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Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

1º GRUPO DE PERGUNTAS  

1  –  O  escoamento  de  um  fluido  no  interior  de  tubagens  resulta  em  perdas  de  carga,  sendo 
necessário estimá‐las de forma a dimensionar as redes e os equipamentos associados. (27‐01‐10) 

a) Comente, justificando, a veracidade (ou não) da seguinte afirmação: “A perda de carga de 
um  escoamento  numa  tubagem  que  exiba  um  comportamento  hidráulico  liso  não 
depende do número de Reynolds”. 
A  afirmação  é  falsa.  Tanto  em  regime  laminar  como  em  regime  tubulento  será    sempre 
necessário determinar o número de Reynolds pois só assim se consegue calcular o factor de 
atrito inerente e fundamental para estimar a perda de carga resultante dada pela equação 
de Darcy. 
  O  que  se  verifica  é  que  o  factor  de  atrito,  em  regime  laminar,  tanto  nas  tubagens 
lisas  como  nas  tubagens  rugosas  é  independente  da  natureza  das  paredes.  Neste  caso  o 
factor de atrito é dado por f = 64/Re. 
b) Comente,  justificando,  a  veracidade  (ou  não)  da  seguinte  afirmação:  “Num  escoamento 
compressível  no  interior  de  uma  tubagem  o  caudal  mássico  e  o  cadual  volúmico 
permanecem constantes, o que sginifica que, para secção constante (diâmetro interno da 
tubagem constante) a  velocidade média do escoamento mantém‐se constante”. 
A afirmação é falsa. De facto, pelo princípio da continuidade, a massa de fluido que entra na 
tubagem  será  a  mesma  que  sairá  e  portanto  será  lícito  afirmar  que  o  caudal  mássico  se 
mantêm  constante.  Relativamente  ao  caudal  volúmico*  este  não  se  mantêm  constante 
porque existe variação de volume específico devido à variação de pressão. Relativamente ao 
parâmetro velocidade também não se manterá constante, vejamos a equação que define o 
caudal mássico: 
m ρ. V. A 
Se isolarmos V: 
m
V  
ρ. A
Sabemos que o caudal mássico e área de secção são constantes logo como o fluído é 
compressível haverá variação de massa específica e portanto se esta diminuir a velocidade 
aumenta, se aumentar verifica‐se diminuição da velocidade. 

  * V m v 

c) Qual a fundamentação física da equação de Darcy? Como estima o factor de atrito de um 
escoamento e quais os parâmetros a ter em conta na sua determinação. 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

A equação de Darcy expressa‐se da seguinda forma: 

L V
h f. .  
D 2g

Concluímos assim que a perda de carga na tubagem é directamente proporcional ao factor de 
atrito, ao quociente (L/D) e à energia cinética. 

Para estimar o factor de atrito existem diversas formas empíricas. Na actualidade a fórmula 
melhor aceite pela comunidade mundial é a de Colesbrook‐White formulada da seguinte forma: 

1 ε 2.51
2log  
√f 3,7 d Re√f

  Nesta  expressão  para  calcularmos  o  factor  de  atrito  torna‐se  fundamental  conhecer  o 
número de Reynolds do escoamento e a rugosidade específica (e/d). 

  Para chegarmos ao valor do factor de atrito existem dois métodos possíveis. Ou recorre‐se a 
um  método  iterativo  para  resolver  a  equação  de  Colesbrook  ou  em  alternativa  recorre‐se  ao 
diagrama de Moody que é nada mais nada menos do que a “plotagem” da equação. 

2–  O  escoamento  de  um  fluído  no  interior  de  tubagens  resulta  em  perda  de  carga,  sendo 
necessário estimá‐las de forma a dimensionar as redes e os equipamentos associados. (28‐06‐11) 

a) Comente,  justificando  a  veracidade  (ou  não)  da  seguinte  afirmação:  “o  factor  de    atrito 
pode ser descrito pela equação de Colesbrooke – White que depende do nº de reynolds e 
da rugosidade relativa, verificando‐se uma diminuição do factor de  atrito com o aumento 
do  nº  de  Reynolds  e,  consequentemente,  uma  diminuição  das  perdas  de  carga 
distribuídas.” 

Em primeiro lugar de facto a equação de Colesbrook – White depende do número de Reynolds e 
da rugosidade relativa que representa o quociente entre a rugosidade absoluta do material e o 
diâmetro interno da tubagem.
1 ε 2.51
2log  
√f 3,7 d Re√f

L V
h f. .  
D 2g

 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

No entanto a segunda parte da afirmação é falsa. O factor de atrito é tanto maior quanto menor 
for  o  número  de  Reynolds  e  portanto  como  pela  equação  de  Darcy  a  perda  de  carga  é 
proporcional ao factor de atrito esta aumenta com a dimiuição do Reynolds 

b) Comente, justificando a veracidade (ou não) da seguinte afirmação: “Num escoamento em 
que a tubagem exibe um comportamento hidráulico liso, o factor de  atrito é só função do 
nº de Reynolds”. 

