa de terceiros. Este Odu
fala d e fenô menos me teorológicos . Neste caminh o O gun come ajap á e se
of erece inhame a O batalá. 5 5 - O vitiligo ou vitil igem é uma afe cção cutânea
caracteri zada pelo aparecimento de pla cas brancas ce rcadas de ár eas mais
esc uras pr ovo cadas po r má distribuição do pigmento cu tâneo . Página 49 8
de 633

Dice Ifá

A pesso a tem que t om ar banho s co m fo lhas de Obatalá durante três dias


seguid os . Ogun , por este c aminho, tem que ser assentado numa panela de
ferro c om três pés. Este é um Odu de bruxar ias. Aq ui falam tr ês casas : A da
pess oa, a cadeia e a se pultura. Peg a- se um ramo de sálvia, embrul ha-se em
pano branco e se prende atr ás da porta. Ofere ce-se um me lão divid ido ao
meio para Ogun e Iyemanjá. Na metade endereçada a Ogun co lo c a-se pó de

peixe defumado, pó de ekú d efumado, pó de efun e o ri da costa, co loca-se


em cima de Ogun de boca para bai xo e s e co bre com pano branco. A parte de
Iyemanjá é en tregue de boc a para cima coberta com pano vermelho. Para
que o Awo deste Odu não m o rra de fo rma súbit a e precoce tem que fazer
um boneco cujo tamanho s eja correspon dente à distâ ncia exat a de se us
joelho s ao seu co ração . Os braç os e pernas do boneco têm que ser
articulad os e dentr o dele se co loca cabelos do Awo, unhas, roupas s uada s,
c o ração da cabra de Orunmil á, pó de ekú, pó de e já, milho, edun ará
pequeno , pau de ewe mo ro ( cho tia brownet - A. Rich), de goiabeira, iguí yay a
(Ozandra laceo lata. Asw. Benth) , f olha de tabaco , fava de be jerekun, o bí,
oro gbo, raiz de iroko, de iguí w aákika. Este bone co deve permanecer no
quarto de Orunmilá e vestir r oupas no vas de tr ês e m três me s es . As pess oas
deste Odu não podem viver na co mpanhia de fi lhos de Ogun. Os Awo de ste
Odu têm que colo car d entro do seu Ifá um boneco de pano feito co m suas

própria s ro upas. Dent ro deste boneco colo cam-se c abelos do Awo,


bejerekun, obí e o rogbo. Ves t e-se c om m ariwo. Pági na 499 d e 633

Dice Ifá II I I II II I II I OT URAKA

REZA DE OT URAKA Oturak á adifafun Obanilá K oade wowé e ni weré bo gbo


mabinú unbó wá O runmilá lo ani Exú mafun Oturaká adê lebó . Este Odu é fil ho
de Otura e Ik á. Aqui a deso bediência custa a vida. O Awo des te signo tem
que ter um obé de madeira d a árvore do pó -de-mico junto de se u Elegbar a.
Neste Odu fo ram exper iment ados diferent es obés para o s s acrifícios, mas
todos provo cavam enfe rmi dades no Awo, so mente o de madeir a do
pó-de-mico lhe trouxe saúde e fo rças e por is to f oi es co lhido para as
cerimônias de ijébale. A qui Ogun não tinha vontade para a prát i ca s exual e
por isto fingia estar doente para justificar-se diante de sua mulher . Este
signo as sinala impotência. A pesso a tem que t omar um banho de mar e
aquilo que enco ntrar na pr aia deve tr aze r para cas a e c olo car atrás de s ua
porta para gar anti r boa so rte. Sac rifica-se uma franga para Ogun. Faz-se uma

coroa co m dezess e is ekodi dés, passa-se sobre o o pon rezando-se Otur aká
e se co loca s obre o igbá do Orixá, seja qual for . As mulhres deste signo
enco ntram a verdad eira felicidad e cas ando -se co m um Babalawo. Por este
Odu Oru nmilá recomendou a Ogun que fos se mais calmo e que quand o se
zangasse, não atirasse as co isas longe, co mo co stumav a fazer . Ogun não
deu at enção aos co nselhos e co ntinuo a agir da mesma forma até q ue um
dia, ao chega r em casa abo rrece u-se diant e de uma co isa banal e cheio de
raiva atirou se u facão co m fo rça co ntra a parede. A arma bateu na par ede e
voltando cravou-se na barri ga de Ogun, fe rindo-o gravemente. A pess oa deve
seguir as orientaçõ es de Orunmilá par a não s ofrer sérios dano s. Pági na 500
de 633
Dice Ifá Te m que ter mui to cuidado c om o peraçõe s cirúrg icas. Aq uilo que
busca fo ra de casa pode ser enco ntrado dentr o dela . Um d esco ntrole

emo cional po de custar- lhe a vid a. Não deve se r tão inf lexível, deve agir co m
mais calm a e o bserv ar que algu mas co isas não s ão tão graves co mo
parecem à pri meira vi sta. Tem fama de s er bruxo e de po ss uir muitos
co nhecimento s mágico s. Deve cuid ar da parte interna de seu co rpo, po is tem
tendência s a so frer problemas de diarréias, co lite e do f luxo sangüíneo Em
sua f amília existe pes s oa paral ítica ou que m orreu co m paral isia. Tem que
cuidar muito bem do f ígado. Este Odu as sinala a existência de um morto que
deseja aju dar a p ess oa, mas não cons egue por lhe faltar luz sufi cient e, o
que lhe causa grande sof rimento . A pesso a tem q ue o rar por este es pírito e
acender-l he velas para que pos sa evo luir e lhe trazer o auxíli o ne ces sário. Em
sua c asa é co mum sentir -se cheir o de erva s o u de es perm a. É pre ciso
agradar Omo lú. A pess oa está s endo vigiada e po de se r surpreendida. D eve
presta r atenção para não se r roubada o u perder dinheir o na rua. A pesso a
anda em busca do co mpanheiro ideal q ue tenha paciência suficiente par a
supo rtar suas malcriações e gross e rias. Nada lhe cai bem e para ser feliz
tem que faze r Ifá, rece bendo Awof akan ou A k of á. Se fo r mulher tem que,
além de receber Akofá, cas ar-se co m um Babalawo. Página 50 1 de 633

Dice Ifá II I II II I I II I OT URAT RUPO N REZ A DE OT URAT RUPO N Babá T urukpé


Awo ado Katobina, Aw o Alaketu, aj á adifafun falo fun, adifafun a lo ma abaso
alagbá bomó aled odô ajakolo nilé igbí n kalolô komik olo aro mabomo lodó
jankanlenile. Este O du é filho de Otura e Oturukpon. Fo i neste c aminho que
Xangô fez com que seu o xê exp lodisse e se tra nsfo rmasse em c hamas
diante de todo s e a part ir de então pass o u a se r o mais temido entre seu
povo. Por este caminho co locam-se char utos aces o s para Xang ô. Assinal a
que a pesso a está enfe rma e passando po r dificuldades. O segr edo deste
Odu é pegar dois charutos , amarr á-los juntos , enro lá-los bem co m fita vermel
ha e co locá-l os dentro da gamela de Xang ô. Uma vez por semana acende-se
o utro charu t o e so pra-se a fumaça por tr ês vez es dentr o de Xangô. O
charuto aceso é despachado no s pés de uma pal meira. Quan do a pes so a
tiver uma guerr a co m alguém, pega o s charutos en vo lvidos co m a fita

vermelha, pr ende neles um papel com o nome de s eus inimi gos, passa no
corpo e despacha na encruzilhad a. A pess oa tem que assentar Ox ós si o mai
s depress a pos sível. Tem que ter muito cuidado co m uma filha que é muito
saliente, p o r causa dela po derá ter q ue matar alguém. Não deve criar filhos
dos o utros , pois depo is de crescid os se transfo rmarão e m seus maiores
inimigos . Existe um Egun que fi ca parado na po rta da casa da pes so a e que
lhe dá pr oteç ão. Deve-se co loc ar uma pedr a at rás da porta par a que ele se
ass ente e s acrificar, uma vez por ano , so bre esta ped ra, um gal o branco .
T rata-se do es pírito de um ind ígena ( cabo clo ) muito podero so . Te m que
of erecer frutas à Iy emanjá e sac rificar-lhe, de vez em quando, do is galos cari
jós que são despac hados no mar. Página 502 de 633

Dice Ifá A pess oa deste Odu tem que ass entar Olokun e dar co mida a
Iyemanjá e a Elegbara. S e maltratar filhos de Iyemanjá a sorte vai-se embora.
Se co meter fal tas com Iyeman já ou O lokun, pode afo gar-se no mar. Este é o
caminho de Awo Falolu e da pérola negra. Neste c aminho Elegbara t orno u-se
prisio neiro. Oxun and ava com ho mens na es perança de obter um mar ido.

Aqui o gue rreiro cas ou-se c om a princesa. SEGURANÇA D E OT URAT RUPON


Uma fava olho -de-boi, pau de respos ta, cabeça de pica-pau, de fradi nho
(pássaro), de gavião, pau fe rro, vence -demanda, para- raio, ewe jamao (Gu
area tr ithiloide - M eliacea), abrecaminho, o bí, oro gbo. Come etú e galo. Nes te
Odu tem-se que ass entar Olokun e cultuar I yemanjá e Elegbara. Os filhos dest
e signo não po dem maltr atar pess oas de Iyemanjá porque perdem a so rte.
Suas f altas c om Iyemanj á e Olo kun são punid as co m morte por afogamento
no mar. Página 503 de 633

Dice Ifá I I I II II I I I OT URARET E OT URAT IJÚ REZA DE OT URARET E Oturar ete,


Oturatiju, tiju, lapé lobomini Yewá kurotio Exú Laroye, a difafun Exú Lario.
Kaferef un Orunmilá. Este Odu é filho de Otura e Ir ete. É neste c aminho que as
mulheres se dedicam aos cu idados de O runmilá. O Awo c uida da Apetebi,
mas não pode manter r elações sexuai s c om ela . A qui sur giu o sacerdócio

das vestais, que eram donzelas, esposas da divindade e encarregadas de


seu culto. É o O du das mo njas. Aq ui Orunmil á vem viver espiri tualmen te co m
sua apetebí , tendo-a como verdadeiras es posas . Neste Odu nasceu o
moviment o das o ndas que pr ovo cam o desgaste das co stas marí timas.
Assinala alt os e baixos n a vida da pesso a. Preco niza a destruição do lar.
Fala d e doenças ós seas. A pesso a so fre de uma per na por infl uência do
espírit o de um indígena que era manco . Neste Odu Orunmi lá fez ebó para um
client e e não cons eguiu solucionar o problema, o que lhe tr ouxe mui tos
aborrecimentos . Quando e ste Odu surge numa co nsulta o Awo tem que ter
muito cuid ado co m o ebó, pois não é ass egurado o resul tado. Par a não ter
aborr ecimentos po ster i ores, tem que ri scar o signo no iyeros un e despachar
junt o c om o ebó. A pessoa f o i enfeit içad a co m um tr abalho f eito com um
Egun sem luz. O trabal ho f oi enterr ado no s pés de uma árvore. P ágina 504 de
633

Dice Ifá A pess oa tem que tomar borí com banana maç ã. O Awo des te Odu
tem que faze r ebó todas as veze s que part icipar de uma ini ciação de

Babalaw o, Akofá o u Awofakan. Se mpre que surge es te Odu, o Awo tem que
co rtar um ekó ao meio , regar co m epô e of erecer a El egbara. O filho deste
Odu tem u m guia es piritual árabe. Aqui terr a e ma r se dis tanciam. E BÓ EM
OT URARE T E Um galo, uma ga linha e um p ombo . Os bi chos são pass ados na
pesso a, s acrifi cados e depois co midos por todos o s que estiver em na
casa. Os osso s, as pe nas, e todos o s restos, são co locados numa li xeira e
deixad os na frente de casa. C oloc a-se em Elegbar a um galho de álamo co m
três casco s de igbín e tr ês chocalhos de casc avel amar rados . Coloca- se a
clara de um ovo num copo , se apresenta a Olorun e o f erece-se a um es pírito
oriental par a que ajude a pesso a.
EXÚ DE OT URARET E Para montar este Exú a pess oa tem que, pr imeiro,
reco lher uma pedra qualq uer numa e ncruzilhada de rua. A massa é preparada
misturand o-se à tabatinga, o s s eguintes ingredi entes: Pó de ekú, de ejá,

milho torrad o, ataré, mel, epô , o tí, o bí, orogbo raspa de 21 tipos de madeiras
de árvores de Exú, sete f olhas diferentes de Ex ú, se te raíze s de plantas de
Exú, três f olhas de cans anção , terra de fo rmigueiro, varredur a de uma igreja,
terra de uma mata, de uma praça, de quatro esquinas, raspa de chifre de b o i,
pó de penas de c abeça de co ruja, uma cabeça de pombo, uma cabeça de
galinha , três búz ios para os olhos e a bo ca, uma lâmi na de faca para o alto
da cabeça, um eleké de Orunmil á e um de Xangô para o pesc oç o. Modela-se
na fo rma de uma cabeça humana. Pági na 505 de 633

Dice Ifá I I II II I I II I OT URAX E

REZA DE OT URAXE Oturax e Baba Yengue idá k udá irú kukú i sé kuté o bere
ketá oni Babalawo to iba Exú. Axé Olofin Iyá kudá irú kurú isé kuté obere kutá
ono Babalaw o. Lodafun O runmilá ise kut nifá to iban Ex ú. Este Odu é filho de
Otura e Oxe. Saúda- se cantando: Oxe be, Oxe be Axé to. Oxe be kebo fi
komadura. Axé to O xe be to iban Ex ú. Este Odu ass inala que fo ram cumpri das
as determinaçõ es de Olo fin. É caminho de Obatalá. A qui o afil hado, por

oc asião da morte do padr inho, he rda o s eu Axé. Nes te Odu, o pad ri nho tem
que dar os direitos ao afilhado, caso contrár io, o Egun que aco mpanha o
afilhado po de matá-l o. É Odu de B abá Egun. Aq ui a mulher tenta do minar o
hom em. Coloc a -se inhame para Obatal á. Para Xangô of erece-se
banana- da-terra e f ruta-do-co nde. Par a salvar um casamento , o ferece -se um
pombo às cabeças do marid o e da mulher . Na mesm a no ite têm que faz er
sexo. Aq ui nasceu o reflex o dos três s eres que acompanham o se r humano
durante a vida. O eleké de Orunmilá do Awo deste O du tem que levar um
pedaço de o ss o da mão direita de um Eg un. Pági na 506 de 633

Dice Ifá Quand o s e faz e bó de opo n por este Odu , enquant o s e roda o ebó
sobre o tabuleiro com a mão esquerda, com a direita vai-se jogando iyerofá
em cima dele, sem pre cantando a cantiga acima desc rita. Este Odu é da
Terra Fulani . A pess oa deve ter uma i magem de Buda em sua c asa. A pesso a

adormec e e m qualquer l ugar que se enco ntre. Tem d ificuldades para


ass imilar e aprender . É protegida po r um espírit o chinês. Te m co stume de
sentar -se no c hão co m as per nas cruzada s co mo faz em os c hineses. So fre
de tiróid es. D eve ter cuidad o co m hérnias abdominais. Tem problemas de
cabeça que po dem ser r etardamento me ntal ou psico se . Tem que cuidar- se
clínica e e spiritualmente. Deve e vitar uma situação embaraços a o casio nada
por roubo ou aberração sexual . Pode ter pr oblemas co m pess oas invertidas
de ambos os sexos. Deve usar as unhas crescidas para aum entar a sua
so rte. Página 507 de 633

Dice Ifá II I I II II I I I OT URAFUN O T URA ADAKOÍ REZA DE O T URAFUN O tura


Foká adafas e adafata, ewe o dafafá akpa Orun adi fá kokan o ri, pr eté k orugbo
awat é bo rí exesí o rugbo exes í meje. E ste Odu é filho de O tura e Of un. Aqui
nasceram as secreções nasais. O inimigo da pess oa é imperfeito. Aqui fala
a flo r da mo rte. Avisa que um amigo o u parente vai ser preso . Os favo res
esc ravizam o ho mem e po dem até matá- lo. Cami nho de Obatalá, Iy emanjá,
Oxun e Ogun. Quando se vê es te Odu, arr uma-se o dinheiro da cons ulta so bre

o o kpel e. Este Odu determi na que a pesso a tenha que faze r Ifá, rece ber
kuanado, assentar Iyansã, Osain e Omolú. Quando este Odu surge em atefá,
a primeira coisa que se f az é lav a r as duas mãos de Ifá co m o mieró, depois,
quando termi nar o Itá, o padrinho, o Ojugbona , o Obá e o Awo têm que tomar
borí com uma co tia. Depois a co tia é defumada e se e spalha pela casa para
que vá se desfaz endo, e assim, afastando as mo lésti as que este Odu-I fá
traz para as autoridad es sace rdotais que part icipam das cerimônias em que
ele sur ja. Neste O du, seja qual fo r a mensage m, tem-se que faz er ebó para
garant ir a so rt e. EBÓ EM OT URAFUN D ois po mbos brancos , duas cervejas
brancas, dois e kú, duas favas de atar é. Depo is de feito o ebó tem que dar
borí par a que a so rte se ja garantida. Quan do surge es te Odu num jogo de
okpele, pass a-se e pô no okpele ant es de co ntinuar a co nsulta. Página 50 8 de
633

Dice Ifá Quando surge num jogo de ikin, passa-se epô nas mãos, lava-se
com omieró, s ecase e dep ois co ntinua-se a c ons ulta. Este Odu assinala q ue
a pess oa é violenta e pode até mat ar . A co isa mais importante par a as
pesso as deste Odu é o so no. Quando um fi lho de ste Odu es tiver dormind o,
para despertá-lo, tocam-se suavemente os pés para que não se torne
violento. Este é um Odu de nego ciant es, onde tanto se obtêm a riq ueza
como a miséria repentinamente. O dono deste Odu tem que oferecer uma
cutia a Obatalá par a l ivrar-se das maldiçõe s. Ofe recem-se duas galinhas
pretas a Orunmil á para que o Awo não s e prejud ique. Neste Odu nada mo rre
sem antes ado ece r. Faz -se e bó c om uma língua bovi na t emperada com
cânhamo e mil ho sec o e o ferecese um pombo branco à cabeça. O dono des
te Odu tem que dar co mida a um ri o, depo is, enfia a mão na água e retir a
uma pedra q ue será a base do fundame nto de um ass entamento que terá
que faz er um dia. Pág ina 509 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E XIV I I I I II II I I IRET E


MEJI REZA DE IRET E MEJI Ejelembere akoré ajaré Eyelembere ladifá

Ejelemere asarei f enixe ki I fá Aje adifa fun Orunmil á. Adifaf un Oxun. Adifafun
poro yé. Este é o 14¡ Odu na o rdem de che gada do sistema de Ifá. É um Odu
masculi no, filho de Ele mere Wasá e Olomú. Segundo o s nagô s, Irete é
co nhecido também co mo Oji Lete o u Ori At e, qu e significa: "Iporí da Terra"
Em yorubá o termo Ir ete s ignifica: "A Terra co nsultou o Ifá". Irete é um signo
da Terra ( Ile em yoruba e Akungba em fo n) e de domínio terres tre, desta
fo rma, tudo o que está morto lhe per tence. Sob sua égide nasceram os abce
ss os, o s furúnculo s, a varí ola, a lepr a e uma febre erupti va e mortal
conhec ida co mo "Nutité". Este signo não deve jam ais ser mencionado na
co mpanhia de Oxe Meji . "Boko no n ma do o" (Um adiv inho jamais pronunc ia
este no me), o que signi fica dizer qu e o s amo lu ger ados pelo enco ntro
destes dois signos, não podem ser mencionados pelo s se us verd adeiros
nom es. Represe nta a perso nificação de Omo lú e uma d as princip ais in
terdições que impõe aos seus filhos é de matarem formigas. O Awo deste

Odu tem que ser m u ito co rajoso e necess ita fazer ebó em s i mesmo co m
muita cons tância, para li vrar-se da influência negativa dos seus arajés .
Sempre sabem co m antecedênci a o que lhes ir á ac o ntecer d e bom ou de
ruim. Irete Meji rece beu de Olo dumare o po der de ress uscita r os mo rtos, po r
este mo tivo e nfrenta e insulta I kú que nada pode f az er contra ele . A s
pess oas de Irete Meji têm a proteção incondicio nal de Oxó ss i e de Omolu.
Este Odu r ecebe e distrib ui so bre a Terr a, tudo o que se po de desejar da
vida. Página 510 de 633

