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Aula 00

500 Questões Comentadas de Direito Constitucional - Banca FGV 2018

Professores: Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo
Vale

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    500 Questões Comentadas FGV 
  Profª Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 

AULA 00 Ð DIREITO CONSTITUCIONAL

Sumário 

2018 ‑ TJ‑AL (Técnico) ................................................................................................................... 3!
2017 – ALERJ (Especialista) – Geral ......................................................................................... 13!
2017 – ALERJ (Procurador) ......................................................................................................... 17!
Lista de Questões ......................................................................................................................... 41!
Gabarito ......................................................................................................................................... 65!
 
Ol‡, pessoal! Tudo bem? 

ƒ um prazer enorme estar aqui com voc•s para apresentar o nosso mais novo
projeto, que ir‡ ser um grande diferencial nos seus estudos durante o ano
de 2018. ƒ o curso Ò500 Quest›es Comentadas de Direito Constitucional
(FGV)Ó.

Obviamente, n‹o Ž um curso para iniciantes, mas sim para aqueles alunos
que j‡ estudaram a teoria de Direito Constitucional e precisam, agora,
aprofundar-se mais ainda nessa disciplina.

Em nossa opini‹o, a FGV Ž uma banca que realmente testa o conhecimento


dos alunos. Para se sair bem nas provas dessa examinadora, voc• precisa ter
uma boa capacidade de interpreta•‹o de situa•›es-problema, alŽm, Ž claro,
de um excelente conhecimento tŽcnico.

Ao todo, est‹o programadas 13 aulas, as quais ser‹o disponibilizadas de 10


em 10 dias. Nossa metodologia ser‡ apresentar provas comentadas da
FGV. O objetivo Ž que voc• possa usar essas provas como se fossem
verdadeiros simulados de Direito Constitucional. Ao longo do curso,
resolveremos praticamente todas as quest›es cobradas pela FGV em 2018 e
2017.

A aula de hoje Ž apenas demonstrativa e, portanto, iremos comentar somente


tr•s provas aplicadas pela FGV, uma de 2018 e as demais de 2017. Nas aulas
seguintes, comentaremos um nœmero bem grande de quest›es. Ao final do
curso, ser‹o mais de 500 Quest›es Comentadas da FGV. Certamente,
essas quest›es deixar‹o os seus estudos em outro n’vel.

Abra•os,

N‡dia e Ricardo

ÒO segredo do sucesso Ž a const‰ncia no objetivoÓ.

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2018 - TJ-AL (TŽcnico)

1. (FGV / TJ-AL Ð 2018) As garantias atribu’das ao Judici‡rio


possuem relevante papel no cen‡rio da triparti•‹o de Poderes, pois
asseguram a necess‡ria independ•ncia ao magistrado, que poder‡
decidir livremente, sem se abalar com qualquer tipo de press‹o que
venha dos outros Poderes.

De acordo com o texto das Constitui•›es Estadual de Alagoas e


Federal, os ju’zes gozam da garantia de:

a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, s— ser‡ adquirida ap—s tr•s anos de


exerc’cio, dependendo a perda do cargo, nesse per’odo, de delibera•‹o do
Tribunal de Justi•a e, nos demais casos, de senten•a judicial transitada em
julgado.

b) estabilidade, adquirida pelos magistrados ap—s tr•s anos de efetivo


exerc’cio, de maneira que, ap—s tal per’odo, s— podem perder o cargo em
virtude de senten•a judicial transitada em julgado.

c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pœblico, por voto da maioria


absoluta do Tribunal de Justi•a ou do Conselho Nacional de Justi•a,
assegurada ampla defesa.

d) irredutibilidade de vencimentos, com remunera•‹o n‹o superior a noventa


por cento do subs’dio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

e) autonomia financeira, cabendo-lhes promover a fiscaliza•‹o cont‡bil,


or•ament‡ria, operacional e patrimonial das entidades da administra•‹o
direta e indireta.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A vitaliciedade Ž adquirida, no primeiro grau, ap—s 2 (dois)


anos de efetivo exerc’cio.

Letra B: errada. Os ju’zes adquirem vitaliciedade. N‹o h‡ que se falar em


estabilidade.

Letra C: correta. A inamovibilidade Ž uma garantia funcional dos ju’zes. N‹o Ž


absoluta, pois Ž poss’vel a remo•‹o de of’cio por motivo de interesse
pœblico, por decis‹o da maioria absolutado Tribunal ou do CNJ.

Letra D: errada. ƒ garantia funcional dos ju’zes a irredutibilidade dos


subs’dios. N‹o h‡ que se falar na imposi•‹o de um limite a 90% do subs’dio
dos Ministros do STF.

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Letra E: errada. A autonomia financeira Ž uma garantia institucional (e n‹o


uma garantia funcional dos ju’zes!).

O gabarito Ž a letra C.

2. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Munic’pio do interior do Estado de Alagoas


editou lei municipal sobre matŽria tribut‡ria frontalmente lesiva ˆ
Constitui•‹o Estadual.

De acordo com o ordenamento jur’dico, a a•‹o direta de


inconstitucionalidade em raz‹o deste ato normativo municipal deve
ser processada e julgada, originariamente, no:

a) Supremo Tribunal Federal

b) Superior Tribunal de Justi•a

c) Ju’zo da Vara C’vel competente de primeiro grau de jurisdi•‹o.

d) Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

e) Tribunal de Justi•a do Estado de Alagoas.

Coment‡rios:

No caso exposto, tem-se um controle de constitucionalidade abstrato


estadual de lei municipal lesiva ˆ Constitui•‹o Estadual. Nesse caso, a lei
dever‡ ser objeto de ADI perante o Tribunal de Justi•a, tendo como
par‰metro a Constitui•‹o Estadual.

O gabarito Ž a letra E.

3. (FGV / TJ-AL Ð 2018) A Constitui•‹o da Repœblica de 1988 tem


como regra geral a veda•‹o de acumula•‹o remunerada de cargos
pœblicos. Ocorre que o texto constitucional autoriza tal acumula•‹o
em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de hor‡rios,
como na hip—tese de:

a) dois cargos de n’vel tŽcnico ou cient’fico.

b) dois cargos da ‡rea de educa•‹o.

c) dois cargos da ‡rea jur’dica.

d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor.

e) um cargo de professor com outro de prestador de servi•o pœblico.

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Coment‡rios:

Letra A: errada. N‹o Ž autorizada a acumula•‹o remunerada de 2 (dois)


cargos tŽcnicos ou cient’ficos. A CF/88 autoriza a acumula•‹o de 1 (um) cargo
tŽcnico ou cient’fico com 1 (um) cargo de professor.

Letra B: errada. A CF/88 autoriza a acumula•‹o remunerada de 2 (dois)


cargos pœblicos de professor (e n‹o de 2 cargos na ‡rea de educa•‹o).

Letra C: errada. A CF/88 n‹o autoriza a acumula•‹o remunerada de 2 (dois)


cargos da ‡rea jur’dica.

Letra D: correta. Os ju’zes podem acumular suas fun•›es com um cargo


pœblico de professor (art. 95, par‡grafo œnico, I).

Letra E: errada. ƒ poss’vel a acumula•‹o remunerada de 1 (um) cargo de


professor com 1 (um) cargo tŽcnico ou cient’fico.

O gabarito Ž a letra D.

4. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Jo‹o, juiz de direito, ap—s participar de


concurso de remo•‹o, tornou-se titular na Comarca X. L‡ chegando,
constatou que a Comarca Y, vizinha ˆ X, tinha melhor estrutura,
contando com diversos hospitais e escolas de —tima qualidade, do que
carecia a Comarca X. Em raz‹o desse quadro, solicitou ao —rg‹o
competente do respectivo Tribunal de Justi•a autoriza•‹o para residir
na Comarca Y.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, o requerimento de Jo‹o:

a) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular Ž obrigado a residir na


respectiva comarca.

b) pode vir a ser deferido pelo Tribunal de Justi•a, que n‹o est‡ obrigado a
tanto.

c) n‹o pode ser deferido, pois somente o Conselho Nacional de Justi•a pode
autorizar o juiz a residir em outra comarca.

d) deve ser redirecionado ao Supremo Tribunal Federal, o qual, na condi•‹o


de —rg‹o de cœpula, apreci‡-lo-‡.

e) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular pode residir onde melhor
lhe aprouver, mesmo sem autoriza•‹o.

Coment‡rios:

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Segundo o art. 93, VII, CF/88, Òo juiz titular residir‡ na respectiva


comarca, salvo autoriza•‹o do tribunalÓ. Assim, o Tribunal de Justi•a pode
autorizar a que o juiz titular resida em outra comarca.

O gabarito Ž a letra B.

5. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð Pedro ajuizou uma a•‹o em face de Jo‹o


e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribu’do certo bem. Anos depois,
quando j‡ n‹o mais era cab’vel qualquer recurso, a•‹o ou impugna•‹o
contra a decis‹o do Poder Judici‡rio, foi editada uma lei cuja
aplica•‹o faria com que o bem fosse atribu’do a Jo‹o.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, o referido bem deve:

a) permanecer com Pedro, por for•a da garantia do ato jur’dico perfeito

b) ser transferido a Jo‹o, com base no princ’pio da efic‡cia imediata da lei.

c) permanecer com Pedro, por for•a da garantia do direito adquirido.

d) ser transferido a Jo‹o, salvo se a lei estabelecer regra de transi•‹o.

e) permanecer com Pedro, por for•a da garantia da coisa julgada.

Coment‡rios:

Segundo o art. 5¼, XXXVI, CF/88, Òa lei n‹o prejudicar‡ o direito adquirido, o
ato jur’dico perfeito e a coisa julgadaÓ.

Na situa•‹o apresentada, n‹o cabe mais nenhum recurso da decis‹o


judicial que atribuiu o bem a Pedro. Formou-se, desse modo, coisa julgada,
que n‹o poder‡ ser prejudicada pela nova lei. Assim, o bem dever‡
permanecer com Pedro, por for•a da garantia da coisa julgada.

O gabarito Ž a letra E.

6. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð O Tribunal de Justi•a do Estado Beta


encaminhou ao Chefe do Poder Executivo a sua proposta
or•ament‡ria anual, a qual foi devolvida sob o argumento de equ’voco
no destinat‡rio e na aus•ncia de legitimidade do Tribunal para
elabor‡-la.

Ë luz da narrativa acima e da sistem‡tica constitucional, o


entendimento do Chefe do Poder Executivo est‡:

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a) totalmente equivocado, pois o Poder Judici‡rio, em raz‹o de sua


autonomia, deve elaborar a sua proposta or•ament‡ria e encaminh‡-la ao
Poder Executivo.

b) parcialmente certo, pois, apesar de o Poder Judici‡rio n‹o ter legitimidade


para elaborar a sua proposta or•ament‡ria, a an‡lise inicial Ž feita pelo Poder
Executivo.

c) parcialmente certo, pois o Poder Judici‡rio tem legitimidade para elaborar a


sua proposta or•ament‡ria, mas deve encaminh‡-la ao Poder Legislativo.

d) parcialmente certo, pois o Poder Judici‡rio tem legitimidade para elaborar a


sua proposta or•ament‡ria, mas deve encaminh‡-la ao Conselho Nacional de
Justi•a.

e) totalmente certo, pois a proposta or•ament‡ria Ž elaborada pelo Poder


Executivo, respons‡vel pela arrecada•‹o tribut‡ria, e deve ser encaminhada
ao Poder Legislativo.

Coment‡rios:

O Poder Judici‡rio, em virtude de sua autonomia or•ament‡ria-


financeira, deve elaborar sua proposta or•ament‡ria, encaminhando-a ao
Poder Executivo. No ‰mbito dos Estados, essa atribui•‹o cabe ao Tribunal de
Justi•a.

O gabarito Ž a letra A.

7. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ao final do exerc’cio financeiro, o


Governador do Estado Alfa elaborou a sua presta•‹o de contas e
solicitou ˆ sua assessoria jur’dica que lhe informasse qual seria o
—rg‹o respons‡vel por julg‡-las, aprovando-as ou rejeitando-as.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, o referido —rg‹o Ž:

a) o Tribunal de Justi•a do Estado Alfa.

b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa.

c) o Congresso Nacional

d) o Superior Tribunal de Justi•a.

e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa.

Coment‡rios:

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O Tribunal de Contas Estadual Ž competente para apreciar as contas do


Governador. O julgamento das contas do Governador compete ˆ Assembleia
Legislativa do Estado.

O gabarito Ž a letra B.

8. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Tribunal de Justi•a do Estado Alfa


proferiu ac—rd‹o, em sede de apela•‹o, que, no entender de uma das
partes, seria frontalmente contr‡rio ˆ Constitui•‹o da Repœblica de
1988.

Ë luz da sistem‡tica constitucional e sendo preenchidos os demais


requisitos exigidos, Ž poss’vel a interposi•‹o de recurso
extraordin‡rio direcionado ao:

a) Superior Tribunal de Justi•a

b) Conselho Nacional de Justi•a

c) Supremo Tribunal Federal

d) Tribunal Regional Federal

e) Conselho Constitucional

Coment‡rios:

O recurso extraordin‡rio Ž direcionado ao Supremo Tribunal Federal, sendo


cab’vel nas hip—teses do art. 102, III, CF/88:

Art. 102 (É)

III Ð julgar, mediante recurso extraordin‡rio, as causas decididas


em œnica ou œltima inst‰ncia, quando a decis‹o recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constitui•‹o;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar v‡lida lei ou ato de governo local contestado em face desta


Constitui•‹o.

d) julgar v‡lida lei local contestada em face de lei federal.

O gabarito Ž a letra C.

9. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Maria, Deputada Estadual, consultou sua


assessoria sobre a compet•ncia do Estado para legislar sobre direito
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financeiro. Em resposta, foi informada de que essa compet•ncia ser‡


exercida em car‡ter concorrente com a Uni‹o.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a informa•‹o fornecida pela


assessoria de Maria indica que:

a) a Uni‹o e o Estado podem legislar livremente sobre a matŽria.

b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a Uni‹o


n‹o o fizer.

c) a Uni‹o somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado


n‹o o fizer.

d) a Uni‹o deve limitar-se ˆ edi•‹o de normas gerais sobre a matŽria.

e) a Uni‹o e o Estado devem editar as leis sobre a matŽria em car‡ter


conjunto.

Coment‡rios:

No ‰mbito da compet•ncia concorrente, a Uni‹o se limitar‡ a estabelecer


normas gerais. Os Estados e o Distrito Federal exercer‹o compet•ncia
suplementar, editando normas espec’ficas.

O gabarito Ž a letra D.

10. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Presidente da Repœblica foi acusado da


pr‡tica de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em
resposta, afirmou que a acusa•‹o n‹o poderia ser endere•ada ˆ
referida Casa Legislativa.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a defesa apresentada pelo


Presidente da Repœblica deve ser:

a) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ao Supremo Tribunal


Federal.

b) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusa•‹o para que o


processo se inicie no Supremo Tribunal Federal.

c) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ao Superior Tribunal


de Justi•a.

d) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusa•‹o para que o


processo se inicie na C‰mara dos Deputados.

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e) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ˆ C‰mara dos


Deputados.

Coment‡rios:

A denœncia pela pr‡tica de crime de responsabilidade dever‡ ser


apresentada ˆ C‰mara dos Deputados, que far‡ o ju’zo de admissibilidade
pol’tico por decis‹o de 2/3 dos seus membros. Ap—s a autoriza•‹o da C‰mara
dos Deputados, caber‡ ao Senado Federal instaurar o processo e, na
sequ•ncia, julgar o Presidente pela pr‡tica de crime de responsabilidade.

O gabarito Ž a letra E.

11. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Pedro recebeu notifica•‹o da associa•‹o


de moradores da localidade em que reside fixando o prazo de 15
(quinze) dias para que ele apresentasse os documentos necess‡rios ˆ
sua inscri•‹o na referida associa•‹o. Ultrapassado esse prazo, Pedro,
segundo a notifica•‹o, incorreria em multa di‡ria e seria tacitamente
inscrito:

Ë luz da sistem‡tica constitucional, Pedro:

a) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o, o que decorre do princ’pio


fundamental da ideologia participativa.

b) somente est‡ obrigado a se associar caso a notifica•‹o seja judicial.

c) pode ignorar a notifica•‹o, pois ninguŽm Ž obrigado a associar-se contra a


sua vontade.

d) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o, mas s— precisa permanecer


associado por um ano.

e) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o enquanto o Poder Judici‡rio n‹o o


dispensar dessa obriga•‹o.

Coment‡rios:

Segundo o art. 5¼, XX, CF/88, ÒninguŽm poder‡ ser compelido a associar-se
ou a permanecer associadoÓ. Assim, Pedro pode ignorar a notifica•‹o
recebida.

O gabarito Ž a letra C.

12. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Beta solicitou, ao


Procurador-Geral de Justi•a, que o respectivo MinistŽrio Pœblico
Estadual passasse a prestar consultoria jur’dica ˆ Secretaria de

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Estado de Finan•as, contribuindo, desse modo, para evitar a pr‡tica


de il’citos naquele setor.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a solicita•‹o do Chefe do Poder


Executivo:

a) pode ser atendida, desde que a consultoria seja prestada por tempo
determinado.

b) n‹o pode ser atendida, pois ao MinistŽrio Pœblico Ž vedada a consultoria


jur’dica de entidades pœblicas.

c) pode ser atendida, mesmo que a consultoria seja prestada por tempo
indeterminado.

d) n‹o pode ser atendida, pois o MinistŽrio Pœblico somente poderia prestar
consultoria ao Governador do Estado.

e) pode ser atendida, desde que autorizada pelo Tribunal de Justi•a do


Estado.

Coment‡rios:

Ao MinistŽrio Pœblico Ž vedada a representa•‹o judicial e a consultoria


jur’dica de entidades pœblicas (art. 129, IX, CF/88). O gabarito Ž a letra B.

13. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Peter, filho de cidad‹os norte-americanos,


nasceu em Alagoas quando seus pais ali estavam em gozo de fŽrias.
Ap—s o nascimento, foi para os Estados Unidos da AmŽrica do Norte e
jamais retornou ˆ Repœblica Federativa do Brasil.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, Peter:

a) Ž brasileiro nato.

b) Ž brasileiro naturalizado.

c) Ž brasileiro nato, desde que requeira a nova nacionalidade aos 18 anos de


idade.

d) Ž brasileiro naturalizado, se requerer a naturaliza•‹o aos 18 anos de idade.

e) n‹o Ž brasileiro.

Coment‡rios:

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Segundo o art. 12, I, al’nea ÒaÓ, s‹o brasileiros natos os nascidos na


Repœblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes n‹o estejam a servi•o de seu pa’s.

Na situa•‹o apresentada, Peter nasceu em territ—rio brasileiro e seus pa’s n‹o


estavam a servi•o dos EUA. Logo, Peter ser‡ brasileiro nato.

O gabarito Ž a letra A.

14. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Alfa convocou


reuni‹o com os presidentes das autarquias, das sociedades de
economia mista e das empresas pœblicas, bem como representantes
das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da
Casa Civil e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela
data, os entes da Administra•‹o Pœblica indireta com personalidade
jur’dica de direito pœblico deveriam apresentar dados quinzenais a
respeito da atua•‹o do respectivo ente:

Ë luz da sistem‡tica constitucional, dentre os participantes da


reuni‹o, somente s‹o alcan•adas pela determina•‹o do Governador
do Estado:

a) as autarquias

b) as sociedades de economia mista e as empresas pœblicas

c) as Secretarias de Estado

d) as estruturas da Chefia do Gabinete da Casa Civil.

e) as empresas pœblicas.

Coment‡rios:

Conforme disse o enunciado, a determina•‹o do Governador alcan•a apenas


os entes da Administra•‹o Pœblica indireta com personalidade jur’dica de
direito pœblico.

Letra A: correta. As autarquias s‹o entidades da Administra•‹o indireta.


Possuem personalidade jur’dica de direito pœblico.

Letra B: errada. As sociedades de economia mista e as empresas pœblicas,


embora integrem a Administra•‹o indireta, possuem personalidade jur’dica de
direito privado.

Letra C: errada. As Secretarias de Estados s‹o —rg‹os da Administra•‹o


direta.

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Letra D: errada. A Chefia de Gabinete da Casa Civil Ž —rg‹o da Administra•‹o


direta.

Letra E: errada. As empresas pœblicas, embora integrem a Administra•‹o


indireta, possuem personalidade jur’dica de direito privado.

O gabarito Ž a letra A.

2017 Ð ALERJ (Especialista) Ð Geral

15. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Edson, no af‹ de


conhecer o alcance dos direitos fundamentais consagrados na
Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil, perguntou ao seu
amigo Ant™nio se a denominada Òinviolabilidade do domic’lioÓ teria
alguma exce•‹o que permitisse a policiais ingressarem, contra a
==0==

sua vontade, em sua casa. Em resposta, Ant™nio apresentou


diversas proposi•›es, mas apenas uma delas est‡ em harmonia
com a ordem constitucional. A proposi•‹o correta Ž:

a) os policiais somente podem ingressar na casa de Edson se tiverem uma


ordem judicial;

b) a inviolabilidade do domic’lio Ž absoluta, n‹o comportando exce•›es;

c) os policiais, por serem agentes pœblicos, est‹o autorizados a ingressar na


casa de Edson sempre que necess‡rio;

d) os policiais podem ingressar na casa de Edson a qualquer momento, desde


que tenham uma ordem judicial;

e) os policiais podem ingressar na casa de Edson caso um crime esteja sendo


praticado.

Coment‡rios:

Segundo o art. 5¼, XI, CF/88, Òa casa Ž asilo inviol‡vel do indiv’duo,


ninguŽm nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determina•‹o judicialÓ.

Como regra geral, a entrada na casa do morador depende do seu


consentimento. ƒ poss’vel, todavia, a entrada na casa do morador, sem
o seu consentimento, nas seguintes hip—teses:

a) flagrante delito, desastre ou presta•‹o de socorro, a qualquer


hora.

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b) ordem judicial, apenas durante o dia.

O gabarito Ž a letra E.

16. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Logo ap—s tomar posse


no cargo, determinado deputado estadual foi informado por seus
assessores que diversas associa•›es solicitaram a apresenta•‹o de
projeto de lei que disciplinasse certas condutas. Os assessores
tambŽm informaram que a matŽria era de compet•ncia
concorrente da Uni‹o, dos Estados e do Distrito Federal.

Ë luz desse quadro, Ž correto afirmar que eventual projeto de lei:

a) n‹o poderia destoar das normas gerais anteriormente editadas pela Uni‹o;

b) poderia ser livremente apresentado, n‹o estando vinculado ˆs normas


editadas pela Uni‹o;

c) somente poderia ser apresentado caso a Uni‹o, em momento anterior,


tivesse veiculado normas gerais sobre a matŽria;

d) somente poderia ser apresentado caso autorizado pela Uni‹o;

e) por veicular normas espec’ficas para o Estado, revogaria as normas gerais


editadas pela Uni‹o.

Coment‡rios:

No ‰mbito da compet•ncia concorrente, cabe ˆ Uni‹o editar normas gerais.


Os Estados e o Distrito Federal exercer‹o a compet•ncia suplementar,
editando normas espec’ficas, as quais n‹o poder‹o destoar das normas
anteriormente editadas pela Uni‹o.

O gabarito Ž a letra A.

17. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Silvio e Maria travaram


intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo
inciso II do art. 1¼ da Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil,
um dos fundamentos da Repœblica Federativa do Brasil. Silvio
defendia que todo brasileiro Ž cidad‹o, enquanto Maria ressaltava a
necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obten•‹o
da cidadania.

A esse respeito, Ž correto afirmar que:

a) Maria est‡ errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento;

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b) Silvio est‡ errado, pois Ž poss’vel existir um brasileiro que n‹o seja
cidad‹o;

c) Silvio est‡ certo, pois Ž a cidadania que permite a aquisi•‹o da


nacionalidade brasileira;

d) Maria est‡ certa, pois Ž preciso que a cidadania seja deferida pelo Ministro
da Justi•a;

e) Maria est‡ certa, pois a cidadania sempre exige o prŽvio requerimento da


nacionalidade brasileira.

Coment‡rios:

Cidadania n‹o se confunde com nacionalidade. A cidadania depende do pleno


exerc’cio dos direitos pol’ticos, isto Ž, o indiv’duo deve ter capacidade eleitoral
ativa e capacidade eleitoral passiva. Assim, nem todo brasileiro Ž cidad‹o.

O gabarito Ž a letra B.

18. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Irineu, professor


estadual, tomou posse no cargo de deputado estadual. No mesmo
dia, foi informado que o seu regime estipendial seria alterado.

Ë luz dessa narrativa e dos balizamentos estabelecidos pela


Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil, Ž correto afirmar
que Irineu:

a) atŽ a posse, recebia subs’dio, sendo vedado o acrŽscimo de qualquer


gratifica•‹o;

b) ap—s a posse, passou a receber remunera•‹o, sendo permitido o


recebimento de verba de representa•‹o;

c) atŽ a posse, recebia remunera•‹o, sendo permitido o recebimento de


adicional;

d) ap—s a posse, passou a receber subs’dio, vedada a percep•‹o de qualquer


verba indenizat—ria;

e) ap—s a posse, poderia receber conjuntamente o subs’dio e a remunera•‹o,


desde que observado o teto remunerat—rio.

Coment‡rios:

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O servidor pœblico investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital


ser‡ afastado do cargo efetivo, passando a receber a remunera•‹o do
mandato eletivo.

Na situa•‹o apresentada, temos o seguinte:

a) AtŽ tomar posse como parlamentar, Irineu exercia o cargo de


professor estadual, recebendo uma remunera•‹o. Admitia-se,
portanto, que recebesse adicionais em sua remunera•‹o.

b) Ap—s a posse, Irineu passa a receber o subs’dio de Deputado


Estadual. O subs’dio Ž uma parcela œnica, sendo vedado o
acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono, pr•mio, verba
de representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria. No entanto,
admite-se que seja acrescida ao subs’dio verba de car‡ter
indenizat—rio.

O gabarito Ž a letra C.

19. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Ednaldo, brasileiro


naturalizado, e Pedro, estrangeiro residente no Pa’s, travaram intenso
debate a respeito de quem seria titular dos direitos fundamentais
referidos no art. 5¼ da Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil.
Considerando a situa•‹o jur’dica de Ednaldo e de Pedro, Ž correto
afirmar, em rela•‹o aos referidos direitos fundamentais, que:

a) somente Ednaldo, por ser brasileiro, Ž titular desses direitos;

b) Ednaldo e Pedro, por determina•‹o constitucional, s‹o titulares desses


direitos;

c) Ednaldo e Pedro, por n‹o serem brasileiros natos, n‹o s‹o titulares desses
direitos;

d) Pedro, ainda que se naturalize brasileiro, n‹o poder‡ titularizar esses


direitos de imediato;

e) Ednaldo somente ir‡ titulariz‡-los dez anos ap—s a sua naturaliza•‹o.

Coment‡rios:

A doutrina e a jurisprud•ncia reconhecem que s‹o titulares de direitos


fundamentais os brasileiros (natos e naturalizados) e os estrangeiros
(residentes e n‹o residentes). O gabarito Ž a letra B.

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2017 Ð ALERJ (Procurador)

20. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas do


Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a opera•›es financeiras
realizadas por entidade da administra•‹o indireta do Estado com
personalidade jur’dica de direito privado, com vistas a analisar a
regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de
origem pœblica.

De acordo com a jurisprud•ncia do Supremo Tribunal Federal, no caso


concreto:

a) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo


banc‡rio, mediante a provoca•‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ se est‹o
presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necess‡rios ao
deferimento da medida;

b) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo


banc‡rio, mediante a provoca•‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ t‹o somente
se est‹o presentes os pressupostos formais necess‡rios ao deferimento da
cautelar;

c) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, n‹o se aplicando a inoponibilidade de


sigilo banc‡rio e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de opera•›es
fundadas em recursos de origem pœblica, pois a entidade n‹o possui
personalidade jur’dica de direito pœblico;

d) n‹o se aplica a reserva de jurisdi•‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs


opera•›es financeiras realizadas pela entidade que n‹o est‡ submetida ao seu
controle financeiro, diante do princ’pio da publicidade dos contratos
administrativos;

e) n‹o se aplica a reserva de jurisdi•‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs


opera•›es financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle
financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de
recursos de origem pœblica.

Coment‡rios:

Segundo o STF, os Tribunais de Contas t•m compet•ncia para requisitar


informa•›es relativas a opera•›es de crŽdito origin‡rias de recursos pœblicos
(MS 33.340/DF). N‹o se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo banc‡rio.
Entende o STF que as opera•›es financeiras que envolvam recursos pœblicos
n‹o est‹o abrangidas pelo sigilo banc‡rio.

O gabarito Ž a letra E.

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21. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas da


Uni‹o Ž o —rg‹o integrante do Congresso Nacional que tem a fun•‹o
constitucional de auxili‡-lo no controle financeiro externo da
Administra•‹o Pœblica.

De acordo com a Constitui•‹o Federal de 1988, compete ˆ


mencionada Corte de Contas:

a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o de


pessoal, a qualquer t’tulo, na administra•‹o direta e indireta, incluindo as
nomea•›es para cargo de provimento em comiss‹o;

b) sustar, se n‹o atendido, a execu•‹o do ato impugnado, comunicando a


decis‹o ˆ C‰mara dos Deputados e ao Senado Federal;

c) julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por dinheiros,


bens e valores pœblicos da Administra•‹o Pœblica, exceto entidades da
administra•‹o indireta;

d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da


Repœblica, mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em trinta dias a
contar de seu recebimento;

e) aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, san•›es como multa proporcional ao dano causado
ao er‡rio, por meio de decis‹o com efic‡cia de t’tulo executivo judicial.

Coment‡rios:

Letra A: errada. O TCU tem compet•ncia para apreciar, para fins de registro,
a legalidade dos atos de admiss‹o de pessoal, a qualquer t’tulo, na
administra•‹o direta e indireta, excetuadas as nomea•›es para cargos em
comiss‹o (art. 71, III, CF/88).

Letra B: correta. O TCU tem compet•ncia para sustar, se n‹o atendido, a


execu•‹o do ato impugnado, comunicando a decis‹o ˆ C‰mara dos
Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88).

Letra C: errada. O TCU tem compet•ncia para julgar as contas dos


administradores e demais respons‡veis por dinheiros, bens e valores
pœblicos da administra•‹o direta e indireta, inclu’das as funda•›es e
sociedades institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte preju’zo ao er‡rio pœblico (art. 71, II, CF/88).

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Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo


Presidente da Repœblica, mediante parecer prŽvio elaborado em 60 dias a
contar do seu recebimento.

Letra E: errada. De fato, o TCU tem compet•ncia para aplicar san•›es aos
respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas.
As decis›es do TCU de que resultem imputa•‹o de dŽbito ou multa ter‹o
efic‡cia de t’tulo executivo extrajudicial.

O gabarito Ž a letra B.

22. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente do Tribunal de


Justi•a de determinado Estado da Federa•‹o, ap—s aprova•‹o do
—rg‹o interno competente, com estrita observ‰ncia aos balizamentos
estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias, encaminhou sua
0
proposta or•ament‡ria, no momento pr—prio, ao Poder Executivo. Ao
consolidar o projeto de lei or•ament‡ria a ser encaminhado ˆ
Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, forte na premissa de que
as receitas existentes eram limitadas, promoveu redu•›es na referida
proposta, a exemplo do que fizera em rela•‹o ˆs propostas
encaminhadas pelas demais estruturas estatais de poder.