A  afirmação  é  verdadeira.  Considera‐se  tubo  liso  os  tubos  cujas  irregularidades  internas  são 
totalmente cobertas pela camada limite laminar. Desta forma o factor de atrito não será assim 
influenciado pelo estado da parede sendo função exclusiva do número de Reynolds. Dos vários 
estudos  e  fórmulas  propostas  destacam‐se  a  fórmula  proposta  por  Prantdl  e  Blasius 
respectivamente: 

1
2 log . 0.8 

1
0.316. 4000 10  
4

c) Comente,  justificando  a  veracidade  (ou  não)  da  seguinte  afirmação:  “A  perda  de  carga 
num escoamento compressível varia linearmente com o comprimento da tubagem” 

Considerando os demais parâmetros que entram na equação de Darcy efectivamente a perda de 
carga varia linarmente com o comprimento da tubagem. 

3 – A energia necessária para o transporte de líquidos em tubagem varia com as características 
físicas do sistema. (18‐02‐08) 

a) Indique as principais características físicas que intervêm no cálculo da energia 

Sabemos que a equação da energia entre 2 pontos (A e B) é dada por: 


 
2 2

A  energia  de  cada  ponto  é  o  resultado  da  soma  da  energia  potencial  de  pressão,  da  energia 
cinética e da energia potencial de posição.  Desta forma, respectivamente os parâmetros físicos 
que intervêm no seu cálculo são a pressão estática, o peso específicio, a aceleração gravítica, a 
velocidade e a altura geométrica relativamente a um referencial previamente estabelecido. 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

b) Indique os princípios para estabelecer as equações de cálculo 

Para  estabelecer  as  equação  da  energia  considera‐se  que  o  escoamento  se  encontra  em 
regime  estacionário  e  permanente  sendo  que  pela  lei  da  continuidade  o  caudal  mássico  se 
mantêm constante em qualquer ponto da conduta. 

Tem que se definir um volume de controlo 

4 – A determinação das perdas de carga é fundamental para se proceder ao dimensionamento 
de redes de fluídos: (25‐09‐2007) 

a) O  que  traduz  o  nº  de  Reynolds?  Se  pretendesse  calcular  o  nº  de  Reynolds  de  um 
escoamento num canal aberto qual a dimensão característica que utilizaria? 

O número de Reynolds é o quociente  entre as forças de inércia e as forças viscosas. Serve para 
classificar o regime de escoamento, isto é, se o esoamento é laminar, transitório ou totalmente 
turbulento (Re > 4000). 

Num canal aberto a dimensão característica seria o comprimento do canal na direcção coaxial ao 
escoamento. 

b) De  que  depende  o  factor  de  atrito  de  um  escoamento  numa  tubagem?  Comente  a 
determinação do factor de atrito no caso de escoamento hidráulico rugoso. 

O  factor  de  atrito  depende  do  nº  de  Reynolds  e  da  rugosidade  relativa  (quociente  entre 
rugosidade  absoluta  e  o  diâmetro  hidráulico).  Relativamente  ao  factor  de  atrito  no  caso  do 
escoamento hidráulico rugoso em regime laminar é dado por f = 64/Re. Quando passa a regime 
turbulento  já  se  torna  necessário  quantificar  a  resistência  criada  pelas  próprias  paredes  da 
tubagem entrando por isso nas expressões de cálculo a rugosidade relativa. Nikuradse propôs a 
seguinte expressão para a estimativa do factor de atrito para este caso: 

1 /
2. log  
3.7

c) O que entende por perdas de carga localizadas? 

São  as  perdas  de  pressão  devidas  a  acessórios  instalados  nas  tubagens  tais  como:  curvas, 
válvulas, purgadores, juntas anti‐vibratorias, venturis, reduções, entre outros. 

5– O transporte de fluídos de forma contínua em tubagens deve ser calculado tendo em conta 
a resistência dos tubos: (18‐02‐08) 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

a) Como define a pressão e temperatura de projecto a utilizar nos cálculos? 

Em primeiro lugar pressão e temperatura de projecto são os valores de pressão  e temperatura 
considerados para efeito de cálculo, e consequente, projecto de tubagem. Para definir estes dois 
parâmetros  começa‐se  por  analisar  as pressões  e  temperaturas  extremas  que  irão  ocorrer nas 
tubagens  em  projecto  que  poderão  ser  devido  às  mais  diversas  razões.  Posteriormente,  e 
recorrendo à tabela A.1 da norma ASME B31.3 determina‐se a tensão admissível para o material 
e em função das temperaturas extremas praticadas que se prevê ocorrer na tubagem. A pressão 
e temperatura que conduzam à tensão admissível mais baixa (vista na  tabela A.1) são os valores 
de temperatura e pressão de projecto a usar nos cálculos inerentes à previsão da espessura da 
tubagem, etc... 

b) Qual a influência do facto da tubagem ser aérea ou enterrada? 
c) Qual a justificação para se definir a utilização de certificados de materiais e construção? 

Nas  normas  constam  todas  as  características  mecânicas  dos  materiais  a  utilizar  sendo  que  os 
cálculos de equipamentos e tubagens são relativos a essas mesmas características. Na altura da 
aquisição  dos  materias  torna‐se  importante  garantir  que  as  características  dos  materiais  estão 
conforme os requísitos de cálculo. Nas normas consta também os procedimentos de verificação 
de qualidade dos materiais. 

d) Quais os factores principais a ter em conta? 