Dice Ifá Di ze m que tem um pé na terr a e o utro no mar, po r isso , acredita- se


que vibr e c om m uita int ensidade na beira-mar. É um Odu muito f orte, marca
vida longa e ass egura l ongevidade par a se us filho s. Suas fo lhas rit ualísticas
são : Ewe ejé (Sangüinária) e o rikpe pe. Aqui se f orma o co rpo astral e o
perispí rito. Faz-se itutu aind a em vida. O iy efá deste O du leva pó da cas ca do
co co de dendê. Neste cam inho as mulheres andam em bu sc a de cari nho . É
um signo o nde amo r e alegr ia andam l ado a lado c om tristeza e pr anto. Aqui
Elegbar a presenteo u Olofi n co m uma co roa co m dezes seis caurí s, dez ess ei

s eko didés e dez es seis pulse iras de marfi m. O Awo deste Odu o ferec e um
galo a Eleg bar a dentr o de um c esto . Neste caminho Orunmil á avisa ao Awo a
chegada de sua mo rt e com dezes seis dias de antecedência. Os filhos
deste Odu são pesso as cheias de graça e dul çura e, por isto, co stumam ser
vaidosas e suas palavras em relação ao s o utros co s tumam ser cheias de
ironia e sátira. As pessoas podem facilmente ser enganadas por eles. São
descrentes de tudo, consideram-se insubstituíveis, acham que ninguém os
mer ece, mas s of rem mui to em deco rrência de seu própr io o rgulho. Gostam
de viver e de ve stir- se c om certo luxo e vivem gaband o-se e exaltand o s uas
qualidades, achando-s e superi ores aos demai s. São incap azes de
sacrificarem-se por quem quer que seja e só se e sf orçam se tiver em a
certeza de o bter alguma vant agem. Quando se s entem fe ri dos e m sua
vaidade, tornam-se peri gos os, s endo c apaze s até de matar . Não s e arrepend
em do que fazem nem do que dizem. Suas respos tas são co mo punhais q ue

ferem profun damente e jamais se des culpam dos e rros co metidos. 1 1 -


Cerimo nial fúnebre. Página 511 de 633

Dice Ifá É um Odu de riq uez as, e ste é s eu ire, mas se mpre traz c ontrari edad
es e armadi lhas. S eu o so gbo provoca es cassez e neces sidad es. Neste Odu
imperam Oxun, Ogun e Nanã Bur uk u. Coloca-se um pe daço de chifre de
vead o no ikofá. Aq ui nascera m as f orças das mão s e dos dentes. Fal a
Logunedé. Foi neste caminho que Ogun fi co u embrut ecido e e nsina porque
os filhos de Ogun não interpretam I fá. Ensina que ant eriormente todo s o s
ogue s pertenciam a Ogun. É es te o O du que deve ser ri scado atrás da porta
de cas a quando s e s acrifica po mbo para espantar ax elú. Ass inala uma
enfe rmidade nas pernas que p ode oc asio nar paralisia. Quando s urge numa
cons ulta, o ferece-se 16 ak arás a Olofin e durante 16 di as f az-se rogaçõ es e
dorme-se co m um gorro verde e branco. Sacrifi ca -se duas co dornas para
Xangô. C om os corpos, retiradas as cabeças, f az-se um pó que de ve ser
misturado ao sumo de fo lhas de r omero para ser fricci onado nas perna s em
caso de enfermid ades nestes membr os . As c abeças das aves ficam no igbá

de Xangô. Por e ste Odu Xangô nasceu em Takpa, conquistou outras terras e
por quat ro vezes fo i cor o ado rei. Ensin a que o primeiro a faz er Santo na
Terra foi Oduduwa e que Orunmil á o inicio u em Ifá. Por este mo tivo o
primeiro a levantar a tesoura e a navalha deve ser o Babalaw o. Neste Odu
Ogun e Os ain se unem, da mes ma fo rma que Olo kun e Osa in. Assinala que a
pesso a que se co nsult a tem qu e faz er Santo ou tomar obrig ação ant es que
deco rra um ano . Ordena que se aprenda as cantigas de Orunmilá. A pesso a
tem vocaç ão mus ical. Proíbe que se co ma gali nha. O A wo tem que co locar
um pé de veado em s e u Ifá. 2 2 - Chifres Página 512 d e 633

Dice Ifá A pesso a é incomodada por ruí dos inexplicáveis em s eus o uvidos,
mas isto é um do m que de ve s er desenvolvi do. Tem que ter cuid ado co m
úlceras nas pernas. Proíbe a seus filho s abrirem bur aco s o u cruzá-los. A
pess oa tem que pr eparar um dispos itivo de defe sa em ho nra de se u Orixá,

que é feito da fo rma que se segue: Pega- se três lenços , sendo um branco,
um amarelo e um azul, amarra- se uns ao s o utros pela pontas e deixa- se e m
cima do Santo, usando-se sempre que houver necessidade. Determina que
se tenha muito respeito a Ogun e à Oxun. Se fo r homem deve cuidar muito
bem de sua mulher e de sua fil ha. A so rte do h om em aumenta na medida em
que cuida do Orixá de sua mu lher. A mulher da sua vida é filha de Oxun. Tem
uma filha que não co nhece , feita em suas andanças pela vi da quand o, sem
saber, engravi dou uma mulher . O po nto fraco do s eu o rganismo é o
estômago. SEGURANÇA DESTE ODU Coloca-se dentro de uma cabacinha:
Terra d e quatr o e squinas, u m pouc o de lama do f undo de um rio e uma
pedrinha retir ada do me smo rio. Sacrifi ca-se uma galinha so bre a cabacinha
e c olo ca-se atrás da po rta. EBO P ARA VENCE R IKU Carne bovina, igbín e pó de
ekú. E ste ebó tem que se r feito à no ite. Página 513 d e 633

Dice Ifá I I I I I II I I IRET ELOG BE IRET EUNT ELU IRET E ENT EBE MORE REZA DE
IRET ELOGB E Irete Ent ebe mo re abiri kolo o mo lubo abata at i Kotopó omó
lubo o w ará yaniyé o mo lubó me ta laba par i ati meta laba merin l odaf un

Igbani, lodafun Laniyé. Este Odu é fil ho de Irete e Ogbe. O Awo des te signo
tem a vir tude de co nse guir bur lar a justi ça. Aqui fo i onde O sain levantou a
mão c ontra Orunmil á, e o bode, def endend o O runmilá, agredi u a Osain. Por
este motivo, até hoje, Osain não po de com O runmilá. As pess oas deste
signo não devem prestar favo res, po is ninguém lhes demon strará gratidão . Q
uando s urge es te Odu, so pra-se água por tr ês vez es e depois otí, tamb ém
por três vez es, na po rta de casa. A pess oa deve evit ar alimentos muito
condiment ados, enlat ados e embut idos , po is tem tend ências a s of rer das
hemo rróidas. Aqui nasce u Obatalá Yeku Y eku . É caminho de Baiyani. Aq ui
nasceu o toque de agogô em ho nra de Obat alá e o mo tivo pe lo qual se
co bre Obatal á co m algodão, o ri e ef un. Não s e deve permit ir a permanência
de estranhos dentro de cas a. A pess oa não deve permiti r que donz elas
durmam em sua ca s a em trajes sum ários , po is pode perder a cabeça e
co meter uma vi olação . Sua cas a é govern ada por Obatal á. Não pode pisar

em cinz as nem em s angue. Não deve co rtar ervas depois das 18 ho ras. Fala
de violação sexual. Pági na 514 de 633

Dice Ifá

A planta deste O du é o iguí fun (Simaurobo glauca), também co nhecida co m


"Pinhão flo rido " S e o ferece oito igbí n a cada mão de O runmil á. Indica que a
pesso a pode ser pr esa, me s mo que se ja por eng ano, mas, que no fi m, tud o
se reso lverá de fo rma satisfatória. P r oíbe matar fo rmigas. Para a
impotência, to ma-se chá de ewe yila ( T humbergi fragans) c om pau de
respo sta e o bí ralado. Det ermina que Olokun deva ser asse ntado numa tige
la. Assinal a fenô menos marinhos , co mo ressacas que fazem co m que o
mar, aliado à Ikú, invada a terr a e venha retomar o que um dia já fo i seu.
Assinala falta de r espe ito e de co nsideração do afilhado pelo padrinho. Fala
de ativi dade sexual. A mulher q ue tem e ste O du tem tendências à prática da
prostitui ção , o u é mulher fácil e de vid a sexual de regr ada. Os do no s des te
signo podem mo rrer pel o us o excessivo do álco ol. Quand o o Awo enco ntra

este signo numa cons ulta, depois que o cliente sai, deve lim par-se co m um
galo e perguntar se precisa fazer ebó. Se for necessário, depois que fizer, o
ebó é despachado na esquina de sua rua p orque é ali q ue se us inimig os
estão lhe fazendo feiti ços . Assinala ava reza e vaidade. A pesso a faz de tud o
par a que seus fi lhos s e casem c om pes so as de din heiro o u de posição
elevada, embo ra não exista amor . Isto tr ará infelicidade e revo lta que
ocas ionar ão muitos problema s no relacionament o da pes so a com o s
filhos . A pess oa teve duas mães, uma que a criou e o utra que a pari u. S e não
recebeu a devi da atenção do pai, e se ele já for mo rto, deve ofe recer u m
bode velh o para obter sua ajuda e pr oteção . Este Odu tr az do enças tais
como : cirrose, problemas intestina is, hemo rróidas, infecç õe s da gar ganta,
problemas co m o sangue e com o s o sso s. As fo lhas d este Odu são: E we
laxéo, (Cordia collo co ca), ewe tete (Br edo sem espin ho Amaranthus vir idi) e
ewe sans an (Espéc ie de tr epadeira d a família d as co rcubitáceas cujas f lores

se assemelham ao jasmi m). A pessoa deste signo, s eja de que fo rma viva,
sempre s erá vítima de inveja e de calúni as. Página 515 de 633

Dice Ifá Fo i amald iço ado quando ainda es tava no ventre de sua mãe.
Assinal a, no ho mem, co águlos de secreçõe s na próstat a. Neste caso a
ingestão de bebi das alcóo licas po de ser fatal. Se a pess oa cuid ar
corretamente de Ifá, dos Orixás e dos Eguns, poderá possuir tudo o que
desejar em sua vida. Tem que ter cuidado para não se r roubado , quer seja
em bens materi ais, por pesso as viv as, quer seja em sua so rte, pelos mortos.
Deve evitar que uma pess oa de vid a torta per no ite em sua cas a. Isto
acarret ará problemas co m a justiça. A qui a babosa ro ubava de Obatalá que,
depois de faz er ebó co m cinzas e otí, lo grou desco brir o ladrão. Pa ra acab ar
co m a co ceira que sente na garga nta, a pesso a deve faz er gar garejos de
ewe sansán (Trepadeira da família das corcubitáceas cujas fl ores se
ass emelham ao jasmim ) com a água da quar tinha d e Oxun. Para assegurar a
t ranqüil idade e a segurança de sua cas a, deve co loca r dois c asco s de igbí n
atrás de s ua p o rta. Deve ter uma bandeira br anca em sua c asa, pois,

independente do Orixá d e sua c abeça, s ua casa é gove rnada por Obatalá.


Aqui Elegbar a quis apo derar-se de três dilogu ns que não lhe pertenciam e,
para isto, usou de todos os meios, chegando a pratica r verdadeiras
atrocidades, não respeitando a ninguém nem a nada, cons eguindo fi nalme
nte, seu intento. Apesar de todo o mal que praticou, não sofreu nenhuma
punição po r pa rte de Olofin. Por es te motivo o jogo de Elegbar a tem 21
búzio s. Aqui nasceu a vir tude de burlar a lei e a justiça. E nsina que o ewe
sasán é po sto em Ifá e, po r este moti v o, em caso de doença, se rve para
curar a pess oa, se ja qual fo r o mal que a aflija . A pesso a deve ter mui to
cuidado para não rece ber uma fruta ou um c igarro trabal h ado para lhe
oc asio nar o mal. Este Odu é cam inho de Abíkú. Página 516 d e 633
Dice Ifá II I II I II II II I IRET EYEKU

REZA DE IRET EYEKU Ireteye ku abadá bi abadá. Abadá bi abadá adifun


wenwelé xé letixoma aiyá lo ugbo . Koru oka axenu babá adifun Olono xé
unatin omó weré ogu ti biele. Este Odu é filho de Irete e O yeku. A qui nasceu a
hérnia d e disco , as f raturas da col una vertebr al e todas as suas
deformações . A pesso a gosta muit o de se c ons ultar com entid ades
"viradas". Deve ser um po uco mais cuidados a e perguntar a Ifá s e po de fa z er
os que estas entidades lhe mandam. Precisa usar um cordão de o uro
preparado e c ons agrado, o que assegura rá a sua boa so rte. Se fo r homem
tem que faze r Ifá e s e já t iver feito , Olo fin e Orunmil á estão s empre ao s eu
lado dando ordens e orientações. Pode ser vítima de um falso testemunho.
O verda deiro ebó do Awo deste Odu; co nsiste em pe gar seu Ifá e passá- lo
em vo lta de s ua própria cabeça. Desta fo rma livra-se de todo e qu alquer
os ogbo. A p ess oa deve vi sitar loc ais abandonado s, principal mente igr ejas.
Foi por este caminho que co meço u-se a enter rar os mortos dentr o das
igrejas. A pe sso a para q uem s aia tem que mandar rezar missas para os
familiar es e amigo s mo rt os. Aqui Orunmi lá derrotou a todo s o s
macumbeiros . Aqui os arará carregam os Axés de O mo lú dentro de ces tos .

O Awo deverá colocar o o pon so bre sua cabeça, rezar os dezes sei s meji
além deste Odu e regar toda a casa co m omieró , usando para isto o irukere
de Ifá, e nquanto canta: Tatar egun mo gun mojo ko nifá. Pági na 517 de 633

Dice Ifá

Assinala que, po r inveja, o s O rixás se uniram em gue rra co ntra Orunmilá.


Olofin inte rviu e fez co m que acabassem com os embat es e, quand o to dos
foram se desculpar, Orunmilá lhes disse: Eu os perdôo e agradeço, pois
graças à esta guerra ad quiri muito m ais co nhecimento , experiência e
sabedori a. A pesso a, para afasta r o mal, deve passar a mão so bre a cabeça
desde a testa até a nuca. Fo i aqui que, por não se guir as o rientaçõ es d e
Orunmil á, um general teve seu e xércit o derrotado e dispersado pelo inimigo,
não po de ndo, jamais, vo ltar a reuni- lo. Avisa que, na hora do perigo, o s

aliados da pess oa a deixarão so zinha. A pesso a não po de carr egar p eso s


so bre a cabeça para não s ofrer a cid entes que venham a prejud icar sua
co luna o u adquir ir uma hérni a de disco . Este é um Odu de muita fe licidade. A
pesso a não deve co ntinuar vivendo no local onde mo ra porque não é ali que
enco ntrará a felicidad e. Neste lugar só po derá conhe cer a destrui ção . V ve
nas trevas e tem que buscar a luz da relig ião para que pos sa se guir em
frente, em busc a da felicid ade. Não deve usar pr ese ntes que lhe sejam
dados, pois podem te r sidos trabalhados para a sua destruição. Esta fi gura
ass inala i mpotênc ia no ho mem. Página 5 18 de 633

Dice Ifá II I I I I II II I IRET EIWORI IRET EYERO IRET EYERUG BE IFÁ REZ A DE
IRET EIWORI Ireteyero Orunmilá lorubó to iban Ex ú. Telebo ibo kobo Babá
Olorun. B abá adukpé to iban Exú. Este Odu é filho de Irete e Iwori. Aqui os
Awo co locaram t odo o s eu dinheir o no ebó e, ao ver o que se pass ava,
Orunmil á lhes pergunt ou co m que iriam viver. Assinala que e xiste gente
trabalhando às esc ondidas para roubar uma mulher . Aqui fala o cup inze iro.
Aqui o pavão real di z: Com um s ó dos me us o vos que at ire, destruo o

mundo. Tudo o que entra na casa do Babalaw o, é Orunmilá quem leva. Aqui
nasceu a economia e as agências bancárias. Nasceu a matemática. Falam
os espír itos dos caboclo s. Deve- se of erecer- lhes flo res. O fi lho de Obata lá
era muit o des obediente. A pesso a deve r efre sc ar-se c om um leque de penas
de pavão para r edimir-se de seus pecado s. Este Odu i nd ica que a pess oa
tem que fazer Ifá. O Aw o deste signo só deve ini ciar set e pess oas em Ifá,
porque depois da sétima começa a perder as suas forças. Se Orunmilá lhe
der permi ssão po de, dep ois de faz er os ebó necess ários, f azer mai s seis
pesso as e nenhuma mais. Neste cami nho e xistia m dezes seis pavões reais,
mas de t odo s, só treze se salvar am, os o utros sucumbir am nos caminhos
da vida. Aqui os homens desco briram o co mpasso e o esquadr o para
aperfeiçoarem o círculo e o quadrado. A pessoa será sempre persegui da
pela inveja e pe la traição . Página 519 de 633

Dice Ifá No se u quadro e spiritual exi ste um Egun cujo f undamento ninguém
jamais co nseguirá de c ifrar, pois, c ada vez que se apresenta, o faz de forma
diferente. A mulher que tenha este Odu em Ikofá, sendo filha de Xangô, não
deverá j amais, viver na co mpanhia de um Bab alawo, pois is to o casio nará sua
morte. A pessoa s e enamora de alg uém que possu i defeitos físico s o u
mo rais e isto pro voc a muitos co mentári os negativos. A mulher p ara quem
saia este Odu so fre a influência de pr os titutas que já mo rreram e que faze m
com que seja d esmaz elad a cons igo mesma. Tem que oferecer um gal o
caipir a à sua ca beç a para não perder a memó ria por co mpleto. Aq ui nasceu
o c os tume d e se po darem as árvo res. N asceram os f unerais cercad os de
pompas e luxo. Os filhos deste s igno têm que r aspar seus co rpos de dez em
dez dias e podar a s árvores de suas casas todo s o s a no s. O Aw o deste Odu
tem que prestar j uramento em Orun . Tem que recebe r Osain, Oduduwa,
Olofin, Olokun, Orixaoko, Omolú e Pinado o mais rápido possível porque,
muito em breve, se distanciar á de s eu padrinho. 4 - O termo "receber" aqui
empregado, t em um s entido diver so daquele que lhe é dado dentro do Culto
de Orix ás no Brasil, si gnifi cando, de fo rma mais co rreta, "ass entar" . É um

Odu mensageiro, através do qual, Oxun traz suas mensagens exatamente ao


meio -dia. Fala de enfarte do mioc árdio, pr o blemas na ves ícula bi liar e no s
os so s. As doenças sempre começam por bai xo. A pesso a não deve
maltratar a nenhuma menina que es teja debaixo de se u domínio o u de seu
mari do. 3 3 - Cerimônia de graduação dos Babalaw os. Página 520 de 633

Dice Ifá O Awo deste signo , depois de haver feito o juramento e m Orun t em
que, de vez em quando, invocá-l o à meia- noite em ponto, escrevendo seu
Odu no seu própri o peito e faz er sacudi mento co m um pombo c antando:
Shenxe biku, biku Lorun, Egun Orun Ikú awalo de. Orunmilá bawá, Orunmilá
mawá. Depois disto s acrifica o pombo ao teto da casa o u num pé de
cabaceira, toma banho com folhas de alfavaca, marpacífico, orikpepe e
afomam ( Pithecolobium samam) . Em segui da, of erece à s ua cabeça, o bí,
água fresca, carne bovina e uma cabeça de peixe fresco e dorme numa

esteira diant e de Orunmilá. O c arrego é des p achado num rio. Deve cuidar
muito bem de Osain e de seus fundamento s e jamais se parar- se deles .
SEGURANÇA EM IRETEIWORI Ori pi kotó (Didymopanax mo rototo ni), um
pedaço de co uro de tig re, casa de marimb ondo ou de vespa (um ped aço), pó
de ekú, de ejá, dend ê, milho sec o e dez esse is penas de ekodid é. T RABA LHO
EM IRETEIWORI M onta-se um bo neco cujo tamanho co rrespo nda à di stância
co mpr eend ida dos pés à cintur a da pesso a. O boneco é carr egado co m o ri
de três pintos de peru , co lmilho, pele de tigr e, minhocas, cabeça de pavão, o
pênis de um cachorr o preto, ca beças de do is peix es, abelhas, um os so de
obinin , cabelos de uma mulher morta, eko did é, mo rcego, fo lhas de br edo, de
guaco, ewe ni (Yindigofera suf fruticosa), ewe o lo butojé (Pi nhão ro xo), cardo
santo, iroko, e ébano. Come carnei ro e ajapá. O Awo deste signo não pode
viver co m mulher que seja fil ha da Oxun porque, mais c edo ou mais t arde,
ela pode o casionar a sua morte, ao conhec er outr o homem que a amar rará
co m f eitiço s para que vá vi ver em sua co mpanhia. Este Odu é capataz de
Egun. Através dele, O x un Ekin Orun vem para conduz ir ao Orun as almas
daqueles que acabam de falecer e Aw o Ekun Ak alamgbo é o seu me nsageiro.

