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Estrutura da Matéria I

Aula 3
Unidade 3:
Aspectos quânticos da matéria

Professora: Cláudia Lange dos Santos


langefis@gmail.com
Mecânica Quântica
Schroedinger 1925 – 1927

• Na Mecânica Clássica (MC), as leis de movimento eram a


Leis de Newton;

• Na MC ou temos partículas ou temos ondas!

• Para tratar o comportamento de sistemas a nível


microscópico temos um comportamento onda-partícula;
(1887-1961)

• Quem nos mostra este comportamento é a teoria de


Schroedinger da Mecânica Quântica (MC);

A equação da MQ é baseada no significado físico das ondas


de matéria de De Broglie;

A equação de onda para as ondas de matéria é similar as


do eletromagnetismo. 2
Mecânica Quântica

• A equação de Schrödinger é uma equação diferencial no campo complexo.


• A função de onda é uma função complexa.
• Grandezas físicas tem que ser reais!
• O princípio de De Broglie associa a onda a partícula e estes dois ‘entes’ devem
estar associados no espaço.
• O módulo ao quadrado da função de onda |Ψ|2 = Ψ Ψ* multiplicado pelo
elemento diferencial dx é interpretado como a probabilidade de encontrar a
partícula no intervalo entre x e x+dx no instante t.
• A função de onda é um ‘instrumento de cálculo’!
• |Ψ|2 é chamado de ‘densidade de probabilidade’ e será sempre um número real e
positivo ou nulo.

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Mecânica Quântica

Considere uma dada grandeza física que pode ser escrita como uma função de x e t
representada por F(x,t).
O valor esperado de F é dado por:

Em particular, o valor médio da posição de uma partícula descrita pela função de


onda Ψ(x,t) é dada por:

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Mecânica Quântica
Considere que a função de onda seja normalizada:

O valor médio de uma grandeza pode ser escrito por:

O valor esperado do momento será:

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Mecânica Quântica
• Esta expressão sugere que devemos escrever p como uma função de x.
• Mas o princípio da incerteza nos diz que não é possível conhecer p e x
simultaneamente, ou seja, não podemos escrever p como uma função de x,
como na Mec Clássica.

Partícula livre

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Mecânica Quântica
Com isso o valor esperado do momento pode ser escrito por:

O operado associado à energia é dado por:

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Mecânica Quântica

Os operadores associados ao momento e a energia são universais na mecânica


quântica.
A expressão da energia em termos dos operadores é dada por:

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Mecânica Quântica
POSTULADOS DA MECÂNICA QUÂNTICA:

A função de onda descreve o sistema físico e esta função é determinada pela


equação de Schrödinger:

As grandezas físicas são representadas por operadores, que são entidades


matemáticas que aplicadas à função de onda transformam-na.
Os valores médios das grandezas físicas são obtidos por:

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Mecânica Quântica
ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS:

Se o potencial não depende explicitamente do tempo, então:


• a função de onda pode ser separada no produto de duas funções

•a eq. de Schrödinger pode ser dividida em duas equações;


• a eq. de coordenadas espaciais é chamada de equação de Schrödinger
independente do tempo e as funções de onda de ‘x’ são as autofunções do sistema;
• a solução da parte temporal é

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Mecânica Quântica

As autofunções têm as seguintes propriedades:

FINITAS  para que os valores médios das grandezas físicas sejam finitos;

CONTÍNUAS  para que a derivada seja finita, a função deve ser contínua. Como a
derivada segunda (eq de Schrödinger) é finita, então a derivada primeira é contínua.

UNÍVOCAS  porque não teria sentido físico se para um mesmo valor de x


tivéssemos dois valores possíveis para a função e sua derivada.

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Teoria de Schrödinger

H( x, t )  E( x, t )

  ( x, t )
2 2
( x, t )
  V ( x, t )( x, t )  i
2m x 2
t

Energia potencial
Energia cinética Energia Total
Divide os dois lados da equação por

x t

• O lado direito só depende de t e o lado esquerdo só depende de x.


• Então a única forma de resolver o problema é se os dois lados forem iguais a uma
constante que chamaremos de G.
• Obteremos então duas equações diferenciais em t e em x.
Esta solução representa uma onda que oscila no tempo com freqüência n=G/h.
Os postulados de de Broglie e Einstein indicam que n=E/h.

 G=E

Voltando à outra equação:


Então, nos casos onde o potencial não depende explicitamente do tempo, a
função de onda do sistema será dado por:

Equação de Schrödinger
independente do tempo
SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA A
PARTÍCULA LIVRE
Partícula livre é aquela que não sofre ação de nenhuma força resultante. Em se
tratando de forças conservativas, isto equivale a dizer que a energia potencial da
partícula é a mesma em todo o espaço.
Consideremos então a equação de Schrödinger independente do tempo com uma
energia potencial constante. E que esta constante seja zero, ou seja, V(x) = 0.

Podemos reescrever essa equação como:

Qual a solução para esta equação??


