Entendemos que como no Israel antigo, Deus separou a tribo de Levi dentro de um propósito de preparação e
purificação (santificação) para auxiliar os sacerdotes na ministração da música (louvor e adoração), no serviço
do templo, e no cumprimento das suas responsabilidades para com o povo (Números 3. 5-7). Deus tem nos
levantado nessa geração para que com a mesma responsabilidade e seriedade possamos como levitas (servos),
ministrarmos diante de Dele e da congregação, e darmos todo o suporte necessário aos nossos líderes no
propósito do reino.
Cremos que a Música é um projeto divino. Desde o Antigo Testamento observamos que Deus separou por
intermédio de seu servo Davi, ministros (servos na essência da palavra) para atuarem no serviço da casa do
Senhor em diversas funções. Davi destaca os procedentes da linhagem de Levi, para o ministério da música (1
Crônicas 25. 1 -7).
Percebemos que estes não apenas tocavam instrumentos musicais ou cantavam, mas profetizavam através de
seus instrumentos a palavra de Deus que é VIDA.
"Davi, junto com os comandantes do exercito, separou alguns dos filhos de Asafe, de Hemã e de Jedutum
para o ministério de profetizar ao som de harpas, liras e címbalos. Esta é a lista dos escolhidos para essa
função".(1 Crônicas 25.1)
A exemplo dos filhos de Asafe, Hemã e Jedutum, precisamos aprender a cantar e profetizar a palavra. Deus
não nos convocou apenas para tocarmos instrumentos musicais, mas tocarmos seu coração, de forma a abençoá-
lo. E qual a melhor forma de abençoar o coração de Deus? Cremos que é liberando, ensinando, tocando pessoas
com o coração Dele através de nós, lembrando que somos seu templo e fomos separados para seu louvor e
adoração e, para isso, é necessário nascer de novo para assim liberar seu Reino (João 3.3).
Ap 5:13-14 - E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está
no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam
dadas acções de graças, e honra, e glória, e poder, para todo o sempre.
E os quatro animais diziam: Ámen. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que
vive para todo o sempre.
1 – O cântico de Miriã – Ex 15
2 – O cântico da espada ( de lameque) – Gn 4:23-24,
3 – O cântico do poço – Nm 21:17-18
4 – O cântico de Débora – Jz 5
5 – O cântico de Davi – 2 Sm 22
6 – O cântico de Lucas – Lc 1:46-55
7 – O cântico de Zacarias – Lc 1:67-69
8 – O cântico dos anjos – Lc 2:14
SEPARADOS
Rm 15:18 - Porque não ousaria dizer coisa alguma que Cristo por mim não
tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras;
Aquilo que cantamos, via de regra, deve ser também o que vivemos e experimentamos em nossa própria
caminhada. Se numa ocasião cantamos: “eu tenho em mim um canto de vitória” , esse verso deve expressar a
nossa experiência real.
A Autenticidade na vida cristã é um precioso tesouro que devemos buscar com intensidade e primazia. O
nosso cântico é um instrumento através do qual Deus se manifesta, trazendo cura, libertação e redenção.
O rei Davi estava consciente dessa realidade e, por isso, chamou aqueles homens
para profetizar com harpas, alaúdes e címbalos. Não os convocou apenas para tocar:
escolheu levitas que já haviam sido eleitos por Deus para o serviço no tabernáculo
diante do Senhor. Nós também precisamos, a exemplo dos filhos de Asafe, Hamã e
Jedutum, aprender a cantar e a profetizar a Palavra.
AS EVIDÊNCIAS
A evidência clara que alguém possui um chamado divino são os frutos que seguem
o seu serviço e o seu ministério. Essa é a credencial do discípulo: dar muito fruto. O que
legitima o nosso ministério, a nossa vocação, são os frutos do nosso serviço, os frutos do
Espírito que evidenciamos e que se manifestam na nossa vida cotidiana. O próprio
Senhor nos advertiu de que é isso que glorifica ao Pai:
João 15:8 - Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim
sereis meus discípulos.
Uma pessoa, portanto, que deseja ministrar na casa de Deus, não estará apta ao
serviço se não estiver dando frutos e testemunhos de sua comunhão com Deus. O nosso
ministério só terá um reconhecimento legítimo diante de Deus e das pessoas se dermos
frutos que honrem e glorifiquem ao Pai que estás nos céus, e a condição fundamental
para que isso ocorra é a nossa total sujeição à ação de Deus em nossa caminhada de fé,
por intermédio do Espírito. No evangelho de João, Jesus afirma que:
Para uma vida frutífera, é necessário morrermos a cada dia para os nossos velhos
hábitos, renunciando a tudo o que possa vir a comprometer o desenvolvimento do nosso
serviço na casa de Deus e a nossa aliança com o Senhor. Só assim realmente teremos
condições de ter um ministério capaz de produzir muito fruto.
Sl 119:97 - Oh! quanto amo a tua lei! é a minha meditação em todo o dia.
Se for passar esta ilustração para a realidade, podemos entender que os músicos,
os dirigentes de louvor são os canos, Deus é a fonte, a água constitui as bênçãos e a
igreja é o lugar de destino da água.
Os levitas são os canos que ligam a fonte (Deus) ao lugar de destino (igreja). Os
canos servem para levar água ao lugar de destino, assim como os músicos servem para
ligar Deus à Igreja no "período de louvor", trazendo ministração, revelações de Deus,
bênçãos de toda sorte, alegria, júbilo, paz, amor, perdão, comunhão etc. Mas para este
sistema funcionar corretamente, os canos não podem estar sujos, os levitas não devem
estar em pecado, senão as bênçãos poderão se perder pelo caminho. A fonte (Deus)
está sempre disponível para nos enviar água, mas nós devemos trabalhar em comunhão
com ela, mantendo os canos sempre limpos (santidade). Se ocorrer o contrário, o lugar
de destino ficará seco (a igreja não receberá o que Deus preparou para ela naquela
ocasião).
Um relacionamento de amor com a Palavra não é algo imposto por uma cobrança
externa. A leitura diária da Bíblia não deve ser feita para aliviar a consciência, mas antes
deve ser uma expressão de amor e paixão à Palavra, como afirmou o salmista. Você
ama a Lei do Senhor? Então medite nela, todos os dias de sua vida!
Estes versículos falam do relacionamento que devemos ter com a Palavra de Deus.