Neste c aminho os pais iso lam suas fi lhas d o mundo para q ue ninguém as
vejam nem as namo rem. Quando o pai assume e sta atit ude , a fi lha se vai
co m o primeiro que aparece. Neste O du a mulher dá borí no marid o e o
homem na mulher. Página 521 de 633

Dice Ifá No dia em q ue a mulher v ai dar borí em se u espo so , não po de


realizar nenhum tipo de tr abalho dom éstico em sua ca sa.

CÂNT ICO DO O DU Ojik í jikí otá lo mi ô . Ojokí jik í otá lo mi ô . Ojokí jik í agbado
okumá. Ojikí ô! Página 522 de 633
Dice Ifá I I II I II II I I IRET EDI IRET EUNT EDI REZA DE IRET EDI Irete Unte di
amadá nimi adi faf un awan lori tanx elú alare os i amudi A w o Bo rí Os á Ifá ni
kaferefun O lofin, Iyemanjá, Obatalá, Orunmilá at i bogbo kaleno Oxá. Este Odu

é filho de Ir ete e Odi. Nele nasce u a hipocrisia e o acúmulo a normal de so r o


em qualquer parte do c orpo. Foi neste c aminho que Elegbara t roco u tudo por
um saco cheio de chifres. Aqui Osain co mia bode e ficava d ebilitado. Então,
juntava o s c hifres para mo ntar uma segurança atrás da porta. Neste O du o s
criados e os escrav os limpam seus amo s. É um Odu d e aborreci mentos.
Para não so frer aborr ecimento s a pe ss oa deve medir bem as suas atitudes.
Aqui Oxun reclama mais atenção para uma fi lha sua que s e enc ontra
aband onada por alg uém que não c umpre co m suas o brigaçõ es e m relação a
el a. Neste cam inho o ferec e-se ganso a Ogun e pato à I yemanjá. Tem -se que
co loc ar uma b andeira pr eta e branca atrás da po rta para evitar a epidemia
que vem po r baixo da terra e que ataca as vias respiratórias. P roíbe a pes so a
de viv er em casas altas o u apar tamentos. As pess oas deste signo devem
usar o idé de Elegbar a. Para elas isto é de vital importância. Assinala
problemas cardíacos . O client e deve s er orientado par a p rocurar o médico e
evitar o sal. Têm lí quidos em excess o em seu organi smo e se us pés, por
este mo tivo, c os tuma m inchar . Este Odu fala com mais ênf ase das pess oas
inici ad as em Ifá a meno s de quinze ano s. É caminho de Iyemanjá e de Oxun.

Página 523 de 633

Dice Ifá A pess oa tem que co locar limpa- pés na e ntrada de sua cas a para
que todas as pess oa s que ali vierem; dei xem o mal que trazem c ons igo
naquele local. I fá o rdena q ue to do s o s Babalawos, Iyalorix ás e Babalo rixás
se unam para q ue não se percam os fundament os religios os dos Orixás.
Iyemanjá o rdena que s e cuide muito be m das crianças, princip almente
daquelas aband onadas e, quando f or neces sário, que se lhes f açam o
Santo . Fa la d a guerra entr e Os ain e Orunmilá q ue é a guerra entr e o s
Babalos ain e os B abalaw o s pelo po der de cura atr avés do s vegetais. A
pesso a dorme espalhad a na cama. Neste Odu o dinheir o sujo deve s er
trocado por dinheir o limpo. A qui nasceu Kolé M osá que tem a fo rma de um
dragão. Assinala dí vidas com O mo lú por causa de uma cri ança. Em oso gbo
significa que Oxun es tá brava co m a pess oa por haver come tido uma falta

co ntra um a de s uas filhas. A pesso a tem que se cuidar p ara não s er atingida
por um fe itiço qu e alguém lhe fez . Não deve co nfiar em ninguém. Deve ter
cuidado para não adquiri r algum tipo de do ença s exual. Tem que pegar todos
os seus utensíli os de vidro o u de louça que esteja m lascados o u estala dos,
co loc á-los na es quina e r egá-los co m aguard ente para der rotar seus arajés.
Em oso gbo ass inala caminhos fe chados e é preciso, para ab ri-l os, faze r
ebó muito bem feito. Par a que nenhum mal entr e em sua casa, é preciso
desp achar a porta, t odos o s dias, co m água fresca. Pági na 524 d e 633

Dice Ifá I I I I II II II I IRET EROS UN IRET ELOS O REZ A DE IRET EROS UN


Iretelos o adifafun Oba Ikú, I nle Arer e, O gun Arebe, O baluaye Ob a Egun lese,
Iguí Oba Telé o mó Egun, lodafun O runmilá. Kaferef un Egungun. Este Odu é
filho de Irete e de Ir osun. Foi ne ste cam inho que o s Awo preparar am uma
armadilha para a babosa e e la, inv ocando o s quatr o vento s, lo grou salvar- se.
Pr oíbe br incad eiras co m armas, sejam bra ncas o u de fo go, uma vez que
preconiz a a po s s ibilidade de se matar al guém acidentalmente. A ss inala
problemas nas pernas que po dem s er sanad os com o sacri fício de uma

franga a El egbara. O igbá de El egbara é co loca do ao lado de um cano


qualquer e a franga, d epo is de passada nas pernas do inter essado é
sacri ficada encostada aos se us joelhos , so bre o assentament o. Neste Odu,
faze m-se cura s e m ho nra a Os ain. Prepara-se o axé com pó de carv ão
vegetal, sete mo sca s trituradas e iyefá rezado deste Odu. Fazem-se três
pequena s incisões superfi ciais em cada omo plata, rez am-se o s dez esse is
meji, o signo da pesso a e Ireteros o e apli ca-se o axé sobre os co rtes. Neste
Odu Xangô f eriu Oxun. Manda que a pesso a, quando f or reso lver al gum
problema, leve tr ês igbíns e que os deixe no loc al para que tud o s e reso lva a
co ntento. I ndica que a p ess oa que s e co nsulta está ou fi cará doente da
cabeça. O signo deve s er apagad o e prepara- se um o mieró de fo lhas de ewe
uró (Sálvia) pa ra lavar-se a cabeç a da pess oa . Pega-se e m se guida um gal o
caipi ra, ofe rece- se à cab eça da pesso a e so lta-se vivo. O Awo deste signo
tem que co locar um barquinho de i guí yáit a ( Bassia albeens es) dentro da

sua se gunda mão de I fá. O gr ande pr oblema deste signo é que nele, nunca se
tem s egurança de nada. Aqui , Iyemanjá puxa par a um lado , Ox un para outro
e O batalá para outro mais. Página 525 d e 633

Dice Ifá Signifi ca dizer que a s ituação é sempre instável e a c ada três dias
pode mudar de fo rma ra dical e imp revisív el. A pess oa so fre a ação de um
trabalho que lhe fi ze ram com me l e v egetais, para q ue deixe sua cas a e
abandone s ua família. Obatalá mand a que a pess oa não be ba nada que
contenha álcoo l para não so frer g raves co nseqüências. A pesso a é imita da
s em qualquer suce ss o para quem a imi ta. Neste Odu co loca-se uma mo eda
de o uro em Oxun para nunca mais tir ar. A pess oa deve ter muit o cuidado ao
lidar com fo go po is existe o risco de se queimar acid entalmente. É muito
inteligente e astuta, toda vez em que prati ca algum mal, o faz tão bem fe ito
que não deixa qualq uer pista e ou tra pesso a leva a culpa d o aco ntecimento.
T RABALHO PARA A CA BEÇA Um galo caipira, raiz de co ral, c urralinho, tudo
bem tritur ado. Sacrifi ca-se o galo para Xangô deixando o ejé es co rrer so bre
a cabeça da pess oa a ntes de cair no igbá. Neste O du, leva- se O sú para o

quintal, sacrifi ca-se uma f ranga par a ele e despejase epô quente por cima e
depois água f resca. Deix a-se tr ês dias do lado de fo ra. Este tr abalho se rve
para que a cas a da pesso a não seja des feita. Pág ina 526 de 633

Dice Ifá II I II I I II I I IRET EWOR IN IRET E WAN WAN REZ A DE IRET EWÓRIN
Iretewónrin Odubiri fobó adifafun Orunmilá Obarabaniregun wanká win win
Osain yo ro yo ro. Este Odu é fi lho de Ir ete e Owó nrin. Aqui foram criados o s
jardins. Nas ceu o axé e as energias co ntidas nas flores. Faz co m que o s
perfumes das f lores s e es tendam sut i lmente. O o tá de Elegbar a, nes te Odu,
é reco lhido no s pés de uma árvore na beira de um rio. O pica- pau, co m seu
canto, desco bre o nde está o seu ninho. Fala d e rios trans bo rdantes e de
redemoinho s. O Elegbar a deste Odu leva tr ês f acas , po r ter vivido e m três
terras diferentes . Assinala viag ens a lugares distantes. Fala de uma mata o
nde vi ve um Egun q ue reconhece a pesso a pelo se u asso bio. A ssinala a

existência, e m cas a, de uma bengala ou bas tão de um f amiliar morto. Par a


que a pess oa po ss a pro sperar , tem que mo rar numa cas a que tenha jar dim.
Ter so mente os Guerr eiros asse ntados não lhe é suficient e. Est e Odu traz
calvície par a se us filho s. Assinala sufo cam ento s e falta de ar . Ass inala
doenças que pr ovo cam esc amament o da pel e. A pesso a t em que cuidar
muito bem de seus próprios filhos. Deve oferecer presentes às águas do r io
e tratar com muito res peito ao s filhos de Oxun. A ss inala fr aqueza s exual no
h o mem, e nas mulheres, debilidad e nas pernas. Pági na 527 de 633

Dice Ifá Se o pai do cliente fo r vivo, saindo este O du, pode ser que venha a
falece r dent ro de um ano . Quando este Odu sai em atefá para um ini ciando,
o padrinho po de vir a morrer d entro de um ano. O Awo tem que dar um cabrit o
a Elegbara par a evitar q ual quer malefício. Não se permit e a ninguém
ass obiar na porta de casa. A pesso a é incrédul a e chega à reli gião po r
simpl es curiosidad e. Não segue o s co nselhos de ninguém nem faz nada do
que lhe mand am e, quando se vê enrascad a, quer fazer tu do de uma só vez,
mas aí já é tarde demais. Tem uma filha, na qual se projeta. Se des eja vê-l a

feliz, mande-a fazer ebó e não permit a que vá ao rio. A mul her está gráv ida e
o filho que c arrega não é de e u marid o. Existe um elevador que po de
represe ntar um grande peri go para a pes so a. Este Odu pr oíbe que se
poss uam pássaros preso s e m gaiolas. E BÓ EM IRET EWÓRI N Um galo, um
pombo , uma co rrente, milho e mo edas. Pági na 528 d e 633

Dice Ifá I I II I II II II I IRET EBARA IRET EOBÁ R EZA DE IRET EBARA Irete Obá bijé
lo dafun O runmilá, Iyalode ati Obinin. Ak ukó, owunkó lebó, i ntorí I kú, intorí
arun, afi e lebó . Maferef un Xangô . Kaferef un Oiyá. Este Odu é filho de Irete e
Obara. A pessoa não deve guardar dinheiro nos bolsos. A pessoa tem
órgãos deslo cados e tem qu e faz er ebó co m nerv os de boi. Assinal a a
presença de s ífilis. A pesso a tem que buscar a so rte na rua. Está so b
ameaça de um inimig o que pretende queimar sua c asa e destruir sua f amília.
Um efeminad o pode es tar apaixona do pela pesso a. A pesso a não c umpre o

que promete. Sacrifi ca-se do is galos no pé de iroko , um de um lado, para


Xangô, o o utro do o utro lado para Odud uwa. A mulher tem três amigo s que
são inimigos de seu marido. O seu se gundo amo r é seu maior ini migo. E stá
gravida de um homem co m que se relacionou o casionalment e e que não é
seu marido ne m se u amante. Tem que ter muito cuidado para não adquirir
sífilis numa relação se xual. A pesso a tem muit a so rte e isto é mo tivo m ais
do que suficient e para que tenha muit o s inimigos . Deve ter muit a cautela. Se
fo r convidada para uma fes ta ou um almoço , deve evitar que lhe t oquem no
rosto, pois é desta forma que será enfeitiçad a. Se fo r Awo, Babal orixá o u
Iyalorixá, pode so frer um d esgo sto c om um filho-de- santo o u um pa rente
dele. Página 529 de 633

Dice Ifá A pess oa é protegida por alg uém que merece sua to tal
co nsideração e apreço . Está sendo segui da pela morte. Deve ter cuidado
co m a sífilis ou co m infecç ão numa das pernas. Tem que cuidar b em de
Elegbar a e dar comida a um Exú na esquina de s ua rua. Se tiver q ue viajar
deve ter cuidado para não regress ar sob prant o. Se us negó cios andam mal.

Exis te uma pe ss oa que vai co nvidá-la a um lugar qual quer onde lhe f ará um
feitiço para que adquir a chagas nas pernas. Isto tudo po r pura inveja. Tudo o
que a pesso a plane ja, os o utros desbaratam por i nveja. Sua vida está
atrasada po rque co stuma maltrat ar suas mulheres. Se quiser progredi r deve
mudar d e atitude di ante delas. Sua so rte depende de trat ar bem às mulheres.
O desco ntrole sexual pode ser a sua destr uição física e moral, quer seja
hom em o u mulher . Neste Odu Obaluaye f oi expul so da Terra L ukumí p orque,
tendo se relacionado s exualmente com Baiyani, tr ansmitiu- lhe sua d oenç a. A
pess oa tem que s e mudar d o lugar onde vive po is, enquanto ali permanecer ,
não dará nem um pass o na vida. Para que pos sa mudar , tem que faz er ebó.
T RABALHO PARA A IMPOT ÊNCIA Passa-se um nervo de to uro no co rpo da
pess oa, sacrifi c a-se um ajapá so bre o nervo, e m cima de Xangô. Raspa-se o
nerv o, mistura-se c om vinh o seco e o vo de gansa. Tomase um cáli ce pela
manhã. Página 530 de 633

Dice Ifá II I I I I II I I IRETEKANRAN REZA DE IRETEKANRAN Irete Kana berinlé


bagogun bagbisan irun bogbo laodo laure ak p eré lorugbó. Este Odu é filho de
Irete e O kanran. O Aw o deste O du deve cuidar d a inveja de seus irmão s de Ifá
que tudo f arão para prej udicá- lo. Fo i neste ca minho que tentaram levar a
mulher d e Iretekanr an para o mal caminho. Quando o Awo e nco ntra este O du
numa co nsulta par a si próprio, s ua mulher deve fi car sete dias s em s air de
casa para não se e nvolver em algum pr oblema. Este Odu fala de problemas
matrimoniais e se paração do s cô njuges. A ss inala p erda de memó ria. Foi
aqui que nasceram as tra ições amorosas . Os fi l hos deste Odu gostam de
provoc ar ciúmes. O signo proíbe faz er ou tomar jur amentos . A vida impõe
provas e cas tigos. A pess oa veio à Terra par a expiar faltas co metidas em
vidas anteriores. Quando e ste Odu surge num atefá, o padrinho tem que
of erecer um a c abra a seu Ifá para que a negativ idade trazida não c hegue a
ele. Quand o o Awo enc o ntra este s igno em sua própria co nsult a, deve
dormir sete dias co m um gorro branc o e amarelo. Assinala famíli a
numer os a. A pesso a freqüent ou o espir itismo de mes a, m as s eu caminho é

no c ulto de Orix ás. Em sua casa tem que haver Babalawos e B abalorix ás .
Aqui nasceu o cos tume de golpear -se a borda d o opo n co m o irof á. Assinala
traição de afilhados. Página 531 de 633

Dice Ifá Aqui Olo fin estabelece u um co ncurso de percussão e o Ajapá, para


poder part icipar, r oubo u o tambor do Leopardo e , levando-o diante de O lofin,
toco u-o de fo rma tão bri l hante que r ece beu um pr êmio . O Leopardo,
cansado de procurar por seu instrumento, ficou de tocaia no caminho da
casa de Olo fin, espe rando todo s o s que haviam i do lá tocar tambor . Quando
o gatuno volta va, o Leo pardo, reconhecendo o seu tambor, investi u co ntra
ele, dilacerando-o co m suas garras po derosas e o Ajapá, par a livra r-se da
morte cert a, jogou o instrumento so bre seu do no, f ugindo e es co ndend o-se
no mato . É por isto que, até hoje, po de-se ver as marcas deixadas pelas
garras do L eopardo so bre o co rpo do Ajapá. A pesso a deve evit ar mexer no

que não lhe pertence p ara não passar por gr andes dece pçõ es e vergo nha.
Aqui Omo lú co ntraiu as doe nças m alignas d e que é po rtador, po r não querer
obedecer às o rientações e co nselhos dos mais vel hos . Página 532 d e 633

Dice Ifá I I I I I II II I IRET EGUNDÁ IRET EKERDA IRET EKUT AN REZ A DE


IRET EGUNDÁ I retegundá K utan Obá Aiye. Orix á bi Kolé Orun o fé leí toxo
Orixaye Os ogbe le Ax ukpá, Aw o Umbo bo gbo O rixá Isalaye kolé, Aiye Obá,
bogbo tenujé elebó erindilogun.

