4.0. METODOLOGIA.............................................................................................................. 7
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1.0. INTRODUÇÃO
Existem três tipos de ligações entre moléculas existentes na química: a ligação metálica –
caracterizada por núvens de elétrons de átomos igualmente metálicos –, a ligação iônica –
caracterizada por uma doação de elétrons do átomo metálico para o não metálico, completando
a Regra do Octeto –, e, por fim, a ligação covalente – onde ocorre um compartilhamento de
elétrons, fazendo, assim, uma estabilidade da eletronegatividade por todos os átomos
envolvidos perante a regra do Octeto.
Neste caso, quando se é trabalhado com moléculas, determina-se a polaridade pela observação
dos vetores no momento dipolo, onde: se a soma dos vetores é igual a zero, a molécula é apolar,
caso contrário, a molécula é polar.
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2.0. OBJETIVOS
a) Observar, por meio de fios de líquidos polares e apolares, seu comportamento perante
uma régua eletricamente carregada;
b) Saber identificar e diferenciar moléculas polares e apolares por meio da proximidade do
fio do líquido em relação à régua;
c) Justificar os acontecimentos decorrentes do experimento realizado.
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3.0. MATERIAL UTILIZADO
Todos os materiais utilizados são de fácil acesso, podendo ser encontrados ou facilmente
substituídos por semelhantes sem muito problema.
2 balões de festa comuns;
1 camisinha (Olla sensitive);
Água (50ml);
Querosene (50ml);
Detergente Ypê (30ml);
3 Beckers (100ml cada)
1 agulha;
Uma folha de almaço;
Uma régua.
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4.0. METODOLOGIA
Para o experimento em questão, foram utilizados três líquidos diferentes, com polaridades
diferentes, os quais reagiriam de maneiras distintas com a eletronegatividade da régua.
1. NAFTALENO
2. FENANFTRENO
4.1.2. DETERGENTE
Produto criado de maneira artificial em laboratório, onde sua principal característica é seu efeito
emulsificante (poder de dissolução) de substâncias – limpeza. São substâncias na qual parte da
molécula é polar (anel benzênico), e parte é apolar (cadeia de hidrocarbonetos). O detergente
usado em questão era um octadecano benzênico, com um sal de ácido sulfônico ligado ao anel
benzênico.
O detergente Ypê, utilizado na experiência, era um detergente aniônico biodegradável com uma
carga negativa na extremidade polar da molécula. A fórmula molecular do detergente utilizado
na experiência é [H3C[CH2]11OSO3]-[Na]+
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SURFACTANTE ANIÔNICO
POLARIDADE DO DETERGENTE
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4.1.3. ÁGUA
Também conhecida como óxido de dihidrogênio, é uma substância química formada por dois
átomos de hidrogênio e um de oxigênio, abundante na superfície terrestre. É incolor, inodora e
insípida, essencial na vida da maioria dos seres da Terra. É facilmente encontrada em grande
parte da Terra, mesmo com sua distribuição desigual pelo globo. Possui fórmula molecular
H2O, ponto de fusão 0°C e ebulição 100°C.
4.2. PROCEDIMENTO
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Enquanto isso, uma régua comum de plástico era atritada em uma folha de almaço, para que a
mesma ficasse com energia negativa (concentração de elétrons) na sua superfície. Não foi
necessário um grande espaço de tempo para que a régua adquirisse a carga eletronegativa da
folha, um atrito resultante de 15 a 20 segundos já era suficiente para que o experimento
funcionasse corretamente.
Por último, o segundo balão foi colocado a uma distância de 20 centímetros de altura em relação
à beirada do terceiro Becker, também sendo furado para que o líquido contido no seu interior
escorresse num fio fino em direção ao recipiente. O fio escorreu, não havendo desvio nenhum
quando a régua era colocada próxima ao querosene.
Todo o resultado visual desta parte experimental pode ser vista no CD anexado a este relatório,
em forma de vídeo.
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5.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pode-se observar por dados coletados no experimento realizado que em dois casos o fio que
saía dos balões/camisinha desviava da régua carregada com energia negativa, enquanto em um
desses casos o fio não desviava. A relação é colocada com mais clareza no esquema a seguir.
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1. ÁGUA
2. DETERGENTE
O detergente é uma molécula orgânica octadecana benzênica, sendo assim, parte apolar e parte
polar. Os principais constituintes que determinam a polaridade da molécula são o hidrogênio
(2,1 de eletronegatividade) e o oxigênio (3,5 de eletronegatividade). A geometria dos
hidrocarbonetos determina que esta parte da molécula é apolar, enquanto o anel benênico
determina, por meio da sua geometria, que parte da molécula é polar. Por meio da soma de
vetores conclui-se que a molécula num todo é polar; e por este motivo que ela desvia da régua
(cargas iguais negativas se repelem), não tanto quanto a água porque o detergente possui uma
parte apolar, o que enfraquece a eletronegatividade da molécula no seu total.
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3. QUEROSENE
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6.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que os objetivos do trabalho foram alcançados, já que foi possível
identificar e diferenciar moléculas polares e apolares por meio da experiência, de comparações
e dados estudados de cada molécula utilizada (detergente, água e querosene).
Porém, não se pode determinar qual molécula é mais polar (eletronegativa) que outra, ou mais
apolar (mais eletropositiva), já que a amplitude do experimento estava focada apenas em
diferenciar moléculas polares de apolares por meio do desvio do líquido em relação à régua.
Deve ser levado em consideração a quantidade de líquido que saiu dos balões e da camisinha,
que foi diferente se comparadas (tamanho do fio), e a energização da régua, que também pode
ter sido diferente.
Portanto, moléculas polares são aquelas que possuem eletronegatividade mais discrepante em
relação aos seus átomos, que interfere na sua geometria molecular e, assim, os vetores
determinam se a mesma é polar mesmo ou não. Moléculas apolares são aquelas que a
eletronegatividade é uniforme por toda a molécula, afetando na sua geometria e,
consequentemente, nos seus vetores, que sempre serão iguais a zero para que se possa
determinar se a molécula é apolar ou não.
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7.0. REFERÊNCIAS
DEATH, Joabe. POLARIDADE DAS MOLÉCULAS. Universidade Federal do Piauí, 2015.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAehYQAB/polaridade-das-
moleculas>. Acesso em: 24 de junho de 2018, 17:50.
BARBOSA, Lucas Rocha; LADEIA, Victor Felipe Arthur Coutinho. APLICAÇÃO DOS
VETORES NO ESTUDO DA POLARIDADE DAS MOLÉCULAS. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais – IFNMG, 2014. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgE_IAC/aplicacao-dos-vetores-no-estudo-
polaridade-moleculas>. Acesso em: 24 de junho de 2018, 18:05.
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