Temos que a conhecer tão bem, que usá-la em qualquer situação do nosso dia-a-dia se
tornará o passo mais simples e mais seguro. A palavra de Deus é eficaz. Ela não traz
confusão, é clara, simples, e nada a substitui em ocasião alguma.
Um dos passos principais para conhecer a Bíblia, é ler. Sem a ler, não a podemos
conhecer. Podemos ouvir, e é muito bom, há até um versículo que diz que “a fé vem pelo
ouvir a Palavra de Deus”, (Rm 10.17) - mas temos que ler, meditando, para que a
Palavra se possa alojar na nossa mente. A Palavra tem que “morar” na nossa mente. Por
isso é que Paulo escreveu aos Romanos, dizendo: “transformai-vos pela renovação do
vosso entendimento” - (Rm 12.2), que significa que temos que renovar o nosso modo de
pensar, ou seja, temos que pensar como Deus pensa, a partir daí torna-se mais fácil,
pois o nosso pensamento já está direcionado para a palavra de Deus. Não se trata de
uma lavagem ao cérebro, não, porque ninguém nos obriga a mudar o nosso
pensamento, mas sim que isso é primordial para a nossa maneira de viver, para os
nossos valores morais, e para os nossos valores espirituais.
Assim, de uma maneira que muitas vezes não entendemos, o Senhor nos fala e
guia através da Palavra, segundo cada necessidade. Os nossos ouvidos espirituais têm
que estar atentos, para que não tenhamos dúvidas. Deus não é de confusões, e não
desmente a sua palavra.
Sendo assim, a Palavra é tudo na vida de um ministro: ele deve maneja-la bem,
conhecê-la, e lê-la, meditar nela, decorar, cantar, respirar, viver e amá-la. Sem um amor
ardente e profundo pela Palavra não podemos, de maneira alguma, ser ministros
aprovados diante de Deus.
O ministro de música é o ministério da palavra cantada, é a profecia em forma de
música. Como diz o salmista:
HOMENS DA PALAVRA
Curioso é o que o texto nos afirma que os levitas cantavam e tocavam suas
trombetas uniformemente para fazer ouvir uma só voz. Tal expressão nos dá idéia de
unidade, e de canto e ministração ocorridos no mesmo nível de intensidade, anelo, alvo
e visão. É uma benção quando a equipe musical está afinada não apenas musicalmente
mas, sobretudo, espiritualmente, e o louvor e a adoração fluem sem nenhuma ação ou
esforço humano. O desejo de Deus é nos usar para que Sua glória venha sobre a Sua
casa e todos sejam cheios da Sua santa e maravilhosa presença. Meu querido leitos,
Deus deseja encher a Sua casa com a Sua glória por seu intermédio.
A glória de Deus é o efeito ou o resultado de algo que os sacerdotes e os levitas
primeiramente já haviam experimentado, como pudemos ver versículos acima.
E quem é o justo segundo o ponto de vista bíblico? É aquele que nasceu de novo, é
o regenerado, o que já teve uma experiência de novo nascimento. Muitos músicos estão
demasiadamente preocupados com a técnica; é verdade que quem toca o seu
instrumento deve fazê-lo bem, conhecer os acordes e as notas exatas, deve tocar com
arte, com graça e apuro técnico, como nos afirma o salmo. Precisamos, no entanto,
compreender que esses elementos são secundários, pois a técnica é sempre algo
complementar e a vida do músico fundamental.
Temos aqui um tema que merece toda a nossa atenção. Para alguns, ele
representa um terreno desconhecido e, mesmo para aqueles que possuem uma
experiência nessa área, creio que este capítulo será bastante enriquecedor. Pois cada
culto é uma desafio e uma experiência nova, de onde extraímos lições que vão de
alguma forma nos moldando e aperfeiçoando em nós o perfil de verdadeiros
adoradores.
A ministração de louvor exige total responsabilidade, entrega e dedicação do
dirigente, por tratar-se de um ministério com peso pastoral. A administração desse
serviço deve ser exercida a partir de princípios divinos que o dirigente não deve jamais
negligenciar. Esses princípios nos livram da mediocridade e contribuem para que
busquemos a excelência nesse ministério, em louvor ao nosso Deus!
O VALOR DO CULTO
Tomey Tenney diz em seu livro : “A adoração é mais importante que a pregação,
porque a pregação é para o homem, mas a adoração é para Deus”
2. Aspecto musical
REPERTÓRIO
De acordo com o tipo de culto, facilita bastante alinhar o tema dos cânticos.
QUANTO AO DIRIGENTE
1. Sensibilidade
Sl 43:3 - Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem
ao teu santo monte e aos teus tabernáculos.
2. Dependência do Espírito
A dependência do Espírito deve ser geral, total e irrestrita. Paulo, em sua Carta aos
Coríntios, nos afirma que onde está o Espírito do Senhor, aí á liberdade ( II Cor 3:17) . O
dirigente de louvor dever estar consciente de que o culto é do Espírito Santo, e Ele sabe
o que é melhor para cada pessoa na congregação, em cada reunião específica ( Rm
8:26-27) Ele deve inspirar e indicar os cânticos, as expressões, a oração e ser feita,
enfim tudo, absolutamente tudo no culto deve ser feita, enfim tudo, absolutamente tudo
no culto dever ser inspirado, dirigido e movido pelo Espírito Santo.
4 . Expressão
Gl 5:22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
5 . Segurança
II Cor 3:4-6 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que
sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos, mas
a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez, também, capazes de ser
ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a
letra mata, e o espírito vivifica.
6 . Identificação ( sacerdote)
7 . O ministério de Jesus
8 . Abertura do culto
9 . Evitar
10. Visual
CARACTERÍSTICAS DE UM SALMISTA
AULA Nº5
Temos que definir em nossas em nossas vidas aquilo que desejamos ser nossa
característica.
1 Sm 16 - ler
OBS: vs 17 – “Tragam alguém que toque bem” . Não questionamos o caráter dessa
pessoa, suas qualificações espirituais, sua trajetória no ministério, quem são seus
pastores, nem qualquer outra informação dessa natureza. “Contando que toquem bem”,
é o suficiente. Como todo amor e respeito, líderes e pastores, nisso temos falhado já que
tem surgido em nosso meio uma quantidade de músicos, ministros, cantores e pessoas
que não reúnem as características de verdadeiro ministro de Deus.
