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LGBT

28 de junho de 1969, Stonewall Inn, Greenwich Village, Estados Unidos. A


história começa nas primeiras horas da manhã, quando gays, lésbicas, travestis
e drag queens enfrentam policiais e iniciam uma rebelião que lançaria as ba-
ses para o movimento pelos direitos LGBT nos Estados Unidos e no mundo. O
episódio, conhecido como Stonewall Riot (Rebelião de Stonewall), teve dura-
ção de seis dias e foi uma resposta às ações arbitrárias da polícia, que rotinei-
ramente promovia batidas e revistas humilhantes em bares gays de Nova Ior-
que.
Este episódio é considerado o marco zero do movimento LGBT contem-
porâneo e, por isso, é comemorado mundialmente em 28 de junho, Dia Inter-
nacional do Orgulho LGBT. Uma data para celebrar vitórias históricas, mas tam-
bém para relembrar que ainda há um longo caminho a ser percorrido.

VIOLÊNCIA
Durante os últimos dois séculos, a violência, institucional ou não, conti-
nuou perseguindo os LGBTs: no nazismo, eles eram levados aos campos de
concentração. Dois símbolos do movimento surgem aí: o triângulo rosa inver-
tido, utilizado para identificar homens gays, e o triângulo preto invertido, desti-
nado às “mulheres antissociais”, grupo que incluía as lésbicas. Teorias médicas
e psicológicas tratavam a homossexualidade como uma doença mental que
podia ser curada através de métodos de tortura, como a castração, a terapia
de choque, a lobotomia e os estupros corretivos.
É importante frisar que essas violências não pertencem ao passado dis-
tante: até os anos 60, a homossexualidade ainda era ilegal em todos os esta-
dos dos EUA, com exceção de Illinois. Alan Turing, o pai da computação retra-
tado no filme “O jogo da imitação”, foi quimicamente castrado sob ordens do
governo inglês em 1952, por exemplo. Em diversos países, comunidades tera-
pêuticas particulares continuam a oferecer serviços de “cura gay”. Ainda
nesta década, a relação homossexual é crime em 73 países. Dessa lista, 13 na-
ções preveem pena de morte como penalidade. No Brasil, de acordo com os
dados de 2016 do Grupo Gay da Bahia (GBB), um LGBT é assassinado a cada
24 horas.
O MOVIMENTO CHEGA AO BRASIL
No Brasil, o movimento LGBT começa a se desenvolver a partir da dé-
cada de 70, em meio a ditadura civil-militar (1964-1985). As publicações alter-
nativas LGBTs foram fundamentais para esse desenvolvimento. Entre elas, duas
se destacam: os jornais Lampião da Esquina e ChanacomChana.
O Lampião da Esquina foi fundado em 1978 e era abertamente homos-
sexual. O periódico frequentemente denunciava a violência contra os LGBTs.
Em 1981, um grupo de lésbicas fundou o ChanacomChana, que era comerci-
alizado no Ferro’s Bar, frequentado por lésbicas. A venda do jornal não era
aprovada pelos donos do local, que, em 1983, expulsaram as mulheres de lá.
No dia 19 de agosto do mesmo ano, lésbicas, feministas e ativistas LGBTs se re-
uniram no Ferro’s, onde fizeram um ato político que resultou no fim da proibi-
ção da venda do jornal. Este episódio ficou conhecido como o “Stonewall
brasileiro” e, por causa dele, no dia 19 de agosto comemora-se o Dia do Or-
gulho Lésbico no estado de São Paulo.
Na década de 80, a comunidade LGBT sofreu um grande golpe. No
mundo todo, uma epidemia do vírus HIV matou muitos LGBTs e alterou signifi-
cativamente as organizações políticas do movimento. A síndrome trouxe de
novo um estigma para a comunidade, agora vista como portadora e transmis-
sora de uma doença incurável, à época chamada de “câncer gay”.

O SIGNIFICADO DA SIGLA
A sigla “GLS” (Gays, lésbicas e simpatizantes) caiu em desuso. Organiza-
ções internacionais como a ONU e a Anistia Internacional adotam a sigla
“LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Dentro do movimento propri-
amente dito, as siglas podem variar (algumas organizações usam LGBT, outras
LGBTT, outras LGBTQ…). Atualmente, a versão mais completa da sigla é LGB-
TPQIA+. Conheça a representação de cada letra:
L: Lésbicas
G: Gays
B: Bissexuais
T: Travestis, Transexuais e transgêneros
P: Pansexuais
Q: Queer
I: Intersex
A: Assexuais
+: Sinal utilizado para incluir pessoas que não se sintam representadas por ne-
nhuma das outras sete letras.
PRINCIPAIS PAUTAS
 Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;
 Fim da criminalização da homossexualidade;
 Reconhecimento da identidade de gênero;
 Despatologização das identidades trans.;
 Fim da “cura gay”;
 Casamento civil igualitário;
 Permissão de adoção para casais homoafetivos;
 Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política;
 Leis e políticas públicas que garantam o fim da discriminação em luga-
res públicos;
 Fim da estereotipação da comunidade LGBT na mídia, assim como real
representatividade nela.

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