Na selecção de materias para tubagens devem‐se ter em conta os seguintes factores: 

1. Condições de serviço (pressão e temperatura de trabalho) – o material tem de ser capaz de 
resistir  à  pressão  máxima  de  serviço  assim  como  a  toda  a  faixa  de  variação  possível  de 
temperatura. 
2. Fluído conduzido – Devem ter sidos em conta os seguintes aspectos: 
a) Natureza e concentração do fluído 
b) Impurezas e contaminantes presentes 
c) Presença de sólidos ou gases em suspensão 
d) Temperatura 
e) pH 
f) Resistência à corrosão do material 
g) Possibilidade de contaminação do fluído por corrosão  
3. Nível  de  resistência  mecânica  do  material  –  o  material  deve  resistir  a  todos  os  esforços 
actuantes. 
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4. Natureza dos esforços mecânicos 
5. Processos de ligação – o material deverá ser adequado ao processo de ligação que se deseja 
empregar. 
6. Custo 
7. Segurança 
8. Facilidade de fabrico e montagem 
9. Velocidade de escoamento do fluído – em alguns materiais a velocidade de escoamento do 
fluído pode influir apreciavelmente na sua resistência à corrosão e erosão 
10. Perda de carga 
11. Tempo de vida útil 

6 – A viscosidade participa no balanço das perdas de energia no transporte de fluídos. (11‐02‐
2005) 

a) Que tipo de resistência é evidenciada pela viscosidade? 

Sabemos que um fluído distingue‐se de um corpo sólido através da sua capacidade para escoar. 
As ligações intermoleculares são consideravelmente menores do que num sólido. A viscosidade 
evidencia  precisamente  essa  resistência  ao  corte.  Quanto  maior  for  a  resistência  ao  corte, 
“maior será a semelhança do fluído com um sólido”, e maior será a dificuldade para que este se 
escoe. 

b) Qual o comportamento de um fluído Newtoniano? Qual o interesse da definição? 

Um  fluído  Newtoniano  é  um  fluído  em  que  a  tensão  de  corte  é  directamente  proporcional  ao 
gradiente de velocidades e directamente proporcional à viscosidade dinâmica evidenciada pelo 
fluído. Matematicamente: 

.  

 
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Graficamente um fluído Newtoniano tem o seguinte comportamento: 

c) Como se relaciona a viscosidade com as outras características do escoamento de fluídos? 

A  viscosidade    relaciona‐se  com  a  temperatura.  Para  fluídos  liquídos  com  o  aumento  da 
temperatura  menor  será  a  viscosidade.  Já  nos  gases  um  aumento  de  temperatura  traduz  um 
aumento  de  viscosidade  já  que  aumentam  as  colisões  moleculares  que  originam  tensões 
internas.  A  viscosidade  nos  gases  é  bastante  inferior  à  dos  líqudos  uma  vez  que  as  ligações 
intermoleculares são bastante mais fracas. 

Relativamente à pressão, nos fluídos líquidos não se verifica grandes alterações da viscosidade 
em função da pressão pois os fluídos liquídos podem ser considerados incompressíveis. 

A viscosidade também se relaciona com o nº de Reynolds, quanto maior for a viscosidade mais 
díficilmente o fluído entra em regime turbulento uma vez que a resistência ao corte aumenta. 

d) Quais as unidades da viscosidade no sistema SI? 

.
A viscosidade dinâmica (µ) é expressa em  .  

A  viscosidade  cinemática  (v)  resulta  da  divisão  da  viscosidade  dinâmica  pela  respectiva  massa 
específica e portanto as unidades SI serão: 

.
μ
/  

7 – Considere o escoamento de um líquido numa tubagem: (27‐07‐2007) 

a) Indique e caracterize os regimentos de escoamento que conhece 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre
e David Bronze 35500 

Tem
mos o regimee laminar ond
de tal como  o próprio no
ome indica o
o fluído escoaa em camadas sendo 
juntto à parede aa velocidade nula e no eixxo da tubage
em máxima

me  turbulentto  onde  o  fluído  escoaa  na  direcção  coaxial  como  tamb
mos  o  regim
Tem bém  tem 
movvimentos transversais à  ttubagens. Caaracterizas p
pelo aparecim
mento de reddemoinhos.  

Tem
mos  intermed
diamente  um
m  regime  traansitório  que  reúne  cara
acterísticas  ddo  regime  la
aminar  e 
turb
bulento. 

b) Descreva o e
efeito da visscosidade doo fluído na pe
erda de carg
ga da tubageem 

A peerda de cargaa é dada pela
a equação dee Darcy:  

L V
h f. .  
D 2g

Sabeemos  que  quanto 


q maio uldade  para   o  fluído  en
or  a  viscosiddade  maior  será  a  dificu ntrar  em 
nto, ou seja, menor será  o número de Reynolds. Consequenttemente quanto mais 
regime turbulen
baixxo  for  o  nº  de  Reynold
ds  maior  é  o  factor  de
e  atrito,  tal  como  compprova  a  equ
uação  de 
Coleebrook‐White  ou  o  diagrama  de  Mooody.  Sendo
o  maior  o  factor  de  atritto,  pela  equ
uação  de 
Darccy concluímo
os que a perd
da de carga sserá naturalm
mente maiorr. 