Para ele não interessava o resto, contanto que aquela pessoa tocasse bem. O que
Saul nunca imaginaria era se deparar com a pessoa que lhe trouxeram. Bem, um
músico! Mas por sua vez era um verdadeiro homem de Deus, alguém de quem as
pessoas diziam o seguinte:
► 1 Sm 16:18 - Então respondeu um dos mancebos, e disse: Eis que tenho visto a um filho
de Jessé, o belemita, que sabe tocar, e é valente e animoso, e homem de guerra, e
sisudo em palavras, e de gentil presença: o Senhor é com ele.
Vamos estudar algumas dessas características que Davi tinha que são de
utensílios para nossa vida como dirigentes de louvor:
Temos que ter consciência de que a Palavra ensina que o que trazemos ao Senhor
deve ser algo excelente em todos os aspectos.
O Senhor nos ordena que ao cantar ou tocar ( tanger significa tocar ), temos que
fazê-lo bem. A palavra em hebraico usada nessa passagem é yatab e significa “fazer
algo bem, fazer algo bonito, agradável, e bem feito, fazer algo de maneira completa,
detalhada e meticulosa”.
Note-se que existe uma atitude muito desleixada com respeito ao ensaio,
preparação e organização da música. Reina mais uma atitude de improviso e desordem,
em alguns casos, que o de ordem, preparação e organização da música em muitos
lugares.
Muitos crêem que se alguma música é muito ensaiada e preparada não existirá
lugar para o mover do Espírito Santo. Mas podemos ver na Bíblia que isso não é
verdade. Havia muita ordem e muita preparação na área musical. O Senhor se movia de
uma maneira extraordinária. O ensaio e preparação só nos ajudam a estar prontos e
preparados para o fluir do Espírito .
Muitas vezes vimos como o Espírito Santo é apagado, exatamente pela falta de
preparação do grupo de louvor ou por um louvor mal tocado, mal executado,
fomentando dessa maneira a confusão e o caos no momento de ser interpretada. Tudo
porque os músicos e os cantores não investiram o tempo necessário para se preparar,
porque afinal de contas era “para a honra e glória do Senhor”. Se você quer ser usado
por Deus, então deve ser uma pessoa responsável, diligente e fiel com o dom que Deus
lhe deu.
É VALENTE
É indispensável reconhecer , assim como Davi seguramente fez, que a única força
que temos vem de uma fonte divina. Estou convencido de que Davi não era um “caçador
de leões”, ou um “caçador de ursos”, mas, que por ter passado tanto tempo com Deus,
estava cheio do Espírito do Senhor, e portanto, sabia que quando o perigo se
aproximasse poderia enfrentá-lo no poder e na força do Senhor lhe dava. Não havia o
que temer, porque tinha o Deus do universo ao seu lado. O temor não podia permanecer
em Davi, por saber que maior é o estava no Senhor que qualquer outra coisa.
► Sl 25:4-5
È necessário observar que Davi não estava á procura de algum gigante para matá-lo, mas quando menos
pensou, estava frente a frente com este monstro que media ao redor de 3 metros de estatura. Davi não chegou ao
acampamento terminando de se vestir, com seu capacete e suas botas, cavalo e armas ao seu lado, gritando:
“onde estão esses gigantes de que me falaram? Davi chegou ao acampamento de Israel para levar alguns grãos
torrados e pães aos seus irmãos mais velhos, que a propósito não gostavam muito dele.
Chegou direto do campo, onde tinha estado com suas ovelhinhas, muito provavelmente ainda cheirando
a ovelha, e se encontra com a realidade de que um inimigo do Senhor está desafiando os esquadrões do Senhor
dos Exércitos... e se indigna como que vê. “Como é possível que ofendam ao meu Deus dessa maneira? Deve
ter perguntado. “Quem é este Filisteu incircunciso que nos desafia? Sua preocupação, mais que qualquer coisa,
era que “toda terra soubesse que há Deus em Israel” 1 Sm 17:46 .
Exatamente aí é onde se encontra a verdadeira valentia: confiar no Senhor e conhecê-lo, de tal maneira
que mesmo que apareça um leão poderemos estar confiantes que Ele estará conosco e nos dará a vitória. Da
mesma maneira quando aparecer um urso ou até mesmo um Golias. A verdadeira força, o verdadeiro poder vem
daquele que deu tudo de Si por nós para que pudéssemos dar tudo de nós a Ele. Sl 18:32
► Js 1:7-9 – ler
É VIGOROSO
A palavra, vigoroso, fala de uma maneira de ser que sempre procurei para minha própria vida e para
aquelas pessoas que me cercam. Fala do entusiasmo, entrega, ousadia e dinamismo, entre outras coisas mais.
No dicionário a palavra vigoroso significa: força física, vitalidade energia. Também, o texto original
hebraico: “chayil”, que significa cinco coisas principalmente:
1 – força
2 – poder
3 – eficiência
4 – riqueza
5 – força como de um exército
Devemos ser ministros de louvor cheios de força, entusiasmo e cheios dessa energia façam as coisas
com grande empenho e entrega. Não sejamos preguiçosos!
Uma das palavras contidas na descrição de “vigoroso” é “eficiência”. Isto me chamou a atenção porque
á algo que sempre quis assimilar para minha própria vida. Há uma grande necessidade entre os músicos de ter
eficiência naquilo que fazem, e a melhor maneira de começar é colocando nossas vidas em ordem e sendo
disciplinados em nossas atividades e hábitos.
HOMEM DE GUERRA
Existem centenas de relatos de, como através da música, Deus trouxe libertação, cura e restauração a
muitas vidas.
Cada vez que cantamos ou pegamos nosso instrumento para tocá-lo na presença do Senhor, algo
poderoso acontece no reino das trevas: a vara da justiça do Senhor vem sobre o inimigo! Cada vez que tocamos
os instrumentos, ou aplaudimos, ou levantamos nossas voz para declarar a grandeza de nosso Senhor, inicia-se
uma guerra! Devemos ministrar para causar destruição no reino das trevas.
Com essa atitude, estamos possibilitando que o Senhor acerte o inimigo com sua vara de justiça. Que
importante é para o músico reconhecer seu papel, e que os pastores e líderes entendam que é por isso que o
ministério da música deve ser assumido por pessoas às quais possa-se dizer serem “homens de guerra”, como
disseram sobre o salmista Davi aqueles que entenderam a importância do seu papel nesta guerra espiritual.
Os músicos da bíblia quase sempre eram os primeiros a serem enviados quando saíam para a guerra.
Hoje em dia, a grande maioria dos que estão no front da guerra de oração, intercessão e jejum, é formada por
aquelas irmãzinhas fiéis que por anos têm sustentado a obra do Senhor com suas poderosas e constantes
orações.