A conduta do Poder Executivo est‡:

a) correta, em raz‹o do que determina o princ’pio da unidade or•ament‡ria;

b) incorreta, pois a proposta deveria ter sido submetida, pelo Poder Judici‡rio,
diretamente ˆ Assembleia Legislativa;

c) correta, em virtude do imprescind’vel equil’brio entre receita e despesa;

d) incorreta, j‡ que o Executivo deveria ter submetido a proposta ˆ


aprecia•‹o da Assembleia Legislativa;

e) correta, j‡ que o encaminhamento do projeto de lei or•ament‡ria Ž de


iniciativa privativa do Poder Executivo.

Coment‡rios:

O Presidente do Tribunal de Justi•a tem compet•ncia para encaminhar a


proposta or•ament‡ria do Poder Judici‡rio estadual ao Governador. Essa
proposta or•ament‡ria dever‡ estar de acordo com os limites estipulados
pela Lei de Diretrizes Or•ament‡rias (LDO). ƒ exatamente o que prev• o
art. 99, CF/88:

Art. 99. Ao Poder Judici‡rio Ž assegurada autonomia administrativa e


financeira.

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¤ 1¼ Os tribunais elaborar‹o suas propostas or•ament‡rias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes or•ament‡rias.
¤ 2¼ O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais
interessados, compete:
I - no ‰mbito da Uni‹o, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e
dos Tribunais Superiores, com a aprova•‹o dos respectivos tribunais;
II - no ‰mbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territ—rios, aos
Presidentes dos Tribunais de Justi•a, com a aprova•‹o dos respectivos
tribunais.

Se a proposta or•ament‡ria apresentada pelo Poder Judici‡rio estiver em


desacordo com os limites estipulados pela LDO, o Poder Executivo far‡
ajustes, ou seja, far‡ ÒcortesÓ na proposta.

No entanto, h‡ uma questionamento relevante a ser feito. Sendo a proposta


do Poder Judici‡rio encaminhada com observ‰ncia dos limites da LDO, poder‡
o Poder Executivo fazer ajustes na proposta por ocasi‹o da elabora•‹o da
LOA?

N‹o. Se a proposta or•ament‡ria tiver sido apresentada em conformidade


com a LDO, o Poder Executivo n‹o poder‡ fazer ajustes na consolida•‹o
do projeto de lei or•ament‡ria anual. Poder‡, todavia, pleitear junto ao
Poder Legislativo a redu•‹o pretendida. Na ADI n¼ 5287, o STF fixou a
seguinte tese:

Òƒ inconstitucional a redu•‹o unilateral pelo Poder Executivo dos


or•amentos propostos pelos outros Poderes e por —rg‹os
constitucionalmente aut™nomos, como o MinistŽrio Pœblico e a
Defensoria Pœblica, na fase de consolida•‹o do projeto de lei
or•ament‡ria anual, quando tenham sido elaborados em obedi•ncia ˆs
leis de diretrizes or•ament‡rias e enviados conforme o art. 99, ¤ 2¼,
da CRFB/88, cabendo-lhe apenas pleitear ao Poder Legislativo a redu•‹o
pretendida, visto que a fase de aprecia•‹o legislativa Ž o momento
constitucionalmente correto para o debate de poss’veis altera•›es no
Projeto de Lei Or•ament‡ria.Ó

O gabarito Ž a letra D.

23. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, titular de cargo de


provimento efetivo do servi•o pœblico estadual, foi eleito Deputado no
mesmo Estado em que exerce suas atividades funcionais regulares.
Na vŽspera do in’cio das atividades parlamentares, foi informado,
pelo Departamento de Pessoal de sua reparti•‹o origin‡ria, que
deveria ser necessariamente exonerado do cargo origin‡rio t‹o logo
iniciasse o exerc’cio do mandato eletivo.

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Ë luz da sistem‡tica constitucional, essa orienta•‹o Ž:

a) incorreta, pois a exonera•‹o n‹o Ž necess‡ria caso haja compatibilidade de


hor‡rios entre as duas atividades;

b) correta, j‡ que a ordem constitucional veda a acumula•‹o de cargos


pœblicos, ressalvadas as exce•›es que indica;

c) incorreta, pois a investidura no mandato eletivo estadual somente exige o


afastamento do cargo, n‹o a exonera•‹o;

d) correta, j‡ que os subs’dios dos Deputados Estaduais alcan•am o teto


remunerat—rio, o que impede a acumula•‹o;

e) incorreta, pois a ordem constitucional autoriza expressamente a


acumula•‹o nas circunst‰ncias indicadas.

Coment‡rios:

O servidor pœblico investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital


ser‡ afastado do cargo efetivo, passando a receber a remunera•‹o do
mandato eletivo. N‹o cabe falar em exonera•‹o, mas apenas em
afastamento.

O gabarito Ž a letra C.

24. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Com o objetivo de conter o


que considerava um Òdemandismo exageradoÓ, um Deputado Estadual
apresentou projeto de lei dispondo que a parte vencida somente
poderia interpor recurso contra decis‹o proferida no ‰mbito de
Juizado Especial C’vel caso realizasse o dep—sito prŽvio de 100%
(cem por cento) do valor da condena•‹o.

Instada a se pronunciar, a Comiss‹o de Constitui•‹o e Justi•a da


Assembleia Legislativa alcan•ou a œnica conclus‹o que se mostrava
harm™nica com a ordem jur’dico-constitucional brasileira, qual seja, a
de que o projeto Ž:

a) constitucional, j‡ que o dep—sito prŽvio possui a natureza jur’dica de taxa,


o que atrai a compet•ncia legislativa do Estado;

b) inconstitucional, pois a exig•ncia de dep—sito prŽvio para a interposi•‹o de


recurso Ž matŽria tipicamente processual, de compet•ncia legislativa privativa
da Uni‹o;

c) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela Uni‹o


em matŽria tribut‡ria, aplic‡veis aos dep—sitos prŽvios;

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d) inconstitucional, pois compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo


a iniciativa dos projetos de lei em matŽria tribut‡ria;

e) constitucional, pois a exig•ncia de dep—sito prŽvio para a interposi•‹o de


recurso Ž matŽria tipicamente procedimental, de compet•ncia concorrente da
Uni‹o e dos Estados.

Coment‡rios:

A Uni‹o tem compet•ncia privativa para legislar sobre direito processual


(art. 22, I, CF/88). Assim, lei estadual n‹o poder‡ exigir dep—sito prŽvio como
condi•‹o para interposi•‹o de recurso, sob pena de inconstitucionalidade
formal. O gabarito Ž a letra B.

25. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, servidor da


Assembleia Legislativa, impetrou mandado de seguran•a contra ato
intitulado de ilegal e abusivo praticado pelo respectivo Presidente. A
1» C‰mara C’vel do Tribunal de Justi•a, competente para o caso, por
ocasi‹o do julgamento, negou-se expressamente a aplicar a lei
federal que daria respaldo ao ato praticado, entendendo que a sua
aplica•‹o ao caso concreto ensejaria a prola•‹o de uma decis‹o
injusta. Com base nesse entendimento, declarou a nulidade do ato.

Ao tomar ci•ncia do respectivo ac—rd‹o, o Procurador da Assembleia


Legislativa realizou ampla pesquisa sobre os distintos aspectos
jur’dicos envolvidos e alcan•ou, dentre as conclus›es que idealizara,
a œnica que se mostrava adequada ao caso.

Nesse sentido, Ž correto afirmar que o ac—rd‹o proferido pode vir a


ser cassado em sede de:

a) recurso ordin‡rio endere•ado ao Superior Tribunal de Justi•a;

b) mandado de seguran•a impetrado perante o Superior Tribunal de Justi•a;

c) procedimento de controle instaurado no ‰mbito do Tribunal de Justi•a;

d) recurso extraordin‡rio endere•ado ao Supremo Tribunal Federal;

e) reclama•‹o endere•ada ao Supremo Tribunal Federal.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, temos decis‹o de um —rg‹o fracion‡rio de tribunal


que, embora n‹o declare expressamente a inconstitucionalidade, afasta sua
aplica•‹o a um caso concreto. Vislumbra-se, portanto, uma viola•‹o ˆ

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cl‡usula de reserva de plen‡rio e, em especial, ˆ Sœmula Vinculante n¼


10, que assim disp›e:

Sœmula Vinculante n¼ 10: Viola a cl‡usula de reserva de plen‡rio (CF,


artigo 97) a decis‹o de —rg‹o fracion‡rio de tribunal que, embora n‹o
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Pœblico, afasta sua incid•ncia, no todo ou em parte.

Quando h‡ o descumprimento de Sœmula Vinculante, Ž cab’vel reclama•‹o


endere•ada ao STF.

O gabarito Ž a letra E.

26. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente da Assembleia


Legislativa foi instado a apresentar informa•›es em representa•‹o
por inconstitucionalidade, ajuizada perante o Tribunal de Justi•a, na
qual um dos legitimados ao controle concentrado de
constitucionalidade pedia a declara•‹o de inconstitucionalidade do
inteiro teor da Lei Estadual Y, promulgada no dia anterior.

O Procurador da Assembleia Legislativa foi consultado sobre o caso e,


ap—s a leitura da peti•‹o inicial, constatou que foram utilizados, como
paradigmas de confronto, tr•s normas da respectiva Constitui•‹o
Estadual: o art. 10 era repeti•‹o literal de artigo secund‡rio da
Constitui•‹o da Repœblica, que todos entendiam n‹o ser norma de
reprodu•‹o obrigat—ria pelas Constitui•›es Estaduais; o art. 11
dispunha que Òdevem ser observadas as normas da Constitui•‹o da
RepœblicaÓ a respeito da tem‡tica nele versada; e o art. 12 era
repeti•‹o literal de norma de reprodu•‹o obrigat—ria da Constitui•‹o
da Repœblica.

Ë luz da sistem‡tica vigente, Ž correto afirmar, em rela•‹o ˆs normas


da Constitui•‹o Estadual, que:

a) todas poderiam ser utilizadas como paradigma de confronto;

b) somente o art. 10 poderia ser utilizado como paradigma de confronto;

c) somente os arts. 11 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de


confronto;

d) somente os arts. 10 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de


confronto;

e) nenhuma delas poderia ser utilizada como paradigma de confronto.

Coment‡rios:

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O Tribunal de Justi•a tem compet•ncia para realizar o controle concentrado-


abstrato de constitucionalidade. Como regra geral, o paradigma de controle
usado pelo TJ local ser‡ a Constitui•‹o Estadual.

Sobre esse ponto, Ž de se ressaltar que todas as normas da Constitui•‹o


Estadual podem servir como paradigma para o controle de
constitucionalidade perante o TJ. N‹o importa qual Ž a natureza da norma da
Constitui•‹o Estadual. O controle de constitucionalidade estadual poder‡ ter
como par‰metro norma de observ‰ncia obrigat—ria, norma de mera repeti•‹o
ou atŽ uma norma remissiva.

O gabarito Ž a letra A.

27. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em raz‹o da eclos‹o de um


grande esc‰ndalo relativo ao desvio de recursos pœblicos no Estado,
foi instaurada, no ‰mbito da Assembleia Legislativa, comiss‹o
parlamentar de inquŽrito com o objetivo de apurar os fatos narrados.
Entre outras medidas, foi deliberada: (a) a convoca•‹o do Governador
do Estado para comparecer ˆ Assembleia Legislativa e prestar
esclarecimentos; (b) a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos; (c) a
determina•‹o de intercepta•‹o telef™nica de alguns servidores
pœblicos estaduais; e (d) a decreta•‹o de indisponibilidade dos bens
de dois servidores, cuja participa•‹o no esquema estava
documentalmente comprovada.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, deve-se afirmar que:

a) somente a medida descrita em (a) est‡ correta;

b) somente a medida descrita em (b) est‡ correta;

c) somente a medida descrita em (d) est‡ correta;

d) somente as medidas descritas em (b) e (c) est‹o corretas;

e) todas as medidas est‹o corretas.

Coment‡rios:

H‡ v‡rios pontos a serem examinados nessa quest‹o:

a) CPI n‹o pode convocar o Chefe do Poder Executivo.

b) CPI pode determinar a quebra do sigilo fiscal.

c) CPI n‹o pode determinar a intercepta•‹o telef™nica.

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d) CPI n‹o pode decretar a indisponibilidade dos bens.

O gabarito Ž a letra B.

28. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei estadual, de


iniciativa do Poder Legislativo, quer estabelecer que a validade dos
contratos administrativos estaduais seja submetida ao exame prŽvio
do Tribunal de Contas do Estado.

Tal projeto deve ser considerado:

a) inconstitucional, em raz‹o de v’cio formal, dado tratar de matŽria da


iniciativa exclusiva do Poder Executivo;

b) inconstitucional, em raz‹o de v’cio material, consistente em atribuir ao


Tribunal de Contas fun•‹o de controle prŽvio de atos administrativos;

c) constitucional, porque o Tribunal de Contas pode exercer controle


concomitante sobre os atos administrativos;

d) constitucional, porque versa sobre matŽria pertinente ao controle da


gest‹o pœblica, que se inclui na compet•ncia do Poder Legislativo;

e) constitucional, porque a validade dos contratos administrativos Ž matŽria


de interesse pœblico prim‡rio e deve estar sujeita ˆ fiscaliza•‹o do Tribunal de
Contas.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, h‡ inconstitucionalidade material. Submeter a


validade de contratos administrativos ao exame prŽvio do Tribunal de Contas
viola a separa•‹o de poderes.

Segundo o STF, ÒŽ inconstitucional, por ofensa ao princ’pio da independ•ncia


e harmonia entre os Poderes, norma que subordina acordos, conv•nios,
contratos e atos de Secret‡rios de Estado ˆ aprova•‹o da Assembleia
LegislativaÓ. (ADI 476).

O gabarito Ž a letra B.

29. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Tramita pela Assembleia


Legislativa do Estado Alfa projeto de lei que veda a contrata•‹o de
empresas de que sejam s—cios parentes do governador, do vice-
governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comiss‹o atŽ
seis meses ap—s o fim do exerc’cio dos respectivos mandatos e
fun•›es.

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Tal projeto deve ser considerado:

a) inconstitucional, porque trata de normas gerais de licita•›es e contratos


administrativos, cuja edi•‹o o art. 22, XXVII, da CRFB/88 reserva ˆ
compet•ncia privativa de lei federal;

b) constitucional, porque trata de normas n‹o gerais, de compet•ncia


legislativa dos estados e munic’pios, e atende aos princ’pios da
impessoalidade e da moralidade;

c) inconstitucional, porque restringe a competi•‹o entre os licitantes,


podendo, em consequ•ncia, acarretar les‹o aos cofres pœblicos;

d) constitucional, porque, uma vez que n‹o gera aumento de despesa, tanto
pode ser objeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo quanto de decreto do
Poder Executivo;

e) inconstitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88, ao assegurar a


igualdade de condi•›es entre todos os concorrentes nas licita•›es pœblicas,
n‹o distingue grau de parentesco.

Coment‡rios:

A Uni‹o tem compet•ncia privativa para legislar sobre normas gerais de


licita•‹o e contrata•‹o (art. 22, XXVII, CF/88). Os Estados e Munic’pios
poder‹o, portanto, legislar sobre quest›es espec’ficas acerca de licita•›es e
contratos.

Nesse sentido, Ž constitucional lei estadual que Òveda a contrata•‹o de


empresas de que sejam s—cios parentes do governador, do vice-governador,
de deputados e de ocupantes de cargos em comiss‹o atŽ seis meses ap—s o
fim do exerc’cio dos respectivos mandatos e fun•›esÓ. Trata-se de norma
espec’fica, da compet•ncia legislativa dos Estados e Munic’pios, que atende
aos princ’pios da impessoalidade e moralidade.