Este Odu é fil ho de Irete e de Ogundá. É Or ixaoko que f az co m que a Te rra


produza os a liment os que sustentam os homens e po r isto, devem r estit uir
um pouco daquilo qu e recebem. Quando sai este Odu numa co nsult a co m
okpele, o Awo deve jo gá-lo para t rás so bre seu o mbro esquerdo. Se s air este
Odu na iniciação de um ho mem de idade avançad a, signifi ca que sua
obrigação co m Ifá já está cumprida. Ele deve adorar e cultuar I fá, mas não
pode mais trabalhar co m ele para que poss am viver um pouc o mais. A qui
nasce u a sepultura d e Ogunda M eji abert a por se u discípul o Oxeo mo lú e

guardada até ho je po r Ir etegundá, que c anta para ela: I retekedá iwole arareo
ni oun bak oye. Nasceu a deco mpo s ição dos cadáv eres e de toda a matéri a
orgânica. Nasceu O ku Lobó O sixá Inton Egun. A qui Omol o me carne de ce rvo.
Fala o Espíri to de Agamú que, saindo das entranhas da Terr a ensi no u ao s
homens que os Deuses se aliment am com o sangue dos s acrifícios. Est e
Odu r ece be o no me de Alew ajade, o exo rcizador das fo lhas. É ele quem tir a
das ervas a m aldi ção que Obatalá l hes lanço u. Ass inala pr oblemas dentro de
casa. Exi ste uma disputa p or causa de um terreno. A p ess oa deseja
enco ntrar um camin ho novo e s eparar-se d e algo de que não e stá de aco rdo,
o u então , e xiste alguém querendo livr ar-se de sua tute la. Página 533 de 633
Dice Ifá Na cas a da pesso a baix am Santos que nem se mpre dizem a
verdad e. A pess oa vive la mentando-se, mas não gos ta de co nsultar -se nem
faz er ebó. Pos sui três inimigos que des e jam prejudicá- la, mas que não

sabem faze r ebó par a isso . Neste Odu Obat alá troco u o c ão p elo ganso.
Fala de uma t raição de parte de uma pess oa a quem se aco lheu dentr o de ca
sa. É preciso muito cuidado para não pass ar um vex ame po r causa disto.
Para se evita r este problema, colo ca-se, dentro de cas a, um cacho rro
branco, pequeno, of erece ndo-o a Obata lá. Neste Odu nasceu o co stume de
se oferecer aos Orixás, as vísceras (axés ) dos animais a eles sacrificados.
Nestas víscer as es tão a vid a, a mo rte e to do o be m. A d oe nça, as perdas e
as co nfusõ es, es tão nas carn es dos anima is. Por este motiv o, não se pode
come r nada de dent ro destes animai s. A pessoa so freu um feiti ço e, po r e
ste mo tivo, vive po r viver, se m nenhuma mo tivação e se m nada aspir ar da
vida. Tem qu e f aze r trabalhos para se livr ar deste estado de desinteress e.
Tem que tomar três banhos para limpar-se , um po r dia. O primeiro banho , de
co rpo inteir o (inclusive a cabeç a), com f olhas de ewe ekisan (v erdolaga) , ewe
tabate (Rompesaraguey), afom am, canela sassafraz, ewe ayo ( Guacalote),
ewe yá (Gossypiospermum criophorus), e we yeye (Spondias cironella), ewe
waákika e yamao. O s egund o (do pesco ço para baix o) , c om fo lhas de
aberikunló. O terceiro com fo lhas e flo res de o nze horas, (incl uin do a

cabeça). Neste caminho f alam Obatal á e Oxun. A pesso a tem que assentar
Orixaoko . Existe uma maldição lançada pela própria mãe. Quando um Awo é
roubad o ou prejud icad o de al guma forma, o s o utros Babal awos invocam
este signo so bre o opo nifá, fazem a sua re za e depois so pram o iyer of á
mental izando o s araj és. As pesso as deste signo não devem encar ar no
rosto de nenhum defunto para não serem persegui das pelo mesmo . Têm
que da r co mida à port a de casa para que a so rte que ali está parad a pos sa
entrar. Página 534 de 633

Dice Ifá Nes te Odu, quando s e dá borí a alg uém, tem-se que ter muit o
cuidado para que a negati v idade daquela pesso a não af ete o oficiante.
Iretegundá é o co veiro de toda a sua f amília . Para que venha a so rte,
colo ca-se um c esto de frut as embaix o da cama e, no dia seguint e, s e
despacha no mato. Par a obter- se pros peridade, o ferece -se uma espig a de

milho à qual não falte nenhum grão e sacrifica-se um preá à Elegbar a.


Leva-se Elegbar a a uma mata e, debaixo de um pé de ac ácia sac rifica-se-l he
um galo. Para espantar I kú sacrifica-se, para Orunmilá, quatro galinhas,
sendo duas brancas, uma preta e uma amarela. T RABALHO PARA T IRAR
ALGUÉM DA PRISÃO Co loca-se um rato vivo dentro de uma ratoe ira c o m um
pedaço de pap el branco o nde se escreveu, por sete v ez es, o nome co mpleto
do preso e sua data de nascimento . A gaiola fi ca ao lado de Elegbar a, so bre
uma tábua (Atena Ifá) onde se risco u e rezo u os Odu atr avés do s quais
Orunmil á engana a justiça d os ho mens: Oxetura, Otruponbará I fé e
Iretelogbe. Esta At ena Ifá deve ser marcada com pó de efun mis turado c om
otí, po r cima se jo ga pó de três pimentas da guiné. Durante tr ês di as
acende-se uma vela par a Elegbar a pedindo a libert ação do preso . No terceiro
dia, se pergunta a E legbar a se o rato é dado a elegbara ou s e é levado até a
porta do presídi o e so lta-o vivo. T RABALHO PARA DERROT AR OS INIMIGO S
Pega-se uma lat a co m tampa e colo ca-se, no se u interi or, algumas
pedrinha s pequenas e papéis com o s no mes dos inimigos escrit os sete
veze s cada um. D urante três dias, à meia-noite em ponto , saco de-se a lat a

como se f os se um c hocalho, diante do Ori xá que se encarr egar d o problema,


co m uma vela acesa, pedindo-se a destruição do s inimigos. No terceiro dia,
depois de so ar o cho c alho diante do Orixá, toca- se no vament e na po rta de
casa e, em se guida, joga- se o chocalho no meio da rua. Este tr abalho pode
ser f eito e m qualquer Odu de Ifá. Pági na 535 de 633

Dice Ifá II I I I I II I I IRET ESÁ IRET EANSÁ IRET ET OMUSÁ

REZA DE IRET ESÁ Iretetomusá kere Aw o mo waye omó Xangô . Omó Oiyá
Ayeni Ifá o ni Babal awo o mó O b nko banjo ko. Ifá Bajoko , Orixá Bajoko ,
yenjoko jeni Ifá iyereni k aferef un Xangô , mafe ref un Orunmilá. Este Odu é
filho de Ir ete e O sá. Este é um Odu de infelicidade. A pesso a nunca fo i fel iz e
quando enco ntra a felicidad e, não co nse gue mantê- la e a per de
rapidamente. A p e s so a é maltrat ada física e m oralmente po r sua própria

família q ue, e m geral, não aprova su a o pção religios a. Aqui nasceu a


desfiguração da beleza. Por este caminho o mais velh o não vê o menor
cresce r. O padrinho não chega a ver seus afilhados plename nte desenvo lvi
dos . A manada tem que se r bem guiada p ara que não s e disperse. Assinala
deficiência hormonal num dos c ônjuges. A pesso a, mesmo enfrent ando
opo sição da famíli a, tem que dedi car-se à sua religião, po is só ass im logrará
ser feliz. Tem que contr olar seus desejos s exuais, esco lher bem seus
parceir os, para não adquirir sífilis que po derá causar-l he l o ucura. Deve
prestar atenção espe cial com s uas pernas para não adquir ir nenhuma úlcera
i ncuráv el. Se o pai já estiv er morto, tem que bus car em Ifá, a fo rma correta
de atend er as nec ess idades de s eu es pírito. Neste Odu co loca-se um
pequeno tambor em El egbar a. O o so gbo des te Odu é a vai dade, por isto, o
Awo des te signo não deve co nsiderar -s e melhor que ninguém. Pági na 536 de
633

Dice Ifá Nes te Odu a pr oteção vem da mulher , mas so mente quando ela
aceit ar a religião do e spos o, do co ntrário o casamento se rá um fr acasso .

Neste Odu, ao receber awof akan ou akofá, se a pess oa não fo r feit a no


Santo , tem que asse ntar Oiyá. Se já fo r feita no S anto e não tiver Oiyá, deve
ass entá-la imedi atamente. Foi neste caminho que Olofin pedi u a X angô que
fize ss e ebó para salvar o mundo , tendo Oduduwa como testemunha. Aq ui se
co l oca um a mão de Ifá no igbá de Xangô para controle do po der. Aqui
Olodumare determinou qu e t udo o que existe so bre a Terr a tem um t empo
de vida e de duração, findos o s quais , enc ontrará o se u fim. A pess oa tem
que tomar borí co m ekú, ejá, ori e mel. Para melhor ar a situação, a pes so a
deve co locar se te moe das na entrad a de uma igr eja, para que alg uém as
enco ntre. Tem que evitar o exces so de bebida. Aqui fo i criad a a part e da
mo juba dos Babalaw os em que se diz: Axé bogbo Egun K e T imbelorun. Axé
Babá Ke T imbelo run. Ax é Yeye Ke T imbe Kirun. Axé O luwo Ke T imbelorun.
Para se alcançar o po der, o ferece -se quatr o po mbos ao Egun de I yaré. A mãe
da pesso a t em que tomar borí co m dois po mbos brancos para que não

mo rra em um ano. Aqui fala de envenename nto po r intermédio de f rutas.


Falam das bar atas que podem trazer pr ejuízo s à pess oa. Quando este Odu
surge em atefá, ace nde-se uma fo gueira co m disti ntos tip os de madeira
dentro de uma ma ta, sacrifi ca-se um galo deixando s eu sangue esc or rer ao
redor da fo gueir a e depois, jo ga-se s eu co rpo dentro do f ogo . Quan do tudo
queimar, reco lhem-se os os so s do galo para mo ntar uma segurança para a
pess oa par a quem tenha saído. O padri nho e o afilhado devem beber água
na mes ma quart inha para que não venham a s e s eparar. Página 537 de 633

Dice Ifá

SEGURANÇA DE I RET ESÁ Uma quar tinha d e bo ca larga, um ramo s eco , terra
de cupinz eiro, lama de rio e do mar, ewe dundun (sempre-vi va), ajéko bale
(Cróton amabilis), orquí dea , atiponlá, ewe tabat é, pó de cabeça de po mbo,
pó de cabeça de pat o, pó de cabeça de galo, pó abeça de co dorna, pó de
cabeça de gavião e pó de cabeça de pe riquito. Enfeita-se a quar tinha com
co ntas pretas e amarelas alter nadas. A pess oa tem que ter mui to cuidado

par a não perder papéis de valor . Tem que o ferece r pó de ekú, de ejá e epô
pupá par a Ogun. Não de brigar para não se r aband onada pela so rte. Não deve
sentar- se e m cadeiras quebrad as. O que tem que faz er deve ser feito s em
demo ra. Não de ve pegar chuva. Quando sair de casa deve ace nder uma vela
aos Eguns para que não a pertur bem em se u caminho. Não deve as sinar
documentos sem antes ler bem a s ua minut a. Não devem co mer frut as qu e
lhe sejam dadas. Tem que ass entar Odud uwa e Obaluaye. Neste c aminho
Olofin tom ou o opo nifá d e Xangô po rque este só vivia meti do em fe stas e
orgia s. A pesso a não pode co mer al iment os quent es, salgad os e picant es.
Leva a culpa de atos praticados po r outros. Deve o ferece r um ajapá e um
galo para Xangô e depo is co loc ar amal á bem quent e dir eto dentro do igbá.
Despacha-se, depo is de três dias, no lugar indicado pe lo jo go . Assinala
doe nças cardíacas. Caminho de Iyansan. Pági na 538 de 633

Dice Ifá II I I I II II II I IRET EKÁ

REZA DE IRET EKÁ Ireteká o má ni ateká adifafun Inure, adifafun Ateká lebó ,
eiyelé, akukó lebó . Este Odu é filho de Irete e Iká. Assinala pr oteç ão de
Oxós si, Obatalá e Xangô . Aqui nasceram s fi gueiras e a meditação humana.
Neste Odu as pesso as se perdem pel o orgul ho e a so berba. O dono deste
Odu, par a so brepuja r seus inimi gos, tem qu e ass entar Osain c o m todos os
fundament os . Todos os axés de seguran ça plant ados po r este caminh o;
têm qu e l evar olhos de co bra e se rem revestidos co m pele deste animal.
Neste Odu os fi lhos de Xangô são esco rraçados. Fal a da lut a da água com a
areia. Quando Olo kun qui s e xp andi r seus domínios tentando invadi r a terra
com as águas do oc eano, fo i impedi do po r um a enorme formação rocho sa.
Depois de cons ultar Ifá, e de aco rdo com suas o rientações, Olokun
of ereceu um ebó co m um gal o, um arpão, um anzo l, uma v ara de pesca e um
sambu rá e, desta forma, as águas de tant o baterem co ntra as rochas ,
co nse guiram pulv erizá-l as, transfo rmando-as em ar eia, e ass im, o mar
estendeu-se um po uco mais so bre a terra. Assinala que a pesso a vive uma

luta cons tante pela vida e que não tem desc a nso nem de dia nem de no ite.
Tem que as sentar Ol okun e as ferramenta s do ebó ficam no assentamento.
A pendejeir a era do ce, mas, para poder viv er, teve que tornarse amarga. A
pesso a, por p os suir bom co ração, só tem so frido desil usõ es, ass umindo
carga s que não po de supo rtar ao tentar aux iliar os o utros. Tem que deixar
de ass umir os problemas alheios para ter um pouco de paz e tranqüil idade
em sua vida. Página 539 de 633

Dice Ifá Para as dores do pe ito, toma-se chá de f olhas de pendejeira.


Assinal a gra ves probl emas famili ares que só serão reso lvidos se a pesso a,
abandonando tudo , fo r viver lon ge de se us parentes. A pess oa tem que
aprender a não agir com so berba e vi olênc ia, p ois isto a levará à d estruição
total . Existe uma co isa que a pesso a deseja obter e que só cons eguirá co m
o auxílio dos Orixás. Tem que mudar sua maneira de agi r em relação aos

Orixás , co locando mais fir meza e ass iduidade nesta rel ação, pois, a fo rma
como vem agi ndo co m eles não é satisfatóri a e s ó tem lhe pr ejud icad o. EBÓ
EM IRETEKÁ U m galo, abi wer é ( ybanthus enne aspermus), f erramentas de
trabalho, água do mar, areia da p raia, um pedaço de arrecife, o sun, uáji, ef un,
obí, o rogbo , pó de ekú e de ejá e muitas moedas . Página 54 0 de 633

Dice Ifá II I II I I II II I IRET EBAT RUKPON. REZA DE IRET EBAT RUKPON


Iretebatr ukpon Awo G uele, Awo O badé adit á o un Oxá o guiriná tiô lo g uiyá,
tinlo bini omá bini omá guegueré ejélé lebó, owo la mefá tontiefá, eiyelé,
akukó lebó . Este Odu é fil ho de Irete e Oturuk pon. O do no deste signo é
Obatalá A jagunan. Para pro sperar a pesso a não de ve co mer inhame. Não
podem c om er galinha d angola nem milho. E stá d oente dos rins po r vontade
de Xangô e Elegbar a. Ass inala q ue para nascer , o co r po humano recebe um
espírit o que Ikú leva na ho ra em que bem entender . Os filhos des te Odu têm
que assentar Oduduwa e Osain. Neste caminho Osain come, de quando em
ve z, três pombos junto c om Egun. Ogun e Xangô co mem um gal o junto co m
Elegbar a. Ass ina la agr ess ão física da mulher co ntra o marido. Assinala

impotência no homem. A p esso a s o fre dos ri ns, do es tômago, dos


intestinos e s ente dores abaixo da cintur a. Tem qu e o ferec er um par go à
cabeça e ficar sete dias se m co mer peix e. Tem que bater fo lhas de br edo
sem e spinho s na po rta de casa e depois s acrificar um galo para ela. Te m
que fazer ebó co m uma gal inha d e co r que depois é coz ida e levada p ara um
rio. Na volt a a pesso a toma banho co m omieró feito co m cinco diferent es
ervas da Oxun. Nes te Odu devem-se s acrificar, de vez em quando, três
pombo s para Egun. Conta que a b erinj ela, o quiabo e o tomate tinham um
inimigo tão podero so que não o s deixava pr os perar. Página 541 de 633

Dice Ifá Preocupados foram consultar Ifá que lhes prescreveu um ebó que
so mente a berinj ela e o quiabo fi zeram. É por isto que o s pés de quiabo e de
berinj ela atingem uma alt ura muit o maior que o de tomate. A pess oa tem que
faz er ebó para li vrar-se de um inim ig o que não a deixa prosperar . EBÓ Um

galo, duas galinhas, embiras, uma ces ta, um otá. A pesso a entra no lo cal
onde será feito o ebó c om o galo e as duas gal inha s amarr ados pelos pés
com as embir as, e pendur ados no s se us o mbros e a ces ta com a pedr a
dentro na sua cabeça. C olo ca-se t udo no chão e proce de-se ao ebó
normalmente. Fala de enfermidades na gargant a. A pess oa já não supo rta
mais a carga q ue leva so br e as co stas. Tem uma co isa atr avess ada na
garganta que não a deixa viver feliz. Página 542 de 633

Dice Ifá I I II I I II I I IRET URÁ IRET ESUKANKOLA. REZA DE IRET ET URA


Iretesuká apekankolá adifafun Akuperu ogue re, o dé o binin, kp aye o bin in aw á
nifá Obarabanir egun mo jeré ejebé. Ifá Orunmilá l orugbo. Este Odu é filho de
Irete e O tura. Ass inala calúni as. Obatalá se embaraço u nas ramagens de
inha me que tinh a plant ado em sua casa e, po r este motivo, desprezo u a
Terra. Neste c aminho o Axé de Osain ultr apass a Orunmil á. A pess oa tem
cabeça de rei e cérebro d e criança. E ste O du é da Terra M adadá onde as
pess oas não co mpreendiam o que falavam. Od uduw a e Orun ti veram q ue
estabel ecer seus cultos nesta ter ra onde viv ia o povo d enominado "Senalú"

que, ainda hoje, f ala uma lí ngua que ninguém co nsegue co mpreender . As
pesso as deste signo so frem mui to por causa dos próprios fi lhos. So frem
desgosto s co m seus co mpadres e comadres por causa d os filhos. Não
devem co nfiar seus fi lho s ao s cuidados de ninguém para não perderem seu
amo r. Aqui a cotia queria saber o qu e O runmil á falava e go lpeou s ua cabeç a
co m o irof á. É por isto que, no c ulto de Orunmil á, antes de se s acrificar a
co tia, golpeai- se s ua cabeça co m o irof á para que fique ton ta. T RABALHO
PARA CALAR A BOCA DOS INIMIGOS Pega-se uma língua bovina, espeta-se 21
ag ulhas e pendura- se num pé de iroko, dize ndo que ali fi cam se cando a s
línguas dos ini migos e pe dindo a Xangô que se livr e das mes mas. Usa-se
raiz de afo mam para r eter a evo lução do c âncer. Página 543 de 633
Dice Ifá Ass inala problemas no s Órgãos reprodutores da mulher que podem
se manifestar em form a de quistos ou hemorragias incontroláveis. Tem-se

que ass entar Ibeji. Nes te camin ho a c riada passa a s er senho ra e dona de
tudo. A pess oa tem que ter cuidado par a não roubarem suas roupas. Aqui
Obatalá foi preso e amordaçado. Oferece-se galo branc o a Obatalá. Tem
que faz er ebó co m uma cabeça de co tia. Aqui o igbá de Oxós si fica em cima
de um pil ão de amendoeir a. Neste Odu Obat alá come peixe fresco co m
inhame pilado. O runmilá e Xangô comem juntos peixe defumado cozido
co m amalá. Para fazer-se mal à uma p e ss oa neste Odu, pega-se um peixe
fresc o, marca- se Iret etura em seu co rpo, temper a- se c om muito ataré moído
e o ferece-se a Egun em nome da pesso a. Para o bem, pega- s e um peix e
fresc o, marca- se Iret etura, passa-se dendê, o ri-daco sta e pó de ef un, lim
pa-se o co rpo da pess oa diant e de Egun cantando: Egun Baranik u, Ikú Bawá
ebanijé awaya ra, Ikú lade are Egun Agujerun awal ere. Depois disto,
of erece-se o peixe a E gun co m inhame as sado , milho torrado e amalá il á.
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Dice Ifá I I II I I II II I IRET EUNFÁ REZA DE IRET EUNFÁ Ireteun fá akoko oxe aro
biriwo do godó aiyá koxeká bi ajé adi faf un oun B aba law o xelé e ré lebó.