A solução para esse tipo de equação são sen(kx) e cos(kx) ou, de forma
equivalente, podemos escolher eikx e e–ikx

Portanto, a solução geral terá a forma:

onde A e B são constantes complexas arbitrárias.

Vamos tomar B = 0, ou seja, situação correspondente a uma partícula livre se


propagando para a direita. Pela condição de normalização temos:
Parece que temos um problema, pois a integral tem valor infinito, de modo que
a única maneira de satisfazer a condição de normalização seria com A = 0. Esta
dificuldade surge porque a situação de uma partícula livre em uma região de
extensão infinita é, de fato, não-física. Em sistemas unidimensionais, isto
significa impor que função de onda deva ser normalizada em uma “caixa” de
comprimento L.

A condição de normalização torna-se então:

A solução então é dada por:

1 ikx
 ( x)  e
L
EX: Mostre que a função de onda do slide anterior satisfaz a equação

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Vamos considerar o operador momento

Podemos mostrar que tanto eikx como e–ikx são autofunções desse operador.

Aplicando o operador p nas equações temos:

ou seja, eikx é autofunção do operador p com autovalor ħk. O mesmo pode ser
verificado que e–ikx é também autofunção de p, mas com autovalor - ħk .

Vemos que as duas funções eikx e e–ikx são autofunções da equação de Schrödinger
com o mesmo valor da energia

E = p2/2m p= ħk
DENSIDADE DE PROBABILIDADE

Vamos considerar, inicialmente, uma partícula que se movimenta para a


direita. Para isso, basta tomarmos B = 0 Assim, a densidade de probabilidade
associada à onda plana Aeik(x-vt) é dada por:

P =* = ||2

Note que P é independente da posição, logo a partícula pode ser encontrada


com igual probabilidade em qualquer ponto do eixo x. Desta forma, sua posição
é completamente desconhecida, ou seja, tem incerteza infinita. Isso está de
acordo com o Princípio de Incerteza de Heisenberg, já que o momento linear da
partícula (ħk)é conhecido com precisão absoluta ou incerteza nula.
SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA O POÇO
QUADRADO INFINITO

PROBLEMA UNIDIMENSIONAL

 A função de onda deve ser zero onde o potencial é infinito.

 Onde o potencial é zero (dentro da caixa), resolve-se a equação de onda de


Schrödinger independente do tempo.

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No caso das regiões externas, o potencial é infinito, e portanto a probabilidade de
encontrarmos a partícula fora do poço é necessariamente nula. A função de onda
será, portanto:

x<0
x>L

Precisamos considerar apenas a equação de Schrödinger na região do poço, que,


para uma partícula de massa m, tem a forma:

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A solução geral desta equação é a da partícula livre. Esta equação diferencial pode
assumir duas soluções linearmente independente (L.I):

ou

Condições de contorno do potencial estabelecem que a função de onda deve ser zero
para x = 0 e x = L.
 (0)  A cos(k 0)  Bsen(k 0)  0
 (0)  A1  B0  0
A0

Com isso, eliminamos a parte em cosseno e a solução passa a ser

 ( x)  Bsen(kx)
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Aplicando a outra condição de contorno

 ( L)  Bsen (kL)  0
kL  n
n
k n  1,2,3 ,...
L
Obtemos:

nx
 ( x)  Bsen ( )
L

Normalizando: 1 1
 xdx  x  sen2 x
2
sen
L 2 4
 dx  1
 2
| |
0

 nx  2
L

0 | Bsen 
 L 
 | dx  1

2  nx 
L

0  L dx  1
2
B sen 2
B
L 26
Substituindo o valor de B na expressão da função de onda, obtemos a solução do
problema
2 nx
 ( x)  sen( )
L L

Resolvendo para a energia temos

Note que a energia depende de valores inteiros de n. Portanto a energia é quantizada


!!!!

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SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER PARA UM POTENCIAL DEGRAU

Para o degrau de potencial, da mesma forma que no caso da partícula livre, não
existem soluções da equação de Schrödinger com energia E < 0, já que isso
obrigaria a função de onda ψ(x) a divergir para x → +∞ e/ou x → –∞.
Assim, podemos dividir nosso estudo em dois casos:

1) 0 < E < V0 , ou seja, a energia da partícula é menor do que a altura do degrau


de potencial, e
2) E > V0 , em que a energia é maior do que o degrau.
Caso 1: Para x < 0, onde o potencial é nulo, a equação de Schrödinger pode ser
colocada da mesma forma do que para a partícula livre. Portanto, na região
esquerda, a solução tem a forma:

Para x > 0, a equação de Schrödinger fica:

Qual a solução para esta equação???


Para que a função de onda seja aceitável, ela não pode ir para infinito quando x
→ +∞. Como K é positivo, isso implica que o coeficiente C deve ser nulo.
A solução Geral para E<V0

E em x=0???
Sabemos que a função de onda ψ(x) deve satisfazer a condição de ser contínua e
ter derivada contínua em todos os pontos do eixo x. As expressões acima já
garantem essas condições para x < 0 e para x > 0, falta apenas impô-las para x = 0.

