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6 Espectrofotometria

6.1 Introdução
Medir é basicamente chacoalhar o objeto sob estudo, e ver o que acontece. Uma maneira boa de cutucar
moléculas, é com radiação eletromagnética (luz). A palavra espectrofotometria designa um método de
análise baseado em medidas de absorção de radiação eletromagnética. A técnica que aqui se descreve está
restrita a uma pequena região de comprimento de onda da radiação eletromagnética, que corresponde
à luz visı́vel ou ultra-violeta: é a faixa entre aproximadamente 200 e 700 nm (1 nanometro = 10−9 m,
700 nm = 0,7 µm.)

6.2 Absorção de Radiação


Várias coisas podem acontecer com a radiação luminosa que atinge uma certa substância (ver Figura 6.1)
A radiação incidente pode sofrer reflexão, refração, espalhamento ou ser absorvida pelo material.
Disso resulta que somente uma parte da radiação incidente é transmitida através do material.
O processo de absorção ocorre ao nı́vel molecular. Assim, como acontece num átomo, cada molécula
caracteriza-se por possuir nı́veis de energia moleculares quantizados, os quais podem ser ocupados pelos
elétrons das moléculas. Por outro lado, a radiação carrega energia, sendo que o valor dessa energia
depende do comprimento de onda da radiação. A absorção da radiação se dá quando a energia que
ela transporta é igual à diferença entre dois nı́veis de energia da molécula; nessa situação, a energia da
radiação é transferida para a molécula e ocorre a chamada absorção de radiação.
Como moléculas de substâncias de substâncias diferentes têm diferentes nı́veis moleculares de energia,
ocorre que cada substância absorve a radiação de maneira peculiar. Dito de outra forma, os compri-
mentos de onda que uma certa substância absorverão são caracterı́sticos da sua estrutura e outras
substâncias absorverão outros comprimentos de onda. Se levantarmos dados referentes à intensidade de
luz absorvida por uma substância, em função dos comprimentos de onda da radiação, estaremos obtendo
uma curva chamada espectro de absorção da substância. O importante é que cada substância tem um
espectro caracterı́stico e, desse modo, se queremos identificar um material desconhecido, poderemos
fazê-lo a partir de sua curva de absorção, comparada com curvas de substâncias conhecidas.
Uma vez conhecido o espectro de absorção de uma dada substância pode-se também determinar em
que quantidade essa substância se apresenta em uma solução analisada. Isso é feito através da medida
da intensidade de luz que atravessa a amostra, como veremos a seguir.

Figura 6.1: Reflexão, refração, espalhamento e absorção fazem com que a luz que sai da amostra tenha
uma intensidade menor do que a luz que incide.

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6.3. Lei de Lambert-Beer 2

Figura 6.2: Experimento ao qual se refere a lei de Lambert-Beer.

6.3 Lei de Lambert-Beer


Lambert estudou a transmissão de luz por sólidos homogêneos. Beer estendeu o trabalho de Lambert
ao estudo de soluções. Pode-se apresentar as conclusões dois dois pesquisadores na forma de uma lei
conhecida como a Lei de Lambert-Beer.
Através dessa lei, intensidades da radiação incidente e emergente podem ser relacionadas com as
concentrações do material presente na solução. Vamos discorrer brevemente sobre essa lei, com os
seguintes esclarecimentos:
1. São considerados desprezı́veis os efeitos de reflexão, refração e espalhamento.
2. A radiação incidente deve ser monocromática, isto é, conter somente um comprimento de onda.
Isto posto, vamos considerar a situação ilustrada na Figura 6.2. I0 e I são, respectivamente, as intensi-
dades da radiação incidente e transmitida pela amostra. Muitas vezes, a intensidade transmitida decai
exponencialmente com o aumento do caminho percorrido na solução (comprimento l da Figura 6.2), e
também com o aumento da concentração c:
I = I0 10−εlc
sendo c a concentração do material em estudo, l o comprimento interno do recipiente que contem a
solução, e ε(λ), o coeficiente de extinção ou absortividade ou coeficiente de absorção, um fator carac-
terı́stico da substância absorvedor (e o solvente), que depende do comprimento de onda da radiação.
A grandeza que medimos experimentalmente é a transmitância T que é a razão entre a intensidade
incidente e a transmitida:
T = I/I0 (6.1)
Em relação a essa grandeza, a lei de Lambert-Beer assume então a forma
T = 10−εlc
A absorbância A é definida como
A = − log10 T (6.2)
Assim, em relação à absorbância a lei de Lambert-Beer é escrita
A = − log10 T = log10 (1/T ) = log10 (10εlc )
e portanto,
A = εlc (6.3)
Vemos o porque da definição da absorbância: nas condições da validade da lei de Lambert-Beer é uma
quantidade proporcional à concentração. O espectrofotômetro se torna um medidor de concentração
seletivo para um determinada substância, através da relação c = A/εl.
De uma maneira geral, para uma solução de dada substância, em um certo solvente, analisada a
um certo comprimento de onda da radiação, pode-se traçar uma curva da absorbância A em função da
concentração c; a partir dessa curva será possı́vel determinar a concentração de qualquer amostra dessa
solução.
6.4. Instrumentação 3