Músicos e cantores, é chegado o tempo de sermos homens e mulheres de guerra. Exercitando-nos
espiritualmente para nos tornamos soldados capazes de lutar nesta guerra.
Tg 3;2,5-6.8-10
A bíblia dá um valor altíssimo ás palavras que proferimos. No livro dos Provérbios está escrito que “a
morte e a vida estão em poder da língua” ( Pv 18:21)
É incrível como reconheciam Davi como uma pessoa prudente em suas palavras. Ele falava demais. A
palavra que utilizam para dizer “prudente” é “biyn”, que significa “entender, discernir, considerar, perceber,
conhecer ( com a mente), observar, distinguir, ter discernimento, discrição, e inteligência. Ou seja, alguém que
pensava antes de falar. 2 Tm 2:16-17 – ler Ef 4:29 – ler
Nossas palavras devem ser de edificação ás pessoas que nos escutam. Também devem trazer graça aos
ouvintes. Lembre das palavras que você falou no dia de hoje. Pense .... foram de edificação.
Muitos de nós temos o espírito de análise( para não dizer o que realmente é : crítica). Ao estudar outra
música começamos a analisá-la com detalhes, ressaltando todos os defeitos, e mostrando que se nosso grupo a
tivesse tocado, teríamos feito melhor isto ou aquilo.
1 .Tenhamos cuidado com as nossas brincadeiras, histórias e piadas contadas entre nós. Depois que algumas
pessoas convivem por muito tempo juntas, o nível de confiança entre elas aumenta muito, e existem ocasiões
em que nossas piadas não são edificantes, nem para o nosso homem natural, muito menos o espiritual.
2 .Cuidado com as comparações ( daqueles que ridicularizam e possuem espírito de zombaria) e os apelidos que
damos aos nossos amigos e parentes. Mesmo que muitas vezes eles reclamem disso, continuamos a chamá-los
dessas maneiras pois nos parece engraçado, mas esta diversão é obtida a um custo muito alto. Lembremos que
amizade não se compra, principalmente a das pessoas que o Senhor, em sua graça, colocou ao nosso redor para
nos amar, cuidar e nos proteger.
3. Cuidado com o conceito que você tem de si mesmo. Ninguém deve ter um conceito mais alto de si do que o
que deve ter, de acordo com o Ap Paulo em Romanos 12.3 . È bom termos um conceito saudável ao nosso
respeito, mas que isso não se chegue a nenhum dos dois extremos. E qual são estes extremos? 1) orgulho e 2)
auto-estima.
Qualquer um dos dois é prejudicial. Cuidado ao falar muito bem de você, porque o orgulho vem antes da
queda( Pv 16:18) Da mesma maneira, cuidado ao falar demasiadamente mal de você mesmo, porque é criação
de Deus e Ele nunca fez algo que não fosse bom.
Quantas vezes não dizemos ao Senhor: “porque queres me usar, Senhor, se eu não tenho a metade das
características que outros têm? Usa outro”. Mas o Senhor, com amor e paciência, toda vez que lhe falamos isso,
nos lembra que não é por nossas próprias forças nem pelas nossas próprias habilidades, para que nenhum
homem se gloria ( Ef 2:9), mas que é através do seu Espírito que poderemos sair confiantes e fazer o trabalho
que nos chamou a realizar. 1 Cor 1:25-31
NO TABERNÁCULO
A primeira coisa que disse Deus a Moisés foi que Ele queria os levitas “no” tabernáculo. É significativo
para nós, ao fazermos este estudo, entendemos que o tabernáculo referia-se a esse lugar, onde habitava a
presença do próprio Deus. No tempo de Moisés, o Senhor ordenou que se fizesse o tabernáculo no deserto, para
que o povo pudesse realmente ver o lugar na terra onde descansava Sua presença. De fato, a bíblia ensinava que
entre as asas dos querubins no altar da aliança morava a mesma essência da presença de deus, a glória Shekinah
do próprio Deus ( Êxodo 25;17-21 ; Sl 99:1 ). Hoje em dia, para nós, sacerdotes da Nova Aliança, o Senhor
afirma que Ele já não habita em templos feitos por mãos de homens, mas que nossa própria vida vem a ser o
seu templo, habitação e morada de Deus ( At 7:48 / 17;24 e 1 Cor 6:19)
Para nós o “ tabernáculo é qualquer lugar onde nós reconhecemos a presença do Senhor. Embora seja
certo que o Senhor é Onipresente, e portanto, habita em todos os lugares, não é em todas as partes que se
“reconhece” se dá um lugar para que Ele possa trabalhar com liberdade; por isso é importante que vivamos em
um estado de reconhecimento constante da Sua presença para que Ele nos enontre.
Por meio do seu Espírito que nos foi dado, podemos ser extraordinários e sobrenaturais ( Atos 1:8), mas
isto não significa que devemos ser místicos e estranhos. As características que Ele colocou em nossas vidas têm
uma razão de ser. Precisamos santificá-las diariamente a Ele, para que não nos tornemos estranhos.
Habitar no tabernáculo é uma atitude , um estado de espírito, um modo de viver que podemos
desenvolver em nossas vidas. É possuir uma consciência constantemente sensível à presença do Espírito de
Deus em tudo o que fizemos. Esta é uma de nossas responsabilidades como salmistas, sacerdotes destes tempos.
Sejamos como aquela pessoa do Sl 34:4 - Busquei ao Senhor e Ele me ouviu, e me liberou de todos os meus
temores ( ênfase minha ).
EM TODOS OS UTENSÍLIOS
Outra tarefa que pertencia aos levitas era a de cuidar de todos os utensílios utilizados no tabernáculo.
Tinham sido encarregados de mantê-los em ótimas condições e prontos para ser usados a qualquer momento.
Imagino que isto significava lavar, limpar e polir estas ferramentas, feitas de ouro, prata e pedras preciosoas. Ao
utilizar qualquer desses utensílios, estes tinham que estar prontos, limpos e bem cuidados.
Qual será a aplicação atual disto para nossa vida e nosso ministério? Bom, os utensílios eram
ferramentas e instrumentos que serviam para auxiliar o culto ao Senhor. Estavam no tabernáculo exatamente
para atender em tudo relacionamento ao ministrar ao Senhor, e por isso era importante que estas ferramentas
estivessem sempre prontas, dispostas e preparadas para quando um dos sacerdotes precisasse utilizar qualquer
uma delas.