2º GRU
UPO DE PEERGUNTA
AS  

1 – Num necessários eequipamenttos destinados a repor aa energia de
ma rede de ffluidos são n e pressão 
(bombas) e equipam
mentos de co
ontrolo de caaudal e presssão (válvula
as). (27‐01‐100) 

a) Descreva  o  princípio  de
e  funcionam
mento  de  um
ma  bomba  centrífuga. 
c CComo  se  processa  a 
transformaçção da energgia mecânicaa aplicada ao
o veio da bomba em eneergia de presssão? 

Usualmente  um
m  motor  elécctrico  accionna  o  impulso
or  da  bomba
a  através  de 
e  um  eixo  co
omum.  O 
fluíd
do é admitido axialmente
e por um boocal perpend
dicular ao pró
óprio impulssor. Devido à
à rotação 
m aumento dde velocidade que se 
destte, o fluído ssofre uma acceleração ceentrífuga resultando num
trad
duz num aum
mento de ene
ergia cinétic a (pressão d
dinâmica). Po
osteriormentte e devido à
à própria 
geom
metria  da  carcaça  qu
ue  envolve  o  impulso
or  usualmente 
designada  por  voluta/difuso
v or  a  energiaa  cinética  é  convertida em 
enerrgia  de  presssão  (pressão
o  estática).  Para  isso  ass  dimensões  da 
secçção  da  pró
ópria  voluta vão  aumeentando  pro
ogressivame
ente 
diminuindo  a  velocidade  (princípiio  da  continuidade)  e 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

consequentemente  diminui  a  pressão  dinâmica  resultando  num  aumenta  da  pressão  estática 
isto para que teoricamente se verifique o príncipio de Bernoulli (como sabemos inevitavelmente 
haverá sempre perdas de energia).  

b) Em  que  consiste  o  NPSH  de  uma  bomba  e  qual  a  sua  relevância  como  parâmetro  de 
selecção deste equipamento para uma determinada rede de fluídos? 

Como  sabemos  e  pegando  agora  em  concreto  nas  bombas  centrífugas  inicialmente  devido  à 
rotação do impulsor há um aumento  de energia  cinética e pressão dinâmica e  contrariamente 
uma  diminuição  da  pressão  estática  em  iguais  proporções.  Supondo  que  a  temperatura  se 
mantêm constante e se caracteriza por uma dada pressão de vapor, sempre que se verifique um 
abaixamento da pressão estática abaixo da pressão de vapor entramos em regime de cavitação.  

  Surge assim a necessidade de assegurar que a pressão nunca se encontra abaixo da pressão 
de  vapor  para  essa  mesma  temperatura.  Para  isso  habitualmente  os  fabricantes  de  bombas 
traçam  abácos  que  delimitam  o  NPSH  mínimo  que  a  instalação  deverá  ostentar  de  modo  a 
garantir  que  não  existe  cavitação  das  bombas.  O  NPSH  é  assim  a  energia  medida  em  pressão 
absoluta disponível na aspiração da bomba. Matematicamente é a diferença entre a pressão do 
fluído  e  a  pressão  de  vapor  a  uma  dada  temperatura.  Para  o  cálculo  do  NPSH  existe  duas 
hipóteses, ou a bomba está em carga ou está em aspiração tal como é explicado pelas imagens e 
respectivas expressões de cálculo abaixo: 

Em aspiração: 

p p p V
NPSH í ΔH çã H é  
γ 2g

Em carga 

p p p V
NPSH í ΔH çã H é  
γ 2g
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

c) Considerando  que  pretende  instalar  uma  válvula  de  isolamento  num  circuito  de  vapor 
baixa pressão, tendo à disposição válvulas de cunha, diafragama, de borboleta e guilhotina 
(todas com o diâmetro nominal da tubagem do circuito) em que é que se basearia a sua 
escolha por um determinado tipo de válvula? Justifique. 

Na selecção de uma válvula de isolamento devem ser tidos em conta parâmetros como: pressão 
e  temperatura  de  serviço,  estanquicidade,  características  do  fluído,  velocidades  praticadas, 
gamas  de dimensão, perda de carga admissível, níveis de ruído e vibração e custos de aquisição 
e manutenção! 

Neste  quadro  apresenta‐se  resumidamente  funções,  vantagens/desvantagens  das  válvulas  de 


isolamento e retenção. Válvulas de segurnça – ver slides da unidade curricular 

Válvula  Função  Vantagens  Desvantagens 


 Regulação Caudal   Boa vedação   Perda de carga 
 Isolamento   Fácil manutenção  apreciável 
 Frequentes manobras   Diferentes tipos de vedantes   Escoamento com 
 À prova de fogo  logo adapta‐se a uma grande  mudanças bruscas de 
Válvulas Globo 
 Linhas Vapor  gama de temperaturas  direcção 
 Suporta condições serviço 
severas 
 Manobras rápidas 
 Distribuição de água   Boa vedação   Não são recomendadas 
 Rápida manobra  para regulação 
Válvulas de 
 Susceptível de vibração 
cunha 
 Fraca estanquicidade 
quando na presença de 
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partículas em suspensão 
Válvulas   Regulação fina gases e 
 Regulação precisa de caudal   Tubagens até 50 mm 
agulha  líquidos 
Válvula de   Isolamento   Manobras rápidas   Grande peso 
macho   Linhas alta pressão   Sedes e vedantes protegidos   Custo elevado 
cilínrico /   Água e vapor   Manutenção simples   Temperaturas  de  serviço 
cónico   Indústrias químicas   Longa vida útil  limitadas pelos vedantes 
 Indústrias químicas   Larga gama de diâmetros 
Válvulas de   Dosagem   Resistente  a  altas  e  baixas 
macho   Instalações com controlo  temperaturas   
esférico  remoto   Reistente  a  altas  e  baixas 
pressões 
 Isolamento   Compactas 
 Controlo caudal   Rapidez de manobra 
 Centrais produção energia   Capacidade de regulação 
Válvulas de 
 Indústria química   Baixa perda de carga   
borboleta 
 Gás   Atravancamento 
 Águas    Peso reduzido 
 Grande gama de diâmetros 
 Controlo de  caudal   Escoamento bastante suave   
 Fluídos corroivos   Hidraulicamente liso 
 Lodos   Sem bolsas de fluído 
 Águas   Oferece estanquicidade 
 Gases  mesmo na presença de 
Válvulas de 
 Ar comprimido  partículas em suspensão 
diafragma 
 Manutenção Simples 
 Em certas posições  são auto‐
purgáveis 
 Reduzida perda de carga 
 Longa duração 
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 Linhas gás e vapor   Podem ser usadas em   Resistência  apreciável  