6.4 Instrumentação
De maneira global, um espectrofotômetro tem três partes:
Fonte de radiação normalmente é uma lâmpada incandescente. Existe também um controle de in-
tensidade da radiação, mas é fundamental um meio de controle do comprimento da onda (por
exemplo, filtros ou monocromatizadores como prismas ou grades de difração). No nosso aparelho,
pode-se selecionar o comprimento de onda da luz incidente através de um controle manual.
Amostra deve estar contida em um recipiente apropriado do tipo tubos de ensaio ou cubetas. Como
normalmente medidas comparativas são feitas (uma medida com só solvente, outra com solvente
e soluto), as cubetas vêm emparelhadas. As cubetas são fabricadas o mais igual possı́vel. Assim,
no resultado final, somente o soluto faz uma contribuição à absorção.
Detetor é um elemento sensı́vel à radiação e que pode nos dar uma medida da intensidade da mesma;
varia desde foto-moléculas até o próprio olho. Um indicador no aparelho converte o sinal do
elemento em um número. Os instrumentos em geral dispõe de duas indicadores: uma delas nos dá
a transmitância T (Eq. 6.1) e a outra dá a absorbância A (Eq. 6.2) direto, evitando a necessidade
de uma calculadora.

6.5 Experimento
A molécula guaiazuleno (C15 H18 , 198,31 g/mol) foi isolado originalmente a partir do óleo essencial
de camomila. É usado como corante em alimentos e cosméticos. Temos uma solução de 19,8 mg de
guaiazuleno em 100 ml de ethanol. Queremos levantar o espectro de absorção no visı́vel (de 400 até 700
nm) e medir o coeficiente de extinção ε (no comprimento de onda de maior absorção).

Medida do espectro de absorção de um corante


A receita para medir o espectro segue:
1. Ligue o aparelho, e espere cinco minutos para o aquecimento e estabilização dos circuitos.
2. Ajuste o comprimento de onda para o valor máximo (λ = 700 nm).
3. Em alguns aparelhos, sem cubeta no aparelho, tem um obstáculo entre a lâmpada e o detetor. A
transmitância neste situação deve ser zero: regule a transmitância T para zero, usando o botão
apropriado. Em outros aparelhos este ajuste é feito de outra forma, ou não precisa ser feito.
4. Coloque uma cuba com somente solvente na porta-amostra do aparelho. Nesta situação, vamos
definir a transmitância sendo 100% (T = 1). Portanto, regule a transmitância para 100%, usando
o botão apropriado. Este ajuste é feito para que, ao analisarmos a solução, tenhamos eliminado
a absorção por parte do solvente e a cuba. Ao contrário do ajuste do item anterior, a regulagem
da transmitância 100% deve ser feita para todo valor de λ, uma vez que o solvente pode absorver
diferentemente em cada λ.
5. Retire a cubeta com o solvente e coloque em seu lugar a que contem a solução. O indicador
dará a transmitância T ou a absorbância A, dependendo da posição de um botão. Anote os dois.
(Verifique com a sua calculadora que o aparelho dá de fato A = − log T )
6. Varie λ a intervalos adequados, repetindo sempre os itens (4) e (5). Levante o espectro entre 400
e 700 nm, com uma resolução melhor (meça mais pontos) na região de maior absorbância.
7. Faça um gráfico com dois eixos verticais, um para T , outro para A.

Medida da curva de concentração


Vai agora fixar o comprimento de onda e obter dados da absorbância da solução em função da concen-
tração do solução, afim de conseguir o coeficiente de extinção da molécula em questão.
1. A partir dos dados da parte anterior, fixe o comprimento de onda λ no valor correspondente à
máxima absorção. Meça o comprimento interno l da sua cubeta. Qual é a concentração molar da
sua solução?
2. Coloque o solvente no porta-amostras e faça os ajustes de transmitância zero e 100%, como na
parte anterior.
6.6. Relatório 4

3. Meça a absorbância, dilua a solução e repete, até não conseguir medir mais porque a transmitância
(T ) ficou perto de 100% (a absorbância A ficou muito pequena).
4. Faça o gráfico dos seus dados (A contra a concentração). A proporcionalidade de A com c (Eq. 6.3)
é verificada? Tire o coeficiente de extinção ε a partir da derivada (coeficiente angular) do seu
gráfico. (Qual unidades tem ε? Como poderia estimar a incerteza no seu valor?)

6.6 Relatório
Vamos se preocupar sobretudo com uma apresentação boa dos dados e uma discussão. Descreve também
eventuais dificuldades que tinha com o seu aparelho. Discute a relação entre o seu espectro e a cor da
solução que usou. A lei de Lambert-Beer (proporcionalidade entre concentração e absorbância) foi
verificada?

Comentários e sugestões são bem vindos: ewout@if.usp.br

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