Kaferef un Exú ati Iyalode. Este Odu é filho de Irete co m o Odu Oxe. Seu
verdad eiro no me não deve ser pronunciad o po rque traz uma grande carg a de
negativ idade cada vez que é dito. É neste c aminho que o ho mem mata para
roubar. A pesso a não po de se des cuidar de dores f ísicas, po r m ais
insignifi cantes e supo rtáveis que se jam. Este Odu es palha a morte so bre a
terr a, mata as mulheres grávid as, não crê em nada e faz o mal po r simpl es
prazer. Quando e s te Odu chego u à Terra, a pr imeira co isa que fez fo i abrir
as portas para a mo rte dize ndo: "A go Ikú abilé". Par a livrar-se uma pes so a da
morte, passa- se no seu co rpo: no ve vela s, no ve peda ço s de carne bovin a,
nove pedaços de coc o s eco , nove pedaços de pano de cores di ferentes e
uma boneca de pano. Despacha- se no cemit ério. Este é o ca minho do co che
fúnebre mano brado por Aluj á e que transporta os c adáveres para o cemitéri
o. Onde es te Odu entr a, sai co m um cadáver . O páss aro deste s igno é o
rouxinol. É um sig no de c erimoniais fúnebres . Aqui nasceu a def ormidade de

Osain. Quando es te Odu tr az o so gbo arun numa cons ulta, d urante um


período de se te dias não se po de sacrifi car animai s macho s de nenhum tipo.
Faz-se uma cer imônia como s e fo sse um axexê, com tud o o que a pesso a
tiver quebr ado o u rasgado dentr o de s ua casa, f az-se um círculo d e cinzas
ao redor desse s o bjetos , marca- se este Odu e sacri ficam-se duas pombas
(fêmeas ) em cima. Página 545 d e 633

Dice Ifá Aqui Y ewá tentou des truir o mundo e, para evit ar que tal coisa
acontecess e, tiv era m q ue faz er um ebó co m nove bo necas de cinza.
Quando e ste Odu surge num atefá, jogas e água em Orunmil á e sacrifi ca-se,
para ele, imediatamente, uma galinha preta, par a evitar q ue o mal arr ase co m
a casa. Tem que o ferece r uma cabr a gorda e que já ten ha pr ocriado para
Orunmil á. Orunmilá r eclama da pess oa que não se ape ga a ele. A ss inal a
separação familiar e que alguma coisa f oi perdid a. A pess oa anda ao lado da
mo rte que a quer levar , no que é impedida pelo es pírito de um parente mo rto.
Precisa saber se es te espír ito e de ho mem o u de mulher , se fo r de um
hom em, tem que lhe o ferec e r um galo e se fo r de mulher , uma galinha, par a

que a pesso a não venha a mo rrer. A pess oa é um tant o quanto racista, no


entanto, e xiste alguém de outra raça que lhe que r muit o e que po deria l he
faz er feliz. Fala de tuber culo se, pro blemas do peito , da garganta e das
pernas. A pesso a deve cuidar -se muito bem nestes aspectos.

EXU ALUWONAN Este é um Exú mui to velho e po deroso , é s ervidor de Se gbo


Lisa (Obatal á par a os f on) e se ass enta co m uma pedra r eco lhida numa
mata. E m sua carga co loc a-se : Terra de cas a, terra da r ua, terra r eco lhida
num pé de ir oko , três ikins, quatr o búz ios , quatro pedaç os de aze viche, um
pedaço de marfi m, pó de ekú, pó de e já, iyefá rezado des t Odu, bejer ekun,
obí, o rogbo , o sun, s ete pedaço s de diferentes madeiras li túrgicas (de E xú),
21 diferentes fo lhas de Exú. Monta-se numa cabeç a de tabati nga e enf eita-se
com sete búzios e um e leké de Orunmil á. Come galo branco e vive em
co mpanhia de Obatalá. Pág ina 546 de 633

Dice Ifá II I I I II II I I IRETEFUN IRETEFILE REZA DE IRETEFUN Iretefile


maferef un Xangô, O runmil á malu i yamo dé iyemureo. Xangô kabi es ile, o ri
onle o kunin bibelona, iyamo de obinin lodê ago gô me ji la Ifá axekun otá. K ole
ni adio Ojale O runmil á Unxi xé ebó. Mal u Xangô adobale.

Este Odu é fi lho de Ir ete e de O fun. Aq ui os hom ens aprenderam a domar os


cavalos e usá-los c om o bes tas de carga e de tiro. Nasce u a hérni a esc rotal.
Ensina que os Ba balaw os, Babalo rixás e Ialori xás não devem se ntar-se em
praças públi cas. A pesso a deve usa r g orro preto e vermelho e co loc ar
travessõ es atrá s da porta d e casa. O que se prome te não se cumpr e se não
se fizer ebó . Tem que por pó de e kú e de ejá em Exú. A pesso a dorme m l
durante a noite e aco rda muito cedo . Se perde por seus próprios c apricho s.
Go sta de cantar e de dançar . Não deve viajar par a fo ra de seu país. Deve
cumprir os preceit os de Ifá e s eguir, diariamente, as o rientaçõ es que lhe der
Orunmilá. As pess oas deste s igno devem respeit ar os po mbos, não po dem
matá -los nem co mer sua carn e. Os fi lhos de s te Odu t êm co mo missão,

tocar tambor . Devem to car o ilú maior , que emite um so m que s upera ao do s
demais. No pé es querdo de seu tambor deve pr ender um chocalho f eito c
om no ve guizo s de cas cavel. P ágina 54 7 de 633

Dice Ifá S acrifica-se um no vilho para Xangô n as margens de um rio. Com o s


chifres se prepar a um ogue c arregado e enfeitad o co m co ntas de Xangô.
As pesso as deste Odu, quand o quiserem saber qu em são seus inimigos ,
devem pegar um pr ato branco e ace nder seis velas dentro dele. Quando as
velas terminar em, a cera derr etida d eixará fo rmado o ros to do inimigo. Te m
que ter cuidad o co m um carro na e squina de sua rua. Costum a queimar a
co mida que co zinha. Ouve ruí dos durante a noite, mas não deve ass ustar-s e
porque são produzido s po r Eguns que a protegem. Não deve mo lhar-se na
chuva. Depoi s de enco ntrado es te signo, a pess oa que s e co nsult a deve
abster- se de carne dur ante sete dias. T RABALHO PARA SE CONQUIST AR A

FELICIDADE Pega-se uma cabra keke e, c om um pano v ermelho f az-se


sarayeye na pes so a. O bicho é so lto co m vida na beira d e um rio. P ARA
CONSEGUIR DI NHEIRO Prepar a-se um pirão de farinha de milho branco ,
tempera-se com mel e coloca-se um ekó. Come-se um pouquinho e arria-se
do lado direit o da po rta de casa. Despacha-se no dia seguinte no lo cal
determi nado pelo jogo . EBÓ Pega-se um pombo branco, amarra- se um
pedacinho de fita branca na asa direita e de fita vermelha na esquerda,
passa- se na pesso a e so lta-se c om vida. Para que este e bó surta efe ito,
antes de faz ê-lo, tem-se que co locar pó de ekú para Egun e ofe re cer- lhe uma
cabaça co m aguard ente e uma vela ace sa Página 548 d e 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E XV I I II II I I II II OXE


MEJI REZA DE OXE MEJI Oxe Aladaxe Onibarabaniregun, Ifá Moloku Tiane,
xenxé M oloku adifaf un Oxun. Este é um Odu masc ulino, fil ho de Atié e Athie.
Seu no me e m yo rubá (Oxe) , e voc a a idéia de quebrar, partir, s eparar
violentamente. O signo possui na verdade, o poder de dobrar o objeto antes
de parti-lo em dois, por este motivo, é representado esotéric amente, por

uma Lua cresce nte co m as po ntas vir adas para bai xo. Comanda tudo o q ue
é quebr adiço , quebr ado, deco mposto, malchei roso , putr efato, como a
comida estr aga d a e tud o o que se enco ntra em process o de deco mposição.
Representa a metade do mund o correspondente ao oriente. As articulações
e junt as são provenientes del e e div ersas doenças co mo o s abcess os e a
varíola são de s ua regência. Os nagô s o chamam também, para me l ho r
eufo nia, de Oji Oxe. Oxe M eji teria co metido incesto co m sua mãe e, po r este
mo tivo, fo i expulso para o utra terra. Para o s f on (jêje) , Oxe Meji é a própri a
represe ntação de S akpata, a varí ola e e stá ligad o, de fo rma muit o íntima, às
Kenes i . 1 1 - E spíritos malvados que praticam a f eitiçar ia, co rrespo ndentes
às Ajé dos Nagôs . Página 549 de 633
Dice Ifá Aqui nasceu o hábito de grelhar os alimentos . Nasceram as
árvores, as presas dos ele fantes e a galinha d angola. Este Odu está em

guerra co nstante co m seu irmão Ir ete M eji, por este mo tivo, sempre que
surgem juntos, s eja qual fo r a posição que ocupem n a figura fo rmada, o
nome do Omo Odu resultan te deste encontro não deve ser pr onunc iado
dado a e no rme carga de negativi dade da qual é po rtador. Em seus
sacrifícios , ex ige sempre, 16 unid ades de cada co isa a ser of ertada. Ao
co ntrário do que se afi rm a, os fil ho s deste Odu não tem cargo sac erdotal
dentro do culto do s Orixás. Oxe M eji exig e que se us filhos cuidem dos
Orixás, mas so mente dos s eus Orix ás. Pr enuncia per das de todos os tipos e
em todo s o s s etores da vida. Apesar de ser portador de m ui ta negati vidade,
pode trazer ri quez a e longevidade. Proíbe aos s eus filho s co mer em qual quer
tipo de alimento grelhado ou to stado, c arne de per dizes , galinha d a ngola,
galo e obí de mai s de dois go mos . Somente podem co mer o o bí de dois
gomo s que não pode ser aber to co m as mãos nem s erve para os
procedimento s ritualísti co s. Não po de m tocar em madeir a apodrecida,
carregar feix es de lenha sobre a cabeça, nem usar r oupas de três co res o u
mais. Têm que ter muit o cuidado para não so frerem acidentes den tro de
suas própri as c asas . A discrição é a sua grande arma. A qui nasceram

também, o s o vos , o firmament o e a pra ta. As fo lhas d este Odu são o


afoman e as fo lhas do inhame. Foi neste caminho que se jogou pela pri meira
vez o okpele so bre a es teira. Ensin a que qu em se co nsult a co m o okpele
deve pag ar por i sto. Este Odu cr iou o s ungüent os e o s perfumes. Seus
companheir os cons tantes s ão o pranto, a tr isteza, o sangue e o trabalho,
por isto fala sempre del es. Os fil hos deste Odu não são compreendi dos
pelas demais pessoas, só eles sabem aquilo que realmente querem. Página
550 de 633

Dice Ifá
Devem cuidar muito bem do s eu sangue, po is têm uma tendência mui to
natural de adq uir irem enf ermidad es no mes mo . São e spiritualizado s e
excelent es adivinhos. Po ssuem u m Egun q ue lhes fala o que pr ecisam

saber, mas sua maior fo rça está em Orunmi lá e Oxun . São curios os e
gostam de se meter no que não é das suas co ntas, po r este motivo, são p
ropensos a se envo lverem co m a just iça, ocasio nando so frimentos para
eles mesmo s e para outros. Sendo adi vinhos de nascimento, seus olhos
cons eguem ver mui to além d o s o utros . São desco nfiados e dificilm ente
alguém co nsegue enganá- los. Normal mente sof rem do co ração, do s angue,
das pernas do e stô mago e , se ndo mulher , da barr iga. Aqui na sce ram os
os sários por isto, este O du preside às exumações . As mulheres deste Odu
pos sue m uma do tação es pecial par a a adivinhação através das cartas.
Quando e ra pequenino , Oxe Me ji foi abandonado nas margens de um ri o e
fico u ali por muito tempo , andando de um lado para ou tro até enco ntrar
alguém que lhe desse abrigo. As pessoas deste signo são repudiadas pela
própri a famíli a que não lhe têm a míni ma co nsideração ne m o me no r reco nh
mento Po dem ser tr aídas pelos melhores amigos. São filhos de Oxun ou de
Obaluaye. Fo i neste Odu que se jogo u búzio s pela pri meira v ez . Assinala
feitiçari a, amarr açõ es, brig a em famíli a, e se paração de irmãos. Se f or
homem tem que faze r Ifá, se fo r mulher tem que fazer o Santo. Os homens

têm que tr atar muito bem às m ulheres e ter muit o c uidado c om o que lhes
dizem para não se rem mal interpretados . Devem o uvir e se guir os co ns elho s
de suas mulher es e jamais fo rçá-las a faz er sexo. As mulher es não podem
viver co rtand o os cabelos. Pr oíbe a s eus fil hos colo carem cabaças par a
Iyansã. Assinala estado de lo ucura tr ansitório. A pesso a tem a proteção de
Xangô e deve us ar roupas vermelhas. Pági na 551 de 633

Dice Ifá Não po de faze r promes sas a O baluaye. A mulher não co nsegue
manter nenhum homem em s u a co mpanhi a porque eles não c ons eguem
co mpreende-l a. Vive apai xonada por si mesma e s ó s erá feliz na co mpanhia
de um Babalaw o. Disse Ifá: A pesso a é perseguida por Oxun. Se u inimi go
co me na sua mes a. Po de ser tr aído pela pesso a em que mais co nfia. Dê um
co lar e uma pulseira par a sua mulher . Compre cinco perfumes diferentes,
deixe-os diant e de Oxun e us e-os, alterna dament e, so mente nos lenços. Tem

a proteção de Olo fin e de O duduwa. Existe ranc o r relacionado a um


problema que já acabo u. Mande rezar missa para um par ente mo rt o e trate
de despachar um Egun obsc uro que a aco mpanha. E xiste alg uém tentando
faz er-lhe o mal. A pess oa não go sta de perd er, mas o Odu ensina que as
veze s perdendo s e sai ganhando Uma mulher g rávida que mora o u visit a a
casa da pessoa, precisa f azer ebó para não ter problemas na hora do parto.
Deve cultuar E legbar a e s e não o tem , deve tratar de ass entá-lo Página 552
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Dice Ifá I I I II I I I II OXENILOGBE O XEGB E REZA DE O XENILOG BE Oxe nilogbe


oto laiye adi faf un Oluwo Bue ré. Ikú ko pa mi, ko pa mi, arun ko pa mi, ko pa mi,
ejó ko pa mi, ko pa mi, Ogu ko pa mi, ko pa mi. Este Odu é fi lho de Oxe e
Ogbe. Aqui nascera m os asso bios e o s z umbidos. Os fi lhos deste Odu são
traiçoeiros e mali cioso s, po r este motivo, não se co nfia a eles os s egr edos
de Ifá. Tendem a viver por longo s ano s e devem tom ar muito So l. Neste O du
nas ceram o s s urdos-mud os . Por este caminho f alam as Ajés voadoras.
Assinala guerr a co m mulher feiticeir a, bruxa ou mac umbeira. Aos Awo deste

signo ensina- se po uco ou não se e nsina nad a, pois nunca acredi tarão em
Orunmilá e tornar-se-ão inimigos de seus mestres. Quando os Odu foram
chamad os por Olodumar e para faze rem, cada um, um pe did o, Oxenil ogbe
disse: "Desejo que nunca me falte a co mida". Por este mo tivo, n unca falta o
alimento para seus fil ho s. É um Odu d e reis e go vernant es, nes te cami nho
Oxun governa Xangô . Aqui se toc aram os tambo res pela pri meira vez.
Quando a mu lher d o Awo des te signo e stiver g rávida, tem que faze r três ebó .
O prim eiro logo que d esco brir a gravidez, o segundo no terceiro mês e o
terceiro no nono mês. No ebó , se u v entr e é pintado com a repr esentação
dos deze sseis meji com efun, apag a-se co m otí e se o f erece um p ombo ao
ventre. Isto é f eito para evitar que a criança nasç a co m algum ti po de
ano rmalidade. Aqui Elegbar a caiu em três armadilhas, tendo s e s afado pelos
seu s próprios es fo rços das duas pri meiras, da ter ceira, no entant o, só
co nse guiu se livra r com a ajuda de Obatalá. Página 553 de 633

Dice Ifá Quando este Odu sair na cons ulta de um cliente, não s e deve
ensinar nada a ele so b re a religião , po is certamente ele irá come ter uma
traição co ntra o adivinho . Ass inala q ue quando a lua entra em quart o
minguante, a mulher entra no sío , se u desejo se xua l aumenta e fi ca
necess itada d e ho mem. A qui nasceu o segred o do êxtase do co uro ca
belud o, que faz co m que a pesso a adormeça q uand o alguém lhe coça
suaveme nte a cabeça. Fa z-se borí com um pargo grand e que depois é
atirado ao mar com tudo o que fo i utiliza do na ce rimônia. EBÓ PARA
MELHORAR A VIDA E A SAÚD E. Pega- se dois ramos de flo res, leva-se a um
cemitér io, arri a-se o primeir o numa sepultura humi lde e o s egundo numa
sepultura r ica. Depo is, a pes so a volta à sepultura humild e e troca de ro upas,
deixand o ali as r oup as que traj ava quand o entrou no cemitério. Se o pai da
pesso a já for defunto, sacrif ica- se para o Egun, um gal o branco ao s pés de
um iroko. Leva-se a ave sacrifi cada para casa, co zinha-se co m arroz amarelo
e se leva no vamente aos pés da árv ore, entr e gando ali o sac rifício. Este Odu
assinala q ue a pess oa po de per der a v isão, para qu e isto não aconteça, tem

que faz er Oxun que é o se u Orixá. Pági na 554 de 633

Dice Ifá II I II II II I II II OXEYEKU REZA DE OXEYEKU Oxeyeku boru, boxe. Yeku


ibaí boro ona O baiye bi I fá. Oxeyeku baw aye be Ifá jonjo odara mo loni,
mo lolun Inle. E legbar a Oxeyeku Bawaiye be Ifá. Este Odu é filho de Oxe e
Oyeku. Neste Odu miséria e neces sidade caminham juntas. Ox eyekú é o
chefe dos Baba Eguns no araoní e por este mo tivo tem que ser inscri to no
opo n na atena de oparaldo . Este Odu é caminho de Iyemanjá e Aganjú. Suas
fo lhas são a ewe guna (Hura cr epitana) , malva e beri ógun (T ribulus cistides).
A pesso a tem que t om ar borí oferecendo um peix e fresco à sua cabeça.
Tem que lavar a cabeça e to mar banho s c o m três f olhas de Iyemanjá. Tem
que assentar Ol okun, Orix aoko, Osain e Az awani. Foi aqui qu e o s Bo konon ,
que não tinham Orix á, tiver am que ass entá-los para que o s aco mpa
nhassem. 3 2 2 - Marcação de diversos Odus feitas sobre o oponifá quando

se vai proce der a um d eter minad o tipo de e bó. 3 - Termo fo n que tem o
mesm o significado de Babalaw o em yo rubá. Página 555 d e 633

Dice Ifá Determina que Osain aco mpanhe cada um dos O rixás, o que
significa dizer que cada O rix á pos sui um fundamento co m Osain. As
mos cas quand o po usam so bre a mesa, faz em-n o em grup o e , quan do são
enxotad as, f ogem e m grupo. A pessoa não deve andar em gru po s , pois
so mente se prejud icará com isto . Tem que ter cuid ado po rque po de ir a um l
ugar e tornar- se presa de alguma co isa. Sof re influências ne fas tas de
olho -grande. Pode matar al guém po r causa de uma mulher . Tem que andar
atenta par a não s er roubad a. A mulher deve ter cuid ado e spec ial com o s
seio s. Neste Odu ass enta-se um Egun cujo no me é Baba Ore Ore. Fi ca dentro
de uma panela d e barr o co m um pedaço de o sso humano, um o kutá e ter ra
colhida em tr ês cemit érios . Num pedaço de pano preto marcam- se os signos
de: Oxeyeku - I I I e Oyekuxe - I II II II II I I II II II II II II II Em cima da panela
colo ca-se um bone co de cedr o com braços e pernas ar ticulad os e v estid o
de azul. C om o pano co bre-se tud o. Come um galo e dois pombo s pretos. O

h o mem maltrat a se u filho po rque duvida da sua paternid ade. Se o cliente


que se co nsult a fo r homem deve tomar cui dado co m o marido de sua
amante. Este Odu fala de pesso a irrespo nsável, vadia e q ue não go sta de
trabalhar. EXU DE OXEYEK U (BAUWÁIYE). Numa pa nela de barro co loca-se :
sete pedaços de arrecife, sete diferentes tipos de madeiras sagradas;
limalha de br onz e, limalhade ferr o e limalha de cobre; se te imãs, sete búz ios ,
21 ikins, se te espadinhas de fe rro, três t rid entes de f erro, o bí, bejer ekun,
os un, orogbo, pó de ekú e de ejá, epô, sete gr ãos de milh o seco e
ori-da-co sta. A o ser assentado co me um po mbo preto cuja cabeça e
vísceras f icam dentro da mass a. Pági na 556 de 633
Dice Ifá II I I II I I II II OXEIWORI OXEPAURE REZA DE OXEIWORI Oxe Paure
Yeyere Yew ará omi Abanxelú Ofit o. Mojá lodafun Oxe Paure. Este O du é filho
de Oxe e Iwori. É um signo de mal-agr adecidos e de traições . Aqui se fa z

come rcio co m os s egredos de I fá que são rev elad os às pesso as não


iniciad as. Não s e respe ita os Orixás, a nada nem a ninguém. O único objetivo
é a o btenção de poder mat erial e finan ceir o. As pess oas deste signo não
dão assistência nem at enção aos seus pais e s ó s e lembr am del es quando
precisam de alguma cois a. Ass inala p roblemas de vistas, sangue, art ri tes,
bursit es, pernas e pés . Ass inalam br uxarias, atitud es violentas, dívid as c om
Oxun ou co m outro O rixá e destr uição do lar. A vaidade é o maio r oso gbo
deste Odu. A pes s oa tem que apr ender a r espe itar os pais, o s Orixás e os
mais velhos na reli gião. Te m que s er mais humild e e agradecido para não s e
perder na vid a. É caminho de Orunmilá, I yemanjá, O batalá e X angô. Po r aqui
fala Egun e o próprio Olofin. Suas f olhas lit úrgicas s ão a c laveli na, o girasso l
( Helianthus annus), o e we exin ( Maloja) e o af omam. N este Odu fo i
co nstruí da a porta d o c éu. Os fi lhos deste signo devem usar um co lar de
pérolas. Aqui os ho mens e dificaram alt ares para adorar os deuses .
Nasce ram todas as religiões . Página 557 de 633

Dice Ifá O Awo deste O du tem que ter marfi m e prata dentro de s eu Ifá.