Os utensílios são aquelas coisas que temos para nos ajudar e nos auxiliar no culto ao Senhor. Visto deste
modo, acredito que agora seja fácil entendermos quais os “utensílios” de hoje em dia: os dons, as habilidades,
os “presentes” que Deus tem nos dado para nos ajudar a servir-lhe melhor. Devemos sempre nos lembrar que
nossos dons são para que Ele possa receber a glória através deles. Por isso é importante que, como sacerdotes
da Nova Aliança, você e eu tenhamos um compromisso de manter em ótimas condições nossos utensílios, de
forma que no momento em que tenhamos que dispor deles, estejam podidos, brilhantes, limpos e prontos para
dar realce ao serviço do Senhor. Por exemplo, um dos utensílios mais bonitos e valiosos que temos é poder
cantar louvores ao Senhor, e estarmos prontos no momento em que isso for necessário.
Como Sacerdotes da Nova Aliança, nossos instrumentos, nossos dons e nossas habilidades, dados pelo
próprio Deus, devem estar sempre preparados em condições perfeitas, capazes para oferecer nossos “sacrifícios
de louvor” ( Hb 13:15).
Uma das coisas que mais me desconcerta ao falar dos dons e ministérios é a negligência, ou o desprezo
pelos mesmos. Quantas vezes vimos ou ouvimos certas pessoas dizerem: “Ai TENHO que dirigir o louvor
novamente” ou TENHO que ir a reunião para tocar e etc.. quando deveria existir uma mentalidade de
PRIVILEGIADO.
O fato de Deus ter depositado estes dons e ministérios em vasos tão feios como nós ( 2 Cor 4:7) , é uma
benção, um presente, um verdadeiro privilégio que nunca deveríamos desperdiçar nem desprezar, por qualquer
coisa do mundo. Deveríamos ter uma atitude de dizer : È UM PRIVILÉGIO .
Quando o ministro de louvor entende que isso não é Dever mas um Privilégio, então podemos nos dar
conta de que este é um salmista que entendeu os utensílios preciosos que o Senhor lhe entregou para cuidar com
toda atenção. Quando prevalece a outra mentalidade descrita, é porque o salmista ainda não entendeu quão
valiosos são os utensílios ou os instrumentos que o Senhor lhe deu.
Todas as habilidades e capacidades que existem no Corpo de Cristo são os meios que Deus deu a sua
Igreja, de forma a podermos serví-lo melhor. Poderíamos falar de muitos irmãos com diferentes dons, mas não
haveria espaço suficiente para poder enumerá-las. O fato é que sempre devemos nos lembrar que se nos deram
estes dons como instrumentos para os serviço do Senhor, temos que mantê-los em boas condições, e prontos
para serem usados para Ele.
Falando em utensílios, existe outra questão que devemos nos lembrar: ele diz para
que nós o administremos cuidadosamente e com mãos limpas.
Exemplo: um filho que vai para a mesa comer, com as mãos sujas.
► Is 52:11 - Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda: saí do meio
dela, purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor.
Não podemos sujar nossas mãos com as coisas que contaminam os utensílios,
porque ao dar de “comer” ( figurativamente) ao Corpo de Cristo, poderemos enchê-lo
de coisas que podem fazê-lo adoecer. E mais, creio que em muitos lugares o Corpo de
Cristo está doente, porque os sacerdotes não tem limpado as mãos antes de tomar os
utensílios para ministrar ao Corpo.
As aplicações para nós são fáceis de ver: você e eu temos a tarefa surpreendente
de levar a presença de Deus para onde quer que fomos. Deus habita em cada um de
nós. Agora você e eu somos o tabernáculo, a habitação, a casa do nosso Deus. È a nossa
responsabilidade levarmos Sua presença para todo o lugar. Já não temos que desmontar
uma tenda com milhares de coisas e empacotá-las em malas e caixas, mas como
tabernáculo do Espírito Santo tenda vai conosco por todos os lados; devemos ter
cuidado para que as pessoas sempre vejam em nós o precioso e doce testemunho do
Senhor em nossas vidas.
1 2 Sm 6:1-11 - E TORNOU David a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em
número de trinta mil. E levantou-se David, e partiu com todo o povo que tinha consigo,
de Baalim de Judá, para levarem dali para cima a arca de Deus, sobre a qual se invoca o
nome, o nome do Senhor dos Exércitos, que se assenta entre os querubins. E puseram a
arca de Deus num carro novo, e a levaram da casa de Abinadab, que está em Gibea: E
Uza e Aío, filhos de Abinadab, guiavam o carro novo. E levando-o da casa de Abinadab,
que está em Gibea, com a arca de Deus, Aío ia diante da arca. E David, e toda a casa de
Israel, alegravam-se perante o Senhor, com toda a sorte de instrumentos de pau de faia:
como com harpas, e com saltérios, e com tamboris e com pandeiros e com címbalos. E,
chegando à eira de Nacon, estendeu Uza a mão à arca de Deus, e teve mão nela;
porque os bois a deixavam pender. Então a ira do Senhor se acendeu contra Uza, e
Deus o feriu ali, por esta imprudência: e morreu ali, junto à arca de Deus.E David se
contristou, porque o Senhor abrira rotura em Uza; e chamou aquele lugar Perez-uza,
até ao dia de hoje. E temeu David ao Senhor naquele dia; e disse: Como virá a mim a
arca do Senhor? E não quis David retirar para si a arca do Senhor, para a cidade de
David; mas David a fez levar à casa de Obed-edom, o geteu. E ficou a arca do Senhor
em casa de Obed-edom, o geteu, três meses: e abençoou o Senhor a Obed-edom, e a
toda a sua casa.
Esta passagem diz algo muito interessante: “ Puseram a arca de Deus NUM
CARRO NOVO... (ênfase minha). Estes não era o modo correto de mover a arca! Não sei
quem teria esquecido deste detalhe, mas a forma correta de levar a arca de Deus era
sobre os OMBROS dos sacerdotes da Tribo de Levi (1 Cr 15:2). Muitas vezes você e eu
estamos tentando levar a presença de deus em “carros novos”, ou em outras palavras,
métodos e modos de fazer como Ele nos mandou: sobre nossos ombros.
Quantas vezes escutamos as pessoas que estão na obra do Senhor dizerem “ MEU
ministério, MINHA igreja, MEUS membros, MINHAS ovelhas, MEUS JOVENS, MEU
grupo de louvor, MINHA posição, MEU Isto ou MEU aquilo?”