 Destinadas à retenção  escoamentos pulsatórios ou  grande perda de carga 
em tubagem sujeita a vibração   Correntemente  só  se 
Válvula de 
fabricam  até  diâmetros 
retenção por 
150 mm 
levantamento 
 Fluídos  com  partículas 
do obturador 
em  suspensão  não  é 
adequado  usar  estas 
válvulas 
   Acção extremamente rápida   Secção  de  passagem  nao 
 Baixa perda de carga  é livre, logo induz alguma 
Válvula Hydro‐
 Operação segura em todas as  perda de carga 
stop 
posições   Custo elevado 
 Alta gama de dimensões 
 Estações de bombeamento     
Válvulas de 
 Condutas gravíticas 
batente 

 Linhas transporte líquidos     São  fabricadas  somente 


Válvulas de   limpos  até  diâmetros  de  300 
bola   Alta viscosidade  mm 
 Com sendimentos 
   Amortecem o choque durante    
Válvulas de  o fecho provado pela inversão 
retenção de  do escoamento 
borboleta   Utilizadas para diâmetros 
superiores a 300 mm 
   Velocidade resposta bastante   Suporta  temperaturas 
elevada  até 70oC 
 Baixa perda de carga 
Válvulas de 
 São absolutamente estanques 
menbrana 
 Não apresentam desgaste das 
suas sedes 
 Operação silenciosa 
 
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Parâmetros de selecção de válvulas de retenção/isolamento: 

 Pressão  e  temperatura de trabalho 
 Características do fluído 
 Velocidade do escoamento 
 Perda de carga admíssivel 
 Condições de fecho 
 Tipo de montagem vertical, horizontal, etc 

2 – Entre os diversos equipamentos constítuintes de uma rede de fluídos destacam‐se as válvulas e 
as bombas: (28‐06‐11) 

a) Admita que numa instalação em que o comprimento da tubagem é suficientemente longo 
é  necessário  instalar  uma  válvula  de  isolamento  numa  das  extremidades.  O  que  pode 
inferir  sobre  o  tempo  de  manobra  da  válvula  para  que  não  ocorra  choque  hidráulico? 
Seleccione  uma  válvula  de  isolamento  para  o  efeito  e  descreva  os  seus  componentes  e 
funcionamento. 

Para  diminuir  a  probabilidade  de  fenómenos  de  choques  hidráulicos  o  tempo  de  fecho  das 
válvulas  de  isolamento  deve  ser  o  mais  lento  quanto  possível.  Como  na  pergunta  não  é 
mencionado  o  tipo  de  fluído  nem  os  parâmetros  de  pressão/temperatura,  qualquer  tipo  de 
válvula  adapta‐se  ao  caso.  Como  exemplo  seleccionemos  uma  válvula  de  globo  esférico. 
Sucintamente a válvula é composta por um corpo, pelo elemento responsável pelo isolamento 
(obturador),  que  neste  caso  é  um  globo  esférico,  por  juntas  de    vedação  para  assegurar  a 
máxima  estanquicidade  e  naturalmente  por    um  sistema  de  accionamento  do  obturador  que 
poderá  ser  por  exemplo  manual  e  portanto  contítuido  por  uma  simples  manivela  acoplada 
através de um eixo ao globo. Quando ao seu funcionamento, o globo tem um furo passante e 
quando  este  se  encontra  direccionado  coaxialmente  com  a  tubagem  de  ligação  a  válvula 
encontra‐se  assim  aberta.  Posteriormente  à  medida  que  se  roda  a  manivela  o  globo  roda  até 
que  atinja  uma  posição  em  que  o  eixo  do  seu  furo  fica  perpendicular  à  direcção  da  tubagem. 
Neste caso a válvula encontra‐se totalmente fechada. 

b) Explique  qual,  ou  quais,  as  vantagens  de  utilização  de  bombas  multicelulares  (vários 
impulsores)  submersas.  Qual  a  vantagem  da  utilização  de  “boosters  pumps”?  Como  são 
instaladas? 

