Gestão Educacional
Material Teórico
Áreas de atuação da Gestão e Gestão Democrática
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Áreas de atuação da Gestão e
Gestão Democrática
• Introdução
• Direção: áreas de atuação
• Direção: gestão democrática
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
··Organizar informações e produzir saberes que possibilitem a crítica e as
discussões na disciplina Prática de Ensino na Gestão Educacional, com
propostas pedagógicas voltadas para as áreas de atuação do Gestor
Educacional e para a gestão democrática, a partir das observações em
campo de estágio.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre a Prática de Ensino
na Gestão Educacional, ressaltando as áreas de atuação do gestor e a gestão
democrática nas escolas.
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo
possível, permitindo a reflexão e discussão necessárias à sua formação, participe
do fórum proposto nesta unidade.
Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo; por isso, aproveite
ao máximo esta vivência digital!
UNIDADE Áreas de atuação da Gestão e Gestão Democrática
Contextualização
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Introdução
Vivemos um período de rápidas transformações que têm afetado a sociedade em
diversas esferas. Tal contexto lança alguns questionamentos sobre a democratização
da gestão escolar. Especificamente, qual é o papel da direção escolar? Quais são os
limites e possibilidades da democracia na escola?
O gestor escolar deve atuar como um articulador frente aos diversos segmentos
da unidade escolar. Cabe a ele a função de coordenar considerando os aspectos
sociais, econômicos e políticos do contexto em que a escola está inserida, de
modo a garantir uma integração democrática e participativa entre todos os
envolvidos no processo.
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Libâneo (2003) considera que a escola deve ser gerida com base nos artigos 14
e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), n. 9.394/96,
pois envolve a participação de todos, possibilitando a autonomia para a tomada de
decisões, indispensável para o bom funcionamento da unidade escolar.
Diante desse contexto, essa unidade tem por objetivo conhecer o papel da
direção escolar e de suas áreas de atuação. Além disso, buscamos refletir sobre
os limites e as possibilidades que a escola enfrenta no contexto de uma sociedade
contemporânea que se democratiza e se transforma.
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De acordo com Vasconcelos (2006, p.61):
A direção tem por função ser o grande elo integrador, articulador dos
vários segmentos – internos e externos – da escola, cuidando da gestão
das atividades, para que venham a acontecer e a contento (o que
significa dizer, de acordo com o projeto). Um grande perigo é o diretor
se prender à tarefa de “fazer a escola funcionar”, deixando de lado seu
sentido mais profundo. Se não falta professor, se tem merenda, se não
há muito problema de disciplina, está tudo bem... É claro que a escola
tem de funcionar, mas sua existência só tem sentido se ocorrer dentro de
determinadas diretrizes, de uma intencionalidade. [...] Assim, não se trata
de um papel puramente burocrático-administrativo, mas de uma tarefa de
articulação. De coordenação, de intencionalização, que, embora suponha
o administrativo, o vincula radicalmente ao pedagógico.
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Luck (2009) apresenta algumas questões que o gestor escolar deve refletir e
buscar conhecer:
Quem são os alunos a quem a escola deve atender? Quais suas necessidades? Suas
características pessoais e orientações para a vida?
Como se pode organizar a escola para oferecer ao aluno condições educacionais favoráveis
para sua formação e aprendizagem efetiva?
Fonte: elaborado pela autora, com base em Luck (2009)
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Nessa linha, Paro (1991, p.130) afirma que:
O gestor escolar tem de se conscientizar de que ele, sozinho, não pode
administrar todos os problemas da escola. O caminho é a descentralização,
isto é, o compartilhamento de responsabilidades com alunos, pais,
professores e funcionários. Isso, na maioria das vezes, decorre do fato
de o gestor centralizar tudo, não compartilhar as responsabilidades com
os diversos atores da comunidade escolar. Na prática, entretanto, o que
se dá é a mera rotinização e burocratização das atividades no interior da
escola, e que nada contribui para a busca de maior eficiência na realização
de seu fim educativo.
Nesse processo, o gestor deve liderar e buscar meios para motivar a sua equipe.
É preciso acrescentar valor social ao corpo docente de maneira intensa e contínua
– não de forma isolada e interrompida, mas contínua. Considera-se importante
o processo de formação continuada para aperfeiçoamento de competências e,
quando isso ocorre, há um retorno de motivação e de benefícios mútuos.
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A gestão democrática se caracteriza em princípios constitucionais da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n. 9.394/96, assim como da
Constituição Federal de 1988. Sendo assim, para que as políticas de democratização
sejam efetivadas em consonância com os preceitos exigidos pela LDB, é preciso o
envolvimento de vários profissionais, como também a participação da comunidade
externa, pois a educação é um processo que deve ser construído no coletivo.
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De acordo com Gadotti (1997, p. 16), a participação influencia na democratização
da gestão, garantindo, assim, melhores condições para viabilizar os processos de
ensino e aprendizagem. Para o autor:
Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o
funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela
estudam e trabalha, intensificar seu envolvimento com ela e, assim,
acompanhar melhor a educação ali oferecida.
Segundo Lück (2009), cabe ao gestor educacional estar inteirado a respeito das
questões da comunidade em seu entorno, buscando clareza nos processos sociais
e proporcionando o alinhamento entre a escola e a comunidade a qual pertence,
com o apoio dos colegiados escolares. A participação dos colegiados escolares
contribui consideravelmente com o trabalho do gestor, facilitando a organização do
trabalho pedagógico. São colegiados escolares: o Conselho Escolar, a APMF e o
Grêmio Estudantil.
Paro (1991) afirma que a participação no âmbito escolar não deve partilhar
apenas do poder de decisão, e deve englobar, também, a elaboração de projetos,
assumindo responsabilidades e construindo o cotidiano escolar.
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Considerações Finais
No desenvolvimento desta unidade, buscou-se identificar o papel da direção
escolar e suas áreas de atuação, apresentando alguns elementos reflexivos sobre a
gestão democrática nas escolas diante do contexto de uma sociedade contemporânea
que se democratiza e se transforma.
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Material Complementar:
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
A importância da gestão democrática para as escolas
Assista ainda à entrevista da Professora Josemary Marastoni, sobre a importância da
gestão nas escolas, com destaque para as características dessa gestão e as atitudes
necessárias para sua implantação.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=H6NtSgULmB8. Acesso em: jan. 2016.
Leitura
Guia jurídico do diretor escolar
As leis e normas que os diretores têm a responsabilidade de conhecer, aplicar e garantir
que sejam cumpridas. De Luiza Andrade.
Disponível em: http://gestaoescolar.abril.com.br/politicas-publicas/guia-juridico-diretor-escolar-427919.shtml
Acesso: jan. 2016.
Rumo à democracia
Texto de Gustavo Heidrich.
Disponível em: http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/rumo-democracia-520828.shtml. Acesso: jan. 2016.
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Referências
BOBBIO, N. Liberalismo e democracia. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Gestão democrática dos sistemas Públicos de Ensino.
In: OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro (org.). Gestão Educacional: Novos
olhares Novas abordagens. Petrópolis: Vozes, 2005.
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