O gabarito Ž a letra B.

30. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Constitui•‹o do Estado


Alfa prev•, como critŽrio de identifica•‹o da proposta mais vantajosa
para a Administra•‹o, nas contrata•›es pœblicas, o montante de
tributos recolhidos ˆ fazenda estadual.

Tal dispositivo deve ser considerado:

a) inconstitucional, porque adota critŽrio arbitr‡rio, violador do princ’pio da


isonomia, que pro’be a distin•‹o entre brasileiros no acesso ˆs contrata•›es
do Estado;

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b) constitucional, porque faz prevalecer o interesse pœblico quanto ˆ maior


capacidade contributiva dos particulares que pretendam contratar com o
Estado;

c) constitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88 exclui exig•ncias de


qualifica•‹o que n‹o sejam indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento das
obriga•›es, em contraste com o volume de tributos recolhidos pelo licitante,
que Ž indicador objetivo de indispens‡vel qualifica•‹o econ™mica;

d) inconstitucional, porque consagra critŽrio de sele•‹o que impede a


participa•‹o de pequenas e microempresas nas contrata•›es pœblicas;

e) inconstitucional, porque o art. 170, IX, da CRFB/88 assegura tratamento


favorecido ˆs empresas de pequeno porte, ˆs quais n‹o corresponde
capacidade tribut‡ria elevada.

Coment‡rios:

O art. 37, XXI, CF/88, prev• que Òressalvados os casos especificados na


legisla•‹o, as obras, servi•os, compras e aliena•›es ser‹o contratados
mediante processo de licita•‹o pœblica que assegure igualdade de
condi•›es a todos os concorrentes, com cl‡usulas que estabele•am
obriga•›es de pagamento, mantidas as condi•›es efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitir‡ as exig•ncias de qualifica•‹o tŽcnica
e econ™mica indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento das obriga•›esÓ.

Assim, as contrata•›es do Poder Pœblico dependem de prŽvia licita•‹o, que


observar‡ o princ’pio da isonomia. Estabelecer como critŽrio de
identifica•‹o da proposta mais vantajosa o montante de tributos recolhidos ˆ
fazenda estadual Ž uma afronta ao princ’pio da isonomia.

O gabarito Ž a letra A.

31. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O governador do Estado Alfa


expediu, ao final do exerc’cio financeiro, decreto que estabeleceu
novas margens de valor agregado (MVA) para alguns produtos da
lista de mercadorias sujeitas ao regime de substitui•‹o tribut‡ria,
com vig•ncia para o exerc’cio seguinte. Um deputado ˆ Assembleia
Legislativa do mesmo Estado, ajuizou perante o îrg‹o Especial do
Tribunal de Justi•a estadual, Representa•‹o por
Inconstitucionalidade, arguindo que o dito decreto ofende princ’pios
constitucionais. A Procuradoria do Estado, ao defender o decreto,
ponderou, em preliminar, ser inid™nea a via da Representa•‹o.

Tal preliminar deve ser:

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a) acolhida, porque, no ‰mbito do controle concentrado de


constitucionalidade, a norma inquinada de inconstitucional deve violar,
primeiro, a lei, e, ap—s, a Constitui•‹o;

b) rejeitada, porque, tratando-se de controle difuso de constitucionalidade, Ž


irrelevante que a norma de contraste seja a da Lei ou a da Constitui•‹o;

c) acolhida, porque tanto no controle concentrado quanto no controle difuso


de constitucionalidade, a tutela jur’dica adota, como premissa, que a norma Ž
constitucional atŽ prova em contr‡rio;

d) rejeitada, porque o decreto regulamentar que inova a ordem jur’dica pode


ser objeto de controle de constitucionalidade;

e) acolhida, porque o decreto de mera execu•‹o n‹o pode ser objeto de


qualquer espŽcie de controle de constitucionalidade.

Coment‡rios:

Os decretos de mera execu•‹o n‹o podem ser objeto de controle


concentrado-abstrato de constitucionalidade. No entanto, caso o decreto
inove a ordem jur’dica, assumir‡ car‡ter de ato normativo prim‡rio e se
submeter‡ ao controle concentrado-abstrato de constitucionalidade.

Na ADI 3.664, o STF manifestou-se no sentido de que Òdecreto que, n‹o se


limitando a regulamentar lei, institua benef’cio fiscal ou introduza outra
novidade normativa, reputa-se aut™nomo e, como tal, Ž suscet’vel de controle
concentrado de constitucionalidadeÓ.

O gabarito Ž a letra D.

32. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Lei de iniciativa do


Legislativo estadual obriga bares, lanchonetes, restaurantes, cantinas
e quiosques, que funcionem em estabelecimentos de ensino da rede
particular, a divulgarem as informa•›es nutricionais pertinentes aos
alimentos que comercializam. A Associa•‹o Nacional de Restaurantes
aju’za Representa•‹o de Inconstitucionalidade perante o îrg‹o
Especial do Tribunal de Justi•a estadual, arguindo a
inconstitucionalidade da mencionada lei por ofensa aos princ’pios da
razoabilidade e da proporcionalidade na prote•‹o devida aos direitos
do consumidor.

A Procuradoria da Assembleia Legislativa rebate o alegado v’cio


material com base em que:

a) a norma impugnada n‹o confronta com as regras constitucionais que


definem a compet•ncia privativa do Poder Executivo para a iniciativa de leis;

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b) a razoabilidade e a proporcionalidade n‹o s‹o par‰metros aplic‡veis ao


controle de constitucionalidade das leis;

c) a lei impugnada trata do exerc’cio da pol’cia administrativa, insuscet’vel de


controle porque traduz manifesta•‹o discricion‡ria do poder pœblico;

d) a divulga•‹o de informa•›es nutricionais sobre alimentos servidos em


escolas protege o direito do consumidor em matŽria pertinente ˆ dignidade
das pessoas, da’ sua razoabilidade;

e) a despesa com o cumprimento da nova regra constitui ™nus a ser


compartilhado entre os estabelecimentos escolares e os consumidores.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, a Associa•‹o Nacional de Restaurantes est‡


alegando que h‡ inconstitucionalidade material na lei estadual, por
viola•‹o aos princ’pios de razoabilidade e proporcionalidade na prote•‹o
devida aos direitos do consumidor. Assim, cabe ˆ Procuradoria da Assembleia
Legislativa rebater essa alega•‹o, n‹o necessitando reafirmar a validade da
norma quanto aos seus aspectos formais.

A Procuradoria da Assembleia Legislativa poder‡ alegar que Òa divulga•‹o


de informa•›es nutricionais sobre alimentos servidos em escolas protege o
direito do consumidor em matŽria pertinente ˆ dignidade das pessoas, da’ sua
razoabilidadeÓ (letra D). AlguŽm poderia ter dœvidas quanto ˆ letra B. No
entanto, a razoabilidade e a proporcionalidade podem servir, sim, como
par‰metro para o controle de constitucionalidade.

O gabarito Ž a letra D.

33. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei de iniciativa


do Legislativo estadual pretende instituir programa de bolsa de
estudos para alunos carentes da rede estadual de ensino de segundo
grau. O governador o vetou, mas a Assembleia Legislativa derrubou o
veto e promulgou a lei. A Representa•‹o de Inconstitucionalidade que
o governador pretende submeter ao îrg‹o Especial do Tribunal de
Justi•a estadual dever‡:

a) arguir v’cio material, porque a aplica•‹o da lei gerar‡ aumento de


despesa;

b) suscitar ser a lei inoportuna em face da crise financeira do Estado;

c) apontar v’cio material, porque a aplica•‹o da lei demandar‡ reforma na


estrutura administrativa do Estado;

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d) cumular v’cio formal, por se tratar de matŽria da iniciativa privativa do


Poder Executivo, com v’cio material, consistente no deslocamento de
equipamentos escolares;

e) limitar-se a arguir o v’cio formal de usurpa•‹o da compet•ncia privativa do


Poder Executivo.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, temos um projeto de lei que versa sobre atribui•›es


que s‹o pr—prias do Governador do Estado, uma vez que diz respeito ao
funcionamento da administra•‹o pœblica estadual (rede estadual de
ensino). Assim, deve ser arguido o v’cio formal de usurpa•‹o da
compet•ncia privativa do Chefe do Poder Executivo. O gabarito Ž a letra E.

34. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Associa•‹o dos Delegados


de Pol’cia do Brasil prop™s a•‹o direta de inconstitucionalidade ao
Supremo Tribunal Federal, com o fim de arguir a inconstitucionalidade
de uma lei estadual que autorizava a aplica•‹o da penalidade de
suspens‹o preventiva a servidores da pol’cia civil, assim que recebida
a denœncia pelo MinistŽrio Pœblico pela pr‡tica de crimes, ao
argumento principal de que tal suspens‹o viola as garantias
constitucionais do direito ˆ ampla defesa e ao contradit—rio, cuja
preserva•‹o tambŽm incumbe ˆ Associa•‹o.

Em defesa da constitucionalidade da aludida lei, foi suscitada a


ilegitimidade ativa da Associa•‹o, preliminar que o STF:

a) recusou, porque h‡ pertin•ncia tem‡tica entre o objeto da causa e as


finalidades da Associa•‹o;

b) acolheu, porque a aplica•‹o de penas criminais Ž matŽria alheia aos


objetivos associativos;

c) acolheu, porque a legitimidade ativa n‹o se caracteriza se inexiste


correla•‹o entre o pedido declarat—rio e os interesses sociais, culturais e
econ™micos da entidade associativa;

d) recusou, porque o pleito de revis‹o de penalidades administrativas consta


dos estatutos da Associa•‹o;

e) acolheu, porque os estatutos da Associa•‹o n‹o distinguem entre


penalidade administrativa e san•‹o penal.

Coment‡rios:

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Dentre os legitimados para propor as a•›es do controle concentrado-abstrato


de constitucionalidade perante o STF est‹o as entidades de classe de
‰mbito nacional (art. 103, IX, CF/88). Estas dever‹o, ao propor uma
ADI/ADC/ADO/ADPF, demonstrar pertin•ncia tem‡tica.

A Associa•‹o dos Delegados de Pol’cia do Brasil Ž uma entidade de classe de


‰mbito nacional e, portanto, tem legitimidade para propor ADI. Na situa•‹o
apresentada, tambŽm fica caracterizada a exist•ncia de pertin•ncia tem‡tica,
uma vez que a lei questionada viola prerrogativas dos policiais civis.

O gabarito Ž a letra A.

35. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Assembleia Legislativa do


Estado Alfa remete ao governador, para san•‹o, projeto de lei
ordin‡ria que fixa o teto remunerat—rio dos servidores pœblicos
estaduais em valor œnico, igual ao dos subs’dios dos
desembargadores do Tribunal de Justi•a estadual.

O governador veta o projeto porque os Estados:

a) n‹o disp›em de autonomia para a fixa•‹o de subtetos remunerat—rios de


seus servidores;

b) disp›em de autonomia para a fixa•‹o do subteto remunerat—rio de seus


servidores, desde que mediante Emenda ˆ Constitui•‹o estadual;

c) podem fixar o subteto remunerat—rio de seus servidores mediante lei


complementar, desde que esta estabele•a limites vari‡veis segundo classes
de servidores;

d) n‹o podem fixar subteto remunerat—rio de seus servidores em valor


inferior ao dos subs’dios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;

e) n‹o podem fixar subteto remunerat—rio de seus servidores em valor que


venha a ultrapassar os limites com despesa de pessoal, estabelecidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal.

Coment‡rios:

O art. 37, ¤ 12, CF/88, reconhece a possibilidade de que os Estados e o


Distrito Federal, mediante emenda ˆs respectivas Constitui•›es
Estaduais e Lei Org‰nica, instituam um subteto remunerat—rio œnico, que
ser‡ o subs’dio dos desembargadores do Tribunal de Justi•a.

O gabarito Ž a letra B.

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36. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) CWW, pol’tico de grande


prest’gio em certo Munic’pio do Estado, n‹o concordava com a forma
de atua•‹o do Promotor de Justi•a da Comarca, j‡ que ela resultara
no ajuizamento de diversas a•›es que estavam comprometendo a sua
imagem. O caso foi levado ao conhecimento do Procurador-Geral de
Justi•a, que recebeu de CWW a solicita•‹o de que o Promotor de
Justi•a, titular h‡ v‡rios anos na Comarca, fosse dela removido
compulsoriamente.

Ë luz dos dados fornecidos e da sistem‡tica constitucional, Ž correto


afirmar que a solicita•‹o formulada:

a) deve ser apreciada pelo —rg‹o colegiado competente, que s— pode deferi-la
por motivo de interesse pœblico;

b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a


garantia da inamovibilidade;

c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justi•a, Chefe


do MinistŽrio Pœblico estadual;

d) deveria ser endere•ada diretamente ao Conselho Nacional do MinistŽrio


Pœblico, œnico —rg‹o competente para apreci‡-la;

e) Ž livremente apreciada pelo —rg‹o ao qual a normatiza•‹o


infraconstitucional atribuiu compet•ncia.

Coment‡rios:

Os membros do MinistŽrio gozam da garantia da inamovibilidade, segundo a


qual n‹o poder‹o ser removidos de of’cio. A inamovibilidade, todavia, n‹o Ž
absoluta. ƒ poss’vel a remo•‹o de of’cio por raz›es de interesse pœblico,
mediante decis‹o do —rg‹o colegiado do MinistŽrio Pœblico.

O gabarito Ž a letra A.

37. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Determinado Munic’pio n‹o


vinha cumprindo as decis›es proferidas pela Justi•a Estadual, da’
resultando grande insatisfa•‹o dos titulares dos direitos aviltados. Em
raz‹o desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de
Justi•a que desse provimento ˆ representa•‹o para assegurar a
execu•‹o de decis‹o judicial. Essa representa•‹o foi provida, tendo o
interessado interposto recurso extraordin‡rio para que o Supremo
Tribunal Federal reapreciasse o caso.

Ë luz dessa narrativa e da sistem‡tica constitucional, Ž correto


afirmar que:

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a) somente o MinistŽrio Pœblico poderia ingressar com a representa•‹o, n‹o


um dos interessados no cumprimento da decis‹o judicial;

b) n‹o seria cab’vel a interposi•‹o de recurso extraordin‡rio, dado o car‡ter


pol’tico-administrativo do processo de interven•‹o instaurado perante o Poder
Judici‡rio;

c) o Tribunal de Justi•a n‹o tem imparcialidade para apreciar o


descumprimento de suas pr—prias decis›es, o que atrairia a compet•ncia do
Supremo Tribunal Federal;

d) a interposi•‹o de recurso extraordin‡rio exigiria o prequestionamento


expl’cito de matŽria constitucional na representa•‹o interventiva;

e) para que um interessado ajuizasse representa•‹o interventiva, seria


necess‡ria a autoriza•‹o expressa dos demais titulares dos direitos, o que n‹o
Ž exigido do MinistŽrio Pœblico.

Coment‡rios:

O Estado poder‡ intervir em seus Munic’pios para prover a execu•‹o de


decis‹o judicial (art. 35, IV, CF/88), havendo necessidade de que o Tribunal
de Justi•a d• provimento ˆ representa•‹o feita com essa finalidade. Segundo
o STF, n‹o cabe recurso extraordin‡rio contra a decis‹o do Tribunal de Justi•a
em processo de interven•‹o, em virtude do car‡ter pol’tico-administrativo
desse tipo de processo.

O gabarito Ž a letra B.

38. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A autoridade administrativa


competente do Poder Legislativo estadual pede ˆ Procuradoria da
Assembleia Legislativa que emita parecer identificador dos requisitos
que autorizam a incid•ncia da garantia constitucional da
irredutibilidade de vencimentos dos servidores pœblicos estaduais.