Quando co mer tem que o ferecer suas so bras a Egun. As pesso as deste Odu
têm que ter muito cuidado para manterem seus fil hos ao s eu lado, po is, po r
falta de dedi cação e de atenção, eles s e dis persam pelo mundo. Têm que
respei tar seus semelhant es para não serem desprezados por todos. Este é
um Odu exclusivamente de Egun. Ensina que Olofin e Orunmil á são aqueles
que tudo sabem. Em Oxeiwori falam se te dores e oito virtudes. Quando es te
Odu s urge em atefá, o padrinho e o Ojugb ona têm que o ferecer um ejá oro
aos seus respectiv o s Ifás; e o afilhado tem que fazer o mesmo assim que
receber K uanado. 4 I T AN DE OXEIWORI Naquele t empo a fo me ass olou a
Terra e to dos se lamentavam da f alta de dinheir o para adq uirirem alimentos.
Foi então que todos resolver am reuni r o que poss uíam para fazerem
co mpras de aliment os que pudess em se r divididos. O pro pri etário do
armazém, desconfia do das pess oas de aspecto miserável , negou-se a
aceitar o seu dinheiro, alegando que aquelas moedas, provavelmente, seriam

falsas. Foi entã o que, quando o desespero já se apos sava de t odo s, surgiu
uma anciã que metendo a mão na própria b olsa, dela retir ou dinheir o para
paga r o aliment o daquelas pesso as q ue, depois de co merem, di ssera:
Graças à Deus já não temo s mais f om e! E a velha revoltad a r etrucou: - ªE a
mim, não dão graças por haver- lhes dado o dinheir o para a com ida? Voc ês
não pass am de mal- agradecid os e, po r este motivo, eu os amaldiçô o para
todo o sempre. Só po derão se livrar desta maldi ção no dia em que
aprender em a reco nhece r e a agrad ece r a quem lhes fi ze r o bemº. 4 - Peix e
bagre Página 558 de 633

Dice Ifá I I II II II I I II OXEDI REZA DE OX EDI Oxedi o ko m ode adifa fun Orunmilá
Oni Barabaniregun Ifá Nire. Ifá kaferef un Iyalode ati Obini. Este Odu é filho de
Oxe e Odi. Par a nasce r tem que faz er ebó, para morr er tem que fa ze r ebó.
Aqui nasceu a inco nfo rmidade da mulher fazendo c om que não e xista
hom em que a satisf aça. Tem que se cuidar muito das pernas. O Elegbar a
deste Odu chama-se La lafan e sua funç ão é limpar e d esf aze r o mal. A
pess oa tem que usar fi o de c ontas da O xun. Osain tinha 201 filhos dos

quais, 101 eram mau s e 100 er am bons. A pesso a n unca se preoc upou em
cultuar Orixá e agora, que está co m grandes problemas , reco rre a eles em
busca de so lução e de dinheiro. C arrega uma carga nas cos tas pesada
demais para sua resistênc ia e que l he fo i impos ta por Xangô. A pess oa é a
luz da rua e a obs curidade de sua própria casa. Tem que ter cuidad o co m
desgosto s o casionados pelos fi lhos. Em seu cami nho vem uma so rte que
só se realizará depois que caírem tr ês aguace ir os . Para que a so rte se
co ncretize, não pode s e mo lhar nem deixar que a chuva lhe caia em cima.
Deve se prepar ar porque está vindo muito trabalho. Está sof rendo críti ca s de
alguém que irá pr ecisar dela. Xangô avisa que não se deve pedir t anto po r
dinheir o porque po de se rvir para pagar o pró prio funeral. Pági na 559 de 633
Dice Ifá Te m que dar g raças à Oxun. E la espera que a pess oa cumpra suas
obrigaçõe s para co m ela. É preciso ass entar E legbar a e Orunmilá. Se f or

mulher: A ss inala gr avidez. And a mal d esde que teve co ntato co m um


hom em. Deve prestar at enção no s eu fluxo me nstrual. Cui dado co m uma
mulher q ue freqüenta sua cas a e que é inver tida, para q ue não haja co nfus ão
com seu relacionamento co m ela. Assina la enfermi dades no ventre que
podem ocasi onar intervenção cirúrgica. Se for homem: Assinala problemas
com as pernas e o s pés por per manecer mui to tempo em pé. Tem que fazer
ebó para recuperar a vir ilidade que anda meio enfraquecida: Um galo, do is
pombo s, uma quart inha com água de chuva, um alfa nje, dois ilú e uma co rda
virgem do tamanho da pesso a. Olofi n mandou três chuvas so b re a Terr a.
Na primeira, caír am pedras pr ecio sas , jóias, pérolas, e tc. e todos saíram r e
colhendo o s tesouros , co m exceção de Or unmil á. As pessoas e ntão
disseram: "Que grande to lo ! Por que perde a chance de ficar rico ?" Com a
segunda chuva, caiu muito dinhe ir o, mo edas de o uro prat a e co bre, e mais
uma vez todo s s aíram recolhendo o que po diam e, co mo da vez anter ior,
Orunmilá nem se abalou de onde es tava e então as pesso as disseram:
"Como é bo bo, não liga para dinheir o, e se m ele não s e po de viver!" Na te
rceira chuva que se abateu, só caíram armas. Lanças, arcos , flechas ,

espadas, etc. D es ta vez, ao contrár io das o utras, ninguém se preocupou e m


recolher o que havia caí do do céu, c om exceção de Orunm ilá que, desta
fo rma, fico u dono de um gr ande arsenal. Tempo s depo is, Orunmilá t reinou e
armou um po deros o exército que, dominan do o povo obrig ouo a pagar
tributos e des ta forma, Orunmilá t orno u-se dono e se nho r de toda a ri que za
que os outros haviam acumulado. Página 5 60 de 633

Dice Ifá I I I II II I II II OXEROS UN OXELESO REZA DE OX EROS UN Oxe leso olalu


firi adifafun bá ale ile korugbo ire o bo eiyelé lebó . K aferef un Exú ati I yalode.
Este Odu é fil ho de Oxe e de Iros un. Fala d e heranças e afirma que tant o se
herda o bem co mo o mal. É caminho de Egun A rere. O ho mem go sta de
pos suir as mulher es f ren eti camente e po r isto e las o e vitam. Corre o risco
de violar uma mul her e isto s erá a sua destruição. É amado de fo rma
apaixonada por uma mulher , mas vive pensando no ut ra que não o quer e se

insistir será destruí do po r ela. A pess oa quer faz er mal a três p es so as e s e o


fize r só criará problemas para si mesma. Teve uma enfe rmidade nos ó rgãos
g enitais que pens a es tar cur ada, mas que ainda pode ressurgir . Deseja
separar- se do seu c ônjuge, mas deve agir co m muita cautela par a que não
venha a oc orrer uma fat alid ade. Se fo r feita em Ifá, seus irmão s de culto
desejam c ausar- lhe um dano . Deve prestar atenção para não fi car doente do
sangue. Para pr os perar não pode ne gar nada a ni ng uém. Deve seguir uma
única reli gião para não acabar enlouquece ndo. Folhas do Odu: Ewe ayo, ewe
ekisan e framboe sa. Aqui Oxun com e duas galinhas pint adas. Coloc a-se um
a cruz de cedro em O runmilá. O Ôsun do Awo deste Odu co me um galo junto
co m Egun. Pági na 561 de 633

Dice Ifá EXU NANGBE 13 at aré, tr ês grãos de milho, uma m oe da de prat a, pó


de ejá, obí, oro gbo, e tc. A ssenta-se num o tá de pedra p orosa e lava tr ês
anzó is e três ekodi dés no alto da cabeça. Em oso gbo arun, neste Odu,
sacrifica-se um etú dundun par a Egun, li mpa-se, ass ase e co loca-se e mbaixo
da cama do enfermo. Depois de tr ês dias despacha- se no mato. T em que

tomar borí com peixe f resco de rio. Of erece- se comida à Oxun nas águas de
um ri o. Sacrifica-se galo para Exú e Ogun. TRABALHO PARA A LOUCURA
Oferece-se um pombo branco à cabeça da pesso a e o utro para E xú.
Despacha-se no local determinad o pelo jogo . CÂNT ICO DO ODU: Ogund e
arere i re bombo lokpa Ogun Onile, Ogun Walona, Ire bo mbo lo kpa arere.
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Dice Ifá II I II II I I I II OXEW ONRIN O XENIWO

REZA DE OXENI WO Oxeroro niwo B oro Owónrin kokoroxe Awé Owónrin


kokoró biajé eiyelé lebó . Oxe M weyo O wónrin Ak akalei yé Obá Jo bi Inú enu
om ó lalá Awo Okutá, Aw o Leri Okut á. Este Odu é filho de Oxe e de Owó nrin.
Aqui nasceu a malí cia das pesso as que, se ndo uma co isa, passam- se po r
outra at é co nseguir em se us o bjetivos . As pes so as deste Odu d evem ter

sempre em suas casas, uma jaula com uma cotia dentro. Devem ler com mui
ta at enção os rótul os e as bulas dos reméd ios antes de to má-los, para que,
por engano , não v enham a se envenenar o u intoxicar . Devem lavar suas
casas co m fo lhas de afoman O Aw o deste Odu ab re guerra co m seu
padrinho e depois que tem afi lhados, estes s e afas tam desgostoso s. Fal a
de três pesso as que s e s eparam. Pa ra reso lver todos os problemas e ter
proteção , co loca-se um peda ço de gal ho de afo man com um laço vermelho
at rás da po rta de casa. O Elegbara d este O du leva cabeça de cacho rro e
couro de tigre no seu as sentament o. Neste c aminho co loca-se Eleg bara
come ndo junt o co m Ogun. Te m que assentar Osai n. Foi por este caminh o
que Osain che gou à terra. Sacrifica-se um ajá para Xang ô junto co m Osa in e
Elegbar a. Com a cabeç a do ajá e co uro de tigr e prepa ra- se uma se gurança
fo rrada com f olhas de af om an. Para tirar uma maldi ção , fervem-se f o lhas de
afo man junt o co m um punhal . Toma-se banho co m esta água e e nterra-se a
er va junto co m o punhal. A fo lha litúrgica deste Odu é o afo man. Pági na 563
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Dice Ifá Para que a pess oa não pass e por mudanças na vida, t em que
of erecer um galo a Exú. Se a mulher que se co nsulta está gr ávida, o
surgimento deste O du indica que seu fil ho se rá o mó Elegbar a. Quando sai
este signo numa consulta para um homem, significa que o cliente nasceu
para adivinho e po r isto tem que faz er Ifá. O home m deste Odu não po d e
co nfiar em nenhuma mulher , pois , mais cedo ou mais tarde, so frerá uma
traição . A pes so a já se saiu muito bem de um gr ande apur o, mas, s e
meter -se no utro, não terá o mes mo s ucesso . As pesso as deste signo, sejam
home ns o u mulher es, preferem cô njuges muit o mais jovens que elas e,
para não pe rdê-los, f aze m todas as s uas vo ntades. A mulher v ive com um
homem que não é do s eu agra do. Tem que ter cuid ado po rque o marido
pode rá matá- la por causa de um amante. Se f or solteira tem que faze r ebó
para li vrar-se da influência de um Egun que não permit e que arranje um
marido. Página 564 de 633

Dice Ifá I I II II II I II II OXEBARA R EZA DE O XEBARA O xebara Awo Shexeré


adifafun Lobá Fife rekú tolumá ku oguede Alafia. Este Odu é fil ho de Oxe e
Obara. Quando Ikú dese java levar a bananeira que já havi a da do f rutos, f oi
este s igno que Awo She xeré enco ntrou numa co nsulta feita par a a pla nt a.
Xangô que e ra o rei daq uela terr a, e que havia saído em bus ca de co isas
boas, o rdenou que a bananei ra fizes se ebó co m dois pombo s e um xeré
adornado de búzio s para q ue se livrasse da morte. Neste signo o xeré de
Xangô é c arregado co m bico e unhas de g alo, 16 favas de bejerek un, 16
sementes de urt iga e mui to pó de os un. Qua ndo o Awo deseja vencer seus
adversár ios e evitar o mal que estes lhe faz em, deve co loca r E legbara so bre
iyefá co m a marca de Oxebara, sacrifi car-lhe um galo (chamando o gal o pelo
nome do araj é) e rezar este Odu. A pesso a pede alg uma coisa e se as susta
qu ando a obtêm. Aq ui nasce o transto rno da personalidade. A pesso a
deseja s er Babala w o e muda de reli gião, mas seu verdadeir o c aminho e stá
no c ulto aos Orixás. Tem que le var Ox un ao rio e, se tem Awofakan ou
Akofá, deve levar seu Igbá Or unmilá j unto e ali, dar co mida a eles para

livrar-se de to do o mal e ter so rte na vida. Fala de um Egun que mo rreu de


fo me e que fica para do na po rta da casa da pess oa esperand o q ue lhe dêem
co mida. Tem que ofe recer um p eixe fresco enrolad o num pano estampad o
p ara este Egun. Tem que faz er ebó co m uma franga e nove fi tas de
diferentes co res, depo is do ebó tudo deve ser enterr ado. Este Odu fala d e um
co fre cheio de moe das. A pess oa tem que ir à uma igr eja levando uma
lagartixa enrolada num algodão , ass isti r à missa e depois, sair, pass ar o
algodão co m a lagar tixa no c orpo e des pachar na s epultur a de um padr e,
pedindo tudo o que dese ja obter na vida. M arca-se Oxebara na terr a e
sacrifica-se, e m cima, um galo branco para Ogun. Página 565 de 633
Dice Ifá Este Odu manda dar comida a Egun, periodicamente, na po rta de
casa. Assina la doe nças co mo: Úlcera s e stomacais, problemas da vesícul a,
úlcer as de duodeno, doenças cardíacas e das veias. O dono deste signo é

espírit a e adivinho. Tem que f aze r Ifá. Tem pro teção esp irit ual muit o
podero sa e repleta d e luz. Atr ás de s ua porta tem um Egun de guard a que
jamais entra em casa, deve co locar uma quartinha, atrás da porta, co m água
e ped acinho s de co co , despac har para a rua e substitui r a cada nove dias.
Tem que as s e ntar Osain. A língua é o chicote do corpo. Quando s eus fil hos
cresce m, vão e mbora de sua co mpanhia. Página 5 66 de 63 3

Dice Ifá II I II II II I I II OXEKANA O XEFO LEKO KANA REZ A DE O XEKANA


Oxekana, Oxe Ipil iki afijé akolo nan adifafun S okun bat inxé maiyexá ejá o ro
lebó. Este Odu é fi lho de O xe e Okanran. Nes te Odu nasce u a cerimônia
Mamuraye, o dia de I t á. Deter mina que quando um filho a doec e, deve-se
reco rrer aos mé dicos e aos Orixás pa ra q ue se s alvem. É preciso auxílio
espirit ual e científi co . A criança doente tem que re ceber Akofá (se fo r
menina) ou Awof akan (se f or menino ), usar os co lares de s eus O rixás, para
mais tar de ver-se o caminho que deve seguir , se em Ifá o u Orixá. A pess oa,
se po ss uir um cão , deve cuidar muito bem dele, se não pos suir deve arr anjar
um. Um mo rto está pedindo miss a, deve mandar r ez á-la. Não deve

subestima r ninguém, pois aquele em que meno s pensa é quem irá solucionar
um grand e problema. Neste caminho o s result ad os dos trabalhos só
surgem depois de sete dias. A p esso a tem que se preo cupar m u ito co m a
saúde e o bem estar dos s eus fil hos . Não po de esperar g ratidão pelos
favores prestad os e se espera agr adecim entos é melhor não faz er favores.
Tem três inimigos qu e se mpre pr ocuram prej udicá- la de alguma fo rma. O
primeiro ini migo se ass emelha ao elefante, o s egund o ao macaco e o
terceir o ao camelo . Poss ui um pesar q ue não rev ela a ninguém. Já cho rou
muito e, graças a este pranto não s ucumbiu ao s ofrimento. A s lágr imas
servir am de alí vio e de co nfo rto. Go sta que tud o s e reso lva rapidament e,
mas precisa s aber que tud o tem s eu tempo certo. Página 5 67 de 633
Dice Ifá T rês coisas bo as, co mo diferent es, so rtes es tão em seu caminho.
Este Odu fala de des preocupação co m problema s f amiliares. Os pais não se

preocupam c om os filhos . Fala de indi ferença e insens ibilidade diant e do s


sofrimentos alheios. EBÓ EM OXEKANA Um galo, dois pombos brancos,
roupa usada e suada, um roupa limpa v ermelha e br anca, um cão pequeno ,
uma co rrente, pó de ekú, de ejá,, epô, etc... Depois dos sacri fícios, pega-se o
cachorri nho, co loca-se a corrent e em se u pesco ço e so lta-se para q ue
caminhe arr astando a co rrente pelo chão para que leve par a longe o s probl
emas que se está vivenciando. Página 568 d e 633

Dice Ifá I I I II I I II II OXEGUN DÁ REZA DE OX EGUNDÁ Oxe Omo lu Oxewele


Biawo wele. Oxe balaya Biawo akuk ó bodawa xé ajá baxe r e s inu oro inan
oguese omi akoko wini okoko isuguese ki leman Oxe Omolu, Oxe Omo l u
agadá mamelorun Este Odu é filho de O xe e Ogundá. Aqui o filho des trona o
pai por causa de um Eg un q ue o pertur ba. Nasce u a sens ação nas nádegas.
Nasce u a guerr a entre idí e o bó pela co roa d e I ndoko. Por isto até ho je não
se s abe se dá mais pra zer faz er sexo anal ou vaginal c o m as mulher es.
Nasceram os hábit os religios os com o s quais os ho mens procuram ocu lt ar
suas iniqüid ades físicas e espirit uais. Nasceu a permissivid ade co m os

filhos . Aqui Elegbar a destrona Olo fin. A folha des te Odu é o ewe dudu .
Ofe rece-se um galo a Elegbara, gr elha-se e co loca-se diante de Elegbar a co m
um inhame ass ado. Depo is s e repart e e des pacha-se em s ete matas. Aq ui
nasceram os xales para que as mu lheres protejam suas cabeças dos
rigores do So l. Colo ca-se inhame e co co sec o para Elegbar a. A mulher
insurge- se c on tra o marido por causa de um desprez o da part e dele,
podendo ocasio nar a sua desgraça. A pesso a já fo i ou quis s er mili tar. Um fil
ho varão se rá a sua felici dade. A pesso a tem pr oblemas co m o cô njuge o
que provoc a a s eparação do s filhos . Perdeu um t rabalho o u alguma coisa
de grand e valia. Tem que ass entar Orunmi lá o mais depressa po ss ível.
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Dice Ifá Se fo r homem não deve falta r com o respeit o nem a cons ideração
co m sua mulher para não s er abandonado pela so rte. EBÓ EM OXEGUNDÁ

Um galo, um etú, terr a de praça, um co ral, dois o bís, duas velas e uma co r oa
feita co m ramas de inhame. Ofe recem-se tudo a Elegbar a e a co roa e o co ral
fi cam junto co m ele. Este ebó é indicado para se recupe rar o que s e perdeu.
EXÚ ARUD Á A cabeça é mo delada em mass a de tabati nga e leva dentro:
Ouro, tr ês mo edas co rre ntes, prat a, pó de ekú, pó de ejá, epô, agba do, cardo
santo, cansanção, beri ogún ( Tribulus cistides), afomam, tengue, para-raio,
yamao (árvore silvestre da famíl ia das meliáceas), co migoninguém-pode, um
otá do alto de uma mo ntanha, uma erva de Egun ( qualquer), kagangago
(parami), o tí, terra de quatr o esquinas, areia da pr aia, areia do rio, sal de c oz
inha, abá funf un (Spendias me mbis) e quatr o ataré. Página 570 de 633

Dice Ifá II I I II I I I II OXES Á REZA DE OXES Á Oxes á Awo o binin o pú adifaf un


Ako. Akukó lebó . Akofá atitan erit a merin elebó . Este Odu é filho de O xe co m
Osá. Aqui Osain co meu macac o. Ass inala ar trite e pr oblem as nas juntas
ós seas. Par a que a p esso a não se desvie de seu bom caminho, of erece- se
um ajap á a Xangô, cujo c asco , depois de preparado, é deixado junto do igbá
do O rixá. Aqui acontec eu a grande separação entre Oduduw a e O batalá, que

fez com que Odudu wa foss e o brigada a tr oc ar o es tanho pela pr ata.