Para que a função de onda seja contínua nesse ponto, o valor das duas expressões
em x = 0 terá de ser o mesmo, levando à condição:

Continuidade de 
Impondo a condição de continuidade da derivada de ψ(x) em x = 0:

Continuidade de d/dx

Conseguimos obter duas equações, que


relacionam as três constantes que queremos
determinar. Assim, podemos, por exemplo,
determinar A e B como função de D:
A + B = D  A= D – B, substituindo A na outra equação temos:
ik(A-B)= -KD  iik(D-B-B) = -iKD -kD + 2kB = -iKD
2kB = kD –iKD  B= (k –iK)D/2k

Se interpretarmos a onda plana se propagando para a direita como uma onda


incidente sobre o degrau de potencial, então a onda se propagando para a
esquerda deve ser considerada como a onda refletida.
Se definirmos o coeficiente de reflexão como o quociente da densidade de
corrente de probabilidade refletida sobre a densidade de corrente de
probabilidade incidente
Portanto, teremos reflexão total da onda
de probabilidade incidente sobre o
degrau de potencial. Isto concorda
perfeitamente com as previsões da
mecânica clássica: partículas com energia
Velocidade de grupo E < V0 são sempre refletidas pelo degrau
de potencial.
Lembrando que eikx = cos(kx) + i sen(kx)

D cos(kx) – D K/k sen(kx) x  0


(x) =
De-Kx x 0

P = * = D*e-Kx De-Kx = D*De-2Kx x 0


Vemos aqui um efeito muito
interessante: a probabilidade de
encontrarmos a partícula dentro da
região x > 0 é não-nula. Isto seria
impossível pela Mecânica Clássica, pois,
nessa região, a energia total da
partícula, E, é menor do que o valor do
potencial, V0. Por este motivo, essa
região é dita classicamente proibida

A probabilidade de encontrarmos a partícula em x > 0 decai exponencialmente à


medida que nos afastamos da origem. Este fenômeno não-clássico é chamado
penetração de barreira.

Note ainda que esse efeito não é inconsistente com o fato, R=1, de que a
partícula é refletida, com 100% de probabilidade, pela barreira.

Poderíamos formular a seguinte analogia clássica para descrever o movimento da


partícula: ela vem da esquerda, penetra um pouco na região proibida e, depois,
com certeza, retorna para o lugar de onde veio.
Caso 2: E >V0

Do lado esquerdo do degrau (x < 0), a função de onda terá a mesma forma que no
caso E < V0:
Do lado direito do degrau (x >0) a equação de Schrödinger pode ser reescrita na
forma:

A solução dessa equação será análoga ao caso x < 0

O termo Aeikx pode ser associado à onda incidente vindo da região x < 0. Já o termo
Be-ikx é uma onda que se propaga para a esquerda em (x < 0), é a onda refletida
pelo degrau. Da mesma forma, o termo Ceik’x, que corresponde a uma onda se
propagando para a direita em x > 0, a onda transmitida. O termo restante De-ik’x
poderia ser associado a uma onda incidente adicional, vinda do lado direito. No
entanto, a situação física mais comum é aquela em que as partículas incidem
apenas a partir de um dos lados da barreira, logo vamos descartar este termo,
fazendo D = 0.
Podemos encontrar relações entre as constantes A, B, C a partir das condições de
continuidade de ψ(x) e da sua derivada.

A continuidade de ψ(x) em x = 0 nos dá a relação:

Já a continuidade de dψ /dx implica:

Essas duas relações nos permitem determinar B e C em termos de A, que seria


determinada pela condição de normalização.
COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO E REFLEXÃO

O coeficiente de reflexão R, definido anteriormente como a razão entre as


densidades de corrente de probabilidade das ondas refletida e incidente

Podemos também calcular o coeficiente de transmissão T , definido como a razão


entre as densidades de corrente de probabilidade das ondas transmitida e
incidente, ou seja,

vg ≠ v’g
R+T=1

A região E/V0 < 1 corresponde em que a energia da partícula incidente é menor que
a altura do degrau. Naquele caso, obtivemos reflexão completa, ou seja, R = 1 e T =
0.

Para E/V0 > 1, o coeficiente de reflexão R diminui e o coeficiente de transmissão T


aumenta. Isto ocorre gradativamente, de modo que, no limite de energias muito
altas, o coeficiente de transmissão aproxima-se do valor assintótico igual a 1.
O fato de o degrau de potencial refletir partículas para as quais E >V0, que
classicamente seriam transmitidas, é mais uma manifestação das
propriedades ondulatórias das partículas quânticas.

O fenômeno é completamente análogo ao que acontece na ótica ondulatória


clássica, da reflexão parcial da luz na fronteira de duas regiões com índice de
difração diferente. No meio à esquerda o comprimento de onda de De Broglie
é λ = 2π/k, enquanto à direita é λ’=2π/k’.

Portanto, a razão entre os índices de refração n’ do meio à direita e n do meio


à esquerda, definida como razão inversa entre os comprimentos de onda,
será:

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