Não podemos nos esquecer que Cristo é o cabeça da igreja. Não podemos nos
apropriarmos do Corpo de Cristo em vez de o servirmos.
Isso tinha o propósito de permitir a eles que pudessem estar o mais perto possível
para poder desempenhar todas as tarefas relacionadas a ele. Era importante que suas
casas ( ou melhor tendas), estivessem o mais próximo possível do seu trabalho. Isto tem
lógica! Deus, ao ordenar que os levitas vivessem o mais próximo possível de sua
presença, estava liberando-os de outras tarefas para que focalizassem cem por cento
em suas responsabilidades. Eliminava-lhes qualquer possibilidade de desculpa para
“chegar tarde” ou então “ me atrasei porque o tráfego estava muito intenso nesta
manhã, porque moro do outro lado do acampamento...” mas ao morar próximo ao lugar
de Sua presença, os levitas eram capazes de se concentrar totalmente em suas tarefas
e responsabilidades. Sua vida e atividade giravam em torno da presença de Deus.
Nossa vida e atividade devem girar em torno da presença do Senhor. Devemos ter
uma sensibilidade tamanha à Sua presença, que quando Ele começar a se mover
poderemos nos mover junto com Ele. Que não haja distrações nem outras coisas a fazer,
só viver completamente conscientes da Sua presença e da atividade que ocorre dentro
do tabernáculo.
Não podiam se dar ao luxo de dormir como todos os demais; tinham de estar
alertas, preparados para se mover de Deus na terra, alertando aos outros, preparando o
terreno nos corações de mais homens e mulheres em que Deus deseja estabelecer
morada.
Somos criados para o louvor de Sua glória ( Ef 1:14), e fomos criados para Ele ( Cl
1:17, Is 43:7 e 21).
Ao estudar esta passagem, a maioria dos comentaristas diz que isto se refere ao
que o Senhor disse a Arão e a seus filhos no capítulo 18:1 “tu e teus filhos, e a casa de
teu pai contigo, levareis o pecado do santuário. E tu e teus filhos contigo levareis o
pecado de vosso sacerdócio”. Para entender isto, temos que recordar o tabernáculo de
Moisés como um lugar que oferecia sacrifícios em reconhecimento e arrependimento de
pecado.
O sumo sacerdote, nesta ocasião Arão, representaria o nosso Senhor Jesus Cristo;
nesta passagem, vemos que
Jeová está respondendo a pergunta que fizeram em !7:12-13, porque queriam saber
como fazer para aproximar-se do tabernáculo, já que Deus lhe dissera que todo o que
se aproximasse morreria. Então o Senhor explica que a maneira de se aproximar e não
morrer é por meio dos sacerdotes, aqueles que levariam os pecados apresentando no
santuário, por todas gente que se arrependesse. Aqui é calar a comparação que existe
com Cristo, já que Ele levou os pecados de todos nós na cruz do Calvário, ao se oferecer
como o último e perfeito sacrifício.
Por muito tempo muitos de nós, músicos, tivemos a idéia de que “só” tocamos ou cantamos. Ao
estudar mais de perto o ministério da música percebemos que existem muito mais responsabilidades do
que alguns de nós gostaríamos de aceitar. Como em tudo, o Senhor espera que levemos muito a sério
os dons e habilidades que Ele depositou em nós. Não é algo que devemos levar apressadamente, mais
com absoluta seriedade. Ao estudar algumas tarefas que se esperavam dos sacerdotes do Antigo
Testamento, percebemos o quanto é sério nosso ministério neotestamentário.
A palavra “sacerdote” tanto no hebraico kohen como no grego hierus e no latino sacerdos “
denota alguém que oferece sacrifícios”. O Senhor fala que nós, os sacerdotes do Novo testamento,
temos a responsabilidade de oferecer “sacrifício de louvor” (Hb13:15) .
Esta é nossa tarefa e uma de nossas responsabilidades. Já não se oferecem animais e sacrifícios
de sangue como se fazia no Antigo Testamento; agora nossos sacrifícios são espirituais; e se oferecem
do altar nosso coração com toda a humildade , sinceridade e seriedade ao Senhor com gratidão,
submissão, e humilhação e seriedade ao Senhor com gratidão, submissão, e humilhação diante d’Ele.
Fez-nos a todos os reis e “sacerdotes” por meio de Jesus Cristo ( I Pd 2:9) Ap 1:6 e 5:10.
Devemos considerar isto um privilégio, uma felicidade e uma responsabilidade. Não devemos
esquecer que na antiga aliança só se permitia entrar o sumo sacerdote diante do trono de Deus. Mas
agora, por meio do sangue precioso do Cordeiro perfeito, você e eu podemos entrar e ter comunhão
com Ele e estar com Ele.
Ao lhe oferecer sacrifícios durante esses momentos, muito intensos por estar na presença de
Deus, podemos ver vários exemplos na Bíblia nos quais a música fazia parte fundamental naquilo que
celebravam . Poderíamos falar da ocasião em que estavam dedicando o templo de Salomão ( II Cr
5:13,14), um momento maravilhoso e íntimo na presença de Deus e onda a música teve um papel
fundamental naquilo que acontecia. Em outra ocasião, quando o Rei Josafá esteve diante do Senhor
para pedir-lhe conselho sobre partir ou não para a batalha contar os moabitas a amonitas, houve
cântico e música sobremaneira ( II Cr 20:18-20). A música é parte fundamental na expressão do povo
do Senhor e no desenvolvimento dos sacrifícios que fazemos nós, seus sacerdotes, a Ele.
A maneira Correta para entrarmos na Sua presença é com ação de graças e com louvor ( Sl
100:4). Esta é a regra para estarmos diante d’Ele. Da mesma maneira vimos ocasiões que, por causa de
alguns músicos mal preparados e com pouco entendimento de seu papel na presença de Deus, nos
perdemos totalmente, acabando tudo em total confusão e caos embora esse devesse ser um tempo
íntimo e maravilhoso com o Senhor. Por isso é muito importante que nós músicos encaremos nosso
lugar no Corpo com muito mais seriedade e entrega, porque como todos os outros irmãos e irmãs,
somos sacerdotes do Novo Testamento.
Ezequiel 44:15-16
3) “Se achegarão à minha mesa para me servirem”. Esta é uma das partes que
mais gosto desta passagem, porque traz à mente a imagem de nosso Senhor sentado
em uma grande mesa e nós ao seu redor, assegurando-nos que nada lhe falte. Quando
uma pessoa é bem servida fica contente. Quando não, há conseqüências ruins.