Colo cam-se o ito mo edas de prat a em cada mão de Ifá, para q ue o Awo
possa viver adivinhando por muitos e muitos anos. Oferecem -se duas
galinhas à Oiyá e duas ao Egun Iyatobí. Assinala fo go dentro de cas a que, par
a ser evit ado, faz -se ebó co m três o fás e três mo lhos de palha seca que são
quei mados so br e o s o fás e têm as cinzas so pradas par a fo ra de casa. O
coc o verde, quand o perde a águ a, ning uém o quer. O coc o seco , depois de
partido, se e stiver estragado, jo ga-se f ora. A pesso a está doen te por dentr o
e se não s e cuidar logo, co rre gran de per igo. T em que beber ág ua de coc o
verde, tomar b anhos co m leit e de co co seco e faz er traba lhos em casa,
sempre usando co co . Aqui o mar e as cos tas mar ítimas fo ram co nsult ar
Orunmilá e, s aindo este signo, f oilhes o rdenado que fi zes sem e bó. So mente
o mar fez o ebó determi nado, e po r isto, to do o lixo que lhe ati ram é levado e
depositado nas costas marítimas. Foi neste caminho que o periquito foi

visitar Orunmilá e no camin ho s eus inimigos lhe s opraram pós a base de


os un para lhe faz erem mal. Pági na 571 de 633

Dice Ifá Quando o pe riquito viu aquelas manchas vermelhas, fi co u


admirando-a s e então o fei ti ço fez efeito, e suas pernas se retorceram. As
pess oas tem defeito s nas pernas o u terá um filho co m pernas tortas. Um
resguardo reli gios o f oi quebrado o u mal feit o. Tem que respeitar seus
irmãos de religião. Recebe avisos através da audição e não sabe se quem
lhe fala é Egun ou O rixá. Duvida do que o uve, e po r este mo tivo po de perder
es ta dotação . EBÓ PARA DERROT AR OS ARAJÉS. M arca-se O xesá no chão
atrás da porta d e casa, co bre-se com pól vora, co loca-se um pedaço de
galho de salvadera ao lado, acende-se a pó lvora e quand o o fo go s ubir,
chama-se pelo no me do arajé. Em seguida, sacrifi ca-se um galo so br e o pau
e as marcas deixad as pelo fo go. Despacha- se no local deter mina do pelo jo
go. Página 572 de 633

Dice Ifá II I I II II I II II OXEKÁ

REZA DE OXEKÁ Oxek araká adifafun erú. Orunmi lá umbatil ope e sé ibú los á
om ó e rú. Oxun koyo de o f o O luwo, Oss ain, Inle Akarabani jé oro ko dadé. Este
Odu é fil ho de Oxe e Iká. É o Odu do esc ravo do Rei. Oxeká afi rma: "Onde
minha cabeça me levar, ali estarei". Quando surge es te Odu, des pacha-se a
porta co m água fria. É signo de iniqüidades, maldades e vícios . Aqui o Awo é
malvado e injusto. Neste c aminh o Orunmil á prati cava magia negra. Os
aborrecimentos são permanentes. Assinala asma e possibilidade de morte
por afogamento ou sufocação. Sacrificam-se dois galos para I yemanjá.
Colocam-se duas cabaças em Oxun. Quando es te Odu surge em atefá de
Awof akan o u Akof á, depois de decorri dos cinco dias de s eu surgi mento
sacrificam-se duas gali nhas carijós para Oxun na beira de um rio. Pr oíbe
seus filhos de c omerem inhame. A ss inala fratur as de braços o u pernas e
mo rte súbita oc asio nada por uma surpr esa. A fo l ha litúrgica deste Odu é o

ewe eran (Pata de gali nha). Um dinheir o grande vem pelo c aminho das
águas. A pesso a não pode desnudar- se diante do s O rixás. Aq ui Elegbara era
c ego e andava monta do a cavalo. Um mal que é feito s e tra nsfo rma em
bem. Página 573 de 633

Dice Ifá Quando sai este Odu numa co nsulta, a pesso a para quem sair ,
durante se te dias, d eve evitar and ar em qualq uer tip o de veículo mo torizado
ou montar a caval o para não so frer um aci dente. Tem que faz er ebó
rapidamente. Odu da fi lha de Obá. A pesso a tem que ter cuidado co m uma
traição e ficar atenta aos inimigos. Alguém pode envo lvê-la num pr oc ess o
judic ial. Sente-se co mo se estivesse escravizada. Vai passar po r uma g
rande provação , mas depo is virá uma gr ande so rte. A pess oa teve ou terá
filhos de Santo antes de f aze r Santo. Uma mudança de tr abalho não deve ser
mo tivo de preocupaçõ es, pois s ó trará benefícios. Tem que assentar I nle.
EBÓ PARA DINHEIRO Dois galos , duas galinhas, dois po mbo s e duas penas
de ekodidé. Página 574 de 633

Dice Ifá II I II II I I II II OXET URUKPON REZ A DE OXET RUPO N Oxe trupon


ikabagun mayá lalaya o un o yagunle ilowó tulé adifafun piti areti nlo laya tinx é
arema owunko lebó . Ologun bante eiyelé, akuk ó lebó . Este Odu é fil ho de Oxe
e Oturuk pon. O dono deste signo não po de co nsultar ninguém sem co brar.
Quando este s igno surge numa co nsulta par a alguém que vem pela pr imeira v
ez , Ifá ordena que não se po de dar nenhum t ipo de iniciação para ela. D eve
ser encaminha d a à o utra casa para que lhe façam o que fo r necessário. O
padrinho da pess oa des te si gno tem que tr atá-la com muita atenção e s em
reserv as, po is, se esta pesso a resolver i r -se embora, arr astar á co nsigo
todos os seus irmãos, deixando o padrinho s em ninguém. Este Odu é
caminh o de Xangô e de Obatal á. Colo cam-se cinco o vos de gali nha rega dos
de mel par a Oxun e despacha-se, depo is de cinco dias nas águas de um rio.
To ma-se chá d e fo lhas de oxibat á para problema s renais. A p esso a so fre
dos rins, do estômago e do c oração. Não pode ficar de estômago vazio para

não s entir-se m al e par a não agravar o probl ema. Tem propens ão a


submeter-se a int ervençõ es c irúrgicas . Quando e stiver passando por
problemas de ordem financeira, a pessoa deve vestirse com as roupas mais
rotas q ue tiver e sair andando pelas ruas. Este é o e bó para problemas de
dinheir o. Tudo o que fize r deve se r muito bem co brado po is ninguém
mo strará gratidão pelo que fo r feito . Oxetrupon é o Odu da carpint aria e a
pesso a, mesmo que não tenha esta ar te como o fíc io, tem vocação e
habilidade para trabalhar com madeira. Página 575 de 633

Dice Ifá Não pode levantar a mão c ontra nenhuma mulher , muito meno s
co ntra filhas da Oxun. Não po de co mer alimentos picantes nem ingerir
bebidas alcoó licas. Tem o po der de co nse guir r ealizar tud o o que pede. Po r
este mo tivo não deve alegrar -se co m o mal de qu em quer que seja, para não
ser acusado de faz er o mal atr avés de pragas e mald içõ es. Tem que dar
co mida a I beji. Tem que dar um gal o para o Egun do pró prio pai. Se a mãe da
pesso a já for falecid a, sua so mbra estar á sempre às suas co stas. N o
quarteirão o nde a p ess oa mo ra existe um Egun de alguém que viv eu ali, e

que anda vagando pelas ruas. A pessoa deve oferecer-lhe comida e fumo, na
es quina mais pr óxima de sua casa, par a q ue funcio ne co mo guardião
co ntra o s Egun Burukú. Fala de um Egun de alguém que, em vida, teve uma
discuss ão co m a pesso a e que estava com a razão. Est e Egun p recisa de
alguma co isa para que enco ntre paz e tranq üilidade. E xiste um mais velho de
sangu e o u de rel igião que diz desejar o bem da pesso a, mas o que sente é
exatamente o c on trári o do que diz. A pess oa é perseguida por I kú que,
todavia, não consegue encontrá-la. Não deve preocupar-se, pois viverá
muitos e muit os anos. Não pode co mentar seus planos para que ning uém a
atrase c om pensamentos negativ os . Para que suas co isas evo luam , tem que
faz er uma co mida par a Xangô e c onvidar muit a gente para parti cipar da ent
rega. Não po de bater na cabeça de crianças. Neste caminho na sce u Babá
Axó que ensino u os h om ens a us arem roupas e a arte da carpi ntaria.
Quando s ai este Odu tem- se que pe s quisar muito bem o que Exú está

querendo. À mulher para quem saia este s igno, ninguém t em a mínima


consideração. Tem que receber Akofá para que, desposando Orunmilá,
enco ntre e s tabilid ade em sua vida material . Para reso lver problemas de
instabil idade matrim onial, as mulheres deste O du têm que usar um fi o co m
contas de todos os Orixás mascu li nos , sendo um gomo de cada um d eles.
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Dice Ifá Se fo r homem e tiver o mes mo problema, deve tamb ém usar um


colar id êntico só que com a s c ores das Iyag bás. E m o so gbo Ik ú pode es tar
progno stican do que a pess oa pode mo rre r de susto c om a notíci a da mort e
de um familiar ou de um amigo muito querid o. A p esso a se pe rde pela
deso bediência. Não agüenta a carga que carrega. EBÓ EM OXET RUPON Um
galo, c inco pombo s, dez o bís, mel, efun, epô e ori. Depois de feit o o ebó
pega-se cinco o bís, unta-se co m mel e se leva para o mato. Na mesma noite
se to ma borí com o que fo r determinad o po r Orunmilá. SEGR EDO DO ODU O
hom em deste O du, numa noite qualquer , lavar á os pés de s ua mulher e no dia
seguinte não permiti rá que ela faça nada. Neste dia agirá co mo s e fo ss e se u

cria do. Página 577 de 633

Dice Ifá I I II II I I I II OXET URA REZ A DE OXET URA Oxetura lo dafun Unbatinló
leajá benifó tete no nixó inbá o iyni afere wewé. A i yagbá did é af ere wewé.
Oxetura omi unso ro atie Ax á Olodumare ebó om ó Ire Odara. Este Odu surgiu
do enco ntro de Oxe co m Otur a. Em seu nasc iment o cercado de mistér i os,
Oxetura restaurou a harmonia que havi a sido rompida entr e o s dez ess eis
Agaba Odu e o po der ger ador feminino represe ntado po r Oxun Iyagbá,
salva ndo o mundo da destr uição e do retorno ao caos . Oxetura fo i gerado no
ventr e de Oxun Iyami Ajé, matr i arca das mães ances trais que pos sui o poder
mágico inerent e ao Axé do elemento feminin o, representado pelas penas
do eko didé. Este Odu é o resultado da i nteração deste po der com o poder
genitor masculino, do qual Obatalá é o detentor , aqui r epresentado pelo Axé
contido nos dezess eis Agb a Odu. É o caminh o único uti lizado por Ex ú em

sua função de Ele jigbo, o transporta dor de sacri fícios. É um Odu, como os
outros 256 do elenco de Ifá, e não um Exú, co mo afirmam pesso as que nada
sabem dos mistér ios de Ifá. É o caminho dos ebó s de todos o s o utros
signos , e po r este motivo é ch amado também de "Ebó Adá" - o que gara nte a
eficácia do ebó . Oxetura, assim co mo Exú, é a bo ca que fala ta nto o bem
como o mal . Aceit a todas as co res e todas as ervas lhe pert encem. A
palavra de Oxetura se m pre se cumpre. É um Odu de muita ri quez a material e
espirit ual. Po r ele falam Exú, I r oko, O duduwa, Obatalá, Oxun, Nanan, Xangô,
Ibeji e Omolú. A s Pes so as deste Odu s ão colo cadas em perig o de vid a pela
própri a mãe o u espo sa. Este Odu é o represe ntante de Ex ú na terr a e é o
caminh o que o co nduz aos pés de O lodumar e. Pági na 578 de 633

Dice Ifá Representa e expressa uma das mais importantes de Exú Elegbar a,
dono e co ntrolador d as o ferendas ritual ísticas. A ss inala enfe rmidades na
boc a e na gargant a, aftas, faringi tes, laringi tes, e tc. A pess oa é achac ada de
roubos, não deve ter contat o co m lad rões e lava a culpa d e co isas que não
fez . Quand o traz o so gbo a pess oa deve vi aj ar par desvia r a atenção dos

seus inimigos . É org ulhosa e por este mo tivo todo o mundo está em guerr a
co m ela. Aq ui nasceu Adamú filho de O duduwa e pai de Inle. Seu culto é feito
com máscaras e tra jes apropr iados . Proíbe ao s s eus fil hos co merem gal o,
milho e todas as co midas de Omolú. Na guer ra Oxet ura oriente aos do is
co ntendores para que se def endam um do o utro. Aqui nasceu a guerra entr e
a vida e a mo rte. Aqui c ri ou-se a arte de matar em legít ima defes a. O mundo
se divide em do is as pecto s: Vi da e mo rte. Aqui t entaram matar Olo fin e, para
defendê- lo Orunmi lá fez um ebó com um b o neco , uma agul ha, pó de efun,
pó de carvão, um galo, um bo de, obí, o rogbo, pó de peix e, pó de ekú, etc. ..
Aqui Obatalá cri a o s s eres e O duduwa co loca-lhes es pírito. É neste c aminh o
que bai xa o es pírito ao espermat oz óide humano. A pessoa e stá sendo
co mbatid a sem s ab er e pode s er vítima de um roubo . Para melho rar a so rte
tem qu e o ferecer um gal o o u uma gal inha ao espír ito do po ço . Tem que
mandar rezar missa aos familiares falecid os. Não deve construir castelos

no ar, alimentar ilusõe s vãs, para não s ofrer desilusõ es. Sua pros peridade só
oc orrerá depois que sua mãe fizer santo o u cumprir suas o brigaçõ es par a
co m eles . EBÓ PARA ABRI R OS CAMINHOS Cinco o vos de galinha, d uas
cabaças , uma galinha d angola e me l. Sac rifica-se a galinha d angola,
separa-se a cabeça do c orpo, abre- se o bi co, derrama- se me l no se u interior
e fecha-se novament e. Os cin co o vos são co zidos , descasc ado, Pági na 579
de 633

Dice Ifá co rtados ao meio, temperad os co m sal e recobertos de mel.


Coloca-se a cabeça da av e dentr o de uma das cabaças, co bre-se co m mel e
arria-se diant e de Oxun, ao lado d a outra cab aça co m o s o vos co zidos
dentro. Depois de cinco dias despacha-se nas á gua s de um rio. E BÓ EM
OXET URA Um galo, pano branco, pano vermelho e pano preto; duas velas,
obí, at ar é, um brux o de pano fe ito co m roupas velha s da pesso a, dentr o do
qual co loca-se unhas e pelos do co rpo da pesso a, uma franga, um alg uidar
com o signo de Oxetur a riscado e f olhas de Ifá. O boneco dorme dur ante três
noites na cama com a pesso a. D epois, passa- se o bo neco em se u corpo e

coloca-se dentro do alguidar. Sacrificase o galo sobre suas costas de


maneira q ue o ejé esc orra e caia dentr o do alguid ar com o bone co dentro.
Em seguid a sacrifi case a franca di retamente sobre o boneco , passam-se o s
demai s co mponentes do ebó no c orpo da p ess oa e co loca-se d entro do
alguidar. Despacha-se no lugar d eterminad o pelo jogo . EBÓ PARA SE OBT ER
BOA SO RT E Um gal o, uma roupa velha e um alguidar . Rasga- se a ro u pa
vesti da no corpo da pesso a, co loca-se o s trap os dentro o alguidar,
sacrificase o galo em c ima, arr uma-se o bicho dentro do alguidar e
despacha-se num lugar de movimento . Página 580 de 633

Dice Ifá I I I II II I I II OXEBILE REZ A DE OXEBILI Oxebili bo robo ro mo fá Irete


mo kure. Irete yama yamasa adifafun bem i lolá T inxomó okunin ará odá.
Oxebili bi Awe adawe adi Atobo Babadona o run Babalaw o lod af un Alak etá.
Oxebili bi A we adawe adi At oto Babadona orun Babalaw o lodafun Alaket u.

Oxebili bi Awe adawe adi Atoto Ba badona o run Babalaw o lodafun Alakens i.
Omó sis iroko Majé Alak entá. Omó s isiroko Maj é Alaket u. Omó sisiroko Majjé
Alakensi. Adadá Omó Alabi wo. Este Odu é filho de Oxe e Irete. Seu verdadeiro
nome nã o po de ser pr onunciado em dec o rrência da gr ande carga d e
negativi dade da qual é port ador. Em referência ao s eu no me o s Bo kono n
co stumam afi rmar em idioma fo n: "Bokono n ma do o !" Determi na que qu
ando se of erece o bí com água a Orun milá o u aos Orixás, deve- se antes,
rezar este O du, e quando s e dá obí a Egun, reza-se Oxebili d e Egun. O
Adivinho tem que ter cuidado co m a pesso a para quem saia este signo para
que o O rixá dest a pesso a não s e revolte con tra el e e venha a lh e faz er
co branças. 6 5 5 - O mes mo que Babalaw o entre os fo n. 6 - Um adiv inho não
pronuncia este nome! As pesso as deste Odu morr em de afogamento o u de
asfixia. Devem cuidar b em dos pu lmões , do c oração e do sangue. Aqui
nasceu o segredo do jogo de obí. Pá gina 581 de 633

Dice Ifá 7 Ensina que quando sai o tawa no jo go de o bí, deve- se pe rguntar de
novo , po rque esta caída é a dúv ida do o bí, tant o podendo se r sim como não.