As  bombas  multicelulares  submersíveis  são  caracterizadas  pelo  conjunto  moto‐bomba  estar 
preparado  para  trabalhar  debaixo  de  água,  não  havendo  portanto  tubulação  de  sucção  e 
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dispensando  assim  operações  de  escorva/ferragem.  O  motor  eléctrico  é  colocado  numa  caixa 
herméticamente fechada sendo o seu arrefecimento a água. 

c) Que  precauções  deverá  tomar  com  a  instalação  de  reduções  nas  condutas  de  aspiração 
das  bombas  centrífugas?  Se  utilizar  uma  bomba  de  velocidade  variável,  como  poderá 
minimizar a ocorrência de cavitação sem proceder a qualquer alteração  da instalação? 

Na instalação de cones de redução excêntricos a excentricidade deverá ser colocado para baixo 
de  modo  a  evitar  a  introdução  de  bolhas  de  ar  na  aspiração,  que  reduzem  a  secção  de 
escoamento e podem eventualmente originar fenómenos de cavitação. 

Sabemos  que  aumentando  a  velocidade  aumenta  a  pressão  dinâmica  e  diminui  a  pressão 


estática  em  teoricamente  iguais  proporções  de  modo  a  que  se  verifique  a  conservação  da 
energia  (princípio  de  Bernoulli).  Atendendo  a  que  a  bomba  é  de  velocidade  variável  para  que 
não se atinjam pressões superior à pressão de vapor tira‐se partido do facto da bomba ser de 
velocidade  variável.  Uma  diminuição  da  velocidade  causará  um  aumento  de  pressão  estática. 
Torna‐se assim uma questão de regulação. 

3  –  Para  calcular  as  características  de  escoamento  em  bombagem  de  líquidos  recorre‐se  às 
curvas de funcionamento das bombas: (18‐02‐2008) 

a) Indique como define as condições de transporte na tubagem e como se relacionam com as 
curvas características das bombas centríguas e das bombas alternativas                                                                 

FAZER 

b) Distinga entre associação de bombas centrífugas em série e em paralelo, no que concerne 
às curvas características e adequação às condições de  transporte. 

 
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Instala‐se bombas em paralelo quando não é possível elevar com apenas uma bomba um dado 
caudal.  Associando  as  bombas  em  paralelo  (assumindo  que  são  iguais)  teoricamente 
conseguiria‐se  elevar  o  dobro  do  caudal.  Na  prática  2  bombas  em  paralelo  não  asseguram  o 
dobro do caudal de uma bomba individual porque haverá maior perda de carga nas  tubulações 
devido  ao  facto  de  haver  maior  caudal  e  simultâneamente  ao  maior  número  de  acessórios 
instalados. 

Instala‐se  bombas  em  série  quando  é  necessário  grandes    alturas  elevatórias.  Teoricamente 
associando duas bombas  iguais em série torna possível o dobro da altura de elevação quando 
comparada com uma instalação de bomba individual.  

c) Justifique porque não é usual utilizar  bombas alternativas em série 

4  –  Entre  os  diversos  equipamentos  constituintes  de  uma  rede  de  fluídos  destacam‐se  as 
bombas centrífugas e válvulas: 

a) Admita que procede à alteração do diâmetro do impulsor de uma bomba centrífuga. Como 
poderá estimar a altura manométrica que a bomba irá desenvolver com o novo impulsor 
em relação às condições de funcionamento inicais? 

Se tivermos a curva funcional de uma  determinada bomba, o desempenho de uma outra bomba 
do mesmo tipo, pode ser obtida a partir da curva característica de referência para aplicação das 
regras de semelhança dinâmica, que permitem afirmar que: 

‐ O caudal varia directamente com a velocidade de rotação 

‐ A altura manométria varia com o quadrado da velocidade 

‐  A  potência  absorvida  varia  com  a  terceira  potência  da  velocidade,  permitindo  variações  no 
rendimento. 
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Neste caso concreto, a expressão que nos dá a nova altura manometrica é: 

Em suma temos as seguintes expressões de cálculo: 

Alteração do diâmetro  Alteração da velocidade  Alteração de diâmetro e  velocidade 

    .  

    .  

    .  

b) Qual a função de uma válvula de pé? Em que situação, ou situações, poderá prescindir da 
sua utilização? 

Funciona com uma válvula de retência. Tem por objectivo assegurar que a conduta de aspiração 
de  uma  bomba  se  encontra  preenchida  com  fluído,  ou  seja,  assegura  o  escorvameno  de  uma 
bomba.  

Pode‐se prescindir de uma válvula de pé quando: 

‐ A bomba for auto‐aspirante 

‐ Existir um reservatório com cota superior à bomba na aspiração 

‐ Quando a bomba for submersível 

‐  Quando  a  rede  disponha  de  uma  bomba  de  vácuo  que  assegura  a  “sucção”  de  fluído  até  à 
admissão da bomba 

5 – Para condicionar o transporte de fluídos em tubagem utilizam‐se válvulas. (20‐06‐2006) 

a) Que tipo de ligações são utilizados entre tubagens e acessórios? 

Os  tipos  de  ligações  mais  vulgarmente  empregues  são  as  ligações  roscadas,  flangeadas  e 
soldadas. 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

As ligações roscadas são de baixo custo, fácil execução e permitem uma fácil desmontagem. São 
ligações  condicionadas  pelo  diâmetro  e  pelas  pressões  de  operação,  devido  à  possibilidade  de 
ocorrência de fugas e à diminuiiçãoda resistência mecânica das tubagens devido à abertura de 
rosca. 