O parecer aponta que h‡ dois requisitos:

a) alternativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual haja sido


estabelecido por ato administrativo fundado em lei espec’fica; ou (ii) a lei
instituidora do padr‹o remunerat—rio estadual haja expressamente exclu’do
verbas de natureza indenizat—ria;

b) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual n‹o ultrapasse o


teto remunerat—rio estabelecido para os servidores pœblicos federais; e (ii) o
padr‹o remunerat—rio estadual inclua no teto verbas de qualquer natureza,
inclusive as indenizat—rias;

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c) alternativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual seja fixado por


lei que ressalve as verbas protegidas pelo princ’pio da irredutibilidade de
vencimentos; ou (ii) o padr‹o remunerat—rio resulte de lei que fa•a expressa
distin•‹o entre verbas indenizat—rias e verbas remunerat—rias;

d) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio nominal tenha sido obtido


conforme o direito, e n‹o de maneira il’cita, ainda que por equ’voco da
Administra•‹o Pœblica; e (ii) o padr‹o remunerat—rio nominal esteja
compreendido dentro do limite constitucional m‡ximo predefinido;

e) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio atenda ao estabelecido


na Constitui•‹o estadual quanto ao paradigma do valor remunerat—rio; e (ii) o
padr‹o remunerat—rio obede•a aos princ’pios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

Coment‡rios:

No RE 609.381/GO, o STF decidiu o seguinte:

ÒA incid•ncia da regra constitucional da irredutibilidade exige a presen•a


cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padr‹o
remunerat—rio nominal tenha sido obtido conforme o direito, e n‹o de
maneira il’cita, ainda que por equ’voco da Administra•‹o Pœblica; e (b)
que o padr‹o remunerat—rio nominal esteja compreendido dentro do
limite m‡ximo prŽ-definido pela Constitui•‹o FederalÓ.

O gabarito Ž a letra D.

39. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Jo‹o, servidor pœblico,


pretende que o —rg‹o estadual de sua lota•‹o funcional, ao conceder-
lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes,
fixe, em car‡ter definitivo, o valor dos respectivos proventos.

Tal pretens‹o Ž:

a) conforme ˆ Constitui•‹o, porque se o ato concessivo da aposentadoria


atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos
com eles se harmonizam e Ž definitivo em homenagem ao princ’pio da
seguran•a jur’dica;

b) conforme ˆ Constitui•‹o, porque cabe ao —rg‹o de lota•‹o do servidor


verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos
proventos em conson‰ncia com a legisla•‹o, acarretando a presen•a de ato
administrativo simples;

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c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria Ž complexo e


exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos
respectivos proventos, devendo determinar-lhe a corre•‹o, se ilegal;

d) inconstitucional, porque a compet•ncia do —rg‹o de lota•‹o do servidor se


esgota na verifica•‹o dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo
a fixa•‹o do valor dos respectivos proventos ao —rg‹o de controle externo;

e) inconstitucional, porque o pr—prio servidor pode insurgir-se contra o valor


dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua
retifica•‹o mediante recurso hier‡rquico, ou a pr—pria administra•‹o corrigi-lo
no exerc’cio da autotutela.

Coment‡rios:

Segundo o STF, o ato de concess‹o de aposentadoria Ž um ato complexo,


que somente se aperfei•oa com a manifesta•‹o do TCU, nos termos do art.
71, III, CF/88:

Art. 71 (...)
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o
de pessoal, a qualquer t’tulo, na administra•‹o direta e indireta,
inclu’das as funda•›es institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico,
excetuadas as nomea•›es para cargo de provimento em comiss‹o, bem
como a das concess›es de aposentadorias, reformas e pens›es,
ressalvadas as melhorias posteriores que n‹o alterem o fundamento
legal do ato concess—rio;

Dessa forma, a concess‹o de aposentadoria, em car‡ter definitivo, n‹o Ž


feita pelo —rg‹o da lota•‹o do servidor pœblico, uma vez que precisar‡
ser registrado pelo Tribunal de Contas.

O gabarito Ž a letra C.

40. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A C‰mara de Vereadores do


Munic’pio Beta aprovou projeto de lei de sua iniciativa, tornando
obrigat—ria a instala•‹o de c‰meras de seguran•a em escolas pœblicas
e cercanias, com o fim de prevenir e reprimir a pr‡tica de delitos
contra alunos e seus familiares. O Prefeito vetou a lei remetida ˆ sua
san•‹o, considerando-a eivada de v’cio formal, e a C‰mara derrubou o
veto, promulgando a lei.

O Prefeito representou ao Tribunal de Justi•a Estadual, postulando a


declara•‹o da inconstitucionalidade da lei, quest‹o que chegou, pela
via do recurso extraordin‡rio, ao Supremo Tribunal Federal, que
julgou dita lei:

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a) inconstitucional, porque, ˆ vista do art. 61 da CRFB/88, n‹o Ž poss’vel lei


da iniciativa do Legislativo tratar de matŽrias relativas ao funcionamento e ˆ
estrutura•‹o da Administra•‹o Pœblica;

b) constitucional, porque o art. 61 da CRFB/88 define, em rol taxativo, as


hip—teses de reserva da iniciativa de lei do Chefe do Poder Executivo, n‹o
sendo cab’vel ampliar a interpreta•‹o do dispositivo para abranger matŽrias
ali n‹o previstas;

c) inconstitucional, porque, alŽm do disposto no art. 61 da CRFB/88, a


instala•‹o de c‰meras de seguran•a implicaria despesas impostas ao
Executivo pelo Legislativo, o que ultrapassa os limites da iniciativa deste ao
invadir a gest‹o dos recursos pœblicos por aquele;

d) constitucional, porque a san•‹o de lei pelo Legislativo n‹o usurpa


compet•ncia do Executivo se n‹o gerar aumento de despesas espec’ficas com
pessoal;

e) inconstitucional, porque o ponto central da quest‹o n‹o reside no v’cio de


iniciativa, que Ž formal, mas em v’cio material, na medida em que ao
Legislativo a ordem constitucional n‹o confere discricionariedade para
estabelecer medidas afetas ˆ seguran•a pœblica.

Coment‡rios:

No ARE 878.911, o STF apreciou um caso id•ntico ao relatado pelo enunciado.


Lei municipal de iniciativa parlamentar previa a obrigatoriedade de instala•‹o
de c‰meras de seguran•a em escolas pœblicas municipais. Sustentava-se a
inconstitucionalidade da lei em raz‹o de suposto v’cio de iniciativa.

O STF decidiu que Òas hip—teses de limita•‹o da iniciativa parlamentar est‹o


taxativamente previstas no artigo 61 da Constitui•‹o, que trata da
reserva de iniciativa de lei do chefe do poder ExecutivoÓ. N‹o h‡, portanto,
v’cio de iniciativa, uma vez que a lei n‹o cria ou altera a estrutura ou a
atribui•‹o de —rg‹os da Administra•‹o Pœblica local nem trata do regime
jur’dico de servidores pœblicos.

O gabarito Ž a letra B.

41. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em matŽria de Òguerra


fiscalÓ, Ž correto afirmar que:

a) Ž constitucional lei espec’fica que outorga isen•‹o heter™noma;

b) Ž inconstitucional lei espec’fica que outorga remiss‹o ou anistia em car‡ter


geral, mesmo calcada em Conv•nio Interestadual;

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c) Ž limitado pela Constitui•‹o o poder de exonera•‹o fiscal do Estado-


Membro e do Distrito Federal, quando exige Conv•nio Intergovernamental
para tanto;

d) Ž constitucional lei espec’fica que outorga anistia de multa e juros, mas


exige integralmente o tributo;

e) Ž constitucional legisla•‹o tribut‡ria que outorga isen•‹o na venda de


aparelhos para portadores de defici•ncia auditiva, visual e mental.

Coment‡rios:

O tema da Òguerra fiscalÓ envolve, em geral, quest›es acerca do ICMS. A


CF/88, preocupada com a Òguerra fiscalÓ, estabelece que as isen•›es,
incentivos e benef’cios fiscais em matŽria de ICMS ser‹o concedidos
mediante delibera•‹o dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, ¤ 2¼, XII,
al’nea ÒgÓ).

Assim, um Estado-membro sozinho n‹o pode proceder ˆ exonera•‹o


fiscal em matŽria de ICMS. ƒ necess‡rio, para isso, um Conv•nio do CONFAZ
(conv•nio intergovernamental).

O gabarito Ž a letra C.

42. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A paridade dos proventos e


pens›es com a remunera•‹o dos servidores pœblicos civis ativos:

a) constitui direito adquirido dos aposentados e pensionistas, previsto na EC


n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05;

b) Ž mera expectativa de direito dos aposentados e pensionistas, prevista na


EC n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05;

c) n‹o pode ser suprimida por emenda constitucional, sob pena de violar a
irredutibilidade remunerat—ria;

d) Ž prevista em regras de transi•‹o da EC n¼ 41/03 e da EC n¼ 47/05,


podendo ser alterada por emenda constitucional;

e) est‡ limitada ˆ recomposi•‹o do poder aquisitivo, na forma do art. 40, ¤


8¼, da Constitui•‹o Federal.

Coment‡rios:

As EC n¼ 41/2003 e EC n¼ 47/2005 extinguiram o direito ˆ paridade entre


proventos de aposentadoria e pens›es e a remunera•‹o dos servidores
pœblicos civis ativos. Ao mesmo tempo, criaram regras de transi•‹o para

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aqueles servidores que j‡ estavam no servi•o ativo na Žpoca em que foram


promulgadas.

O gabarito Ž a letra D.

43. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O servidor que preenche os


requisitos constitucionais para a aposentadoria volunt‡ria do art. 40
da Constitui•‹o Federal e permanece em atividade faz jus:

a) ˆ isen•‹o da contribui•‹o previdenci‡ria;

b) ao abono de perman•ncia;

c) ˆ redu•‹o da base de c‡lculo da contribui•‹o previdenci‡ria;

d) ˆ aposentadoria pelo art. 6¼ da EC n¼ 41/03;

e) ˆ aposentadoria compuls—ria aos 70 anos.

Coment‡rios:

O servidor pœblico que tenha completado as exig•ncias para a aposentadoria


volunt‡ria e permanece em atividade far‡ jus a um abono de perman•ncia,
que ser‡ equivalente ao valor de sua contribui•‹o complementar (art. 40, ¤
19, CF/88). O gabarito Ž a letra B.

44. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Com o objetivo de assegurar


o livre exerc’cio de suas fun•›es, a Constitui•‹o Federal estabelece
uma sŽrie de garantias e prerrogativas para os deputados estaduais
em exerc’cio de mandato.

Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:

I. Os deputados estaduais n‹o s‹o responsabilizados por suas opini›es, votos


e palavras proferidas no exerc’cio do mandato, persistindo a imunidade em
rela•‹o ˆqueles fatos mesmo ap—s o seu tŽrmino.

II. Os deputados estaduais, desde a expedi•‹o do diploma, ser‹o submetidos


a julgamento pelo Tribunal de Justi•a, quando imputada a pr‡tica de crime
comum estadual, relacionado ou n‹o ˆ fun•‹o, praticado antes ou depois de
eleito.

III. A a•‹o penal decorrente de crime praticado pelo deputado estadual antes
de eleito, com a expedi•‹o do diploma, poder‡ ser sustada por voto da
maioria dos membros da casa legislativa.

Est‡ correto o que se afirma em:

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a) somente I;

b) somente II;

c) somente I e II;

d) somente II e III;

e) I, II e III.

Coment‡rios:

A primeira assertiva est‡ correta. Os Deputados Estaduais gozam de


imunidade material, isto Ž, n‹o poder‹o ser responsabilizados pelas opini›es,
palavras e votos que proferirem no exerc’cio da fun•‹o parlamentar. A
imunidade material persistir‡ em rela•‹o a esses fatos mesmo ap—s o tŽrmino
do mandato.

A segunda assertiva est‡ correta. Desde a diploma•‹o, os Deputados


Estaduais ser‹o processados e julgados perante o Tribunal de Justi•a. Esse
foro por prerrogativa de fun•‹o se aplica para crimes relacionados ou n‹o ao
exerc’cio da fun•‹o. TambŽm se aplica a crimes praticados antes ou depois da
diploma•‹o.

A terceira assertiva est‡ errada. A susta•‹o da andamento da a•‹o penal


somente Ž poss’vel em rela•‹o a crimes praticados ap—s a diploma•‹o.

O gabarito Ž a letra C.

45. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Determinado projeto de lei,


ap—s ser aprovado pela Assembleia Legislativa, foi vetado pelo
Governador do Estado. O veto foi apreciado em sess‹o especialmente
designada para esse fim, sendo rejeitado pela metade mais um dos
Deputados presentes, sendo certo que apenas 5 (cinco) Deputados
deixaram de comparecer. Ato cont’nuo, o projeto foi promulgado pelo
Presidente da Assembleia Legislativa.

Considerando o teor das normas estabelecidas na Constitui•‹o


Federal a respeito do processo legislativo, de observ‰ncia obrigat—ria
pelos Estados, Ž correto afirmar que o iter acima descrito est‡:

a) parcialmente correto, j‡ que a maioria exigida para a rejei•‹o do veto n‹o


foi observada;

b) parcialmente correto, j‡ que o Presidente da Assembleia n‹o poderia ter


promulgado a lei;

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c) parcialmente correto, j‡ que antes da promulga•‹o, o projeto precisaria ser


analisado por comiss‹o especial;

d) totalmente incorreto;

e) totalmente correto.

Coment‡rios:

H‡ 2 (dois) pontos a serem examinados:

a) A rejei•‹o do veto pela Assembleia Legislativa depende dos votos da


maioria absoluta (e n‹o da maioria dos presentes!). Esse qu—rum n‹o
foi obtido na situa•‹o analisada.

b) A compet•ncia para proceder ˆ promulga•‹o da lei compete ao


Governador, inclusive quando houver a rejei•‹o do veto pela
Assembleia Legislativa.

O gabarito Ž a letra D.

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Lista de Quest›es

1. (FGV / TJ-AL Ð 2018) As garantias atribu’das ao Judici‡rio


possuem relevante papel no cen‡rio da triparti•‹o de Poderes, pois
asseguram a necess‡ria independ•ncia ao magistrado, que poder‡
decidir livremente, sem se abalar com qualquer tipo de press‹o que
venha dos outros Poderes.

De acordo com o texto das Constitui•›es Estadual de Alagoas e


Federal, os ju’zes gozam da garantia de:

a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, s— ser‡ adquirida ap—s tr•s anos de


exerc’cio, dependendo a perda do cargo, nesse per’odo, de delibera•‹o do
Tribunal de Justi•a e, nos demais casos, de senten•a judicial transitada em
julgado.

b) estabilidade, adquirida pelos magistrados ap—s tr•s anos de efetivo


exerc’cio, de maneira que, ap—s tal per’odo, s— podem perder o cargo em
virtude de senten•a judicial transitada em julgado.

c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pœblico, por voto da maioria


absoluta do Tribunal de Justi•a ou do Conselho Nacional de Justi•a,
assegurada ampla defesa.

d) irredutibilidade de vencimentos, com remunera•‹o n‹o superior a noventa


por cento do subs’dio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

e) autonomia financeira, cabendo-lhes promover a fiscaliza•‹o cont‡bil,


or•ament‡ria, operacional e patrimonial das entidades da administra•‹o
direta e indireta.

2. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Munic’pio do interior do Estado de


Alagoas editou lei municipal sobre matŽria tribut‡ria frontalmente
lesiva ˆ Constitui•‹o Estadual.