Pensemos, por alguns momentos, que servimos na mesa do Senhor como “garçons”,
“camareiros”, “mordomos” ou o nome que estiver em seu país. Ele está sentado ante
um grande jantar e nós temos a responsabilidade de servir aos que estão na mesa.
Existem alguns que servem extraordinariamente bem, em compensação outros
prestam um péssimo serviço. Todos nós tivemos boas e más experiências sobre isso.
4) “Guardarão os meus estatutos”. Não podemos desfrutar dos privilégios do
Senhor, sem cumprir as responsabilidades. Este é um princípio de vida em geral, e
especialmente da vida espiritual. Lembre-se que no contexto da passagem que estamos
estudando, os privilégios que vimos eram para aqueles que tinham sido sacerdotes fiéis.
Você e eu necessitamos estabelecer em nossa vida as ordenanças do Senhor, ser fiéis a
elas para poder entrar em Seu santuário e servir à mesa. Não há nenhum privilégio sem
responsabilidade.
Algumas pessoas não acham válido haver na igreja alguém responsável pela direção das
reuniões, com receio de que o culto seja produto do gosto pessoal do dirigente. Esse perigo é bem
latente nas congregações renovadas, onde não há mais uma ordem pré-estabelecida para as reuniões, o
que dá lugar à predominância de gosto pessoal, onde tendem a se destacar aqueles de personalidade
mais forte. Mas também não deixa de haver um certo perigo quando as reuniões têm livre curso, onde
todos têm liberdade de opinar, pedir cânticos e testemunhar, pois alguns irmãos de ânimo mais forte
tendem a dominar o culto. Isto é comum em reuniões nos lares ou de pequenos grupos. Pode até
mesmo ocorrer quando o dirigente acha que deve haver liberdade para que os irmãos peçam seus
cânticos. O gosto pessoal de cada um acaba predominando e alguns cânticos são solicitados no
momento impróprio.
Por isso sou da opinião de que a direção do culto, sempre que possível, deve ser plural. Vários
irmãos se aconselham mutuamente, e um deles toma a frente, sempre assessorando pelos demais, que
podem a qualquer momento usar da palavra, sem que o dirigente se sinta ofendido. Assim, qualquer
irmão que dirija a reunião disporá de conselho e orientação segura. Partindo do pressuposto de que
alguém deve ser responsável pela direção das reuniões da igreja, segue aqui algumas sugestões ao
dirigente.
Em primeiro lugar, há fundamento escriturístico para que haja liderança ou alguém dirigindo
uma reunião. Nesse sentido, creio, não será necessário tecer comentários e, sim, usar de alguns
exemplos bíblicos já mencionados neste livro. É o caso de Miriã, que saiu liderando as mulheres em
danças e louvor a Deus, logo após a passagem pelo mar vermelho. Outro exemplo é o de Davi
instituindo uma ordem de culto em Israel que perdurou por centenas de anos.
No culto a Deus, por menor que seja o número de pessoas, é bom haver alguém coordenando, do
contrário os louvores serão dispersos e os cânticos serão cantados conforme cada um deseja. Às vezes
costumo perguntar numa reunião pequena que cântico soou durante aquele dia no coração de cada um.
As respostas são diferentes. Uma pessoa passou todo o dia com um cântico de júbilo no coração, outra
com um cântico de contrição. Além disso, há pessoas que têm os seus hinos preferidos que são
solicitados nas horas impróprias. Assim, um irmão deve coordenar, mesmo num pequeno grupo,
os louvores, e ser, diante da congregação e diante de Deus, o responsável pelo andamento da
reunião.
Em segundo lugar, uma pessoa que não adora a Deus não pode levar outros a adorarem.
Existe uma maneira correta de nos chegarmos a Deus. A adoração deve fazer parte da vida de toda
pessoa que tem responsabilidade congregacional, seja na direção do culto, liderança de grupos e,
principalmente, na vida daquele que ministra diante do Senhor na congregação.
O dirigente do louvor e adoração é, pois, uma pessoa que ministra ao povo de Deus. Ministra ao povo
quando, recebendo de Deus, conduz a congregação à sua presença. Ministra ao Senhor, porque
esse é o conteúdo de todo o serviço e adoração. Aquele que não possui uma vida intensa de
comunhão e adoração, não poderá guiar outros na adoração e louvores ao Senhor. Como saber se
a pessoa é um adorador? Ela transmite vida não só à frente da reunião, mas também na sua vida
íntima e pessoal.
O dirigente do Culto
1) O dirigente do culto deve estar bem preparado - corpo, alma e espírito. Quando ele está
fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da mesma forma, se sua
alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto afetará o louvor
congregacional. Muitas vezes temos que ser sinceros e dizer aos nossos colegas de ministério que
não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o dirigente bocejar,
apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas, toda a congregação notará. Com seu físico
descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que estão cansados e abatidos a terem um
encontro com Deus, no louvor e adoração.
2) Em segundo lugar, o dirigente da reunião não pode estar nervoso. Se discutiu em casa, no
trabalho, ou se algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir a reunião.
Deve ter uma boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não o favorece,
como uma dor de dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir que os presbíteros
ou, na ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condições de ministrar ao
povo. Muitas vezes o dirigente ou os músicos podem estar sob opressão maligna e, ao serem
ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e purificados de todo o mal.
3) Em terceiro lugar, o dirigente da reunião deve ser uma pessoa sensível ao Espírito
Santo, procurando saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o
Espírito glorifica a Jesus. Assim, o Espírito sabe se o Pai quer júbilo ou prostração. Se o Senhor
quer ser exaltado como Rei ou como um pai amoroso, como Deus forte, como um guerreiro ou um
amigo. O Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou naquela direção. A adoração é o “alimento”
de Deus, disse certo pregador. E ele poderá conduzir a reunião, através do dirigente, a profundas
experiências.
4) Outrossim, o dirigente deve pensar previamente como começar, tendo em vista que o início é muito
importante. O primeiro cântico é a chave que abre a reunião. Se a unção de Deus na reunião é para
levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o primeiro cântico apresenta como Salvador, no seu
amor, na obra da cruz, então o dirigente demorará um pouco a direcionar a reunião para cumprir
a vontade do Espírito. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou quarto cântico é que se
descobre a “mente” do Espírito.