As  ligações  flangeadas  ostentam  as  mesmas  características  que  as  roscadas  mas  podem  ser 
aplicadas numa gama de diâmetros superior. 

Por ultimo temos as ligações soldadas que das três é  a que aplicar a qualquer diâmetro e a única 
que  oferece  total  estanquiciddade  e  resistência  mecânica  desde  que  devidamente  executada. 
Tem no entanto o incoveninente de não ser fácilmente desmontável. 

6  –  Para  calcular  as  condições  de  bombagem  de  líquidos  em  tubagem  recorre‐se  às  curvas 
características das bombas: (02‐04‐2004) 

a) Que tipo de comportamento da bomba é evidenciado pela sua curva característica? 

Concluímos que a altura manométrica da bomba decresce parabolicamente com o aumento do 
caudal  a  elevar  exceptuando  nas  bombas  rotativas  de  parafuso  em  que  a  altura  manométrica 
decresce linearmente com o caudal e de uma forma muito reduzida. 

b) Qual a influência da velocidade do motor na curva característica? 

Aumentando a velocidade do motor (rotação) transmite maior energia cinética (velocidade) ao 
fluído que por sua vez ao atravessar o difusor devido ao aumento progressivo da área hidráulico 
transforma  essa  energia  cinética  em  energia  de  pressão.  Concluímos  portanto  que  a  altura 
manométrica  da  bomba  será  superior  tanto  quanto  for  a  velocidade  de  rotação  e  portanto  a 
curva característica subirá. A altura manométrica varia com o quadrado da velociade.  

c) Qual a influência do número de impulsores na curva característica? 

O  impulsor  tem  por  objectivo  transferir  energia  cinética  ao  fluído.  Ora,  se  tivermos  vários 
impulsores  maior  será  a  consequente  transferência  de  energia  cinética  para  o  fluído. 
Posteriormente  esta  energia  cinética  é  transformada  em  energia  de  pressão.  Concluímos  que 
quantos mais impulsoes forem instalados maior será a altura manométria da bomba. 

d) Qual a influência do diâmetro do impulsor na curva característica da bomba? 

A  altura  manométrica  da  bomba  varia  com  o  quadrado  do  diâmetro  do  impulsor.  A  curva 
característica (altura manométrica vs caudal) sobe com o aumento do diâmetro do impulsor. 
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e) Em bombas de pipeline com grandes caudais é habitual a construção de bombas com dois 
impulsores  opostos.  Qual  é  o  objectivo  desta  construção?  Como  se  relaciona  a  curva 
característica total com a de cada impulsor? 

Ao  colocarmos  impulsores  opostos  proporcionamentos  um  equílibro  axial  hidráulico 


permanente minimizando as forças de impulso e as virações. 

3º GRUPO DE PERGUNTAS  

1 – As redes de fluidos revelam a sua importância em quase todos os sectores de actividade. 

Escalões de pressão de  transporte: 

Escalão  Função  Gama de pressões  Localizaçao 


1o Escalão  Gasodutos de transporte  > 20  bar e < 100 bar  Zonas não urbanas 
o
2  Escalão  Redes primárias  < 20 bar  Zonas urbanas 
3o Escalão  Redes de distribuição urbana  > 50 mbar < 4 bar  Zonas urbanas 
 

Materiais utilizados: 

Materiais  Pressão admíssivel  Aplicação 


PEAD  < 4 bar  Apenas em tubagens enterradas 
Cobre  < 50 mbar  Interior de habitações face às baixas pressões e à facilidade de montagem 
Aço  P >  4 bar  Tubagens revestidas por PEAD e enterradas a pelo menos 0.8 m 
 

a) Admita  que  pretende  projectar  uma  rede  destinada  ao  transporte  de  gás  natural  a  uma 
pressão  nominal  de  20  bar.  Indique  quais  os  critérios  a  ter  em  conta  na  selecção  do 
material da tubagem. Poderá uma tubagem PEAD (polietileno de alta densidade) ser uma 
opção para responder aos requísitos desta rede de gás? Justifique. 

Uma  conduta  com  pressões  na  casa  dos  20  bar  é  claramente  um  gasoduto  de  escalão  1 
destinado  ao  transporte  de  gás  combustível.  Para  esta  gama  de  pressões  o  material  que 
usualmente  se  emprega  é  aço  revestido  por  uma  camada  de  PEAD  sujeito  a  tratamento 
catódico.  Os  factores  principais  a  ter  em  conta  na  selecção  dos  materiais  será  a  pressão  e 
temperatura de funcionamento, níveis de segurança exigidos, níveis de corrosão, localização da 
tubagem  (aérea  ou  enterrada)  entre  outros.  Claramente  que  PEAD  não  se  aplica  a  gasodutos 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

escalão 1 face às elevadas pressões. Este material destina‐se maioritariamente a redes primárias 
(escalão  2).  Para  tubagens  não  enterradas  é  desaconselhável  a  utilização  de  materias  não 
metálicos devido ao perigo de incêndio. 

b) Porque motivo os caudalímetros utilizados na contagem do consumo de gás na indústria e 
serviços possuem sondas de pressão e temperatura? Justifique. 