Aq ui os fil hos recebem como hera n ça dos pais, não so mente suas


qualidades, ri quezas e po sses , co mo também seus defeito s, doenças e
iniqüidades. É um Odu de he ranças, po r isto fala de do enças heredit árias. A
pes so a preci sa se mpre de alguém ao se u lad o que a gui e e a ampar e,
so zinha não é nada. So bre heranças, não se restringe ao s pais verda deiros ,
herdam t ambém tudo daqueles que o s criaram. Neste O du os filhos
abandonam o s pais. Assinala guer ra entre mulheres . A pesso a não reflete
antes de falar e diz co isas das quais, invariav elmente se a rrepende.
Nece ss ita de alguém ao seu lado para orient á-la e guiá- la em todas as suas d
ecisõ es. Assinala a exi stência de uma pr opriedade que outros e stão
desfrut ando. Fal a d e e nganos de documentos legai s, de falsos
testemunhos, usurpação de direitos, propri edades ou cargos. É signo de
tigre e de gato. A p ess oa é co mo um gato rodeado de tig re que a quer em
devorar. A mulher tem o ventre am arrado. Ass inala a existência de três

assuntos pendent es e que pr ecisam se r reso lvidos . O espír ito de um home m


velho des eja receber uma mi ss a. Pode ser o pai ou o padrinho da pess oa. 7 -
Otawa é uma das caída s do Jogo de Obí, q ue são em número de cinco, a
saber: Otaw a, Eji fé, Okanaso de, Oyeku e Alafi a. To dos o s detalhes so bre
este tip o de Orácul o estão co nt idos no trabalho do mes mo autor i ntitulado
"Merindilogun, O Jo go de Búz ios por Odu ". Pági na 582 de 633

Dice Ifá S eus filhos, para terem so rte, têm que rece ber Ifá. O Aw o des te
signo tem que trabal har em sua pró pria casa. O fi lho des te Odu não po de
come r carne de animai s pretos. T em que dar co mida aos Orixás e ao chão
de sua casa. O dono deste Odú é Xangô Olufá. Par a se assentar este Xang ô,
abre-se um buraco num lo cal onde s e marcou O xebile so bre a te rra, cava-se
até enc ontrar um o kutá. Encontrada a pedra, retir a-se, lava-se, s acrifi cas e um
pint o so bre ela e co loca-se no igbá de Xangô procedendo- se no rmalment e a
par ti daí. Quando es te Odu sai para um A wo, ele tem que mas car onz e grãos
de ataré co m o tí e so prar em cima de Elegbara. Antes disto, c obre Elegbara
co m uáji e depo is lhe of e rece um galo para q ue vomite toda a fo rtuna que

guarda em se u ventr e. Depois, p ara agrad á-lo, oferece a ele uma cabaça
co m ekó diluído em água. A pess oa tem que dar gr aças à luz. Página 583 d e
633

Dice Ifá II I I II II I I II OXEFUN REZ A DE OXEFUN Oxe fun te fun She fun . She fun
Babá Arerú. Orunmilá ni Aiyaxé ria ria Awo ig bín okoto kilu osalakole Iká koye
adafun loede ikoko yeye wof un Awo O nikako pewo o mi kako o rugbo iguí ni
axó, e rí, o ni pejú t onpoko laro. Este Odu é fil ho de Oxe e de Of un. Aqui nasceu
o incesto. É um Odu i mpuro e peri goso . Neste cami nho s e vende aos
inimigos. Oxefun é o so m o nomatopaico produzido pelas mulher es quando
lavam seus ó rgãos s exuais. É caminho de O runmil á, de Olo kun e de Oxun.
Assinal a dores es tomacais oc asionadas por má di gestão. A s pess oas deste
Odu quando l avam suas roupas não as devem to rcer. Oferece-se Ekú, ejá,
epô , o iyn e obí à Oxun. Neste cam inho , quando se ganha dinheiro, tem-se

que perguntar a Orunmilá de que fo rma se de ve gas tá-lo. Obatalá quer


alguma co isa, deve-se perguntar o que é. Sac rifica-se um c ab ritinho a
Elegbar a e se des pacha repar tido e m três matas. A pesso a não po de usar
co r dõe s nem co lares. Para v ence r os inimigos pega-se uma toalha limpa,
molha- se co m álc oo l e passa- se na cama. A pesso a tem qu e co locar um
tapete ao lado de sua cama p ara q ue, quando ac ordar, não to que no c hão
com os pés descalço s. Tem que respeit ar muito a Xangô. Quand o surge
este Odu na consulta d e um client e não inicia do, es ta pesso a não po de fazer
Santo , mas deve s er iniciada em Ifá o mais depress a pos sível. Página 58 4 de
633

Dice Ifá O do no deste Odu tem que usar um Id é de Ifá pr eso por uma
corrente. Aqui Iyemanjá amal diçoou o porco dizendo: "Só comerei tuas
carnes depois que raspar em bem os teus pelo s". D esde então o s porco s
têm seus pelos total mente ret irados antes de serem co midos . Neste Odu se
prepar a uma bengala de madeira de orudan (Pi theco lobium arborem), co m
cabo de c hifre de veado, carregada com: Bejerekun, obí, oro gbo, marfi m,

pena de ekodi dé, pelo de tig re e pó de cabeça de porco. Come po mbo junto
co m Ôsun e duas gali nhas pretas com Orunmilá. Fica sempre ao lado do
Igbá de Orunmilá. Página 585 de 633

Dice Ifá DESVENDANDO O S SEG REDOS DE IFÁ PART E XVI II I II I II I II I OFUN


MEJI ORANGUN OLOGB ON R EZAS DE OFUN MEJI Em fo n: Mikan Fu Meji
Hekpa! Ku kpodo ku vi le k pa, Gbe kpo do G be vi li kpo, Az o n kpo do Az on vi le
kpã, Guda Fligbe, wa yi sa nu mi! Kl an S a, magba hwe do ta nu m io ! Di Fun, K u
hun Ku kon, Xé Tura do le do, Le gbo gbo do , Kpoli agbã no je agbã ton g udo
bo Je agbã ton nukon! Dunon Duno n emi yro le leô , Emi hw ele si ye!
T radução : Saudaçõ es a Of un Meji, Hekpa! M orte e filhos da Morte, Vida e
filhos da Vida, Doenç a e filhos da Doe nça, Ogunda Gbe , venha tr aze r axé ao
meu sac rifício! Okanran Sa, q ue nunca falte um t eto s obre minha cabeça!
Odi Fun, se a mo rte me perse guir, recha ss e-a! Oxe Tura, isto é para você e

também par a Ile, a Te rra, não importando a quem este ja endereçado so bre a
Te rra! Página 586 de 633

Dice Ifá Signo a quem pert ença es te sacrifício, que po ss as demo rar-te
adiant e e atrás dele. Odu , Odu que eu invoquei, eu lhe o fereç o água (Dit o isto
co loc a-se f arinha de acaçá diluí da e m água sobre o s acrifício of ertado).
Terminada a of erenda, uma última pr ece é f eita par a que se ja aceito: Adr a mi
do kpe, Adr a we nhi Ku-non! K u mi do kpe! He zuz on non s e do m on a E s e we
do fi-de, hun yi fi lo. T radução: Adr a, nó s te reverenciamo s, Adra, S enho r da
Morte! Nos te reverenciamos , Ikú! O pássaro que vo a não po de tocar aquele
cuja cabeça es tá protegida, O perigo não s e aproxi ma d aquele que r ece beu
o Axé. Se alguém te pede para ir a qualquer parte, vo cê f az c om que vá. ( Esta
última frase se endereça ao sacrifício). Obs.: A segunda parte desta
saudação é util izada somente por oc asião do o fereciment o de s acrifícios
determi nados por Of un Meji e deve se r recitada sempre, depo is de recit ada a
primeir a parte. Pr ece de Of un Meji ( yoruba): Orunmi lá o dye mo ndoye odimala
mo ndimàl à Bimàlà nak ade awontan imon awondadewe tedi mo lé Awo n lale

awo ti n fo wo kanxuxu dagb a omo xoko Alaba ti n belode Ifé awo nimon
odo yeee mo ndoye Odimanl an mondil manla n Orunmi lá oni n mo olo j agba
awa Do pitan majeta kokpawa I fá do pitan majetan ko kpawa. (Tradução
desco nhecida). Ofun é o Odu de maior i mportância dentr o do sistema de Ifá,
represe nta um mi stério tão gra nde q ue, quando s urge, os Babalaw os
co stumam reverenciá-l o bradando: He kpa Babá! Babá signifi cando "Pai" e
Hekpa, repr ese ntando uma expressão de pavor e de respeito dia nte da
grande ene rgia e do eno rme poder inerente a es te Odu. Pági na 587 de 633

Dice Ifá Em Ifá é co nhecido e ntre o s Fo n (jêje) como "Fu Meji", "Ofun M eji"
ou "Ofu Meji" . Os n agô s o chamam também, de "Ofun Meji" , "Làgun Meji"
(Làgun signifi cando mistério), "Ologbo" (misteri oso e maléfico por haver
co metido um inces to - Lo), "Oji Of u" por eufo nia , "Hekpa" ou "Baba Hekpa"
por eufemia (reza, prece). Em yoruba "Fun" significa d oar, dar; "funfun"

significa branco e es te Odu representa esta co r, enquanto que "Ofu" s ignifica


perda, prejuí zo . A palavra "fu" tr ansmite a idéia de limpar soprand o , co mo
quando s e ass opra um o bjeto o u superfície qualquer par a retirar a po eira a li
depos itada. Suas atribuiçõ es s ão tantas que é impos sível enumerá- las. Tem
poder sobre a v id a e a mo rte e, dominand o a morte conhece o segred o da
ressurreição. Ofun é pai de Og be que liberou apó s criar o ar da v ida e mãe
dos demais Odu, dos quais Ogbe é o pai. É, pelo que s e vê, o único Odu que
apresenta características hermafroditas, diferente dos demais, cujos
gêneros são perfeitamente definidos. Neste aspecto podemos afirmar qu e
Ofun repr esenta os princípios masculino e feminin o da criação ass im como
tudo aquilo que opo ndo-se ou complementand o-se po ssibil itam a
manifestação plena d a vida em tod o s o s se us aspecto s: luz/t revas,
preto/branco, macho/fêmea, etc... É o universo mani festado e imanifestado
e desta fo rma, tudo o que exi ste está so b seu co mand o. Ofun Mej i
represe nta a Grand e Mãe e o princípi o m aternal . Sendo a mãe de todo s o s
Odu, o é t ambém de toda a cri ação, não tendo do mínio so mente so bre o ar,
que após have r criado, libero u Ej iogbe que pass ou a do miná-lo. Depois de

Ejiogbe, Ofun Mej i engend rou os demai s Odu, po ssuindo assim o mund o,
onde cada Odu cri ou e simboli za uma part e, s empre so b as o rdens e leis
estabelecidas po r Ofun. Bernar d Maupoil em s eu trabal ho "L a Ge omancie a
l Ancienne Cô te des Eclaves" resume isto num s ímbolo e so térico atribuído a
Ofun - Um ovo , dentr o do qual inscr eve-se, à direita, doz e po ntos
superpostos em pares e, à esquerda, quatro traços verticais, também
superpos tos . Os traço s representam os quatro primeir os Odu-Ifá: Ogbe
(Vida); Oyeku (Morte); Odi (Universo Revelado) e Iwori (O Ignoto). Esta
represe ntação busca dar uma idéia apr oximada da importância de O fun, aqui
repr esentado pelo O vo, dentr o do qual estão co ntidos todos os demai s Odu
, inclusive ele pr óprio. pos itivo/negativo, ação /repo uso , Página 58 8 de 633
Dice Ifá Ofun é, porta nto, a repr esentação de tudo o que exi ste o u poss a
existir, o mund o manif es tado e o imanifestad o, todos os planos de

existência e segredos que são de domínio d a Di vindad e Suprema e que o s


iniciad os de mais alto grau pret endem apenas vislum br ar de fo rma conf usa.
Este Odu rege home ns e m ulheres indi scriminadamente, é um s igno ligada
às Kenesi e as ave s ligadas à feitiçar ia são provenientes dele. Ofun reclama ,
em se us s acrifícios, tudo em número de dez esse is. Comanda, junt amente
com Osa e Ir osun, as regras fe mininas. E ste Odu é tão perig os o que a
maiori a dos adivinhos omite m se u nome diante de pr of anos preferind o dize r
"Hekpa Baba" (Baba signifi ca papa i e hekpa é uma exclamação que exprime
pavor). Se mpre que um adivi nho e nco ntra este si gno c os tuma di ze r: Ló o u
Eró, palavr as que tr ansmitem, ao mes mo tempo , a idéia de proi bição ,
pecado e mistéri o: em s eguid a so pra três vez es s obre as palmas de suas
mãos, c omo s e elas co ntivessem um pó. Talv ez po r isto, s empre que este
Odu apar ece num a co nsul ta, deve- se bater a mão es palmada so bre o ventre
e em s eguid a, estendendo- a, so pra r sobre sua palma, como se e stivesse
co berta de pó, exclamando: "Hekpa Babáº! Alg uns i niciado s afirmam que
este proc edimento visa afas tar a grand e negativi dade que ac o mpanha este
Odu, e que s e manifesta, pri ncipa lment e, e m doenças que se co ncentr am na

cavidade abdominal, para nós, no entanto, o procedimento acima descrito


visa, principal mente, espalhar , através do so pro, a energia de vida exi stente
em Of un. O fun gar ante a seus fil ho s, vida l onga e co nquistas obtidas
so mente depo is de cer ta idade, quando atingem um estágio mais elevado de
espirit ualidade e de co mpreensão diante do s mistérios da vida. To das as
pesso as, independ ente do O du que poss uam, quand o atingem co m vida,
uma idade muit o avançada, pass am a pertencer a Of un Meji. Proíbe seus
filhos de so prarem so bre fogo ou brasas , quer seja par a apagá- los que s e ja
para ativá-los. Ensin ou aos homens o segred o e o manejo dos ikins par a se
enco ntrar os Odu Ifá. As pess oas deste signo devem vestir -se exclusivamen
te de branco , não po dem andar sujas nem f reqüentar lugares s ujos . Assinala
o poder de Olofi n so br e a ter ra. Faz co m que os frutos e as sementes
ácidas so bre a terr a germinem e s e reproduzam . Página 589 de 633

Dice Ifá Aq ui nasceu o c os tume d e se faze r juramentos às pes so as na hora


da morte e a punição p ara quem não os cumpre. Quando sai para uma
pessoa enferma, determina que não morrerá, mas que alguém,
inesperadamente, irá em seu lugar . Tem o poder de ressus citar os mo rtos.
As pesso as deste Odu, por ó dio ou revolta, la nçam feiti ço s em sua própr ia
família. A ssinalam fenômenos, bruxarias, maldições, aquisições, riqueza,
fo rça na palavr a, mo rte o u vi da l onga. É caminho de Orunmilá, Oiyá e
principalmente de todos os Orixás Funf un. Há q uem afirme que Olorun se
comunica co m os homens através deste Odu. Os filhos deste sig no têm o
poder de falar diretamente co m a morte e exercerem co ntrole so bre ela. São
bons co nselheir os , caprichoso s, intransigent es, implicantes e quando
apelam par a a violência po dem perder o c ontrole e praticar at os que o s
levem a caminho s irrev ersíveis de so frimento e do r. Quando vivenciam o Ir e
do Odu, s ão predestinad os a viv erem até id ade muito avançada,
conhec endo a f artura, o sucess o, a fama e a riqueza d epois da meia ida de.
Para eles não existe o impos sível . Não podem poss uir garrafas ou potes
destamp ados em suas cas as e uma das s uas pri ncipais int erdições são as

bebidas a l co ólicas, pri ncipalmente o emú e bebidas fe rmentadas. Têm


tendências a so frerem do co ração e sentirem falta de ar . Costumam criar
grandes pr oblemas quand o as co isas não tran sco rrem de aco rdo co m sua
vontade, po r achar em que tudo tem que ser feito do s eu jeito. Não
co stumam deixar -se levar por se ntimental ismo , preferindo antes agir co m a
razão , po uco lhes import ando o que os outros s intam o u deix em de s entir.
Pos su em grande mediunidad e e, quando a utilizam co rretamente,
conversam com o s mo rtos , obtendo deles r espo stas par a tudo o que
querem s aber. Quand o este Odu surge em o polé e vem seguido do Odu do
Awo, não se pode faz er nad a pela p esso a que se co nsul t a, muit o meno s
faz er-lhe Ifá, po is Orunmil á está avisando que es ta pesso a será a destru ição
do Awo. Página 590 de 633

Dice Ifá Aqui nasce u o f undamento pelo qual o Babalaw o não pode guardar

o dinheiro ganho em sua s ativi dades ligad as a Ifá, tampouc o po de deixá- lo


de herança para seus filhos , de vendo gastá- lo e usuf ruir dele da maneir a que
melho r lhe apr ouve r. Quando as sinala problemas de justiça para uma
mulher, faz -se e bó co m espigas de mil ho e três lenço s bra ncos que, depois
de sete dias, são amarrados à sua c abeça. Quan do s urge em atefá, tem qu e
se pegar as duas mão s de Ifá, reunir o padrinho, o Ojugbona, o Awo e alguns
Awos d e total co nfiança e sacrificarem-se duas galinhas, uma para cada
mão . Antes disto, b ate- se muito amalá ilá, espalha- se no chão do Igbodun
Ifá, co loca-se uma co rrente na por ta p ara que o Awo tropec e nela e caia, em
seguida dá- se -lhe uma surra com varas de álamo. Quando surge es te Odu
numa co nsulta par a si próprio, o Awo tem que pegar uma cabaça co m água,
desmanchar u m ekó, ewe dund un, ewe tete, ori da cos ta, colo car o o kp ele
dentro e to das as pess oas presentes devem tomar um pouco daquele
om ieró. Página 591 d e 633

Dice Ifá PACTO COM IKU EM OFUN MEJI Talha-se um boneco de madeira,
colo ca-se s obre um pan o br anco junto co m dezes seis mo edas e lima lha de

todo s o s metais, rez a-se Ofun M eji, sacrifi cam-se duas frangas, pass a-se no
co rpo da pesso a e se enterra no cem itério. Outr a fó rmula é desc rita da
seguint e f orma: Talha -se um bonec o na madeir a de bo , junta- se dezes seis
mo edas, limalha d e diver so s metais. L impa-se a pes so a duas frangas,
sacri fica-se uma so bre o boneco , embrul ha-se no pano branco e da-se
enterr ar no cemitério. C om a outra frang a faz -se sacudimento na pes so a
rifica-se para Elegbara. O bo neco fica junto do Egun da cas a. Página 592 de
633 algarro c om man e s ac

Dice Ifá I II I I I II I I OFUNLOG BE O FUNALOGBE R EZA DE O FUNLOGB E


Ofunlo gbe aujetr e yiero ajeri gui ofá perigui kí Obá. Oxun l odafun Of un Odafo
Obá Nubá Ogbe donlará Ofun, Ekodidé metá elebó. E bejó o wo elebó . Este
Odu é filho de Of un e de Ogbe. Sem pre que surge, toca-se a barri ga e
so pra-se para fo ra. Neste c aminho expulsaram Azawani d o reino de Ulkuman,

na ter ra Lukum i (Nagô). Nasce ram as secreçõ es e f luidos do c orpo


humano, co mo a s aliva, o s uco gástri c o , etc., d as quai s o sêmen é o rei.
Aqui nasceram os es perm atozó ides. Seus filhos c orr em o risco de
so frerem morte violenta e acidental . Neste ca minho Obatalá leva oito otás
em s eu igbá e fi ca s empre mais alto que qualquer Ori xá. Nasc eu o mal cheiro
das vagi nas e o mo tivo po rque a menstruação c heira mal . Obatalá l anço u
maldição em Of unlogbe po r que es te lhe r oubo u a cabra preta. Os filhos
deste Odu t êm problemas estomacais e não podem co mer cabr a. A pesso a
tem que receber mão -de-faca o mais depressa pos sível. E ntram em gue rra
com irmãos de santo o u de sangue por causa de mulher es de procedi mento
duvi doso . Neste Odu a mul her se ving a do mari do pelo descaso com ela e
com os filhos, e depois é acusada de agir levianamente. É necessário muito
cuid ado co m a grav idez, pois po de tratar-se de gêmeos e existe o risco
permanente de aborto. A g r avidez , po r si mesma, representa um risco de
vida. Suas fo lhas lit úrgicas s ão o per egun, o cipreste e o pega-p into. A s
pesso as deste Odu não têm camin ho e m Ifá, não po dem ser Bab alawo, pois
sua miss ão e stá dentr o do culto de Orix ás. Página 5 93 de 633

Dice Ifá Par a resolver -se problemas do es tômago, f az-se ebó co m tudo o
que a boca co me, depoi s, co m o material do ebó, f az-se uma past a.
Faze m-se tr ês malaguidí s, s endo um de mo ru ro, um de algar robo e o último
de mar pacífico , enche -se os malaguid is co m a pasta d o material d o e bó,
bejerekun, obí e orogbo . Lava-se c om o mieró e sac rifica-se so bre ca da um
deles, um po mbo preto. P ARA DERROT AR OS INI MIGOS Prepara- se três bo los
de carne moída cr ua com amalá , epô e o n ome dos inimigos dentr o.
Deixa-se po r três dias no s pés de Exú. Depois de transco rrido s o s três dias,
leva-se para a rua, passa-se por duas e ncruzilhadas e arria-se na terceira,
regando-se co m mel de abelhas. Quando s e vo ltar para casa, rega- se Exú c

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