Quando procuramos, contudo, saber a vontade do Espírito, podemos entrar em adoração logo no
primeiro cântico. Se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para a reunião, deve
procurar seus colegas pastores, e, na falta destes, os irmãos mais chegados, e perguntar-lhes com
que cântico ou de que maneira deve-se começar uma reunião. Nunca é recomendável começar
uma reunião com adoração, principalmente quando a reunião tem caráter público, isto é, aberta
a pessoas não cristãs.
Quando todos somos comprometidos com Cristo, a adoração flui logo, tal a unidade de espírito
e fé. Ao contrário, quando há a presença de muitos incrédulos, é necessário começar com louvor e
júbilo, e assim todo o espírito de incredulidade será dominado na reunião. A experiência tem
mostrado que, muitas vezes, é ainda necessário parar o louvor, e a congregação, como um todo,
numa oração de autoridade, repreender toda a potestade maligna.
É muito comum ficarmos, mesmo os crentes, contaminados pela “fuligem” do mundo, do
ambiente da escola, do trabalho, dos coletivos urbanos, dos meios de comunicação, etc. Daí a
necessidade de uma purificação de nossa vida diante do Senhor. Isto também poderá ser feito
começando-se a reunião com pequenos grupos de oração, de forma que um irmão ministre a
outro, e assim sejam todos mutuamente purificados nos amor, paz e relacionamento com Cristo.
Com isso o caminho para a adoração fica livre.
A Palavra de Deus diz que devemos ter “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hb 10:19).
Intrepidez significa ousadia, com força, coragem e sem temor. Assim, uma reunião pode ser
iniciada com todos orando em grupos ou todos saudando uns aos outros.
5) O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto não existe.
O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há o ministro. Seu papel é motivar e
exortar os irmãos a uma vida de santificação. Animador de corinhos para “esquentar” o ambiente é
obra puramente carnal. Os irmãos devem ser ajudados e exortados a se santificarem para uma
adoração profunda diante do Senhor.
O dirigente que somente se preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o
louvor aos cânticos. Depois de algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude de
adoração, ou com as mãos levantadas ou de cabeça baixa. A congregação se acostumará aos
gestos do dirigente e saberá que é o momento para se expressarem diante do Senhor, não somente
em palavras e frases curtas, mas também em cântico espiritual.
8) Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a nota dominante
da reunião. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação, exaltação da santidade de Deus, etc. Uma vez
conhecido o tema, dirigir a reunião com segurança e firmeza. Um dirigente que fica titubeando, que
deixa transparecer indecisão, transmite tudo à congregação. Esta se sente segura, quando o dirigente é
firme e seguro. Ele deve ser prudente para não dar a palavra ao pregador depois que o povo já ouviu
muitos testemunhos e teve um longo tempo de louvor. Muitas vezes ficamos comprometidos com
pregadores que têm de falar ao povo.
9) O dirigente deve atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes, o muito
falar prejudica o fluir do Espírito na reunião. Há dirigentes que costumam ficar falando durante um
período de silêncio e adoração ou mesmo no meio júbilos. Deve-se falar para levar pessoas a Deus,
mas somente o necessário. Falar demais torna a reunião cansativa.
Também é necessário que ele inspire fé. No meio dos louvores e da adoração poderá ocorrer
salvação, cura, batismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc. Basta uma palavra de fé
do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.
Os músicos devem se harmonizar com o fluir da unção e adoração. Já dissemos que um músico
não convertido pode tornar “profano” aquilo que deveria ser santo. Em regra geral, os músicos de
nossas igrejas são jovens, e é necessário que eles tenham a vida purificada. Se eles tocam seus
instrumentos apenas por acompanhamento, não estão desempenhando seu papel no culto. Os músicos
devem se harmonizar de tal forma com o Espírito que levem a reunião a um clímax de adoração,
colaborando assim com o dirigente. Eles podem ter a inspiração de começar um outro cântico antes que
o dirigente se aperceba; e, se começarem a tocá-lo, acabam dirigindo a reunião. Os músicos, quando
unidos em Deus, podem dar a vibração certa na bateria ou deixar de tocá-la; dar o toque certo na
guitarra ou parar e deixar somente o órgão tocando. Ou, todos podem parar de tocar e ficar em
adoração. O guitarrista, o organista podem com seus acordes, executar cânticos espirituais. O
trompetista pode, no espírito, tocar um solo com seu instrumento de sopro. Quando os músicos se
harmonizam com o fluir da adoração, o culto flui no mover de Deus!
E, para finalizar, o culto programado na orientação do Espírito Santo é melhor que o
programado pelo homem. Os cânticos comunicam o que estamos vivendo. A congregação que vive
uma verdade, prega e canta sobre ela. Assim, quando uma congregação entoa somente hinos de
exaltação ao governo de Deus, seu Reino e seu poderio, é porque está vivendo intensamente essa
verdade. Se seus cânticos forem somente de cura ou salvação, estas serão as verdades vividas por ela
de forma mais intensa. Precisamos ter nossa hinologia restaurada. O dirigente é quem tem a
responsabilidade de trazer essa mudança. Que Deus levante muitos dirigentes cheios do Espírito, de
poder e de sabedoria!
Conclusão
CONVITE À ADORAÇÃO
Uma igreja local que mantém cultos de adoração como atividade normal, é uma igreja vitoriosa
na comunidade onde vive! Vemos pessoas sendo salvas, batizadas, integradas ao Corpo de Cristo e se
tornando um canal de bênçãos às pessoas que estão ao seu redor. O esforço evangelístico, assim
normalmente expresso, dá lugar a uma evangelização natural, fruto da vida normal da igreja. As
campanhas de oração dão lugar a uma vida normal de oração. Não é necessário fazer cultos para cura
divina porque elas ocorrem de forma habitual nas reuniões e na vida diária do povo.
Uma congregação que aprende a adorar carregará também o peso pelos perdidos; terá a carga da
intercessão e viverá intensamente a comunhão mútua entre os irmãos.
Nesse livro tratamos basicamente da adoração corporativa, contudo não haverá igreja forte no
louvor e adoração, se na vida particular de seus membros a adoração for relegada a segundo plano. O
cristão que anda pela casa com cânticos de ações de graça em seus lábios, certamente contagiará a
reunião da igreja e o próprio Deus! A adoração começa dentro de cada vida, de cada família, de cada
grupo de discipulado, tornando-se, conseqüentemente, o fluir normal na vida da igreja.
Não cabe aqui um ponto final neste livro; certamente muitos capítulos serão acrescentados por
você; suas experiências encorajarão a que se restaure a adoração na vida da igreja.