Tendo em consideração que os gases combustíves são compressíveis, em função da variação da 
pressão  e  temperatura  ocorre  variação  do  caudal  mássico  e  volúmico  e  portanto  para  que  o 
caudalímetro tenha uma boa fiabilidade é necessário ter em consideração essa mesma variação 
de pressão e temperatura.  

c) O que entende por famílias de gases combustíveis? Qual a relevância do índice de Wobbe 
na caracterização de gases combustíveis? 

Os gases combustíveis podem ser classificados em três famílias, de acordo com o valor do índice 
de  Wobbe.  O  indíce  de  Wobbe  caracteriza  o  caudal  calórico  de  um  queimador  sendo  definido 
pelo quociente entre o poder calorífico e a raiz quadrada da sua densidade. 

A primeira família diz respeito aos gases com indíce de Wobbe compreendido entre 5600 e 7500 
Kcal/m3. São eles o gás manufactuado, o gás de coque e misturas de hidrocarbonetos e ar 

A  segunda  família  diz  respeito  aos  gases  com  indíce  de  Wobbe  compreendido  entre  9680  e 
13850Kcal/m3. São eles os gases naturais e os hidrocarbonetos e ar de alto indíce de Wobbe 

A  terceira  família  diz  respeito  aos  gases  com  indíce  de  Wobbe  compreendido  entre  18500  e 
22070 Kcal/m3. Nesta família encontram‐se os gases GPL (propano e butano comercial). 

O indíce de Wobbe é muito impotante para efeitos de análise de intermutabilidade entre gases. 
Salienta‐se no entanto que o indíce de Wobbe isoladamente não é suficiente para assegurar a 
intermutabilidade entre gases, sendo necessário também o indíce de “Delbourg”. 

2 – As redes de fluídos revelam a sua importância em quase todos os sectores de actividade: (28‐
06‐11) 

a) Como  se  processa  o  transporte,  distribuição  e  fornecimento  de  gás?  Quais  as  pressões 
típicas utilizadas em cada uma das etapas acima enunciadas? Justifique. 

Os  gases  combustíveis  são  colocados  apartir  do  seu  local  de  exploração  em  gasodutos  de 
transporte  (escalão  1)  sendo  deslocados  sempre  fora  de  zonas  urbanas  até  ás  redes  primárias 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

(escalão 2) que por sua vez abastecem as redes de distribuição urbana  (escalão 1) através  de 
redutores  de  pressão  devidamente  escalonados    Nas    tubagens  de  escalão  1  circula  gás  a 
pressões iguais ou superior a 20 bar, nas tubagens de escalão 2 circula gás a pressões inferiores 
a 20 bar e finalmente nas tubagens de distribuição urbana (escalão 3) pressões entre 50 mbar e 
4 bar. 

b) Entre os códigos ASME utilizados no dimensionamento de redes de fluidos para processos 
industriais  qual  recairia  a  sua  escolha  como  referência  para  o  projectista?  Na 
eventualidade do processo industrial prever mudanças de fase do fluido como pode ter em 
conta este facto? 

Escolheria o código B31.1 que se destina a tubagens industriais de geração de vapor e energia 
eléctrica.  Na  eventualidade  de  ser  prevísivel  a  condensação  nas  tubagens  torna‐se  necessário 
que estas sejam projectadas com um ligeiro declive negativo para promover o escoamento dos 
condensados e também deve proceder‐se à instalação de purgadores nos pontos baixos. 

3  –  As  redes  de  gases  combustíveis  revelam  a  sua  importância  em  quase  todos  os  sectores  de 
actividade como infraestrutura de transporte e distribuição de energia: (25‐09‐2007) 

a) Comente  a  aplicabilidade  da  equação  dos  gases  perfeitos  na  determinação  da  relação 
entre as propriedades termodinâmicas de um gás fortemente comprimido. Como poderá 
ter em conta este efeito na equação dos gases perfeitos? 

Quandos  os  gases  se  encontram  fortemente  comprimidos  deixam  de  ter  um  comportamento 
ideal  sendo  que  a  equação  dos  gases  ideias  deixa  de  ser  directamente  aplicável.  Para  que  a 
equação  dos  gases  perfeitos  traduza  o  comportamento  dos  gases  fortemente  comprimidos 
torna‐se  necessário  introduzir  o  coeficiente  de  compressibilidade  “Z”.    Com  base  em 
experiências  foram  traçados  ábacos  que  nos  indicam  o  valor  deste  coeficiente  em  função  da 
pressão, temperatura e do tipo de gás. 

b) Explique quais as vantagens de um regulador pilotado em relação a um regulador de acção 
directa? O que pode dizer em termos de comportamento das curvas características de um 
e de outro regulador? 

4 – O transporte e distribuição de gases combustíveis deve respeitar normas e códigos legais, 
nomeadamente nas condições de pressão e temperatura. 

a) Explique sucintamente em que consistem estas condições 
b) Como varia a velocidade ao longo de um tubo de distribuição 
Redes de Fluídos ‐ Resumo  6o Semestre  David Bronze 35500 

A velocidade nas colunas montantes e enterradas deve manter‐se  abaixo dos 20 m/s e depois já 
nas tubagens no interior dos fogos não deve exceder os 10 m/s. 

Em ambiente industrial são permitidas velocidades até 20 m/s 

c) Que  expressões  se  utilizam  no  cálculo  das  redes  de  distribuição,  e  quais  as  variáveis 
intervenientes? 
d) Explique o que é o factor de compressibilidade  

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