De acordo com o ordenamento jur’dico, a a•‹o direta de


inconstitucionalidade em raz‹o deste ato normativo municipal deve
ser processada e julgada, originariamente, no:

a) Supremo Tribunal Federal

b) Superior Tribunal de Justi•a

c) Ju’zo da Vara C’vel competente de primeiro grau de jurisdi•‹o.

d) Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

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e) Tribunal de Justi•a do Estado de Alagoas.

3. (FGV / TJ-AL Ð 2018) A Constitui•‹o da Repœblica de 1988 tem


como regra geral a veda•‹o de acumula•‹o remunerada de cargos
pœblicos. Ocorre que o texto constitucional autoriza tal acumula•‹o
em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de hor‡rios,
como na hip—tese de:

a) dois cargos de n’vel tŽcnico ou cient’fico.

b) dois cargos da ‡rea de educa•‹o.

c) dois cargos da ‡rea jur’dica.

d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor.

e) um cargo de professor com outro de prestador de servi•o pœblico.

4. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Jo‹o, juiz de direito, ap—s participar de


concurso de remo•‹o, tornou-se titular na Comarca X. L‡ chegando,
constatou que a Comarca Y, vizinha ˆ X, tinha melhor estrutura,
contando com diversos hospitais e escolas de —tima qualidade, do que
carecia a Comarca X. Em raz‹o desse quadro, solicitou ao —rg‹o
competente do respectivo Tribunal de Justi•a autoriza•‹o para residir
na Comarca Y.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, o requerimento de Jo‹o:

a) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular Ž obrigado a residir na


respectiva comarca.

b) pode vir a ser deferido pelo Tribunal de Justi•a, que n‹o est‡ obrigado a
tanto.

c) n‹o pode ser deferido, pois somente o Conselho Nacional de Justi•a pode
autorizar o juiz a residir em outra comarca.

d) deve ser redirecionado ao Supremo Tribunal Federal, o qual, na condi•‹o


de —rg‹o de cœpula, apreci‡-lo-‡.

e) deve ser indeferido de plano, pois o juiz titular pode residir onde melhor
lhe aprouver, mesmo sem autoriza•‹o.

5. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð Pedro ajuizou uma a•‹o em face de Jo‹o


e se saiu vitorioso, sendo-lhe atribu’do certo bem. Anos depois,
quando j‡ n‹o mais era cab’vel qualquer recurso, a•‹o ou impugna•‹o

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contra a decis‹o do Poder Judici‡rio, foi editada uma lei cuja


aplica•‹o faria com que o bem fosse atribu’do a Jo‹o.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, o referido bem deve:

a) permanecer com Pedro, por for•a da garantia do ato jur’dico perfeito

b) ser transferido a Jo‹o, com base no princ’pio da efic‡cia imediata da lei.

c) permanecer com Pedro, por for•a da garantia do direito adquirido.

d) ser transferido a Jo‹o, salvo se a lei estabelecer regra de transi•‹o.

e) permanecer com Pedro, por for•a da garantia da coisa julgada.

6. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ð O Tribunal de Justi•a do Estado Beta


encaminhou ao Chefe do Poder Executivo a sua proposta
or•ament‡ria anual, a qual foi devolvida sob o argumento de equ’voco
no destinat‡rio e na aus•ncia de legitimidade do Tribunal para
elabor‡-la.

Ë luz da narrativa acima e da sistem‡tica constitucional, o


entendimento do Chefe do Poder Executivo est‡:

a) totalmente equivocado, pois o Poder Judici‡rio, em raz‹o de sua


autonomia, deve elaborar a sua proposta or•ament‡ria e encaminh‡-la ao
Poder Executivo.

b) parcialmente certo, pois, apesar de o Poder Judici‡rio n‹o ter legitimidade


para elaborar a sua proposta or•ament‡ria, a an‡lise inicial Ž feita pelo Poder
Executivo.

c) parcialmente certo, pois o Poder Judici‡rio tem legitimidade para elaborar a


sua proposta or•ament‡ria, mas deve encaminh‡-la ao Poder Legislativo.

d) parcialmente certo, pois o Poder Judici‡rio tem legitimidade para elaborar a


sua proposta or•ament‡ria, mas deve encaminh‡-la ao Conselho Nacional de
Justi•a.

e) totalmente certo, pois a proposta or•ament‡ria Ž elaborada pelo Poder


Executivo, respons‡vel pela arrecada•‹o tribut‡ria, e deve ser encaminhada
ao Poder Legislativo.

7. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Ao final do exerc’cio financeiro, o


Governador do Estado Alfa elaborou a sua presta•‹o de contas e
solicitou ˆ sua assessoria jur’dica que lhe informasse qual seria o
—rg‹o respons‡vel por julg‡-las, aprovando-as ou rejeitando-as.

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Ë luz da sistem‡tica constitucional, o referido —rg‹o Ž:

a) o Tribunal de Justi•a do Estado Alfa.

b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa.

c) o Congresso Nacional

d) o Superior Tribunal de Justi•a.

e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa.

8. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Tribunal de Justi•a do Estado Alfa


proferiu ac—rd‹o, em sede de apela•‹o, que, no entender de uma das
partes, seria frontalmente contr‡rio ˆ Constitui•‹o da Repœblica de
1988.

Ë luz da sistem‡tica constitucional e sendo preenchidos os demais


requisitos exigidos, Ž poss’vel a interposi•‹o de recurso
extraordin‡rio direcionado ao:

a) Superior Tribunal de Justi•a

b) Conselho Nacional de Justi•a

c) Supremo Tribunal Federal

d) Tribunal Regional Federal

e) Conselho Constitucional

9. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Maria, Deputada Estadual, consultou sua


assessoria sobre a compet•ncia do Estado para legislar sobre direito
financeiro. Em resposta, foi informada de que essa compet•ncia ser‡
exercida em car‡ter concorrente com a Uni‹o.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a informa•‹o fornecida pela


assessoria de Maria indica que:

a) a Uni‹o e o Estado podem legislar livremente sobre a matŽria.

b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a Uni‹o


n‹o o fizer.

c) a Uni‹o somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado


n‹o o fizer.

d) a Uni‹o deve limitar-se ˆ edi•‹o de normas gerais sobre a matŽria.


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e) a Uni‹o e o Estado devem editar as leis sobre a matŽria em car‡ter


conjunto.

10. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Presidente da Repœblica foi acusado da


pr‡tica de crime de responsabilidade perante o Senado Federal. Em
resposta, afirmou que a acusa•‹o n‹o poderia ser endere•ada ˆ
referida Casa Legislativa.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a defesa apresentada pelo


Presidente da Repœblica deve ser:

a) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ao Supremo Tribunal


Federal.

b) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusa•‹o para que o


processo se inicie no Supremo Tribunal Federal.

c) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ao Superior Tribunal


de Justi•a.

d) rejeitada, pois o Senado Federal deve receber a acusa•‹o para que o


processo se inicie na C‰mara dos Deputados.

e) acolhida, pois a acusa•‹o deveria ter sido endere•ada ˆ C‰mara dos


Deputados.

11. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Pedro recebeu notifica•‹o da associa•‹o


de moradores da localidade em que reside fixando o prazo de 15
(quinze) dias para que ele apresentasse os documentos necess‡rios ˆ
sua inscri•‹o na referida associa•‹o. Ultrapassado esse prazo, Pedro,
segundo a notifica•‹o, incorreria em multa di‡ria e seria tacitamente
inscrito:

Ë luz da sistem‡tica constitucional, Pedro:

a) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o, o que decorre do princ’pio


fundamental da ideologia participativa.

b) somente est‡ obrigado a se associar caso a notifica•‹o seja judicial.

c) pode ignorar a notifica•‹o, pois ninguŽm Ž obrigado a associar-se contra a


sua vontade.

d) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o, mas s— precisa permanecer


associado por um ano.

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e) est‡ obrigado a atender ˆ notifica•‹o enquanto o Poder Judici‡rio n‹o o


dispensar dessa obriga•‹o.

12. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Beta solicitou, ao


Procurador-Geral de Justi•a, que o respectivo MinistŽrio Pœblico
Estadual passasse a prestar consultoria jur’dica ˆ Secretaria de
Estado de Finan•as, contribuindo, desse modo, para evitar a pr‡tica
de il’citos naquele setor.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, a solicita•‹o do Chefe do Poder


Executivo:

a) pode ser atendida, desde que a consultoria seja prestada por tempo
determinado.

b) n‹o pode ser atendida, pois ao MinistŽrio Pœblico Ž vedada a consultoria


jur’dica de entidades pœblicas.

c) pode ser atendida, mesmo que a consultoria seja prestada por tempo
indeterminado.

d) n‹o pode ser atendida, pois o MinistŽrio Pœblico somente poderia prestar
consultoria ao Governador do Estado.

e) pode ser atendida, desde que autorizada pelo Tribunal de Justi•a do


Estado.

13. (FGV / TJ-AL Ð 2018) Peter, filho de cidad‹os norte-americanos,


nasceu em Alagoas quando seus pais ali estavam em gozo de fŽrias.
Ap—s o nascimento, foi para os Estados Unidos da AmŽrica do Norte e
jamais retornou ˆ Repœblica Federativa do Brasil.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, Peter:

a) Ž brasileiro nato.

b) Ž brasileiro naturalizado.

c) Ž brasileiro nato, desde que requeira a nova nacionalidade aos 18 anos de


idade.

d) Ž brasileiro naturalizado, se requerer a naturaliza•‹o aos 18 anos de idade.

e) n‹o Ž brasileiro.

14. (FGV / TJ-AL Ð 2018) O Governador do Estado Alfa convocou


reuni‹o com os presidentes das autarquias, das sociedades de

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economia mista e das empresas pœblicas, bem como representantes


das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da
Casa Civil e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela
data, os entes da Administra•‹o Pœblica indireta com personalidade
jur’dica de direito pœblico deveriam apresentar dados quinzenais a
respeito da atua•‹o do respectivo ente:

Ë luz da sistem‡tica constitucional, dentre os participantes da


reuni‹o, somente s‹o alcan•adas pela determina•‹o do Governador
do Estado:

a) as autarquias

b) as sociedades de economia mista e as empresas pœblicas

c) as Secretarias de Estado

d) as estruturas da Chefia do Gabinete da Casa Civil.

e) as empresas pœblicas.

15. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Edson, no af‹ de


conhecer o alcance dos direitos fundamentais consagrados na
Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil, perguntou ao seu
amigo Ant™nio se a denominada Òinviolabilidade do domic’lioÓ teria
alguma exce•‹o que permitisse a policiais ingressarem, contra a
sua vontade, em sua casa. Em resposta, Ant™nio apresentou
diversas proposi•›es, mas apenas uma delas est‡ em harmonia
com a ordem constitucional. A proposi•‹o correta Ž:

a) os policiais somente podem ingressar na casa de Edson se tiverem uma


ordem judicial;

b) a inviolabilidade do domic’lio Ž absoluta, n‹o comportando exce•›es;

c) os policiais, por serem agentes pœblicos, est‹o autorizados a ingressar na


casa de Edson sempre que necess‡rio;

d) os policiais podem ingressar na casa de Edson a qualquer momento, desde


que tenham uma ordem judicial;

e) os policiais podem ingressar na casa de Edson caso um crime esteja sendo


praticado.

16. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Logo ap—s tomar posse


no cargo, determinado deputado estadual foi informado por seus
assessores que diversas associa•›es solicitaram a apresenta•‹o de

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projeto de lei que disciplinasse certas condutas. Os assessores


tambŽm informaram que a matŽria era de compet•ncia
concorrente da Uni‹o, dos Estados e do Distrito Federal.

Ë luz desse quadro, Ž correto afirmar que eventual projeto de lei:

a) n‹o poderia destoar das normas gerais anteriormente editadas pela Uni‹o;

b) poderia ser livremente apresentado, n‹o estando vinculado ˆs normas


editadas pela Uni‹o;

c) somente poderia ser apresentado caso a Uni‹o, em momento anterior,


tivesse veiculado normas gerais sobre a matŽria;

d) somente poderia ser apresentado caso autorizado pela Uni‹o;

e) por veicular normas espec’ficas para o Estado, revogaria as normas gerais


editadas pela Uni‹o.

17. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Silvio e Maria travaram


intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo
inciso II do art. 1¼ da Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil,
um dos fundamentos da Repœblica Federativa do Brasil. Silvio
defendia que todo brasileiro Ž cidad‹o, enquanto Maria ressaltava a
necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obten•‹o
da cidadania.

A esse respeito, Ž correto afirmar que:

a) Maria est‡ errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento;

b) Silvio est‡ errado, pois Ž poss’vel existir um brasileiro que n‹o seja
cidad‹o;

c) Silvio est‡ certo, pois Ž a cidadania que permite a aquisi•‹o da


nacionalidade brasileira;

d) Maria est‡ certa, pois Ž preciso que a cidadania seja deferida pelo Ministro
da Justi•a;

e) Maria est‡ certa, pois a cidadania sempre exige o prŽvio requerimento da


nacionalidade brasileira.

18. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Irineu, professor


estadual, tomou posse no cargo de deputado estadual. No mesmo
dia, foi informado que o seu regime estipendial seria alterado.

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Ë luz dessa narrativa e dos balizamentos estabelecidos pela


Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil, Ž correto afirmar
que Irineu:

a) atŽ a posse, recebia subs’dio, sendo vedado o acrŽscimo de qualquer


gratifica•‹o;

b) ap—s a posse, passou a receber remunera•‹o, sendo permitido o


recebimento de verba de representa•‹o;

c) atŽ a posse, recebia remunera•‹o, sendo permitido o recebimento de


adicional;

d) ap—s a posse, passou a receber subs’dio, vedada a percep•‹o de qualquer


verba indenizat—ria;

e) ap—s a posse, poderia receber conjuntamente o subs’dio e a remunera•‹o,


desde que observado o teto remunerat—rio.

19. (FGV / ALERJ Ð Especialista Ð 2017) Ednaldo, brasileiro


naturalizado, e Pedro, estrangeiro residente no Pa’s, travaram intenso
debate a respeito de quem seria titular dos direitos fundamentais
referidos no art. 5¼ da Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil.
Considerando a situa•‹o jur’dica de Ednaldo e de Pedro, Ž correto
afirmar, em rela•‹o aos referidos direitos fundamentais, que:

a) somente Ednaldo, por ser brasileiro, Ž titular desses direitos;

b) Ednaldo e Pedro, por determina•‹o constitucional, s‹o titulares desses


direitos;

c) Ednaldo e Pedro, por n‹o serem brasileiros natos, n‹o s‹o titulares desses
direitos;

d) Pedro, ainda que se naturalize brasileiro, n‹o poder‡ titularizar esses


direitos de imediato;

e) Ednaldo somente ir‡ titulariz‡-los dez anos ap—s a sua naturaliza•‹o.

20. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas do


Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a opera•›es financeiras
realizadas por entidade da administra•‹o indireta do Estado com
personalidade jur’dica de direito privado, com vistas a analisar a
regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de
origem pœblica.

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De acordo com a jurisprud•ncia do Supremo Tribunal Federal, no caso


concreto:

a) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo


banc‡rio, mediante a provoca•‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ se est‹o
presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necess‡rios ao
deferimento da medida;

b) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo


banc‡rio, mediante a provoca•‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ t‹o somente
se est‹o presentes os pressupostos formais necess‡rios ao deferimento da
cautelar;

c) aplica-se a reserva de jurisdi•‹o, n‹o se aplicando a inoponibilidade de


sigilo banc‡rio e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de opera•›es
fundadas em recursos de origem pœblica, pois a entidade n‹o possui
personalidade jur’dica de direito pœblico;

d) n‹o se aplica a reserva de jurisdi•‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs


opera•›es financeiras realizadas pela entidade que n‹o est‡ submetida ao seu
controle financeiro, diante do princ’pio da publicidade dos contratos
administrativos;

e) n‹o se aplica a reserva de jurisdi•‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs


opera•›es financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle
financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de
recursos de origem pœblica.

21. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas da


Uni‹o Ž o —rg‹o integrante do Congresso Nacional que tem a fun•‹o
constitucional de auxili‡-lo no controle financeiro externo da
Administra•‹o Pœblica.

De acordo com a Constitui•‹o Federal de 1988, compete ˆ


mencionada Corte de Contas:

a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o de


pessoal, a qualquer t’tulo, na administra•‹o direta e indireta, incluindo as
nomea•›es para cargo de provimento em comiss‹o;

b) sustar, se n‹o atendido, a execu•‹o do ato impugnado, comunicando a


decis‹o ˆ C‰mara dos Deputados e ao Senado Federal;

c) julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por dinheiros,


bens e valores pœblicos da Administra•‹o Pœblica, exceto entidades da
administra•‹o indireta;

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d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da


Repœblica, mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em trinta dias a
contar de seu recebimento;

e) aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, san•›es como multa proporcional ao dano causado
ao er‡rio, por meio de decis‹o com efic‡cia de t’tulo executivo judicial.

22. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente do Tribunal de


Justi•a de determinado Estado da Federa•‹o, ap—s aprova•‹o do
—rg‹o interno competente, com estrita observ‰ncia aos balizamentos
estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias, encaminhou sua
proposta or•ament‡ria, no momento pr—prio, ao Poder Executivo. Ao
consolidar o projeto de lei or•ament‡ria a ser encaminhado ˆ
Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, forte na premissa de que
as receitas existentes eram limitadas, promoveu redu•›es na referida
proposta, a exemplo do que fizera em rela•‹o ˆs propostas
encaminhadas pelas demais estruturas estatais de poder.

A conduta do Poder Executivo est‡:

a) correta, em raz‹o do que determina o princ’pio da unidade or•ament‡ria;

b) incorreta, pois a proposta deveria ter sido submetida, pelo Poder Judici‡rio,
diretamente ˆ Assembleia Legislativa;

c) correta, em virtude do imprescind’vel equil’brio entre receita e despesa;

d) incorreta, j‡ que o Executivo deveria ter submetido a proposta ˆ


aprecia•‹o da Assembleia Legislativa;

e) correta, j‡ que o encaminhamento do projeto de lei or•ament‡ria Ž de


iniciativa privativa do Poder Executivo.

23. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, titular de cargo de


provimento efetivo do servi•o pœblico estadual, foi eleito Deputado no
mesmo Estado em que exerce suas atividades funcionais regulares.
Na vŽspera do in’cio das atividades parlamentares, foi informado,
pelo Departamento de Pessoal de sua reparti•‹o origin‡ria, que
deveria ser necessariamente exonerado do cargo origin‡rio t‹o logo
iniciasse o exerc’cio do mandato eletivo.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, essa orienta•‹o Ž:

a) incorreta, pois a exonera•‹o n‹o Ž necess‡ria caso haja compatibilidade de


hor‡rios entre as duas atividades;

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b) correta, j‡ que a ordem constitucional veda a acumula•‹o de cargos


pœblicos, ressalvadas as exce•›es que indica;

c) incorreta, pois a investidura no mandato eletivo estadual somente exige o


afastamento do cargo, n‹o a exonera•‹o;

d) correta, j‡ que os subs’dios dos Deputados Estaduais alcan•am o teto


remunerat—rio, o que impede a acumula•‹o;

e) incorreta, pois a ordem constitucional autoriza expressamente a


acumula•‹o nas circunst‰ncias indicadas.

24. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Com o objetivo de conter o


que considerava um Òdemandismo exageradoÓ, um Deputado Estadual
apresentou projeto de lei dispondo que a parte vencida somente
poderia interpor recurso contra decis‹o proferida no ‰mbito de
Juizado Especial C’vel caso realizasse o dep—sito prŽvio de 100%
(cem por cento) do valor da condena•‹o.

Instada a se pronunciar, a Comiss‹o de Constitui•‹o e Justi•a da


Assembleia Legislativa alcan•ou a œnica conclus‹o que se mostrava
harm™nica com a ordem jur’dico-constitucional brasileira, qual seja, a
de que o projeto Ž:

a) constitucional, j‡ que o dep—sito prŽvio possui a natureza jur’dica de taxa,


o que atrai a compet•ncia legislativa do Estado;

b) inconstitucional, pois a exig•ncia de dep—sito prŽvio para a interposi•‹o de


recurso Ž matŽria tipicamente processual, de compet•ncia legislativa privativa
da Uni‹o;

c) constitucional, desde que observadas as normas gerais editadas pela Uni‹o


em matŽria tribut‡ria, aplic‡veis aos dep—sitos prŽvios;

d) inconstitucional, pois compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo


a iniciativa dos projetos de lei em matŽria tribut‡ria;

e) constitucional, pois a exig•ncia de dep—sito prŽvio para a interposi•‹o de


recurso Ž matŽria tipicamente procedimental, de compet•ncia concorrente da
Uni‹o e dos Estados.

25. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Ednaldo, servidor da


Assembleia Legislativa, impetrou mandado de seguran•a contra ato
intitulado de ilegal e abusivo praticado pelo respectivo Presidente. A
1» C‰mara C’vel do Tribunal de Justi•a, competente para o caso, por
ocasi‹o do julgamento, negou-se expressamente a aplicar a lei
federal que daria respaldo ao ato praticado, entendendo que a sua

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aplica•‹o ao caso concreto ensejaria a prola•‹o de uma decis‹o


injusta. Com base nesse entendimento, declarou a nulidade do ato.

Ao tomar ci•ncia do respectivo ac—rd‹o, o Procurador da Assembleia


Legislativa realizou ampla pesquisa sobre os distintos aspectos
jur’dicos envolvidos e alcan•ou, dentre as conclus›es que idealizara,
a œnica que se mostrava adequada ao caso.

Nesse sentido, Ž correto afirmar que o ac—rd‹o proferido pode vir a


ser cassado em sede de:

a) recurso ordin‡rio endere•ado ao Superior Tribunal de Justi•a;

b) mandado de seguran•a impetrado perante o Superior Tribunal de Justi•a;

c) procedimento de controle instaurado no ‰mbito do Tribunal de Justi•a;

d) recurso extraordin‡rio endere•ado ao Supremo Tribunal Federal;

e) reclama•‹o endere•ada ao Supremo Tribunal Federal.

26. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Presidente da Assembleia


Legislativa foi instado a apresentar informa•›es em representa•‹o
por inconstitucionalidade, ajuizada perante o Tribunal de Justi•a, na
qual um dos legitimados ao controle concentrado de
constitucionalidade pedia a declara•‹o de inconstitucionalidade do
inteiro teor da Lei Estadual Y, promulgada no dia anterior.

O Procurador da Assembleia Legislativa foi consultado sobre o caso e,


ap—s a leitura da peti•‹o inicial, constatou que foram utilizados, como
paradigmas de confronto, tr•s normas da respectiva Constitui•‹o
Estadual: o art. 10 era repeti•‹o literal de artigo secund‡rio da
Constitui•‹o da Repœblica, que todos entendiam n‹o ser norma de
reprodu•‹o obrigat—ria pelas Constitui•›es Estaduais; o art. 11
dispunha que Òdevem ser observadas as normas da Constitui•‹o da
RepœblicaÓ a respeito da tem‡tica nele versada; e o art. 12 era
repeti•‹o literal de norma de reprodu•‹o obrigat—ria da Constitui•‹o
da Repœblica.

Ë luz da sistem‡tica vigente, Ž correto afirmar, em rela•‹o ˆs normas


da Constitui•‹o Estadual, que:

a) todas poderiam ser utilizadas como paradigma de confronto;

b) somente o art. 10 poderia ser utilizado como paradigma de confronto;

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c) somente os arts. 11 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de


confronto;

d) somente os arts. 10 e 12 poderiam ser utilizados como paradigma de


confronto;

e) nenhuma delas poderia ser utilizada como paradigma de confronto.

27. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em raz‹o da eclos‹o de um


grande esc‰ndalo relativo ao desvio de recursos pœblicos no Estado,
foi instaurada, no ‰mbito da Assembleia Legislativa, comiss‹o
parlamentar de inquŽrito com o objetivo de apurar os fatos narrados.
Entre outras medidas, foi deliberada: (a) a convoca•‹o do Governador
do Estado para comparecer ˆ Assembleia Legislativa e prestar
esclarecimentos; (b) a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos; (c) a
determina•‹o de intercepta•‹o telef™nica de alguns servidores
pœblicos estaduais; e (d) a decreta•‹o de indisponibilidade dos bens
de dois servidores, cuja participa•‹o no esquema estava
documentalmente comprovada.

Ë luz da sistem‡tica constitucional, deve-se afirmar que:

a) somente a medida descrita em (a) est‡ correta;

b) somente a medida descrita em (b) est‡ correta;

c) somente a medida descrita em (d) est‡ correta;

d) somente as medidas descritas em (b) e (c) est‹o corretas;

e) todas as medidas est‹o corretas.

28. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei estadual, de


iniciativa do Poder Legislativo, quer estabelecer que a validade dos
contratos administrativos estaduais seja submetida ao exame prŽvio
do Tribunal de Contas do Estado.

Tal projeto deve ser considerado:

a) inconstitucional, em raz‹o de v’cio formal, dado tratar de matŽria da


iniciativa exclusiva do Poder Executivo;

b) inconstitucional, em raz‹o de v’cio material, consistente em atribuir ao


Tribunal de Contas fun•‹o de controle prŽvio de atos administrativos;

c) constitucional, porque o Tribunal de Contas pode exercer controle


concomitante sobre os atos administrativos;

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d) constitucional, porque versa sobre matŽria pertinente ao controle da


gest‹o pœblica, que se inclui na compet•ncia do Poder Legislativo;

e) constitucional, porque a validade dos contratos administrativos Ž matŽria


de interesse pœblico prim‡rio e deve estar sujeita ˆ fiscaliza•‹o do Tribunal de
Contas.

29. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Tramita pela Assembleia


Legislativa do Estado Alfa projeto de lei que veda a contrata•‹o de
empresas de que sejam s—cios parentes do governador, do vice-
governador, de deputados e de ocupantes de cargos em comiss‹o atŽ
seis meses ap—s o fim do exerc’cio dos respectivos mandatos e
fun•›es.

Tal projeto deve ser considerado:

a) inconstitucional, porque trata de normas gerais de licita•›es e contratos


administrativos, cuja edi•‹o o art. 22, XXVII, da CRFB/88 reserva ˆ
compet•ncia privativa de lei federal;

b) constitucional, porque trata de normas n‹o gerais, de compet•ncia


legislativa dos estados e munic’pios, e atende aos princ’pios da
impessoalidade e da moralidade;

c) inconstitucional, porque restringe a competi•‹o entre os licitantes,


podendo, em consequ•ncia, acarretar les‹o aos cofres pœblicos;

d) constitucional, porque, uma vez que n‹o gera aumento de despesa, tanto
pode ser objeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo quanto de decreto do
Poder Executivo;

e) inconstitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88, ao assegurar a


igualdade de condi•›es entre todos os concorrentes nas licita•›es pœblicas,
n‹o distingue grau de parentesco.

30. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Constitui•‹o do Estado


Alfa prev•, como critŽrio de identifica•‹o da proposta mais vantajosa
para a Administra•‹o, nas contrata•›es pœblicas, o montante de
tributos recolhidos ˆ fazenda estadual.

Tal dispositivo deve ser considerado:

a) inconstitucional, porque adota critŽrio arbitr‡rio, violador do princ’pio da


isonomia, que pro’be a distin•‹o entre brasileiros no acesso ˆs contrata•›es
do Estado;

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b) constitucional, porque faz prevalecer o interesse pœblico quanto ˆ maior


capacidade contributiva dos particulares que pretendam contratar com o
Estado;

c) constitucional, porque o art. 37, XXI, da CRFB/88 exclui exig•ncias de


qualifica•‹o que n‹o sejam indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento das
obriga•›es, em contraste com o volume de tributos recolhidos pelo licitante,
que Ž indicador objetivo de indispens‡vel qualifica•‹o econ™mica;

d) inconstitucional, porque consagra critŽrio de sele•‹o que impede a


participa•‹o de pequenas e microempresas nas contrata•›es pœblicas;

e) inconstitucional, porque o art. 170, IX, da CRFB/88 assegura tratamento


favorecido ˆs empresas de pequeno porte, ˆs quais n‹o corresponde
capacidade tribut‡ria elevada.

31. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O governador do Estado Alfa


expediu, ao final do exerc’cio financeiro, decreto que estabeleceu
novas margens de valor agregado (MVA) para alguns produtos da
lista de mercadorias sujeitas ao regime de substitui•‹o tribut‡ria,
com vig•ncia para o exerc’cio seguinte. Um deputado ˆ Assembleia
Legislativa do mesmo Estado, ajuizou perante o îrg‹o Especial do
Tribunal de Justi•a estadual, Representa•‹o por
Inconstitucionalidade, arguindo que o dito decreto ofende princ’pios
constitucionais. A Procuradoria do Estado, ao defender o decreto,
ponderou, em preliminar, ser inid™nea a via da Representa•‹o.

Tal preliminar deve ser:

a) acolhida, porque, no ‰mbito do controle concentrado de


constitucionalidade, a norma inquinada de inconstitucional deve violar,
primeiro, a lei, e, ap—s, a Constitui•‹o;

b) rejeitada, porque, tratando-se de controle difuso de constitucionalidade, Ž


irrelevante que a norma de contraste seja a da Lei ou a da Constitui•‹o;

c) acolhida, porque tanto no controle concentrado quanto no controle difuso


de constitucionalidade, a tutela jur’dica adota, como premissa, que a norma Ž
constitucional atŽ prova em contr‡rio;

d) rejeitada, porque o decreto regulamentar que inova a ordem jur’dica pode


ser objeto de controle de constitucionalidade;

e) acolhida, porque o decreto de mera execu•‹o n‹o pode ser objeto de


qualquer espŽcie de controle de constitucionalidade.

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32. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Lei de iniciativa do


Legislativo estadual obriga bares, lanchonetes, restaurantes, cantinas
e quiosques, que funcionem em estabelecimentos de ensino da rede
particular, a divulgarem as informa•›es nutricionais pertinentes aos
alimentos que comercializam. A Associa•‹o Nacional de Restaurantes
aju’za Representa•‹o de Inconstitucionalidade perante o îrg‹o
Especial do Tribunal de Justi•a estadual, arguindo a
inconstitucionalidade da mencionada lei por ofensa aos princ’pios da
razoabilidade e da proporcionalidade na prote•‹o devida aos direitos
do consumidor.

A Procuradoria da Assembleia Legislativa rebate o alegado v’cio


material com base em que:

a) a norma impugnada n‹o confronta com as regras constitucionais que


definem a compet•ncia privativa do Poder Executivo para a iniciativa de leis;

b) a razoabilidade e a proporcionalidade n‹o s‹o par‰metros aplic‡veis ao


controle de constitucionalidade das leis;

c) a lei impugnada trata do exerc’cio da pol’cia administrativa, insuscet’vel de


controle porque traduz manifesta•‹o discricion‡ria do poder pœblico;

d) a divulga•‹o de informa•›es nutricionais sobre alimentos servidos em


escolas protege o direito do consumidor em matŽria pertinente ˆ dignidade
das pessoas, da’ sua razoabilidade;

e) a despesa com o cumprimento da nova regra constitui ™nus a ser


compartilhado entre os estabelecimentos escolares e os consumidores.

33. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Projeto de lei de iniciativa


do Legislativo estadual pretende instituir programa de bolsa de
estudos para alunos carentes da rede estadual de ensino de segundo
grau. O governador o vetou, mas a Assembleia Legislativa derrubou o
veto e promulgou a lei. A Representa•‹o de Inconstitucionalidade que
o governador pretende submeter ao îrg‹o Especial do Tribunal de
Justi•a estadual dever‡:

a) arguir v’cio material, porque a aplica•‹o da lei gerar‡ aumento de


despesa;

b) suscitar ser a lei inoportuna em face da crise financeira do Estado;

c) apontar v’cio material, porque a aplica•‹o da lei demandar‡ reforma na


estrutura administrativa do Estado;

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d) cumular v’cio formal, por se tratar de matŽria da iniciativa privativa do


Poder Executivo, com v’cio material, consistente no deslocamento de
equipamentos escolares;

e) limitar-se a arguir o v’cio formal de usurpa•‹o da compet•ncia privativa do


Poder Executivo.

34. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Associa•‹o dos Delegados


de Pol’cia do Brasil prop™s a•‹o direta de inconstitucionalidade ao
Supremo Tribunal Federal, com o fim de arguir a inconstitucionalidade
de uma lei estadual que autorizava a aplica•‹o da penalidade de
suspens‹o preventiva a servidores da pol’cia civil, assim que recebida
a denœncia pelo MinistŽrio Pœblico pela pr‡tica de crimes, ao
argumento principal de que tal suspens‹o viola as garantias
constitucionais do direito ˆ ampla defesa e ao contradit—rio, cuja
preserva•‹o tambŽm incumbe ˆ Associa•‹o.

Em defesa da constitucionalidade da aludida lei, foi suscitada a


ilegitimidade ativa da Associa•‹o, preliminar que o STF:

a) recusou, porque h‡ pertin•ncia tem‡tica entre o objeto da causa e as


finalidades da Associa•‹o;

b) acolheu, porque a aplica•‹o de penas criminais Ž matŽria alheia aos


objetivos associativos;

c) acolheu, porque a legitimidade ativa n‹o se caracteriza se inexiste


correla•‹o entre o pedido declarat—rio e os interesses sociais, culturais e
econ™micos da entidade associativa;

d) recusou, porque o pleito de revis‹o de penalidades administrativas consta


dos estatutos da Associa•‹o;

e) acolheu, porque os estatutos da Associa•‹o n‹o distinguem entre


penalidade administrativa e san•‹o penal.

35. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A Assembleia Legislativa do


Estado Alfa remete ao governador, para san•‹o, projeto de lei
ordin‡ria que fixa o teto remunerat—rio dos servidores pœblicos
estaduais em valor œnico, igual ao dos subs’dios dos
desembargadores do Tribunal de Justi•a estadual.

O governador veta o projeto porque os Estados:

a) n‹o disp›em de autonomia para a fixa•‹o de subtetos remunerat—rios de


seus servidores;

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b) disp›em de autonomia para a fixa•‹o do subteto remunerat—rio de seus


servidores, desde que mediante Emenda ˆ Constitui•‹o estadual;

c) podem fixar o subteto remunerat—rio de seus servidores mediante lei


complementar, desde que esta estabele•a limites vari‡veis segundo classes
de servidores;

d) n‹o podem fixar subteto remunerat—rio de seus servidores em valor


inferior ao dos subs’dios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;

e) n‹o podem fixar subteto remunerat—rio de seus servidores em valor que


venha a ultrapassar os limites com despesa de pessoal, estabelecidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal.

36. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) CWW, pol’tico de grande


prest’gio em certo Munic’pio do Estado, n‹o concordava com a forma
de atua•‹o do Promotor de Justi•a da Comarca, j‡ que ela resultara
no ajuizamento de diversas a•›es que estavam comprometendo a sua
imagem. O caso foi levado ao conhecimento do Procurador-Geral de
Justi•a, que recebeu de CWW a solicita•‹o de que o Promotor de
Justi•a, titular h‡ v‡rios anos na Comarca, fosse dela removido
compulsoriamente.

Ë luz dos dados fornecidos e da sistem‡tica constitucional, Ž correto


afirmar que a solicita•‹o formulada:

a) deve ser apreciada pelo —rg‹o colegiado competente, que s— pode deferi-la
por motivo de interesse pœblico;

b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a


garantia da inamovibilidade;

c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justi•a, Chefe


do MinistŽrio Pœblico estadual;

d) deveria ser endere•ada diretamente ao Conselho Nacional do MinistŽrio


Pœblico, œnico —rg‹o competente para apreci‡-la;

e) Ž livremente apreciada pelo —rg‹o ao qual a normatiza•‹o


infraconstitucional atribuiu compet•ncia.

37. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Determinado Munic’pio n‹o


vinha cumprindo as decis›es proferidas pela Justi•a Estadual, da’
resultando grande insatisfa•‹o dos titulares dos direitos aviltados. Em
raz‹o desses fatos, um dos interessados solicitou ao Tribunal de
Justi•a que desse provimento ˆ representa•‹o para assegurar a
execu•‹o de decis‹o judicial. Essa representa•‹o foi provida, tendo o

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interessado interposto recurso extraordin‡rio para que o Supremo


Tribunal Federal reapreciasse o caso.

Ë luz dessa narrativa e da sistem‡tica constitucional, Ž correto


afirmar que:

a) somente o MinistŽrio Pœblico poderia ingressar com a representa•‹o, n‹o


um dos interessados no cumprimento da decis‹o judicial;

b) n‹o seria cab’vel a interposi•‹o de recurso extraordin‡rio, dado o car‡ter


pol’tico-administrativo do processo de interven•‹o instaurado perante o Poder
Judici‡rio;

c) o Tribunal de Justi•a n‹o tem imparcialidade para apreciar o


descumprimento de suas pr—prias decis›es, o que atrairia a compet•ncia do
Supremo Tribunal Federal;

d) a interposi•‹o de recurso extraordin‡rio exigiria o prequestionamento


expl’cito de matŽria constitucional na representa•‹o interventiva;

e) para que um interessado ajuizasse representa•‹o interventiva, seria


necess‡ria a autoriza•‹o expressa dos demais titulares dos direitos, o que n‹o
Ž exigido do MinistŽrio Pœblico.

38. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A autoridade administrativa


competente do Poder Legislativo estadual pede ˆ Procuradoria da
Assembleia Legislativa que emita parecer identificador dos requisitos
que autorizam a incid•ncia da garantia constitucional da
irredutibilidade de vencimentos dos servidores pœblicos estaduais.

O parecer aponta que h‡ dois requisitos:

a) alternativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual haja sido


estabelecido por ato administrativo fundado em lei espec’fica; ou (ii) a lei
instituidora do padr‹o remunerat—rio estadual haja expressamente exclu’do
verbas de natureza indenizat—ria;

b) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual n‹o ultrapasse o


teto remunerat—rio estabelecido para os servidores pœblicos federais; e (ii) o
padr‹o remunerat—rio estadual inclua no teto verbas de qualquer natureza,
inclusive as indenizat—rias;

c) alternativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio estadual seja fixado por


lei que ressalve as verbas protegidas pelo princ’pio da irredutibilidade de
vencimentos; ou (ii) o padr‹o remunerat—rio resulte de lei que fa•a expressa
distin•‹o entre verbas indenizat—rias e verbas remunerat—rias;

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d) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio nominal tenha sido obtido


conforme o direito, e n‹o de maneira il’cita, ainda que por equ’voco da
Administra•‹o Pœblica; e (ii) o padr‹o remunerat—rio nominal esteja
compreendido dentro do limite constitucional m‡ximo predefinido;

e) cumulativos, a saber: (i) o padr‹o remunerat—rio atenda ao estabelecido


na Constitui•‹o estadual quanto ao paradigma do valor remunerat—rio; e (ii) o
padr‹o remunerat—rio obede•a aos princ’pios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

39. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Jo‹o, servidor pœblico,


pretende que o —rg‹o estadual de sua lota•‹o funcional, ao conceder-
lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes,
fixe, em car‡ter definitivo, o valor dos respectivos proventos.

Tal pretens‹o Ž:

a) conforme ˆ Constitui•‹o, porque se o ato concessivo da aposentadoria


atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos
com eles se harmonizam e Ž definitivo em homenagem ao princ’pio da
seguran•a jur’dica;

b) conforme ˆ Constitui•‹o, porque cabe ao —rg‹o de lota•‹o do servidor


verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos
proventos em conson‰ncia com a legisla•‹o, acarretando a presen•a de ato
administrativo simples;

c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria Ž complexo e


exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos
respectivos proventos, devendo determinar-lhe a corre•‹o, se ilegal;

d) inconstitucional, porque a compet•ncia do —rg‹o de lota•‹o do servidor se


esgota na verifica•‹o dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo
a fixa•‹o do valor dos respectivos proventos ao —rg‹o de controle externo;

e) inconstitucional, porque o pr—prio servidor pode insurgir-se contra o valor


dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua
retifica•‹o mediante recurso hier‡rquico, ou a pr—pria administra•‹o corrigi-lo
no exerc’cio da autotutela.

40. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A C‰mara de Vereadores do


Munic’pio Beta aprovou projeto de lei de sua iniciativa, tornando
obrigat—ria a instala•‹o de c‰meras de seguran•a em escolas pœblicas
e cercanias, com o fim de prevenir e reprimir a pr‡tica de delitos
contra alunos e seus familiares. O Prefeito vetou a lei remetida ˆ sua
san•‹o, considerando-a eivada de v’cio formal, e a C‰mara derrubou o
veto, promulgando a lei.

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O Prefeito representou ao Tribunal de Justi•a Estadual, postulando a


declara•‹o da inconstitucionalidade da lei, quest‹o que chegou, pela
via do recurso extraordin‡rio, ao Supremo Tribunal Federal, que
julgou dita lei:

a) inconstitucional, porque, ˆ vista do art. 61 da CRFB/88, n‹o Ž poss’vel lei


da iniciativa do Legislativo tratar de matŽrias relativas ao funcionamento e ˆ
estrutura•‹o da Administra•‹o Pœblica;

b) constitucional, porque o art. 61 da CRFB/88 define, em rol taxativo, as


hip—teses de reserva da iniciativa de lei do Chefe do Poder Executivo, n‹o
sendo cab’vel ampliar a interpreta•‹o do dispositivo para abranger matŽrias
ali n‹o previstas;

c) inconstitucional, porque, alŽm do disposto no art. 61 da CRFB/88, a


instala•‹o de c‰meras de seguran•a implicaria despesas impostas ao
Executivo pelo Legislativo, o que ultrapassa os limites da iniciativa deste ao
invadir a gest‹o dos recursos pœblicos por aquele;

d) constitucional, porque a san•‹o de lei pelo Legislativo n‹o usurpa


compet•ncia do Executivo se n‹o gerar aumento de despesas espec’ficas com
pessoal;

e) inconstitucional, porque o ponto central da quest‹o n‹o reside no v’cio de


iniciativa, que Ž formal, mas em v’cio material, na medida em que ao
Legislativo a ordem constitucional n‹o confere discricionariedade para
estabelecer medidas afetas ˆ seguran•a pœblica.

41. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Em matŽria de Òguerra


fiscalÓ, Ž correto afirmar que:

a) Ž constitucional lei espec’fica que outorga isen•‹o heter™noma;

b) Ž inconstitucional lei espec’fica que outorga remiss‹o ou anistia em car‡ter


geral, mesmo calcada em Conv•nio Interestadual;

c) Ž limitado pela Constitui•‹o o poder de exonera•‹o fiscal do Estado-


Membro e do Distrito Federal, quando exige Conv•nio Intergovernamental
para tanto;

d) Ž constitucional lei espec’fica que outorga anistia de multa e juros, mas


exige integralmente o tributo;

e) Ž constitucional legisla•‹o tribut‡ria que outorga isen•‹o na venda de


aparelhos para portadores de defici•ncia auditiva, visual e mental.

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42. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) A paridade dos proventos e


pens›es com a remunera•‹o dos servidores pœblicos civis ativos:

a) constitui direito adquirido dos aposentados e pensionistas, previsto na EC


n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05;

b) Ž mera expectativa de direito dos aposentados e pensionistas, prevista na


EC n¼ 41/03 e na EC n¼ 47/05;

c) n‹o pode ser suprimida por emenda constitucional, sob pena de violar a
irredutibilidade remunerat—ria;

d) Ž prevista em regras de transi•‹o da EC n¼ 41/03 e da EC n¼ 47/05,


podendo ser alterada por emenda constitucional;

e) est‡ limitada ˆ recomposi•‹o do poder aquisitivo, na forma do art. 40, ¤


8¼, da Constitui•‹o Federal.

43. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O servidor que preenche os


requisitos constitucionais para a aposentadoria volunt‡ria do art. 40
da Constitui•‹o Federal e permanece em atividade faz jus:

a) ˆ isen•‹o da contribui•‹o previdenci‡ria;

b) ao abono de perman•ncia;

c) ˆ redu•‹o da base de c‡lculo da contribui•‹o previdenci‡ria;

d) ˆ aposentadoria pelo art. 6¼ da EC n¼ 41/03;

e) ˆ aposentadoria compuls—ria aos 70 anos.

44. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Com o objetivo de assegurar


o livre exerc’cio de suas fun•›es, a Constitui•‹o Federal estabelece
uma sŽrie de garantias e prerrogativas para os deputados estaduais
em exerc’cio de mandato.

Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:

I. Os deputados estaduais n‹o s‹o responsabilizados por suas opini›es, votos


e palavras proferidas no exerc’cio do mandato, persistindo a imunidade em
rela•‹o ˆqueles fatos mesmo ap—s o seu tŽrmino.

II. Os deputados estaduais, desde a expedi•‹o do diploma, ser‹o submetidos


a julgamento pelo Tribunal de Justi•a, quando imputada a pr‡tica de crime
comum estadual, relacionado ou n‹o ˆ fun•‹o, praticado antes ou depois de
eleito.

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III. A a•‹o penal decorrente de crime praticado pelo deputado estadual antes
de eleito, com a expedi•‹o do diploma, poder‡ ser sustada por voto da
maioria dos membros da casa legislativa.

Est‡ correto o que se afirma em:

a) somente I;

b) somente II;

c) somente I e II;

d) somente II e III;

e) I, II e III.

45. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Determinado projeto de lei,


ap—s ser aprovado pela Assembleia Legislativa, foi vetado pelo
Governador do Estado. O veto foi apreciado em sess‹o especialmente
designada para esse fim, sendo rejeitado pela metade mais um dos
Deputados presentes, sendo certo que apenas 5 (cinco) Deputados
deixaram de comparecer. Ato cont’nuo, o projeto foi promulgado pelo
Presidente da Assembleia Legislativa.

Considerando o teor das normas estabelecidas na Constitui•‹o


Federal a respeito do processo legislativo, de observ‰ncia obrigat—ria
pelos Estados, Ž correto afirmar que o iter acima descrito est‡:

a) parcialmente correto, j‡ que a maioria exigida para a rejei•‹o do veto n‹o


foi observada;

b) parcialmente correto, j‡ que o Presidente da Assembleia n‹o poderia ter


promulgado a lei;

c) parcialmente correto, j‡ que antes da promulga•‹o, o projeto precisaria ser


analisado por comiss‹o especial;

d) totalmente incorreto;

e) totalmente correto.

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Gabarito

1. Letra C
2. Letra E
3. Letra D
4. Letra B
5. Letra E
6. Letra A
7. Letra B
8. Letra C
9. Letra D
10. Letra E
11. Letra C
12. Letra C
13. Letra A
14. Letra A
15. Letra E
16. Letra A
17. Letra B
18. Letra C
19. Letra B
20. Letra E
21. Letra B
22. Letra D
23. Letra C
24. Letra B
25. Letra E
26. Letra A
27. Letra B
28. Letra B
29. Letra B
30. Letra A
31. Letra D
32. Letra D
33. Letra E
34. Letra A
35. Letra B
36. Letra A
37. Letra B
38. Letra D
39. Letra C
40. Letra B
41. Letra C
42. Letra D
43. Letra B

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44. Letra C
45. Letra D

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